«DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA»
Desde que o Homem existe sempre reconheceu a necessidade da união.
O primeiro, Adão, uniu-se à Natureza no seu primeiro sopro. Depois à sua
companheira, a Eva, donde, com Caim e Abel, surgiu a primeira família terrena.
Deus creou o homem, o fez à “Sua imagem e semelhança” dizendo depois:
“Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra (…)”
…Estava criado o longo ciclo da existência humana, ao lado dos reinos mineral,
vegetal e animal, que perdurará até ao “Fim dos Tempos”.
Deus, Pátria e Família, os pilares fundamentais em que se estruturou o Estado
Novo derrubado por golpe de estado de 25 de Abril 74. Uma trilogia que permite o
equilíbrio da existência do homem na Terra, tanto humana como social, depois do seu
primeiro gemido pós-uterino… São valores que pertencem a um passado, agora em
declínio… Assim:
Deus
Deus, o Creador de todo o Universo Cósmico (Está no “desemprego”…)
O homem de hoje não reconhece a Verdade que Ele é como sustento, como
suporte de vida, como sopro divino! O procedimento do homem civilizado contraria
todo o Seu propósito: VIVER, afastado de comportamentos abomináveis, execrandos…
O homem, especialmente o do terceiro milénio, galgou as balizas que Deus lhe
fixou. Escolheu arrostar com pesadas existências terrenas prenhes de desentendimentos,
dores, enfermidades, sofrimentos, comprometendo toda sua esperança de Vida Eterna!.
A Desobediência às Leis Sagradas passou a ser o modus faciendi da vida na
Terra. Leis que são descuradas, não são cumpridas: “Deus ’creou’o homem recto mas
ele procurou muitas perversões”. Vide Bíblia Sagrada, Ecli 7,29.
PÁTRIA
A Pátria (Encontra-se no “exílio”).
Desapareceu a noção de Pátria - a única forma de agregar as massas humanas
dispersas neste planeta pelos mais ruinosos caminhos da existência…
A Pátria, corolário da trilogia: Bandeira, Hino e Língua nacionais, é a mais
segura garantia de bem-estar tanto para a Humanidade como para a Sociedade. Esse
bem-estar resulta da prática dos Deveres, das Obrigações e do Sacrifício do individual
em benefício do colectivo com vista a um bom crescimento evolutivo de geração para
geração. Assim fizeram os nossos Antepassados erigindo esta “Ditosa Pátria minha
amada”, experiência ainda vivida no Estado Novo (EN) onde havia ordem, disciplina e
predominava o sentido de vida, de responsabilidade e deveres que todos assumiam.
A demagogia, a permissividade, a impunidade e a indiferença instaladas no seio
da sociedade portuguesa deram o resultado que está à vista: florestas deliberadamente
queimadas, criminalidade desenfreada, filhos contra pais, vícios e violência nas escolas,
alunos contra professores, empregados contra patrões, malfeitores contra os agentes da
autoridade, não falando no uso ilícito de estupefacientes que fazem chorar um sem
número de mães pelos seus filhos, com as vidas e futuro destruídos, etc..
A abertura das fronteiras e a consequente “invasão” europeia sobre Portugal
mais a pretensa “globalização” favoreceram este propósito. A identidade nacional lusa
está em crise e acabará por desaparecer definitivamente… E, particularmente nós, os
Portugueses, fomos os mais atingidos com esta imposição política que gerou um
comportamento de conflitos humanos nascidos principalmente das conveniências,
disputas e divisões político-partidárias…
O sociólogo Orlando Vitorino, já falecido, disse que nós, Portugueses, temos
uma filosofia própria, distinta das outras de todo o mundo. Quereria dizer que…
partidos políticos… não é nada connosco.
A nossa identidade LUSA desapareceu para dar lugar à europeia. Somos
nascidos e criados atlânticos, oceânicos, bem voltados para o mar, o que nos
possibilitou a expansão da Fé Cristã por longínquos e imensos territórios não só
ultramarinos como intercontinentais.
Os Pirenéus, cordilheira montanhosa sempre nos isolou da Europa para onde
estivemos de costas voltadas todos estes séculos passados. Somos oriundos da
imperecível, longínqua e cobiçada Lusitânia, pois já Viriato resistiu às legiões romanas
que almejavam a posse do nosso território.
Cada Povo, cada terra, tem as suas próprias características. São regiões e
reinados diferentes com destinos e crescimentos humanos bem distintos, que não se
devem confundir sob pena de se assumirem em promiscuidade.
A perenidade das Pátrias é assegurada pelo Exército (terra, mar e ar) composto
de uma “casta nobre e guerreira” (‘kshatriya’). “É responsável por este mundo, ‘faz a
junção entre o Céu e a Terra’ ”. «Graças a ele a perfeição divina desce ao mundo
terrestre e material». In «O Ioga» de Tara Michael.
O Exército, ao lado da Igreja, assegura esse objectivo. A Igreja orienta os fiéis
dando a conhecer as Escrituras Sagradas. Cabe ao Exército zelar pelo seu cumprimento.
Após a última convulsão geológica, que envolveu a Atlântida, o Creador teria
destinado um continente para cada raça: a Europa para os brancos; a África para os
pretos; a Ásia para os amarelos e a América, para os índios. Só Ele, o Todo Poderoso,
sabe porque fez este edifício, que é a Terra, com estas moradas e respectivos
moradores...
A tal globalização, não pode resultar enquanto cada nação não estiver
“pronta” na sua evolução baseada em valores (religiosos, humanos e sociais) para
aceitar e entender-se com as restantes do planeta. Fora disto surge a promiscuidade.
