A Europa em movimento Viver melhor na Europa Os benefícios que lhe traz o mercado único da UE União Europeia A presente brochura está disponível em linha, juntamente com outras explicações claras e sucintas sobre a União Europeia, em europa.eu.int/comm/publications/ Comissão Europeia Direcção-Geral da Comunicação Publicações B-1049 Bruxelles Manuscrito concluído em Novembro de 2005 Ilustração da capa: Reporters/Eureka Slide Uma ficha bibliográfica figura no fim desta publicação Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2006 ISBN 92-79-00349-6 © Comunidades Europeias, 2006 Reprodução autorizada Printed in Belgium IMPRESSO EM PAPEL BRANQUEADO SEM CLORO Viver melhor na Europa Os benefícios que lhe traz o mercado único da UE Índice Colher os benefícios 3 Uma fórmula de sucesso 5 Um trabalho em curso 7 O rosto humano 10 Alimentos saudáveis e produtos seguros 13 Concorrência efectiva: alta qualidade a baixo custo 15 Proteger as nossas liberdades 17 Novos desafios 21 Outras leituras 22 2 Colher os benefícios Enquanto europeus, devemos muitas coisas ao mercado único: permite-nos circular com uma liberdade sem precedentes, fazer escolhas de entre uma vasta gama de produtos e serviços e usufruir de níveis superiores de protecção da nossa saúde e segurança. Podemos viver, trabalhar, estudar e passar à reforma no país da UE que entendermos. Na qualidade de cidadãos e consumidores, gozamos de direitos legais que não cessam de aumentar. Desde então, a estrutura de base do mercado único foi reforçada e consolidada. Em consequência, os consumidores gozam agora de preços mais baixos; além disso, dispõem de um leque mais diversificado de serviços, já que os serviços de utilidade pública, como as telecomunicações, o abastecimento de electricidade e gás, foram obrigados a concorrer no mercado e outros, como os transportes aéreos, foram liberalizados. Com a adesão de 10 novos membros à UE em 2004, o mercado único tem agora 460 milhões de consumidores – mais do que as populações combinadas dos Estados Unidos e da Rússia. A maioria da população da UE, um pouco mais de 300 milhões de cidadãos, utiliza uma moeda única, o euro. Todos os cidadãos comunitários beneficiam dos esforços para fazer do mercado único um espaço de liberdade, de justiça e de segurança. Graças ao mercado único, pode trabalhar ou estudar no país da sua escolha. © Bilderbox Eliminar os obstáculos ao mercado único era uma tarefa árdua. Após anos de esforço, as suas quatro liberdades – a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais dentro das fronteiras internas da UE – concretizaram-se em 1993. Mas este foi apenas o princípio, não o fim, de um processo. 3 V i ve r m e l h o r n a E u ro p a O mercado único não afectou a diversidade cultural e linguística de cada país, que continua a ser livre de agir com independência em domínios não abrangidos por normas comunitárias. Para proteger os consumidores e as empresas, vigoram regulamentos gerais simples. Normalmente, são conjuntos de disposições aplicadas ou coordenadas a nível da UE, de modo a evitar a existência de 25 quadros normativos nacionais diferentes e, possivelmente, contraditórios. As liberdades do mercado único aplicam-se aos 25 Estados-Membros, com algumas excepções temporárias. As mais significativas são as restrições de curto prazo ao emprego de cidadãos dos novos Estados-Membros em alguns dos outros países e a manutenção de controlos fronteiriços entre os novos e os antigos membros da UE. A segunda restrição cessará quando os novos Estados-Membros elevarem os controlos fronteiriços nos seus limites a Leste e a Sul aos níveis exigidos para as fronteiras externas da União. A liberdade interna exige segurança externa A possibilidade de circularmos sem restrições de um país para outro dentro da UE depende da aplicação de medidas de controlo eficazes nas fronteiras externas da União. Quando os países já não controlam pessoas nas fronteiras internas, os seus governos e cidadãos têm de estar seguros de que estes controlos estão a ser executados segundo normas comuns e rigorosas nas fronteiras externas da UE. Parte desta responsabilidade passa agora para os países que aderiram à UE em 2004 e que têm de vigiar milhares de quilómetros das fronteiras externas marítimas e terrestres da União, assim como dezenas de aeroportos internacionais. Assim, o apoio financeiro e técnico a esses países, designadamente a participação na rede especializada de informação e de dados da UE, constitui uma prioridade cimeira. 4 Uma fórmula de sucesso A ideia que preside ao mercado único é a imagem da própria simplicidade: tratar a UE como um único território, onde pessoas, capitais, mercadorias e serviços interagem livremente para estimular a concorrência e o comércio, com o consequente aumento da eficiência. A escolha acrescida de bens e serviços contribuirá para aumentar a qualidade e baixar os preços. Esta é a receita de base para a prosperidade. Mas o mercado único é muito mais do que os aspectos económicos. As pessoas podem estabelecer-se no país da UE que escolherem. Podem comprar bens para consumo próprio nos países onde os preços sejam mais baixos do que no seu. Os direitos dos consumidores estão protegidos no mercado único e determinados direitos legais foram adaptados a um contexto transfronteiriço. A UE certifica-se igualmente de que os seus cidadãos não sejam prejudicados por empresas sem escrúpulos que vendem bens ou serviços a preços exorbitantes. As vantagens que as empresas retiram do acesso livre a outros mercados