PREÇOS:
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MOS E5TADOS. 86OO
ANO
RIO DE JANEIRO.
XXXV
28 DE DEZEMBRO. DE 1938
N.°
|734,
ANO NOVO!
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Deve ser o Anc Nova
Oue espero cem anciedade,
Paro pedir-lhe um bocado
Pequeno de felicidade
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éie der-me um brinquedo.
boneco e uma vaquinha.
vendeu-los e comprar .
capote pVa maninha.
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— 2 -
O TICO-TICO
O
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Dezembro
1938
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eu
um
dia
passeando na
praça Central, quando deparei com
dois homens suspeitos (guris claro!)
que tinham um embrulho quadrado
Estava
O Almanaque d'0 TICO-TICO
para 1939 é a maravilha das maravilhas.
AVENTURA
UM
(PÍLULAS
28-A
R. do Ouvidor, 183 5o. findar - Das 2 ás 5 Va
em baixo do braço.
Chemei meus ajudantes 23 e o 24
para que os prendessem. Qua! não foi
meu espanto quando vi que os suspei"trsbuco"
tos reagiram. Puxei do meu
e dei dois tiros: pum! pum! ido espoleta).
DO 28
Lutamos, lutamos, até que o prendemos. Vimos que eram dois grandes
gatos (dois miau), que todos os anos
iam roubar o ALMANAQUE D'0
TICO-TICO. Quando os levamos para
a cadeia, eles pediram que lhes empresfassem o ultimo ALMANOQUE
D'0 TICO-TICO DE 1939 que estava batuta. E assim terminou uma
aventura do 28 e seus ajudante 23 e
24, muito feliz.
28
"\
Redalor-Chele:
Carlos
Manhães
—
Diretor-Gerente :
C>
I *A^nJ
^JSrA
Q-,0<g©B©
A.
c>
©b <*?©<¦;?©
0 ADO novo
MEUS
NETINHOS :
de
S ilva
e
Souza
Um rico -*>
cr-~ presente
Bem que éla, a velhinha de cabelos brancos e mãos tremenres,
esperava na noite
Ainda, faltam tres dias para findar o ano e todos vocês,
tomados de viva ansiedade, esperam que chegue o Ano Novo, o ano bom, como todos cKzem, porque êle ha de ser-portador de venturas, dç felicidades, pelo menos no desejo que
todos formulam.
E todas essas felicidades, todo esse mar de venturas hão
de envolver vocês, porque, pensa Vovô, todos os netinhos
os mereceram.
A felicidade, já tenho dito a vocês, é de quem a merece e toda creança deve fazer por merece-la, sem muito es-
Natal
que
o
pro-
Papae Noel lhe entregasse
tempo
tanto
ha
sente
desejado.
Mas a noite passara entre bimbalhar de sinos e rondas de alegria
que ao
coração da anciã chegasse a vansem
nos solares visinhos,
sonhada, o filho
tura
que
as
desde
muito
longa
daquela
para
mares do norte. Agora,
noite
vestre, a velhinha,
amplidão
õ ^ieo-^ícü banda e& &cus CoUquò,
de
estrelada
partira
pescas nos
na vigilia
de
São
Sil-
olhos
fixos
na
céos,
re-
dos
novava, ria prece cheia de unção,
o desejo de rever o íiiho amado.
De repente, o espoucar dos fo-
deòefanâc-ífw& inumenctò venturas
guetes, o delírio do povo nas ruas
anii-Aavam a entrada do Ar,o
* * «o áecur&o âo Cíno Movo, * *
Novo.
velhinha,
A
imóvel,
olhos
r.o céo, teve lagrimas a descorem
pala rosto encarquühado. E nesse
estase de dor, sentiu duas mãos
forço. Para isso, meus netinhos, basta que vocês, que estão
na idade escolar, não percam a oportunidade de construir
o futuro, o magestoso porvir, o dia do amanhã. Esse futuro,
esse porvir chama-se Saber e todo trabalho que vocês despenderem para alcança-lo se chamará Estudo ou se denominará Trabalho.
Sem o estudo dedicado, sem o trabalho perfeito, nunca
se pode preparar o Futuro. No preparo deste, meus caros
netinhos, têm vocês ainda de manter perfeita obediência
aos pais e aos mestres, uma conduta exemplar em todas as
ações, um amor á verdade, um espirito permanente de fraternidade, uma dedicação extrema á Pátria.
Só assim, meus meninos, poderão vocês conseguir o
dia de amanhã que Vovô deseja ser o mais belo e mais feliz
de todos.
VOVÔ
taparem-lhe
os oihos.
que tornava.
o filho
E em seu rosto,
tão
molhado
um
riso
de
Era
en-
de
pranlo, aflorou
ventura, emquanto a
4
boca
mento,
balbuciava,
a
oração
em
entrecorta-
de
felicidade,
apenas em duas palavras: — Meu
filho!
CARLOS
MANHÃES
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I—N—H_J
J9__ RH
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O
TICO-TICO
28 — Dezembro — 1938
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As aventuras do Camondongo Mickey
(Desenhos de JVaííer Disney e M. B. Iwerks. exclusividade para O TICO-TICO em todo o Brasil)
ÍE
SI
— Agora, Mickey. faça o favor de vigiar estes objetos. .. .estafermo. Quem é que desejaria roubar isto? — O tio
enquanto eu estiver fora. e especialmente, tome conta deste Mortmer pagou uma quantia fabulosa por aquele vaso eijl
vaso antigo, pois è muito precioso Que pedaço de... Kooshmirh e não ha outro igual aqui nesta terra .^
— Sim. com excepção da loja dos 2 $000 que você não
distinguiria do outro — Póde ficai socegado. guardarei a sua
preciosidade como se guardasse minha própria vida*
— Não seja engraçado, |â i tempo de você apreciar as ,
'
coisas finas. Mickey. — No dia do regresso de Minnie. -*
Vem cá, Pluto, Minnie vai chegar hoie. e creio que váí. .-.->
.. .tudo bem aqui com os seus objetos antigos e inestimáveis.
— Sabe. vou pregar uma bôa peça ! Você fica aqui. Pluto,
fazendo guarda ac tesouro, enquanto eu saio
isto I'
— Hei de me rir de morrer, quando Minnie apreciaj.'.
Agora, vou levar isto para casa e esconder o outro.
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— Aqui estamos » Está tudo pronto
Bôa noite.
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-r- Diabo I Eu pagaria 3 dólares para rir de Minnie. ej
_ egpra. não voudar mais risadas.
{Continua no próximo número);
— 5
28 — Dezembro — 1933
TICO-TICQ
O
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UM MONUMENTO 5EPTl GURL NO MUN«
QQ INTEIRO. D GOVERNO MdRTERMERlCa
NO MANDOU ESCULPÍP. EM RQCHR VÚ/_\, 0
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RETRATO DO PRTRI0'RCP DO INDEPENDEM-
cip fmEratnm.CEowEwaEWA/sr&A/ edo
PRESIDENTE THÜMfjS JErFEJPSOA/ E5TE5
TRQBqLHOS «CHOM-SE
QuBSl CONCLUÍDOS.'
-JÊL
«o seu numero de 15 de Janeiro vindouro, publicará um sem numero de fantasias, das artistas de cinema, para o próximo Carnaval.
O
TICO-TICO
— 6
28 — Dezembro — 1938
//wz/rum
DE
é»?
ZÈflACACt
Zé Macaco estava resolvido a descobrir o gatuno que havia roubado o
relógio do quitandeiro, o qual lhe ...
... pedira/ o seu auxilio para pegar o
ladrão. Zé Macaco se poz em campo e
desconfiou logo de um sujeito que ...
... rondava as imediações da quitanda.
Tinha mesmo cara de gatuno, e dcpois, o olhava com tanta insistência!...
... Ocultou - se detraz de um poste,
e o outro também se escondeu, ficar.do os dois espiando um para
o outro...
... Depois avançaram os dois em sentido convergente, com grande surpresa de ambos.
E. .. os dois se «leram simulta-
... neamente voz de prisão! O
suposto gatuno era um secreta que
também desconfiara do Zé Macaco
como o ladrão do quitandeiro.
O Hilário, apezar de muito jovem e
pobre, não se queixava da sua pobreza,
yivendo conformado com a sua sorte.
Sentia a alegria de viver e êle a
irradiava, transmitindo-a aos que sc
lhe aproximavam.
