Professor João Galdino
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O ovário é saliente na cavidade pélvica, mas o seu
peritônio "visceral" transforma-se em epitélio
germinativo,
continuo
com
mesotélio
do
mesovário.
Ao corte, o ovário apresenta córtex e medula,
central, de conectivo, vasos e nervos, continuam
com mesovário.
Os ovários são as glândulas sexuais femininas
que produzem os óvulos e os hormônios sexuais
femininos: estrógenos e progesterona.
A superfície dos ovários está coberta por
cavidades chamadas folículos.
Cada folículo produz um óvulo.
- O óvulo é uma célula reprodutora feminina.
É muito maior que o espermatozóide e
movimenta-se com dificuldade.
- O óvulo tem capacidade reprodutora durante
as vinte e quatro horas seguintes à sua saída
do ovário.
- O desencadeamento da ovulação é
determinado por hormônios produzidos pela
hipófise
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Trompas de Falópio
- Dois canais compridos e estreitos que
captam os óvulos quando saem do ovário e os
conduzem ao útero.
- O óvulo saído do folículo é aspirado pela
Trompa de Falópio correspondente.
-Permanece aí durante um curto período durante
o qual se encontrar um espermatozóide origina
um ovo que se instala no útero.
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Assim em anteroversão, o útero eleva-se em entre a
bexiga, na frente, e o reto, atrás.
A distensão de um ou de outro muda a posição do
útero.
A parte superior do útero é coberta pelo peritônio, que
desce entre ele e aqueles vizinhos, formando as
escavações medianas uterovesical e útero-retal da
cavidade pélvica.
Internamente, o útero consiste em uma cavidade
revestida por uma mucosa, o endométrio, que aumenta
de volume no momento da ovulação por influência do
corpo lúteo. Após romper-se o folículo e sair o óvulo,
forma-se o chamado corpo lúteo
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O
corpo
lúteo
segrega
um
hormônio,
progesterona, que faz com que a parede mucosa
do útero, endométrio, aumente de volume
preparando-se para receber o ovo.
Partes do útero: Acima dos óstios tubários, o útero
é arredondado em sua parte mais expandida, o
fundo.
A parte principal, o corpo, desce posteriormente
até outra mais estreita, o istmo.
Por fim, a cérvix ou colo, cilíndrica, penetra na
vagina pelo extremo superior desta, em cuja
cavidade se abre o óstio do útero.
-Na nulípara, o óstio é arredondado, mas na
mulher que teve filhos é uma fenda transversa
irregular com lábios anterior e posterior.
- O colo do útero é a zona que une o útero à
vagina, através de uma passagem chamada
canal cervical.
- Por ação de um hormônio, o estrogênio, o colo
do útero durante a ovulação produz um liquido
viscoso que favorece a progressão dos
espermatozóides para as trompas de Falópio.
-O colo do útero tem uma grande capacidade de
dilatação que é regulada a nível hormonal e se
manifesta no momento do parto, pois a criança
ao nascer tem de passar através dele.
-O útero é móvel, mas relativamente contido por
pregas peritoneais, ligamentos e pressão dos
órgãos vizinhos.
- Suas fáscias ligam-se às da bexiga e reto; o
apoio embaixo é dado por várias amarras que
os suspendem sobre a vagina e diafragma
pélvico.
-O ligamento largo é uma prega transversal de duas
lâminas peritoneais estendida da margem lateral
do útero à parede lateral da pelve.
-Em sua parte alta e anterior, apresenta o ligamento
redondo que sai logo adiante da tuba uterina.
-Daí dirige-se ao canal inguinal atravessa a parede
abdominal e termina no lábio maior da vulva.
-Da cérvix saem fitas fibrosas para diante, para trás e
para os lados. Estes ligamentos dão fixação
apenas relativa ao útero em anteroversão. Entre
corpo uterino e cérvix há angulação dita
anteroflexão.
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O
útero
normal
estão
combinadas
anteroversão e anteroflexão.
Mas ele pode estar voltado para cima e para
trás, retroflexão; se sua flexão for posterior,
entre corpo e cérvix, haverá também
retroflexão.
Vagina
- É um tubo fibro muscular que, do vestíbulo, se
alonga para cima e para trás, pelo períneo, até a
pelve.
- É saída ao fluxo menstrual e, com a cavidade
uterina forma o canal do parto.
A luz é forrada por mucosa de epitélio
pavimentoso muito estratificado, levantada por
colunas e rugas.
Situa-se a vagina entre bexiga-uretra, na frente, e
reto, atrás.
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A parte alta da vagina embainha a cérvix uterina
com ela formando um recesso ou fórnix da vagina,
com partes anteriores, laterais e posterior; esta é a
mais profunda e relaciona-se com a escavação
reto-uterina da cavidade peritoneal.
