26. SENAR
EDUCAÇÃO E
ASSISTÊNCIA
TÉCNICA
A consolidação da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) marcou o ano de 2015
no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. O modelo que alia adequação tecnológica e consultoria gerencial das propriedades rurais ganhou a adesão de um
número maior de estados e atraiu importantes parcerias para o SENAR Brasil.
A entidade também comemora, neste final de ano, o avanço do curso Técnico em Agronegócio, a formação de lideranças jovens e o lançamento do programa nacional de
Proteção de Nascentes para garantir o abastecimento de água no campo e na cidade.
UM MODELO INOVADOR DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA
A Assistência Técnica e Gerencial do SENAR se consolidou nacionalmente, ampliou suas ações e desenvolveu ferramentas que auxiliam agricultores e pecuaristas a se tornarem empreendedores, para que gerenciem suas propriedades como
uma empresa sustentável e lucrativa.
Atualmente, 19 Administrações Regionais do SENAR desenvolvem ações de Assistência Técnica em 32.605 propriedades rurais, oferecendo consultoria técnica e gerencial, de forma efetiva e constante.
Por meio dos cursos de multiplicadores da metodologia de Assistência Técnica
e Gerencial foram capacitados 291 instrutores de 26 Estados, que se tornaram
aptos a multiplicarem a Metodologia em todo o Brasil. A partir desse grupo também está sendo formada uma equipe de instrutores,vinculados diretamente à
Administração Central, que são responsáveis por treinamentos da metodologia
de Assistência Técnica e Gerencial voltados aos coordenadores, supervisores e
técnicos de campo das Administrações Regionais do SENAR.
Com foco nagestão das propriedades rurais, a Assistência Técnica e Gerencial
oferece ferramentas que auxiliam na tomada de decisão do Produtor e do Técnico de Campo. Para organizar os dados zootécnicos, agronômicos e financeiros,
foram elaborados Cadernos do Produtor, específicos para cada cadeia produtiva,
formatados para facilitar a coleta de dados da propriedade.
#0183
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
O SENAR oferece cursos que aperfeiçoam as habilidades de trabalhadores inseridos em mais de 300 profissões do meio rural. Tem salas de aula, sem paredes,
espalhadas pelos campos de 26 estados e do Distrito Federal. Tem dois portais de
educação a distância e polos de ensino presenciais. Introduz novas tecnologias,
incentiva práticas de produção sustentáveis, empreendedorismoe presta assistência técnica para elevar a produtividade e a renda nas pequenas propriedades.
26. SENAR Educação e assistência técnica
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural faz mais do que levar formação profissional ao campo. Contribui para a verdadeira revolução da nossa agropecuária. Está presente na introdução de novas tecnologias, antecipando e provocando as mudanças
que garantem a posição do Brasil como líder mundialna produção com preservação.
A trajetória de sucesso da agropecuária do país tem a participação do SENAR.
#0184
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
26. SENAR Educação e assistência técnica
O SENAR também desenvolveu um software para reunir os resultados e gerar indicadores de eficiência técnica e econômica de cada atividade em nível nacional.
O software já está disponível para cinco cadeias produtivas.
Para impulsionar a concessão de crédito rural orientado aos produtores, o SENAR
firmou um protocolo de intenções nacional com a Caixa Econômica Federal (CEF)
eestá preparado para elaborar e implementar projetos de crédito através da Assistência Técnica e Gerencial.
O SENAR também firmou uma parceria inédita com o Senac no programa Do Rural
à Mesa. Um grupo de 15 produtores rurais de Alexânia (GO) recebe Assistência
Técnica e Gerencial do SENAR,capacitação profissional e certificado de qualidade
dos produtos. O Senac compra os alimentos produzidos e utiliza nas refeições
preparadas nos restaurantes-escola que mantém em Brasília. O programa também estimula o intercâmbio de conhecimento entre os produtores rurais e alunos de gastronomia do Senac, reforçando a importância do Sistema S para os
brasileiros.
E o SENARestá pronto para atender as chamadas públicas de Assistência Técnica do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, em 2016. Nas primeiras concorrências vencidas, a Assistência Técnica e Gerencial vai atender 3.680
propriedades de bovinocultura de leite, em seis Estados.
ENSINO TÉCNICO AVANÇA
Em 2015, o SENAR iniciou as aulas das primeiras turmas a distância de cursos
técnicos de nível médio, ampliando o leque de oportunidades de aprendizagem,gratuita, dos brasileiros do meio rural.
Rede e-Tec no SENAR
O curso Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec Brasil no SENAR está com a segunda turma em andamento e presente em 18 Estados. O curso é oferecido à distância no portal especialmente criado para ampliar a oferta e o acesso à educação
profissional dos brasileiros que querem investir em uma carreira na agropecuária.
O curso disponibilizaaos alunos material impresso, vídeo-aulas e tem um diferencial importante – 20% da carga horária é cumprida em encontros presenciais para
atividades práticas e visitas a campo, desenvolvidas numa rede nacional de polos
de apoio espalhados pelo País. Nove estados participaram da primeira fase, com a
oferta de 1.250 vagas. Já no segundo semestre de 2015 ampliou-se a oferta para
2.240 vagas em 43 polos de apoio presencial.
O currículo do curso foi organizado em 4 semestres, com conteúdos multidisciplinares de áreas variadas como Administração, Economia e Agronomia, totalizando
Um centro para formar Técnicos em Florestas
No início de 2015 começou a funcionar o Centro de Formação Técnica em Florestas,
em Palmas, no Tocantins. É a primeira unidade de ensino do SENAR, após autonomia chancelada pelo Ministério da Educação.
O Centro de Formação Técnica em Florestas está com duas turmas em andamento.
Para atender a grande procura de jovens e adultos interessados no curso, o SENAR
prevê a abertura de duas novas turmas, totalizando mais 50 vagas, com processo
seletivono início de 2016.
O curso Técnico em Florestas formou a primeira turma em maio de 2014, em Araguacema, numa parceria do SENAR com o Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de Tocantins.