nacionais residem no facto de poderem aumentar as suas vendas, fazer poupanças através de economias de escala e gerar liquidez adicional para o investimento e a inovação. Ao tornar as empresas europeias mais competitivas a nível interno, o mercado único contribui para as colocar em vantagem sobre os seus concorrentes nos mercados globais. Embora o mercado único estabeleça normas exigentes para alimentos e outros bens, o seu objectivo não é criar produtos uniformes e insípidos que sejam idênticos de um extremo da UE ao outro. Pelo contrário. Para preservar a diversidade, pretende-se que as especialidades regionais genuínas continuem a fazer parte da ampla oferta proporcionada aos consumidores. Em Maio de 2005, o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias confirmou o direito dos viticultores húngaros à utilização exclusiva do termo «tokai» para o seu vinho. O tribunal decidiu que «tokai» é uma denominação geográfica protegida associada a uma especialidade regional húngara. A decisão significa que, até 2007, o sector vinícola italiano, que levou o caso a tribunal, deverá ter deixado de utilizar a designação. Entre outros produtos regionais protegidos desta forma contam-se o presunto de Parma (Itália) e o queijo Gouda (Países Baixos). © Reporters/Eureka Slide Promover a diversidade A UE promove as especialidades regionais. 5 V i ve r m e l h o r n a E u ro p a Como tudo começou O mercado único é uma realização fundamental na história da União Europeia. Os seis membros fundadores da UE tinham motivos políticos e económicos quando começaram a suprimir os entraves ao comércio entre si, primeiro para o carvão e o aço, nos anos 50, e mais amplamente após 1958, quando criaram a Comunidade Económica Europeia ou mercado comum. Uma das suas motivações era a concentração dos respectivos recursos industriais e económicos, de forma a que as sangrentas guerras travadas entre esses países, que culminaram na Segunda Guerra Mundial, se tornassem uma coisa do passado. Nisto tiveram êxito. Mas cedo se tornou evidente que, com a supressão das restrições de quotas nas trocas internas e a abolição do pagamento de direitos aduaneiros sobre as importações entre os países envolvidos em 1968, apenas se eliminara um nível de entraves comerciais. É certo que o comércio se intensificou, mas não a um ritmo que permitisse à UE acompanhar os índices de crescimento registados nesse período no Japão e nos Estados Unidos. Menos simples do que parece A supressão dos entraves directos ao comércio na UE revelou muitos outros obstáculos, até então insuspeitados, que ainda restringiam a livre circulação de mercadorias e serviços. Eram os denominados obstáculos não pautais ao comércio, entre os quais se contavam: • normas técnicas diferentes aplicadas por cada país; 6 • processos administrativos contraditórios para o transporte de mercadorias, dos quais resultou a manutenção dos controlos fronteiriços; • variações nas taxas dos impostos e dos impostos especiais de consumo; • e o favorecimento de empresas locais por parte dos governos nacionais, nomeadamente na adjudicação de contratos públicos. Além disso, os monopólios estatais em muitos países da UE deram azo a um desempenho inferior na prestação de serviços públicos de telecomunicações ou de abastecimento de gás e electricidade em mercados nacionais protegidos, com a consequente baixa qualidade e elevado custo para os consumidores desses serviços. Seriam necessários mais 16 anos para a UE dar novo passo em frente. Antes de tomar posse como presidente da Comissão Europeia, em 1985, Jacques Delors, ex-ministro das Finanças francês, compreendeu as muitas potencialidades dinâmicas ainda retidas pelas fronteiras nacionais e mobilizou o apoio dos governos nacionais para as realizar. Teve então início o período febril de seis anos, a partir de 1986, em que a UE adoptou quase 280 novos actos legislativos distintos, com vista a erradicar os obstáculos não pautais e a abrir, finalmente, os mercados nacionais. Todo o programa legislativo estava concluído na data estabelecida – 1 de Janeiro de 1993. A Comissão Europeia estima que o mercado único tenha aumentado a prosperidade da UE em mais de 800 mil milhões de euros e gerado 2,5 milhões de postos de trabalho. Um trabalho em curso Nada é perfeito e o mercado único não é excepção. A abertura dos mercados nacionais à livre prestação de serviços revelou-se mais difícil do que o previsto. Assim aconteceu com uma série de serviços financeiros, profissionais e de transportes. Em outros sectores, algumas pessoas não puderam trabalhar em outro país por este se recusar a reconhecer as suas habilitações profissionais. Sempre que a Comissão Europeia tem conhecimento de situações em que um Estado-Membro não aplica correctamente as regras do mercado único, pode desencadear uma acção judicial contra o país em causa para lhe impor o cumprimento das suas obrigações. A UE tomou também medidas directas para colmatar as lacunas existentes e Melhores condições para o crédito à habitação © Bilderbox A percentagem de pessoas com casa própria é muito díspar entre os países da UE. A decisão de comprar uma casa ou um apartamento é muitas vezes o compromisso financeiro mais caro que assumimos. Estima-se que o montante por liquidar dos empréstimos hipotecários para compra de habitação seja superior a quatro biliões de euros. Uma das prioridades do mercado único consiste em facultar às pessoas em toda a UE o acesso às hipotecas mais baratas nas condições mais favoráveis. Actualmente, muito