Informativo do Sindicato dos Bancários de Blumenau e Região | agosto de 2010 | www.bancariosblumenau.org.br
Conheça o índice e o que foi
discutido nas Conferências
Estadual e Nacional
BB descumpre prazo e não
apresenta PCCS
Sindicato manifesta repúdio
ao novo PFG da Caixa
HSBC é campeão de reclamações de
assédio moral em Blumenau
Pág 7
Págs 4 e 5
Justiça obriga Consórcio Siga
a reembolsar passageiros Pág 8
Pág 7
Pág 7
SEEB relembra lutas e
conquistas em 50 anos
de história
Pág 6
agosto de 2010
2
Editorial
Bancários, vamos à luta!
Mais uma campanha salarial dos bancários se aproxima!
Este é um daqueles anos decisivos.
Tivemos a Copa do Mundo, na África do Sul, em que
o País ficou repleto de verdeamarelo nas ruas, nas casas, nos
carros, nas vestimentas das pessoas, e que só se falava em Hexa,
quando a Laranja Mecânica tirou
o sonho dos brasileiros.
Em 2010 temos eleições
gerais para escolha de presidente da República, senadores,
deputados federais, deputados
estaduais e governadores.
É nesse cenário de
eleições gerais que vai se desenrolar mais uma campanha
salarial e os bancários do SEEB
Blumenau e Região já deram o
ponta-pé inicial e fizeram a bola
rolar, convictos de mais uma
vitória sobre os banqueiros, com
o lançamento da Campanha
Salarial 2010, com a Noite de
Queijos&Vinhos, na sede
campestre, no dia 25 de
junho. O encontro lembrou
também as conquistas e
lutas na trajetória de 50
anos do SEEB Blumenau e
Região, comemorado em
setembro.
A Conferência Estadual dos Bancários, realizada em Florianópolis,
no dia 17 de julho, foi o
momento oportuno de
reunir os bancários do Estado
num encontro aberto para discutirem, dentre outros assuntos, as reivindicações que foram
levadas à Conferência Nacional
dos Bancários, realizada no Rio
de Janeiro, nos dias 23, 24 e 25
de julho.
Agora, aprovadas em
tudo isso acontecendo em um
ano eleitoral, o que não impede
os bancários de fazerem uma
grande mobilização, recorrendo
a paralisações e à greve, se for o
caso, como já aconteceu
em muitas outras campanhas salariais, os banqueiros terão que minimamente negociar com os
bancários, sob pena de
enfrentarem a resistência
e a luta organizada da categoria.
Os bancários são a categoria mais organizada
do País. E a oportunidade
de pressão é agora, justamente antes das eleições para
pressionar banqueiros e governo a negociarem seriamente
com os bancários.
... banqueiros terão
que negociar com os
bancários, sob pena de
enfrentarem a resistência e a luta organizada
da categoria.
nível nacional as reivindicações
dos bancários em relação a direitos e novas conquistas para
a Campanha Salarial 2010, e
Participe da programação comemorativa aos 50 anos do SEEB Blumenau e Região
Encerramento do 33º
Campeonato Interbancário
de Futsal
30 de julho – sexta-feira
Acecremer | 20h
Feijoada e torneio de
futebol suíço
Em homenagem ao Dia do
Bancário
28 de agosto – sábado
AABB Timbó | a partir das 9h
Jantar Dançante
17 de setembro – sexta-feira
Associação Artex | 21h
Banda By Brazil
Bancário filiado não paga.
Acompanhante: R$ 20
Inscrições: até 13 de setembro
Debate com João Pedro
Stédile, do MST
1º de outubro – sexta-feira
Sede campestre | 19h
Fala, bancário!
“Nossa campanha salarial está chegando e nos deparamos com as mesmas perguntas da campanha
anterior. O volume de trabalho é suportável? O clima no local de trabalho está bom? A remuneração
é adequada? O quadro permanece e, obviamente,
a resposta para essas questões é a mesma: não!
Como a solução não cairá do céu, a alternativa também permanece a mesma: associar
nossa crítica às nossas próprias condições
de trabalho à disposição para mudá-las”.