Centros voltados para a excelência na agropecuária
O SENAR firmou parcerias e um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES)para iniciar a implantação dosCentros de Excelência
em Educação Profissional e Tecnológica, em oito estados e no Distrito Federal, vocacionados para a gestão e para as principais cadeias produtivas do agronegócio:
cafeicultura; palma de óleo; bovinocultura de leite; bovinocultura de corte; cana-de-açúcar; fruticultura; ovinocaprinocultura; florestas; grãos, fibras e oleaginosas.
Com a conclusão do projeto executivo, em 2016 começam as obras das primeiras
unidades de ensino dos Centros de Excelência. São projetos modulares concebidos
de maneira sustentável para ofertas simultâneas de cursos de formação inicial e continuada, técnicos de nível médio e superior,nas modalidadespresencial e a distância.
ENSINO SUPERIOR AMPLIADO
A Faculdade de Tecnologia CNA completou um ano de funcionamento da primeira
turma de graduação em Agronegócio, está com uma segunda em andamento e
com vestibular aberto até fevereiro 2016. O curso aprovado com nota máxima
pelo Ministério da Educação, forma tecnólogos especializados em área de gestão.
#0185
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
Para 2016 já estão sendo analisadas as propostas das Administrações Regionais
de criação de novos polos de apoio presencial. No ano que vem, o SENAR também
vai organizar eventos de capacitação técnica para gestão administrativa e pedagógica dos cursos técnicos de nível médio a distância.
26. SENAR Educação e assistência técnica
1.230 horas. Ao final do curso, o aluno formado poderá atuar em propriedades e
empresas rurais, na gestão e comercialização das atividades produtivas.
#0186
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
26. SENAR Educação e assistência técnica
A Instituição de Ensino Superior é voltada exclusivamente para a formação de
profissionais para o setor agropecuário e tem a chancela da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço nacional de Aprendizagem
Rural (SENAR), instituições que representam e defendem os interesses dos agricultores e pecuaristas brasileiros.
Em 2015, a FATECNA iniciou dois novos cursos de pós-graduação, “Gestão de
Projetos em Agronegócio” e “Gestão Empresarial em Agronegócio”, em Brasília, e
inaugurou o primeiro polo de ensino no município goiano de Alexânia, na sede do
Sindicato de Produtores Rurais, onde mais de 30 profissionais estão cursando a
pós-graduação em Gestão Empresarial em Agronegócio.
MAIS PRODUTIVIDADE E RENDA COM FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
Todos os anos, o SENAR Brasil amplia suas ações de promoção social, cursos de
formação profissional e programas especiais que preparam o produtor e o trabalhador rural para o mercado de trabalho, o empreendedorismo e a produção com
sustentabilidade.Em 2014, atendeu mais de 2 milhões de brasileiros e deve
manter o volume de atendimentos ao final deste ano.
O SENAR investe na busca permanente da eficiência e da qualidade dos serviços
que presta aos produtores e trabalhadores rurais. Fecha 2015 com 130 treinamentos
de metodologia educativa institucional voltada para a formação de instrutores, mobilizadores, supervisores e equipe técnica, sintetizada na nova Série Metodológica.
Dois programas importantes para os brasileiros do campo marcaram a formação
profissional do SENAR, em 2015: a conclusão da primeira turma do CNA Jovem e
o lançamento do programa de Proteção de Nascentes.
Proteção de nascentes para garantir água para o campo e
a cidade
O SENAR, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA), lançou no Dia Mundial da Água, em 22 de março, o programa nacional de
Proteção de Nascentes com o mote: Um dia você vai ter que proteger uma nascente. Faça isso em um dia!
Para mostrar que isso é possível, o SENAR formatou um curso para o portal de
educação a distância e produziu dois vídeos que ensinam os 5 passos básicos de
proteção de uma nascente: identificar a nascente, cercar a nascente, limpar a área, controlar a erosão e replantar espécies nativas.
Produtores de todo o País foram incentivados a proteger as nascentes de suas propriedades e cadastrar numa página criada nosite da CNA, informando a localização
O SENAR formou em 2015 a primeira turma do CNA Jovem. Durante 5 meses, jovens,
de 24 Estados participaram do programa de formação de lideranças que tem uma
metodologia inovadora e investe no desenvolvimento pessoal e profissional.
O Programa estimula a identificação de desafios práticos voltados para a agropecuária e a proposição de planos de ação de grande relevância para o setor.
São 300 horas de formação, que associam o conhecimento das temáticas de interesse da agropecuária com a prática de tomada de decisões: quatro encontros
presenciais, educação a distância, desafios práticos, desenvolvimento de planos
de desenvolvimento de competências comportamentais e de comunicação e curso
EaD de inglês.
Ao final da primeira edição, iniciada em novembro de 2014,foram conhecidos os
11 finalistas do programa, que apresentaram Planos de Ação alinhados com os
principais desafios daagropecuária brasileira e com a linha de atuação do Sistema
CNA/SENAR.O prêmio para os cinco jovens finalistas do CNA Jovem foi uma viagem
técnica à China, onde cumpriram extensa programação.
O SENAR já prepara a próxima edição do programa, que deve acontecer no segundo semestre de 2016.
Um amanhã com mais produtividade, renda e
preservação no Cerrado brasileiro
O foco principal do ABC CERRADO, em 2015, foi a divulgação ao produtor das
ações do projeto e benefícios da implantação de tecnologias sustentáveis nas
propriedades. Foram realizados mais de 30 seminários de sensibilização nos oito
estados que irão desenvolver o projeto:Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e Tocantins.
O ABC Cerrado é fruto de parceria do SENAR com o Ministério da Agricultura e
Embrapa para disseminar práticas de agricultura de baixa emissão de carbono,
com recursos do Banco Mundial. O SENAR é o responsável pela formação dos
instrutores, técnicos de campo, produtores rurais e pela assistência técnica nas
tecnologias incentivadas pelo programa: Plantio Direto, Integração Lavoura, Pecuária
e Floresta (ILPF), Recuperação de Pastagens e Florestas Plantadas.