poucas pesso- Poderá comprar casa num país com o crédito mais barato obtido em outro. as pedem um empréstimo hipotecário em outro país. As hipotecas transfronteiriças representam menos de 1% do total do crédito à habitação na UE e limitam-se sobretudo à compra de casas ou propriedades de férias nas regiões limítrofes. Em 2001, a título preliminar, a UE introduziu um código de conduta voluntário para mutuantes hipotecários. Pretendia-se assim facilitar aos consumidores a comparação de produtos de crédito oferecidos por instituições financeiras diferentes, incluindo mutuantes de outros países da UE. A fase seguinte é considerar a pertinência e o tipo de acção adequado para desenvolver o mercado único das hipotecas, de modo a gerar benefícios concretos para os consumidores, traduzidos em escolhas mais vastas e vantajosas. 7 V i ve r m e l h o r n a E u ro p a está em execução um novo programa para facilitar a prestação de serviços transfronteiriços. Em 2005, foi concluído um plano de acção para os serviços financeiros, que ajudará a canalizar o investimento no mercado único para onde as empresas o utilizarão melhor. Quando as empresas têm acesso a financiamento abundante e em condições favoráveis, aumenta a eficiência e baixam os preços no consumidor. Além disso, a UE interveio no sentido de reduzir os encargos bancários para pagamentos e levantamentos em euros. Desde 2003, os bancos já não podem cobrar taxas mais elevadas sobre as transferências transfronteiriças. Esta regra abrangeu inicialmente as transferências de crédito inferiores a 12 500 euros, devendo o limite máximo elevar-se até 50 000 euros em 2006. Aplica-se igualmente aos levantamentos em caixas automáticas quando o cliente viaja e aos pagamentos efectuados com cartão de débito ou de crédito em outro país da zona euro. A UE está a estudar formas de simplificar as operações bancárias transfronteiriças e de permitir que os consumidores façam escolhas informadas quando procuram na UE os melhores planos de poupança, hipotecas, seguros e regimes de pensões, com base em dados transparentes e comparáveis. Moeda única para um mercado único Como a instabilidade monetária perturba seriamente as actividades comerciais e os fluxos de capitais além fronteiras, a moeda única foi, desde sem8 pre, um objectivo fundamental da UE. O primeiro modelo do que então se chamava União Económica e Monetária data de 1970. Nas décadas de 70 e 80, foram tomadas diversas medidas — com mais ou menos sucesso — para manter relativamente estáveis as taxas de câmbio entre as moedas comunitárias. Só em 1992, com o Tratado da União Europeia, assinado em Maastricht, foram estabelecidos o calendário e as condições para a criação efectiva do euro. Em conformidade com o roteiro de Maastricht, o euro foi introduzido em 1999 para as operações não monetárias. Três anos mais tarde, as notas e moedas do euro entraram em circulação nos 12 Estados-Membros que o adoptaram. Por enquanto, três dos então 15 países da UE — Dinamarca, Suécia e Reino Unido — conservam as respectivas moedas nacionais. Os países que aderiram à UE em 2004 preparam-se para adoptar o euro. Como primeira acção concreta, um conjunto de entre eles participa no chamado mecanismo das taxas de câmbio, através do qual alinham de perto as respectivas moedas com o euro, permitindo apenas ligeiras flutuações. Para as empresas que operam entre dois países da zona euro, a moeda única elimina os custos e os riscos de trabalhar com duas moedas. A União Económica e Monetária eliminou as perturbações decorrentes de instabilidades cambiais e proporciona um quadro económico estável, que resulta numa inflação e taxas de juro baixas. Para os cidadãos que se deslocam na UE, o euro evita-lhes a necessidade e o cus- to de trocar dinheiro. Ao fazerem compras em viagem ou através da Internet, podem fazer comparações directas de preços e obter a melhor relação custo-benefício. O mercado único é a realização económica mais significativa da União Europeia e a expressão mais concreta do seu objectivo de assegurar a estabilidade e aumentar a prosperidade de todos os seus cidadãos. O princípio central da UE na consecução deste objectivo consiste em nivelar por cima, não por baixo, as normas em toda a União. Neste contexto, o mercado único estabelece uma relação de reforço mútuo com uma série de outras políticas comunitárias. Entre elas, incluem-se: • os fundos estruturais, que canalizam um terço do orçamento anual da UE de 115 mil milhões de euros para o desenvolvimento económico e social dos países e regiões mais pobres; • a robusta política de concorrência da UE, que protege os consumidores ao impedir as empresas de fixar preços ou repartir mercados entre si e que controla a conduta das grandes empresas que eram monopólios estatais; • a política de transportes, que inclui as chamadas redes transeuropeias, cujo objectivo é reforçar as ligações transfronteiriças de transportes, comunicações e abastecimento energético; © Raf Beckers/Electrabel A lógica do mercado único • uma política ambiental coordenada, necessária para fazer face, entre outros aspectos, à poluição transfronteiriça; • o programa de investigação e desenvolvimento da União (com um orçamento de 17,5 mil milhões de euros para o período 2002-2006), aberto exclusivamente a parcerias transfronteiriças; • a criação e gestão de um espaço único de liberdade, de segurança e de justiça para todos. 