Canal flexível de tamanho variável que vai do colo
do útero até ao exterior.
A vagina, tal como o colo do útero, tem uma
grande capacidade de dilatação, pois permite a
passagem da criança no momento do parto.
Hímem
- O hímen é uma delicada membrana incompleta que protege a entrada da
vagina antes da primeira experiência sexual.
- Na maioria das meninas, o hímen não é uma cobertura total, mas contém
perfurações que permitem a passagem de fluxo menstrual.
-A forma do orifício (ostio himenal) e bordo da membrana (orla himenal), são
os elementos em que se baseiam as classificações do hímen. TÍPICOS
quando possuem um orifício e ATÍPICOS quando possuem vários ou
nenhum orifício.
Os Típicos compreendem os anular, semilunar e labiado.
Os Atípicos compreendem os imperfurados, os em ponte, os cridiformes e
os crivados.
Neste caso, o fluxo menstrual e/ou as secreções vaginais não podem se
exteriorizar, ficando retidos na vagina e no útero, sendo necessário
intervenção
cirúrgica
para
correção.
Uretra feminina
- A uretra feminina é bem mais curta e simples do
que a masculina.
- É retilínea para baixo e para diante, a partir do
seu óstio interno da bexiga; atravessa os
diafragmas pélvico e urogenital.
- Corre anteriormente à vagina e termina no
vestíbulo, por seu óstio externo.
Os testículos : são órgãos pares e ovóides. Após a
puberdade produzem os espermatozóides e
secretam hormônio, que é responsável pelas
características sexuais masculinas secundárias
(pêlos, voz grave, massa muscular, ejaculação,
etc.).
O epidídimo: é uma estrutura em forma de C, a
qual se prende ao testículo. Sua função é
armazenar os espermatozóides.
O ducto deferente : é um canal que leva os
espermatozóides do epidídimo até o ducto
ejaculatório
As vesículas seminais: são duas bolsas em forma de saco que
produzem parte do líquido seminal. Têm aproximadamente 5 cm
de comprimento.
A próstata é composta por músculo liso, tecido fibroso e contém
glândulas. Sua secreção é responsável pelo odor característico do
sêmen. Localiza-se atrás da bexiga. Seu tamanho é variável,
medindo transversalmente 4 cm, verticalmente 3 cm e tem 2 cm
de profundidade.
As glândulas bulbouretrais são duas estruturas de forma arredondada
que se encontram na uretra. Secretam uma substância
semelhante ao muco, cuja função é limpar o canal da uretra por
onde passa também a urina - cujo pH é básico - e neutralizar o pH
do canal graças a sua composição ácida (ácido siálico), além de
lubrificar o caminho dos SPTZs.
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Os órgãos genitais masculinos externos são o escroto (que
contém os testículos) e o pênis.
O escroto: é uma bolsa localizada atrás do pênis e dividida em dois
compartimentos, cada qual com seu testículo e epidídimo.
Frequentemente, o compartimento esquerdo está um pouco mais
baixo que o direito. A sua pele é fina, contém poucos pêlos e
muitas glândulas sudoríferas e sebáceas.

O pênis : Consiste em uma raiz e um corpo. A raiz é a parte fixa
do pênis e o corpo é a parte livre ou pendular do órgão. A glande
do pênis está separada do resto do corpo pelo colo da glande.
Uma camada dupla de pele passa do colo para a glande, para
cobri-la. É o prepúcio, retirado por cirurgia em alguns homens
(circuncisão ou cirurgia de fimose).
- Pelo interior do pênis desliza a porção terminal
da uretra, conduto pelo qual se expulsa a
urina e o esperma. O pênis é constituído
internamente por duas estruturas cilíndricas,
ou corpos cavernosos situados de cada lado.
E uma estrutura por baixo que é o corpo
esponjoso que alberga a uretra. Dentro de
cada corpo cavernoso há uma artéria
cavernosa que, mediante suas ramificações,
enche de sangue as ditas estruturas no
momento da ereção.

2.1 Miccional

Desde a primeira menstruação (menarca) até à
última menstruação (menopausa), de quatro
em quatro semanas aproximadamente, um
folículo de um ovário aumentará de tamanho,
rompendo-se e dele sairá um óvulo que
amadurece em poucas horas. Este processo
tem lugar alternadamente num e noutro ovário,
ou seja, um mês trabalha o ovário direito no
mês seguinte o ovário esquerdo.
Antes do nascimento, já se formaram nos ovários
todos os ovócitos da vida daquela pessoa.
Calcula-se entre 40 mil a 400 mil, muito mais
numerosos do que os liberados para fecundação
durante a vida fértil da mulher.
Até à puberdade, essas células permanecerão
imaturas, quando então iniciar-se-á o processo da
ovulação.