Jean Adriani de Souza
Uma publicação do Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos Bancários de Blumenau e Região (SEEB)
w ww. b anc ar io sblumen au.org.br
Coordenação de Imprensa e Comunicação ............................................ Marcos Tullio
Jornalista responsável ...................................................... Magali Moser (SC 02353 - JP)
[email protected]
Diagramação ....................................................................................................... Magali Moser
Tiragem 1600 exemplares
Impressão Gráfica ZF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Blumenau e Região | Rua Coronel Vidal Ramos, n°282 | 89.010-330 | Fone 47 3326-3116 | Fax 47 3322-5036 | Blumenau | SC
agosto de 2010
3
Diagnóstico da categoria
Setor bancário gera novos empregos,
mas com salários menores
Os bancos criaram novos
postos de trabalho no país no
primeiro trimestre deste ano,
mas pagaram salários mais de
um terço menores para os recém
admitidos. Este é um dos principais resultados da 5ª edição da
Pesquisa de Emprego Bancário
desenvolvida pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As duas
entidades fazem o levantamento
desde o ano passado, com base
no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Segundo a pesquisa, os
bancos criaram 2.840 novos postos de trabalho nos primeiros
três meses do ano, quando admitiram 11.053 trabalhadores e
desligaram 8.213. As instituições
financeiras, no entanto, usam a
alta rotatividade para reduzir
os custos. Do ponto de vista salarial, os desligados se concen-
tram na alta remuneração. O
salário médio dos admitidos foi
de 37,85% inferior em relação ao
dos desligados (veja os dados ao
lado).
Comparados a
outros setores, bancos
empregam menos
Na comparação com
outros segmentos da economia,
no entanto, os dados do Caged
mostram que o sistema financeiro foi um dos que menos gerou
empregos no primeiro trimestre do ano: apenas 0,43% dos
657.259 novos postos de trabalho
criados por toda a economia brasileira no período.
O setor que criou mais
vagas de trabalho foi o da construção civil, que apresentou um
saldo positivo de 127.694 empregos (19,43% do total da economia), seguido do comércio e
administração de imóveis, que
produziu 95.198 novos postos de
trabalho.
Bancárias ganham menos
No setor bancário, as
mulheres continuam ganhando
menos, o que reforça a discriminação existente na categoria e
a necessidade de manter a luta
pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
Segundo a pesquisa organizada
pela Contraf/Cut e Dieese, nos
primeiros três meses do ano, as
bancárias foram admitidas recebendo remuneração 32,71% inferior à dos homens (R$ 1.770,20
contra R$ 2.630,59).
Ainda de acordo com o
levantamento, a demissão sem
justa causa continua sendo o
maior motivo para o desligamento nos bancos. Ela foi responsável por cerca de 47% dos
desligados no ano passado.
Na avaliação do Sindicato
dos Empregados nos Estabelecimentos Bancários de Blumenau
e Região (Seeb), o levantamento
garante um importante diagnóstico da categoria e deve servir de
alerta para a necessidade de cobrar das instituições financeiras
um novo tratamento à categoria.
O documento demonstra a irresponsabilidade e a falta de
compromisso dos bancos com os
seus funcionários e o país.
_ Os lucros têm aumentado a
cada dia, mesmo assim, banqueiros continuam demitindo e
rebaixando os salários _ aponta
o presidente do Seeb, Leandro
Spezia.
A pesquisa completa sobre o emprego bancário pode
ser consultada no site www.bancariosblumenau.com.br
A remuneração média dos bancários
2010
janeiro
fevereiro
março
total
Admitidos
Desligados
R$ 2.236,07
R$ 2.120,87
R$ 2.226,98
R$ 2.197,79
R$ 3.252,06
R$ 3.485,43
R$ 3.753,18
R$ 3.536,38
O saldo positivo do emprego nos bancos está concentrado nas faixas salariais mais baixas, com predominância para o segmento entre dois e três salários mínimos, que registrou um saldo de 4.223
postos de trabalho.