9 Os governos dos países da UE estão empenhados em utilizar cada vez mais as fontes de energia renováveis para produzir electricidade. V i ve r m e l h o r n a E u ro p a O rosto humano A legislação europeia protege-o em férias, de forma a não ser vítima de contratos ilegais ou abusivos de «timeshare» de apartamentos ou vivendas na UE. Estão também em vigor normas que lhe garantem uma indemnização na eventualidade de o seu operador turístico abrir falência ou não corresponder aos níveis de qualidade publicitados no respectivo material promocional. Graças à UE, os passageiros aéreos têm agora uma série de direitos (que devem estar afixados nos aeroportos comunitários), que definem as obrigações das companhias aéreas para com os clientes quando os voos se atrasam ou são cancelados e estabelecem o nível da indemnização em caso de sobrerreserva. © Reporters/ Eureka Slide A nossa liberdade e o direito que nos assiste de trabalhar, estudar e viver a reforma em outro país da UE ou apenas de visitar outros Estados-Membros faz parte da rosto humano do mercado único. Quando viajamos, podemos comprar e levar para casa o que entendermos, desde que seja para consumo pessoal. Em 2004, a UE lançou o novo cartão europeu de seguro de doença para facilitar às pessoas que viajam com fins privados ou profissionais o acesso, em caso de necessidade, a cuidados médicos urgentes. Graças às normas da UE, os seus direitos estão protegidos em caso de atraso do voo ou de sobrerreserva. 10 O programa Erasmus Uma das formas mais populares de estudar numa universidade em outro país da UE é através do programa Erasmus, que concede bolsas, geralmente por períodos de um ano. Desde a sua criação em 1987, mais de 1,3 milhões de estudantes beneficiaram do Erasmus. As matérias mais populares são a gestão de empresas, as ciências sociais, as humanidades e as línguas. Contudo, nos últimos anos, tem-se verificado um interesse crescente pela engenharia e arquitectura, medicina, ciências naturais, informática e matemática. Ao todo, participam no Erasmus 2 200 instituições de ensino superior, sediadas nos 25 países da UE, bem como na Bulgária, Roménia, Turquia, Noruega, Islândia e no Listenstaine. Mobilidade profissional A UE certifica-se de que, quando vão trabalhar para outro Estado-Membro, as pessoas conservem os seus direitos laborais, incluindo os direitos de segurança social e de pensão, independentemente de serem colocadas em outro país pela sua entidade patronal ou de assim decidirem de moto próprio. Estes benefícios incluem prestações por doença e maternidade, indemnização em caso de acidente de trabalho, prestações por invalidez, prestações familiares, subsídio de desemprego e pensões de reforma. Mais de 15 milhões de pessoas trabalham actualmente em outro país da UE que não o seu. É um número relativamente baixo, não se prevendo que venha a aumentar significativamente quando forem levantadas as restrições temporárias aos trabalhadores dos países que aderiram em 2004. Em 2005, a União introduziu procedimentos mais simples e mais claros para o reconhecimento pelos países da UE de qualificações profissionais obtidas em outro Estado-Membro. O reconhecimento abrange as profissões ligadas à medicina (médicos, dentistas, enfermeiras, etc.), os arquitectos, engenheiros, contabilistas, electricistas e cabeleireiros. Os cidadãos da UE que vivem fora do Estado-Membro de origem podem votar nas eleições autárquicas e europeias (mas não nas legislativas) do seu país de residência. Para facilitar a mobilidade, a UE financia um balcão único para encontrar emprego em qualquer ponto da União (bem como na Noruega, na Islândia e no Listenstaine). Trata-se do portal Eures, uma rede de serviços de emprego que fornece informação sobre oportunidades profissionais, põe em contacto candidatos a emprego e empregadores e fornece sugestões e pistas para encontrar trabalho, prosseguir estudos ou frequentar acções de formação. Para saber mais, consulte o seguinte endereço: europa. eu.int/eures 11 © Reporters/Eureka Slide V i ve r m e l h o r n a E u ro p a Procura um emprego? Já pensou em trabalhar no estrangeiro? O portal web Eures poderá ajudá-lo. À escuta dos cidadãos para resolver os seus problemas Se tem um problema concreto — como encontrar um emprego em outro país, aí registar um automóvel, abrir uma conta bancária ou ainda resolver um litígio com uma empresa de venda por correspondência sediada fora do seu país —, a UE existe para o ajudar, prestando-lhe informação e aconselhamento prático. O mais fácil é telefonar para a linha EUROPE DIRECT. O serviço, gratuito e com atendimento na língua da pessoa que efectua a chamada, dá resposta a perguntas gerais e, sobre aspectos mais específicos, encaminha o consulente para a fonte que melhor possa ajudar e aconselhar. O número gratuito da linha EUROPE DIRECT de qualquer ponto da UE é o 00 800 6 7 8 9 10 11. Um serviço de orientação presta assistência personalizada para resolver problemas práticos, como as formalidades administrativas ligadas à mudança para outro país. Para recorrer ao serviço, consulte o seguinte endereço: europa.eu.int/citizensrights/signpost/ A Rede de Centros Europeus dos Consumidores (CEC-Net) disponibiliza um balcão único para aconselhar os cidadãos relativamente aos seus direitos no mercado único e prestar assistência na resolução de litígios transfronteiriços: europa.eu.int/comm/consumers/redress/ecc_network/index_en.htm Existem ainda duas outras redes para ajudar os cidadãos a resolver conflitos transfronteiriços sem as despesas e os incómodos de ir a tribunal. Os serviços são gratuitos. • Solvit trata de problemas com a