- Os ovócitos, imaturos, envoltos por epitélio folicular
pavimentoso simples, formam os folículos
primordiais, situados no córtex, sob o epitélio
germinativo
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De regra, só um folículo atinge maturação completa
por mês lunar, entre a puberdade e a menopausa,
geralmente alternado de um ovário ao outro.
Ao crescerem os folículos, seus epitélios prolifera em
numerosas camadas de células poligonais, entre as
quais se acumula líquido folicular com hormônio
estrógeno.
Um deste chega a folículo maduro com ovócito muito
crescido, atinge tamanho grande, levanta o epitélio
germinativo, com formação sística saliente.
No folículo maduro, o ovócito primário divide-se uma
primeira vez, com redução do número dos
cromossomos
para
a
metade
e,
havendo
espermatozóides na região, divide-se uma segunda
vez.
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Destas duas divisões, só uma das células cresce; as
outras (corpos polares) degeneram.
Célula muito grande, o óvum (ovóide) é envolto por
espessa zona pelúcida e rodeado por massas células
foliculares, a um lado do antro folicular.
Ao ocorrer à ovulação, pela ruptura do folículo, o ovo,
rodeado pela coroa radiada, flui com o líquido folicular
para a abertura da tuba uterina, ou cai na cavidade
pélvica.
Liberado o óvulo, as paredes do folículo colapsam e
suas células modificadas o transformam em corpo
lúteo, que passa a secretar outro hormônio, a
progesterona; esta levada pela circulação prepara a
mucosa do útero para a recepção do ovo fertilizado.
- Desde o momento em que se produz a ovulação
existem duas possibilidades: Se produzir a
fecundação, o ovo aninha-se na parede do útero e
desenvolve-se uma gravidez. Neste caso não
diminui a produção de hormônios ováricos.
-Se não se produzir fecundação: diminui a produção
de hormônios ováricos e como conseqüência sai
para o exterior parte da mucosa do útero
juntamente com o óvulo e um pouco de sangue.
- Esta saída chama-se menstruação ou período, e
tem a duração de três a cinco dias ou mais.

Anexo
- As glândulas mamárias se distribuem por todo
o seio, ainda que dois terços do tecido
glandular se encontram nos 30 mm mais
próximos à base do mamilo
-
Os homens também possuem glândulas
mamárias e mamilos, mas não há produção de
leite devido à falta do hormônio feminino
estrogênio

A primeira indicação de uma glândula mamaria
é encontrada sob a forma de um
espessamento em faixa da epiderme que é a
linha mamária ou a crista mamária. Essa linha
se estende de cada lado do corpo da base do
membro anterior à região do membro posterior
em um embrião de sete semanas, salientandose de que essa linha desaparece com o tempo,
mas pequena parte dela persiste na região
torácica e penetra no mesênquima subjacente.
Cada glândula mamária é uma elevação
hemisférica
coberta
de
pele
localizada
superficialmente aos músculos peitorais maiores.
Logo abaixo do centro de cada glândula mamária
há um mamilo saliente rodeado por uma aréola
circular. A aréola apresenta muitas pequenas
elevações devidas à presença de numerosas
glândulas sebáceas grandes chamadas glândulas
areolares. Estas produzem uma secreção serosa
com a função de prevenir as rachaduras do
mamilo durante a amamentação.

Internamente, a periferia de cada glândula
mamária é constituída de tecido adiposo
mantido
por
um
estroma
conjuntivo.
Centralmente, há de 15 a 20 lobos, cada um
deles consistindo numa glândula tubuloalveolar
composta separada. Cada lobo é drenado por
um ducto lactífero, que se abre no mamilo.
Logo antes de alcançar o mamilo, cada ducto
lactífero
expande-se
em
pequenos
reservatórios de leite chamados cada um de
seio lactífero.
As glândulas mamárias começam seu
desenvolvimento após a puberdade, quando
ficam expostas às estimulações cíclicas por
estrógeno e progesterona. Aumentam em
tamanho durante a gravidez e alcançam seu
tamanho máximo durante a amamentação.
Durante a gestação as glândulas mamárias
sofrem intenso crescimento pela ação de
vários hormônios, principalmente estrógenos,
progesterona,
prolactina
e
lactogênio
placentário. Uma das ações desses hormônios
é o desenvolvimento de alvéolo - conjuntos
esféricos de células epiteliais que tornam as
estruturas ativamente secretoras do leite na
lactação. Quatro a seis células mioepiteliais de
forma estrelada envolvem cada alvéolo, que
tem funções extremamente importantes.

Durante a lactação, o leite é produzido pelas
células dos alvéolos e se acumula no lúmen
destes e dentro dos ductos galactóforos (Imagens
1 e 2).

O leite é composto principalmente de lipídios,
proteínas do leite e lactose (açúcar do leite).
