150108
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ÉVORA
«Rede de gás só será reaberta
quando condições de segurança
estiverem garantidas»
Só amanhã é que deverá ser
conhecido o tipo de gás acumulado na rede de esgotos de Évora e que esteve na origem de
duas explosões que provocaram
um ferido grave e quatro desalojados. O material recolhido foi
enviado para análise no Instituto do Gás e no Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Por enquanto, as duas empresas que fornecem gás canalizado àquela freguesia já
vieram recusar responsabilidades. A Diana Gás garante não
ter clientes na zona abrangida.
A Gascan refere ter testado 90
por cento da rede sem ter encontrado qualquer fuga.
Entretanto, 2500 pessoas continuam sem fornecimento de gás
canalizado, fornecimento que só
deverá ser retomado depois de
uma empresa independente certificar que a rede é “estanque”.
Em declarações à Rádio Diana, o presidente da Câmara Municipal de Évora garantiu que
“a rede de gás só será reaberta
quando todas as condições de
segurança estiverem garantidas
e
certificadas
pelas
entidades
com competências nesta matéria”.
Segundo
José Ernesto Oliveira,
as
populações
não
correm perigo neste momento umas
vez que as
medições
e fe c tu a d a s ,
quer na rede
de esgotos,
quer
nas
habitações,
“têm acusado
nível zero”.
“Não
há
gás na rede
e como tal não neste momento
perigo de explosividade”, resume o autarca.
AUTO-ESTRADAS
Alentejo
O Governo vai lançar concursos para a concessão de três
auto-estradas no país até final
do primeiro semestre do ano.
Quem o disse foi o ministro
das Transportes, Obras Públicas e Comunicações, Mário
Lino, durante um almoço
organizado pela câmara de
comércio luso-britânica, em
que falava sobre a estratégia
do Governo neste sector.
«Destas (concessões), todas
estão em concurso, excepto
as três últimas. Dessas, uma
será lançada até Março e as
outras no primeiro semestre
deste ano», afirmou. Por
ordem a que se referiu, o ministro falava da concessão da
auto-estrada do Centro, (191
km), Litoral Oeste (80 km) e
Alto Alentejo (110 km).
BULHOSA
Em Lisboa…
ACT controlou transportes
rodoviários de mercadorias
Conforme dados provisórios, foram identificadas infracções (447)
em mais de metade dos veículos
intervencionados, que deram origem a 395 autos de notícia e as
restantes a advertências escritas.
A operação, segundo a Autoridade para as Condições do Trabalho,
foi «estrategicamente direccionada para vários eixos rodoviários,
no sentido de se obter o controlo
efectivo de um número elevado de
veículos pesados em circulação,
PAÍS
LIVROS
PAÍS
A Autoridade para as Condições
do Trabalho realizou 5ª feira uma
mega acção, a nível nacional, de
controlo dos tempos de condução
e repouso nos transportes rodoviários de mercadorias, tendo participado no terreno 155 inspectores
do trabalho das 5 direcções regionais da ACT. No decurso desta
operação foram inspeccionados
855 veículos, de 817 empresas, e
verificados quase oito mil dias de
condução.
ÚLTIMAS
tendo sido desenvolvida na Via do
Infante, na A2, na A6, na EN-4, na
EN-8 e no IC1, bem como, ainda,
em 8 mercados abastecedores, 13
centros de distribuição e 22 grandes superfícies comerciais».
A acção teve por fim controlar os
tempos efectivos de condução e
repouso, a correcta utilização das
folhas de registo, a transferência
da responsabilidade civil por acidentes de trabalho e a vigilância
da saúde dos condutores.
Esta tarde, pelas 18h30, terá
lugar na livraria Bulhosa, de
Entrecampos, realiza-se a
sessão inaugural do projecto
Clássicos na Bulhosa, a desenvolver ao longo do primeiro
semestre de 2008. Nesta
primeira sessão dedicada a Sá
de Miranda serão lidos, na primeira parte, excertos da obra
Os Vilhalpandos, interpretados
por Alexandre Ferreira, Carmen
Santos, Filipe Petronilho,
Isabel Fernandes, Júlio Martín,
Margarida Rosa Rodrigues e
Silvina Pereira. A segunda parte constará de um debate com
a presença de José Camões
visando uma reflexão sobre a
obra de Sá de Miranda e a Comédia Clássica Renascentista
Portuguesa.