O ano de 2015 representou também a reta final de preparação para o SENAR iniciar as capacitações de produtores, com aprodução de materiais didáticos que
serão fornecidos, além da seleção e capacitação dos instrutores.
#0187
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
Lideranças para o futuro
26. SENAR Educação e assistência técnica
exata e comprovando com fotos. O SENAR também criou um concurso interno voltado para as Administrações Regionais da entidade e aos sindicatos rurais.
#0188
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
26. SENAR Educação e assistência técnica
No primeiro semestre de 2016,começa o treinamento dos produtores e a formação dos técnicos que vão fazer assistência técnica nas propriedades. A etapa da
Assistência Técnica e Gerencial do SENAR está prevista para o segundo semestre
do ano que vem, com o atendimento de 1.600 produtores.
Precisão para impulsionar produtividade e preservar o
meio ambiente
A agricultura de Precisão (AP) avançou em 2015 com a estratégia de capacitação
que foca nas particularidades de produção de cada região do País. O SENAR multiplicou por trêso número de instrutores qualificados. Foram108, de 12 estados,
um aumento de 257% em relação a 2014, quando foram treinados 42 instrutores.
O crescimento no número de instrutores preparados para levar as tecnologias e
conceitos de AP aos agricultores e pecuaristas se deve, também, às novas parcerias firmadas pelo SENAR com fabricantes de máquinas e equipamentos de precisão. Além da Stara, a John Deere e AGCO desenvolveram cursos com o SENAR.
O grupo AGCO abriu um centro de treinamento em Campinas para qualificar os
instrutores nos seus produtos e tecnologias.
As tecnologias de agricultura de precisão detectam, monitoram e orientam os
produtores rurais na gestão da propriedade, para impulsionar a produtividade, a
preservação do meio ambiente e a renda.
PRONATEC NO SENAR
O SENAR capacitou mais de 100 mil brasileiros em cursos do Pronatec, desde
2012, quando assinou o termo de adesão com o Ministério da Educação.
O Pronatec do SENAR tem portfólio de mais de 70 cursos com um módulo de
empreendedorismo que ensina a analisar, avaliar e tomar as melhores decisões,
colocando a técnica e a criatividade a serviço da produtividade e da lucratividade.
Esse diferencial amplia o leque de oportunidades de jovens e adultos no mercado
de trabalho.
A entidade atende a demanda de 20 parceiros, entre os quais as Secretarias
Estaduais de Educação e os Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Desenvolvimento Agrário, Justiça, Defesa e Agricultura Pecuária e
Abastecimento.
Em 2015, o SENAR pactuou 24.730 novas vagas para cursos do Pronatec, em
todo o País.
Graças ao programa Com licença vou à luta cada dia mais mulheres comandam
ou ajudam na administração das propriedades rurais.O programa leva conhecimentos de gestão, empreendedorismo e liderança, transformando a participação
feminina em fator decisivo para o sucesso da empresa rural.
O programa foi criado em 2009, como projeto piloto, em cinco estados e atualmente é desenvolvido por 13 Administrações Regionais.
Em 2014, foram capacitadas quase dez mil mulheres e 2015 deve fechar com a
participação de mais de 16 mil.
O Negócio Certo Rural é outro programa do SENAR com foco em gestão. Em parceria com o Sebrae, a entidade capacita produtores e suas famílias para estimular
o uso de ferramentas simples de gestão que tornem viável a pequena propriedade.
Em 2015, o SENAR atualizou o material didático do curso, introduziu novos conteúdos, capacitou mais de 300 instrutores, em todo o País, e renovou o convênio de
parceria com oSEBRAE. Está pronto para atendermais 23 mil brasileiros em 2016.
Empreender para um novo tempo no Semiárido
A realização do Agropec Semiárido, em 2015, representou um marco na atuação
do Sistema CNA/SENAR no semiárido brasileiro. Reuniu, aproximadamente, 2.500
pessoas e contou com caravanas de produtores rurais da Bahia, Alagoas, Ceará,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Evento que faz parte dos programas “Sertão Empreendedor: Um Novo Tempo para
o Semiárido” e “Viver Bem no Semiárido” do SENAR/BA apresentou os principais e mais
inovadores temas da produção agropecuária do semiárido do Nordeste, trazendo conhecimento e experiências nacionais e internacionais na exploração produtiva da região.
Durante a Agropec aconteceu, também, o IV Congresso Brasileiro de Palma e outras Cactáceas, onde foram apresentados 99 trabalhos técnico-científicos.
Ainda em 2015, o SENAR produziu dois novos vídeos, uminstitucional do programa Sertão Empreendedor e outro temático sobre barragens subterrâneas abordando as 7 etapas de construção.
Para 2016, está previsto uma avaliação dos resultados dos três primeiros anos do programa, a elaboração de uma cartilha sobre barragens subterrâneas, bem como, o início
do planejamento do Agropec Semiárido 2017, que acontecerá em Natal-RN.
#0189
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
Essa é a receita que o SENAR dissemina em seus programas de empreendedorismo e gestão para gerar renda, qualidade de vida no campo e fortaleceragropecuária brasileira.
26. SENAR Educação e assistência técnica
Empreender para crescer
#0190
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
26. SENAR Educação e assistência técnica
Maior oferta de cursos a distância e mais um prêmio
Em 2015, o SENAR ampliou o número de cursos oferecidos no portal de educação
a distância. Já são 37, distribuídos em 11 programas, com foco na inovação,
gestão da propriedade e empregabilidade do trabalhador rural ou profissional técnico interessado em se atualizar.
O grande destaque do ano foi o curso sobre o Cadastro Ambiental Rural que, logo
no lançamento, registrou um recorde de matrículas.
Todos os cursos são GRATUITOS e feitos inteiramente pelo computador, o que
facilita ao aluno escolher onde e quando estudar.