Quando em qualquer sociedade a escolha pela quantidade predomina sobre a da
qualidade, que é no que se baseia a democracia ao eleger qualquer um pela maior
quantidade de votos, a evolução humana baseada em valores fica estagnada e só lhe
resta vegetar, enquanto que, lentamente e demagogicamente se vai arruinando…
Não se pretende dizer para voltarmos para trás. Não, temos que rumar em frente,
seguir a evolução, mas algo se poderia tentar fazer: considerar o que havia antes (a
segurança pública, a confiança, o respeito pelas normas sociais, pelas instituições, a
assiduidade nos serviços, o cuidado de poupar mais que gastar, restabelecer a ordem nas
ruas, o silêncio das noites longe da perturbação de pessoas barulhentas, perturbadoras
que impedem o merecido descanso, etc.) conquistar o que fosse bom e notável e
continuar o desenvolvimento das populações sem o medo de serem assaltadas ou até
esfaqueadas em qualquer lugar e a qualquer hora do dia ou da noite, etc..
O socialismo-abrilista-democrático (SAD) é o responsável por toda esta situação
caótica que nos oprime. No EN havia autoridade com valores que serviram de base à
educação que vigorou então. A autoridade do pai, do chefe de família, do professor, do
patrão, do policial, foi-se!... Agora é a “demo(nio)cracia…” E se dela as Sagradas
Escrituras não falam, trata-se de invenção da mente humana, política… Surge como
energia do anti-cristo, (666) a propor leis contrárias aos Princípios Sagrados que foram
ensinados de geração em geração por todos os séculos de nossa vida até à Abrilada/74.
E assim se esfumou a Pátria Portuguesa. O cunho religioso que então se vivia
cedeu ao licencioso com que actualmente se deliciam os malfeitores… tornando
Portugal igual ao resto do mundo perverso, do qual sempre se destacou.
Se consultarmos as Sagradas Escrituras (Lei de Vida e comportamento para o
homem enquanto terreno) apenas nos falam do rei como única autoridade para governar
as nações. Fora disto vivemos em desobediência que arrasta consigo as consequências
bem patentes agora por todo esse mundo envolvido em conflitos.
FAMÍLIA
A Família (agora em autogestão), tomou o aspecto de uma empresa. Marido e
esposa assumem-se como dois empresários. Cada um trabalha para si. Já não é o “Lar,
doce lar…” que ouvíamos dizer no tempo das nossas avós… A Mulher/Mãe que passa o
dia fora de casa num emprego tomou o aspecto de executivo… “A energia é dita
masculina quando actua de forma activa, dinâmica, exteriorizada; é dita feminina
quando actua de forma receptiva, passiva, interiorizada.” Do esoterista, Trigueirinho.
O impulso feminino, com que Deus dignificou a mulher, cedeu ao impulso
masculino criando uma mulher masculinizada… Fica assim obstruida a lei da dualidade,
dos pares de opostos, que Deus creou para a era Adâmica. Sim, porque no reino
angélico a dualidade é desactivada. Ali não existem anjas, só anjos… A unidade!
A Dra. Agustina Bessa Luís, numa das suas entrevistas à TV referindo-se aos
tempos passados, disse: «Nesse tempo não havia ‘stress’». E quando os entrevistadores
se preparavam para falar sobre a mulher replicou: “A mulher é maternal”. Ao tentarem
continuar ela insistiu: “A mulher é maternal”, terminando a entrevista.
O homem nasce para a correcção. (…)“É para vossa correcção que sofreis:”
(…), Heb. 12.4-11. Em «A Correcção dos Filhos» pode ler-se: “Aquele que ama o seu
filho, castiga-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde.”Ecli 30.1.
“(…) Castiga-o nos flancos enquanto é pequenino”, Ecli 30.12. O termo castigar
empregado aqui é no sentido de Educar. É aos progenitores que compete educar a
vontade das crianças segundo os Princípios Sagrados.
Como podem educar-se (corrigir) os filhos se a esmagadora maioria das mães (a
responsável efectiva pela educação de seus próprios filhos) não está no lar para os vigiar
e corrigir continuamente durante o dia?!
“De pequenino se torce o pepino”, adágio popular, em desuso.
”Mães, sois vós que tendes nas mãos a salvação do mundo”, Tolstoi.
“Aqueles que querem filhos estimáveis devem procurar mãe digna de lhes dar a
vida”, Plutarco.
“Educai os meninos e não será necessário castigar os homens”, Pitágoras.
Atendendo aos ensinamentos destes grandes Sábios e às experiências já vividas
pelos Povos que nos precederam, infere-se que se o Homem fosse educado desde que
nasce viveríamos numa sociedade tranquila, ordeira, cumprindo assim o propósito de
elevação de consciência, de que todo o ser humano está incumbido como vinha
acontecendo durante o EN. Dispensar-se-ia desde logo a maior parte das actividades
policiais, dos tribunais, cadeias, mais as terapias de recuperação bem dispendiosas, etc..
Vemos que a Sabedoria Popular está cheia de bons e seguros ensinamentos
adquiridos em experiências ao longo dos séculos que geraram a sociedade tranquila, que
nós, os mais velhos, conhecemos sem o tal “stress”, nem a violência e a criminalidade a
que, atónitos e impotentes, assistimos diariamente.
As crianças de hoje crescem sem educação, sem respeito seja pelo que for. A
educação formativa do carácter fundamentada no Lar (casal) baseada no impulso
maternal deveria seguir a par com a instrução escolar. Se o Homem não arrepiar
caminho não se livrará da entropia, já em curso, donde resultará a destruição de si
próprio, da civilização e do próprio planeta…
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«DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA» Desde que o Homem existe