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ÉVORA
Câmara aprova versão
final do PDM
A Câmara de Évora aprovou, com
os votos a favor dos vereadores do
PS, a abstenção do vereador do
PSD e os votos contra da CDU, a
versão final do Plano Director Municipal, que incorporou, segundo
um comunicado oficial, muitas das
propostas de alteração surgidas
durante a fase de debate público, e
que recolheu o parecer final positivo da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA). Esta decisão, refere
o comunicado, é o último acto da
responsabilidade da Câmara Municipal de Évora, cumprindo agora à
Assembleia Municipal a sua aprova-
ção final.
Os Vereadores da CDU votaram
contra, invocando razões já expressas em anterior Reunião Pública.
A Câmara Municipal aprovou também o Relatório Semestral de Gestão e de Execução Orçamental da
Habévora com quatro votos a favor
(PS e PSD) e três contra (CDU).
Por proposta da CDU, o ponto relativo á “Requalificação do Bairro da
Cruz da Picada: repartição de encargos legais” foi adiado para a próxima reunião pública, a fim de que
os Vereadores desta força política
possam aprofundar mais o conhecimento das questões.
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ECONOMIA
Exportação dos Vinhos
do Alentejo duplicou
nos dois últimos anos
Nos dois últimos anos, os Vinhos do Alentejo duplicaram as
exportações para fora da União
Europeia. De 2006 para 2007, o
aumento cifrou-se nos 46,8%, com
Angola a ascender à liderança no
“ranking” dos países (por troca
com os EUA), ao importar mais
de dois milhões de litros – mais
69,1% do que em 2006.
Se 45,3% dos vinhos de qualidade vendidos em Portugal são
do Alentejo, além-fronteiras os resultados não são menos expressivos. Em 2007, só para os países
fora da União Europeia, a região
exportou 8.123.951 milhões de litros de vinho, contra os 5.533.964
de 2006, a que corresponde um
aumento de 46,8%. Importa referir que, este número, apenas diz
respeito a vinhos certificados com
Denominação de Origem, daí que
não tenham sido contabilizados
os valores relativos aos Vinhos de
Mesa e a granel.
No fundo, nos dois últimos anos,
os Vinhos do Alentejo duplicaram
os volumes de exportação, com
a particularidade de Angola ter
assumido a liderança entre os
países que mais importaram vinhos da região, com 2.058.001
milhões de litros, mais 69,1% do
que em 2006. Com 1.748.762 milhões de litros (correspondente a
um aumento de 51,8%), o Brasil
ascendeu à segunda posição no
“ranking”, enquanto os EUA passaram de primeiro para terceiro
destinatário das exportações, com
1.357.113 milhões de litros, mais
10,1% do que em 2006.
Depois de, em 2006, as exportações para a Suíça terem registado um crescimento de 88,2%,
em 2007, o aumento cifrou-se nos
63,8%, com o país a superar a
barreira do milhão, mais concretamente 1.227.303 litros e quarto lugar no “ranking” dos países
importadores. A China importou
532.530 litros, a que correspondeu um incremento de 34,9%, enquanto o Canadá fechou o grupo
dos seis maiores mercados de exportação fora da União Europeia,
com 456.094 litros de vinho e um
crescimento de 58,3%.
Com um crescimento de 359,3
e 338,8%, respectivamente, a
Rússia+Bielo Rússia e a Venezuela foram os países que mais evoluíram nas importações, embora
com valores abaixo dos 100 mil
litros. A título de curiosidade, em
relação a 2006, sublinhe-se que
dos 10 países que mais importa-
ram Vinhos do Alentejo, todos aumentaram os seus volumes.
Números que confirmam a crescente afirmação dos Vinhos do
Alentejo no panorama internacional, a justificar as inúmeras iniciativas desenvolvidas pela Comissão
Vitivinícola Regional Alentejana,
nomeadamente a participação
nos mais importantes certames
mundiais do sector, organização
de provas para críticos de vinhos
e potenciais clientes, bem como
campanhas publicitárias em diversos meios de comunicação social.