Procurava sempre o lado bom que
todas as cousas más apresentam, bus"lado côr de rosa da
cando viver o
vida".
Para o que lhe sucedia de ruim, tinha sempre esse consolo filosófico:
"Podia ser
peor..."
Depositando grande confiança na
misericórdia divina,
repetia
essa sen-
tença na certeza de ser, como é, uma
"Faze
verdade; Deus disse: —
por íi
eu
te
ajudarei.
que
E esse auxilio jamais lhe faltou.
Certa manhã em que procurava
meios de ganhar, honestamente, dinheiro,
deparou,
ésfe anuncio:
"PRECISA-SE
em
um
DE
UM
jornal, com
HÁBIL
AGENTE PARA A VENDA DE TERRENOS A PRESTAÇÕES EM ÓTIMO LCCAL PARA CONSTRUIR".
A alegria do Hilário
(HISTORIA VERÍDICA)
O anuncio indicava ainda á rua e
numero da sede do escritório da Companhia construtora.
O Hilário foi até lá e conseguiu convencer os diretores da Companhia da
ser um ativo agente de negocips.
O caso é que, com seu espirito
franco,
alegre,
expansivo,
em
breve
conseguiu angariar um grande numero
de mutuários para a Companhia.
Sua
atividade
era
recompensada,
não somente pelas comissões que percebia sobre as vendas feitas, como
também com o cargo de "chefe dos
agentes", com remuneração mensal
fixa.
Era estimado por todos, tal a
fiança que inspirava tudo quanto
e pela simpatia e prazer que sua
sença despertava, onde quer que
condizia
preche-
gasse.
Não
tardou que, com suas economias, comprasse ações da companhia
construtora, tornando-se seu acionista
escolhido
pelos demais para diretortesoureiro da mesma, tais as provas dc
capacidade administrativa que apresentou e seu comprovado tino comerciai na franca prosperidade da Companhia.
Assim o Hilário, confirmando seu
nome "conservava sempre seu sorriso"
"conforme
pede a CAMPANHA DA
BÕA VONTADE. Tinha a verdadeira
alegria de viver que todos devem gozar agradecendo á Divina Providencia
ás graças que concede aos viventes,
embora alguns não as mereçam porque
negam sua imensa misericórdia.
-
MAURÍCIO
MAIA
-
28 — Dezembro
1938
O
GUERRA 90 CRIME
-—Que acha de minha fazenda, Bentx '?
Novela de
;$£ Rex Collier
N- 11
O
— Parece muito segura, Doll.
Os
G - Men não nos viriam procurar
aqui.
I
— Quando a perseguição dos agentes federais começou a tornar-se uma
coisa séria, Benlz e Doll fugiram para a Florida.
— Minha mulher está de viagem para
aqui.
A propósito, chefe, existe um
"jarro cheio
de dinheiro" na cidade
delia — Danville.
Este é o meu
"
plano —
TICO-TICO
I
— Parece ótimo o projeto, Doll. Eu
vou seguir imediatamente para Danville, afim de preparar o ambiente.
Quando precisar de você, telegrafarei.
"
g u I f -
stream", corrente
quenfe do Atiantico, que vai do
golfo do México
á Noruega, e que
contribue
sensivelmente
para
elevar a temperatura
maritima
da
Europa
ocidental, foi desçoberto, em 1513,
navegador
pelo
espanhol
Alaminos.
•
Castro Alves
nasceu na
Baía
em 1847.
O
Aristóteles foi
um celebre filosofo grego, nascido
em 384 antes de
Cristo.
•
A
zibejina
é
uma espec"e de
marta, que habita a Sibéria e o
Japão.
•
As vanersas são
borboletas
de atraente colorido.
— A mulher de Kelly diz
que conhece
Eddie Larue, ou Doll, da quadrilha
Bentz. Talvez ela nos possa auxiliar.
— Onde está
Larue, agera 7
— Não o vejo desde que êle
casou com uma moça do -Maine, ou coisa parecida. O nome dela é Odette Blaker !
Ha
tartaruqas
do mar que cheqam a pesar ouatrocento*
quilos.
•
O salmão passa o inverno no
mar e parte do j
verão
nos
rícs,
onde
costuma
desovar.
O
ruténío
é
metal do grupo
da platina.
•
A quina ê originaria do Peru.
•
I— Com a captura de Kelly ...
(Continua
A
MENTIRA
E'
UM
HABITO
no
próximo
AVILTANTE
número)
As zebras da
África austral são
chamadas quagas.
O
— 8
TICO-TICO
28 — Dezembro — 1938
Os óculos do Bolonha
— Que é isso, Bolonha ? Estás sofrendo da vista ? Que coisa mais espalhafatosa I Nunca vi óculos assim !
/
f\
— Nunca viste, mesmo. Estes óculos
são diferentes dos óculos comuns. Através de suas lentes, . . .
^____Ü_____Í
A\ . . vêm-se coisas extraordinárias ! Por meio deles
podemos ver se uma pessoa é tnteligente ou não. Olhando para você, por exemplo, vejo perfeitamente a figura de
um burro . . .
:AAM I riu V,V Lti
I
-¦¦,____,
¦¦
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. __.
^
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...
_r
¦
t
n
^__*________
—. Que coisa formidável! Deixa-me verificar, diz o Bolinha
pondo os óculos so
bre o nariz e olhando, fixamente para Bolonha. —• Tens razão! Formidável ! Veio um
barro muito velhç e muito burro ...
28 — Dezembro — 1938
9 —
RUBIACEA,
0
TICO-TICO
e OURO BRANCO
Rubiácea não perdeu lempoi foi avisar de tudo a
Ouro Branco.
iriam, durante o norte, roubar ovos do
i§__-^s__§f'^
L-'
.AAAA \^'""''sl- HHH^*
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_T_Í«_S_w
^~/
galinheiro de Ouro Branco
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y^A/íf^
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lilts.
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1 .
Em dois tempos Ouro Branco preparou a defesa:
______«__.____-__________________.
J_a*í_-/
O
TICO-TICO
28 — Dezembro — 1933
10
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/^\*'I
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Ç*
«Í^Lr—--"""¦""""""
"Pernambuco"
e Eugenia foram obrigados a desembarcar para serem revistados pelas autoridades, que se mostravam
muito desconfiadas.
E' que o país estava em guerra e liavia ordens severas contra os espiões. Os
dois jovens eram olhados como espiões.
E, após o interrogatório,
"Pernambuco"
e Eugenia ficaram presos até segunda
ordem.
(Continua no próximo
número).
Hl
I
1
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O juiz militar perante .o
qual foram levados "Pernam.
tuco" e Eugenia. interrQ.gjR-as
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28 — Dezembro — 1938
A
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TICO-TICO
^m ^a2Í0 de 18 na linha
dágua e aquela
vira
necroteriovè cassa
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J
Novela de
Brandon
Walsh
Continuação N. 81
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Copr. 1937Ttog Fcaturcs SynScate, fn?,'VVorid rigMts reservai _>-
— Onde está Chang Hò ? Que sei eu ?
Não sou amigo desse patife. Nada melhor
eu desejaria do que ve-lo balouçar-se pelo
pescoço a um mastro.
—
gará
foge
tra
!
— Vou dar uma
lição naquele cão
%pk
/
Quem neque: Onde
o vicio ena virtude.
yjik' I l
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\y)^^^/!^~yfÍ^^'^
II
—Ah!
Ah!
— E' o que procla• Caímos num lôma minha inútil pesg r o . Capturamos
sôa : O perigo treme
um falso pirata.
adiante to ridículo.
'¦$%T—
í
Ming Foo personifica a calma e a sabedoria. Fala pouco e age muito, sempre com acerto. Vejam o
próximo número d'0 TICO-TICO.
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Em edição primorosa se encontra á venda, em todo o Brasil, o Almanaque d' O Tico-Tico para 1939.
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28 — Dezembro — 1938
— 12-.
TICO-TICO
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6)ÇO ESCRAVO.'
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DiGA-UES
Si Av/AWÇASEfl HAtS X
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(Contínua no próximo número)
Naquele ano chuvido
Por todo vasto sertão
O povo se preparava
Pra a festa da Conceição.)
Desde a véspera, de noite,
Era grande a romaria
De roceiros no povoado
Para a festa no outro dia.