A partir daí, todas as faixas apresentam saldo negativo de emprego, com destaque para o segmento de cinco a sete salários mínimos,
com 1.293 postos de trabalho a menos.
Conclusão: mesmo com a geração de novos empregos, os bancos
economizaram mais de R$ 4 milhões, ao admitir empregados com
salários inferiores aos desligados.
4
agosto de 2010
Campanha Nacional
Conferência Nacional dos Bancários
aprova índice de reajuste de 11%
Fotos Magali Moser
Bancários catarinenses discutiram reivindicações em 17 de julho
A estratégia e a pauta
de reivindicações da campanha
deste ano conduziram as discussões da 12ª Conferência Nacional dos Bancários, de 23 a 25
de julho, no Rio de Janeiro. Durante o encontro, foi aprovado
o índice de reajuste de 11%. O
presidente do SEEB Blumenau
e Região, Leandro Spezia, e a
diretora de formação sindical,
Maria Terezinha Rondon, representaram a entidade na Conferência e consideraram que o
índice aprovado é rebaixado,
tendo em vista o alto lucro dos
bancos. Os dirigentes defendem
um índice maior, como o aprovado na Conferência Estadual
- de 17,50% a 18,87%, que inclui
o ICV, ganho real e as perdas a
partir de 1994.
_ Nossos salários já são baixos,
as condições de trabalho, péssimas. Não poderíamos deixar
de reivindicar um índice mais
alto. Por outro lado, somos uma
categoria organizada nacionalmente e vamos lutar para fazer
uma boa campanha salarial,
priorizando o piso salarial do
Dieese, de R$ 2.100 _ diz Spezia.
Encontro Estadual reúne
cerca de 200 bancários
versidade de São Paulo (USP),
José Nicolau Pompeu, resume
a importância da mobilização
dos trabalhadores. Com essa
ideia, Pompeu abriu a 12ª Conferência Estadual dos Bancários, dia 17 de julho, no Hotel
Cambirela, em Florianópolis.
Cerca de 200 bancários de todo
o Estado refletiram sobre as
condições de trabalho e apontaram propostas para a campanha
deste ano.
A palestra do professor Pompeu ressaltou a acelerada terceirização nos bancos e o crescimento estrondoso
do número de caixas eletrônicos. Destacou ainda a necessidade indispensável de união.
_ Mais do que o debate, precisamos do envolvimento de todos.
Os trabalhadores se unem ou
serão subjulgados pelo sistema
capitalista _ defendeu.
A conferência reforçou
a luta pela valorização do piso
do trabalhador, redução de metas, mais contratações, isonomia,
auxílio-doença, plano de saúde
e reajuste prevendo perdas e
variação pelo INPC. O secretário
de imprensa da Contraf/CUT,
Ademir Wiederkehr, apresentou
os temas definidos pelo Comando Nacional para a campanha.
Veja ao lado as reivindicações
aprovadas no Encontro Estadual.
Delegação do Seeb Blumenau e Região participou da Conferência
“Aquele que se recusa a ir para
a luta já está derrotado”. A frase
do professor e doutor da Uni-
José Nicolau Pompeo fez uma análise de conjuntura
Conferência Estadual refletiu sobre reivindicações
agosto de 2010
5
Reivindicações aprovadas
Remuneração
- Piso da categoria: conforme o
DIEESE, R$ 2.100,00.
- Isonomia nas carreiras do
bancário.
- Índices: 17,5% a 18,87%.
- É importante a PLR, mas não
como determinante de uma
campanha salarial.
- PLR: desvinculação da data
base; distribuição linear (no
mínimo 20% e no máximo 30%
do lucro apurado); data de apuração e distribuição da PLR semestral (quando da apuração
dos resultados dos lucros dos
bancos e na distribuição aos
acionistas).
- Não contratação da remuneração variável nas negociações
salariais.
- Não desconto dos dias parados
dos dias de greve.
- A existência de planos de cargos e salários em todos os bancos.
- Auxílio-alimentação e refeição
após a aposentadoria.
Emprego
- Jornada de 6h com 15min de
pausa, dentro da jornada.
- Defesa do emprego formal
com os direitos da CCT para
toda a categoria. Exemplo: correspondentes.