Estes componentes são sintetizados pelos
retículos endoplasmáticos lisos (que sintetizam
lipídios) e rugosos (que sintetizam principalmente
proteínas), como detalhado na Imagem 3.
Imagem 1 - Desenho Esquemático de um mama feminina mostrando as glândulas
mamárias.
Imagem 2 - Aumento da glândula mamária em lactação.
Imagem 3 - Desenho Esquemático das células secretoras da glândula mamária. Note o
acúmulo e a expulsão de lipídios e proteínas, constituintes principais do leite materno.
Obs.: Imagens adaptadas do livro Junqueira e Carneiro
A primeira secreção das glândulas mamárias
após o parto é chamada de colostro. Ele
contém menos gordura e mais proteína que o
leite regular e é rico em anticorpos, que
fornecem algum grau de imunidade passiva ao
recém-nascido, especialmente na luz intestinal.


É importante (e interessante) saber que quando
uma mulher está amamentando, a ação mecânica
da criança no mamilo estimula receptores táteis,
resultando na liberação de oxitocina, hormônio
que causa a contração das células mioepiteliais
nos alvéolos e ductos, resultando a expulsão do
leite (reflexo ejetor do leite). Quando a mulher
sofre estímulos negativos como frustração,
ansiedade ou raiva, a liberação de oxitocina
pode ser inibida, e conseqüentemente a expulsão
do leite pode ser prejudicada.

3.1 Período Gestacional
1. Progesterona : redução da tonicidade da
musculatura lisa; aumento da temperatura e
gordura corpórea; preparação das mamas;
estimula o centro respiratório; ...
2. Estrógenos : retenção hídrica; flexibilidade
das articulações; preparação para a lactação;
...
3. Relaxina : estudos demonstram ação sobre o
colágeno; relaxamento da sínfise púbica e
articulação sacral;
4. HCG : diagnóstico da gestação;
5. HPL (hormônio lactogênio placentário) = papel
metabólico na mobilização dos lipídios sob a
forma de ác. graxos livres; relação com a
glicemia;
1. Ação dos hormônios: estrógenos, progesterona
e relaxina
2. Crescimento do utero-abdominal e das mamas
3. Alteração do centro de gravidade
4. Sobrecarga nos pés – freqüentemente na região
do calcâneo há queixa de dor
5. Ampliação do polígono de sustentação
6. Diminuição do arco longitudinal medial
7. Hiperextensão dos joelhos
8 Maior flexibilidade das articulações na
região sacroilíaca e sínfise púbica
9 Anteroversão pélvica
10 Aumento da lordose lombar
11. Frouxidão ligamentar e instabilidade
articular
12. Diástase do reto abdominal
13 Algias lombopélvicas
1. Horizontalização do sacro;
2. Hiperlordose lombar;
3. Retificação lombar;
4. Hipercifose torácica;
5. Distúrbios da dobradiça T12 – L1
6. Cifose C7 – T1
7. Hiperlordose cervical
8. Retificação cervical
1. Retenção Hídrica
2. Aumento do volume plasmático =
hemodiluição (+/-40%)
3. Aumento do volume das hemácias (+/- 30%)
4. Aumento do débito cardíaco em 30%
5. Vasodilatação periférica
6. Diminuição da resistência periférica
7. Compressão da veia cava inferior
8. Edema em membros inferiores
1. Aumento da freqüência respiratória
2. Aumento da capacidade inspiratória x
decréscimo do volume residual funcional
3. Aumento da ventilação devido a elevação do
metabolismo e dos níveis de progesterona
4. Aproximação do fundo uterino – deslocamento
do diafragma para cima em torno de 4 cm
5. Ação do hormônio relaxina nas junções
costocondrais
6. Dispnéia
7. Rinite associada com edema de mucosa,
hiperemia e hipersecreção (estrógenos +
efeitos indiretos do vol. sanguíneos
1. Gengivas hiperemiadas e amolecidas
2. Salivação aumentada
3. Horizontalização do estômago
4. Pirose
5. Retardo do esvaziamento gástrico
(diminuição da motilidade)
6. Constipação intestinal
1. Compressão da bexiga
2. Alteração do ângulo uretrovesical
3. Aumento da pressão intra-abdominal
4. Fluxo plasmático renal aumentado
5. Taxa de filtração glomerular aumentado
6. Aumento da freqüência urinária
1. Hipercromia gravídica : cloasma gravídico
2. Aumento da atividade das glândulas
sudoríparas e sebáceas
3. Aumento de pêlos
4. Linha nigra
5. Estrias
MECANISMO DO PARTO
“Na migração através do canal parturitivo,
impulsionado pela contratilidade uterina e da
parede abdominal, é o feto compelido a
executar certo número de movimentos cujo
conjunto constitui o mecanismo do parto.”