Ficou cheio de freguezes
Do lugar o único rancho
Com Bem-te-vi, Zé-Gaióla
E seu alegre farrancho.
Desafio
Houve barracas de prendas
E, ao fim da festa, leilão
Em prol das obras da igreja
Que inda estava em construção.
"fogo de vista",
Queimou-se
Vistosos, mesmo, a valer
Com rodas e chafarizes
E um painel de enternecer.
No outro dia, logo cedo,
O sino chamava o povo
Para a missa, e a igrejinha
Ficou cheia.._. como um ôvo.
Na casa do Chico Pinho
Fizeram grande festanca:
Musica de harmonio e flauta
Que animava a contra-dansa.
A charanga da cidade
Batucou com brilhantismo:
E o padre fez seu sermão
Atacando o espiritismo.
No terreiro o Zé Viola
Mas o Manêco Navio
Pegaram-se pelejando
Num tremendo "desafio".
Depois de muito cantar
Diz o Zé: — Hoje eu te surro,
E tu vais comer capim
Por ser um cantador... burro.:
E Manêco respondeu:
Um burro nunca está só;
Como capim com a parélha
Da burra da tua avó...
"Fechou-se o tempo": as violas
Nos ares logo rodaram...
Na cabeça dos cantores
Depressa se arrebentaram...., ¦
Sossega, aquieta, acomoda!....
Deixa de briga, rapaz!...
A gente quer divertir-se
'
E não brigar com os demais.
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No dia seguinte os dois
Diziam aos camaradas:
Que boa festa!... Só houve
Duas cabeças quebradas!....
E.
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O Mistério dos
<2." PARTE)
Diamantes amarelos - A narrativa do velho sábio — por Aloysio
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• • • indivíduo soltou-me espantadissimo. Aproveitei seu instante de surpresa e escapufi-ma ta.o
depressa quanto a massa d'agua me permitia caminhar. Enco.nttei uma espécie de.-. . .
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"Não havia mais dúvidas sobre as intenções do estranho sér submarino. Segurando-me
"provarfortemente em sua mão menbranosa, levou-me a sua esquisita boca como se quizesse
me". Felizmente o aço de meu escafandro.não e a muito apetitoso e o .„, •
. . . pequena gruta onde me resguardei dos inimigos que ali nâo poderiam penetrar. Mal sabia
que ao sair da gruta me aguardava, a mais agradável das surpresas !r
(Continua no próximo número).
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28 — Dezembro — 1938
14 —
TICO-TICO
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(Continua no próximo número)
Nossos leitores
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QUÍMICA
Os metais caraterisam-se pelo brilho metálico de sua superfície e por
serem bons condutores do calor e da
eletricidade. Os metaloides não têm
brilho e são mãos condutores do calor e da eletricidade.
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O galante Helüon Holtum Alvarenga,
nosso leitor, de sete anos de idade
0 NOVO ROMANCE FOLHETIM
Os corpos, segundo os elementos
que entrem na sua composição, podem ser simples e compostos. Simpies são os constituídos de um só
elemento ; compostos os de mais de
um elemento.
Metais e metaloides são chamadas
as divisões de corpos simples.-
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Publicamos no numero passado
a capa do novo romance folhetim
d'0 Tico-Tico — CORAÇÃO DE
CRIANÇA, uma primorosa narrativa escrita e ilustrada por Max
Yantock. A capa em apreço deve
ser destacada e guardada para
encerrar as folhas do romance que,
a partir de hoje será publicado.
Dessa maneira poderão os nossos
leitores, finda a publicação do folhetim, possuir um lindo livro, digno de figurar na bibliotheca que
toda criança deve ter.
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— E' aqui que está o segredo \)/
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Conta-S8 em certa lenda, que ha muitos anos vivia um fazendeiro, riço, ruim e ssvina. Seguro Qfr dinheiro como elo só. Ninguém procurava o serviço cie sua estância, porque ninguém
queria tneíp",Sar de-graça. Quem tinha de fazer o serviço da .stancia, era um negrinho. um garoto de de. si&n., escravo do fazendeiro. E como pagamento.., só recebia pancadas de tirar sangue.
O est.ancieiro e um filho dele, tão malvado como o pai, maltratavam o servo. Quasi que
nem comida lhe davam. Um naco atoa de broa dura, que até os rates, regeitaria e uns goles
de mata que mais parecia água suia. Roupa ? Pobre do! negrinho. . . Elê próprio lavava o remendava a sua. E no inverno, Unindo de frio, com o corpo estangicío, nao tinha nem um velho ccbertor para se aquecer. E ainda era feliz, quando não precisava ficar ao tempo, vigiando algum
anima!, ainda não bern acostumado no lugar.
Encarregado de pastorear, por trinta dias. trinta tordilhos negros, o negrinho adormeceu.
Ladrões roubaram a cavalhada. pobre negrinho. C amo ficou fulo, espancado e pisado, foi man"campear
o perdido". Depois de levar uma surra, lé se foi. êle, á procura dos cavalos.
dado a
Valeu-lhe a Virgem, sua madrinha, rectituiu-lhe o perdido. Mas o filho do fazendeiro perverso enxofou os cavalos de novo e o pobre negrinho perdeu outra vez o guardado. Grande foi o desespero do fazendeiro que pegou no rebonque e bateu-lhe com força para matar. Eram pancadas de
tirar carne.
E o negrinho não gritava, gemia só. Quando cançou o perverso pegou no escravo e foi
coloca-lc num formigueiro para que as formigas devorassem a carne. Passaram-se tres dias. No
quarto o fazendeiro malvado fo: ver o que restava dc negrinho e ao aproximar-se do formigueiro,
caiu de joelhos assombrado com que. viu; sãosinho, sem marca de feiida no corpo o negrinho
cercado no meio da tropa dos tordilhos negros, e sobre ele pairava no céu a Virgem que o
abençoava. O estancieiro, assombrado pelo acontecimento, enlouqueceu. Diz o povo que ainda hoja
"Negrinho
o
do> Pastoreio" vive por aí, procurando objectos perdidos. E é verdade quem perde
algunia ecusa basta acender uma vela ao negrinho que ele não tarda a acha-lo, pondo depois
_m locar bem visivel do dono.
Assim c infeliz pastoreio, paga depois da morte, em beneficies os sofrimentos que recebeu
durante a vida.
Yolanda
Ribeiro
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N.3
(Continuação)
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O espirito infantil é ávido de recreio e de cultura. O Almanaque d'0 TICO-TICO, á veada em todo o território nacional, reuniu motivos de recreio e de ilustração para as crianças.
No próximo número concluiremos a publicação das peças que compõem o avião de caça.
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OTICO-TICO
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AVENTURAS
—
Í8 —
CAÇADOR
TINOCO,
28 — Dezembro — 1938
DE FERAS
(Desenho de Théo)
Mister Broun conversava com Tinoco sobre
incêndio e bombeiros quando o nosso hcroe
se lembrou de contar uma de suas façanhas
ao inglês. Uma vez, disse Tinoco, passava
com uma bomba de apagar incêndio, proximo a uma mata, quando fui inopinadamen-
te atacado por uma íerocissima ouça. Liguei a mangueira dágua a bomba e ataquei o
terrível felino com um forte jato dágua
e como gato escaldado de água fria tem
medo. nunca mais fui «acomodado pelas
onças quando estava de mangueira em punho
TOME C^.PERV.CíSnPflGj UM UNOO
IAM 1 FOR MG. PARAAICXE -VAE PArsaCe/SJ
UM GENERAL.
ESTA' UMA UN06QUE.TAI O MEU UlUFOCtie. I
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oclesial .MAMÃE 1 VOVÔ / y\
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SUJA-LO .MUITO (3J.DADO
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— 19
28 — Dezembro — 1938
MAX
DA
SENSACIONAL
LINHA
DE
NOVELA
O
TICO-TICO
FÉRREA Ouro em
pó
AVENTURAS
( CONTINUAÇÃO N.° 9 )
1
—1
Os carros sem
rodas, que se arrastam pelo gelo,
chamados
sâo
seléas.
•
Os
indigenas
habitavam
que
as costas brasileiras no tempo
do descobrimento chamavam de
ás
cânóas
de
feitas
eles
por
uma só casca de
arvore.
ubá
As malas postais eram colocadas em aparelhos
especiais, junto das linhas, de modo que pudessem ser depostas nos vagons de correio som
que o trem parasse.
