ENTREVISTA Diretor de Defesa Profissional, José Fernando Macedo, debate ações do
governo federal na área médica e avalia vaga da SBACV no Conselho Deliberativo da AMB
Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
JVB
completa
10 anos
Médicos que participaram da
criação da revista científica
contam sua história
TÍTULO Curso online para prova
de especialista já está no ar
ESTATUTO Diretoria quer votar reforma
em novembro, no Rio de Janeiro
Abril-Junho 2012 Ano 1 Número 2
Pinus pinaster (Pycnogenol )
®
Efetividade no tratamento
dos sintomas da insuficiência
venosa crônica1.
Extrato seco - 50 mg
Indicação 2:
Indicado na prevenção das complicações
causadas pela insuficiência venosa.
Apresentação2:
Embalagem com 30 comprimidos.
Posologia2:
1 comprimido de 50 mg, 3x ao dia.
CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes
da fórmula. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não há evidência científica
de eventos adversos e alteração de eficácia terapêutica em caso de ingestão
simultânea de Flebon® com outros medicamentos.
Flebon® (Pinus pinaster - Pycnogenol®). Apresentação: embalagem com 30 comprimidos. Indicações: na prevenção das complicações causadas pela insuficiência
venosa, prevenção da síndrome do viajante e no tratamento da fragilidade vascular e do edema, especialmente nos membros inferiores. Contraindicação:
hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula. Advertência e precaução: não há cuidados especiais quando administrado corretamente. O extrato de
Pinus pinaster está classificado na categoria B de risco na gravidez. Interação medicamentosa: não há evidência científica de interações medicamentosas. Reações
adversas: até o momento só foi relatada a seguinte reação adversa rara: desconforto gastrointestinal leve e transitório, podendo ser evitado administrando Flebon® após
as refeições. Posologia: problemas circulatórios venosos, fragilidade dos vasos e inchaço (edema): tomar um comprimido de 50 mg três vezes ao dia, via oral. A dose
pode ser ajustada a critério médico. Síndrome do viajante: tomar quatro comprimidos três horas antes de embarcar, quatro comprimidos seis horas depois da primeira
tomada do medicamento e dois comprimidos no dia seguinte. M.S: 1.0390.0181. Farmoquímica S/A. CNPJ 33.349.473/0001-58. VENDA SOB PRESCRIÇÃO
MÉDICA. SAC 08000 25 01 10. Para ver o texto de bula na íntegra, acesse o site www.fqm.com.br. Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde
habilitados a prescrever e dispensar medicamentos.
Referências Bibliográficas: 1. Cezarone et al. Comparsion of Pycnogenol® and Daflon® in treating chronic venous insufficiency: a prospective, controlled study. Clinical and Applied Thrombosis/Hemostasis 2006; volume 12, number 2:
205-212. 2. Bula do produto.
Junho/2012
Material destinado à classe médica.
Mensagem do Presidente
Bete Faria Nicastro
2012: 60 anos da SBACV e 10 do JVB
Dr. Calógero Presti
Presidente da SBACV
É importante melhorar
o fator de impacto do
JVB, ou seja, os artigos
publicados devem
ser lidos e citados,
pois houve alguma
sinalização da CAPES em
futuramente utilizar o
FI do Scopus, ao qual
estamos indexados, para
elevar a classificação de
nosso periódico
E
m 2002, no aniversário de 50 anos da
SBACV o então presidente, o professor
Márcio Leal Meirelles, fundou o Jornal
Vascular Brasileiro (JVB), nomeando o
primeiro Editor-Chefe, o professor Telmo Bonamigo, que assumiu o compromisso de ajudar a
disseminar e democratizar o conhecimento da
Angiologia e da Cirurgia Vascular no Brasil. Em
pouco tempo, o JVB tornou-se importante meio
científico de divulgação e na gestão do professor
Liberato Karaoglan de Moura, pela primeira vez,
publicaram-se Diretrizes Brasileiras sobre DAOP
e Trombose Venosa Profunda.
Em 2005, o professor Winston Bonetti Yoshida assumiu a função de Editor-Chefe no lugar do
professor Bonamigo e no mesmo ano, com muito
orgulho, informou aos leitores que o JVB foi aprovado no indexador Scielo e qualificado pela CAPES como Qualis A-Nacional.
Recentemente, a CAPES implantou uma série de
mudanças no sistema QUALIS e rebaixou a maioria
dos periódicos brasileiros na classificação. Muitas
revistas nacionais de bom padrão e de extrema importância para a divulgação científica passaram a
ter um valor muito menor nos programas de pós-graduação, o que levou a uma fuga de trabalhos
nacionais para as revistas estrangeiras, colocando
em risco a existência de muitos periódicos nacionais. Muitas revistas brasileiras foram ignoradas
mesmo tendo bom fator de impacto (FI). O CAPES
apenas privilegiou no programa QUALIS as revistas
que estavam no Journal Citation Report.
Em 2008, antes da nova classificação QUALIS,
o JVB chegou a ter 118 submissões de artigos ao
ano. Depois da nova classificação, baixou para 90
trabalhos ao ano, se mantendo nesse patamar
até hoje. Estima-se que necessitamos de 120
submissões ao ano para garantir a pontualidade
e qualidade das edições. Precisamos de grande
aporte de artigos para indexação do JVB ao MEDLINE, o que exigirá sacrifício dos pesquisadores
que dependem da classificação do QUALIS para
manterem seus programas de pós-graduação.
Outro ponto importante será melhorar o FI do
JVB, ou seja, os artigos publicados devem ser lidos e citados, pois houve alguma sinalização da
CAPES em futuramente utilizar o FI do Scopus, ao
qual estamos indexados, para elevar a classificação de nosso periódico. Portanto, além de publi-
car mais, temos que ler e citar os artigos do JVB.
Estamos no caminho certo. Esperamos contar
com o apoio de todos.
Parabéns à SBACV, ao Dr. Winston Bonetti Yoshida e ao Corpo Editorial do JVB pelos dez
anos de existência.
Este ano será um ano marcante para a SBACV,
além dos dez anos de nossa Revista, completamos 60 anos de existência. Somos uma das mais
antigas e maiores Sociedades da especialidade e
ganharemos a condição de Capítulo da Society of
Vascular Surgery (SVS). Seremos o maior capítulo
estrangeiro do SVS nos Estados Unidos. Setenta e
oito cirurgiões vasculares brasileiros preencheram
os requisitos para se tornarem associados do SVS.
Outros cerca de quinhentos interessados não conseguiram completar a ficha de filiação dentro do
prazo limite, porém oportunamente as inscrições
serão reabertas e, assim, a SBACV terá uma participação política muito importante dentro do SVS.
Em novembro, teremos a comemoração dos
nossos 60 anos e esperamos contar com vocês
nesse evento cultural em São Paulo. Estamos
preparando um livro sobre nossa história e solicitamos o envio de informações e documentos
históricos.
Do ponto de vista político e administrativo, os
trabalhos para a modernização e atualização dos
nossos Estatutos já se iniciaram e esperamos
aprová-los em Assembleia Geral a ser marcada
para o dia 1º de Novembro de 2012, por ocasião
do Congresso Panamericano no Rio de Janeiro.
Para isso é necessária presença de um terço dos
associados votantes em segunda chamada. Será
nosso grande desafio. Preparem-se para fazer
valer seus direitos e defender os interesses da
SBACV.
Outro ponto de extrema importância será a
atualização do Cadastro Nacional Único (CANU).
Para o perfeito funcionamento da SBACV é necessário um sistema de comunicação eficiente.
Muitos associados não atualizam os dados cadastrais e isso cria inúmeros transtornos para a
direção e para esses associados. Veja nesta edição as instruções para o acesso ao CANU e recadastramento do associado.
A SBACV cada vez mais forte e mais unida. Participe.
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
1
Conteúdo
1
Mensagem do Presidente
3
Editorial
4
Abril-Junho 2012 Ano 1 Número 2
www.sbacv.com.br
Agenda / Na rede
Editor
Ivanésio Merlo
SBACV em ação
6
9
9
10
12
13
14
15
16
17
18
s
i
a
Vice-Presidente
Vasco Lauria da Fonseca Filho – RJ
Secretário Geral
Celso Ricardo Bregalda Neves – SP
Vice-Secretário
Ana Terezinha Guillaumon – SP
Tesoureiro Geral
Marcelo Fernando Matielo – SP
Vice-tesoureiro
Pedro Pablo Komlos – RS
Meias elásticas: uma revisão de suas indicações e de como usá-las
Diretor de Publicações Científicas
Ivanésio Merlo – RJ
24
Defesa Profissional
Vice-Diretor de Publicações Científicas
Tulio Pinho Navarro – MG
36
n
Presidente
Dr. Calógero Presti – SP
Em pauta
34
o
Diretoria – Biênio 2012/2013
21
30
30
31
31
32
32
i
Projeto Gráfico e Diagramação
Zeppelini Editorial (www.zeppelini.com.br)
Perfil
28
g
Reportagem
Vithal Comunicação Integrada
20
26
Diretor Científico
João Luiz Sandri – ES
As dificuldades da interiorização
Vice-Diretor Científico
André Valença Guimarães – PE
Diretor debate iniciativas do governo na área médica
Diretor de Patrimônio
Bruno de Lima Naves – MG
Resgate
Vice-Diretor de Patrimônio
Giuliano Paiva Santa Rosa – MS
“Nossa SBACV passou incólume por todos os problemas e aponta
um futuro comprometido com seus associados”
Curtas
Nos Estados
Diretor de Defesa Profissional
Jose Fernando Macedo – PR
Vice-Diretor de Defesa Profissional
Roberto Teodoro Beck – SC
Presidente da Última Gestão
Dr. Guilherme Benjamin Brandão Pitta – AL
RJ: XXVI Encontro de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio
SP: X Encontro São Paulo de Cirurgia Vascular e Endovascular
MS: SBACV-MS inicia programação científica de 2012
BH: Atualização científica e participação na Ação Global
MG: Regional faz palestras e participa de Ação Global
DF: Reuniões mensais em Brasília
Lazer
A arte de harmonizar vinho e comida
Visão
Tiragem: 3.000 exemplares
Contato: [email protected]
O Radar SBACV é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, distribuído gratuitamente a todos os associados adimplentes
da entidade. As afirmações e opiniões expressas em artigos do Radar SBACV são de inteira responsabilidade dos
autores e não refletem a opinião da SBACV. A publicação
de anúncios de empresas não garante qualquer respaldo à qualidade, à atividade, à eficácia, à segurança ou a
outros atributos expressos pelos anunciantes. O Radar
SBACV e a Sociedade se eximem de qualquer responsabilidade por lesões corporais ou à propriedade, decorrentes
de ideias ou produtos mencionados nessa publicação.
Anúncios: (11)5084-6493 e [email protected]
Rua Estela 515 BL E CJ 21 – Vila Mariana
CEP: 04011-002 São Paulo-SP
Entidades vão aos planos cobrar valores justos
1. REGIONAL ALAGOAS
Presidente: José Luna Filho
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (82) 3317-1496
4. REGIONAL CEARÁ
Presidente: Dr. Luiz Antonio Noleto Guimarães
E-mail: [email protected]
Fone: (85) 9985-1448
2. REGIONAL AMAZONAS
Presidente: Dr. Fernando Rodrigues da Silva
E-mail: [email protected]
Fone: (92) 9982 6262
5. REGIONAL DISTRITO FEDERAL
Presidente: Antonio Carlos De Souza
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (61) 3225-6335 / 9993-0032
3. REGIONAL BAHIA
Presidente: Dr. Aldo Lacerda Brasileiro
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (71)3271-5369 / 3271-5368 (Carla)
6. REGIONAL ESPÍRITO SANTO
Presidente: José Marcelo Corassa
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (27)3224-3667 / (27) 9998-8800 (Luiza Cal)
R
e
JVB completa 10 anos
Participe da reforma estatutária em novembro
SBACV se torna capítulo do SVS
Como garantir o almejado título de especialista?
Concurso de endovascular reúne cerca de 130 especialistas
Prova de título regular será de 19 a 21 de novembro
Atualize seus dados no CANU
SBACV cria medalha Dr. Emil Burihan
Convenção Nacional avalia projetos da SBACV
Carta Aberta
Nacional realiza reuniões científicas nas 5 regiões do país
Jornalista responsável
Aline Thomaz (MTb 25937/RJ)
2 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
7. REGIONAL GOÍAS
Presidente: Dra. Lussandra Eni Rodrigues Sardinha
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (62) 3251-0679 (Renata)
10. REGIONAL MATO GROSSO DO SUL
Presidente: Marcos Rogério Covre
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (67) 3324-7749 - (67) 9283-4444
8. REGIONAL MARANHÃO
Presidente: Paulo Cesar Araujo Ribeiro
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (98) 8114-2941
11. REGIONAL MINAS GERAIS
Presidente: Dr. Leonardo Ghizoni Bez
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (31)3213-0572 - (31) 99831193 (Josiane Diniz)
9. REGIONAL MATO GROSSO
Presidente: Dr. Luiz Cezar Dias Betonti
E-mail: [email protected];
[email protected]
Fone: (65) 92243541 - (67) 3321-1725 – Graziella
12. REGIONAL PARÁ
Presidente: Flávio Cavalleiro de Macedo Ribeiro
E-mail: [email protected]
Fone: (91)8111-4730
Editorial
A saúde pública agoniza
Caros amigos,
Dr. Ivanésio Merlo
Editor e Diretor de
Publicações Científicas
Nesses tempos modernos, a classe médica
tem sido alvo de arbitrariedades e grande tensão
política. Como se não bastasse a carência estrutural que assola a política de saúde no Brasil,
com grandes prejuízos para o trabalho do médico, querem ainda transferir para o nosso lombo a
responsabilidade da desassistência da saúde no
Brasil. Na verdade, essa história, que se arrasta
cambaleante há décadas, reflete o descaso e o
abandono, pelos dirigentes políticos, do sistema
de saúde no Brasil.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é ao mesmo
tempo agonizante, omisso e inoperante. Entretanto, a propaganda mentirosa nos tempos de
eleição é sempre a maior bandeira da classe política. É fácil evidenciar, e de forma cristalina, que
nossos governantes não demonstram qualquer
consideração com a classe médica e muito menos
com a saúde do povo brasileiro. A saúde, assim
como é a justiça, deve ser reconhecida como um
bem essencial para a sobrevida de um país. Sem
justiça não há Nação, sem saúde não há vida.