TEMPOS DO MECANISMO DO PARTO
-Encaixamento ou Insinuação
- Descida
- Rotação Interna da Cabeça
- Desprendimento da Cabeça
- Rotação Externa da Cabeça simultânea com a
Rotação Interna dos Ombros
- Desprendimento dos Ombros

TEMPOS CLÍNICOS DO PARTO
- Período Premunitório = descida do fundo uterino,
adaptação do pólo proximal do feto ao estreito
superior, aumento das secreções das glândulas
cervicais, eliminação do muco, início das
contrações.
- Dilatação = contrações uterinas, apagamento do
colo, dilatação cervical.
- Expulsão = início com a dilatação completada e fim
com a saída do feto.
- Secundamento = expulsão da placenta
PUERPÉRIO = PÓS-PARTO
# ESTÁDIOS DO PUERPÉRIO
- Pós-parto Imediato = 1° ao 10° dia após o parto;
- Pós-parto Tardio = 10° ao 45° dia;
- Pós-parto Remoto = além do 45° dia.
Pós-Parto Imediato = prevalecem fenômenos
involutivos das estruturas hipertrofiadas ou
hiperplasiadas na gestação principalmente a
involução
uterina.
Hemóstase
da
ferida
placentária. Eliminação dos lóquios. Início da
lactação.
Pós-Parto Tardio = é o circuito biológico em
que todas as funções começam a ser
influenciadas pela lactação. Involução uterina
ainda em curso. Lóquios sero-sangüinolentos
Pós-Parto Remoto = duração imprecisa, útero em
involução, lactação. Retorno da menstruação
COMPLICAÇÕES DO PUERPÉRIO
- Infecção Puerperal
- Hemorragias pela permanência de restos
placentários
- Distopias = roturas perineais, incontinência urinária
- Mastite puerperal
- Melancolia da maternidade
- Depressão Pós-parto
- Síndrome do Pânico Pós-parto
Os exercícios selecionados para o período gestacional
são exercícios de fortalecimento e relaxamento para a
musculatura perineal, membros superiores e inferiores;
exercícios de correção postural para favorecer o
equilíbrio corporal da gestante; técnicas de respiração
e exercícios metabólicos para prevenir transtornos
circulatórios.
- Os exercícios podem ser realizados de forma individual
ou em grupo. A atividade individual é indicada
principalmente para as gestantes que sentem algum
desconforto ou dor muscular devido à gestação.
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Prescrição médica. Para qualquer atividade física
com gestantes são necessárias sempre as
prescrições e avaliações médicas, sem isso o
profissional estará sujeito a correr risco
desnecessários. O médico deverá especificar as
atividades que a gestante não deve executar e a
intensidade ideal para o trabalho.
Não objetivar o condicionamento físico, não
aumentar a atividade física de antes da gravidez.
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Realizar exercícios que não levem à fadiga,
com duração de no máximo 30 minutos de
atividade vigorosa, sempre entre 50% e 70%
da capacidade máxima da gestante. Durante a
atividade com as gestantes, o cuidado para
não cansá-las é essencial e deve ser uma
preocupação constante do profissional; a parte
mais “forte” da aula (parte aeróbia) deve ser de
no máximo meia hora e a freqüência cardíaca
não deve exceder a capacidade média
individual de cada aluna.
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Manter a freqüência cardíaca até no máximo
140 bpm; cada gestante tem seu limite de
batimentos cardíacos prescritos pelo médico,
de acordo com seu histórico médico. Algumas
devem trabalhar até máximo110 a 120 bpm (as
que têm gravidez consideradas de risco:
hipertensas, idade avançada, placenta prévia.)
Realizar as atividades de 2 a 3 vezes por
semana, no mínimo, com duração de no
máximo 90 minutos.
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Evitar o aumento na temperatura corporal (evitando
lugares muito quentes e água no máximo a 32 graus no
inverno). Durante a atividade , a temperatura do corpo
tende a subir; se o ambiente ou a água estiverem muito
quentes poderá ocorrer na gestante uma hipertermia (ex
Deve-se evitar roupas muito pesadas ou quentes.
Ressalta-se que as diferenças ambientais e climáticas
também devem ser levadas em consideração, bem como
a época do ano: inverno ou verão. Em São Paulo, por
exemplo, a temperatura da água pode ser mais elevada,
por volta dos 31 graus no inverno e 29 no verão; já no
Nordeste, deve ser mantida em no máximo 28 graus no
inverno e 26 no verão.
-Os exercícios incluem alongamento e parte aeróbica, que
trabalham todos os músculos doe forma global, dando
assim um maior condicionamento físico para a gestante,
assim como o fortalecimento de muscular, como
- Exercícios de equilíbrio à gestante, já que há uma alteração
do centro de gravidade
- Exercícios respiratórios
O contato com a água é ao mesmo tempo estimulante e
relaxante.