A qualidade dos cursos a distância, sempre atualizados e sintonizados com as
exigências do mercado de trabalho, garantiu ao SENAR, pelo quinto ano consecutivo,a conquista do conceituado Prêmio e-Learning Brasil.
Em 2015, o projeto premiado foi o programa de Capacitações Tecnológicas da
entidade, que desde 2013, quando as matrículas foram abertas, já capacitou mais
de 35 mil pessoas do meio rural.
Formação profissional inclusiva
Em 2014, em torno de 28.000 pessoas que participaram dos eventos do SENAR
declararam ter algum tipo de deficiência. Com foco neste público, o Programa
Apoena começou o ano de 2015 com novo documento norteador que explica de
forma dinâmica as especificidades de cada uma das deficiências, com o propósito
de quebrar barreiras atitudinais possibilitando assim um SENAR para todos.
Para cada uma das deficiências dispostas e apresentadas, são enfatizados comportamentos recomendados aos agentes do SENAR – instrutores, mobilizadores,
supervisores e equipe técnica – para melhor atender esse público nas capacitações da entidade. O documento traz ainda as leis e normas que orientam a atuação do SENAR na promoção da acessibilidade e inclusão.
E para que a inclusão ocorra de forma competente, o SENAR investe na atualização de seus agentes nos conhecimentos específicos de cada deficiência, dando
a eles subsídiospara o planejamento e a execução de cursos que oportunizem e
contemplem as necessidades dessas pessoas. Em 2015, foram realizados 16 treinamentos nas regionais de MS, SC, MG, ES, BA, AM, para 330 agentes do SENAR,
que buscaram estimular a convivência respeitosa, ética e inclusiva das pessoas
com deficiência na vida social e no âmbito da educação para o trabalho.
No ano passado, o SENAR apoiou a campanha nacional Novembro Azulde esclarecimento sobre o câncer de próstata, desenvolvida pelo Instituto Lado a Lado
pela Vida eSociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Em 2015, o SENAR firmou parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU,
para promover campanhas de prevenção, diagnóstico e educação para garantir
mais saúde aos homens do meio rural.
Com foco na prevenção, o Programa Especial Saúde do Homem possibilita o aumento
da expectativa de vida e a redução dos índices de mortalidade por causas preveníveis
nessa população, principalmente do que se refere a Cânceres de Próstata e de Pênis.
Em 2015, aconteceram 5 eventos piloto em Santa Catarina e Alagoas, atendendo
em torno de 600 homens em exames físicos e de PSA com Médicos Urologistas.
É importante ressaltar que cerca de 90% dessas pessoas nunca tinham se consultado com um especialista.
O SENAR também tem um programa voltado para a saúde da mulher. O Útero é
Vidadissemina informações sobre prevenção e realiza exames de diagnóstico do
câncer do colo do útero em comunidades carentes das áreas rurais do País.
De 2009, quando foi criado, até 2014, o programa atendeu 488.770 brasileiras
do campo e realizou 85.765 exames.
O Programa Útero é Vida dispõe de duas unidades móveis – ônibus equipados
com cama ginecológica, pia, armários, utensílios, e outros itens necessários, para
atender as mulheres das comunidades de difícil acesso.
SINDICATO FORTE
Em 2015, o Programa Sindicato Forte focou suas ações na aplicação do Índice
deDesenvolvimento Sindical, em 13 Estados. O IDSfoi elaborado para aprimorar
a gestão do sistema sindical rural. Trata-se de uma ferramenta útil e estratégica
para o planejamento das ações e gestão das entidades que integram o setor.
O levantamento ajuda as entidades na definição de ações pontuais para impulsionar
o desenvolvimento dos sindicatos e com isso melhorar a representatividade e a
prestação de serviços aos produtores rurais.
Outra ação que o programa Sindicato Forte priorizou foi a capacitação visando
à regularização dos sindicatos junto ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.
#0191
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
Com as ações de Promoção Social que desenvolve em todo o País na área de saúde,
o SENAR cria espaço para a reflexão e mudanças de atitude, necessárias para a
melhoria da qualidade de vida dos brasileiros do campo.
26. SENAR Educação e assistência técnica
Mais saúde e qualidade de vida com promoção social
#0192
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
26. SENAR Educação e assistência técnica
Essas atividades foram desenvolvidas em função da reestruturação do Departamento Sindical da CNA que tem dado total apoio ao programa.
Para 2016 está programada a continuidade da aplicação do IDS em pelo menos
mais 300 sindicatos e a implantação de um sistema via web, onde os sindicatos
poderão registrar suas ações e controles de gestão.
O SENAR também pretende realizar Seminários de Desenvolvimento Sindical,
para troca de experiências entre as diretorias sindicais do país, e palestras sobre
temas relevantes para o setor, como liderança e gestão sindical.
27. INSTITUTO CNA
ESTUDOS E
PESQUISAS
SOCIAIS E DO
AGRONEGÓCIO
COMPETITIVIDADE
SÃO PAULO LIDERA NA MAIS RECENTE AVALIAÇÃO
DO RANKING DE COMPETITIVIDADE DOS ESTADOS,
MANTENDO POSIÇÃO DO PRIMEIRO MONITORAMENTO
Ranking estadual de competitividade acompanha
aspectos do desempenho das atividades agropecuárias
por unidades da federação
Segundo ano em que o Instituto CNA monitora a evolução da competitividade da
atividade agropecuária brasileira. De acordo com fatores que determinam a competitividade do setor nas 27 Unidades da Federação, o ICNA organizou na forma
de ranking o desempenho da atividade em todo o Brasil.
A partir de dados oficiais o índice de competitividade estadual CNA agrega 21 variáveis
em seis grupos, que são chamados de índices base: infraestrutura; educação; saúde;
ambiente macroeconômico; inovação; e mercado de trabalho. O índice varia de zero
a um, de forma que, quanto maior for o indicador, mais competitivo será o Estado.
