O PAPEL DA LIDERANÇA NA CONDUÇÃO DE DIFERENTES GERAÇÕES NO
AMBIENTE DE TRABALHO
THE LEADERSHIP ROLE TO DRIVE DIFERENT GENERATIONS IN THE
WORK ENVIRONMENT
Adriel Leal Diniz – [email protected]
Gustavo de Carvalho Lazzari – [email protected]
Jaqueline Suelen Faria Ventura – [email protected]
Lisandra Silva Pinheiro – [email protected]
Marcos Vinícius Constâncio – [email protected]
Graduandos em Administração – Unisalesiano – Lins
________________________________________________________________________________________
RESUMO
O presente trabalho apresenta a importância da liderança na condução da
equipe para obtenção dos resultados esperados pela organização. Aborda que em
cada situação a liderança precisa ser aplicada de maneira especifica, pois a realidade
que se impõe no dia a dia requer o domínio de suas teorias. Define os diferentes
estilos de liderança, facilitando a comunicação e a compreensão por parte dos lideres
e liderados. Cita também o papel do líder e suas características no ambiente de
trabalho, que por sua vez tem a possibilidade de influenciar sua equipe e criar um
clima organizacional favorável para a realização de suas tarefas. A necessidade do
conhecimento e habilidades exigidas por parte dos lideres na gestão de conflitos, pois
estes fazem parte do cotidiano das organizações. Relata de maneira específica sobre
as gerações baby boomer, X e Y, suas características e personalidades na qual é de
extrema relevância para o gestor identificar o perfil e o comportamento de seus
colaboradores. Assim como desenvolver ações que proporcionam a integração
dessas gerações garantindo o bom relacionamento entre as mesmas e alcançar os
objetivos e metas da empresa.
Palavras-chave: Liderança. Gerações. Ambiente organizacional.
INTRODUÇÃO
Este trabalho, sustentado por pesquisa bibliográfica, tem o objetivo de observar
como a liderança pode ser exercida para obter resultados satisfatórios de diferentes
gerações no mesmo ambiente de trabalho.
A conjuntura do meio coorporativo vivenciado atualmente pelos gestores
caracteriza-se por possuir um material humano bastante heterogêneo. Jovens
invadem o mercado de trabalho cada vez mais cedo e ao mesmo tempo os
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funcionários mais antigos, demoram mais para se aposentar. A mistura de diferentes
gerações é uma realidade cada vez mais inevitável e impõe aos líderes uma
necessidade de preparação importante para conduzir a equipe.
É um campo fértil para conflitos haja vista a divergência de valores e culturas
entre os colaboradores. Entretanto, alimentar o debate das diferentes ideias de
maneira construtiva pode ser favorável ao negócio. O Trabalho em conjunto é uma
necessidade para qualquer tipo de atividade empresarial e saber conduzi-lo exige
empenho constante.
As duas últimas décadas causaram transformações sem precedentes nas
relações pessoais e profissionais. Imediatismo, liberdade e satisfação pessoal são
características das novas gerações que se opõe aos costumes das gerações que
compreendem a faixa etária mais avançada. Influenciada pelo surgimento constante
de inovações tecnológicas, informatização e mídias digitais, a sociedade se revela
culturalmente muito dinâmica. Diante disso, a importância de um gestor cresce na
tarefa de estabelecer harmonia e convergência de ideias de uma equipe para atingir
seus objetivos.
Conforme Vergara (2009, p. 83): “liderança requer humildade suficiente para se
aprender, permanentemente, a lidar com indivíduos e grupos, de forma a mobilizá-los
para uma causa, no caso, atreladas as escolhas da empresa”.
A luz deste contexto surge o seguinte questionamento:
A convivência de várias gerações em um único ambiente de trabalho pode
desencadear conflitos e ganhos?
Através do levantamento de conceitos consolidados sobre as teorias
relacionadas à matéria, este estudo buscará subsidiar os gestores no sentido de
aperfeiçoar a aplicação de técnicas para a obtenção de um bom trabalho em equipe.