administração pública de outro país: europa.eu.int/solvit/site/ index_pt.htm • FIN-NET ajuda os particulares em litígios financeiros com bancos ou companhias de seguros noutro país da UE: europa.eu.int/comm/internal_market/finservices-retail/finnet/index_en.htm Se todos estes serviços não forem suficientes, faça ouvir a sua voz na definição das políticas da UE ou dialogue com os líderes da União em: europa.eu.int/yourvoice/ 12 Alimentos saudáveis e produtos seguros Cada cidadão é um consumidor e a UE dedica grande atenção à protecção da sua saúde, da sua segurança e do seu bem-estar económico. À medida que o mercado único vai eliminando obstáculos ao comércio transfronteiriço, que o sector dos serviços se expande e que a Internet e o comércio electrónico crescem, é importante que todos os cidadãos dos 25 Estados-Membros beneficiem do mesmo nível elevado de protecção do consumidor. © Reporters/Eureka Slide A segurança dos alimentos tem sido uma prioridade constante nos últimos anos, particularmente na sequência de diversas crises alimentares que abalaram a confiança dos consumidores. A UE reagiu ao desafio com uma estratégia para ajudar a garantir a segurança dos alimentos ao longo de toda a cadeia — «da exploração agrícola até à mesa». A estratégia assenta em três elementos: • nova legislação relativa à segurança dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais; • pareceres científicos sólidos nos quais se fundamentem as decisões; • um sistema de alerta rápido de aplicação e controlo. As rigorosas normas da UE em vigor procuram garantir a segurança dos alimentos. 13 V i ve r m e l h o r n a E u ro p a Estes princípios são expostos nas normas gerais da legislação alimentar da UE, de 2002, que, a partir de Janeiro de 2005, obrigam também as empresas do sector alimentar a garantir a rastreabilidade dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais ao longo de toda a cadeia alimentar. A severidade das novas normas em relação às rações animais reflecte a preocupação gerada pelo facto de alimentos para animais contaminados terem estado na origem de diversas crises alimentares, como a «doença das vacas loucas». A UE orienta também a sua acção no sentido de garantir a segurança de produtos importados de todo o mundo. Embora nenhum sistema de segurança dos alimentos possa garantir um risco zero, a UE proporciona aos seus cidadãos um dos níveis de protecção mais elevados do mundo. Um escudo protector Nos termos da legislação comunitária, todos os produtos de consumo comercializados têm de ser seguros. Estão em vigor normas rigorosas e os produtos defeituosos têm de ser retirados do mercado. Para além das normas gerais aplicáveis a todos os produtos, existem regulamentos de segurança especiais para produtos como brinquedos, aparelhos eléctricos e a gás, cosméticos, produtos farmacêuticos, máquinas e embarcações de recreio. Uma vez que o objectivo é permitir aos consumidores fazer as suas compras onde queiram, as normas comunitárias procuram garantir a mesma protecção contra práticas de comerciantes sem escrúpulos, seja ao pé de casa seja num sítio web em outro país da UE. Fazer escolhas informadas A segurança dos alimentos, por si só, não basta: o comprador tem o direito de saber o que compra. As normas comunitárias de rotulagem dos alimentos são actualizadas regularmente para ajudar os consumidores a fazer escolhas informadas sobre o que comem. As normas prevêem informação sobre aspectos como os ingredientes de base, os aditivos autorizados, a presença de quaisquer organismos geneticamente modificados (OGM) e, naturalmente, o prazo de validade. Estão a ser preparadas definições europeias comuns para expressões como «com baixo teor de gorduras» ou «rico em fibra». 14 Concorrência efectiva: alta qualidade a baixo custo Enquanto cidadãos e consumidores, só tiramos inteiramente partido do mercado único sem fronteiras se os fornecedores e prestadores de serviços puderem competir lealmente pela nossa preferência. Só uma concorrência efectiva garante preços baixos, elevada qualidade e uma escolha mais ampla para os consumidores. Os governos da UE conferiram à Comissão Europeia amplos poderes para agir contra os «trusts» e aplicar as suas regras de concorrência, no intuito expresso de beneficiar directamente os consumidores. A Comissão intervém em diversas áreas. Impede as empresas de restringi- rem a concorrência através da fixação de preços e/ou da repartição de mercados entre si. Investiga regularmente e multa empresas que formem cartéis para manter os preços elevados nos respectivos mercados em vez de competirem umas com as outras. A Comissão actuou igualmente contra os construtores de automóveis que tentaram impedir os consumidores de comprarem os seus automóveis nos países da UE onde os preços são mais baratos. A Comissão impede as grandes empresas de utilizarem uma posição dominante no mercado para cobrar mais do que o devido aos seus clientes ou elimi- Os amantes do desporto podem não o saber, mas a autoridade europeia da concorrência também zela pelos seus interesses. Interveio, por exemplo, no sentido de garantir que os contratos para a transmissão televisiva dos jogos de futebol da Premier League inglesa e da Bundesliga alemã estejam inteiramente abertos à concorrência e que os espectadores tenham acesso a um leque mais diversificado de serviços e respectivos prestadores. A União Europeia vela também por que eventos desportivos importantes, a começar nos Jogos Olímpicos e no Campeonato do Mundo de futebol, possam