15-01-08 - www.noticiasalentejo.pt - [email protected]
ALENTEJOAGRORURAL | Francisco Pândega
Solo rústico
1.Estou convicto de que a causa da nossa difícil situação socio-económica resulta, acima de
tudo, de ineficiência agrícola. Daí
ser recorrente que, sempre que
abordamos a ruralidade alentejana, a coerência nos obrigue
a concluir que a nossa região,
não obstante as suas colossais
potencialidades agrícolas, não
está a contribuir, como deveria e
poderia, para nos equipararmos
aos países nossos parceiros comunitários, em termos de nível
de vida. Não, certamente, por
deficiência do meio que é imenso
e ubérrimo; nem das suas gentes que, se bem que nas duas
últimas gerações tenham estado
em perda de qualidade, ainda
lhe resta alguma capacidade de
entrosamento, com o meio, condição indispensável para o exercício de uma actividade agrícola
de sucesso.
2. Sendo assim, o que está
errado entre nós? A resposta é
taxativa e peremptória: O não
conseguir perceber que o espaço rústico tem que ser pertença
da comunidade rural residente. A
permissão do seu apossamento,
sem leis nem regras, por parte de
quem não sabe dar-lhe o devido
uso e, com isso, o impedimento
de se processarem as multifuncionalidades que estão na sua
génese. Urge, pois, intervir. Para
o efeito é preciso municiarmonos de uma elevada dose de
conhecimento, discernimento e
coragem para definir a propriedade agrícola funcional, avaliar a
fórmula reestruturante e agir sem
tibieza.
a) “À escala do homem ” deve
ser a dimensão da propriedade
agrícola elegível. Mesmo nos
nossos dias, e por estranho que
pareça, mantém-se inalterada
desde há muitas gerações. Apercebemo-nos desse facto pelos
vestígios no terreno assim como
nas consultas dos registos cadastrais. Exceptuando os baldios,
coutadas e morgadios que primavam apela enorme dimensão, por
um lado, e por outro as pequenas
courelas periféricas dos povoados, produtos de talhonamentos
cedidos por aforamento, a propriedade agrícola base rondava
os cento e cinquenta hectares.
Era a dimensão considerada á
“escala do homem” na qual se
construía um monte (evitavam-se
as deslocações) aonde moravam
diversas famílias que, com base
nos precários instrumentos, cultivam os ferragiais envolventes,
pastavam cabradas, nos matagais, e se defendiam dos bandoleiros e foragidos que por ali
se acoitavam. Era considerada a
dimensão funcional dado poder
ser percorrida, pelas extremas, e
vir-se almoçar a casa; ou o gado,
no verão, pastar de noite e vir de
dia acarrar nas sombras junto á
agua. Ou então nas noites de invernia, vir pernoitar á malhada.
Foi assim até aos meados do século XlX altura em que começou
o desenvolvimento industrial e se
deu a vinda do comboio, factores
que dinamizaram um grande desenvolvimento nos campos alentejanos. Durou até 1950 que foi
quando se deu a substituição da
tracção animal pelas máquinas.
Mesmo hoje, apesar da elevada
eficiência dos factores de produção, a agricultura está muito
condicionada pela preservação
do meio ambiente, pela qualidade dos alimentos, assim como
pela manutenção dos montados
que não resistem a uma má aplicação da máquina. Desta forma
não há necessidade de alterar a
dimensão da exploração agrícola
funcional. Afinal o homem, que
é o pivot do sistema, mantém a
mesma compleição.
b) Para a avaliação da estrutura fundiária regional, servimo-nos
da seguinte equação: 30.000Km2
distribuídos por 42.000 agricultores resulta uma dimensão média, por exploração, 70.hectares.