De acordo com o relatório de 2015, (baseado em informações para o ano de 2012),
São Paulo foi o estado brasileiro com o maior indicador de competitividade para o
desenvolvimento do Agronegócio (0,865), seguido por Rio Grande do Sul (0,661) e
Paraná (0,610). Na ponta oposta, os estados com os menores índices de competitividade foram Amapá (0,221), Piauí (0,233) e Alagoas (0,240).
Em 2014, no primeiro ano do estudo realizado com levantamento das informações
do ano de 2011, São Paulo também foi o estado brasileiro que obteve o maior indicador de competitividade (0,752), seguido por Santa Catarina (0,611) e Distrito
Federal (0,608). Entre os menores índices estaduais de competitividade foram em
Alagoas (0,229), Sergipe (0,225) e Amapá (0,207).
A competitividade estadual agropecuária depende de componentes socioeconômicos que estão em constante transformação ao longo do tempo, influenciando
#0195
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
Cabe ao ICNA elaborar estudos e pesquisas sociais e do agronegócio para atender às demandas do Sistema CNA/SENAR e contribuir à formulação de propostas
de políticas públicas para o setor. Desenvolve, ainda, tecnologias alternativas à
produção, além de divulgar informações técnicas e científicas, com foco no meio
rural brasileiro.
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
O Instituto CNA (ICNA) é o braço do Sistema CNA responsável pela experimentação e desenvolvimento de tecnologias, pesquisas, planejamento, formulação e
implantação de programas e projetos voltados ao agronegócio.
Entre os estados com menores índices de competitividade do agronegócio, Alagoas
passou da 25ª posição do ranking em 2011 para a 27ª em 2012. Sergipe passou
da 26ª posição em 2011 para 23ª em 2012. Amapá ficou na 27ª posição em 2011 e
em 2012.
Gráfico 1. Ranking do índice de competitividade do agronegócio – ano 2012
1
2
3
SC
6
ES
MS
MT
RJ
DF
RO
TO
CE
BA
RN
RR
PE
AC
AM
PB
PA
SE
MA
AL
PI
AP
0,610
0,588
0,553
0,511
0,508
0,476
8
GO
7
MG
0,865
0,661
5
PR
4
RS
0,469
9
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
SP
27 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10
#0196
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
o comportamento do mercado nacional, o que pode alterar o ranking de competitividade estadual de um ano para o outro. Na comparação dos índices estaduais
de 2011 e 2012, São Paulo foi o estado brasileiro mais competitivo nos dois anos
avaliados. Santa Catarina que ficou em 2011 no segundo lugar no ranking, em
2012 passou para a 4ª posição. O Distrito Federal passou da 3ª posição em 2011
para a 11ª em 2012.
Fonte: ICNA
0,426
0,424
0,391
0,377
0,369
0,317
0,315
0,304
0,296
0,288
0,279
0,273
0,273
0,271
0,265
0,240
0,233
0,221
#0197
O Brasil se transformou nos últimos 25 anos em uma das maiores potências agropecuárias do mundo. Este extraordinário desenvolvimento baseou-se em elevada
produtividade com preservação ambiental e uso de tecnologia moderna. A atividade tem sido exemplo mundial de inovação. Mesmo com dificuldades pela falta
de mão de obra qualificada e seu alto custo, a produtividade da agropecuária por
trabalhador cresceu 240%, de 2001 a 2012, o que representa um crescimento
médio anual de dois dígitos.
A produção agropecuária brasileira tem dado exemplo de competência “da porteira
para dentro”. Fatores externos à produção como deficiência nas rodovias, pouca
capilaridade da malha ferroviária e grande extensão territorial não litorânea limitam
o desempenho do setor afetando, sobretudo, o escoamento da produção especialmente em direção ao mercado externo.
Também criam dificuldades para o setor a complexa e alta carga tributária, o ambiente
macroeconômico de baixo crescimento, a qualidade inferior da educação e a baixa
qualificação dos trabalhadores. Da mesma forma, a rigidez das leis trabalhistas e
a elevada burocracia.
Gráfico 1. Variação do VBP, Produtividade e Emprego da Agropecuária –
Ano 2001 a 2012
240,2%
196,5%
-12,8%
VBP da Agropecuária
Fonte: IBGE
Cálculo e elaboração: ICNA
Produtividade
Emprego
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
BRASIL É UM DOS PRINCIPAIS PRODUTORES MUNDIAIS
DE ALIMENTOS, MAS AINDA HÁ DESAFIOS A SEREM
SUPERADOS
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
BALANÇO 2015
#0198
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
SUSTENTABILIDADE NO CAMPO
PARA AUMENTO DA RENDA E MELHORES GARANTIAS
AMBIENTAIS, CNA LEVA PROJETOS SUSTENTÁVEIS AO
PRODUTOR
Plataforma web vai auxiliar produtores rurais a elaborar e
obter financiamento para projetos sustentáveis
A fim de orientar o produtor a desenvolver sua atividade com mais sustentabilidade e produtividade, o ICNA criou o portal Agrosustenta (www.agrosustenta.com.br),
com acessos a modelos de projetos sustentáveis com indicadores econômicos e
tecnológicos, além de plataforma online para a elaboração de projetos.
Visando o aumento da produção, com mais retorno financeiro, incluindo a comercialização de créditos de carbono e pagamentos por serviços ambientais, a plataforma
Agrosustenta propõe ações objetivas ao produtor para reduzir a concentração de
Gases do Efeito Estufa (GEEs) na atmosfera, o que representa benefícios para o
meio ambiente, com preservação dos recursos naturais, necessários também à
atividade rural.
Foram desenvolvidas ações de formatação e multiplicação das técnicas agrícolas
e pecuárias de baixa emissão de carbono. O Instituto também está promovendo a
realização de pesquisas e o desenvolvimento científico e tecnológico de métodos
de diminuição das emissões, reduzindo os impactos negativos de mudanças climáticas e estimulando a sustentabilidade da atividade agropecuária.