ser vistos pelos espectadores em canais gratuitos Salvos! A UE contribui para assegurar uma cobertura televisiva de eventos e não estejam reservados a serviços desportivos acessível a todos. de televisão paga. 15 © Royalty-Free/Corbis Cobertura desportiva assegurada V i ve r m e l h o r n a E u ro p a © Bilderbox nhias aéreas as faixas horárias de partida e chegada em 14 rotas europeias e intercontinentais, a fim de manter uma concorrência suficiente. Mesmo os agregados familiares que vivem em áreas mais remotas têm direito a telecomunicações e serviços de Internet básicos a preços módicos. nar os seus concorrentes mais pequenos. A conduta das empresas não comunitárias nos mercados europeus é também objecto de supervisão e empresas americanas como a Microsoft e a IBM estiveram no centro de mediatizados processos «antitrust» movidos pela Comissão. Outra responsabilidade da instituição é pronunciar-se previamente sobre fusões entre grandes empresas que tenham um impacto transfronteiriço. As fusões são aprovadas desde que as entidades delas resultantes não reduzam significativamente a concorrência ou a escolha dos consumidores. Por exemplo, a Comissão aprovou a aquisição da transportadora aérea neerlandesa KLM pela Air France na condição de que o grupo fundido cedesse a outras compa- A Comissão vigia igualmente a concorrência no sector dos serviços de utilidade pública (telecomunicações, electricidade e gás), nos quais a UE suprimiu os monopólios estatais existentes. Aqui, a instituição tenta encontrar um equilíbrio, de modo a garantir que as empresas que detinham os monopólios não utilizem o seu poder de mercado para lesar novos operadores, assegurando do mesmo passo que os serviços básicos estejam disponíveis, a preços acessíveis, para clientes com níveis mais baixos de rendimento, portadores de deficiência ou que vivem em regiões remotas ou periféricas. A Comissão monitoriza atentamente os auxílios estatais, dado que estes podem distorcer a concorrência entre empresas e afectar as trocas comerciais entre os países da UE. Se uma empresa receber apoio do Estado, pode obter uma vantagem desleal sobre os seus concorrentes. É por este motivo que, em geral, a legislação da UE proíbe os auxílios estatais. É possível abrir excepções — por exemplo, para empresas em regiões desfavorecidas, para pequenas empresas e para determinados regimes que promovam a investigação e o desenvolvimento, a protecção do ambiente, a formação, o emprego ou a cultura. Uma escolha mais ampla Não só os preços dos serviços de telecomunicações caíram para uma fracção dos seus níveis anteriores — graças, em larga medida, à liberalização (e às novas tecnologias) —, como também o cliente tem agora uma escolha muito mais alargada. Para além dos seus serviços de radiodifusão, as empresas de cabo fornecem acesso à Internet ou à telefonia vocal nas suas redes, enquanto as empresas de telefonia móvel estão a oferecer programas de TV e de vídeo nos seus 3G (telemóveis de terceira geração). Por sua vez, a Internet está a ser cada vez mais utilizada para transportar telefonia vocal. 16 Proteger as nossas liberdades Para gozarem plenamente a sua liberdade de viajar, trabalhar ou viver em qualquer ponto da União Europeia, as pessoas têm de poder viver o seu dia-a-dia em segurança. Devem ser protegidas contra a criminalidade e o terrorismo, bem como dispor de um acesso equitativo à justiça e ver respeitados os seus direitos fundamentais em toda União. Quando desaparecem as fronteiras internas entre os países da UE, os controlos fronteiriços e verificações aduaneiras apenas se realizam nas fronteiras externas da União. Assim, internamente, as forças policiais e autoridades judiciárias a nível nacional precisam de cooperar mais estreitamente. Os crimino- sos aproveitam a liberdade e a mobilidade proporcionadas pelo mercado único da mesma forma que os cidadãos cumpridores. Para fazer face a esta situação, a UE continuou a alargar os direitos de deslocação e de residência dos cidadãos, definindo ao mesmo tempo regras e objectivos claros no que respeita aos direitos fundamentais, à cidadania europeia, à mobilidade pessoal, ao asilo e imigração, à política de vistos, aos controlos nas fronteiras externas e à estreita cooperação na luta contra a criminalidade entre as autoridades policiais, judiciárias e aduaneiras dos Estados-Membros. Carta dos Direitos Fundamentais A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, adoptada em 2000, expõe os princípios, designadamente de igualdade, não discriminação, solidariedade e justiça, que as instituições da UE e os Estados-Membros devem respeitar e promover. No centro dos esforços para fazer da UE um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, está o esforço de conciliar o direito a viver em segurança com o respeito pelas liberdades cívicas e de assegurar o reconhecimento transfronteiriço das decisões judiciais em matéria civil e penal. 