1
LIDERANÇA
A liderança sempre se faz presente quando existe a necessidade de alcançar
um objetivo ou uma meta traçada por uma equipe, ou uma empresa, onde todos os
membros irão trabalhar juntos sob a liderança de um único membro em busca de
realizar o objetivo estabelecido e consequentemente, alcançar o sucesso esperado,
auxiliando na condução e orientação das tarefas a serem realizadas. Segundo
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Chiavenato (1989), liderança é a capacidade de influenciar as pessoas e seus
comportamentos.
Através da influência, Griffin e Moorhead (2006) citam duas abordagens que
estão ligadas a liderança que são a liderança transformacional e a liderança
carismática.
Se a liderança é aplicada de maneira aceitável buscando envolver os
colaboradores, estes trabalham mais e melhor, de forma criativa, participativa e
produtiva em busca das metas e objetivos a serem alcançados. (RIBEIRO, 2003).
Liderança é um processo que envolve três elementos: pessoas, poder e
influência. Primeiramente pessoas, pois estas precisam ser dirigidas, orientadas a
realizar uma tarefa. Em seguida, poder, que transmite uma relação de delegação na
liderança onde o líder distribui a tarefa. E por fim, a influência, capaz de fazer com que
as pessoas desempenhem suas funções da melhor maneira possível. (SOBRAL;
PECI, 2008).
O processo de liderança deve acontecer de forma positiva ao ponto que a
pressão, imposição e autoridade são características que dificultam a aceitação das
pessoas, o que pode gerar desconfortos, conflitos e resistência por parte dos
liderados.
Segundo Griffin e Moorhead (2006, p. 276): “liderança não envolve força nem
coerção. Um gestor que confia somente na força e na autoridade formal para gerenciar
o comportamento dos subordinados não exerce liderança”.
Para Kanaane (1997), o processo de liderança deve enfatizar tanto às
necessidades individuais como às da equipe, considerando estes como centro de
execução do trabalho, agindo de maneira facilitadora e reforçadora.
A comunicação clara, adequada e precisa são componentes de extrema
importância no processo da liderança, pois todos precisam estar cientes de quais são
as metas e quais os procedimentos a serem adotados para a realização das tarefas.
A boa comunicação é uma ferramenta estratégica para obter sucesso nas
organizações.
A liderança abrange vários tipos de comportamentos e características,
dependendo muito de cada situação e de suas complexidades, algumas de fácil
resolução e outras com maiores níveis de dificuldade. Segundo Griffin e Moorhead
(2006, p. 282), “seu foco é na compreensão de como diferentes situações exigem
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diferentes tipos de liderança”.
2
ESTILOS DE LIDERANÇA
Os estilos ou tipos de liderança são características pessoais de cada líder;
essas características apresentam-se a partir de decisões, atitudes e posições que
cada um vem a tomar em determinadas situações dentro da organização. Dentre os
estilos tem-se: autocrática, democrática e liberal.
2.1
Liderança Autocrática
Trata-se da liderança na qual o líder designa quais são os caminhos e as
diretrizes a serem seguidas sem a intervenção do grupo de colaboradores. Esse estilo
frequentemente mostra uma certa aversão dos colaboradores que não gostam do
ambiente de trabalho, mesmo gostando de sua função, tendem a não demonstrar,
além de que as atividades são feitas apenas quando o líder está presente. (RIBEIRO,
2003)
2.2
Liderança Liberal
Esse estilo de liderança apresenta suas próprias peculiaridades, sendo elas a
total liberdade do grupo em tomar as decisões sozinhos, desde a maneira de se
realizar a tarefa até com quem deseja trabalhar. A participação do líder é mínima,
apresenta o que a organização espera e mostra as ferramentas disponíveis para tal
execução, mas não organiza, ou avalia a situação, assim não impondo respeito.
(RIBEIRO, 2003)
2.3
Liderança Democrática
A participação do grupo junto ao líder nas estratégias, tomadas de decisões e
ideias é a principal característica desse estilo de liderança.