- Garantia de emprego e treinamento nos processos de fusão.
- Contratação de 5% de reabilitados e deficientes por região ou
estado.
- Na CCT ratificação da conven-
ção 158 OIT – evitar demissão
imotivada.
- Fim da discriminação de ascensão profissional e migração ao
PCCS do BB aos empregados de
bancos incorporados, adesão a
novos planos e quadros de carreira, sem abrir mão de direitos
adquiridos.
Exemplo: mudança do Besc para
o BB; CEF Reg/Replan não saldada
- Cumprimento da CCT anterior.
Exemplo: contratações BB e CEF.
- Aumento do número de trabalhadores nos bancos em percentual de contratação.
- Adicional de periculosidade e
risco de vida para todos os funcionários de agências, postos de
serviço ou setores de risco (de
30% a 40% do salário).
- Inclusão do adicional de insalubridade aos caixas executivos,
tesouraria e SAA (Sala de Autoatendimento).
Saúde do trabalhador e Segurança Bancária
- Seguro saúde pago pelo funcionário, que a seguradora seja
acionada e pago prêmio quando
da emissão da 1ª CAT COD. 91,
- Auxílio-doença. Quando da
concessão do auxílio doença,
que a estabilidade atual de dois
meses seja estendida para 24
meses, quando do retorno.
- Auxílio acidente do trabalho
COD 91, que a estabilidade seja
estendida até a aposentadoria.
- Plano médico. Cobertura total
para todo o tipo de tratamento
que o funcionário venha a necessitar com reembolso de das
despesas médicas, remédios e
tratamento inclusive tratamentos alternativos.
- Atendimento psicológico sem
limite.
- Plano de saúde. Isonomia de
tratamento para todo o funcionário residente no interior,
caso não seja assistido que seja
estendido e contrato assistência
a outros Planos (Unimed, etc.) na
falta.
- CIPA. Nos locais onde não contempla a norma segundo a NR5
deverá ser eleito um agente de
saúde.
- Assédio moral. Seja acionado o
assediador, chefia, superintendente e diretor juntamente com
representante do sindicato e do
Ministério do Trabalho.
- Criação de comissão Tripartite
para reabilitação do afastado
por doença ocupacional com o
sindicato, Contraf e INSS equipe
multidisciplinar.
- Criação de um banco de dados
informando quando da admissão do funcionário, o quadro
de saúde, em que deverá ser
alimentado todos os dados
clínicos no decorrer da atividade
bancária juntando com o sindicato com o sistema em conjunto
com o banco. Integrado apresentando nexo técnico acidente
do trabalho e doenças ocupacionais.
- Gestante. Que seja estendido o
auxílio vale alimentação e auxílio-refeição durante o período
pós-gestação.
- Plano vitalício. Constatado
acidente do trabalho (COD
91) nos casos irreversíveis que
seja concedido pelo banco ao
funcionário afastado plano de
saúde vitalício e pensão vitalícia.
- Transporte de valor com a segurança necessária.
Sistema Financeiro
- Reivindicar junto à CONTRAF a
realização de uma campanha de
mídia atacando a imagem dos
bancos que atuam na economia
brasileira.
- Reivindicar junto à CONTRAF
a organização de um amplo debate acerca do papel do sistema
financeiro nacional, visando a
realização de um plebiscito e
uma Conferência Nacional sobre
o tema.
- Lutar para ampliar a representatividade do conjunto dos
trabalhadores no conselho monetário nacional.
- Combater a política adotada
pelos bancos públicos no tocante aos correspondentes
bancários e às demais formas
de terceirização dos serviços
bancários.
- Que a discussão sobre o sistema financeiro seja permanente,
e não ocorra somente durante a
campanha salarial.
- Pela estatização do sistema financeiro sob controle social dos
trabalhadores, a começar pela
reversão da lógica privatista vigente atualmente na gestão dos
bancos públicos nacionais.
Pela regulamentação do artigo
192 da Constituição já!