Em geral, as gestantes estão liberadas para a
hidroginástica após o terceiro mês de gestação,
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Evitar alto impacto, mudanças bruscas de
direção e exercícios de duração muito longa.
- Trabalhar o alongamento sem chegar ao limite
máximo
da
resistência.
- Trabalhar o equilíbrio na água de forma lenta e
gradativa.
- Evitar elevações da perna à frente e ao lado
muito
repetitivamente
(em
função
do
encurtamento da musculatura do quadríceps).
- Evitar flexões e extensões articulares
(frouxidão
ligamentar).
- Checar o pulso da gestante a cada 5 minutos,
durante
atividade
cardiovascular.
- Ensinar a forma correta de entrar e sair da água
(sempre
utilizando
a
escada).
- Evitar exercícios com muita amplitude articular
(respeitar o limite individual).
- As alterações biomecânicas são peças fundamentais para a
-
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escolha dos exercícios
O aumento do volume abdominal gera uma série de
sobrecargas, sendo mais evidente a tensão sobre a
musculatura
e
estruturas
dorsais
e
abdominais,propiciando a lombalgia da gestante.
Os movimentos sugeridos deverão auxiliar a gestante a
trazer o bebê o mais próximo possível da coluna para
minimizar as alavancas.
O Trabalho é realizado através do estímulo à consciência e
fortalecimento abdominal, especialmente do transverso do
abdomem e conscientização, mobilização e alongamento
da musculatura dorsal.
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O aumento compensatório da cifose torácica será
minimizado com a prática de extensões e flexões
laterais, contribuindo para a manutenção de uma
boa postura.
Exercícios de bombeamento e alongamento de
membros inferiores também entram no plano de
aulas com objetivo de incrementar o retorno
venoso e reduzir os espasmos( cãibras)
Todo o trabalho deve ser acompanhado por
orientações à respiração eficiente, rítmica e
relaxante.
- A introdução do trabalho de assoalho pélvico
deverá ser uma base nas aulas de Pilates para
Gestantes. É necessário que se estimule o
trabalho de consciência da região, para que força
de sustentação (evitando incontinências) e
completo relaxamento, para preparação para o
parto, coexistam.
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A massoterapia realizada em gestantes alivia
desconfortos e prepara o organismo para o
parto e o período do puerpério.
Melhora o sono, diminui o stress, melhora a
digestão e alivia dores.
Ajuda a reduzir a retenção de líqüidos,
diminuindo os edemas.
A gestante pode ser orientada com técnicas de
automassagem para que seu conforto se
prolongue.
Exerciciospós-parto:
Os exercícios pós-parto para a reabilitação
física da mulher é indicada a partir de 30 dias
após o parto. São enfatizados exercícios de
tonificação muscular do períneo, abdômen,
membros
superiores
e
inferiores,
alongamentos globais, exercícios respiratórios
e posturais.
4.1. Complicações na gravidez
a)Aborto Espontâneo e Concepto Natimorto
b)Gravidez Ectópica
c)Anemias
d)Incompatibilidade de Rh
e)Descolamento Prematuro da Placenta
f)Placenta Prévia
g)Hiperêmese Gravídica
h)Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia
i)Erupções Cutâneas
Um aborto espontâneo é a perda de um feto por
causas naturais antes da 20ª semana de
gestação.
Um concepto natimorto é a perda de um feto por
causas naturais após a 20ª semana de gestação.
O termo aborto é utilizado pelos médicos para
designar tanto o aborto espontâneo como o
aborto induzido (interrupção da gravidez realizada
por um médico).
Terminologia do Aborto
Precoce
Perda do feto antes da 12ª semana de gestação
Tardio
Perda do feto entre a 12ª e a 20ª semana de gestação
Espontâneo
Perda do feto ocorrida naturalmente
Induzido
Interrupção médica da gravidez Terapêutico Remoção do feto para salvar a vida da mãe ou
preservar sua saúde
Ameaça de Aborto
Sangramento ou cólicas nas primeiras 20 semanas da gestação, indicando que o feto está em
perigo
Inevitável
Dor ou sangramento intoleráveis com dilatação do colo útero que indicam a perda do feto
Incompleto
Expulsão de apenas parte do conteúdo uterino ou ruptura das membranas
Completo
Expulsão de todo o conteúdo uterino
Habitual
Três ou mais abortos espontâneos
Oculto
Retenção de um feto morto no útero por 4 semanas ou mais
Séptico
Infecção do conteúdo uterino antes, durante ou após um aborto

Problemas maternos que podem causar um
aborto espontâneo
-Útero anormal
-Colo do útero fraco (incompetente), o qual pode dilatar à
medida que o útero aumenta de volume
-Hipotireoidismo
-Diabetes
-Infecções (p.ex., infecção por citomegalovírus ou
rubéola)
-Uso de cocaína, especialmente o crack
-Lesões
-Deficiências dietética
-
A gravidez ectópica (fora do lugar) é aquela na qual o
feto desenvolve-se fora do útero, seja em uma tuba
uterina, no canal cervical ou na cavidade pélvica ou
abdominal.