Apesar do grande risco que oferecia esse gesto, Max agarrou-se a uma das malas e esperou
que o trem passasse. Quando isso se verificou,
Max e a mala do correio cairam numa rede.
fggS
O triângulo é
uma figura geométrica que tem
tres lados e tres
ângulos.
Os t r a b u cos eram maquínas de guerra antiga com os qu<sis
se atiravam pedras contra as eidadélas inimigús.
•
Os funcionários do carro-correio ficaram
admirados quando Max e a mala surgiram. Em
rápidos instantes Max contou aos funcionários
postais o que se havia passado. E entrou a agir.
Max trepou ao teto do carro-correio e percebeu que, paralelamente e na mesma direção
do comboio em que ia corria outro trem — o
que levava o maquinista e o foguista sem sen-.,.
Os vasos dentro dos quais cae
o leite que é ordenhado das ovelhas e das vacas
chamam-se farros.
Tapiz quer
zer tapete.
di-
•
Galileu,
o
astronogrande
mo e matemático,
é o creador da
f i s i c a
experimental.
Escuna é uma
embarcação ligeira, de dois mastros.
•
...tidos. Felizmente o comboio em que estava
Max tinha grande velocidade e mais e mais se
aproximava do outro, seguindo sem governo.
Iam se emparelhar. Max poz-se a olhar o —
... espaço que separava os
rava apenas que o carro
aproximasse da maquina
saltar!
(Continua
dois trens e espeem que estava se
do outro trem. Ia
no próximo numero)
inGutenberg
ventou a imprensa em 1436.
O
TICO-TICO
28 — Dezembro — 1938
ii-, 20
Às proezas de Gaio Felix
(Desenho de_Pat Sullivan -» Exclusividade d'0 TICO-TICO para o Brasil)
— Deve ser o patrão... De certo perdeu a chave,., Oh»
como vai ficar contente quando eu lhe abrir a porta .
— Não ha duvida que fiz uma boa coleta..,
'
— Pelos bigodes de Cesar' Al esta outro ladrão III
'
.Desta vez estou alerta viram o patrão sair...
— Feche, todas as portas e lanêlas.
— Prós diabos !!_
— Isto e que eu chamo lazer um bom serviço I Não tive
mesmo que usar a minha púa — .
Pucha ' Esteu sempre arran|ando encrencas !."
Meu patife, desta vez você nâo entra. ^ posso ser enganado uma vez mas não duas LU
Aposto como isso è vingariça de minha mulher !U
. (Continua no próximo número) ,
ANO IV
ME ü JORNAL
Org. o aos leitores
d'0 TICO-TICO
DIRETOR:
O
MENDIGO
Encarquilhado. sob o fardo do desengano, caminhava
o mendigo para um e outro
lado da calçada.
Suas faces enrugadas, diziam bem
quantos anos suportava aquèle suplício de implorar ás
almas caridosas, mas no
seu olhar brilhava a chama
di esperança. Sempre nos
lábios pairava um sorriso e
cada pessoa que por êle passasse, não vacilava em deixar cair um níquel que lhe
matava a fome.
Assim como
encontrava
creaturas
possuidoras de coração generoso, muita vez deparou
com pessoas cruéis, que o
maltratavam e desprezavam.
Um dia, interpelado por
unia senhora caridosa, que
dele se acercou, trazendo á
mão sua filhinha, o mendigo falou : — tenho sofrido
muito ... E fez uma narrativa completa dos episodios que viveu durante a
guerra em que se empenhara para servir, á Pátria.
E
proseguiu ; A guerra, como
sempre terrível, atrazando
cidades e matando seu povo.
Como fiel servidor de
minha Pátria, me vi repentinamente no campo de batalha. Mortes violentas, o céo
enlutado pelas balas que cortavam o espaço, sibilando.
Comidos . . . enlutando minha Pátria . . .
Acaba a guerra ! Gritos
de Vitória !
Todos os companheiros
•voltaram ao
seio de suas familias, regressaram aos lares
abandonados, felizes pela vitoria.
Cinco anos depois, regressava eu para encontrar
meu lar desfeito.
Com sacrificio compreendi . . .
Minha mulher, como todos
me julgavam morto ; mas,
aflito, eu aguardava permissão para voltar á tranquilidade do meu lar. Meu doce e querido lar, onde deixei na hora derradeira da
despedida, minha mulher e
minha filha.
Desde então
vivo implorando a caridade
Mas tenho fé em
pública.
Deus.
O nada das minhas
aspirações se resume no tudo da minha esperança de
encontrar esposa e filha.
Quando terminou, as lagrimas rolavam silenciosamente pelas faces da senhora ;
^ram lagrimas de felicidadc . . . Êle havia encontrato com o facho da esperança a esposa e a filha e, com
elas o seu sonho tão alme-
—
Chiquinho
—
Colaboradores
jado. Deus, bom o gêneroso, recompensou a grandeza
de sua alma, fazendo-o feliz.
Abraçaram-se, comovidos,
e, desde então, nunca mais
se separaram".
Anadyr de Miranda Medrado
Dias
QUE
SONHO !
Quando Os passarinhos começ.aram a cantar e o relógio
a tilintar, levantei-me, ou,
melhor, ia levantar-me, mas...
que preguiça ! Olhei para o
relógio e eram cinco horas.
Ainda cinco horas ? Era cêdo. Eu ia para o trabalho
ás cinco e meia . . .
Pensei.
Pensei tanto que
adormeci outra vez.
De repente, um vulto surAssusgiu á minha frente.
tei-me, mas precipitei-me sôbre èle. Ele tentou sacar
de um revólver, mas dei-lhe
um formidável soco em seu
queixo que o fez cair por ter
ra. Mas o homem era resistente.
Levantou-se, rápido,
e sacou o revólver e ordenou
que eu levantasse os braços.
Obedeci.
Pouco depois, estava eu num carro.
Todo
amarrado. Êle falou algo ao"
"chaiiffeur".
ouvido do
Tentei ouvir, mas nada consegui.
O carro se pòz em
movimento. De um momento para outro, o céo escureceu ; chovia torrencialmente. O carro não corria: voava.
De súbito, ouve-se um estrondo.
O carro bateu em
um poste. Eu caí, junto com
os outros dois.
Mas ... o que ? Será
verdade ? Caros colegas, eu
estava caindo era da cama.
Sonhei.
Olhei para o relogio : seis horas e poucos mimitos.
Perdi um dia de trabalho;
dinheiro e . . . oportunidade para prender os ladrões.
Milton Penedo (13 anos)
Historia do homem
preguiçoso
Havia um homem muito
preguiçoso e que só plantava um pouquinho de cada
coisa e'quando colhia o que
plantava, o produto absorvia
no álcool, por isso só tinha
de seu um casebre e algumas
terras.
Quem por ali passasse, logo lhe perguntava, por que
não endireita a suacasa ? E
êle respondia, pressuroso,
—
Todos
que
M. 52
À creança diz no
Jornal p que quer
quizerem
não vale a pena.
Por que
não trabalha muito ? Não
vale a pena. Tudo não valia a pena.
O estranho
que por ali passasse dizia
logo, mas que grande preguicoso !
Tinha muitas terras, mas
não trabalhava em quasi nenhuma. Quando, um dia, ia
á roça, viu até ao longe, sem
madeira-, onde era tudo mata
e uma pessoa tirando as estacas da cerca, para perto do
preguiçoso.
Álvaro Rocha F.° (9 anos)
"Oração
ao pavilhão
nacional
Bemdito sois, pavilhão nacio[nal.
As tuas cores resplandecem
[no horizonte.
O verde, as matas virgens
[imortais.
O ouro, as riquezas minerais.
O azul, límpido céo sem ri[vai.
O branco, paz e nobreza,
e vinte e uma estrelas esta[doais.
Ao centro, a faixa suprema,
onde está gravado o nosso
[lema :
Ordem e Progresso.
Bemdito sois, pavilhão de
[minha Pátria.
A sua imagem será sempre
[abençoada.
O verde, a bela casa de Bra[gança.
O ouro, linda casa de Lorena.
O azul, onde vive o Cruzeiro
[d0 Sul,
a Espiga da Virgem e o Es[corpião.
És divinal, bandeira amada,
mãe de heróis destemidos,
e corações humildes.
Cheia de esperança, marchas
[para o futuro,
com nosso lema :
Ordem e Progresso.