Aqui o líder procura igualar-se mesmo ao grupo, mostrando ser acessível e
aberto a diálogos abertos e cordiais.
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Nesse contexto, o líder além de cumprir seu papel em relação a traçar um
objetivo em conjunto está para aconselhar de maneira técnica, para sugerir possíveis
alternativas para os obstáculos que surgirem. O grupo trabalhando a partir dessa ótica
de liderança, apresenta bons resultados com a presença física ou não do líder.
(RIBEIRO, 2003)
Segundo Ribeiro (2003), além desses estilos citados acima, tem-se outros
enfoques que ajudam a definir as características e atribuições de um líder tais como:
a) liderança centrada na tarefa: tem apenas o enfoque nas realizações das
tarefas e apresentação de seus resultados;
b) liderança centrada nas pessoas: sua principal preocupação são as pessoas
e os aspectos humanos, tendo sempre em vista o bem estar de seus
subordinados para que se mantenha uma equipe de pé e motivada;
c) ênfase na produção: esse estilo é voltada exclusivamente para os resultados
na realizações das tarefas.
3
LIDER
Líder é aquele que conduz e influencia um grupo para o mesmo objetivo. É
aquele que trabalha suas motivações e de seus seguidores e tem essa capacidade
em todos os momentos e situações.
Segundo Petracca (2008), líderes são os que, em um grupo, ocupam uma
posição de poder que tem condições de influenciar, de forma determinante, todas as
decisões de caráter estratégico. O poder é exercido ativamente e encontra legitimação
na correspondência com as expectativas do grupo.
Todo administrador deveria ser um líder para tratar devidamente os seus
colaboradores, porém um líder não precisa necessariamente ser um administrador.
3.1
Características Pessoais do Líder
De acordo Maximiano (2000), algumas características são importantes para
que o líder tenha um desempenho eficaz; tais como:
a) boa comunicação;
b) relacionamento interpessoal;
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c) empatia;
d) persuasão;
e) imparcialidade;
f) administração de conflitos;
g) diplomacia;
h) dinamismo;
i) feedback;
j) ser bom ouvinte;
k) trabalho em equipe.
Existem pessoas que tem maior motivação do que outras para exercer a função
de líder e há pessoas que são mais habilidosas do que outras para liderar.
Possivelmente, tais características são vinculadas. É provável que pessoas com maior
motivação também tenham maior habilidade.
3.2
Traços de Personalidade de Um Líder
Apesar de inúmeros estudos abordando os traços de personalidades em
situações em que alguém desempenhou algum papel de liderança, até hoje, não foi
possível detectar um conjunto de traços de personalidade comum a todos os líderes.
(MAXIMIANO, 2000)
Os traços mais característicos são o senso de identidade pessoal e a iniciativa
nas relações pessoais. Porém, nem todas as pessoas que possuem esses traços de
personalidade se tornam líderes. (MAXIMIANO, 2000)
3.3
Motivação do Líder
Existem pessoas que são líderes pelo prazer de liderar e não por suas
habilidades. Esse tipo de pessoa procura satisfazer essa necessidade alcançando
posições em que possa influenciar o comportamento alheio.
Segundo McClelland (2000) pode-se satisfazer a necessidade de poder de
muitas maneiras (controle de recursos, informação e pessoas). Alem disso, a
necessidade de poder desconsidera a recompensa material – o que importa é o que
a pessoa consegue fazer com o poder.
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4
LIDERADOS
Segundo Petracca (2000), líder e liderados encontram-se numa relação de
influência recíproca. Os liderados são colaboradores de quem exerce a liderança.
Sem liderados não há liderança, nem missão.
4.1
Motivações dos Liderados
A motivação e a liderança são interligadas. O líder estabelece uma missão ou
tarefa aos seus liderados porque é de seu interesse realizá-la.
Os subordinados podem aceitar desde que também seja de seu interesse. Por
isso pode-se afirmar que toda liderança é transacional, sempre existe uma troca entre
o líder e os liderados. (MAXIMIANO, 2000).
