GAFAM/AE
Grupo de Apoio a Famílias/Amor-Exigente
“ isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador” 1Tm 2.3
3º PRINCÍPIO DE AMOR-EXIGENTE: OS RECURSOS SÃO LIMITADOS OU OS RECURSOS MATERIAIS
E EMOCIONAIS DOS PAIS TÊM LIMITES
Queremos agora aprofundar nossos conhecimentos no 3º principio, tirando dele todas as possibilidades de
ajuda para uma melhor qualidade de vida.
Depois de viver em “raízes culturais” a busca da interiorização e do autoconhecimento, chegamos aqui certos
de que somos “gente” e de que nossa humanidade foi resgatada.
Sabemos porem, que como avós e pais, em geral, queremos ser uma fonte ilimitada de recursos para nossas
famílias, queremos que tudo de certo para todos e imaginamos que, quando estamos a frente do barco, temos o dever
de conduzi-lo, orientá-lo, resolver todos os problemas sem o direito de errar ou de estar cansados, meio doentes,
precisamos de ajuda. Passamos sobre nós mesmos, desrespeitando todos os nossos limites. E o pior: nós nos damos
conta de que fizemos coisas que podíamos ter feito melhor, ou coisas que não podíamos ter feito. Se formos
superprotetores, fazendo tudo pelos nossos filhos, impedindo-o de assumir responsabilidades, ou se somos
descuidados e permissivos, deixando as coisas correrem e cada um sofre as conseqüências de suas escolhas, em
ambos os casos, espontaneamente nos vemos cheios de culpas e pesares por temos agido dessa ou daquela maneira.
Pensem nos problemas que criamos toda vez que ultrapassamos nossos limites. Alguns são simples e
corriqueiros, outros têm conseqüências desastrosas. Limite é a linha de marcatoria de parada. Precisamos parar diante
de limites emocionais, físicos financeiros, intelectuais, sociais, espirituais, enfim, são tantas as limitações humanas
que nem temos como cita-las. Precisamos saber que respeitar nossas limitações é um ato protetor e este pode ser o
modo ideal para ensinar sobre isso. De fato, respeitando nossos próprios limites, estamos acenados para nossos filhos
a possibilidade deles terem limites e os respeitarem também.
Apesar das limitações, pais e filhos são pessoas feitas à imagem e semelhança do Criador, portanto nossa
unicidade deve ser considerada. Não somos supermulheres ou super-homens, não somos Deus, não somos perfeitos,
mas queremos ser tratados com consideração e respeito. Tentamos agir sempre com responsabilidade, nunca cedendo
à mentira ou praticando qualquer tipo de leviandade. Reconhecendo nossas limitações, procurando encará-las de
frente, sem fuga, mentira ou manipulação. E se esta muito pesado, procuramos ajuda em busca de solução para os
problemas que estamos vivendo. Fazemos tudo que depende de nós para alcançar aquilo que acreditamos ser o
melhor e, no final, aceitarmos a vontade de Deus. Podemos também aprender a superar algumas de nossas limitações,
o que causa grande alegria a sensação de realização. Mas temos que nos preparar para tanto.
Para entender a natureza da prevenção da família, façamos a seguinte analogia:
Para que os filhos dêem certos, eles precisam ser tratados como tratamos as plantas: elas recebem pouco
(água e adubo), são podadas (estão sujeitas as limitações) permanecem no sol, na chuva (para se tornam resistentes) e
diariamente recebem cuidados com amor.
Ao contrario, alguns de nós, imersos em nossas atividades e em nossos interesses, substituímos nossa
presença por presentes e achamos que assim compensamos tudo. Filhos cheios de brinquedos e vontades tornam-se
emocionalmente, desligados, desinteressados, enfadados. Vivendo na “deles” para aquilo que, no momento, os
interessa.
Sem exageros nem medos, conversemos com nossos filhos sobre o assunto que nos causam preocupações.