Schwartz Alves de Mattos
AMOR MATERNO
Desde que a criança nasce, tem sempre a seu lado,
como um anjo de guarda,
sempre carinhosa e bondosa,
sua mãe, esforçando-se e fazendo preces para que seu
filho tenha saúde.
Qualquer vontade que êste manifeste, ela procura
satisfazê-lo, mesmo com sacrificios para si.
Se seu filho adoece, não sái
da cabeceira de sua cama.
Noite e dia, está ela a seu
com
confortando-o
lado,
meigas palavras e não descansa, enquanto não o vê
E assim,
fora de perigo.
no meio de esforços penosos
e sacrificios, o seu filho se
torna um moço e ela, então,
já alquebrada pelos anos,
com seus cabelos esbranquiçados, vê que já cumpriu o
seu dever.
Fez tudo isto, sem esperar siquer uma recompensa, a não ser o amor de seu
filho, o que, ás vezes, nem
lhe é dado.
Muitos só reconhecem o
seu valor, depois da sua
morte, mas então . . .
"Só o amor de um filho
é a recompensa que toda mãe
espera e se tu não o podes
dar, és considerado infeliz,
porque também todas as outrás alegrias do inundo não
te serão concedidas."
Portanto, caros leitores,
se adiantou alguma coisa cstes rabiscos, reconhecei a
Amai vossa mãe.
verdade.
Dalton
O
GersoM
Trevisan
ALCOOLISMO
Eis uma enfermidade humana, que se alastra com
garras esfajmadas, sobre os
1 a r e s, invadindo terrenos
férteis e arados por corações virtuosos. De todns as
desgraças que aniquilam a
conciencia do homem é, sem
dúvida alguma, o alcoolismo
aquela que vem acompanhaRouda dos peores males.
ba o esposo do lar, abate inteligencias robustas, impede
o desenvolvimento de um
pais, esconde da Pátria os
seus filhos e tais são as calamidades que o veneno vem
trazendo em suas azas bordadas, em cores atraentes
O número de vítimas é incontavel. O mal já alcançou
largo terreno e sendo um
corruptor da sociedade temse movido contra èle profusa
Estados
Nos
campanha..
Unidos já foi proibido legalmente o uso do álcool, porém, tão salutar medida foi
revogada pela influencia dos
negocistas inexcrupulosos. |
É indispensável que a mocidade brasileira seja posta
á salvo de lão negro vício e
para isso é necessária, por
parte do governo, uma 0rganisada campanha educativa.
Albino Pires
SUPLEMENTO
"MEU
DO
JORNAL"
cavetinha:^
DQ_
ls__
As
O
quintas - feiras
Circula
MALHO
Tenha sempre em
vista, menino, que é
a si próprio que você
tem que dar conta
Deudos seus atos.
tro de você ha um
juiz que, se não o julgar hoje. ha-de fazêIo quando você fôr
_ triste o
homem.
homem se envergonhar dos atos praticados na infância.
O
I). Pedro II era um
sábio.
Era
grande
amigo dos estudiosos
e dos estudantes.
O
Não bata no seu irmão menor. Lembrese de que êle é mais
fraco do quê você.
O
Só os meninos mal
educados fazem troça dos velhos.
O
Uma das fontes dc
riqueza do nosso pais
é a exportação dc min í :ios.
O
As superstições são
prova de ignorância.
O
Não diga nem cs.-reva|: [alar comsigo, cm vez de falar
com você, ou falar
com o senhor. É um
erro comum, mas que
Falar
é fácil evitar.
comsigo significa falap a si próprio, monologar.
O
É inexgotavel a astucia dos contrabandistas cm sua luta
para passar produtos
de um país para outro sem pagar direitos.
A última foi a
de esconder ópio nas
peles de salsichas.
Os guardas aduaneiros de Marselha' descobriram faz pouco
tempo, uma partida
de 200 quilos de ópio,
dissimulada na fôrma
que acabamos de explicar.
O francês K e n é
Caillé foi o primeiro
europeu que entrou
na misteriosa cidade
de Tombouctou, na
África Central.
Aos
18 anos, Caillé partiu
de sua aldeia natal,
Manzé-sur-M i g n o n
(Üeux-Sévres), c o ra
60 francos no bolso.
Viveu vários anos em
São Luis do Senegal
e Dakar.
passando
misérias, i n c 1 usive fonie e sede, mas
firme no propósito
dc alcançar a cidade
Para isso,
proibida.
aprendeu o árabe e
as línguas indígenas.
Finalmente, fazendose passar por bufarinheiro egípcio, alistou-se em uma caravana indígena que ia
Tombouctou,
para
onde entrou em 20 de
Abril de 1828. Mas,
sua saúde estava abalada pelas privações
e não resistindo á tuberculose, faleceu aos
trinta e oito anos de
idade.
O
Binger foi um dos
fundadores do imperio colonial francês.
Cada uma das expedic-ões que realizou
de 1885 a 1888, na
cosia do Marfim e no
pais dos Kong, deu á
França imensos e ricos
territórios na
costa da Guiné, abriudo-lhe O caminho do
Niger. Binger terminou os seus dias cm
Isle-Adain, á margem
do Oise, onde um monumento á sua incmoria foi inaugurado ha
tempo
pelo
pouco
General Gouraud.
O
O cumprimento c
o mais elementar dos
sinais exteriores de
delicadeza.
Cumprimentam-se todas as
pessoas que se conhecem e um grande número das que não se
desconhecem.
Nunca se deve poupar um
cumprimento, não
custa fadiga nem dispendio e indica uma
bôa educação de parte daquele que o faz.
As pessoas que não
respondem a um cumprimento são grosseiras e desprezíveis.
A fôrma dc cumpri-
ILLUSTRAÇÃO
BRASILEIRA
Mensariü
de
luxo
mento difere segundo
a condição da pessoa
a quem é dirigido e
o sítio em que se
.acha. No nosso país,
consiste, geralmente,
para a mulher como
para o homem, numa
inclinação de cabeça
ou de busto. Essa
inclinação deve ser,
no h o m e m, mais
acentuada do que na
mulher.
Por esse
motivo, fora de casa,
de
o cumprimento
u'a mulher passa ás
vezes despercebido.
Não se deixem, portanto, perturbar pela
dúvida.
Persuadamse, pelo contrário,
que u'a mulher nunca deixa de corresponder a um cumpriMEU LIVRO DS
H I STÓRIAS
presente de valor.
para ?.-> crianças
A Venda
mento.
O otimismo
é parente chegado da
delicadeza.
O
A princeza Favzia,
de sete anos, irmã do
soberano egípcio, fiSeu noicou noiva.
vo é o principe herA
dei-o <la Pérsia.
noiva já começou a
aprender alingua
persa para poder
conversar com o marido, guando casar.
O
Grande número de
animais que vivem
na região dc Angorá,
na Turquia, possuem
pêlos longos e sedosos.
Entre êlcs estão gatos, cães, caOs gatos
bras, etc.
de Ángora são famosos.
É, porém, interessante que quando
os mesmos animais
são levados para outros países, perdem
os pêlos longos e sedosos e se tornara.
SABE!
com o tempo, iguais
aos outros animais.
Porque isso se dá,
ainda não foi apurado.
O
As mulheres não
têm boca menores
que os homens. PeIo contrário, proporcional á sua altura as
mulheres têm boca
maiores que os homens . Este fato foi
rigorosamente determinado.
O
Ha muitas pessoas
"olhos
que possuem
de túnel", isto é,
olhos que só vêem o
que está em frente,
nada notando do que
se passa á direita ou
á esquerda. Um grande número de acidentes de automóvel tem
como causa esta anomalia.
O
A França celebrou
em Junho último, nada menos de seis hcróis : Jeanne Hachette, Hoche, o pequeno
tambor d'Arcole, Hené Caillé, Binger e
Essas soleSébald.
nidades foram simpies, quasi familiares.
Faltaram as manifestações que dão lugar,
em outros países
àquilo que chamam
"o cuito extremado
dos heróis" . Lá fora
estranharam que a
França não testemunhe mais reconhecimento aos construtores de sua glória.
Pôde ser que estejamos
errados,
mas,
também póde-se vêr
nessa simplicidade o
sinal de que, entre
nós, o heroísmo é
muito natural.
O
Você quando vai
caminhando pela rua,
em dia de sol, tem
sempre a seu lado,
esparramada no chão,
a sua sombra.
