Lista de Exercícios
Distinguindo os Termos Sintáticos da Oração
Professor: Lúcia Deborah
23/05/2014
Distinguindo os Termos Sintáticos da Oração
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
"Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e interna, e de tamanha carência
de objetivos firmes, que a simples confissão de nossas convicções pode ser importante, mesmo
que essas convicções, como todo julgamento de valor, não possam ser provadas por deduções
lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar a busca da verdade - ou, para
dizer mais modestamente, nossos esforços para compreender o universo cognoscível através
do pensamento lógico construtivo - como um objeto autônomo de nosso trabalho? Ou nossa
busca da verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, de caráter prático, por exemplo?
Essa questão não pode ser resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá considerável
influência sobre nosso pensamento e nosso julgamento moral, desde que se origine numa
convicção profunda e inabalável. Permitam-me fazer uma confissão: para mim, o esforço no
sentido de obter maior percepção e compreensão é um dos objetivos independentes sem os
quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude consciente e positiva ante a vida.
Na própria essência de nosso esforço para compreender o fato de, por um lado, tentar
englobar a grande e complexa variedade das experiências humanas, e de, por outro lado,
procurar a simplicidade e a economia nas hipóteses básicas. A crença de que esses dois
objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimento
científico, uma questão de fé. Sem essa fé eu não poderia ter uma convicção firme e inabalável
acerca do valor independente do conhecimento.
Essa atitude de certo modo religiosa de um homem engajado no trabalho científico tem
influência sobre toda sua personalidade. Além do conhecimento proveniente da experiência
acumulada, e além das regras do pensamento lógico, não existe, em princípio, nenhuma
autoridade cujas confissões e declarações possam ser consideradas "Verdade " pelo cientista.
Isso leva a uma situação paradoxal: uma pessoa que devota todo seu esforço a objetivos
materiais se tornará, do ponto de vista social, alguém extremamente individualista, que, a
princípio, só tem fé em seu próprio julgamento, e em nada mais. É possível afirmar que o
individualismo intelectual e a sede de conhecimento científico apareceram simultaneamente na
história e permaneceram inseparáveis desde então. "
(Einstein, In: O Pensamento Vivo de Einstein, p. 13 e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores)
1. (Unitau 1995) Na frase "... nenhuma autoridade 'cujas' confissões...", a palavra, entre aspas,
no plano morfológico, sintático e semântico é:
a) pronome indefinido, complemento nominal, deles.
b) pronome relativo, adjunto adnominal, deles.
c) pronome relativo, complemento nominal, delas.
d) pronome indefinido, adjunto adnominal, delas.
e) pronome relativo, complemento nominal, deles.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
A questão da descriminalização das drogas se presta a frequentes simplificações de
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pertenceque
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É vedada
a cópia
ou problema
a reproduçãoextremamente
não autorizada previamente
e por escrito.
caráter
maniqueísta,
acabam por
estreitar
um
complexo,
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permanecendo a discussão quase sempre em torno da droga que está mais em evidência.
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A questão da descriminalização das drogas se presta a frequentes simplificações de caráter
maniqueísta, que acabam por estreitar um problema extremamente complexo, permanecendo a
discussão quase sempre em torno da droga que está mais em evidência.
Vários aspectos relacionados ao problema (abuso das chamadas drogas lícitas, como
medicamentos, inalação de solventes, etc.) ou não são discutidos, ou não merecem a devida
atenção. A sociedade parece ser pouco sensível, por exemplo, aos problemas do alcoolismo, que
representa a primeira causa de internação da população adulta masculina em hospitais
psiquiátricos. Recente estudo epidemiológico realizado em São Paulo apontou que 8% a 10% da
população adulta apresentavam problemas de abuso ou dependência de álcool. Por outro lado, a
comunidade mostra-se extremamente sensível ao uso e abuso de drogas ilícitas, como maconha,
cocaína, heroína, etc.
Dois grupos mantêm acalorada discussão. O primeiro acredita que somente penalizando
traficantes e usuários pode-se controlar o problema, atitude essa centrada, evidentemente, em
aspectos repressivos.
Essa corrente atingiu o seu maior momento logo após o movimento militar de 1964. Seus
representantes acreditam, por exemplo, que "no fim da linha" usuários fazem sempre um pequeno
comércio, o que, no fundo, os igualaria aos traficantes, dificultando o papel da Justiça. Como
solução, apontam, com frequência, para os reconhecidamente muito dependentes, programas
extensos a serem desenvolvidos em fazendas de recuperação, transformando o tratamento em
um programa agrário.