Nesta segunda edição, o Dr. Fernando Macedo,
ex-presidente e atual Diretor de Defesa Profissional da SBACV, trata de alguns dos problemas que
a categoria médica enfrenta, como a pletora de
médicos e sua distribuição desgovernada no território nacional. Entre outras, a luta contra a revalidação, sem critérios estabelecidos, de diplomas de medicina obtidos no exterior. O Conselho
Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica
Brasileira (AMB) defendem uma firme posição de
exigir respeito às regras imposta pelo próprio governo: o Exame Nacional de Revalidação de Diploma Médico (Revalida).
13. REGIONAL PARAÍBA
Presidente: Jânio Cipriano Rolim
E-mail:[email protected];
[email protected]
[email protected]
Fone: (83) 9106-8435
14. REGIONAL PARANÁ
Presidente: Ricardo Cesar Rocha Moreira
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (41)9102-5271 - 3242-0978 (Maria Luiza)
15. REGIONAL PERNAMBUCO
Presidente: Dra. Adriana Ferraz de Vasconcelos
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (81) 9653-3044 - 3466-5752 (Oziane)
16. REGIONAL PIAUÍ
Presidente: Renato Duarte Barbosa
E-mail: [email protected]
Fone: (86) 9982-0294 / 3230-1311 / 3232-0596
17. REGIONAL RIO DE JANEIRO
Presidente: Carlos Eduardo Virgini
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (21)2240-4880 (Elaine / Neide)
18. REGIONAL RIO GRANDE DO NORTE
Presidente: Dr. Eduardo Dantas Baptista de Faria
E-mail [email protected]
[email protected]
Fone: (84) 8117-9647
A saúde, assim como é a justiça, deve ser reconhecida
como um bem essencial para a sobrevida de um país.
Sem justiça não há Nação, sem saúde não há vida
O coordenador do concurso para área de atuação em angiorradiologia e cirurgia endovascular,
Dr. Liberato Karaoglan, ex-presidente da SBACV,
fala sobre aprovações, reprovações e planejamentos dos futuros concursos. O viés científico
dessa edição fica por conta do debate sobre o
uso das meias elásticas, coordenado pelo Diretor
Científico Dr. João Luiz Sandri. Outros assuntos
também de grande interesse são: a interiorização
da especialidade, a reforma estatutária, o convênio com a SVS, a festa dos 60 anos da SBACV e por
aí vai.
Ao completar dez anos, o Jornal Vascular Brasileiro (JVB) ganha fôlego a cada dia e se fortalecerá na medida em que angiologistas e cirurgiões
vasculares dirigirem para ele o olhar da produção
científica. O Dr. Márcio Meirelles, presidente da
SBACV em 2002, ao lado do Dr. Telmo Bonamigo,
o primeiro Editor-chefe, lembram com orgulho
as dificuldades e os bons frutos do trabalho inicial. Hoje, o Editor-chefe, Dr. Winston Yoshida, e
o Editor de texto em inglês, Dr. Ricardo Cesar da
Rocha Moreira, entre outros de igual valor, deram
a continuidade necessária para a consolidação,
já quase adolescente, da nossa revista científica,
para a qual bradamos a uma só voz: o JVB é dez !!!
E precisa dizer mais?
Boa leitura!
19. REGIONAL RIO GRANDE DO SUL
Presidente: Dr. Gilberto Tubino Da Silva
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (51) 3014- 2025 (Aline/Gabriela)
22. REGIONAL SERGIPE
Presidente: José Aderval Aragão
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (79) 9191-6767
20. REGIONAL SANTA CATARINA
Presidente: Reginaldo Boppré
E-mail: [email protected]
Fone: (47) 3026-1077 (Cristiane)
23. REGIONAL TOCANTIS
Presidente: Dr. Silvio Alves da Silva
E-mail: [email protected]
Fone: (63) 9978-2053
21. REGIONAL SÃO PAULO
Presidente: Adnan Nesser
E-mail: [email protected]
[email protected]
Fone: (11) 5087-4888 (Raquel / Patrícia)
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
3
Na Rede
Agenda
JUNHO
22 a 23
XII Encontro Mineiro de Angiologia e Cirurgia
Vascular
Hotel Ouro Minas – Belo Horizonte (MG)
www.emacv.com.br
JULHO
01 a 05
XXV World Congress of the International Union of
Angiology 2012
Prague Congress Center – Praga, República
Tcheca
www.iua2012.org
Editorias
Conheça todas as editorias do
Radar SBACV no site da SBACV.
No menu à esquerda, clique em
Radar e depois em Editorias.
AGOSTO
23 a 25
V Congresso Brasileiro de Ecografia Vascular
Plaza São Rafael Hotel – Porto Alegre (RS)
www.vascular-rs.org.br
SETEMBRO
13 a 15
VIII Encontro Centro-Oeste de Angiologia e de
Cirurgia Vascular
Zagaia Eco Resort Hotel – Bonito (MS)
www.sbacvms.com.br
OUTUBRO
18 a 20
VII Encontro Norte-Nordeste de Angiologia,
Cirurgia Vascular e Endovascular
Summer Ville Beach Resort – Porto de Galinhas
(PE)
www.sbacv-pe.com.br
25 a 27
12º Congresso Brasileiro de Flebologia e Linfologia
Mendes Plaza Hotel - Santos (SP)
www.tecnomkt.com.br
30/10 a 03/11
XII Panamerican Congress on Vascular and
Endovascular Surgery
Windsor Barra Hotel – Rio de Janeiro (RJ)
www.panamericancongress.com.br
NOVEMBRO
14 a 18
39th Annual Symposium on Vascular and
Endovascular Issues – VEITH symposium
Hilton Hotel – New York (USA)
www.veithsymposium.com
Novidades no site
A SBACV fez uma nova reestruturação do site de forma a tornar suas
atualizações mais notáveis. Agora, as quatro principais matérias do período ficam em destaque no site. As atualizações têm acontecido mais
de duas vezes na semana. Mantenha-se informado e acesse sempre:
www.sbacv.com.br
Mantenha-se atualizado
Para estar em dia com as informações da área de saúde e classe médica, veja os sites de importante acesso:
Associação Médica Brasileira – www.amb.org.br
Conselho Federal de Medicina – www.portalmedico.org.br
Ministério da Saúde – www.saude.gov.br
Agência Nacional de Saúde Suplementar – www.ans.gov.br
Conselho Nacional da Saúde – www.conselho.saude.gov.br
Sucesso nas redes sociais
O Facebook da SBACV passou da marca de
2 mil participantes. Na rede social, a entidade divulga eventos, novidades e atualizações do site.
Mande sua opinião para [email protected]
4 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
V Congresso Brasileiro
de Ecografia Vascular
Coloque as últimas inovações
em ecografia vascular
no seu currículo.
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Ali F. AbuRahma – EUA
Leslie Millar Scoutt – EUA
Luis Felipe Gómez Isaza – Colômbia
Sérgio X. Salles Cunha – EUA
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SBACV em ação | Capa
JVB completa
10 anos
Publicação científica oficial da SBACV busca o
apoio dos associados com o envio de artigos
originais para ser indexada ao Medline e ao ISI
Por Aline Thomaz
O
ano de 2012 é especial para
a Sociedade Brasileira de
Angiologia e de Cirurgia
Vascular (SBACV). Além
de completar 60 anos, a revista científica oficial da entidade, o Jornal Vascular
Brasileiro (J Vasc Bras ou JVB), também
comemora sua primeira década agora em
junho. Foram muitos os desafios enfrentados pelos médicos que se dedicaram à
criação e manutenção da publicação, mas
vê-la hoje sólida e com edições contínuas
é motivo de orgulho para todos.
“O primeiro exemplar foi publicado
em junho de 2002, com 88 páginas e três
editoriais apresentando a nova Revista da
SBACV e nove excelentes trabalhos. A
capa da revista mostrava o mapa do Brasil
e o emblema da SBACV. No mesmo dia
foi disponibilizado o texto do J Vasc Bras
para quem quisesse ler em qualquer lugar
do mundo”, recorda-se o primeiro editor
da publicação, Telmo Bonamigo, que ficou no cargo por três anos.
O cirurgião vascular de Porto Alegre
era na época Diretor de Publicações da
SBACV e assumiu o desafio de reunir material de qualidade para a primeira edição. Em dois meses foi formado o corpo
editorial e o corpo internacional de consultores, composto por 24 professores.
“Contei com o apoio e suporte do presidente Dr. Márcio Meirelles e do secretário
geral Antônio Monteiro da Silva. Este em
uma semana conseguiu o registro nas instituições governamentais de dois títulos,
o Jornal Vascular Brasileiro (J Vasc Br) e o
Brazilian Vascular Journal (Braz Vasc J).
Nossa direção tinha aceito e decidido
que se o Brasil estava crescendo, nossa
6 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
especialidade deveria também mostrar
o seu crescimento. E assim foi feito, com
a disponibilidade do Braz Vasc J por via
eletrônica desde o primeiro número”, afirma Bonamigo.
De acordo com o presidente da SBACV
na época de criação do J Vasc Bras, Márcio
Meirelles, a entidade não tinha uma publicação científica oficial até então devido ao
número reduzido de associados, o que dificultaria sua manutenção. Havia, no entanto, outra revista científica da área mantida
por médicos. “À época da nossa gestão, a
situação havia se alterado. A Sociedade já
contava com cerca de 2 mil sócios, ia completar 50 anos de existência e, mais importante, de acordo com os estatutos de então,
havia que se tomar uma decisão quanto à
manutenção da situação da revista, que,
embora de propriedade privada, era o nosso órgão oficial”.
Meirelles conta que o debate durou meses, mas a diretoria assumiu o desafio com
a certeza de que o projeto daria certo. Para
os primeiros exemplares, decidiu-se que a
publicação não poderia depender de eventuais anunciantes, então a SBACV assumiria seu financiamento. “Estávamos convictos de que – como de fato aconteceu – a
revista se imporia pela qualidade editorial
e que logo atrairia o interesse e a colaboração das empresas”, diz Meirelles.
Um dos desafios na época, aponta
Bonamigo, era o fato de muitos médicos acreditarem que a publicação fora do
Brasil dava mais respaldo aos trabalhos, o
que com a consolidação da revista mostrou ser um equívoco.
A busca pelas indexações
Presente na publicação desde sua
criação, o cirurgião vascular do Paraná
Ricardo Moreira tem a função de revisar
os artigos traduzidos para o inglês. No
início, era consultado esporadicamente
para revisar alguns textos traduzidos pela
empresa que editava a revista. “Quando
foi iniciado o projeto de indexar o J Vasc
Bras, a partir de 2009, passei a fazer a revisão sistemática de todos os artigos, para
assegurar que o texto em inglês atingisse o padrão internacional que se exige de
uma revista indexada. Para que o texto fique inteligível para o leitor do J Vasc Bras,
que não conhece a língua portuguesa, é
Evolução do JVB
- Indexação da revista em
praticamente todas bases de
dados : LILACS, Scielo, SIIC, EBSCO,
Elsevier, EMBASE, Scopus e
REDALYC;
- Apoio do CNPq de 2008 a 2011;
- Revisão das normas da revista;
- Inclusão dos índices onomásticos
e de autores;
- Submissão on-line pelo sistema
gratuito SEER do Scielo;
- Mudança da capa da revista;
- Publicação no Scielo e
site Ahead-of-print;
- Publicação de pequenos vídeos
dos artigos no Scielo;
- Inclusão da declaração de
Helsink nas normas;
- Inclusão do registro de
artigos clínicos;
- Revisões do Inglês pelo
Dr. Ricardo Moreira;
- Revisão de estatística pelo
Dr. Hélio Miot;
- Resgate das publicações anteriores
com a digitalização da revista
“Cirurgia Vascular e Angiologia”;
- Enquete sobre o JVB entre os
sócios (500 respostas publicadas
como editorial);
- Apresentação das estatísticas
de atuação dos revisores;
- Colocação de código QR na capa.
necessário modificar substancialmente muito do jargão médico que é aceitável na nossa língua, mas não faz sentido
quando traduzido literalmente para o inglês”, enfatiza.
Hoje, a publicação é indexada ao
LILACS, Scielo, SIIC, EBSCO, Elsevier,
EMBASE, Scopus e ao REDALYC. “O
grande desafio da revista atualmente é a
sua indexação ao Medline e ao ISI. Para
tal, precisamos da submissão de cerca de 120 artigos por ano, revisores que
não atrasam suas avaliações, respostas
mais rápidas dos autores, inglês impecável, predominância de artigos originais
de boa qualidade. Com o novo Qualis
da Capes, houve diminuição expressiva nas submissões de artigos originais”,
Marcio Meirelles - Presidente da SBACV quando o JVB foi fundado
Telmo Bonamigo - Primeiro editor-chefe do JVB
Ricardo Moreira - Revisor de inglês
Winston Yoshida - Atual editor-chefe
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
7
Avaliação
Ao longo dos 10 anos, mudanças foram feitas para melhorar a publicação.
“Por indicação do Scielo deixamos de publicar a versão da revista em inglês com
outro ISBN, por conta de duplicidade na
contagem do fator de impacto o que poderia prejudicar a avaliação do JVB por
este critério, que hoje em dia é o principal
usado para se aquilatar a importância das
revistas científicas”, diz Yoshida.
Os 10 anos de edições contínuas já é
motivo de orgulho e comemoração. “Mas
ainda resta muito a ser feito para que o J
Vasc Bras atinja o nível de outras revistas internacionais da nossa especialidade
e reflita a riqueza da produção científica
dos cirurgiões vasculares e angiologistas
brasileiros”, aponta Moreira.
O ex-presidente da SBACV Meirelles
também avalia positivamente a publicação. “A qualidade dos artigos e a apresentação do Jornal são muito satisfatórias.
Graças a isso, já contamos com indexações importantes. O próximo objetivo a
ser alcançado é a indexação plena. O Dr.
Winston Yoshida tem perseguido esta
meta com invejável persistência e dedicação e, certamente, irá alcançá-la em
breve”.
8 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Praticamente todos os sócios consultam a revista, a qual ajuda em suas condutas
diárias. Os pacientes, por outro lado, consultam a revista para tentar encontrar
aqueles com maior experiência em determinados aspectos da especialidade
Ex-editor da CLINICS avalia
como garantir indexações
O Radar da SBACV conversou com o exeditor-chefe da revista CLINICS, do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, o cirurgião
vascular Pedro Puech-Leão sobre os passos
para se alcançar indexações importantes
como o Medline e o ISI. Confira:
Radar – Há quantos anos existe a
Revista CLINICS?
