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SENTIMENTOS DE FRATERNIDADE
"Disiinguido com a mais expressiva dignidade
que o povo paraquaío reserva para seus amigos, levo
este gesto à conta dos esforços por mim desenvolvidos,
sob o impulso dos sentimentos de fraternidade da nação
brasileira, em prol da aproximação, rica de promessas
e realidade, entre os nossos países."
grato pela alta mercê que me
S ou fazextremamente
Vossa Excelência de conferir-me o Colar do
Marechal Francisco Solano Lopez, da Ordem Nacional do Mérito, cujas insígnias acabo de receber.
Distinguido com a mais expressiva dignidade
que o povo paraguaio reserva para os seus amigos,
levo este gesto à conta dos esforços por mim desenvolvidos, sob o impulso dos sentimentos de fraternidade da nação brasileira, em prol da aproximação, rica de promessas e de realidades, entre os
nossos países.
Preserva o Paraguai, de modo íntegro e carinhoso, no coração do continente americano, os traços
de fortaleza, idealismo é generosidade dos seus primeiros habitantes. A constância e a fidelidade com
que o Paraguai mantém a língua e a essência dos
valores ameríndios, indissoluvelmente entranhados
também no sangue e na cultura do povo brasileiro,
fazem da nobre nação guarani raro exemplo de harmonia entre os ideais da tradição e da modernidade.
Situados lucidamente no seu tempo, os nossos
países querem ordenar e robustecer as suas relações
de acordo com as exigências da época. Com a consciência de sua responsabilidade histórica, Paraguai
e Brasil pelos seus empreendimentos, conjuntos ou
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isolados, dentro dos seus respectivos espaços nacionais ou nas linhas em que eles se encontram, consolidam o presente e asseguram o porvir. Desejam
ambos, pela maneira fraterna com que estreitam os
seus laços de colaboração, compartilhar o progresso
e a prosperidade, a que têm direito.
Nas palavras elevadas e precisas que acaba de
pronunciar, falou Vossa Excelência, Senhor Presidente, pelos nossos dois povos, ao acentuar com clareza que o desafio' de nosso tempo requer de nós a
firme disposição de atuar sem demora para imprimir
à nossa evolução histórica o ritmo requerido pelos
interesses de nossas pátrias. Falou pejo Paraguai,
mas também falou pelo Brasil, ao reafirmar os ideais
de integração latino-americana, o desejo Ide que cresçamos unidos e de que saibamos fazer do progresso
de cada um elemento positivo para a prosperidade
dos demais. Reiterou nossa determinação de prosseguirmos incessantemente no esforço para ampliar
e aprofundar todas as áreas de cooperação e, sobretudo, para multiplicar as obras que empreendemos
juntos, numa grande área de nosso Continente, inelutavelmente destinada a desenvolvimento rápido e
dinâmico, em círculos que se alargarão a partir da
grande hidrelétrica de Itaipu.,
Em face da perfeita coincidência de nossos
pensamentos, vejo, com satisfação, desdobrarem-se
diante de nós, cada vez mais, os horizoíites de uma
política de colaboração firme, séria, coerente, objetiva, leal, ininterrupta, afetuosa e amiga entre o
Paraguai e o Brasil.
É para nós, Senhor Presidente, motivo de honra
e contentamento recebê-lo, como ora fazemos, na
terra brasileira, cujo povo amplamente corresponde à
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sincera estima devotada por Vossa Excelência ao
nosso país e à nossa gente.
Possui Vossa Excelência, desde 1956, a mais
alta condecoração brasileira, o Grande Colar da
Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, homenagem
reservada para os amigos do Brasil e para os que
se fazem credores do nosso respeito e da nossa
admiração.
Permita-me, agora, que, em testemunho da
renovada gratidão do povo brasileiro pela ação decisiva de Vossa Excelência em favor da crescente
amizade entre o Paraguai e o Brasil, eu lhe faça a
entrega da Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco,
condecoração que leva o nome do maior de nossos
diplomatas, de insigne pan-americanista.
Não poderia deixar de possuir esta condecoração o estadista preclaro, amigo certo do Brasil, que
tanto tem trabalhado pelos ideais de fraternidade e
cooperação interamericanas.
Discurso do Presidente MÉDICI, durante a cerimônia de troca de
condecorações com o Presidente Alfredo Stroessner,, do Paraguai, no
Palácio da Alvorada, a 25 de abril de 1973.
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