Quase boa, mesmo para uma
região Mediterrânica como é o
Alentejo Esmiuçando, porém, um
pouco mais, conclui-se que a verdade, no terreno, é bem diferente
e que as propriedades agrícolas
daquela dimensão/média são
em número insignificante. Indo
ao fundo da questão conclui-se
que quatro quintos do Alentejo
(24.000 km2) estão ocupados por
dois mil latifúndios cuja dimensão média é superior a mil hectares. Os restantes 6.000 km2,
que compreendem a área social
pública, já que as pequenas propriedades são circundantes dos
povoados, é onde estão os quarenta mil minifundiários com uma
área media inferior a 15Ha.
É aqui que reside o nosso drama agro-rural : Enquanto que os
primeiros, com elevados níveis de
riqueza, geralmente não fazem
uma exploração adequada, antes
sim predomina a incompetência,
a ausência e o absentismo. Já os
segundos, devido a exiguidade
da dimensão, não conseguem
fazer uma agricultura auto sustentável. Daí o Alentejo não participar, como devia, no esforço
nacional, em prol do desenvolvimento. Debilitado e em perda de
valores, resulta numa inexorável
tentação aquisitiva, por parte de
endinheirados alienígenas, em
detrimento dos indefesos autóctones cuja sorte, ao que parece,
é a continuação da servidão e
posterior extinção.
c) A definição da propriedade
agrícola, segundo a aptidão dos
solos, é perfeitamente exequível dado estarem catalogados
e identificados de uma forma
bem clara e sem erros. São cinco os tipos. De A (os melhores)
a E (os mais fracos). Entre este
dois extremos há três intermédios. Evidentemente que não é
no âmbito de um simples escrito que se descreve a técnica da
sua aplicação. Podemos contudo
enunciar as bases afins de melhor se aquilatar da simplicidade
do processo
Se na conversão do tipo de
solos em pontos aceitarmos que
uma propriedade funcional devera ter 25.000 pontos e cada hectare de terra boa (barros e aluviões) lhe conferirmos 250 pontos
essa propriedade terá 100 há de
superfície. No outro extremo se
considerarmos 100 pontos por ha
a terra de má qualidade (areias,
xistos esqueléticos) essa propriedade terá 250 ha. Como se
vê dimensões diferentes (100ha
A, ou 250ha E.) tem a mesma
pontuação ou seja o mesmo valor
agrícola funcional, não obstante
terem dimensões tão diferentes.
Dado ser comum uma exploração ter diferentes tipos de solo a
sua dimensão será o somatório
dos mesmos cuja média andará
pelos 170ha. È pouca dirão os de
mil ha. É mais do que suficiente, exclamarão os de 15ha. É a
medida certa sabem os que tem
experiência nesta matéria.
Dado ser com esta dimensão
que a terra promove as diversas
funcionalidade (produção agrícola, povoamento do território,
ordem e paz social, defesa do
meio, preservação histórico-cultural) é por ai que temos que
enveredar importa sem vacilar.
Para tal a terra remanescente da
propriedade “tipo “, tem que ser
considerada excedentária, objecto de impostos progressivos e
não elegível aos apoios comunitários, como, aliás, é pratica comunitária nalgumas matérias.
3. O nosso drama, como região
e, dada a sua importância, como
nação, resulta da nossa inoperacionalidade agro-fundiaria. Com
potencialidades quase ilimitadas
(na produção agrícola, no emprego, na estabilidade e paz social)
vê-se coarctadas nessas valências pelo facto da terra estar sequestrada e de grande parte do
seu uso não se compaginar com
a essência dos superiores desígnios regionais.
Ter terra, em grande quantidade, hoje como ontem, constitui
um poder que escapa a intervenção da sociedade. Assim, em
roda livre, enquanto que os restantes sectores vivem ajoujados
sob o império dos impostos, da
observação e escrutinação social
e da concorrência comercial, os
donos das terras, estão praticamente isentos de impostos dado
estes não serem actualizados
desde longa data; mesmo aos
mais impenitentes absentistas
ninguém tem o direito de lhe dizer
- “olhe lá !. a terra tem uma função social” ; agora está no moda
cederem-na, para exploração de
campanha, de alguns meses, em
condições leoninas. O facto de
não poder aceder á PAC resulta
num rápido empobrecimento, tornando insolvente quem tenha a
desdita de a tal se submeter, É
por estas e outras razões que ser
agricultor directo significa descer
na escala de valores. Ultimamente, e sempre que lhes dá na real
gana, vendem-na, a troco a de
malas de dinheiro, a quem, mais
parecendo estar ao serviço de
um projecto expansionista, vindo
de algures, arrogante, superior
e auto-suficiente, se instala sem
prestar contas a ninguém. Acontece que terra assim alienada, é
terra desanexada da alçada dos
interesses locais, que o mesmo
será dizer, perde a função geradora de rendimento local, de empregabilidade e usufruição como
espaço histórico – vivencial. Isto
impõe mudanças urgentes. Isto,
no mínimo, configura um insulto
a toda uma comunidade rural.