Pedro Puech-Leão – Existe há mais de
40 anos. Chamava-se “Revista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo”,
citada no PubMed como Rev Hosp Clin
Fac Med S Paulo. Após ter sido transformada em uma publicação em língua inglesa, decidimos mudar o nome tão longo para um mais fácil de citar. A primeira
ideia era “Clínicas”, mas o atual editor,
prof. Maurício Rocha e Silva, achou que
o acento agudo também causaria problemas. Assim, ficou CLINICS.
Radar – Quais foram os passos
dados pela revista para conseguir
ser indexada ao MEDLINE?
PPL – A revista foi indexada logo após a
sua criação. Naquele tempo não havia o
MEDLINE e sim seu antecessor, o INDEX
MEDICUS. Sem dúvida, a indexação era
muito mais fácil, pois o número de periódicos no mundo era muito menor.
Radar – Além do MEDLINE, a
CLINICS é indexada a outros?
PPL – Sim, ao LILACS, Scielo e ISI.
Bete Faria Nicastro
ressalta o atual editor-chefe do J Vasc
Bras, Winston Yoshida.
De acordo com Yoshida, é preciso que
todos os associados prestigiem e apoiem a
publicação para seu maior fortalecimento e conquista das tão almejadas indexações. “Precisamos também de revisores
comprometidos e com a responsabilidade de fazerem revisões criteriosas e dentro do prazo. Praticamente todos os sócios
consultam a revista, a qual ajuda em suas
condutas diárias. Os pacientes, por outro
lado, consultam a revista para tentar encontrar aqueles com maior experiência
em determinados aspectos da especialidade. O crescimento da publicação depende
exclusivamente do envolvimento de todos,
como se fosse um pacto, no sentido de sua
indexação no Medline e ISI, quando então
o J Vasc Bras poderá então ser considerado
maduro”, afirma Yoshida.
Puech-Leão acredita que indexação é
atrativo para recebimento de artigos
Radar – Esse ano, o Jornal Vascular
Brasileiro completa 10 anos. Qual
sua avaliação da publicação?
PPL – É uma excelente publicação, que
veicula pesquisa em cirurgia vascular
no Brasil. Mas as revistas médicas são
como qualquer outro tipo de publicação, no que se refere a mercado. Sofrem concorrência, têm clientela, etc.
É preciso encontrar um nicho de mercado, se houver. Basicamente, precisa
que lhe encaminhem bons artigos, e
para isso precisa ter algo de atrativo;
sem dúvida, a indexação é um atrativo
forte.
Radar – Com sua experiência na
CLINICS, que dicas o senhor daria para o JVB garantir novas
indexações?
PPL – Hoje a indexação diretamente
no PubMed é muito difícil para revistas
brasileiras. Porém, hoje temos o Scielo,
uma iniciativa bem sucedida e reconhecida em todo o mundo. Através do
Scielo as revistas podem vir a serem
indexadas no PubMed, com o tempo. O
Jornal Vascular Brasileiro está nesse
caminho e creio que vai chegar lá. (AT)
SBACV em ação
Participe
da Reforma
Estatutária
em Novembro
SBACV realiza Assembleia Geral durante
o XII Panamerican Congress on Vascular
and Endovascular Surgery, no
Rio de Janeiro, para aprovar mudanças
A
Sociedade
Brasileira
de
Angiologia e de Cirurgia
Vascular (SBACV) está empenhada em renovar seu Estatuto.
Para tanto, a diretoria tem se debruçado sobre as normas, verificado itens defasados
e redigido adequações. O objetivo é conseguir reunir no mínimo um terço dos associados votantes, cerca de 600 pessoas, na
Assembleia Geral a ser realizada durante o
XII Panamerican Congress on Vascular and
Endovascular Surgery, no Rio de Janeiro, no
dia 1º de novembro.
“A Sociedade mudou, as leis mudaram,
a especialidade mudou, cresceu muito. O
Estatuto que servia na época de sua criação,
hoje não serve mais. Precisamos nos adaptar à nova realidade. Sem isso nós paramos.
Vamos ficar bloqueados totalmente se não
revirmos esse Estatuto”, diz o presidente da
SBACV, Calógero Presti. De acordo com
SBACV É CAPÍTULO DO SVS
Filiação garante benefícios aos associados brasileiros inclusive
com possibilidade de se candidatar a fellowship nos EUA
Os diretores do Capítulo brasileiro do SVS: Dr. Virgini, Dr. Lobato,
Dr. Presti, Dr. De Luccia e Dr. Miranda durante evento nos Estados Unidos
ele, as mudanças são extremamente importantes para o funcionamento da Sociedade
e se depender da gestão, a nova redação do
Estatuto será aprovada este ano.
“Já há consenso em alguns pontos, tais
como: a desvinculação das eleições para a
Diretoria, para o Conselho Fiscal e para a
escolha da sede do Congresso Brasileiro
da SBACV, passando a ser pelos Correios;
direito a voto para todos os membros aspirantes; alterações para facilitar a progressão da categoria de efetivo para titular;
redefinição da Câmara de Representantes,
caindo a proporcionalidade entre titulares
e efetivos, tornando-a mais representativa
e com funções deliberativas, entre outras”,
afirma Presti.
As novas sugestões de redação de artigos do Estatuto ficarão disponíveis no
site da SBACV para consulta e debate.
Participe! (AT)
A
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular (SBACV) acaba de ganhar o reconhecimento
internacional. No dia 8 de junho, durante a Assembleia
Anual da Society of Vascular Surgery (SVS), no Gaylord
National & Convention Center, em Washington D.C., foi oficializado o Brazilian Chapter of SVS. A SBACV é o maior dos Capítulos
Internacionais do SVS, contando com 81 membros associados. Os
outros países que já garantiram seu espaço na entidade americana
são: Colômbia, Egito, Índia e Hungria.
O Capítulo permite uma maior proximidade entre as entidades
e a troca de experiência técnico-científica. Entre os benefícios está o
recebimento gratuito da revista científica Journal of Vascular Surgery;
descontos no Congresso da SVS; possibilidade competir por prêmios e bolsas de estudo, inclusive para o fellowship internacional.
A diretoria do capítulo brasileiro no SVS é formada por: Dr.
Calógero Presti, como presidente, Dr. Carlos Eduardo Virgini
Magalhães, como secretário, e Dr. Fausto Miranda Jr., como vice-presidente. Nelson De Luccia e Armando Lobato farão parte do Conselho
Científico do Capítulo. O mandato é de dois anos com possível renovação por mais dois anos. A entidade americana existe há 66 anos.
No dia 9 de junho, os brasileiros presentes ao Congresso do
SVS foram recepcionados com jantar comemorativo oferecido pela
Meditronic, quando o Dr. Enrico Ascher, integrante do Comitê de
Relações Internacionais do SVS, ressaltou a importância da criação
do Capítulo e parabenizou a atual diretoria da SBACV pela iniciativa. Em breve, todos os brasileiros inscritos irão receber a comunicação do SVS por correio e passarão a fazer parte do SVS. (AT e
Calógero Presti)
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
9
SBACV em ação
Como garantir o almejado título de especialista?
Médicos que garantiram os primeiros lugares nos últimos exames de cirurgia vascular e endovascular e especialistas do interior revelam o caminho
Por Aline Thomaz
C
om um índice de aprovação
nos últimos anos na casa dos
60% dos inscritos, o concurso
de título de especialista em cirurgia vascular e angiologia tem levado
os candidatos a estabelecerem um cronograma de estudos periódico. A mesma disciplina tem sido adotada pelos inscritos no concurso de área de atuação em
angiorradiologia e cirurgia endovascular,
que também costuma aprovar cerca 60%
dos candidatos regulares e até mesmo
30% dos especiais, como aconteceu no último exame realizado em abril.
Para sabermos o caminho a percorrer para chegar ao tão desejado título, o
Radar da SBACV conversou com os médicos que garantiram os primeiros lugares nas últimas provas e também aqueles
que são do interior do Brasil e também
conseguiram garantir o certificado. Para
Bruno Lorenção de Almeida, primeiro lugar em cirurgia vascular no fim de
2011, a boa formação acadêmica conquistada tanto na medicina quanto na especialidade foram fundamentais. “Acredito
ter conquistado o primeiro lugar devido à minha formação na Santa Casa da
Universidade Federal do Espirito Santo e
à residência no Instituto Dante Pazzanese
de Cardiologia, em São Paulo. Também
graças aos meus colegas de residência do
Dante, por termos estudado e nos dedicado juntos. E, claro, aos meus chefes e toda
a equipe pelos ensinamentos que ajudaram no desempenho na prova”, afirma.
Na visão de Almeida, o título obriga
o médico a se manter atualizado, o que o
diferencia no mercado. “Além disso, nivela os diversos profissionais, independentemente da sua instituição de formação,
visto que existem diferenças entre os diversos serviços de residência/especialização”, acrescenta.
A Sociedade nos forneceu uma ferramenta muito útil e interessante que foi o
curso on-line, onde aulas poderiam ser assistidas a qualquer hora. Também
FIz o download dos áudios e baixei no meu Iphone. Quando saía para correr,
andar ou mesmo ir para o trabalho escutava as aulas - Celso Pizarro
Bruno Lorenção de Almeida, 1º em cirurgia
vascular
Celso Pizarro, 1º em cirurgia vascular
categoria especial
Já Celso Pizarro, que se classificou em
primeiro no exame de cirurgia vascular
especial, teve que se acostumar novamente a estudar e aprovou as ferramentas disponibilizadas pela Sociedade para o estudo. “Tive que estudar muito, logo cedo
antes de ir para o hospital e operar mais à
noite. Mas a Sociedade nos forneceu uma
ferramenta muito útil e interessante que
foi o curso on-line, onde aulas poderiam
ser assistidas a qualquer hora. Também fiz
o download dos áudios e baixei no meu
Iphone. Quando saía para correr, andar
ou mesmo ir para o trabalho escutava as
aulas. Essa ferramenta muito me ajudou
tanto em novos conhecimentos, como
guia para estudar nos livros de referência.
Enfim, parabenizo as pessoas que se dispuseram a preparar o curso on-line, porque para eu que não tenho muito tempo
para estudar de forma tão intensa ajudou
e muito”, diz o médico de Botucatu (SP).
Outro aprovado em primeiro lugar, só
que no concurso regular de endovascular, em abril, também cursou a residência
no Dante Pazzanese, o cirurgião vascular
Eduardo Jordão. Para ele, a equipe técnica do instituto, o treinamento e o material disponibilizado pela SBACV foram
fundamentais para o resultado. “O empenho do nosso chefe Dr. Kambara que
está sempre junto ensinando as técnicas
10 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Uma coisa de que não abro mão é a de participar dos principais eventos da especialidade
como o Congresso Brasileiro, o CICE, o Congresso Panamericano, os Encontros Regionais
e, nos últimos anos, tenho participado do LINC, que, na minha opinião, é um dos maiores
eventos da especialidade e é realizado na cidade de Leipzig, na Alemanha - Mário Nazareno
Mário Nazareno, de Macapá, fez parte
dos 30% dos aprovados em cirurgia
endovascular categoria especial
Aprovação no interior
C
Eduardo Jordão, 1º em cirurgia endovascular
Paulo Bahdur, 1º em cirurgia endovascular
categoria especial
corretas e atuais para cada caso; o treinamento exaustivo proporcionado pelo
grande volume do serviço; o material de
estudo disponibilizado pela Sociedade
na internet e o livro do Dr. Lobato foram
importantes”, diz Jordão. Ele dá algumas
dica para se fazer uma boa prova: iniciar
o programa de estudos com antecedência
mínima de quatro meses, estudar a apostila de radiologia com calma e manter-se
calmo no dia. “A prova é nada mais do
que o seu dia a dia”, avalia.
Na categoria especial do exame de endovascular, quem conquistou a primeira
colocação foi o médico de São José dos
Campos Paulo Bahdur, que teve que se
dedicar aos estudos para garantir o título que neste concurso reprovou a maioria: 70% dos candidatos. “Resolvi realizar o exame por exigência dos convênios,
mas após ter me preparado, o que foi difícil depois de algum tempo de profissão,
passei a considerar como uma conquista
pessoal”, destaca. Em sua avaliação, a segunda etapa da prova foi mais trabalhosa, mas de acordo com a bibliografia. “A
maior importância do título, ao meu ver,
foi tirar-me de uma zona de conforto, a
qual me encontrava, e fazer com que me
dedicasse a estudar, fazer cursos, preparar-me, pois a cirurgia vascular mudou
radicalmente em poucos anos”.
omo grande parte das residências e cursos de atualização estão no Sul e
Sudeste, há uma falsa impressão de que quem trabalha no
interior do Brasil não tem acesso
ao mesmo tipo de ensino de qualidade. Com dedicação e esforço
para se aperfeiçoar é possível sim
garantir o título.
O exemplo vem de Macapá, no
Amapá. O cirurgião vascular Mário
Nazareno também prestou o exame
de endovascular especial e ficou
entre os poucos aprovados. “Uma
coisa de que não abro mão é a de
participar dos principais eventos
da especialidade como o Congresso Brasileiro, o CICE, o Congresso
Panamericano, os Encontros Regionais e, nos últimos anos, tenho
participado do LINC, que, na minha
opinião, é um dos maiores eventos
da especialidade e é realizado na
cidade de Leipzig, na Alemanha.
Outras fontes de atualização são
as assinaturas de revistas da especialidade, livros especializados,
etc.”, ressalta o médico que se dedicou 2 horas por dia durante a semana e mais os finais de semana
aos estudos.
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
11
SBACV em ação
Concurso de endovascular
reúne cerca de 130 especialistas
Exame aprovou 30% dos candidatos com mais de 15 anos de formado e 70% dos regulares
R
ealizado em abril, o Concurso
para Área de Atuação em
Angiorralogia
e
Cirurgia
Endovascular aprovou cerca de
70% dos inscritos no exame Regular e
cerca de 30% dos candidatos ao Concurso
Especial. Para a próxima edição do
Concurso no fim do ano, que será apenas
Regular, não haverá mudanças no modelo, apenas a busca pelo aprimoramento
ao abranger de uma forma mais completa os assuntos da bibliografia recomendada. Prestaram o exame cerca de 130
especialistas de quase todos os Estados
brasileiros.
“As provas realizadas em abril puderam cumprir os Editais que já estavam
estabelecidos pela gestão anterior da
SBACV, ainda que pessoalmente acredite que os candidatos ao Concurso dito
Especial foram de alguma forma prejudicados pela pouca abrangência de assuntos, devido ao pequeno número de
questões previstas no Edital. Em relação ao concurso Regular com aprovação
de cerca de70%, acredito ter cumprido
melhor o seu papel de avaliação”, afirma
o coordenador do concurso, Liberato
Karaoglan.