Onde ha luz, ha
sombra. E, o que é
a sombra ?
Respondemos : é a
escuridão produzida
por um corpo opaco,
que é colocado diante de uma fonte luminosa.
Neste caso, o sol é
a fonte luminosa e o
seu corpo, o elenien-
MODA E BORDADO é o melhor figurino que se vende no Brasil.
to opaco qiie detem
os raios luminosos.
O mesmo fato se dá,
se colocarmos uma
esfera de madeira diante de uma vela,
que c o foco lumi noso.
Na parede se
projeta a sombra,
com a fôrma mais ou
menos parecida com
a fôrma do corpo.
O
Os ovos de avestruz
são comidos por diversas tribus semiUm ovo
selvagens.
de avestruz é vinte
vezes maior que o
O
ovo de galinha.
cozimento de tal ovo,
até ficar duro, dura
14 minutos.
Um ovo de beijaflor é tão pequeno,
que quando se rompe
e dele sái um filhote
este não é maior que
uma abelha.
Nem todos os
ovos têm a mesma
fÓrma. Certos passaros põem ovos que
são alongados ; outros são finos e fongos.
Os ovos têm todas
as cores possíveis.
Muitos deles são pontilhados. Só ha Uma
espécie de pássaro
que põe ovos azuis.
liste pássaro encontra-se na America do
Sul.
O
Censurando,
alguém, a temeridade de Osório na batalha de Humaifá,
em que o general
chegara até ás muralhas da fortaleza, arriscando a vida e
com ela a sorte dos
soldados, respondeu
o vencedor de Tuiuti : "Eu
precisava
mostrar aos soldados
que era capaz de ir
até onde os havia
mandado".
O
Só escreva aquilo
que você puder assinar.
28 — Dezembro — 1938
— 23 —
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UM NUMERO ESPECIAL
PARA UM PROGRAMMA
GIGANTESCO !...
Aguardem o numero de "CINEARTE"
que
vae apparecer em L- de Janeiro, com uma
agradável suipreza para 03 "fans" ! . . .
tò'*-*-'**-*-*"-*-'?--!. lífr irT - /*
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TICO-TICO
28 — Dezembro — 1938
— 24 —
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O calor, excessivamente tropical,
m Depo1S de muito labor Al Pun\ ^j| \-4L\W era tão forte
,o conseguiu arrasar um logar
que Al Punjo. logo ao
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descer do avião, não
. para aterrisar o avião. O terreno diferia
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podia ter as roupas
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muito do da Lua, onde havia grandes pia»
sobre o corpo.
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nicies. Em Marte as montanhas e colinas
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(Continua no próximo numero].
Já
está
á venda
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"ALMANAQUE
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TICO-TICO"
para
1939
i:
28 — Dezembro — 1938
25
O TICO-TICO
O garboso batalhão do Corpo de Fusileiros Navais
..
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(Continua no próximo número).
¦ ¦-um !¦
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— 26 —
TICO-TICO
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28 — Dezembro — 1938
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M<^'
E deante do Rei-Menino
Dos doze meses do ano
NATAL
Gosto mais do de Dezembro
Pois nele, um grande mistério,
Os tres Reis se prosternaram;
Depois, ouro, incenso e mirra
Reverentes Lhe ofertaram.
Com alegria, eu relembro.
Entre um boi e um jumentinho
Em Dezembro na Judéa
Os pastores, pobre gente,
Velado por São José
Uma estrela apareceu
Sem ouro para trazer,
Nos braços da Virgem Santa
Guiando tres Reis do Oriente
Aonde Cristo
TINHA ESTES OOCUMENTOS . VOU CÔNSUL-
Alvas ovelhinhas mansas
Veio Jesus nos dar Fé.
Vieram
Lhe
oferecer.
nasceu.
Eu que não tenho ovelhinhas
Numa humilde mangedoura
Ou cousa de mais apreço
Sem conforto e até sem luz
Ao bom Jesus, muito humilde.
Veio ao mundo o Rei do mundo,
**
Meu coração ofereço.
E.
O Santíssimo Jesus.
O indio brasileiro possuia á ca-,
racteristica dos instrumentos de sopro. Menbi-chuê, Cangoêra, Uatapú, Inubais, Membiteraré, Pemí,
Mimi, Toré, Mme e Oufuá, são
flautas, businas ou trombetas. Rajros tambores se conhecem. Os mais
índios e musica
affeitos ás dansas guerreiras eram
o Curugú e o Curuqui ou Watapi.
O negro, ao contrario, é o grande
manejador dos instrumentos de
percussão. A sua festa é de batu-
WANDERLEY
que. A presença, das violas c violões, rabecas e harmonios denuncia ouvido portuguez. Deste é que
partiu a linha melódica do Bumbameu-boi, Lapinhas, Pastoras e Fan-.
dangos. A orchestra antecede aq
canto executando o motivo*
28 •— Dezembro — 1938
27 —»
TICO-TICO
O
— Quem é este Colombo
—
Que
E os homens que vêm com êle ?
querem aqui ?
/^P_> / pf — É um explorador ge^
noves, enviado pelo
____
«__*'-_._ '
reino da Hespa- kmT*\ "/. T .a? °S'man,J0S
Y*Â
grande
!
-^S7
nha através os mares
.
mZ*À
Vanguarda significa primeira
linha de um
exército, frente
de combate. O
oposto de retaguarda.
Co,ombo
—T^Ylf^ /C^iíf^ ^*£^\
^i__ _Jl
íBMí_?_m £_i
¦
iA
pedra
encantada
Aventuras arrebatadoras de Barreaux
— Eu falarei por
você 1
4__.
/~_<. < ^ImfmMm
— Depressa, Maria|! Devemos
falar a Cristóvão Colombo antes
que êle vá se embora 1
Anfíbio é o
animal que tanto pôde viver
dentro dágua
como fora dela.
O jacaré é um
anfíbio.
Os bons livrosl
são os nossos
amigos. N ã oi
I Lha livro que nãoj
contenha qual-1
• | quer ensinamento útil.
mWrW\ líL f>
Continuação n. 55
— Que coisa admirável falar
agora a Cristovam Colombo 1
— Se êle vem de parte de um grande
loberano, quero dar-lhe as bôas-vinias, mas não sei falar a lingua que
ilc fala.
Os chifres do
Antílope são ôcos e leves, mas
. oferecem uma
formidável r esistencia, garantindo a esse animal uma vanta
I" josa defesa.
QUE DIRÃO MARIO E MARIA A
CRISTÓVÃO CO— LOMBO —
A rainha Vitória, da Inglaterra, subiu ao
trono daquele
Império com a
idade de 18 anos.
_
O
VEJAM
*oW
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PRÓXIMO
/
\
NvjfC^^»^^
^^tV***
® |í>3&
0 SENHOR DAS "TEMPESTADES"
1
Não pensem que se trata de um ditador. A
denominação acima foi dada por um físico
francez, Bernard Dubos, a uma curiosa invenção:
o "funil meteorológico", por ele arquitetado
para figurar, em 1937, na Exposição de Paris.
Nada mais é do que uma chaminé cie cimento
armado de 600 metros de altura. Tal altura permitirá obter a baixa da pressão barometrica de
4 centímetros que se observa no decurso das
trombas dágua. O funil ou chaminé terá natu-
'^1,e Ceo rffa Matihew Adams Set-rice. Inc.
1 — _S
Devemos dar
preferencia á s
frutas como alimento, mas é
preciso cuidado
para não comer
frutas verdes ou
deterioradas.
NÚMERO
ralmente a forma de um funil, afim de facilitar
o jogo espiral dos turbilhões ao longo das paredes expostas. Será á imagem de certas trombas dágua que se abrem, quando cahem e terá
cerca de 50 metros de largura na base e Ja 150
no ápice.
"ascensor-peneira"
Ao pé do tubo haverá um
para facultar a entrada dos raios do sol, e, no
ápice, peneiras, algumas abertas do lado onde
sopra o vento que, penetrando, acelera a velocidade dos turbilhões.
Banhos de sol
fazem bem a
saúde, mas devemos nos lembrar
que tudo que «jj
feito com exage-a
ro prejudica.
s/ox
*«:'
CONCURSO
N.»