Os esforços do Sistema CNA são no sentido de ajudar o Brasil a cumprir as metas
de emissões de GEE estabelecidas na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), realizada em
2009. Os esforços do setor agropecuário estão valendo a pena, sobretudo pelo
fato de o país haver cumprido 88% da meta de redução das emissões estimadas
para 2020 cinco anos antes do prazo previsto.
Em 2015 as metas de redução de emissões do Brasil foram atualizadas passando
a ser de 37% até 2025 e de 43% até 2030 tendo como linha de base o ano de 2005.
Neste novo cenário a participação do setor agropecuário com a implementação
de práticas sustentáveis, intensificação da produção e otimização do manejo da
terra será ainda mais relevante.
Agrosustenta – A plataforma promove o desenvolvimento agropecuário sustentável, facilitando o acesso do produtor rural a fontes de financiamento de baixo
custo direcionadas a projetos sustentáveis. A ferramenta estabelece um canal
de comunicação entre os produtores rurais e técnicos agropecuários, disponibilizando instrumentos para a elaboração de projetos técnicos dentro dos padrões
A fase piloto da plataforma teve início em setembro de 2014 e desde então vem
sendo avaliada e aperfeiçoada. Em meados de 2015 foi iniciada uma ampliação
do número de modelos disponíveis e a inclusão de um simulador de projetos que
tornará o processo mais dinâmico e interativo.
Neste período, iniciou-se também o processo de inclusão de uma ferramenta de
análise espacial a fim de gerar mapas para os projetos executivos de recuperação
florestal e conservação de solo com indicação das atividades a serem implementadas e suas respectivas localizações e áreas. Esta melhoria vem ao encontro das
demandas recentes de alguns financiadores que passaram a exigir as informações
georreferenciadas das propriedades para realizar a avaliação dos projetos.
A plataforma está sendo preparada ainda para permitir o monitoramento dos resultados obtidos com os projetos elaborados. Nesta linha, foi assinado um acordo
de cooperação entre o Instituto CNA com a Coalition on Agricultural Greenhouse
Gases (C-AGG), entidade norte-americana que incentiva a redução de GEEs na
agropecuária. No escopo deste acordo está a elaboração de protocolos específicos
para quantificação de emissões e comercialização de créditos de carbono obtidos
com projetos sustentáveis, como os modelos disponibilizados pelo Agrosustenta.
Além disto, seguindo a tendência de ampliar a abordagem dos benefícios ambientais gerados por estes projetos para além das questões exclusivas das emissões
de GEEs, também serão implementadas ferramentas para o dimensionamento e
monitoramento dos demais serviços ambientais gerados pela aplicação das melhores práticas como a redução da erosão, aumento da infiltração (e, consequentemente, da disponibilidade hídrica), incremento da biodiversidade, recuperação
de habitats, efetividade da polinização, entre outros.
INOVAÇÃO
BASE DE DADOS DO AGRONEGÓCIO – PERSPECTIVAS
A Base de Dados do Agronegócio – BDAGRO vai gerenciar diferentes bases de dados e disponibilizar informações técnicas, gerenciais e estratégicas interligando
#0199
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
A nova plataforma oferece um portfólio de projetos sustentáveis, de modo que o produtor tenha opções para escolher os mais apropriados para aumentar sua produção
e melhorar a renda com equilíbrio entre custo e despesas. A plataforma Agrosustenta
permite ainda a comparação entre modelos de projetos e orienta sobre como acessar
as linhas de financiamento do programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono).
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
exigidos pelas entidades financiadoras. Além disto, a plataforma divulga informações e incentiva a adoção de tecnologias sustentáveis e boas práticas.
#0200
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
os dados relevantes para a Gestão do Agronegócio, permitindo a sua exploração
a partir de tecnologia adequada para esta finalidade.
O projeto prevê implementação e a disponibilização de uma ferramenta de consulta e pesquisa que permite transformar os dados em informações de alto valor
de interesse ao agronegócio.
A BDAGRO vai reunir todos os dados e informações (espaciais, tabular, textos,
imagens, vídeos, etc) relacionadas ao agronegócio.
A solução a ser apresentada para a criação da BDAGRO vai permitir a captura, a
integração, atualização, pesquisa, consulta e análise das diferentes bases de dados existentes ou não no Sistema CNA/SENAR/Instituto CNA, de forma a garantir
a segurança, confidencialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade dos
dados e informações.
O projeto está estruturado, inicialmente, em três etapas.
A primeira etapa trata da captura/migração dos dados pertencentes ao Sistema CNA/SENAR/Instituto CNA hospedados externamente e internamente para o
armazenamento na BDAGRO, visando:
•
Segurança de Dados – confidencialidade, integridade, disponibilidade e
autenticidade;
•
Governança de Dados – Gerenciamento dedicado e adequado, estabelecimento de processo de monitoramento, aprimoramento e distribuição dos
dados mediante a criação de uma estrutura para gestão deste ambiente, garantindo a aderência permanente das informações às necessidades da organização. A Governança é definida como gestão conjunta de políticas, processos, pessoas e tecnologias que visa estruturar e administrar as informações
com o objetivo de suportar a tomada de decisão.
A segunda etapa vai implementar os serviços de interesse do agronegócio na
BDAGRO com o objetivo de disseminar informações de gestão voltadas à Inteligência Competitiva.
A Etapa 3 vai ser desenvolvida pela equipe própria do Sistema CNA/SENAR/Instituto CNA e envolverá as seguintes atividades:
•
Organização de Processos, Sistema CNA (CNA/SENAR/ICNA) – Realiza o mapeamento de processos com objetivo de trazer melhores resultados e controles;
•
Plano Diretor da Tecnologia da Informação (PDTI) – Elabora o plano alinhado ao
Planejamento estratégico das casas contendo o diagnóstico, planejamento e
gestão dos recursos e processos de Tecnologia da Informação com o objetivo
de atender às necessidades de TI para o Sistema CNA (CNA/SENAR/ICNA);
Durante o desenvolvimento do projeto serão realizadas as tratativas com os diferentes órgãos para formalizar o acesso aos dados e informações a serem utilizados na geração de informações de interesse do agronegócio.