[email protected]
alentejoagrorural .blogspot.com
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DESTINOS
RT Évora
A Região de Turismo de Évora
(RTE) apresentará na quarta-feira, a
partir das 14 horas, os mais recentes empreendimentos de animação
turística do distrito, no âmbito da
iniciativa “Visitor Attractions: Coisas
para ver e Fazer”, a qual inaugurará a secção de Destinos Turísticos
Nacionais da Bolsa de Turismo de
Lisboa deste ano. A sessão, que se
inicia ás 14 horas no Pavilhão “de
Madeira”, na FIL, destina-se ao trade
e imprensa nacional especializada e
contará com a presença das empresas Amieira Marina, de Alqueva, o
parque temático Monte Selvagem e
o Fluviário de Mora. Entretanto e a
exemplo dos anos anteriores, a Região de Turismo de Évora foi mais
uma vez aceite para participar nas
10
APONTAMENTOS DO NADA
Conhecimento e decisão
Uma das situações que os estudos sobre as opções entre Ota
e Alcochete ou Portela mais um
vêm evidenciar de modo claro e
objectivo é que o conhecimento
e as competências técnico-científicas não são imunes aos interesses (políticos e partidários,
sociais ou outros).
Temos a ideia, na generalidade das situações, que o conhecimento é algo imune a estes interesses, se rege pelo superior
interesse científico, que este é
asséptico, distante dos comuns
interesses de outros transeuntes da terra. Como se o método
científico fosse algo que pairasse no ar e não decorresse de
opções pessoais, perspectivas
individuais ou não tivesse raízes num conjunto de interesses
sociais.
Nada de mais errado como os
estudos sobre a localização do
novo aeroporto vêm demonstrar
de modo inequívoco.
Os mesmo conhecimentos,
ou a mesma base científica,
vem demonstrar, por razões várias e argumentos trocados ou
simplesmente por quem suporta o financiamento dos estudos
que tanto a Ota como Alcochete podem ser opções válidas.
Os mesmos conhecimentos ou,
pelo menos, os mesmos pressupostos, vêm evidenciar diferentes valorizações e assim se
destacam aspectos relativos ao
ambiente, à localização, ao ordenamento do território, aos riscos ambientais, entre outros.
Há uma corrente nacional,
com raízes fundas no imaginário português, que habitualmente defende a competência técnica em detrimento das questões
políticas seja para que se assumam cargos dirigentes seja
como argumento base para a
decisão de aspectos considerados relevantes na vida nacional.
É por ter consciência que o
conhecimento científico é também uma forma de poder, que
os discursos científicos nunca
são neutros nem isentos de
considerações políticas, que
opto pela assunção do interesse político em detrimento das
competências técnicas.
Há espaço e oportunidade
para que técnicos e políticos
possam coexistir e partilhar o
mesmo espaço de comunicação.
O problema coloca-se quando o
técnico assume opções políticas ou o político defende posições técnicas. Aí, há uma confusão de sentidos e objectivos
que apenas tem como resultado
confundir o português e privilegiar um conjunto de interesses
em detrimento de outros.
Agora que conhecimento é poder, como dizia Foucault, como
poder também é conhecimento,
como muito bem diz o senso comum português quando defende que faz o que eu digo e não
o que eu faço isso são questões
incontornáveis que os estudos
em redor do novo aeroporto vieram colocar em destaque.