Falemos sobre drogas, sexo, doenças, acidentes, tantas coisas que nos assuntam, da quais eles terão que se defender
por si mesmo. Lembrando que, na conversa com crianças, adolescentes e jovens falamos sim, mas na hora em que
eles nos procuram para falar devemos ouvi-los. Procurar conhecer nossos filhos, saber de seus sentimentos, ensinálos a se responsabilizar por suas escolhas faz parte de nossas funções. É importante também que aprendam a
harmonizar-se com suas escolhas. No começo, tudo parece mais complicado, mas provendo-se de coragem e
incentivo pra lutar, logo serão promovidos para subir outros degraus e se tornarem livres. Momentos como estes
(ensinar e fazer boas coisas e harmonizar-se com elas) capacitam para a vida. E ficam mais fáceis de passar pelos
avós, pela família, pela auto-estima. Se quando já fizemos tudo, como se tudo dependesse só de nós para atingir
determinado objetivo, e depois de tanta luta, perseverança e empenho esgotam nossos recursos, não conseguimos o
objetivo, é sinal de que Deus dispôs as coisas de forma diferente. Aceitar a situação, tirando dela tudo o que há de
bom e aproveitando esse novo momento, como um meio de desenvolvimento e crescimento, nos dá muita paz; pois
temos certeza de que Deus permitiu que fosse assim e de que estará conosco e em nós, vencendo a dificuldade seja
ela qual for. O grupo também é um parceiro extraordinário quando estamos vencendo limitações. Chovem idéias e
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Rua Casemiro de Abreu, 40 Jardim Paraná, Toledo/PR – E-mail: [email protected]
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“ isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador” 1Tm 2.3
apoio de cada participante do grupo. Dessas idéias, vivamos a que for mais adequada aos nossos momentos e
tentemos praticar a nova atitude durante nossos dias de uma semana.
Escolhida, então a forma como vamos agir nessa semana, pedimos a ajuda de que vamos precisar e assumir
nossa meta.
Para vencer limitações, constatamos três coisas essenciais:
1ª) Querer, ter um desejo real de alcançar nossa meta.
2ª) Ter uma proposta de vida, com um programa bem definido, no qual acreditamos em convecção.
3ª) Ter fé. Fé em nós mesmos, fé nas pessoas, fé em Deus, sabendo que no momento em que nos abrimos a Ele
seremos usados como instrumento a serviço do amor e do bem para nós e para os outros.
Caminhando para solução de nossos problemas, vamos precisar de auto-avaliaçãoe de ajuda no grupo de apoio.
E é isso que o amor-exigente nos oferece.
Veja s sugestões de perguntas para as partilhas nos grupos.
1. qual é, neste momento, sua maior limitação?
2. aceita sem revolta sua falta de recurso?
3. você acredita que há situações de limites que são provocados por nós mesmos? Quais?
4. Como você faz a auto-avaliação?
5. O que você que para o seu/sua filho/filha?
6. Você tem consciência de que é preciso aceitar o ideal possível, respeitando as limitações de cada um?
7. Quando percebe as limitações do outro, qual é a sua reação?
8. Enumere situações de vida que limitam as possibilidades de uma pessoa.
9. Como equilibrar as atitudes de proteção e estímulo no processo de crescimento de seu filho?
10. Sendo a família a primeira e mais importante célula da sociedade, como os pais podem ajudar seus filhos a
desenvolver, dentro dela, suas aptidões e potencialidades individuais e sociais?
11. Você já pensou em preparar seus filhos para suportar e/ou superar frustrações?
12. Os limites podem mostrar possibilidades? Como?
13. Como pode apoiar seus filhos e as pessoas em geral para que desenvolvam suas aptidões ou sua capacidade de
melhorar?
14. De que forma o grupo pode ajudar você?
15. Como pode intuir a vontade de Deus para si?
Alertados pelos limites, abrimos a porta para outras possibilidades e trabalhamos com prioridades. Este
Princípio que nos protege e nos mostra novas possibilidade é PROTETOR.
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3 Princípio de Amor