Até a realização do concurso no fim
do ano, a Comissão mista – formada
por membros da Sociedade Brasileira de
Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)
e do Colégio Brasileiro de Radiologia
(CBR) – ainda se reunirá três vezes para
avaliação curricular, comprovação da
documentação exigida e elaboração das
provas. Para quem vai fazer o concurso, Karaoglan é enfático: “É preciso que
se possa demonstrar um conhecimento bastante abrangente, teórico e prático. Saber os objetivos da avaliação para
o tratamento, o planejamento pré-operatório e a execução intraoperatória, a
técnica, o material e a escolha acertada do mesmo. Além disso, será preciso
também saber plenamente sobre a doença, as etapas propostas para terapêutica adequada, o tratamento das possíveis
complicações, o uso de medicações, etc.
Assim, é de suma importância o contínuo aprimoramento das técnicas e habilidades”. (AT)
12 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Nova prova em novembro
As inscrições para o concurso
2012 de obtenção do certificado de
área de atuação em angiorradiologia
e cirurgia endovascular começam
dia 15 de julho e terminam dia 31 de
agosto. Elas podem ser feitas pelos
sites da SBACV (www.sbacv.com.br)
e do Colégio Brasileiro de Radiologia
(www.cbr.org.br).
As provas serão realizadas nos
dias 22 e 23 de novembro, das 8h30
às 11h, no Hotel Century Paulista, em
São Paulo. A taxa de inscrição para
sócios adimplentes é de R$ 1 mil;
inadimplentes, R$ 1.500; e não sócios, R$ 1.700.
Presidente da
SBACV, Calógero
Presti, conversa
com candidatos
antes do início
do exame, que
aconteceu em abril
SBACV em ação
Prova de título regular será de 19 a 21 de novembro
Curso preparatório online já está disponível no portal da SBACV. Para ter acesso é preciso usar suas credenciais no CANU
A
s provas de título de especialista regular em cirurgia vascular e angiologia acontecem
nos dias 19, 20 e 21 de novembro no Hotel Century Paulista, em São
Paulo. As inscrições vão de 15 de julho a
31 de agosto. O exame deste ano não será
computadorizado e, ao contrário dos últimos anos, todas as três etapas – objetiva,
casos clínicos e exame físico – passam a
exigir 70% de acertos.
“A prova não será feita no computador, como nos dois últimos anos, devido
ao alto custo. A atual situação financeira
da Sociedade não comporta este gasto”,
afirma o coordenador do exame, Fausto
Miranda Jr. O edital já está disponível no
site da SBACV: www.sbacv.com.br.
A taxa de inscrição para sócios adimplentes é de R$ 1 mil; inadimplentes, R$
1.500; e não sócios, R$ 1.700.
Curso Online
Para quem está estudando para o
exame uma boa notícia: o curso online preparatório para o concurso já está
disponível no portal da SBACV. São aproximadamente 70 horas/aulas divididas
em seis módulos, os quais podem ser estudados independentemente da ordem.
Desta forma, é possível assistir primeiro
ao tema que sente maior necessidade em
obter um aprimoramento.
Os professores foram escolhidos por
rígidos critérios e, em sua maioria, são
DADOS PARA ACESSO AO CURSO
Para acessar o curso online é preciso ter os dados atualizados no Cadastro Único
Nacional (CANU). Veja como recuperar seus dados na matéria da próxima página.
autores de capítulos nos livros que compõem a referência bibliográfica da prova. Ao cumprir todos os módulos, o aluno terá o reconhecimento de 10 pontos
na Comissão Nacional de Acreditação
(CNA) que servirão tanto para a revalidação do título de especialista em cirurgia vascular, como também para os
certificados de área de atuação em ecografia vascular com doppler e angiorradiologia e cirurgia endovascular. Para
receber a certificação do CNA é preciso ter um aproveitamento de 70% do
curso.
Os benefícios não param por aí. Os
áudios das aulas poderão ser baixados
em dispositivos eletrônicos como celular, tablet, MP3, entre outros. Duas
semanas antes do exame será disponibilizado um bate-papo online entre os
inscritos e os professores com o objetivo de sanar as dúvidas. Para ter acesso ao curso, é preciso utilizar suas credenciais no Cadastro Nacional Único
(CANU). (AT)
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
13
SBACV em ação
Passo a passo
Para atualizar seus dados, acesse o site da SBACV e clique no
link do menu à esquerda: “Sócios –>
CANU”. Em seguida você será direcionado ao CANU.
Caso tenha esquecido a sua
2 senha ou nunca tenha atualizado seus dados pelo CANU (Cadastro
Único Nacional), clique no link “Esqueceu a sua senha? Clique aqui”, ao
agir assim você receberá a senha no
e-mail cadastrado previamente no
CANU.
Caso não tenha cadastrado ne3 nhum e-mail válido, envie-nos
um e-mail ([email protected]) com
seu nome completo, regional a que
pertence e um e-mail válido para
atualizarmos seu cadastro.
1
Atualize seus dados no CANU
SBACV solicita envio de informações atualizadas para renovação do cadastro
T
er um contato direto com o associado e informá-lo sobre as
principais ações na área é importante tanto para a Sociedade
que o representa como para o próprio médico. Visando essa atualização constante, a Sociedade Brasileira de Angiologia
e de Cirurgia Vascular (SBACV) lança
uma campanha pela atualização plena do
CANU, sistema que armazena os dados
da entidade.
Quem atualizar seus dados estará concorrendo automaticamente a prêmios, como
Ipads e inscrições em Congressos da SBACV.
O sorteio será na festa de 60 anos da entidade e não será preciso estar presente.
O projeto está a cargo dos Drs. Nasser
Mahfouz e Alberto Kupcinskas Jr. A
14 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
expectativa dos médicos é ter a atualização completa até o fim de agosto.
“Precisamos conscientizar o associado
que sempre que houver alguma mudança
de endereço, telefone ou e-mail é importante informar à Sociedade para ele não
deixar de receber os informes da entidade e acompanhar as ações na área”, afirma
Kupcinskas Jr.
De acordo com Kupcinskas Jr. e
Mahfouz, o CANU auxilia a entidade a
ter um panorama da geografia dos cirurgiões vasculares e angiologistas pelo país.
“Podemos verificar quantos especialistas estão em cada região”, complementa
Mahfouz. As regionais da SBACV terão
acesso ao sistema para atualizar o endereço, telefone e e-mail. (AT)
Udo Kurt
SBACV em ação
SBACV cria medalha
Dr. Emil Burihan
Primeira honraria será entregue à família do professor
durante as comemorações dos 60 anos da entidade
O
Conselho Superior da Sociedade
Brasileira de Angiologia e de
Cirurgia Vascular (SBACV) decidiu por unanimidade criar a
Medalha de Mérito Científico Professor
Emil Burihan, a ser entregue ao melhor
trabalho apresentado no Congresso nacional da Sociedade. A primeira honraria,
no entanto, fará parte das comemorações
dos 60 anos da entidade. Será entregue à
família do Dr. Emil na solenidade de celebração do aniversário de fundação, no
fim do ano, em São Paulo.
“Todos os que tiveram a felicidade de
conviver com o Prof. Emil compreenderão a justiça da homenagem àquele que
tanto contribuiu para o engrandecimento de nossa entidade”, disse o membro
do Conselho Superior da SBACV Airton
Delduque Frankini ao definirem a honraria. Dr. Emil Burihan morreu no fim de
março.
60 anos
A diretoria da SBACV planeja diversas ações para marcar o sexagenário da
Sociedade. Entre elas, um livro com depoimentos de especialistas importantes
que contribuíram para o crescimento
da entidade. Um vídeo também apresentará como os médicos enxergam a
SBACV. “Temos a grande preocupação
de atender a todos os sócios. Por isso,
estamos planejando um evento voltado para a confraternização”, explica um
dos coordenadores da comemoração
Vasco Lauria.
Temos a grande
preocupação de
atender a todos
os sócios. Por
isso, estamos
planejando um
evento voltado para
a confraternização
De acordo com o presidente da
SBACV e também coordenador do evento, Calógero Presti, a diretoria tem levantado os orçamentos dos possíveis locais
para a realização do jantar, que deve ser
seguido de apresentação musical.
O diretor de Publicações da SBACV,
Ivanésio Merlo, que também integra a comissão de organização das comemorações, ficou encarregado de recolher material e entrevistas para o livro e o vídeo do
sexagenário. Quem quiser contribuir com
fotos e depoimentos pode enviar o material para: [email protected]. (AT)
Prof. Burihan
sempre foi atuante
na Sociedade.
No registro,
ele durante a
Convenção Nacional
da SBACV, uma
semana antes de
sua morte
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
15
SBACV em ação
Udo Kurt
Presidente da
SBACV abre sessão
apresentando os
projetos da gestão
Em seguida, o tesoureiro da entidade,
Marcelo Matielo, exibiu a receita e os gastos da SBACV. “Temos que tornar a máquina eficiente para evitar desperdício.
Gerenciar muito bem e com responsabilidade”, complementou o presidente da
SBACV, Calógero Presti.
Após, foi a vez da apresentação do
advogado da SBACV, Antônio Carlos
Ferreira Araújo. Ele está fazendo um
levantamento de todos os artigos do
Estatuto que precisam ser atualizados
para sugerir uma nova redação. O profissional vai ainda prestar assessoria a todas
as regionais da Sociedade.
Convenção Nacional
avalia projetos da SBACV
Encontro ocorrido em março reuniu cerca de 40 especialistas no Rio de Janeiro.
Reforma do Estatuto, Diretrizes e sexagenário da Sociedade foram alguns dos temas
Por Aline Thomaz
A
Convenção Nacional da
Sociedade
Brasileira
de
Angiologia e de Cirurgia
Vascular (SBACV), realizada no fim de março no Rio de Janeiro,
marcou a primeira reunião da atual diretoria com o Conselho Superior e os
presidentes das regionais. No evento, foram apresentadas: a situação financeira da entidade, a importância da reforma do Estatuto, formas de se agilizar o
projeto Diretrizes, as ações de comemoração pelo sexagenário da entidade e as
ações futuras. Participaram cerca de 40
especialistas.
Em reunião em separado, o Conselho
Superior da SBACV transferiu para a atual diretoria a responsabilidade de realizar
uma auditoria das duas últimas gestões
da Sociedade, visto que a contratação da
empresa de auditoria realizada no fim
do ano passado não respeitou as normas pré-estabelecidas pelo Conselho na
Assembleia Geral, em outubro. Portanto,
teve seu parecer invalidado.
O evento foi dividido em apresentações sucintas e ao final houve a oportunidade de discussão sobre os temas. O secretário-geral da SBACV, Celso Bregalda,
falou sobre as atividades já realizadas pela
atual gestão e os projetos futuros, entre
eles o programa “União Brasil Integrando
as Regionais”, que vai promover uma reunião científica em cada uma das cinco regiões do país, disseminando, assim, o conhecimento. As regionais provisórias do
Acre e Amapá tiveram que ser extintas
por não terem o número mínimo de associados. Já a de Rondônia está em avaliação devido à falta de documentos.
16 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Diretrizes
O coordenador do concurso de título de especialista da SBACV, Fausto
Miranda Jr., apresentou algumas sugestões de mudança ao exame que estão em
debate dentro da Comissão de Avaliação.
Miranda também recomendou alterações
no projeto Diretrizes para que ele seja
concluído o mais rapidamente possível.
“Seria importante termos comissões menores e pessoas interessadas em fazer as
perguntas e as respostas dos temas”, disse.
Duas Diretrizes já foram encaminhadas à Associação Médica Brasileira (AMB):
Terapia de compressão dos membros inferiores e varizes dos membros inferiores.
Quatro estão em andamento: aneurisma,
pé diabético, trombose e doença cérebro-vascular extracraniana. Há ainda outras 16
em desenvolvimento. “A Diretriz vai poder
nortear a ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar) a cobrar dos planos o tratamento indicado pelo médico”, afirmou.
O coordenador do livro de 60 anos da
SBACV, Ivanésio Merlo, explicou o projeto e apresentou a equipe que fará o vídeo
comemorativo. Durante a reunião, alguns
médicos gravaram depoimentos para o
vídeo. Por fim, cada presidente de regional falou sobre a situação atual da entidade local e as ações futuras.
Carta Aberta
São Paulo, 21 de maio de 2012
Prezados Associados
Primeiramente, cabe ressaltar que a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular não
deve ser utilizada para a promoção pessoal de nenhum de seus associados ou dirigentes, independentemente do cargo que ocupe ou tenha ocupado.
O acesso ao mail list da SBACV, em razão do cargo ocupado, não dá, em nenhuma hipótese, o direito
à sua utilização para fins pessoais, ou, muito menos, de fornecê-lo a terceiros em troca de apoio
ou propaganda. Tal atitude deve ser entendida como abuso de direito, abuso de confiança e desrespeito aos fins da SBACV.
Dito isso, é a presente para esclarecer a situação da auditoria externa solicitada pela Assembleia
Geral que não aprovou as contas da Diretoria na gestão 2010/2011.
Em análise ao relatório sobre a contratação da empresa de auditoria, elaborado e encaminhado pela própria Diretoria anterior (gestão 2010/2011), o Conselho Superior não aprovou o procedimento da escolha/seleção da empresa de auditoria externa contratada pela Diretoria anterior
(gestão 2010/2011), pois não seguiu os critérios de transparência e independência estabelecidos
pelo Conselho Superior em outubro de 2011.
Desta forma, considerando que contratação feita pela Diretoria anterior (gestão 2010/2011) não
atingiu os fins a que se destinava, o Conselho Superior solicitou à Diretoria atual (gestão 2012/2013)
que atenda ao solicitado pela Assembleia Geral e contrate empresa de auditoria externa para auditar as contas das Diretorias das gestões 2010/2011 e 2008/2009, obedecendo a critérios de concorrência e independência.
A Diretoria atual está cumprindo suas obrigações e trabalhando no melhor interesse de seus associados, observando e respeitando a necessária transparência, bem como todos os quesitos impostos pelo Conselho Superior para a contratação da empresa de auditoria independente, que auditará as contas das Diretorias das gestões passadas da SBACV.
Os documentos e comprovantes dos fatos acima relatados estão à inteira disposição dos associados para análise na Sede da associação, sendo vedada a sua retirada do local.
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O secretário geral da SBACV, Celso Bregalda, apresentou, na Convenção Nacional,
o programa que vai rodar o país com palestras
Nacional realiza reuniões
científicas nas 5 regiões do país
Programa “União Brasil Integrando as Regionais” tem início no segundo semestre
P
ara se aproximar dos associados de todas as regionais do
país, a Sociedade Brasileira
de Angiologia e de Cirurgia
Vascular (SBACV) criou o programa
“União Brasil Integrando as Regionais”,
em que realizará reuniões científicas com
palestrantes gabaritados nas cinco regiões brasileiras. A primeira reunião acontece no segundo semestre e o calendário
estará disponível no site da Sociedade.