4.2
Competências dos Liderados
A competência dos liderados é uma variável determinante da liderança. A
competência dos liderados varia de forma inversamente proporcional à liderança.
Quanto maior a competência dos seguidores menos necessidade de intervenção do
líder.(MAXIMIANO, 2000)
5 GESTÃO DE CONFLITOS
A habilidade de administrar conflitos é uma das habilidades mais importantes
que um gerente deve ter. Uma pesquisa realizada pela American Management
Association mostra que o gerente médio passa aproximadamente 20% de tempo
lidando com conflitos.
A gestão de conflitos segundo pesquisa realizada com os gerentes foi
classificada como mais importante que a tomada de decisão, liderança ou habilidades
de comunicação. (ROBBINS; DECENZO, 2004).
São diferenças percebidas que resultam em algum tipo de interferência ou
oposição. Se as pessoas perceberem essas diferenças, existe então um estado de
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conflito. Outra definição mostra outras formas de interferências sutis, indiretas e
altamente controladas ou, até mesmo atos abertos, tais como: greves, protestos e
guerras.
De acordo com Robbins; Decenzo (2004), com o passar dos anos três pontos
de vista diferentes sobre conflitos se evoluíram: ponto de vista tradicional do conflito,
ponto de vista de relações humanas sobre o conflito e ponto de vista interacionista do
conflito.
Nenhum conflito pode ser adotado como aceitável e inaceitável sob todas as
condições. O tipo de conflito que promovem tratamento saudável e positivo em um
departamento, pode em outro departamento ser totalmente disfuncionais, portanto,
funcionalidade e disfuncionalidade é uma questão de julgamento. Os gerentes devem
estimular os conflitos para alcançar benefícios, porém, reduzindo seu nível quando
esses conflitos tornarem-se destrutivos. (ROBBINS; DECENZO, 2004).
6
GERAÇÕES BABY BOMMERS, X, Y.
6.1
Surgimento das Gerações
Um questionamento muito comum é como que surgiram tantas gerações, e como
são definidas as gerações a partir de que aspectos e características que se definem
quem é de qual geração. Mesmo estando ligado diretamente à idade de cada
indivíduo, não é a maneira mais simples de se identificar a qual geração ele pertence,
pois para que essa classificação seja feita, leva-se em consideração inúmeros outros
fatores como, cultura, família, educação, poder econômico e a localização.
(OLIVEIRA, 2012)
A maneira mais adequada de se identificar a geração leva-se em conta os
acontecimentos sócios e culturais que afetaram e definiram o futuro dos mais jovens,
além de aspectos comportamentais, facilitando a identificação.
Essa maneira de classificação tem como objetivo apontar as diferenças que são
apresentadas na maneira como cada geração se comportava, e os grandes
movimentos históricos que ajudaram a interferir nas mudanças que ocorreram e
ocorrem na sociedade.
Geração entende-se por um grupo de pessoas que nasceram no mesmo ano ou
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em uma mesma época e que vivenciaram as mesmas histórias ou semelhantes que
marcaram suas personalidades. (OLIVEIRA, 2012)
As gerações possuem características distintas, opiniões diversificadas,
comportamentos extremamente desiguais, pois cada uma delas nasceu em épocas
com situações diferentes, cresceram e se desenvolveram em ambientes onde as
mudanças estavam sempre presentes. Portanto, cada geração possui suas
prioridades, habilidades, seu potencial e diferencial que agregam valores as
organizações.
“O comportamento de um indivíduo diz respeito ao aprendizado que é
repassado a partir da adolescência, onde surgem os valores e as conclusões”.
(ERICKSON, 2011, p.3)
7
TIPOS DE GERAÇÕES
7.1
Geração Baby Boomer
Erickson (2011) classifica os baby boomers os nascidos no período de 1946 a
1964, geração voltada à extrema competição que se empenha no trabalho com
objetivo de conquistar um cargo hierárquico na empresa.