- Um antecedente de um distúrbio que afetou ambas as
tubas uterinas, uma gravidez ectópica anterior, a
exposição fetal ao dietilestilbestrol ou a ligadura tubária
(procedimento de esterilização no qual as tubas uterinas
são seccionadas ou obstruídas) são fatores que
aumentam as probabilidades de gravidez ectópica.
As anemias são doenças nas quais o número
de eritrócitos (glóbulos vermelhos, hemácias)
do sangue ou a quantidade de hemoglobina (a
proteína que transporta o oxigênio) contida
nessas células encontram-se abaixo do normal.
O volume sangüíneo aumenta durante a
gravidez, de modo que uma redução moderada
da concentração de eritrócitos e de
hemoglobina no sangue (hemodiluição) é
normal.
Durante a gravidez, a necessidade de ferro (o
qual é indispensável para a produção de
eritrócitos) aumenta para suprir as demandas
da mãe e do feto. O tipo mais comum de
anemia durante a gravidez é a anemia
ferropriva (por deficiência de ferro), a qual é
geralmente causada por uma quantidade
inadequada de ferro na dieta.
No entanto, este tipo de anemia também
pode ser conseqüência de uma deficiência de
ferro pré-existente decorrente da perda de
ferro durante a menstruação ou de uma
gravidez anterior. Menos comumente, a
anemia é conseqüência de uma dieta
deficiente em ácido fólico (folato), uma
vitamina do complexo B, a qual também é
necessária para a produção de eritrócitos.
A incompatibilidade de Rh é a incompatibilidade
do grupo Rh entre o sangue da gestante e do
feto. Como resultado da incompatibilidade de Rh,
a gestante pode produzir anticorpos contra os
eritrócitos do concepto. Os anticorpos provocam a
ruptura dessas células, causando algumas vezes
a doença hemolítica (um tipo de anemia) no
concepto.
-
O grupo sangüíneo de um indivíduo refere-se às moléculas
localizadas sobre a superfície dos eritrócitos que identificam as
células como exclusivas desse indivíduo. O grupo sangüíneo Rh
inclui algumas dessas moléculas. Uma delas, a Rh0(D), é a que
geralmente causa problemas de incompatibilidade de Rh.
-
Quando os eritrócitos possuem moléculas Rh0(D), o sangue é Rh
positivo. Quando eles não as possuem, o sangue é Rh negativo.
Os problemas ocorrem quando a mãe possui um sangue Rh
negativo e o feto possui um sangue Rh positivo, herdado do pai
que possui um sangue Rh positivo. Parte do sangue do feto pode
entrar em contato com o sangue da mãe através da placenta,
sobretudo no final da gestação e durante o parto.

O organismo da mãe pode considerar os
eritrócitos do feto como substâncias estranhas,
produzindo anticorpos para destruí-los (anticorpos
anti-Rh). A concentração de anticorpos na mãe
aumenta durante toda a gravidez e eles
conseguem atravessar a placenta e chegar ao
feto, onde eles podem destruir alguns de seus
eritrócitos. Como conseqüência, pode ocorrer a
eritroblastose fetal (doença hemolítica do feto) ou
a eritroblastose neonatal (doença hemolítica do
recém-nascido).
Durante a primeira gravidez, o feto ou o
recém-nascido
raramente
apresentará
problemas porque não é comum não ocorrer
um contato significativo entre o sangue do feto
e o da mãe até o momento do parto.
Entretanto, em cada gravidez posterior, a mãe
torna-se mais sensibilizada ao sangue Rh
positivo e, em cada gravidez, ela produz
anticorpos cada vez mais precocemente.
-Normalmente, a placenta está localizada na parte superior
do útero, firmemente aderida à parede uterina. No
descolamento prematuro da placenta, a placenta descola
da parede uterina prematuramente, acarretando
sangramento uterino e reduzindo o aporte de oxigênio e
de nutrientes ao feto.
-Uma mulher que apresenta este quadro deve ser
hospitalizada e o parto pode ocorrer prematuramente. Na
placenta prévia, a placenta está localizada acima do colo
do útero ou próximo dele, na parte inferior do útero.
-Os sintomas incluem um sangramento indolor com início no
final da gestação, o qual pode tornar-se intenso.