“O objetivo principal do projeto é a
atualização científica e aproximar os associados da diretoria nacional e das regionais. Como as reuniões serão realizadas nas regiões brasileiras promoverão
não só uma integração com as diretorias
(nacional e regionais), mas também dos
associados entre si”, afirma o secretário
geral da SBACV, Celso Bregalda.
Além das reuniões, nos últimos meses a SBACV tem trabalhado para se organizar administrativamente. “Assim
que assumimos a diretoria fizemos um
levantamento e vimos que a maioria dos
serviços estava com o reconhecimento
pela SBACV vencido, alguns há mais de
cinco anos. Então, enviamos ofícios a todas as instituições informando as normas
para aquisição de novo reconhecimento”, diz Bregalda. Pelas regras, o aval da
SBACV tem validade de no máximo cinco anos, pois neste tempo podem ocorrer mudanças no serviço que descaracterizem o mesmo em relação à avaliação
inicial. As normas e documentos necessários para garantir o reconhecimento estão
no site da SBACV.
Outra mudança administrativa foi
em relação às respostas aos associados. Bregalda explica que as solicitações
à entidade estão sendo respondidas, na
maioria das vezes, em 24 horas. “Se precisarmos de parecer jurídico ou fiscal, necessitamos de um tempo maior”, diz. De
acordo com ele, a SBACV também tem
regularizado as regionais e avaliado a papelada das que foram criadas. (AT)
Perfil
Não adianta
deixarmos o
cirurgião vascular
em uma cidade
onde ele não
possa realizar
uma arteriografia
e outros
procedimentos
vasculares e
endovasculares
Presidente da
SBACV-TO se
formou em São
Paulo, mas voltou
para trabalhar em
seu estado em 1998
As dificuldades da interiorização
Cirurgião vascular Sílvio da Silva pretende reverter o quadro ao fundar a primeira residência da área no Tocantins
Por Aline Thomaz
uem acredita, sempre alcança”. O verso
da música de Renato
Russo pode ser confirmado através da
história do presidente da regional da
Sociedade Brasileira de Angiologia e
Cirurgia Vascular de Tocantins (SBACVTO), Sílvio Alves da Silva. Ele queria
se especializar e retornar ao seu estado
para contribuir com seus conhecimentos.
Viajou, estudou, voltou e passou no concurso para atuar no estado e na prefeitura de Palmas e ainda fez mais. Junto com
sua equipe do Hospital Geral Público de
Palmas, em parceria com a Universidade
Federal de Tocantins, conseguiu, em
maio, credenciar uma vaga de residência
em cirurgia vascular para início em 2013,
a primeira do estado.
A falta de residência em cirurgia vascular em alguns estados sempre distanciou os médicos, que iam para outras cidades se especializar e não voltavam. O
estado do Tocantins possui um dos menores números de cirurgiões vasculares
do país: 12. Desses, sete estão em Palmas,
quatro em Araguaína e um em Gurupi.
“Para que a interiorização aconteça, é
necessário haver concursos públicos sérios com planos de cargos e salários nas
cidades menores. Também é preciso ter
a conscientização de que temos condições de ajudar nossa população melhor
no nosso estado que quando ficamos nas
grandes metrópoles”, afirma Silva.
Nascido em Pontalina, sul do estado de
Goiás, Silva se mudou ainda criança para
20 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Colinas, que com a divisão de Goiás, passou a integrar o estado de Tocantins. Para
se especializar, precisou viajar quilômetros. Cursou medicina na Universidade
Federal do Maranhão, em São Luís, e a
residência no Hospital Jaraguá, em São
Paulo, concluída em 1997. No ano seguinte, já estava de volta ao Tocantins.
Infraestrutura
Convencer o médico a trabalhar no
interior é apenas um dos problemas.
Chegando lá, o especialista se torna refém da pouca infraestrutura. “Não adianta deixarmos o cirurgião vascular em
uma cidade onde ele não possa realizar
uma arteriografia e outros procedimentos vasculares e endovasculares”, diz Silva.
Segundo ele, outro problema são as filas
nos hospitais públicos para atendimento. “Há filas para o tratamento cirúrgico
de varizes dos membros inferiores e a resposta é simples: o preço que o SUS paga
para o cirurgião vascular realizar este
procedimento não é digno”.
A boa notícia é que mesmo no interior
é possível se manter informado sobre as
novidades do setor. “No passado recente era mais difícil, mas atualmente não se
atualiza quem não quer. Depois que mudei para Palmas já fiz três pós-graduações, participo ativamente dos congressos
da nossa especialidade, visitei vários centros de excelência aqui no Brasil e no exterior como a Universidade de Michigan,
entre outros, e recentemente estou chegando do Charing Cross, de Londres”,
afirma.
Com poucos associados e recursos,
administrar a pequena regional é um trabalho de dedicação. A sede funciona em
seu consultório e sua secretária se divide na função de atendê-lo e de atender
as demandas dos associados. “Os benefícios às vezes vai ser sentido nas gerações
posteriores, pois se trata de um trabalho
a longo prazo de divulgação da nossa especialidade junto à classe médica e junto à população. Muitas das vezes somos
confundidos com a cirurgia cardíaca ou
ainda nos procuram para saber o que um
cirurgião vascular faz”, diz.
Em pauta
Meias elásticas: uma revisão de
suas indicações e de como usá-las
Dr. João Luiz Sandri e Dr. André Valença, diretor e vice-diretor do Departamento Científico
O
uso de meias elásticas é uma das indicações mais comuns no consultório de angiologia e cirurgia
vascular e as suas indicações corretas são a chave do sucesso da aderência do paciente às prescrições, pois muito das não adaptações ou não aderência ao tratamento se deve ao desconforto
causado por prescrições mal feitas.
Nesta edição, teremos uma rodada com alguns experts no assunto meias elásticas, ou melhor, como é o título
de uma de nossas Diretrizes, a “Terapia de Compressão de Membros Inferiores”. A sua indicação desde o mais
simples sintoma, o cansaço nas pernas, até os casos mais complexos de insuficiência venosa crônica estarão
em pauta, com as perguntas elaboradas para revisarmos o que pensam hoje os nossos colegas convidados.
Lembramos que o convite é sempre feito baseado na linha de estudos e publicações na nossa revista. Nossos
convidados desse número são: Celso Ricardo Bregalda Neves, professor doutor da USP e secretário geral da
SBACV; George Carchedi Luccas, professor livre docente da UNICAMP; e Marcondes Figueiredo, professor
doutor da Faculdade de Medicina de Uberaba (MG).
Radar SBACV - Em que casos você indica o uso de
meia elástica na prática diária?
Celso Bregalda - Para todos os pacientes com sinais
e/ou sintomas de doença venosa crônica e para os pacientes com desconforto diário vespertino nos membros inferiores sem causa específica, se não houver
contraindicação para seu uso.
George Luccas - As principais indicações são para
os pacientes portadores de varizes e com quadro de
síndrome pós-flebítica, para prevenir a ocorrência ou
a recidiva de úlceras venosas. Podemos indicar também para os quadros iniciais de linfedema, embora
nos casos mais avançados prescrevemos contensão
inelástica.
Marcondes Figueiredo - A meia elástica é a melhor
opção de tratamento clínico da insuficiência venosa
dos membros inferiores, como também na prevenção
e no tratamento da trombose venosa profunda. Além
disso, ela tem uma boa indicação em linfedema a fim
de mantê-lo após a Terapia Física Complexa. Na cicatrização e recidiva de úlceras de origem venosa, a evidência de seu uso é Grade 1 B, ou seja, é fundamental
principalmente na prevenção da recorrência.
Radar SBACV – Em cirurgia de varizes usa meia
elástica de rotina? Ou tem alguma indicação
especial?
CB - Utilizo de rotina após cirurgia de varizes, geral-
mente na compressão de 20-30 mmHg para varizes
simples e 30-40 mmHg para pacientes com complicações como dermatite ocre e úlceras.
GL - No pós-operatório de cirurgia convencional recomendo o uso de meia de suave compressão pelo período de um mês, sendo que na ablação das veias safenas com laser ou radiofrequência, recomendo meia
de média compressão tipo meia calça.
MF - A compressão pós-cirurgia é importante na prevenção do sangramento imediato, na diminuição de
hematomas e equimoses, no conforto e segurança do
paciente e na prevenção do tromboembolismo venoso, apesar de ainda não haver unanimidade. Há grupos
que usam apenas ataduras de crepe por 24 horas e meias
elásticas no pós-operatório imediato de 15 a 60 dias. Há
quem indique permanentemente o uso de meia elástica
entre 20 a 30 mmHg pós-tratamento cirúrgico de varizes. Mas ainda não há uma determinação clara do uso da
meia no pós-operatório de cirurgia de varizes.
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
21
Celso
Bregalda
George
Luccas
Marcondes
Figueiredo
Professor
doutor da
USP
Professor livre
docente da
UNICAMP
Professor doutor da
Faculdade de Medicina
de Uberaba (MG)
Radar SBACV – Num paciente que refere
cansaço nas pernas diariamente e não
tem nem varizes ou outra causa específica, você indica meia elástica? Que tipo?
CB - Sim, em pacientes com sensação de
peso nos membros inferiores e desconforto diário prescrevo meia elástica 3/4
na compressão de 15-20 mmHg.
GL - Com o advento do US Duplex é possível a busca pelo diagnóstico correto nas
queixas álgicas e não mais as hipóteses
não provadas de “varizes internas” para
justificar tratamentos empíricos. Não
considero boa indicação de meia se não
houver de forma clara a razão da prescrição, lembrando que em um país tropical
só ocorrerá adesão ao tratamento quando
houver a correta indicação.
MF - Sim, nesse tipo de paciente, indico a
meia que chamo de meia ocupacional, é
uma meia que tem em torno de 18 mmHg
no tornozelo e previne o edema e o desconforto vespertino, o melhor modelo seria o abaixo do joelho, ou seja 3/4, indicada para pessoas sem patologia venosa,
mas que permanece em ortostatismo durante longos períodos.
Radar SBACV – Quando e a partir de que
mês você indica meia elástica na gravidez? E com qual compressão?
CB - De maneira geral, receito a meia
elástica de gestante a partir do 2º trimestre, na compressão de 15-20 mmHg para
pacientes classe CEAP 1, 20-30 mmHg
para CEAP 2 e 3 e 30-40 mmHg para
CEAP 4 a 6.
GL - Na gravidez desde o início, tipo meia
calça, de suave compressão se não houver
varizes e média compressão na presença
...pois muito das não adaptações ou não aderência ao tratamento se
deve ao desconforto causado por prescrições mal feitas
de varizes. Recomendo de média ou alta
compressão nos últimos meses, especialmente se a paciente for portadora de varizes ou apresentar edema significativo.
MF - Existe uma cultura de prescrever de
rotina mais na gravidez, entretanto, não
entendo dessa forma, e um conceito precisa ficar claro: meia elástica não previne
o aparecimento de varizes durante a gestação, mas dá conforto, melhorando o
edema. Portanto deve-se prescrever meia
na gravidez apenas a pacientes que tenham desconforto e/ou edema em qualquer fase da gestação. Normalmente as
meias 20-30 mmHg resolvem, mas eventualmente nos edemas mais intensos as
30-40 mmHg precisam ser prescritas.
Radar SBACV – Uso de meias elásticas
em viagens aéreas longas é indicado
para quem?
CB - Indico para pacientes com varizes
calibrosas, sinais e sintomas de doença
venosa crônica, episódio prévio de TVP
ou com diagnóstico de trombofilia.
GL - Recomendo a todas as pessoas associado a exercícios ativos da bomba muscular das panturrilhas.
MF - É indicada a pacientes portadores
de insuficiência venosa ou linfática com
a compressão de acordo com prescrição
médica e àqueles que apresentam edema
vespertino sem patologia aparente. Para
esses casos, uma meia até 18 mmHg no
tornozelo resolve.
22 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Radar SBACV – Quais são os principais
itens a serem levados em consideração
no momento de prescrição de uma meia
elástica ?
MF - A meia elástica é um produto tera-
pêutico, como um antibiótico ou um anti-hipertensivo, sendo, portanto, necessário especificar a sua compressão em
milímetro de mercúrio (mmHg), determinando a compressão no tornozelo de 15 mmHg, 20-30 mmHg ou 30-40
mmHg. São necessárias medidas, no tornozelo, panturrilha e coxa, baseado neles
é que se determina o tamanho da meia.
Especificar o modelo da meia: abaixo do
joelho ou 3/4, acima do joelho ou 7/8 ou
tipo calça. Enfim, o médico, ao prescrever a meia elástica, deve explicar ao paciente a importância da meia elástica no
tratamento ou prevenção de sua patologia, que ela deve ser vestida nos primeiros 20 minutos da manhã ao se levantar
e que deve permanecer por 4 , 6 ou 12h
com a meia, dependendo da necessidade do paciente. A meia deve ser trocada
a cada quatro meses se for de uso diário,
pois ela perde a elasticidade.
Leitura sugerida:
Projeto Diretrizes AMB - Terapia de
Compressão de Membros Inferiores
(www.sbacv.com)
Defesa Profissional
Associação Médica do Paraná
Por Aline Thomaz
N
os últimos meses, posicionamentos do governo federal desapontaram as entidades de
defesa da classe médica. Entre
eles, a facilitação para validar os diplomas de médicos formados no exterior e a
criação de novas faculdades e vagas de
medicina. Para debater esses assuntos,
o Radar da SBACV entrevistou o diretor
de Defesa Profissional da Sociedade
Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular (SBACV), José Fernando Macedo. Na entrevista, o especialista também
discorre sobre a importância da eleição
inédita da SBACV para compor o Conselho Deliberativo da Associação Médica
Brasileira (AMB). Confira:
“Não há falta de
médicos no Brasil,
o que há é má
distribuição”,
diz Macedo
Diretor debate iniciativas
do governo na área médica
Validação de diploma estrangeiro sem prova e criação de vagas
em medicina desagradam classe, que aposta em plano
de carreira no SUS para estimular a interiorização
24 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Radar SBACV – Em março, o governo federal anunciou que pretende
estimular a criação de novas faculdades públicas de medicina e ampliar as vagas dos cursos já existentes em instituições federais.
Qual sua opinião sobre o tema?