Após dois grandes conflitos mundiais, o mundo tornou-se algo que ninguém
espera, um lugar estranho. É a partir desse cenário que os jovens da época viram-se
responsáveis por reconstruir o mundo.
A presença dessa nova geração e seus jovens começaram a se tornar notáveis,
pois começaram a contestar a maneira que se vivia, desde o modelo de família
imposto, até em relação a maneira de ensino das instituições. Não mostraram medo,
foram para rua contestar e impor suas fortes opiniões, desencadeando importantes
revoluções políticas. (OLIVEIRA, 2012)
7.2
Geração X
Segundo Erickson (2011), a geração X compreende os nascidos entre 1965 a
1979, que passou por diversas situações no momento da adolescência, fatores tais
como: economia estagnada aumentando de maneira significativa, o desemprego dos
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adultos, eventos políticos como a primeira Guerra do Golfo e o Impeachment na
presidência. Na ciência, houve a adulteração do medicamento Tylenol em 1982 que
resultou em mortes e também presenciaram a clonagem de uma ovelha no ano de
1997. No ambiente familiar, crescimento dos divórcios onde as mães tiveram que
ingressar no mercado de trabalho, em consequência, a geração X teve que assumir
responsabilidade mais cedo que o esperado, tais como cuidar dos irmãos ou ficar
sozinhos em casa.
A maioria passa os primeiros anos da vida adulta e estabelece autonomia
pessoal. É quase certo que este foi o foco nos seus últimos 10 ou 20 anos de vida, ou
quem sabe ainda na sua adolescência, em razão da precocidade com que muitos de
vocês assumiram responsabilidades. (ERICKSON, 2011).
No momento em que os X ingressaram no mercado de trabalho tiveram que
competir com a experiência dos baby bommers, concorrer por vagas onde a maioria
já estava ocupadas.
A geração X luta para conquistar seu espaço no ambiente de trabalho e nos
dias de hoje, existe a concorrência com a geração Y que estão surgindo atraindo
olhares e aumentando as expectativas das empresas.
Atualmente, muitos da geração X buscam conciliar trabalho com família, ou
seja, qualidade de vida no ambiente empresarial e familiar, necessidade de passar um
tempo no convívio da família, empenham-se em ser bons pais em busca da satisfação
pessoal e profissional.
Após um longo período na carreira, os funcionários da geração X tendem a se
sentir desmotivados, cansados e insatisfeitos. É preciso definir quais as prioridades e
buscar o encaixe juntamente com a empresa.
7.3
Geração Y
Segundo Erickson (2011), a geração Y compreende os que nasceram entre
1980 a 1995, e sempre esteve ligada à tecnologia. Desde muito cedo aprenderam a
explorar esta vantagem competitiva, possuem autoconfiança, autossuficiência e cada
vez mais buscam aprimorar suas habilidades. Possuem grande facilidade de
relacionamento e comunicação tanto na família como na empresa, os pais são
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dedicados e presentes. Uma geração que busca compartilhar seus conhecimentos,
reconhecimento e respeito mútuo em relação às outras gerações. (OLIVEIRA, 2012)
O fator que é considerado um dos pontos mais altos quando se trata da geração
Y é a internet, levando a comunicação e o alcance de informações a outro nível,
quebrando barreiras e facilitando a globalização. Antes, acontecimentos sociais, e
manifestações que se mantinham restritos tornaram-se de acesso mundial, ajudando
a moldar e tornando-se uma grande referência até a vida adulta.
Segundo Oliveira (2012 p.10): “o crescimento contínuo da internet nos últimos
15 anos permitiu o acesso de bilhões de pessoas a um conteúdo dinâmico, mutante e
absolutamente diversificado”.
Contudo, a internet veio para modificar a maneira de como se viver, ela pode
ser considerada uma das principais razões de inúmeras manifestações, tantos sócios
quanto comportamentais. Esse fenômeno vem de frente e ultrapassa barreiras
impostas principalmente no fator socioeconômico.