Fotos Magali Moser
Presidente do Seeb, Leandro Spezia, apresentou propostas
Debates e discussões marcaram o encontro
6
agosto de 2010
Memórias da categoria
50 anos de lutas e conquistas em defesa
dos bancários de Blumenau e região
15 de setembro de 1960. Mas até 1995, os trabalhadores de muita união da categoria e
A data marca a fundação do de ins-tituições financeiras não intensos processos de mobiliSindicato dos Empregados em viam esse lucro. A partir daí, a zação, organizados pelo moviEstabelecimentos Bancários de Participação nos Lucros e Resul- mento sindical bancário. Muitas
Blumenau e Região (Seeb) que tados (PLR) foi incluída em con- vezes, bancários enfrentaram a
se consolida pela defesa da ca- venção nacional. A luta contra intolerância e a truculência dos
tegoria ao lonArquivo SEEB banqueiros,
que não resgo dos 50 anos
peitaram o
de atuação. A
direito de
entidade ganha
livre manidestaque tamfestação
bém na luta
dos trabapor uma solhadores.
ciedade
difeOs
últirente, em que a
mos anos
prioridade não
têm
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seja o avanço
m
a
r
c
a
d
os
econômico,
pelos
enmas a melhoria
frentamenda consciência
tos às fusões
social.
de bancos
A moprivados
bilização
da
Bancários da região sempre participaram de encontros nacionais
e reestrucategoria resulturações
de
bancos
públicos.
As
tou em conquistas ao longo da a discriminação no ambiente de
história. Em 1933, bancários con- trabalho passou a ser contempla- lutas contra o assédio moral, as
quistaram a jornada de seis ho- da na convenção de 2001. O ano doenças ocupacionais, excesso
ras, após muita pressão e denún- de 2004 entrou para a história de metas, estresse, fortaleceramcias de um ambiente de trabalho como o palco da primeira cam- se, assim como assembleias, reupropício a causar doenças. A ela, panha nacional unificada entre niões no local de trabalho, paseguiram-se as lutas para o pa- funcionários públicos e priva- ralisações e greves.
gamento das horas extras (1957) dos. A 13ª cesta-alimentação foi Os direitos adquiridos pelos
e o fim do trabalho aos sábados incorporada a partir da Cam- bancários não foram concedidos
(1963). Em 1990, os bancários panha Nacional de 2007, na Con- por bondade dos patrões, mas,
sim, conquistados a partir da
conquistaram o tíquete alimen- venção Coletiva.
Todas as conquistas da organização e da unidade da catação. Os banqueiros são os patrões que mais lucram no país. categoria bancária resultaram tegoria bancária.
Ajude a recontar essa história!
Arquivo SEEB
A partir desta edição, a
Folha Extra passa a resgatar a
memória e a história dos trabalhadores bancários de Blumenau
e região, neste espaço.
A intenção é relembrar momentos que marcaram a trajetória da
categoria e prestar uma homenagem a você, trabalhador! Afinal, você faz parte dessa história!
Colabore com sugestões pelo
email: [email protected] ou telefone: 3326
3116.
Manifestações marcam história do Seeb, como a passeata nos anos 80
agosto de 2010
7
Assédio Moral
Agência HSBC Centro é líder de denúncia
de assédio moral em Blumenau
A cobrança de metas abu- Os relatos recebidos pelo sindisivas e o assédio moral parecem cato demonstram que os trabanão ter limites no HSBC, agência lhadores estão adoecendo e dão
Centro de Blumenau. Do início a dimensão dos abusos praticado ano até agora, o Seeb Blume- dos pelo banco:
nau e Região já registrou sete “Está insuportável trabalhar no
denúncias de trabalhadores. No HSBC, na agência Centro Blumesmo período, quatro bancári- menau... A cobrança é absurda,
os pediram demissão porque o assédio moral não parou... pelo
não suportaram
contrário,
as situações de
Não aguentamos mais
pressão e huestá
tantas
ameaças,
cobranças
cada
milhação. O sine assédio, precisamos de
dicato já tomou
d i a
providências.
pior.”
ajuda. Por favor!!!