1 0 3
Para os leitores desta Capital e dos
Estados
v~e |~i|p~
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28 — Dezembro — 1938
— 28
TICO-TICO
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quaisquer concursos e acompanhadas
não só do vale que vai publicado, a
seguir, e tem 0 número 103, como,
tambem, das declarações de nome,
idade e residência do concurrente.
Para este concurso, que será encerrado no dia 3 de Fevereiro vindouro,
oferecemos como prêmio, por sorte,
entre as soluções certas, tres luxuosos
livros de histórias infantis.
RESULTADO DO CONCURSO N.» 91
CONCURSO
&_ j± l _____ ___T___M|J:»' «4
j[ o _m_ j\ íL__L_5_!i?*. v^
N.°
1 04
Para os leitores desta Capital e dos
Estados próximos
\i/
_H-1IIIMW,.*«H
<^íC_
'
/^^n55!_
Perguntas:
1-* — Qual a gulodice que está no
revólver ?
Ç2 sílabas) Judith LEMOS
É bem fácil e bastante interessante
o nosso concurso de hoje, um problema de palavras cruzadas, cujas "chaves" são as seguintes :
Horizontais:
1 — Mensagem rápida
— Nome de mulher
— Tempo do verbo ir, ás avessas
10 _ Crê
12 — Mãe da esposa
13 — Elvira Ribeiro
14 — Lista, ás avessas
16 :— Nome de homem
19 — Parece sapo
Alguma coisa ma^s
21
22
Que perderam os maridos, ás
avessas
25 — Nome de mulher, com a segunda trocada.
V erticais:
Irmãs do pai ou da mãe
1
2 - Estabelecimentos de ensino
3
Amplos na largura
4
Nome de mulher
Soberano
5
— Pintura, música
— Gemer do gato
11 — Não acertar
15 — Nota de música
17 — Ruim
18 — Grama, verdura
Tempero
20
21 —
'23 — Lamentos
Metade de vovó
24 — Interjeicão.
X)_0As soluções devem ser enviadas a
esta redação, separadas das de outros
sJVALE
#52\ PARA
reJl)
1
O
CONCURSO
=
103
I
2." — Qual o nome de mulher que
é triunfo ?
(4 sílabas) Maria V. BARROS
3." — Qual o sentimento afetivo
que lido ás avessas é cidade
européa ?
(2 sílabas) Victor PACHECO
4.* — Qual o mineral que é tempo
de verbo ?
(2 sílabas) Antoninho MIRANDA
5.* — Qual a peça do vestuário que
é metade ?
(2 sílabas) Alzira BAS1VS
—C*>-
_.-__.
I
—— Solução exala do concurso
Enviaram soluções certas 216 solucionislas.
Foram premiados com um lindo livro dc histórias infantis os seguintes
concurrentes :
IRLAN GLIZ DA SILVA
Residente á rua Lelis Piedade, número 1. Itapagipe, Cidade do Salvador, Baía.
*
DIONE DE CARVALHO
Residente á rua Alfredo Guedes,
n. 8, Sant' Ana, São Paulo.
VALE
ZEZITA RIBEIRO DE CARVALHO
Residente á rua Nova, n. 2.224, —
Gravata, Pernambuco.
'02
RESULTADO DO CONCURSO N.»
Respostas certas :.
I.» — Como
2.' — Verão
3.* — Rir
4.11 — Serra
5.« — Cobra.
PARA O
Enviaram soluções certas 258 solucionistas.
As soluções devem ser enviadas a
esta redação, separadas das de outros quaisquer concursos e acompanhadas das declarações de idade, residencia e nome do concurrente, e
,_dt*mm**~-^
____11__L__2_J__ k A \\*'A
CONCURSO
Ni
104
ainda do vale que vai publicado a
seguir, e tem o número 104.
Para este concurso, que será encerrado no dia 28 de Janeiro, daremos como prêmios, por sorte, entre
as soluções certas, tres lindos livros
de hitórias infantis.
Foram premiados com um linda livro de histórias infantis os seguintes
concurrentes :
ZULEIKA FERREIRA
Residente á rua Santo Cristo, n. 197,
Saúde — nesta Capital.
LUCY LOYOLA
Residente á rua Ana Leonidia. número 107a — casa I — Engenho de
Dentro — nesta Capital.
CORAÇÃO
DE
CRIANÇA
'—- Não te afflijas, Hcliandro. A sorte
quiz guiar teus passos para um
paiz, que talvez tenhas visto cm teus sonhos, em tua imaginação povoada
de coisas lindas, para um paiz que conseguiu ser governado pelo coração c
r_ío pela força. Não conheces Fantopol, nunca ouviste, talvez, esse nome,
porque, quem nasce ou entra em Fantopol nunca mais dele sáe, convencido de
que não ha paiz melhor no mundo. Heliandro, apague as tuas mágoas, sorri
para mim. Em minha casa serás para mim c para minha esposa um filho,
tratar-te-ei de acordo com a lei do coração, que é aqui quem governa. Leio
em teus olhos os mais lindos sentimentos que possam se abrigar na alma de
uma criança.
Heliandro, confiante è reconhecido, recostou sua cabecinha sobre o
joelho de Antino e com voz quasi imperceptível, murmurou :
Não sei como agradecer.
'—' Teu coração
"— respondeu
Antino, comovido. _-.
já o fez, Heliandro
Vamos.
Ergueu-se, mas, de repente estacou, dizendo :
E' verdade. Eu ia esquecendo que estás cansado, com fome.
Com seus possantes braços suspendeu Heliandro com a mesma facilidade como se o fizesse com um gatinho e fê-lo sentar-se sobre seu largo
ombro.
Foi dessa altura que Heliandro viu, com sua grande admiração, emerda
densa vegetação do vaiado um imenso edifício, com muitas torres,
gir
cupolas, delgadas colunas, com bolas sobrepostas e agulhas, arcadas magestosas, pomposas abobadas, esquisitos edifícios aglomerados num fantastico conjunto.
Que palácio é aquele ? — perguntou Heliandro. E apontou para o
edifício.
E' a capital do reino de Fantopol. Não é um palácio só, mas a cidade
inteira. Quando estiveres bem reconfortado e readquirires tuas forças, conduzir-te-ei para visitar a cidade toda e depois serás apresentado ao rei Bemtequer c á rainha Cordial.
Chi! Mas eu estou tão sujo, resgado. .. —• objetou Heliandro.O comandante Antino riu gostosamente e disse :
O rei acolhe todos, meninos e velhos, ricos e pobres, a todos dispensando a maior atenção. Podes brincar com ele como o farias com
algum dos seus companheiros em Durvana. Além disso, eu vou dar-te
roupas boas.
A' medida que ia descendo a encosta entre duas alas de florido arj
voredo, mais deslumbrante se tornava a vista do palacio-cidade.
Estas admirado, meu filho ? — disse Antino, batendo-lhe uma
palmadinha amigável na perna. Aposto que nunca viste nem sonhaste com um
palácio tão maravilhoso como este. Todos os habitantes moram numa
casa só, como se fosse uma só familiai
--.ação de criança
Meus leitores, pequenos e grandes.,
Como ha muitas, esta historia é uma fantasia, quê imaginamos tenha se desenrolado ha muitos milhares de anos,
quando havia outra civilização, que a fatalidade destruiu
sem deixar vestigios.
Será, talvez, uma historia comum, mas cumpre á vossa
inteligência, á vossa alma, ao coração, o desempenho de
uma tarefa que não é difícil : compreender o alcance moral
de todos os seus episódios, que são a aplicação de preceitos
morais,
outras
tantas
lições
educação da alma e do coração,
aproveitáveis
que devem
paia
a
ser guiados
para o caminho do bem.