O resultado dessa evolução tecnológica é a ideia de que todos são iguais e
estabelecer a internet como um marco definitivo nas transições de comportamentos e
cultura de diferentes países.
Os jovens da Geração Y já perceberam isso e são os mais engajados nessa
transformação cultural. Por isso, tem dificuldades em classifica-los pelos padrões
tradicionais e com facilidade os caracterizamos como mutantes, ansiosos e
inconstantes. (OLIVEIRA, 2012).
Na geração Y existe uma mistura de expectativa e otimismo que faz com que
os jovens considerem o futuro como os melhores tempos que virão.
A geração Y é a primeira a se favorecer do futuro, porque seus integrantes
possuem várias comodidades que não existiam no passado. Podem também dispor
de todos os avanços tecnológicos e das possibilidades de comunicação imediata e
sem custo com qualquer pessoa para ser um profissional competitivo.
Esse cenário é efeito de muitos esforços conjuntos e de escolhas, certas e
erradas, dos últimos anos. Obviamente, este cenário traz grandes desafios para a
geração Y, pois ela deve usar toda a capacidade que possui para propiciar as
gerações futuras os avanços ainda não alcançados, trazendo uma melhor gestão para
o meio ambiente e melhor qualidade de vida para a sociedade.
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A geração Y está em seu melhor momento, porém deve ter calma, em especial
com os veteranos que ocupam o lugar que ela almeja.
Quando essa geração que é formada por jovens nascidos entre 1983 e 1994
dominar as posições em escritórios de organizações de todos os portes, setores e
perfis, é natural que as empresas mudem sua maneira de pensar e principalmente
seus mecanismos de relacionamento.
Os jovens da geração Y também são conhecidos por fazer muitas tarefas ao
mesmo tempo, como enviar mensagens, conversar no telefone, acessar sites de
relacionamentos e até ouvir músicas.
Esta característica de multitarefa é obtida por meio da tecnologia. Fator muito
valioso em uma equipe de trabalho, pois estes profissionais estão sempre a procura
de informações atualizadas e buscam uma resolução simples e rápida para os
problemas. Além disso, são muito habilidosos com tecnologias em geral como o uso
de computadores e dispositivos portáteis para todos os tipos de tarefas. Em suma, os
integrantes dessa geração não possuem dificuldades diante das tecnologias como as
gerações anteriores. (OLIVEIRA, 2012)
É possível definir como características dessa geração: inteligência, ajuda ao
meio ambiente, sustentabilidade, busca por ter menos filhos e um engajamento para
planejar um futuro melhor para as próximas gerações. (OLIVEIRA, 2012)
7.3.1 A Geração Y e o Mercado de Trabalho
Um aspecto interessante da geração Y é a forma de interação desses jovens
na área profissional. Anteriormente, a comunicação era formal e de menor interação
entre os colaboradores, especialmente ao se tratar de cargos superiores e inferiores.
Hoje, não existe toda essa formalidade, há uma maior interação e troca de
conhecimentos, sejam pessoas com maior estudo ou não.
Essa forma de interação rompe barreiras e acaba formando laços de amizade,
sem esquecer o profissionalismo.
A geração Y é formada por pessoas mais maduras, com uma grande
inteligência emocional, que não misturam as situações. São considerados ótimos
colaboradores, que não geram problemas desnecessários de relacionamento
interpessoal.
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As pessoas da geração Y são ideais para fazer parte de uma equipe, pois
asseguram um ambiente de trabalho calmo e verdadeiro, especialmente porque estes
jovens costumam ser fiéis em que acreditam, e se comprometem a cumprir suas
metas e atingir seus objetivos dentro da organização. (OLIVEIRA, 2012)
Os gestores que procuram empregar este tipo de colaborador é estar sempre
acessível para ouvi-los e procurar se comunicar através de celular, e-mails e redes
sociais que são os meios mais eficazes de contato com essas pessoas. Outra
característica relevante da geração Y, é que vinte por cento desses jovens já são
chefes de equipe, demonstrando uma grande capacidade e espírito de liderança.