“Não
_
Fizemos
denúncia
no
mais
tantas
Ministério Público do Trabalho aguentamos
e foi dado um prazo de 30 dias ameaças, cobranças e assédio,
para a gerente mudar a sua precisamos de ajuda. Por fapostura. Se a mudança não ocor- vor!!!”
O sindicato condena
rer, o próprio procurador do Ministério do Trabalho entrará qualquer prática de exposição
com representação contra a ge- dos trabalhadores a situações
rente, por assédio moral _ expli- humilhantes e constrangedoras,
ca a diretora de Patrimônio do durante a jornada de trabalho
sindicato, Sônia Regina Pereira e no exercício de suas funções.
de Araújo, bancária do HSBC Condutas abusivas (gesto, paliberada.
lavra, escritos, comportamento,
Magali Moser
Protestos do SEEB denunciaram assédio moral no banco
atitude, etc.) que, intencional e situação.
freqüentemente, fira a dignidade Se você está sendo vítima
e a integridade física ou psíquica de assédio moral, denuncie! Cade uma pessoa, ameaçando seu sos de denúncia de assédio moremprego ou degradando o clima al, excesso de metas e cobranças
de trabalho, devem ser denunci- podem ser feitas pessoalmente,
adas. O sindicato organizou pro- na sede do Seeb, pelo telefone:
testos e manifestações em frente 3326 3116 ou pelo site: www.
ao banco para alertar sobre a bancariosblumenau.com.br
BB descumpre prazo para Sindicato repudia implanapresentar PCCS
tação do PFG na Caixa
O prazo estipulado pelo
próprio Banco do Brasil, durante
a Campanha Nacional 2009, para
apresentar o novo Plano de Carreira Cargos e Salários (PCCS)
venceu dia 30 de junho e até
agora os trabalhadores esperam
por uma proposta. A postura do
BB demonstra o desrespeito do
banco e a falta de compromisso
da direção da instituição com
os acordos firmados na mesa de
negociação.
_ Só com uma forte mobilização
de todos os funcionários conseguiremos pressionar o banco
para cumprir o acordo_ defende a vice-presidente do Seeb
Blumenau e Região, Nilse Rigo
Noriller, liberada pelo BB.
O plano de carreira dos
funcionários do BB foi imposto
em 1997 e continua vigente. Um
dos principais problemas está no
desrespeito à jornada de seis horas e na lógica do piso salarial rebaixado junto com a valorização
exclusiva das funções comissionadas, o que abre brechas para a
prática do assédio moral.
O plano odontológico também
deveria ter sido implantado em
janeiro.
Com a campanha nacional, os trabalhadores do BB têm
motivos de sobra para lutar por
respeito e melhores condições
de trabalho. A campanha é o
grande momento para mostrar
sua insatisfação!
A Caixa Econômica Federal implementou dia 1º de
julho o novo Plano de Funções
Gratificadas (PFG). Na avaliação
do sindicato, o novo plano representa o autoritarismo e a vontade unilateral da empresa.
A maioria dos empregados teve
sua transferência automática
para o novo plano. Aqueles que
optaram pela redução da jornada, de 8h para 6h, enfrentam um
impasse diante da perda salarial.
A mudança vale desde 1° de julho.
De nada adiantaram as
diversas tentativas do movimento sindical em negociar a
proposta construída com o conjunto dos empregados sobre
uma nova estrutura para cargos
comissionados na CEF. O banco
implementou de forma unilateral o seu Plano de Funções Gratificadas (PFG) em substituição ao
Plano de Cargos Comissionados
(PCC), em vigor desde 1998. Com essa política, a CEF, em vez
de garantir a isonomia entre os
seus empregados, cria novas distorções para quem já está hoje no
PCC e quem vier a obter função.
_ Já esperávamos esse tipo de atitude da direção da Caixa, vide
a campanha salarial do ano passado. Mais uma vez, os verdadeiros problemas dos empregados não são resolvidos _ afirma
o presidente do Seeb Blumenau e
Região, Leandro Spezia.