Manuel Dinis P. Cabeça
http://www.mcabeca.blogspot.com
Comentários para:
[email protected]
reuniões de negócio com compradores estrangeiros que se deslocam a
Portugal para manter reuniões com
os expositores da Bolsa de Turismo de Lisboa. A resposta do trade
internacional foi francamente positiva, registando-se o interesse de 11
operadores turísticos e agentes de
viagens, que colocaram na sua lista
de preferências a Região de Turismo
de Évora e as suas empresas para
contactos de negócio. A Região de
Turismo de Évora marcará ainda
presença durante todo o certame no
stand Alentejo, onde distribuirá material de promoção, divulgando ainda a edição deste ano da Rota dos
Sabores Tradicionais que decorrerá
no concelho de Évora até ao final do
mês de Maio.
TEMPO
MAX.: 13º
MIN.: 05º
Regiões a sul do sistema Montejunto-Estrela: Céu muito nublado, temporariamente pouco nublado até meio da manhã, no Alentejo e Algarve. Vento fraco
(inferior a 15 km/h), tornado-se, a partir da tarde,moderado de sudoeste (20 a
35 km/h) e temporariamente forte(35 a 45 km/h) com rajadas até 70 km/h, no
litoral Oeste.
BLOGUES
Regular, regular
Em política, a avaliação das performances é muitas vezes enublada pelas duas balizas temporais e
conjunturais que marcam o início
e o fim dos mandatos: os efeitos
sentidos com o anúncio de uma
nova linha de actuação e a melosa
sedução cor-de-rosa dos períodos
pré-eleitoriais. Normalmente não
coincidem em estilo.
Bush, o cowboy, é uma excepção. Todos os seus índices de regularidade são enfadonhamente altos, acentuados pela promessa de
terminar o reinado da mesma forma
como o começou: em guerra.
evoracafeportugal.blogspot.com
O ponto mais fraco de José Sócrates
Disdéri foi o fotógrafo francês que,
por volta de 1850, inventou a pose.
Uma efígie que disfarça os remoques e que recria o sol na gruta
mais sombria do olhar. A simulação do tigre na audácia do gato. A
pose é um óptimo ponto de partida
para levar o mais incauto à falésia
do convencimento. Sem pose não
há defesa possível, a não ser que
a densidade do personagem se imponha à fatalidade. É uma escola
como muitas outras. E Sócrates
nela estudou e a ela se entregou.
Só que um parlamento europeu
aos gritos parece muito pouco para
destronar e desfazer tanta vertigem.
Sócrates está de pé, tenso, crispado, carregado e olha para o inferno dos deputados que gritam em
uníssono “Referendo, Referendo!”.
É um olhar que reflecte o fogo da
maçada e o gelo do estorvo. Um
aperto que o PM não consegue, de
modo nenhum, dissimular. Se há
momento em que a acrobacia e a
verdade mais concordam uma com
a outra é este mesmo. Sem falhas.
É claro que Sócrates é incapaz
de perceber que os sucessos da
presidência portuguesa deveriam
falar por si próprios. É claro que
Sócrates cairá sempre na tentação do auto-elogio desnecessário.
Questão de pose. É claro que Sócrates até tem razão em recusar
o referendo europeu. Mas, de um
momento para o outro, perde toda
a razão, perde tudo. Está de pé, a
sós, como a areia molhada sob o
ímpeto das ondas. Não perdoará
nunca que lhe tenham minado
http://luiscarmelo.blogspot.com
O rapaz anda nervoso
“É indispensável que todas essas
vozes, que parasitam (sic!) permanentemente os sucessos do PSD
e desta liderança, se definam e se
assumam. Se não se assumirem,
ou se calam até 2009 e concordam
com a estratégia do partido, ou revelam cobardia política”.Luís Filipe
Menezes no seu melhor estilo.
Por enquanto as farpas vão só
numa direcção. E numa ocasião
em que ainda não se ouviram, para
além de Pacheco Pereira, as vozes
anti-menezistas.
A história repete-se e até apetece relembrar o que LFM disse durante a (e da) liderança de Marques
Mendes.
À incapacidade para liderar a
oposição, junta-se agora o nervosismo.
Outra coisa não seria de esperar.
http://www.pracadarepublicaembeja.net/
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«Rede de gás só será reaberta quando condições de