Esta geração quer uma ascensão rápida de cargo e busca atender todas as
necessidades da organização, sem gerar rivalidade entre os colaboradores da
mesma. Em virtude dessas características relacionadas ao estilo de vida e a próatividade, foram necessárias reestruturações em várias empresas a fim de adaptação.
O ambiente é mais limpo, com menos salas e paredes, facilitando a interação entre
todos os integrantes da equipe.
A geração Y é formada por pessoas que vão obter mais lucros para as
organizações através de sua mentalidade mais avançada. São profissionais que se
adaptam melhor em todas as áreas e propiciam aos gestores de empresas e líderes
melhores resultados e certeza de bons negócios.
7.4
Integração entre as Gerações
Existem ações que as empresas podem tomar para fazer uma boa integração
entre as gerações, dentre elas três conceitos devem ser respeitados: desenvolver,
potencializar e conectar. (OLIVEIRA, 2012)
O primeiro desses conceitos, desenvolver requer principalmente conhecer e
detectar as deficiências de conhecimento que o jovem profissional traz ao vir da
universidade. É necessário identificar quais competências estão faltando em gerenciar
suas expectativas. Diante disso, é possível criar mecanismos para incentivar os
recém-chegados, através do e-learning e da própria prática diária.
Quando é detectada lacuna de conhecimento dessa geração e desenvolvido o
potencial com novas informações, é preciso potencializar esse conhecimento. Para
isso, o integrante da geração Y deve ser ajudado a descobrir como pode auxiliar a
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empresa dentro de sua estrutura. É necessário que haja espaço na cultura da
organização.
O terceiro conceito a ser valorizado com esse novo colaborador é a conexão,
onde não se aplica somente no ponto de vista tecnológico, mas especialmente na
interação com outras pessoas. Para isso o segredo é autorizar que o jovem Y
comunique-se com os líderes, gerentes, gestores e outros funcionários por meio de
instrumentos tecnológicos para trocar ideias e experiências.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para lidar e comandar diferentes gerações é necessário muito conhecimento,
buscando valorizar e explorar o melhor que cada geração tem a apresentar. Mesmo
quando as diferenças são gritantes e difíceis de serem vencidas deve se levar em
consideração o traço de personalidade e como o líder utilizará seus conhecimentos e
habilidades para transformar esses traços em algo positivo para o ambiente de
trabalho, independentemente de qual geração ele se formou. Conflitos tanto entre os
colaboradores e líderes são comuns, pois são opiniões e culturas distintas, mas essas
características podem vir a ser uma ferramenta estratégica. Utilizando também uma
boa comunicação, base para qualquer realização de tarefas ou atividades em grupo,
vale nutrir uma relação baseada na influência recíproca e motivação, ferramentas que
serão necessárias para bons resultados no tocante à condução de pessoas. Para que
o líder consiga uma boa liderança é necessário que ele busque o equilíbrio entre essas
gerações. Que tenha o respeito de seus liderados, pois o verdadeiro líder é
conquistado com trabalho, respeito, conhecimento, catalisador de ideias e não por
imposição de alguém o que causa um grande conflito entre todos os colaboradores
do setor.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO,I. Iniciação à administração geral. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.
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[email protected]
ERICKSON, T. E agora geração X? : como se manter no auge profissional e exercer
a liderança plena numa época de intensa transformação. Tradução Bruno Alexander.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
GRIFFIN, R. W.; MOORHEAD.G. Fundamentos do comportamento
organizacional. Tradução Fernando Moreira Leal, André Siqueira Ferreira. São
Paulo: Atlas, 2006.
KANAANE, R. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao
século XXI, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 5.ed.São Paulo:Atlas,2000.
OLIVEIRA, S. Jovens para sempre: como entender os conflitos de gerações. São
Paulo: Integrare, 2012.
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ROBBINS, S. P.; DECENZO, D. A. Fundamentos de administração: conceitos
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Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1