PLATAFORMA DE GESTÃO AGROPECUÁRIA
Produtor rural tem as informações de suas atividades
pecuárias consolidados em base de dados única
Ferramenta online que unifica todas as informações sobre o trânsito de animais
e cadastro de propriedades rurais no país, a Plataforma de Gestão Agropecuária
(PGA), criada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em
parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), tem
por objetivo facilitar operações, fortalecer estratégias, garantir maior qualidade,
dar credibilidade e transparência na coleta de dados sobre a movimentação dos
rebanhos no país, podendo ser acessada de qualquer computador, celular ou tablet
conectado à internet.
A adoção da PGA permite avanço estratégico na defesa agropecuária do Brasil,
valorizando o rebanho brasileiro e oferecendo transparência aos parceiros comerciais. A Base de Dados Única (BDU) da PGA está integrada aos cadastros do MAPA
e contém dados sobre propriedades rurais e dos serviços de defesa agropecuária
das 27 unidades federativas. Além de evitar duplicidade de informações, a PGA
facilita a obtenção de informações sobre pessoas físicas e jurídicas, produtores
rurais, explorações pecuárias, eventos agropecuários, serviços de defesa agropecuária, laboratórios e revendas de produtos veterinários, além do trânsito de
animais e calendários de vacinação.
A formação da Base de Dados Única – BDU é realizada através da transmissão
em tempo real das informações dos bancos de dados dos Órgãos Executores de
Sanidade Agropecuária (OESA) de cada unidade federativa. Com isto interligam-se os sistemas informatizados das 27 unidades da federação para maior controle
sobre envio e recebimento de animais de um estado para outro facilitando-se,
ainda, o controle sistêmico da quantidade de Guias de Trânsito Animal – GTA emitidas contendo a quantidade de animais transitados em determinado período e
monitorando o envio de animais para abatedouros frigoríficos.
Desenvolvida pela CNA e entregue ao MAPA conforme previsto no Termo de Cooperação estabelecido entre as duas entidades, a PGA possui quatro módulos principais em funcionamento, sendo três deles atualmente em funcionamento: Base
de Dados Única (BDU), Gestão de Trânsito Animal (GTA) e Rastreabilidade. Com a
utilização desses módulos, o MAPA conseguirá maior controle sobre as informações sanitárias e de trânsito dos animais em consonância com as informações do
OESA de cada Unidade Federativa.
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BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
Seleciona e implementa solução para organização, gestão e acesso a arquivos digitais.
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
•
#0202
BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
Além disso, a PGA conta com ferramenta para consulta dinâmica que permite
geração de relatórios em formato PDF facilitando a visualização das informações
de rebanho, vacinação, transporte e abates de animais dos principais rebanhos
do país.
Com a entrega da PGA, a CNA inicia a gestão dos Protocolos de Rastreabilidade
de Adesão Voluntária conforme preconiza o Art. 6 do Decreto nº 7.623/2011 de
forma exclusiva.
Após os cursos de treinamento aos OESA para operacionalização da PGA como ferramenta de defesa agropecuária nos estados, realizou-se com o Ministério da Pesca
e Aquicultura (MPA) ação para desenvolvimento do módulo de Animais Aquáticos.
PROTOCOLOS DE RASTREABILIDADE DE ADESÃO
VOLUNTÁRIA
Produtor rural tem as informações dos mercados mais
exigentes do mundo através da internet
Os protocolos de rastreabilidade de adesão voluntária são regras ou requisitos
exigidos por mercados consumidores específicos, nacionais e internacionais, que
ao serem cumpridas permitem pagamento diferenciado pelos animais agregando
valor aos produtos gerados.
Para isto, a CNA vem desenvolvendo o Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabilidade de Adesão Voluntária, ferramenta que proporciona controle dos processos
de produção de carnes para mercados com exigências específicas como, por
exemplo, União Europeia entre outros.
Além disso, o Ministério da Agricultura preconiza a rastreabilidade dos processos
dos produtos cárneos que contenham menção de raça no rótulo. Em virtude desta
norma, as associações de raça procuraram a CNA para viabilizar a rastreabilidade
de maneira que o MAPA possa realizar auditorias, assegurando aos consumidores
a garantia de que estão adquirindo produtos cárneos de determinada raça.
Este sistema foi criado com o intuito de estreitar e dar transparência na relação
entre produtores rurais, a CNA, os frigoríficos e os consumidores interessados em
informações da produção e consumo de produtos diferenciados.
Utilizando o sistema informatizado na gestão dos protocolos de rastreabilidade
de adesão voluntária, a CNA proporciona transparência nas garantias acordadas
entre os proponentes dos protocolos e na rastreabilidade do produto desde a propriedade até a mesa do consumidor, por meio da utilização de informações da
Base de Dados Única (BDU) e Módulo de Gestão de Trânsito Animal da Plataforma
de Gestão Agropecuária (PGA), para fazer o acompanhamento, verificação, validação e comprovação do cumprimento das regras ou requisitos estabelecidos
nos protocolos.
Desta forma o Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabilidade de Adesão Voluntária, desenvolvido pela CNA, consegue rastrear a movimentação, a vacinação e o manejo sanitário dos animais pertencentes aos produtores participantes,
atestando as garantias requeridas p elos parceiros comerciais.
Entre os protocolos em desenvolvimento destaca-se o Protocolo União Europeia
que visa retomar o volume de exportações àquele mercado que em 2008, em virtude de auditoria da comissão da União Europeia, restringiu a habilitação de propriedades brasileiras aptas à exportação a menos de 2000 propriedades atualmente. Para suplantar essa restrição, vem sendo desenvolvida metodologia com
a intenção de simplificar os controles realizados, mantendo a garantia sanitária,
de procedência e de inocuidade da carne bovina brasileira.