Na outra ponta, um grupo "neoliberal" busca uma solução nas regras do mercado. Seus
integrantes acreditam que, liberando e taxando essas drogas através de impostos, poderiam
neutralizar seu comércio, seu uso e seu abuso. As experiências dessa natureza em curso em
outros países não apresentam resultados animadores.
Como uma terceira opção, pode-se olhar a questão considerando diversos ângulos. O
usuário eventual não necessita de tratamento, deve ser apenas alertado para os riscos. O
dependente deve ser tratado, e, para isso, a descriminalização do usuário é fundamental, pois
facilitaria muito seu pedido de ajuda. O traficante e o produtor devem ser penalizados. Quanto ao
argumento de que usuários vendem parte do produto: é fruto de desconhecimento de como se
dão as relações e as trocas entre eles.
Duplamente penalizados, pela doença (dependência) e pela lei, os usuários aguardam
melhores projetos, que cuidem não só dos aspectos legais, mas também dos aspectos de saúde
que são inerentes ao problema.
(Adaptado de Marcos P. T. Ferraz, Folha de São Paulo)
2. (Puccamp 1995) Como solução, apontam, com frequência, para os reconhecidamente muito
dependentes, programas extensos.
Sobre a frase anterior é INCORRETO afirmar-se que:
a) o sujeito é inexistente.
b) "com frequência" é um adjunto adverbial.
c) "os reconhecidamente muito dependentes" é o objeto indireto.
d) "programas extensos" é o objeto direto.
e) "extensos" é adjunto adnominal.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
MEU POVO, MEU POEMA
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta
(Ferreira Gullar)
3. (Cesgranrio 1994) Os termos "No povo" (v.7) e "Ao povo" (v.1 3), exercem, respectivamente, as
funções sintáticas de:
a) objeto indireto - adjunto adverbial
b) objeto indireto - complemento nominal
c) complemento nominal - objeto indireto
d) adjunto adverbial - adjunto adverbial
e) adjunto adverbial - objeto indireto
4. (Fuvest 1992) Nos enunciados a seguir, há adjuntos adnominais e apenas um complemento
nominal. Assinale a alternativa que contém o complemento nominal:
a) faturamento das empresas;
b) ciclo de graves crises;
c) energia desta nação;
d) história do mundo;
e) distribuição de poderes e renda.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A S. PAULO
1
Terra da liberdade!
2 Pátria de heróis e berço de guerreiros,
3 Tu és o louro mais brilhante e puro,
4 O mais belo florão dos Brasileiros!
5
6
7
8
Foi no teu solo, em borbotões de sangue
Que a fronte ergueram destemidos bravos,
Gritando altivos ao quebrar dos ferros:
Antes a morte que um viver de escravos!
9 Foi nos teus campos de mimosas flores,
10 À voz das aves, ao soprar do norte,
11 Que um rei potente às multidões curvadas
12 Bradou soberbo - Independência ou morte!
13 Foi de teu seio que surgiu, sublime,
14 Trindade eterna de heroísmo e glória,
15 Cujas estátuas, - cada vez mais belas,
16 Dormem nos templos da Brasília história!
17 Eu te saúdo, ó majestosa plaga,
18 Filha dileta, - estrela da nação,
19 Que em brios santos carregaste os cílios
20 À voz cruenta de feroz Bretão!
21 Pejaste os ares de sagrados cantos,
22 Ergueste os braços e sorriste à guerra,
23 Mostrando ousada ao murmurar das turbas
24 Bandeira imensa da Cabrália terra!
25 Eia! - Caminha o Partenon da glória
26 Te guarda o louro que premia os bravos!
27 Voa ao combate repetindo a lenda:
28 - Morrer mil vezes que viver escravos!
(Fagundes Varela, O ESTANDARTE AURIVERDE. ln:___. POESIAS COMPLETAS. São Paulo,
Edição Saraiva, 1956, p. 85-86.)
5. (Cesgranrio 1991) Assinale a opção em que o vocábulo TE exerce a mesma função sintática
que nos versos a seguir:
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"... o Partenon da glória
TE guarda o louro que premia os bravos!" (versos 25-26)
a) Ele TE encontrou na recepção ao presidente.
b) Ele TE viu quando chegou ao escritório.
c) Ele TE trouxe os livros que encomendamos.
d) Ele TE avisou do perigo que corríamos.
e) Ele TE aconselhou a esperar que a chuva parasse.
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Gabarito
1.
2.
3.
4.
5.
C
A
E
E
C
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