José Fernando Macedo – Na última década, o número de médicos cresceu 21% no
país. Temos quase dois médicos para cada
mil habitantes no Brasil, número superior
à proporção de 1 para 1.000 recomendada
pela Organização Mundial de Saúde. Não
há falta de médicos no Brasil, o que há é
má distribuição. Se faltam médicos em algumas regiões é porque há centros que têm
um médico para cada 200 habitantes, por
exemplo. E não é a criação de novas vagas
em cursos de medicina que vai resolver esse
problema, pois são exatamente nesses centros que estão sendo criadas as novas escolas. A abertura de novas vagas, sem critérios
de distribuição geográfica e sem controle da
qualidade do ensino, acaba se transformando em um risco para a sociedade.
Radar SBACV – O governo também
afirma que há falta de médicos no
interior do país e este seria o motivo para abertura de novas escolas.
Por que é tão difícil a interiorização
do médico?
JFM – A concentração de médicos nos
grandes centros e a carência no interior e
nas regiões mais afastadas é consequência da desvalorização do Sistema Único de
Saúde. Não há um plano de carreira para
que o médico queira ficar no setor público, queira atuar na saúde da família ou
em hospitais do SUS. Além disso, não há
apoio tecnológico e estrutural para esses
médicos o que faz com que, sem a base de
um hospital de referência por trás, que lhe
garanta exames e procedimentos modernos, o médico não arrisque uma carreira
no interior por insegurança.
Radar SBACV – Que consequências
esse aumento de vagas em medicina pode acarretar?
JFM – Criam-se novos cursos, novas vagas em faculdades de medicina, mas não
há uma política de oferta de vagas em residência médica, o que resulta em muitos
profissionais que não conseguem completar sua formação e direcionar sua carreira, prejudicando a qualidade da medicina
oferecida à sociedade, uma vez que, fatalmente, são esses os médicos que acabarão
atendendo na saúde pública.
Radar SBACV – Como atuante nas
entidades representativas, quais
ações têm sido feitas em relação a
este assunto?
JFM – Atuamos em defesa do plano de
carreira para o SUS e para a criação do
piso salarial nacional do médico, projetos
que estão em tramitação no Congresso
Nacional. Estamos em constante contato
com o Ministério da Saúde e da Educação
para exigir critérios na criação de novas
escolas. Também estamos pressionando o Ministério da Saúde para a criação
de mais 4 mil novas vagas de residência
médica, o que foi prometido por eles na
Conferência Nacional de Saúde, no ano
passado.
Radar SBACV – Recentemente,
foi divulgado que a Casa Civil e a
Presidência da República estariam
discutindo a alteração das regras
de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior com o
Criam-se novos cursos, novas vagas em faculdades de medicina,
mas não há uma política de oferta de vagas em residência médica (...) fatalmente,
são esses os médicos que acabarão atendendo na saúde pública
objetivo de facilitar o ingresso de
profissionais estrangeiros no país.
Qual a sua opinião e a das entidades de classe quanto a isso?
JFM – A facilitação da revalidação do diploma é mais uma estratégia do governo
para reduzir essa falsa carência de médicos
no país. Uma das propostas que está sendo discutida é que a prova de revalidação
do diploma seria substituída por uma espécie de residência de dois anos no atendimento em unidades básicas de saúde ou
no Programa Saúde da Família, para depois, o médico estrangeiro ter seu diploma
aceito e poder atuar da forma que desejar.
Isso é um risco para a sociedade, pois, para
a aceitação de diplomas estrangeiros no
Brasil há uma prova nacional, a “Revalida”,
que avalia a qualidade da formação desse
médico. Eliminando a prova e colocando
esses médicos para provar a competência
no atendimento direto às famílias, estaremos expondo nossos cidadãos ao risco de
serem atendidos por médicos com formação deficiente, com desconhecimento das
doenças mais comuns no Brasil e de seus
sintomas, justamente em regiões que esse
médico poderá ser a única opção do paciente. Os médicos com diplomas estrangeiros obtidos em universidades de qualidade que querem atuar no Brasil vêm para
cá e passam na prova.
Radar SBACV – A SBACV foi eleita pela primeira vez para compor
o Conselho Deliberativo da AMB,
no qual o senhor é o representante. Qual a importância dessa
participação?
JFM – A importância se dá pelo fato de
estarmos participando ativamente das
decisões mais importantes de nossa entidade máter, e pelo relacionamento com
todos os presidentes das associações medicas do Brasil (Federadas).
Radar SBACV – As entidades médicas articulam a criação de um
Projeto de Lei de Iniciativa Popular
que assegure o repasse de 10% da
receita bruta da União para o SUS.
Para isso têm recolhido assinaturas. Como os associados podem
participar?
JFM – A aprovação da Emenda 29 sem a
obrigação de o governo federal investir os
10% de sua receita em saúde foi um duro
golpe para a sociedade brasileira, pois
manteve a obrigação apenas aos entes federados que já cumpriam com sua parte
e, às vezes, faziam até mais: estados e municípios. Sem os 10% do governo federal,
que terá, apenas, que manter os investimentos realizados no ano passado, R$ 35
bilhões deixarão de ser repassados para a
saúde pública neste ano. Dinheiro que seria suficiente para iniciar essa reestruturação do SUS, criar a carreira do médico público e contribuir, assim, para essa
diminuição da carência de médicos em
algumas regiões do país. Assim, as entidades médicas, apoiadas pela Ordem dos
Advogados do Brasil, iniciaram essa mobilização pela Lei de Iniciativa Popular,
nos moldes do que foi feito com a Lei
do Ficha Limpa. Com uma grande manifestação popular, dificilmente nossos
governantes e representantes do Poder
Legislativo continuarão insensíveis a essa
questão. Mas o caminho é longo, precisamos colher assinaturas de 1% do eleitorado brasileiro, ou seja, 1,3 milhão de assinaturas. E, assim, a participação de todos
é fundamental. Temos que entrar no site
da AMB, imprimir a lista e divulgá-la, em
nossos consultórios, nos hospitais, em
nossos eventos científicos, em encontros
sociais. É uma questão de saúde pública
e, mais uma vez, a sociedade pode romper a inércia dos nossos representantes
em Brasília.
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
25
Udo Kurt
Resgate
E
Carlos José de Brito conta que entre 1964 e 1972 havia duas entidades voltadas aos
médicos angiologistas, a SBACV e o Colégio Brasileiro de Angiologia
“Nossa SBACV passou incólume
por todos os problemas e
aponta um futuro comprometido
com seus associados”
Nesta edição, o Radar SBACV convidou o professor Dr. Carlos José de Brito, expresidente da SBACV, e um dos médicos mais ilustres da Sociedade e da especialidade
no Brasil para nos contar em depoimento um pouco mais sobre a história da angiologia
e da cirurgia vascular e seu trabalho no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro. Confira:
26 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
m primeiro lugar é necessário dizer alguma coisa sobre o que antecedeu a fundação da própria Sociedade Brasileira de
Angiologia (SBA). Até 1951 não havia sequer uma libertação da Cardiologia que, na época
sendo uma especialidade já bem constituída, era o
lado mais forte do binômio. As reuniões e congressos colocavam os angiologistas em conjunto com
os cardiologistas.
Com o tempo, particularmente no plano internacional, começaram a aparecer propostas para
fundar Sociedades que especificamente congregassem os angiologistas. Apesar de não entusiasmar
os cardiologistas, mais médicos foram aparecendo
que se dedicavam às doenças vasculares, os angiologistas, e a pressão para Sociedades específicas começou a dar frutos por volta de 1951.
No Brasil já havia muitos especialistas que tinham como objetivo caracterizar uma Sociedade
como de Angiologia. Assim, em 1º de novembro
de 1952, reunidos em São Paulo, um grupo de médicos com interesse na especialidade estabeleceu
os Estatutos que instituíram a Sociedade Brasileira
de Angiologia. O 1º Congresso autônomo de nossa Sociedade foi realizado em Belo Horizonte em
1961.
Com o passar dos anos, a cirurgia foi cada vez
mais se impondo como método terapêutico fundamental para as doenças vasculares. Assim sentiu-se a necessidade de mudar a razão social para
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular. Essa alteração foi aprovada em assembleia no dia 4 de outubro de 1985. A constituição
da Sociedade como ela hoje é, sem dúvida, foi o
fato mais importante em sua história.
Em segundo lugar, como fato marcante no caminhar de nossa Sociedade foi a capacidade que
ela teve de manter a sua unidade. Em 1964, foi fundada outra Sociedade, por profissionais altamente qualificados e certamente bem intencionados, o
Colégio Brasileiro de Angiologia. Foram realizados dois congressos importantes em 1965 e 1966
e outros não mais existiram. Essa duplicidade de
Sociedades, com os mesmos propósitos, certamente não era do interesse de qualquer uma delas. Essa
duplicidade durou até 1972 quando a Sociedade
Brasileira de Angiologia foi credenciada como
Departamento da Associação Médica Brasileira
(AMB). A partir de então, todos novamente se uniram em torno de uma só Sociedade.
Outro passo importante foi a abrangência da
Sociedade em todo o território nacional, com o
aparecimento das regionais, cuja primeira foi a
de Minas Gerais, fundada em 22 de abril de 1953.
Nesse mesmo ano, em 13 de maio foi fundada a regional do Distrito Federal, à época a cidade do Rio
de Janeiro.
1ª prova de título: 1973
Ainda outro fato marcante foi a realização da 1ª
prova para concessão de Diploma de Especialista.
A primeira banca examinadora reuniu-se de 9 a 11
de setembro de 1973, na sala da Diretoria da Escola
de Medicina e Saúde Pública da Universidade
Católica de Salvador. Tivemos a honra de participar dessa primeira banca. Então a Sociedade sedimentou-se, pois a ela cabia conceder o diploma validado pela AMB, para que os angiologistas e/ou
cirurgiões vasculares tivessem reconhecida sua capacidade para exercer a especialidade. É claro que
nos primeiros concursos houve muito de improvisação, mas com a colaboração de cada um dos
membros da banca, os resultados foram muito positivos. Com os concursos sucessivos, no início de
dois em dois anos, as provas foram sendo aperfeiçoadas cada vez mais, tornando-se uma atividade
madura e de alta efetividade. Mais recentemente os
concursos passaram a ser anuais.
A bagagem profissional que cada um precisa
portar para exercer a especialidade é baseada em
livros de referência, nos quais a banca se fundamenta para retirar as perguntas ou dissertações.
Esses quesitos da prova procuram abranger de maneira uniforme cada aspecto da especialidade para
julgar do conhecimento do examinando sobre o
conjunto de nossa atividade. Hoje as provas, que
eram conjuntas, foram separadas: uma para angiologista e outra para o cirurgião vascular.
Outro fato importante que nós destacaríamos
seria a internacionalização da Sociedade, tornando-se uma das mais importantes entre suas congêneres de todos os países. Com o crescimento da
Sociedade ela começou a atrair pessoas cada vez
mais preparadas para cuidar de seus destinos. Não
nos agradaria destacar qualquer Congresso ou
Jornada, pois cada um deles, dentro dos recursos
que dispunham, fez o melhor que pôde. A todos
que o fizeram com grande sacrifício de suas vidas
privadas, a Sociedade tem uma dívida de gratidão.
A primeira banca examinadora reuniu-se de 9 a 11 de setembro de 1973. (...) Tivemos a
honra de participar dessa primeira banca. Então a Sociedade sedimentou-se, pois a ela
cabia conceder o diploma validado pela AMB, para que os angiologistas e/ou cirurgiões
vasculares tivessem reconhecida sua capacidade para exercer a especialidade
O Hospital da Lagoa
O início do serviço de cirurgia vascular do
Hospital da Lagoa não diferiu em nada do que
foi descrito no início dessas informações. Não foi
nada fácil destacar um setor exclusivo de cirurgia
vascular até então englobada com a cirurgia cardíaca e Torácica. Nessa ocasião, já se fazia clara a
necessidade dessa individualização. Nada de novo
acontece nesse mundo sem que haja resistência às
mudanças, e assim foi. Com o tempo fomos atraindo colaboradores de grande valor e correção, sem
os quais seria inviável sedimentar um Serviço, que
já dura desde 1968 até os dias de hoje. A nós coube
a enorme distinção de chefiar esse Serviço por 34
anos, quando caímos no limite do serviço público
que considera os servidores com mais de 70 anos,
incapazes de prosseguir em suas funções.
O que mais nos envaidece não é a árvore que
nós plantamos, mas os frutos que dela resultaram, nossos residentes e alunos de pós-graduação.
Hoje vemos todos eles bem posicionados na profissão, na especialidade e na vida de uma forma
geral. Sentimos uma relação verdadeiramente paternal com respeito a eles. O seu sucesso é o nosso. Entregando à comunidade médicos especialistas tão diferenciados, sentimos a sensação plena de
um dever cumprido.
Embora tenha sido indagado do Hospital da
Lagoa, gostaríamos também de nos referir a todos
aqueles congêneres em todos os cantos de nosso
país, responsáveis pela extraordinária proliferação
de especialistas de alta qualificação que, aderindo à
nossa Sociedade, fizeram a sua grandeza.
Nossa Sociedade passou incólume por todos os
problemas que enfrentou e cada vez mais aponta para
um futuro comprometido com seus associados e com
o acompanhar de novas tecnologias que surgiram,
surgem e surgirão. Nossos congressos, jornadas, reuniões científicas, cursos e publicações cada vez mais
requintadas em seu planejamento e execução garantem um futuro pleno de sucesso e de repercussões nacionais e internacionais para nossa Sociedade.
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
27
Curtas
Osmar Bustos
Radar via Correios
Para garantir que os associados recebam as edições do Radar, a SBACV mudou o sistema de entrega do informativo.
A partir dessa edição, a publicação será
enviada via Correios. Caso não tenha recebido a edição nº 1 (Jan-Mar 2012), entre em contato com a Secretaria da Sociedade: [email protected].
Reajuste
desproporcional
Médicos fecharam a Avenida Paulista no dia 25 de abril
Advertência aos planos
A paralisação de um dia organizada pelas entidades médicas, como CFM e AMB,
no dia 25 de abril, reuniu em São Paulo cerca de 500 médicos que fecharam uma
das pistas da Avenida Paulista. A principal reivindicação dos médicos é garantir
aumentos regulares nos honorários. Ao todo, 12 Estados suspenderam o atendimento aos planos de saúde.