17 V i ve r m e l h o r n a E u ro p a A cooperação judiciária é importante porque estabelece definições comuns de determinados crimes graves, alinha legislações nacionais e define penas mínimas proporcionais e dissuasivas. fiscação de bens, a privação de determinados direitos imposta aos infractores) possam ser aplicadas em toda a União. Esta cooperação estende-se também ao direito civil e comercial. Capturar e julgar criminosos é uma coisa, mas um espaço de justiça europeu exige igualmente que os direitos das pessoas acusadas sejam inteiramente protegidos. Isto significa, por exemplo, ter acesso a apoio jurídico e, se necessário, a um intérprete em qualquer ponto da UE. Preocupações quotidianas Quanto à execução de sentenças e de outras decisões judiciais, foram tomadas medidas para assegurar que as decisões de um tribunal num Estado-Membro (como o pagamento de multas, a con- Nos termos da legislação da UE, as decisões judiciais tomadas em qualquer país da UE, em processos civis ou penais, devem ser reconhecidas pelas autoridades de toda a União. Este princípio — o chamado reconhecimento mútuo — é importante para resolver situações transfronteiriças que podem afectar as nossas vidas pessoais, como o divórcio, as visitas aos filhos, pedidos de pensões de alimentos, ou questões financeiras, como uma falência ou contas por pagar. «Schengen» — Livre circulação O Acordo de Schengen, baptizado com o nome da cidade luxemburguesa onde foi assinado em 1985, é uma pedra angular da União sem fronteiras. O acordo criou o «espaço de Schengen», onde residentes da UE e visitantes vindos do exterior podem viajar à vontade sem controlos de passaportes, embora, em circunstâncias excepcionais, sejam sempre possíveis verificações pontuais. O Acordo de Schengen harmoniza os controlos nas fronteiras externas e define uma política comum de vistos para visitantes. Para combater a criminalidade e o terrorismo, introduziu uma cooperação entre as forças policiais e autoridades judiciárias nacionais e implantou uma sofisticada rede de informação entre elas, o Sistema de Informação de Schengen (SIS). A Irlanda e o Reino Unido optaram por não participar em algumas disposições do Acordo de Schengen e mantêm os controlos de passaportes para viajantes da UE. Os países que integraram a UE em 2004 aderirão quando alcançarem os níveis exigidos para os controlos nas fronteiras externas e forem associados ao SIS. O espaço de Schengen está aberto aos vizinhos da UE que tenham capacidade de cumprir os níveis de exigência comunitários em relação aos controlos fronteiriços. É já o caso da Islândia e da Noruega, a que em breve se juntará a Suíça. 18 © Sean Justice/Image Bank/Getty Images Os imigrantes dão, desde há muito, um contributo económico e cultural significativo. Imigração e asilo Os imigrantes vindos do exterior da UE dão, desde há muito, um contributo económico e cultural significativo aos seus novos países de residência. Os imigrantes oriundos de países terceiros a residir legalmente num Estado-Membro da UE adquirem muitos dos direitos dos nacionais do país de acolhimento. Os membros da UE concedem igualmente asilo a verdadeiros refugiados. A UE incentiva a imigração legal e foram adoptadas três directivas referentes aos direitos dos cidadãos de países terceiros: nelas se define o estatuto «dos residentes de longa duração», o direito ao reagrupamento familiar e a facilitação da concessão de visto a investigadores. Mas a UE tem de fazer face a um afluxo de imigrantes ilegais ou de requerentes de asilo político que, sem fundamento, solicitam protecção. Os Estados-Membros desenvolveram regras conjuntas para tratar os casos de imigração ilegal, que vão desde a acção repressiva contra os traficantes de seres humanos à conclusão de acordos de readmissão com os países de origem dos imigrantes ilegais e pretensos requerentes de asilo político. 19 V i ve r m e l h o r n a E u ro p a © Hugues/laif Os proprietários de casinos juntaram-se à luta contra o branqueamento de dinheiro. Terrorismo e criminalidade organizada Os instrumentos da cooperação Embora a segurança e a aplicação da lei sejam responsabilidades nacionais, os governos da UE juntaram forças para fazer face a grupos terroristas e organizações criminosas internacionais. Controlos eficazes nas fronteiras externas e o intercâmbio rápido de informação são uma componente essencial desta estratégia, que se concentra em especial sobre o tráfico de seres humanos (imigrantes ilegais ou mulheres e crianças para fins de exploração sexual), tráfico de droga e branqueamento de dinheiro. Para reforçar a cooperação, a UE e os seus Estados-Membros criaram diversos instrumentos: Como praticamente todas as organizações criminosas e grupos terroristas estão envolvidos no branqueamento de dinheiro, a UE tem intensificado constantemente os controlos. Actualmente, qualquer transferência financeira superior a 15 000 euros que envolva bancos, advogados, notários, contabilistas, agentes imobiliários ou operadores de casinos deve identificar o cliente, o beneficiário e o motivo do pagamento. 20 • o mandado de captura europeu, com o qual os criminosos procurados num Estado-Membro podem ser rapidamente extraditados para outro, a fim de serem levados a julgamento; • uma cooperação policial mais estreita através da criação da Europol, de uma Academia Europeia de Polícia e de uma unidade operacional de chefes de polícia europeus; • Eurojust, uma equipa de alto nível de juízes e magistrados dos ministérios públicos de todos os países da UE que coordenam a investigação dos crimes transfronteiriços graves; • uma Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas. Novos desafios À medida que avança, o mercado único vai enfrentando desafios novos e cada vez maiores. As oportunidades criadas pela liberdade, mobilidade e supressão dos controlos administrativos e regulamentares excessivos têm de ser canalizadas para gerar novos empregos e atenuar as disparidades entre ricos e pobres, entre Estados-Membros novos e antigos. à possibilidade de os seus cidadãos viverem e trabalharem em outro país da UE serão levantadas. Para