Geralmente, o concepto é liberado através de uma
Descolamento Prematuro da Placenta
O
descolamento prematuro da placenta
(abruptio placentae) é o descolamento precoce
de uma placenta em posição normal da parede
uterina, a qual ocorre durante a gestação e
não após o parto.
- A placenta pode descolar de modo incompleto
(às vezes 20 ou 30%) ou totalmente. A causa
do descolamento prematuro da placenta é
desconhecida.
-
O descolamento ocorre em 0,4 a 3,5% de todas
as gestações. As mulheres com hipertensão
arterial, doenças cardíacas, diabetes ou doença
reumatóide e aquelas que fazem uso de cocaína
apresentam uma maior probabilidade de
apresentar essa complicação
A placenta prévia é a implantação da placenta
acima do colo do útero ou próximo dele, na parte
inferior do útero. No interior do útero, a placenta
pode recobrir parcial ou totalmente a abertura do
colo do útero.
- A hiperêmese gravídica (vômito excessivo durante a
gestação), ao contrário do mal-estar matinal normal, é
a ocorrência de náusea e vômito extremamente graves
que causam desidratação e inanição.
- A desidratação provoca alterações perigosas das
concentrações dos eletrólitos no sangue e este tornase demasiadamente ácido. Quando o vômito persiste,
o fígado pode ser lesado, algumas vezes rompendo e
sangrando. Uma outra complicação grave é o
sangramento na retina (retinite hemorrágica), o qual é
causado pelo aumento da pressão arterial durante o
vômito.
- A pré-eclâmpsia, algumas vezes denominada
toxemia gravídica, é a hipertensão arterial
acompanhada de proteinúria (presença de
proteínas na urina) ou de edema (retenção
líquida) que ocorre entre a 20a semana de
gestação e o final da primeira semana pósparto. A eclâmpsia é uma forma mais grave de
pré-eclâmpsia que produz crises convulsivas
ou o coma. A pré-eclâmpsia ocorre em 5% das
mulheres grávidas.
- É mais comum nas primeiras gestações e em
mulheres que já apresentam hipertensão
arterial ou algum distúrbio vascular. A
eclâmpsia ocorre em 1 de cada 200 mulheres
com pré-eclâmpsia e é geralmente fatal,
exceto quando tratada imediatamente.
- A causa da préeclâmpsia e da eclâmpsia é
desconhecida. Um risco importante da préeclâmpsia é o descolamento prematuro da
placenta da parede uterina.
-
Algumas erupções cutâneas ocorrem apenas
durante a gravidez. Elas incluem o herpes
gestacional e a urticária da gravidez.
- Risco é uma palavra que indica probabilidade de lesão, dano ou
perda; e risco gravídico é definido como sendo a oportunidade
de agravos físicos, psíquicos e sociais a que estão expostos a
gestante e o feto.
- Gestação de alto risco é “aquela que tem alta probabilidade de
apresentar uma criança com impedimento físico, intelectual, social
ou de personalidade, que possa dificultar o crescimento eo
desenvolvimento normais e a capacidade para aprender. Este
impedimento pode ser originado no período pré-natal, perinatal ou
pós-natal e pode resultar de influências hereditárias ou ambientais
desfavoráveis, atuando em separado ou em combinação.
INDICAÇÃO DE ALTO RISCO
a)Fatores individuais e sócio econômicos
. idade materna menor do que 17 anos ou maior do que
35 anos
. altura materna menor do que 1,45 m
. exposição a agentes físico-químicos nocivos e estresse
. má aceitação da gestação
. situação conjugal insegura
. baixa escolaridade
.baixa renda
.peso materno inadequado
.dependência de drogas lícitas ou ilícitas
b) História ginecológica e obstétrica anterior
.gestação ectópica
. abortamento habitual
.infertilidade
.anormalidades uterinas
.feto morto ou morte neonatal não explicada . .trabalho de
parto prematuro
.recém-nascido de baixo peso
.neoplasia ginecológica
.cirurgia uterina anterior
hemorragia ou pressão alta em gestação anterior
c) Doenças maternas prévias ou concomitantes
•Cardiopatia
•Pneumopatia Crônica
•Doenças da Tireóide
•Retardo Mental
•Doenças Sexualmente Transmissíveis
•Tumores
•Doenças Psiquiátricas
•Epilepsia
•Doenças Hematológicas
•Infecções
d)Doenças da gestação atual
. crescimento uterino maior ou menor do que o
esperado
.gestação gemelar ou múltipla
.não realização de pré-natal ou pré-natal insuficiente
.hipertensão associada a gestação
.diabete associada a gestação
.ruptura prematura de membranas (ruptura da bolsa antes
de 37 semanas)
.isoimunização (doença do RH)
.ganho de peso excessivo
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Fisioterapia Aplicada a Uro-ginecologia e Obstetrícia