Já o Protocolo Angus, primeiro protocolo de rastreabilidade de adesão voluntária,
firmado pela CNA com a Associação Brasileira de Angus (ABA), vem sendo desenvolvido para garantir que os animais abatidos atendam às características da raça Angus
como sexo, idade e maturidade (cobertura de gordura), características que conferem
maciez e qualidade superior aos produtos cárneos a serem comercializados.
Outro protocolo desenvolvido pela CNA, em conjunto com a Associação Brasileira
de Hereford e Braford, operacionalizou a rastreabilidade de dois protocolos: Carne
Certificada Hereford, que preconiza características de padrão racial e de carcaça
e Carne Braford Certificada, que além dos controles de características de raça e
de carcaça prevê que o animal seja criado, por determinado período, exclusivamente a pasto.
Além destes, o Protocolo Nelore e Nelore Natural, desenvolvidos juntamente com
a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), propõe a garantia de características de carcaça como sexo, idade e maturidade da carcaça, bem como
a garantia de que o animal foi terminado com dieta específica sem ultrapassar
parâmetros determinados pela ACNB.
Outros dois protocolos de raça que estão em fase inicial de desenvolvimento são
o Protocolo Carne Charolês Certificada em conjunto com a Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCC) e o Protocolo Wagyu em conjunto com a
Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu (ABCBRW), que
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BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
Por meio da consulta de dados da PGA, os produtores que aderirem voluntariamente a um ou mais protocolos autorizam o uso dos dados de cadastro e de produção existentes na BDU da PGA à CNA para realização da rastreabilidade do
trânsito dos animais. Desta forma, é possível controlar o ingresso, egresso, tempo
de permanência de animais dentro de uma propriedade, assim como envio destes
ao abate.
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
Ao consultar os dados oficiais inseridos na PGA, é possível, por exemplo, verificar
a existência da propriedade e do produtor que pretende aderir a um protocolo,
assim como, se este produtor possui animais e se os mesmos podem ser enviados
para o abate.
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BALANÇO 2015 • PERSPECTIVAS 2016
27. Instituto CNA Estudos e Pesquisas Sociais e do Agronegócio
formataram o protocolo com intuito de dar garantias relacionadas às características de carcaça relacionadas a idade, sexo e cobertura de gordura além das
características raciais próprias das respectivas raças.
Dessa forma, o Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabilidade de Adesão Voluntária
permite ao produtor rural a consulta automática dos dados oficiais da PGA, além de
obter informações dos frigoríficos que aderiram aos protocolos e acessar relatórios
sobre a classificação dos animais que enviou para o abate, conferindo maior controle e
melhorando a gestão de sua produção. Tudo isso por meio de acesso a internet.
EXPEDIENTE
CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E
PECUÁRIA DO BRASIL – CNA
Superintendência Técnica
Bruno Barcelos Lucchi
Superintendência de Relações Internacionais
Alinne Betania Oliveira
Superintendência de Comunicação e
Marketing
Danilo de Sousa Reis
Superintendência Administrativa
Francisco Gilson de Almeida Maia
Superintendência Financeira
Benildes de Barros Garção
Relações Institucionais
Nelson Vieira Fraga Filho
Assessoria Jurídica
Carlos Bastide Horbach
Chefia de Gabinete da Presidência
Otília Rieth Goulart
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM
RURAL – SENAR
Departamento de Administração e Finanças
Rosanne Curi Zarattini
Departamento de Educação Profissional e
Promoção Social
Andrea Barbosa Alves
EQUIPE TÉCNICA
SUPERINTENDÊNCIA TÉCNICA – CNA
Alan Fabricio Malinski
Camila Soares Braga
Carlos Magno Campos da Rocha Júnior
Cecília Naves
Elisangela Pereira Lopes
Fernanda Schwantes
Fernando Rati
Gabriela Rivaldo
Gustavo dos Santos Goretti
Joao Carlos de Carli
Jonas Ismael Jochims
José Eduardo Brandão Costa
Lilian Azevedo Figueiredo
Natalia Fernandes
Nelson Ananias
Rafael Linhares
Renato Conchon
Rogerio Nascimento de Avellar Fonseca
Sandra Rejanne Bezerra
Victor Miguel Ayres
SUPERINTENDÊNCIA DE RELAÇÕES
INTERNACIONAIS – CNA
Camila Nogueira Sande
Gabriela Coser Rivaldo
Layanne Alves
Pedro Henrique de Souza Netto
Pedro Henriques Pereira
Thiago Masson
Departamento de Inovação e Conhecimento
Luis Tadeu Prudente Santos
SUPERINTENDÊNCIA DE COMUNICAÇÃO E
MARKETING – CNA
Coordenação de Assistência Técnica e
Gerencial
Matheus Ferreira Pinto da Silva
Carlos Max Torres
Jorge Luís Menezes Araujo
Karlany Soares Chaves
Leticia Dias Tosta
Pablo Ulisses
Assessoria Jurídica
Eliziane de Souza Carvalho
Auditoria Interna
João Batista
Assessoria de Comunicação
Carmensita Corso
Chefia de Gabinete da Secretaria Executiva
Mansueto José César Lunardi
INSTITUTO CNA
Coordenação Técnica
Og Arão Vieira Rubert
ASSESSORIA JURÍDICA – CNA
Elimara Aparecida Assad Sallum
Cristiano Barreto Zaranza
Eduardo Queiroz
Frederico Melo
Rodrigo Hugueney
Rodrigo Valente
Vânia Ataides
SENAR
Fabiana Resende Yehia
Júlia Carolina Barros
Maria Cristina Ferreira
Patricia Fontes Machado
INSTITUTO CNA
Albano Henrique de Araújo
Carlos Frederico Dias Ribeiro
Edson Ferreira
Juliano Hoffmann
Paulo Vicente Costa
FOTOS
Banco de Imagens CNA
Shutterstock
PROJETO GRÁFICO
CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL – CNA
SGAN 601 – Módulo K – Ed. Antônio Ernesto de Salvo
Brasília-DF. CEP: 70.830-021
Fone: +55 (61) 2109-1400 • Fax: +55 (61) 2109-1490
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Balanço e Perspectivas - Institucional