Segundo levantamento do Conselho
Regional de Medicina do Estado de São
Paulo (Cremesp), em nove anos (de 2003
a 2011) os planos médico-hospitalares
tiveram 197,8% de crescimento no faturamento em todo o país. A receita anual
deste mercado passou de R$ 28 bilhões
para R$ 83,4 bilhões no período. De acordo com dados fornecidos pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o
valor médio da consulta médica, no mesmo intervalo, subiu 64,7%. Em 2012, no
entanto, as entidades médicas têm registros de planos que ainda pagam menos de R$ 30 a consulta.
SIMESP faz 83 anos
CNA mantido
Liga Paulista Acadêmica
Neste ano, o Sindicato dos Médicos de
São Paulo (SIMESP) comemora 83 anos.
“Ele tem realizado excelentes trabalhos
em defesa da classe médica, na consolidação de uma efetiva implantação da
carreira de Estado para médicos,
bem como de um plano de
carreira”, conta o assessor de Políticas Institucionais da SBACV,
Dr. Rubem Rino. A
SBACV parabeniza a
entidade e seu presidente Cid Célio
Jayme Carvalhaes
pela representatividade e história.
Em maio, o Conselho Federal de Medicina decidiu não mais revogar a Resolução CFM nº 1.772 que institui o
Certificado de Atualização Profissional
(CAP) para os portadores dos títulos
de especialista e certificados de áreas
de atuação e cria a Comissão Nacional
de Acreditação (CNA). Com o auxílio de
todas as sociedades de especialidade
filiadas, a AMB será agora a única responsável por administrar a pontuação
dos eventos científicos necessários
para que o Certificado de Atualização
Profissional (CAP) seja emitido, garantindo assim que o médico especialista
possui conhecimentos atuais sobre a
prática médica.
No dia 17 de março tiveram início as atividades da Liga Paulista Acadêmica de
Cirurgia Vascular. Realizada na sede da
regional São Paulo, contou com a presença de seu presidente, Dr. Adnan Nesser,
e de membros atuantes da Sociedade
como os doutores Marcelo Calil Burihan,
Henrique Jorge Guedes Neto, Arual Giusti, Rubem Rino, Antonio Carlos Netto da
S. Branco, Sidnei J. Galego e Alexandre
Campos Moraes Amato. Na ocasião, foram discutidos os objetivos da Liga, sua
constituição, a necessidade de um estatuto, a interação entre as Faculdades de
Medicina e também a participação das
Residências Médicas. Participaram cerca
de 20 acadêmicos e residentes.
28 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Defesa de Mestrado
O cirurgião vascular de Curitiba Dr. Rodrigo de A. C.
Macedo (quarto da esq. para dir.) teve sua tese de
mestrado aprovada no Instituto de Pesquisas Médicas, da Faculdade Evangélica do Paraná. O tema
estudado foi: “Avaliação da espessura do complexo
médio intimal da artéria carótida como marcador
de aterogênese acelerada secundária ao dano vascular na Esclerose Sistêmica”. Fizeram parte da
banca (da esq. para dir. na foto): Dr. José Fernando
Macedo, Dra. Thelma Larocca Skare, Dra.Carmem
Marcondes Ribas , Dr. Rodrigo Macedo, Dr. Osvaldo
Malafaia, Dr. Constantino Miguel Neto e Dr. Roberto
Gomes de Carvalho.
Apareça no Radar
Educação à distância
Em abril, a SBACV colocou à disposição em seu portal na internet o primeiro fascículo do programa oficial de Educação Médica Continuada (EMC)
da entidade. Os três primeiros temas são: “Insuficiência venosa crônica de
membros inferiores”, com o professor Dr. Luís Henrique Gil França; “Varizes:
mitos e verdades”, com o Dr. Marcelo Araújo, e “Perguntas e respostas sobre
insuficiência venosa crônica e varizes de membros inferiores”, com a Dra.
Raquel Teixeira Silva Celestino. Entre no site e assista!
Nova revista científica
Veins and Lymphatics é um novo jornal internacional online de acesso aberto
que publica artigos científicos sobre doenças linfáticas e venosas. Questões
abertas e debates acerca da epidemiologia, anatomia, fisiopatologia, etiologia, diagnóstico, tratamento e prevenção da veia e doenças linfáticas fazem
parte do novo projeto. O editor chefe da revista é Stefano Ricci, da Itália. Conheça a publicação no link: www.pagepressjournals.org/index.php/vl
Entidades latino-americanas
se reúnem em outubro
Entre os dias 3 e 6 de outubro acontece em Santa Cruz, na Bolívia, o XXIX
Congresso Latino-americano de Cirurgia Vascular (ALCVA), organizado
pela Sociedade Boliviana de Cirurgia Cardíaca, Torácica e Vascular. No dia
3 de outubro, ocorre a primeira Cúpula das Sociedades de especialidade
vasculares latino-americanas, do qual a SBACV participará. Saiba mais
do evento em: alcva.org/eventos/congreso-latinoamericano/
Ganhou algum prêmio? Apresentou algum
trabalho em um congresso ou evento? Defendeu
tese de mestrado ou doutorado? Envie-nos as
informações e foto para publicarmos nesta seção:
[email protected].
O Radar quer prestigiar você!
Médico federal:
salário reduzido a 50%
As entidades médicas travam uma nova batalha agora
contra o governo federal que publicou em 11 de maio
a Medida Provisória 568/2012. A norma equipara os
salários dos servidores federais, assim, o médico que
tinha carga horária de 20h, passa a trabalhar 40h pelo
mesmo valor. Para fazer a redução, sem ir de encontro
à Constituição que não admite redução de salários ou
vencimentos, a MP 568 institui a Vantagem Pessoal
Nominalmente Identificada (VPNI), que corresponde
aos 50% restantes. Desta forma, quaisquer reajustes
de tabelas salariais, aumentos por progressão funcional ou titulação a que o médico, na
ativa ou aposentado, fizer jus
serão descontados da VPNI,
de modo que seu salário
ficará congelado até que o
valor corresponda a 50%
da tabela original.
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
29
Nos Estados
Rio de Janeiro
Cerimônia de abertura do Encontro Carioca, da esq. para dir.: Arno Ristow, Sérgio Meireles, Márcia Rosa (presidente do CREMERJ),
Calógero Presti, Carlos Eduardo Virgini, Antonio Medina, Adalberto Pereira de Araújo, Leonardo de Castro e Rossi Murilo
XXVI Encontro de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio
Cerca de 500 especialistas participaram do evento que lançou o Prêmio Rubens Carlos Mayall
Entre os dias 22 e 24 de março, a
SBACV-RJ recebeu Juan Carlos Parodi
(Argentina), Joseph Coselli (EUA), Mark
Farber (EUA), Christian Bianchi (EUA) e
Lynne Farber (EUA) para o XXVI Encontro
de Angiologia e Cirurgia Vascular. Sucesso de público, com mais de 500 pessoas
e elogiado pelo alto nível da programa-
ção científica, o evento ainda contou com
a homenagem a José Luís Camarinha do
Nascimento e Silva e com o lançamento
do Prêmio Rubens Carlos Mayall. O Prêmio incentiva a produção científica dos
sócios fluminenses e faz uma justa homenagem a um dos fundadores da nossa
Sociedade.
São Paulo
O melhor relato de caso apresentado
em reunião científica mensal e publicado na Revista de Angiologia e Cirurgia
Vascular da Regional Rio de Janeiro será
agraciado com um pacote para o Veith
Symposium, em Nova York, com inscrição, hospedagem e passagem aérea incluída. (Assessoria SBACV-RJ)
X Encontro São Paulo de Cirurgia Vascular e
Endovascular
Evento reuniu 903 especialistas em abril
Mais de 900 pessoas participaram de atualização na área
30 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
A SBACV-SP realizou de 12 a 14 de abril, na Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o X Encontro São Paulo de
Cirurgia Vascular e Endovascular. Inscreveram-se 903 especialistas.
No primeiro dia aconteceu o Pré-Encontro Interativo São Paulo
de Cirurgia Vascular e Endovascular, onde foram debatidos alguns
casos, com a finalidade de gerar transferência de conhecimentos
e aprofundamento de conceitos.
Já nos dias 13 e 14 de abril, os temas abordados foram: Doenças Venosas, Doenças Arteriais Periféricas, Aneurisma de Aorta,
Doença Carotídea e Tromboembolismo. O evento contou com a
presença de especialistas internacionais, como Juan Fernando
Gómez (Colômbia); Michel Perrin (França); Patrícia Thorpe (EUA);
Francesca Faresin, Francesca Franz e Salvatore Ronsivalle (Itália);
e Thomas Proebstle (Hungria). Trinta e cinco empresas apresentaram seus produtos e equipamentos ao público na Exposição Paralela. (Assessoria SBACV-SP)
Nos Estados
MATO GROSSO DO SUL
SBACV-MS inicia programação científica de 2012
Reuniões querem fortalecer os laços entre os dois serviços do Estado que têm residência na área
A SBACV-MS iniciou sua programação científica para o ano de 2012 com
uma proposta do seu presidente atual,
Dr. Marcos Rogério Covre, de integrar os
especialistas da capital e do interior do
Estado por meio de palestras com temas
de interesse geral, definidos em reunião
de planejamento da regional. Estas reuniões científicas têm também o objetivo
de fortalecer os laços entre os dois serviços do Estado que contam com progra-
mas de residência médica em cirurgia
vascular, a Santa Casa de Misericórdia e
o Hospital Universitário da UFMS, ambos
em Campo Grande.
Neste formato, os médicos residentes dos referidos serviços apresentam
casos clínicos relacionados ao tema da
palestra e depois abre-se para discussão com a plateia. O Dr. Marcos Rogério
acredita que assim, “ampliam-se os horizontes do cirurgião vascular em forma-
Bahia
Cerca de 60 pessoas participaram da primeira reunião científica baiana
ção”, por meio do acesso às opiniões e
experiências diversas dos profissionais
nestas discussões. A primeira palestra
ocorreu no dia 21 de março com o tema
“Trombose Venosa Profunda – Atualidades” e apresentada pelo Dr. Mário Augusto Freitas, cirurgião vascular e professor
da UFMS, além dos casos clínicos envolvendo “Implante de Filtro de Veia Cava
inferior” (UFMS) e “Síndrome de May-Turner e TVP” (Santa Casa). (Diretoria)
Atualização científica e participação na Ação Global
Regional baiana debate temas importantes na área e atende a
população em ato social
A SBACV-BA tem mantido as reuniões científicas mensais com
boa participação dos nossos associados (média de público de 60
pessoas). Iniciamos a grade deste ano, em março, com a palestra
intitulada “Fleboestética”, com palestra do Dr. Eduardo Toledo.
Em abril, o Dr. Adilson Paschôa palestrou sobre “Controvérsias
em doenças venosas”. Em 8 de maio, contamos com um público de
73 participantes na reunião conjunta com a Sociedade de Neurologia da Bahia. Palestraram o Dr. Jamary Oliveira sobre “Tratamento
clinico da doença vascular extracraniana”; o Dr. Alexandre Drayton
sobre “Tratamento das doenças vasculares intracranianas” e o
Dr. Marcelo Liberato sobre “Indicações atuais para o Tratamento
cirúrgico ou endovascular da estenose carotídea extracraniana”.
Ainda em maio aconteceu a sessão científica “Trombose Venosa
em Ginecologia”, com a participação de membros da Sociedade de
Ginecologia da Bahia.
Com o intuito de dar um mínimo de atenção à população carente de Salvador, a SBACV-BA se fez presente, mais uma vez, na Ação
Global de 2012, em maio. Os médicos Dr. Aldo Brasileiro, Dr. Ítalo
Andrade, Dr. Fabio Bahia (residente do HSR), Dr. Ronald Fidélis e Dr.
Gilberto Abreu realizaram 55 atendimentos e deram orientações
sobre doenças venosas.
Aproveitamos para parabenizar o Dr. Maurício de Amorim Aquino pela aprovação em sua defesa de tese de mestrado pela Universidade do Rio Grande do Sul e, pelo 2º lugar no prêmio Edward B.
Diethrich, durante o CICE 2012, ambas com o tema “Gradiente de
pressão após implante de stent tripla camada no tratamento endovascular do aneurisma de aorta: modelo em suínos”. (Diretoria)
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
31
Minas Gerais
Regional faz palestras
e participa de Ação Global
No fim de junho acontece XII Encontro
Mineiro de Angiologia e Cirurgia Vascular
Bruno Naves, Antônio Carlos Silva, Leonardo Bez e Rodrigo Moreialvar na Ação Global em abril
Brasília
Médicos no encontro de abril que debateu o colesterol
32 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
A SBACV-MG promove reuniões científicas mensais na Associação Médica de
Minas para que seus sócios estejam sempre atualizados frente a crescente produção científica e as necessidades sociais
do setor. Desde o início do ano, foram realizadas quatro reuniões científicas com
os seguintes temas: “Aneurismas da aorta
abdominal”, “Trombose e anticoagulação”,
“Tratamento endovascular da doença arterial periférica” e “Apresentação de casos
clínicos” dos serviços de residência médica em angiologia e cirurgia vascular, em
hospitais de Belo Horizonte.
Como grande realização do primeiro
semestre, teremos o XII Encontro Mineiro de Angiologia e Cirurgia Vascular, nos
dias 22 e 23 de junho. A regional também
esteve presente em eventos direcionados
à população, como a Ação Global e o Saúde na Praça, onde foram realizadas ações
educativas e de esclarecimento sobre as
Doenças Vasculares. (Diretoria)
Reuniões mensais em Brasília
Regional reúne associados para debater assuntos
científicos seguido de jantar de confraternização
A SBACV-DF tem realizado reuniões
mensais para debater assuntos da regional, temas científicos e de interesse geral.
Em março, o tema “Tratamento de varizes com técnicas endovasculares - uma realidade sem volta” foi abordado juntamente
com tratamentos como radiofrequência e
outras técnicas. Também foi apresentada a
programação científica anual e os projetos
da regional.
Em abril, os médicos discutiram casos
clínicos; a atualização do site da regional;
e assistiram à palestra “Como combater o
vilão chamado colesterol?”. Em maio, o assunto em debate foi “Novas perspectivas no
tratamento do tromboembolismo venoso”,
além de apresentação de caso clínico. Todos os encontros foram seguidos de jantar.
(Diretoria)
Lazer
Radar SBACV - Qual seria uma dica
simples na escolha de um vinho
para combinar com um jantar em
que vai ser servido tanto carne vermelha, ave e frutos do mar?