Quantas vezes, por intermédio da fantasia não se
chegou á realidade ? Os episódios que irão se desenrolando
num paiz fantástico, podem muito bem se terem verificado,
tomo coisa real, num paiz tão privilegiado pela natureza,
como o nosso, o Brasil.
fc_
O AUTOR
CORAÇÃO
DE
CRIANÇA
HELIANDRO E ANTINO
natureza generosa resolveu conceder á manhã daquele dia
todo o esplendor dos raios do sol, todas as vibrantes
tonalidades de uma exhuberantc vegetação, enfeitou-o com
W%__m
o alegre gorgeio dos pássaros multicores. Não era aquele,
entretanto, um dia de festa, era apenas uma manifesta^.to^híSj^f ção da harmonia natural das coisas mais lindas que a
natureza caprichosa se compraz em mostrar ao homeru,
sua
delicia.
para
Sobre magestoso penhasco, que dominava altaneiro, uma vasta extensão
de luxurejante arvoredo, destacava-se, eréta e gigantesca figura de um soldado, trajando esquisita farda. Quasi imóvel, dir-se-ia uma estatua, ele
contemplava a deslumbrante paisagem, o imenso panorama, que se perdia
no horizonte. Longo tempo ficara o soldado absorto nessa contemplação,
até que, como se despertasse de um sonho, virou-se
lentamente e sentou-se sobre a grande pedra, que
parecia talhada para um trono. Ao apoiar um pé no
chão, coberto de relva, percebeu que havia topado
nalguma coisa que se mexeu. Retraiu logo o pé e viu,
admirado, que da relva erguia-se, extremunhada, a
íigura de um menino, que devia ter pouco mais de
9 anos, franzino, a roupa suja e rasgada.
O menino esfregou os olhos ainda empapuçados.
de sono e ergueu seu olhar assustado para o soldado
que o contemplava com curiosidade.
—' Que estás fazendo ai, menino ? — perguntou
o soldado, curvando seu corpo gigantesco e afagando
com grande delicadeza, o queixinho da criança.
ira IW
A resposta não veiu logo, pois, pelo susto, o
ttJf %m
menino não tinha coragem de falar, mas, vendo um
amigável sorriso no rosto largo e franco do soldado,
reanimou-se e respondeu, titubeante :
Eu. .. estava dormindo. Venho de muito
longe, caminhei muito. . . muito, sem ver casas
nem gente e, quando cheguei aqui estava tão
cansado que adormeci ao pé desta pedra.
Como te chamas ?
•— Heliandro.
— Meu nome é Antino, comandante da Guarda Imperial de Fantopol.
Heliandro arregalou seus olhos grandes e brilhantes, .ra a primeira vez
que ouvia falar de Fantopol. Que reino seria? Antino, muito amável, suspendeu carinhosamente Heliandro em seus braços possantes c pô-lo a sentar-se perto de si sobre a cirande pedra. Depois perguntou :
JIJL
CORAÇÃO
DE
CRIANÇA
•— Como c que vieste até aqui, de tão longe, como dizes ?
Heliandro desatou num choro cheio dc amargura.
Não chores, Heliandro — disse Antino, afagando-lhe os cabelos
ondulados, castanhos que surgiam debaixo do barrete. Não chores, meu filho,
e conte o que te aconteceu. Deve ser uma historia bem triste, não é ?
E' triste, sim — confirmou Heliandro, procurando abafar um soluço.
E prosseguiu :
Venho de Durvana. Conhece ?
Durvana ? Dc tão longe assim ?
E' verdade. São cinco dias que estou caminhando, caminhando, sem
'
>íKálm
^^^^^^^m^Ê^i
encontrar ninguém — respondeu Heliandro, ao enxugar uma lagrima com a
manga do casaquinho. Meu pae e a mamãe morreram e eu fui levado para
a casa de um homem e um mulher muito malvados, que me faziam trabalhar
muito, me batiam e faziam-me passar fome. Eu não podia suportar mais e
então fugi.
,
.— Malvados ! — disse Antino, e, em seus olhos pe-rpassou um Iami
pejo dc indignação.
Com mal disfarçada emoção ele atraiu o menino mais para si e contiruande a afagal-o com sua larga mão, que sabia ser delicada, disse :
28
Dezembro — 1938
CM
OI
O TICO-TICO
!
(CONTINUAÇÃO)
Ilustrado por YANTOK
Havia já revistado a maior parte
dos negócios sem nada encontrar quem
o satisfizesse, quando, vifrnal, viu uma
mulher, sentada num canto, que vendia
patos, mas ella não chamava a fregíiezia, como as outras.
"Narigão"
approximou-se e escolheu tres patos, que fechou numa
gaiola e voltou ao palácio.
Emquanto caminhava notou que dos
tres patos, dois faziam o estardalhaço
do costume, mas o terceiro ficava obstinadamenfe calado, ou então suspirava como gente.
Este
pato já está meio morto —
pensou o Jayme. — Vou quanto antes
torcer-lhe o pescoço e levai-o á caçarola.
Mas, eis, prodigio! O pato, abrindo
o bico, falou bem claro:
Se me tocares, mordo-te, se ma
tcrceres o pescoço, morrerás.
"Narigão"
Assombrado,
pousou a
gaiola no chão e o pato fixcndo nele
dois olhos lindos e cheios do infeíigencia, emitiu um suspiro.
Você então sabe faiar, senhor
pato?
Sou uma marreca.
Bem,
senhorita
marreca.
Não
—
Eu
não
vou
zangar-se.
torprecisa
cer o pescoço a uma bichinha que sabá
falar. Eu também fui bicho, um esquilo.
Tens razão — respondeu a marreca. — Eu não nasci marreca. Ai de
mim! Quem teria dito, no meu berço,
que MIMI, a filha do grande Wetterbock, teria ido acabar seus diai na cozinha de um grãoduque?
Socegue, cara senhorita Mimi —
disse o anão com voz suave, procurando consolal-a — Nada tem a receiar.
Vou arranjar no meu quarto um.abrigo
cômodo e seguro, vou te trazer tudo
de que precisares e sempre que
puder, far-te-hei companhia. — Aos outros direi que estou te engordando
para a mesa do Duque, e depois d&ute a chave para ir ao campo.
A marreca agradeceu chorando e
". »!arigão"
cumpriu a sua promessa.
Os outros dois patos foram
para a panella, emquanto Mimi obteve uma casinha feita pelo anão,
que nada lhe
deixava faltar. Comida fina, creme á
bou vencendo o feiticeiro com astucias e artificios e por vingança, transformara a pequena Mimi em maritca,
levando-a longe dali.
Quando Mimi soube toda a historia
"Narigão"
disse:
— Eu conheço a sciencia da magia;
meu pae ensinou a mim e as minhas
irmãs. A discussão
pelo cet.ro de hervas, a tua transformação depois da
cheirar uma certa planta, as
palavras
ditas pela velha, tudo indica
que fosfe
encantado por uma herva especial e
co-icluio que se soubera^ encontrar
essa herva, poderás quebrar o encanto
e voltar ao teu estado natural.
Magro consolo, esta revelação.
Qua
herva seria essa e onde e.icor.tral-a?
Comtudo ele agradeceu a Mimi
esta revelação.
O Duque deyia recebnr a visita de
um principe, seu vizinho e amigo. Então ele mandou chamar "Narigão" e
disse:
— Chegou o momento de mostrar
de
bauniiha, toda sorte de fruta e de doo>s. Tratada como uma senhorita. Logo
que apanhava um pouco de tempo, ia
Narigão entreter-se com ela em amavel e consoladora palestra, contando
suas reciprocas desventuras.
Assim ele veiu a saber
que Mimi
era fiiha do feiticeiro Wetterbock,
que
morava na.ilha de Gothland.
Havia surgido uma contenda entre o
feiticeiro e uma velha fada; e»ta aca
(CONTINUA NO
PRÓXIMO NÚMERO)
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aventarão do ^éiguinHo
Chiquinho prometera fazer uma
grande mágica ! Iria fazer nascer
uma planta, apenas . . .
JÍÊ$
. . . com o seu magnetismo e ai... iam assistir ao "milagre" esta vam realmente intrigados!
gumas palavras misteriosas ! Os
amiouinhos que . .
Aquilo era inacreditável.
-^
«ALAFA TI
jj^ffi^
Jcto
(s$(t)
Chiquinho preparou tudo. MoS* Com grande admiração do
pú- * . . aspecto de uma planta comtrou que não existia "truc" ne*
blico, uma planta começou a crês- pletamente desenvolvida.
-\a* ¦* WU
Os
^awm r •««%*•
ga'prova.
nhum. e começou a
._
cer no vaso, até tomar o
rotos ficaram assombrados e . .
! OBRIGA*^
... correram a contar a maravilha a que tinham assistido. Mas
iêssirrc que eles foram embora . . .
. . . Chiquinho descobriu toda a
maroteira. A planta "cresceu",
mas, empurrada pelo Benjamim...
. . . que, oculto debaixo da mesa,
mediante um furo disfarçado na
taboa, fez aparecer o "milagre"!!
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ANO NOVO!