8
agosto de 2010
Mobilização popular
Justiça obriga Consórcio Siga a
reembolsar passageiros
O governo João Paulo
Kleinübing amarga mais uma
derrota. O juiz da Vara da Fazenda Pública, Osmar Tomazoni, condenou o Consórcio Siga,
responsável pelas empresas de
ônibus do transporte coletivo
urbano municipal, a restituir os
usuários do transporte coletivo
os valores pagos a mais durante
os seis dias em que foi cobrado o
reajuste, em fevereiro.
A decisão foi divulgada
no início de julho e comemorada
pelo Fórum dos Movimentos Sociais e Fórum dos Trabalhadores
de Blumenau, que reúne mais
de dez sindicatos na cidade. As
entidades organizaram uma
panfletagem sobre o tema dia 21
de julho, nos terminais urbanos.
Na sentença, o juiz anulou o decretou que aumentou o
valor da tarifa e apontou ilegalidades no decorrer do processo.
Em 3 de fevereiro, a passagem
dos que pagam com o uso do
cartão Siga sofreu um reajuste
de R$ 2,30 para R$ 2,55 – um aumento de 10.86%.
A decisão do juiz foi
baseada em duas ações civis
públicas: uma da Associação
Catarinense de Defesa dos Direitos Constitucionais (ACDC) e
outra de autoria da Associação
dos Moradores da Rua Coripós e
Adjacências. Para as entidades, o
reajuste é excessivo, superior aos
índices inflacionários.
Como será praticamente
impossível devolver o dinheiro
Arquivo SEEB
Comunidade mostrou sua força em passeatas e mobilizações
para cada usuário que pagou os
R$ 0,25 a mais pela passagem entre 19 e 24 de fevereiro, uma das
possibilidades é que o valor total
da restituição seja aplicado em
um fundo coletivo.
Empresa Foz do Brasil retoma obras de esgoto
Apesar das irrelugaridades apontadas pelo próprio
Ministério Público e Comitê
Contra a Privatização do Esgoto,
o Tribunal de Justiça do Estado
autorizou a retomada das obras
de esgoto pela empresa Foz do
Brasil, vencedora do processo de
concessão do serviço à iniciativa
privada. Casos de privatização
Magali Moser semelhantes
adotados em
todo o país
mostram
que o valor
das
tarifas
sofre inevitavelmente
um aumento
após
esse
processo.
Além disso,
a
maneira
foi
Pressões da população não impediram a privatização como
conduzido o processo em Blumenau, sem a participação da
comunidade e de forma totalmente intransigente por parte do
governo João Paulo Kleinübing,
também chama a atenção.
Sob protestos e vaias, os
vereadores cederam às ameaças
do Executivo e aprovaram dia
11 de maio o projeto de lei da
privatização. Foram oito votos
favoráveis. O juiz Osmar Tomazoni concedeu liminar dia 14
de junho que suspende o contrato de concessão do sistema de
tratamento de esgoto à empresa
Foz do Brasil. As irregularidades
cometidas no decorrer do processo de privatização já haviam
sido denunciadas pela promotoria e pelo Comitê Contra a
Privatização. Dia 13 de julho, o
desembargador substituto do
Tribunal de Justiça do Estado,
Domingos Paludo, emitiu decisão aceitando os argumentos
da empresa vencedora da licitação. O presidente do Comitê,
Márcio Lueders, lembra que a
entidade não é contrária à ampliação do saneamento básico
na cidade, que hoje se resume
a apenas 4.86% do município,
mas defende a manutenção da
autarquia como patrimônio blumenauense para impedir que a
população pague a conta, mais
uma vez.
VOZ BANCÁRIA é o programa de rádio do SEEB Blumenau e Região transmitido ao
vivo pela Rádio Comunitária Fortaleza Adenilson Teles, terças-feiras às 10 horas. O
programa traz à pauta assuntos de interesse dos bancários e do público que utiliza os
serviços bancários em Blumenau. Participe você também pelo telefone 47 3378-4093,
ou envie ideias e sugestões de pauta para o e-mail: [email protected]
Você pode acompanhar também pelo site: www.comunitariafortaleza.com.br
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Conheça o índice e o que foi discutido nas Conferências Estadual e