Deise Novakoski – Se forem os três, o ideal é servir de entrada um espumante rosé
brut e com os pratos principais um tinto de uvas pinot noir. Refeições do tipo
buffet, ou quando se tem uma grande variedade de pratos, devem ser acompanhadas por vinhos adstringentes e secos que
limpem e zerem, na medida do possível, a
boca – como é o caso dos espumantes em
geral. Sendo que os rosés têm um pouco
mais de estrutura e podem continuar sendo servidos durante o jantar para aqueles
que preferem beber vinhos mais leves. Já
o tinto preferencialmente deve ser elaborado com uvas pinot noir que por carregarem menor quantidade de taninos em
sua estrutura, geralmente, são mais flexíveis e se adéquam a maioria dos pratos.
“Apesar da crença de que queijos e vinhos são parceiros sinergéticos, a verdade é: queijos são
simpáticos aos vinhos brancos e antipáticos com a maioria dos tintos”, afirma a sommelière
A arte de harmonizar vinho e comida
A sommelière Deise Novakoski explica que a regra carne vermelha, vinho tinto,
carne branca, vinho branco é apenas cromática e não deve ser levada à risca
Por Aline Thomaz
V
ocê convida amigos para jantar na sua casa. Para agradar a todos, resolve
servir uma carne vermelha e outra branca. Já no supermercado decide comprar um vinho. E agora? Levar um tinto ou branco? Na dúvida, acaba levando
os dois e torce para que nenhum de seus amigos seja conhecedor da harmonização entre vinhos e pratos.
Para esclarecer esta e outras dúvidas sobre o casamento ideal entre a bebida e o
que será servido, o Radar SBACV conversou com a sommelière, coordenadora conteúdo da pós-graduação “Vinho e Cultura” da Universidade Candido Mendes e apresentadora do programa “Menu Confiança”, do canal GNT, Deise Novakoski. De acordo com
ela, na situação relatada, a opção correta seria um espumante rosé brut de entrada e
um tinto de uvas pinot noir para acompanhar a refeição. Confira a entrevista:
34 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Radar SBACV - Há uma regra de
harmonização específica para cada
tipo de carne?
DN – É preciso analisar caso a caso.
Depende do tempero que será usado, se a
carne será assada, em bife ou com molho.
Tudo isso vai influenciar na escolha do vinho. Por exemplo, um linguado que é um
peixe sem gordura, sem aroma e leve vai
combinar com um vinho branco mais delicado com aroma de frutas. Não se deve servir um vinho forte, pois se não ele vai atropelar o sabor do peixe. Harmonizar é fazer
perceber os dois, tanto o prato quanto o vinho. É preciso praticar, testar. E essa é a parte mais prazerosa do vinho, testar sua combinação com os alimentos. O médico tem
facilidade de entender sobre vinhos, pois
no seu dia a dia ele estuda caso a caso. E isso
é fundamental na hora da escolha do vinho
para um determinado tipo de alimento.
Radar SBACV – Há um tipo de vinho
mais apropriado para acompanhar
aperitivos?
DN – Sim, os vinhos com maior acidez
e mais adstringentes também – características normalmente encontradas nos vinhos brancos. No começo das refeições
– quando normalmente são servidos os
aperitivos – o Ph da saliva está alto então,
temos mais prazer e percepção a vinhos
com estas características.
Radar SBACV – O vinho do porto pode acompanhar comidas ou é
apenas digestivo?
DN – Depende do que está se chamando
de comidas. Castanhas, em geral, e principalmente avelãs ficam divinas quando
servidas com uma taça de vinho do Porto
Tawny, sobremesas à base de chocolate
também são grandes parceiras deste estilo
de vinho. E o que dizer então dos queijos?
Especialmente os do tipo Serra da Estrela.
Ficam uma delícia! Há ainda as entradas
à base de frutos do mar e as sopas do tipo
Boston e Leão Veloso que ficam luxuosas
quando servidas com uma taça de vinho
do Porto branco seco. O fato é que o vinho
do Porto tem muitos estilos e pode assumir
vários momentos à mesa, porém, os tintos
tornam-se mais complicados quando se
trata de harmonizar com pratos à base de
carnes sejam elas vermelhas, brancas ou de
caça. Tudo porque carnes, em geral, pedem
por dois elementos em um vinho: tanino e
álcool. E os vinhos do Porto tinto apresentam três: tanino, álcool e docilidade. Então,
não vou dizer que não se harmonizam, mas
que ainda não encontrei uma preparação
com estas carnes que se adequasse a eles.
Radar SBACV – Quem vai reunir
amigos para um queijos e vinhos
em casa pode optar por qual tipo
de vinho para agradar a todos os
convidados?
DN – Apesar da crença de que queijos e
vinhos são parceiros sinergéticos, a verdade é: queijos são simpáticos aos vinhos
brancos e antipáticos com a maioria dos
tintos. E quando se diz “Queijos e vinhos”
invariavelmente há um sujeito oculto neste tipo de recepção: os frios. Então, o ideal é usar o conceito da primeira pergunta
em que falamos dos buffets. Vinhos rosés,
mesmo não sendo espumantes, também se
adéquam bem a este tipo de situação, digamos assim, indefinida. Pois eles têm a leveza dos vinhos brancos (ideais para queijos
de massa mole) e pouco tanino como é o
Harmonizar é fazer perceber os dois, tanto o prato quanto o vinho. É preciso praticar,
testar. E essa é a parte mais prazerosa do vinho, testar sua combinação com os alimentos
caso dos tintos leves (ideias para queijos de
meia cura), já os tintos encorpados ficam
melhores com os queijos curados.
Radar SBACV – Que uva caracteriza
um vinho leve e um vinho pesado?
DN – Uma mesma espécie de uva poderá gerar vinhos leves, de médio corpo e
até encorpados. Como é o caso da malbec
na Argentina. Aí é que está a grandeza e
adaptabilidade da espécie em determinada
região e neste caso me refiro à Argentina.
No entanto, podemos entender que uma
uva alvarinho plantada na região do vinho
verde no Minho, em Portugal, dificilmente
terá a mesma estrutura que a mesma espécie plantada na Espanha. E, assim, comparando os dois brancos, podemos dizer que
o primeiro sempre será mais leve do que o
segundo. São essas variações que poderão
nos trazer surpresas e que nos obrigam a
estudar caso a caso.
Radar SBACV – O que é preciso evitar na hora da escolha do vinho em
relação a um prato?
DN – O “achismo”! Por exemplo, achar
que se o prato é caro merece um vinho
igualmente caro, ou, achar que carne
branca só deve ser harmonizada com vinho branco e as carnes vermelhas só harmonizam com vinhos tintos, isso é harmonização/combinação cromática. É
preciso saber, antes de mais nada, quais
são as características predominantes do
prato e do vinho para então tentar ecoá-las ou aproximá-las.
Radar SBACV – O vinho rosé é mais
indicado para que tipo de prato?
DN – Para as aves, em geral, peixes
não untuosos, como linguado, e pratos
vegetarianos.
Radar SBACV – Como saber, olhando o rótulo, se o vinho é frutado, tânico ou madeirizado?
DN – O dia que souberem isso não terei
mais emprego! Mas, geralmente, algumas
informações sobre o vinho estão no contra rótulo. E, na maioria das vezes, as embalagens também passam alguns “recadinhos” para o consumidor. Por exemplo:
brancos quando estão em garrafas gordinhas do tipo Borgonha, há grande chance
desses vinhos terem estagiado em madeira. Já os tintos quando estão em garrafas
esguias, do tipo Bordeaux, podemos esperar por algum tanino. Mas isso, é claro,
não é uma regra.
Radar SBACV – O que acontece quando não há esse cuidado na
harmonização na hora da escolha
do vinho?
DN – Levando-se em consideração que o
objetivo da harmonização é aumentar o
prazer à mesa e que isso é possível quando se extrai ao máximo a potência gustativa de um vinho e de um prato. O que
acontece quando a escolha é descuidada é uma diminuição desse prazer, mas
como medir isso? Como se pode perder
algo que não se conhece? É como dizer a
alguém que jamais esteve em Lexiago, na
China, que ele perdeu o amanhecer daquele lugar.
Radar SBACV – Indica algum livro
para leigos no assunto?
DN – O Guia “Vinhos do mundo todo”, da
editora Jorge Zahar, tem um ótimo tamanho, é fácil de consultar, as informações são
precisas e curtas e há ótimas dicas não somente de vinhos, mas também de harmonizações regionais e roteiros gastronômicos. Vale cada centavo do investimento.
Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2 /
35
Visão
Entidades vão aos planos
cobrar valores justos
Bete Faria Nicastro
A
Dr. Rubem Rino
Assessor político da SBACV
nacional, membro do Conselho
Fiscal da SBACV-SP e delegado
da APM por São Paulo
luta pela defesa da classe médica, de
longa data, parece não ter fim. A semelhança dos mendigos pedindo esmola
porque o Estado, a Justiça, a Sociedade
lhes negaram atenção, oportunidade, trabalho,
saúde, também os incansáveis representantes da
classe médica imploram aos poderosos tudo o que
é de direito aos médicos, conseguindo convencê-los parcialmente.
No dia 8 de maio, Marum David Cruz, diretor de Defesa Profissional da APM, João Ladislau
Rosa, do CREMESP, e Aizenaque, do SIMESP, se
reuniram com Alexandre Zornig, diretor executivo da Allianz, e Myrna Monteiro, superintendente
de gestão médica da Golden Cross. Esses colegas
defenderam o valor de R$ 80 pela consulta médica,
tendo reajuste anual com critérios estabelecidos.
Não deixaram de exigir a implantação da CBHPM,
suspensão da interferência na conduta médica e
nas restrições a exames e cirurgias.
A classe médica acumulou grande perda de seu
poder aquisitivo. Desde 1994 o médico chegou a
sofrer redução de seus valores nominais e os planos de saúde reajustaram o valor das mensalidades
acima da inflação, chegando atingir 135% em 10
anos, enquanto o reajuste dos honorários médicos
não ultrapassou 60%.
As entidades médicas solicitam divulgação e
apoio da classe médica em torno de uma bandeira:
1.
Carreira de Estado
2.
Denúncia de contratos
3.
Plano de carreira e cargos
4.
Educação médica
5.
Formalização de contratos com planos
6.
Regulamentação da medicina
7.
Financiamento da saúde
8.
Calcular o valor real da consulta médicas
9.CBHPM
10. Salário mínimo profissional
Por ora, isto é um sonho, talvez realizável no momento
que o brasileiro se convencer de agir coletivamente,
superando o individualismo abominável
36 / Radar SBACV - Abril/Junho 2012 - Ano 1 - Número 2
Médicos lançaram um projeto de lei no Congresso
brasileiro que pretende levantar 1.500.000
assinaturas em defesa de verba para garantir
um atendimento digno à população
Os cirurgiões dentistas estão determinados em
continuar participando ao lado dos líderes da classe médica, lutando pelo óbvio, que parece quase
inatingível, porque apenas 0,3 a 0,5% dos médicos
se dignam apoiar seus líderes.
A ANS fará pesquisa de satisfação dos usuários.
Médicos lançaram um projeto de lei no
Congresso brasileiro que pretende levantar
1.500.000 assinaturas em defesa de verba para garantir um atendimento digno à população e salários justos aos médicos e a todos os demais funcionários públicos e do SUS.
Se, pelo menos, 50% da classe médica e profissões afins de todo o Brasil apoiasse diretamente,
todos esses trabalhos das entidades máximas, com
certeza, conquistar-se-ia a vitória dessa luta traumática, num curto espaço de tempo; e aí sim, poderíamos dizer e gritar, em alto e bom som: não à
mordaça! Recuperando o verdadeiro “lugar ao sol”
do médico, do paciente, do cirurgião dentista, do
enfermeiro, do auxiliar de enfermagem, do fisioterapeuta, do farmacêutico, e outra tantas profissões,
da área da saúde, que têm um baixo salário, e são
em número 50 vezes menor do que o necessário.
Por ora, isto é um sonho, talvez realizável no momento que o brasileiro se convencer de agir coletivamente, superando o individualismo abominável.
“A mais fiel de todas as companheiras da alma é
a Esperança” - Pe. Antônio Vieira.
“A Esperança é a grande virtude...
Mas, quem espera de braços cruzados,
Morre de fome e de tédio”- Cleóbulo
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia
Vascular leva para todo o Brasil
Simpósios de
Flebologia Estética
SBACV - Séries 2012-2013
10 Regionais em todas as regiões do país
1. Endolaser
- bases teóricas
- técnica de execução
- trabalhos comparativos
11.08.2012 - Curitiba-PR
29.09.2012 - Rio de Janeiro-RJ
24.11.2012 - Belém-PA
16.03.2013 - Porto Alegre-RS
2. Laser transdérmico
- interação laser-tecido
- ajustes básicos do aparelho
- indicação de uso
20.04.2013 - Cuiabá-MT
18.05.2013 - Brasília-DF
08.06.2013 - Aracaju-SE
3. Escleroterapia líquida e com espuma
- uso do resfriador com ar de passagem
- esclerosantes, gases
4. Compressão elástica e medicamentos pós
cirurgia e escleroterapia
- indicações e benefícios reais
20.07.2013 - São Paulo-SP
17.08.2013 - Fortaleza-CE
14.09.2013 - Belo Horizonte-MG
5. Documentação médica
- métodos de documentar, comparar e
arquivar tratamentos estéticos
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SINAIS dE EVIdENTE GRANULAÇÃO E EPITELIzAÇÃO,
fORAM OBSERVAdOS EM APROxIMAdAMENTE 12 dIAS
dE USO EM fERIdAS CRôNICAS dE dIABéTICOS. (2)
> Inibição da síntese de colagenase.
AÇÃO ANGIOGÊNICA DA FRAÇÃO PROTÉICA
CONTIDA NO PRODUTO PRODUZ UM AUMENTO
SIGNIFICATIVO DE VASOS SANGUÍNEOS.
• úLCERAS CUTÂNEAS dE ETIOLOGIA:
Arterial, Diabética, Mista, Venosa,
Neuropática, Hanseníaca e Por pressão.
• NOS ESTÁGIOS:
Agudo e Crônico.
REGEDERM® contém todas as
frações de Proteínas Bioativas
do soro natural.
GEl-CREME PARA
RECOMPOSIÇÃO CUTâNEA
30g
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REfERÊNCIAS BIBLIOGRÁfICAS
sac
(1) - Andrade,Thiago Antônio Moretti. Modificações teciduais e mecanismos de ação da fração F1 do látex da seringueira Hevea brasiliensis na cicatrização de úlceras
cutâneas em ratos diabéticos. Ribeirão Preto,2012. (2) - Frade, M. A.; Cursi, I. B.; Andrade, F. F; Coutinho-Netto, J.; Barbetta, F. M.; Foss, N.T . Management of diabetic
skin wounds with a natural latex biomembrane. Med Cutan Iber Am, v. 32, n. 4, p. 157-162, 2004.
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