EXERCÍCIO COMENTADO SOBRE A CONSCIÊNCIA DO ACTOR EM CENA
ALUNOS DO 3.º ANO DA LICENCIATURA EM TEATRO
ACTORES E DRAMATURGIA
O QUE DIZEM AS
MULHERES DO QUE OS
HOMENS DIZEM DAS
MULHERES (E VICE-VERSA)
DIRECÇÃO DO ATELIER
JOÃO BRITES
APOIO DOS PROFESSORES
ANA PAIS
LUCA APREA
RUI PINA COELHO
SARA BELO
20 NOVEMBRO.9H30 CONVERSA SOBRE O EXERCÍCIO
EXERCÍCIO.10H30
21 NOVEMBRO.10H
ESTÚDIO DE TEATRO JOÃO MOTA
2008
Olhando para um lado e para o outro
Será que tudo o que dizemos está impregnado de um género? Será que há
ideias implicitamente masculinas e femininas? Se encontrarmos essas mesmas ideias fora do seu contexto, conseguimos decifrar o seu respectivo
género? E se aplicarmos essa mesma ideia “necessariamente masculina/
feminina” no ser do sexo oposto, estranhamos?
Aos actores foi proposta uma recolha: “aquilo que os homens
dizem às mulheres” e “aquilo que as mulheres dizem aos homens” foi a
premissa necessária à colecção de frases, que foram depois reorganizadas
em diálogos e quadros não necessariamente lógicos, numa brincadeira que
levará o espectador a reflectir sobre as condições de género. O texto
reflecte o conteúdo daquilo que dizemos nas mais variadas circunstâncias,
fazendo ecoar uma diversidade de emoções e situações do nosso quotidiano que são mais ou menos determinadas pelo masculino/feminino do sujeito.
A estrutura não narrativa do texto deste exercício representa um
desafio ao qual os actores terão de responder: fazer com que este dialogue
com o espectador. Serão, afinal, as palavras que melhor dizem aquilo que
queremos dizer? Será a nossa comunicação verbal uma gramática bem aplicada num contexto bem definido, ou há algo mais além disso?
Soraia Stattmiler
O exercício tem como ponto forte o foco do actor em cena, com atenção
em diferentes e complementares ferramentas de trabalho: a corporeidade,
a oralidade e a interioridade. O texto partiu de sugestões e de histórias
trazidas pelos actores para as aulas, depois passou pelos alunos de dramaturgia para ser "cozido" e depois voltou à cena. A linha dramatúrgica segue
uma opção não narrativa, sem personagens específicas e utilizando frases
corriqueiras; sem princípio, meio nem fim, mas com uma sensação de
"crescendo" que liga as cenas umas às outras. Assim, as frases "soltas" são
intercaladas com histórias individuais. O texto desconstrói e serve de caminho para o intérprete arriscar e pôr à prova a sua capacidade de conferir
significado ao que não tem, e também dar corpo, voz e intenção às personagens sem a necessidade de um texto linear como suporte para a sua
representação. O texto funciona, aqui, como mera desculpa para a experimentação do actor e para o exercício da sua expressividade.
Natasha Faria
O que dizem as mulheres do que os homens dizem das mulheres
(e vice-versa)
Textos de Soraia Stattmiler, Natasha Faria e Ondrey Novotny
ALUNOS ACTORES
Ana Rosa Mendes
André Patrício
Bernardo Zabalaga
Cheila Lima
Dinis Machado
Emanuel Arada
Inês Soares
Joana Barros
Lúcia Estêvão Lopes
Luísa Katsev
Maria Ana Filipe
Raquel André
Teresa Tavares
Tomé Quirino
ALUNOS DRAMATURGIA
Natasha Faria
Ondrej
Stattmiller
DIRECÇÃO DO ATELIER
João Brites
APOIO DOS PROFESSORES
Ana Pais
Luca Aprea
Rui Pina Coelho
Sara Belo
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O QUE DIZEM AS MULHERES DO QUE OS HOMENS DIZEM DAS