Controle rigoroso
ALUMAR / Menção Honrosa em Higiene Ocupacional
Projeto de expansão
previu a exposição aos
agentes de risco desde o
início das obras
ria. Ainda na primeira fase, a Alumar contratou uma empresa que desenvolveu um
projeto de acústica com o objetivo de estimar o nível de ruído na comunidade. “O
modelo tinha a intenção de controlar o
ruído dentro da fábrica, levando em conta o nível emitido com as novas instalações
e fazendo com que os níveis que chegassem à comunidade estivessem dentro do
permitido”, recorda Torrico. Para eliminar
os riscos químicos, ainda nesta fase de engenharia, o projeto tratou de adquirir materiais sem asbesto, chumbo, fibras cerâmicas refratárias, metais pesados, etc. Para
orientar todos os trabalhadores, incluindo
os das empresas subcontratadas, sobre os
critérios de saúde, segurança e meio ambiente adotados pelo projeto, a Alumar
desenvolveu um caderno de EHS. O material trazia os requisitos para amostragem
DIVULGAÇÃO/ALCOA
Quando o Consórcio de Alumínio do
Maranhão (Alumar), um dos mais modernos complexos de produção de alumínio
e alumina do mundo, iniciou o seu projeto de expansão, em São Luís, no Maranhão, o departamento de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (EHS) sabia o desafio que encontraria pela frente. Afinal, estavam lidando com uma construção de
grande porte com diversos riscos distribuídos nas fases de engenharia, construção
e comissionamento da obra. Antes mesmo de a construção iniciar, a Alumar desenvolveu o Programa de Higiene Ocu-
pacional na Construção Civil, iniciativa que
conduziu ao Prêmio Proteção Brasil 2009
como Menção Honrosa em Higiene Ocupacional. “A ideia foi antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os riscos físicos,
químicos e biológicos, vindos do processo de construção”, lembra o superintendente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente do projeto de expansão, Javier Marcondes Torrico. Em cada uma das fases
do empreendimento os trabalhadores estavam expostos a riscos como ruído, sobrecarga térmica e particulados como
poeiras, fumos metálicos, fibras, névoas,
neblinas, gases, vapores.
Foi pensando em diminuir a exposição
do trabalhador a esses agentes que o Programa foi criado, agregando valor para a
construção de uma forma sustentável e
garantindo ações de saúde e de engenha-
A gestão da higiene ocupacional
envolveu 17 mil trabalhadores
60 REVISTA PROTEÇÃO
ABRIL / 2010
INDICADORES
De acordo com o superintendente, o
programa permitiu, além da identificação
dos grupos de exposição, a realização de
mais de 500 medições de agentes de exposição e a avaliação de 100% desses grupos similares. “Não registramos no projeto nenhum caso de acidente do trabalho
gerado por exposição inadequada a agentes químicos e físicos que poderiam causar doença ocupacional”, comemora.
Além disso, o gestor frisa a importância
do desenvolvimento de diversas medidas
de controle coletivo e individual e a análi-
se e auditoria de mais de 100 Programas
de Prevenção de Risco Ambiental (PPRA).
Outro fato que conferiu sucesso ao programa foram as avaliações mensais através de indicadores de performance, oportunidade em que a evolução do Programa
de Higiene Ocupacional podia ser mensurada.
“A concretização dessa iniciativa só foi
possível porque tivemos a aplicação de um
modelo de gestão integrado e o comprometimento de todos na busca por um ambiente de trabalho em boas condições”,
finaliza Torrico.
VALDIR LOPES
SISTEMATIZAÇÃO
Para sistematizar as atividades no projeto foi elaborado um procedimento de Gestão para Higiene Ocupacional. Os princípios definiam responsabilidades, recursos
e procedimentos aplicáveis para que os
riscos ambientais fossem reconhecidos.
“Através deste reconhecimento foram identificados 195 grupos de trabalhadores
com um mesmo perfil geral de exposição
para o agente avaliado. Eles foram evidenciados em uma planilha padrão e classificados como inaceitável, significante, insignificante e incerto”, explica o superintendente. As empresas passaram a programar
medidas de controle e elaboraram um cronograma de amostragem a partir das avaliações quantitativas e conforme a classificação do grupo de exposição.
Como solução para as exposições caracterizadas como inaceitáveis foram realizadas intervenções através da utilização de
Equipamento de Proteção Coletiva e Individual. “Entre as medidas práticas de proteção coletiva implementadas estavam a
instalação de exaustores e ventiladores,
instalação de sistema de refrigeração,
revezamento de colaboradores, enclausuramento de cabines de veículos, entre outros”, elenca Torrico. Já entre as medidas
de proteção individual adotadas como padrão estavam as luvas anti-vibração, luvas
de segurança, protetor auricular, protetor
respiratório e utilização de creme protetor
para a pele
DIVULGAÇÃO/ALUMAR
e o fluxograma das exposições ocupacionais.
62 REVISTA PROTEÇÃO
ABRIL / 2010
Download

Controle rigoroso - Revista Proteção