este efeito, é necessário coordenar a política de educação, nomeadamente o acesso à aprendizagem ao longo da vida. Importa igualmente impedir o surgimento de uma fractura digital entre os cidadãos e regiões que têm e não têm pleno acesso à Internet, assim como às tecnologias de banda larga. Além disso, os governos nacionais terão de atingir o seu objectivo de aumentar a despesa em investigação e desenvolvimento para 3% do PIB. Enquanto cidadãos da UE, todos podemos exprimir os nossos pontos de vista sobre a Europa em que queremos viver e o perfil dos nossos direitos e liberdades na União do futuro. Para fazer ouvir a sua opinião, poderá contactar: • um deputado da Assembleia da República — uma vez que as políticas europeias fazem parte da política nacional; • um deputado do Parlamento Europeu — já que o Parlamento Europeu aprova a legislação comunitária; • organizações profissionais, sindicatos e associações de consumidores — uma vez que aconselham a UE na definição de políticas. No prazo de alguns anos, os novos Estados-Membros estarão plenamente integrados no espaço sem fronteiras de Schengen e as restrições ainda vigentes Se desejar enviar perguntas ou comentários à Comissão Europeia, os vários capítulos da presente brochura dão-lhe informação sobre como o fazer. © European Parliament Embora a legislação do mercado único seja aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho de Ministros, cada acto legislativo é aplicado a nível nacional pelos governos dos Estados-Membros da UE. 21 V i ve r m e l h o r n a E u ro p a Outras leituras Em cada capítulo da presente brochura, são-lhe indicadas fontes de informação referentes ao mercado único e ao seu impacto. Outras fontes possíveis são: A vasta informação prática sobre os direitos e oportunidades no mercado único para cidadãos e empresas, disponível no portal web «A vossa Europa»: europa.eu.int/youreurope Saúde e defesa do consumidor: europa.eu.int/comm/consumers/index_pt.htm Política da concorrência: http://europa.eu.int/comm/competition/index_pt.html Justiça e Assuntos Internos: europa.eu.int/comm/justice_home/index_en.htm 22 Comissão Europeia Viver melhor na Europa Os benefícios que lhe traz o mercado único da UE Série A Europa em movimento Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias 2006 — 22 p. — 16,2 x 22,9 cm ISBN 92-79-00349-6 Os cidadãos da União Europeia têm oportunidades sem precedentes de viajar, viver e trabalhar no país da UE da sua escolha. Podem fazer compras na União onde os bens e serviços sejam mais baratos. Os seus direitos de cidadãos e consumidores são protegidos pela legislação comunitária em toda a UE da mesma forma que no seu país de origem. Tudo isto se deve à criação do mercado único, no qual pessoas, mercadorias, serviços e capitais podem circular livremente. Este mercado é constituído por 460 milhões de cidadãos de 25 países, mais do que a população combinada dos Estados Unidos e da Rússia. Criado em 1993, o mercado único é uma realização em curso, em constante expansão, aperfeiçoamento e actualização. A presente brochura descreve alguns dos muitos benefícios de que gozam os cidadãos da UE. O mercado único propociona a todos uma vida melhor. Mais informações sobre a União Europeia Na Internet, através do servidor Europa (europa.eu.int), podem ser obtidas informações em todas as línguas oficiais da União Europeia. Existem centenas de centros locais de informação da UE espalhados por toda a Europa. Pode encontrar o endereço do centro mais próximo em: europa.eu.int/comm/relays/index_pt.htm EUROPE DIRECT é um serviço que responde às suas questões sobre a União Europeia. Pode contactar o serviço telefonando para o número verde único 00 800 6 7 8 9 10 11 — ou, se estiver fora da UE, para o (32-2) 299 96 96 —, ou enviando uma mensagem electrónica via europa.eu.int/europedirect Para obter informações e publicações em português sobre a União Europeia, pode contactar: REPRESENTAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA GABINETE DO PARLAMENTO EUROPEU Representação em Portugal Largo Jean Monnet, 1-10.° P-1269-068 Lisboa Tel.: (351) 213 50 98 00 Internet: europa.eu.int/portugal/index.htm E-mail: [email protected] Gabinete em Portugal Largo Jean Monnet, 1-6.° P-1269-070 Lisboa Tel.: (351) 213 57 80 31/213 57 82 98 Fax: (351) 213 54 00 04 Internet: www.parleurop.pt E-mail: [email protected] Existem representações ou gabinetes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu em todos os Estados-Membros da União Europeia. Noutros países do mundo existem delegações da Comissão Europeia. A União Europeia Estados-Membros da União Europeia Países candidatos PT NA-AB-05-940-PT-C ISSN 1022-8306 Os cidadãos da União Europeia têm oportunidades sem precedentes de viajar, viver e trabalhar no país da UE da sua escolha. Podem fazer compras na União onde os bens e serviços sejam mais baratos. Os seus direitos de cidadãos e consumidores são protegidos pela legislação comunitária em toda a UE da mesma forma que no seu país de origem. Tudo isto se deve à criação do mercado único, no qual pessoas, mercadorias, serviços e capitais podem circular livremente. Este mercado é constituído por 460 milhões de cidadãos de 25 países, mais do que a população combinada dos Estados Unidos e da Rússia. Criado em 1993, o mercado único é uma realização em curso, em constante expansão, aperfeiçoamento e actualização. A presente brochura descreve alguns dos muitos benefícios de que gozam os cidadãos da UE. O mercado único propociona a todos uma vida melhor.