70 anos do Radiojornalismo no Brasil
As Faculdades Integradas Rio Branco homenagearam Dalmácio Jordão - o Repórter
Esso
No dia 29 de agosto as Faculdades Integradas Rio Branco
receberam importantes profissionais de comunicação, docentes das
Faculdades e de outras renomadas instituições de ensino e alunos de
Jornalismo, para o lançamento do livro "70 anos de radiojornalismo
no Brasil" e a homenagem a Dalmácio Jordão (foto), do Repórter
Esso, marcaram a comemoração dos 70 anos de Radiojornalismo no
Brasil.
O livro, resultado de 20 anos de pesquisas, remonta a história
do jornalismo, no mais popular meio de comunicação de massa, o
rádio. Organizado por Sonia Virginia Moreira, a obra reúne 22 artigos
sobre radiojornalismo de diversos autores, como a coordenadora do
curso de Jornalismo das Faculdades Integradas Rio Branco, Patrícia
Rangel, o professor da Faculdade Cásper Líbero, Pedro Vaz, o
professor da Unisa, Marcelo Cardoso, e a coordenadora de
Comunicação Social da Unisa, Júlia Lucia Oliveira, que compuseram a
mesa redonda que discutiu aspectos do radiojornalismo, desde o
inovador Repórter Esso, até as tendências atuais, como o jornalismo
comunitário.
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Patrícia Rangel, Dalmácio Jordão, Pedro Vaz, Marcelo Cardoso e Júlia Lucia Oliveira
Segundo Patricia Rangel e Júlia Lucia Oliveira, o rádio possibilita
um diálogo com várias pessoas e possui força de transformação e
papel social, aprofundando e trazendo pessoas para discutir
importantes temas. Para Marcelo Cardoso, o rádio, por ser um meio
sensorial de comunicação, necessita de profissionais capazes de
trabalhar com narrativas que mexam com as emoções e com a
capacidade do ouvinte de criar imagens.
A importância e as diferenças entre reportagens especiais,
séries e documentários em rádio foram explicadas por Patricia Rangel
e Júlia Lucia Oliveira, que ressaltaram as diferenças das reportagens
especiais, que estudam o percurso, o porquê dos fatos terem
acontecido e o furo de reportagem, que são veiculadas nas rádios
com mais frequência.
Marcelo Cardoso lembrou a crescente influência da publicidade
e dos negócios no jornalismo, além da valorização dos índices de
audiência. Para ele, as reportagens precisam resgatar o conteúdo
mais humano do jornalismo, uma vez que cerca de 80% dos
conteúdos e das imagens no telejornalismo são iguais.
Na abertura do encontro, Alexandre Uehara, diretor-acadêmico
das Faculdades falou da importância do rádio no dia a dia das
pessoas e ressaltou a honra de poder participar de um momento
histórico do jornalismo, uma oportunidade para os alunos
conhecerem o radiojornalismo no Brasil e, ao mesmo tempo,
poderem valorizar a história, o que contribui para a formação desses
futuros profissionais.
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A cerimônia foi prestigiada por Olavo Marques, que foi suplente
de Dalmácio no Repórter Esso e Reinaldo Tavares, jornalista,
radialista e autor do livro "Histórias que o Rádio não contou".
As Faculdades Integradas Rio Branco homenagearam
Dalmácio Jordão - o Repórter Esso
"Ser Repórter Esso sempre foi um sonho da minha vida, desde
criança", afirmou o apresentador do Repórter Esso, Dalmácio Jordão,
após receber uma placa de homenagem das Faculdades Integradas
Rio Branco.
O radiojornalismo e o telejornalismo brasileiro seguem o padrão
de apresentação, organização e pauta do pioneiro do Repórter Esso.
Pedro Vaz, que desenvolveu o artigo "Referências da história do
Repórter Esso", apresentou históricos áudios do Repórter Esso, e
ressaltou que os futuros profissionais de Comunicação devem tê-lo
como um referencial de checagem, ética e apuração.
O último apresentador do Repórter Esso em São Paulo,
referência de credibilidade, afirmou "Eu procuro transmitir com toda a
honestidade, seriedade e ética aquilo que me é passado". Dalmácio
era repórter 24h, possuía em sua casa um equipamento para efetuar
as transmissões extraordinárias, como a morte do Papa Pio XII.
O radialista ressaltou que o repórter Esso não se preocupava
apenas com o furo, a prioridade era dizer a verdade, e por isso o
programa nunca precisou retificar informações. Sobre o futuro do
rádio, afirmou que é um veículo ágil e, por isso, continua cativando
as pessoas e, no futuro, a internet e o radio digital impulsionarão
esse veículo. Dalmácio disse, ainda: "A magia que ele (o rádio) tem é
essa rapidez, agilidade, essa coisa magnifica que é o radio e vai ser
cada vez mais, ouvindo o rádio, você fica imaginando quem é a
pessoa falando, você cria uma imagem".
Fonte: Faculdades Integradas Rio Branco
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70 anos do Radiojornalismo - Faculdades Integradas Rio Branco