Revista do Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERE
Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público - ISP
Universidade Federal da Bahia - UFBA
Linha Temática Política e Gestão em Educação
v.3, n.1, jan./abr. 2003
Salvador-BA
ISSN 1676-0840
PGP/LIDERE em destaque
Salvador
v.3
n.1
p.5-86
jan./abr. 2003
1
PGP/LIDERE em destaque é a revista informativa do Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/
LIDERE. Aceita parcerias e colaborações, reservando-se o direito de publicar ou não, a matéria enviada espontaneamente
à redação. As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. Essa revista é publicada com os recursos da
Fundação Ford e do Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERE.
Periodicidade: Quadrimestral
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Reitor
Dr. Naomar Monteiro de Almeida Filho
Vice-Reitor
Dr. Francisco José Gomes Mesquita
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Dra. Maria Hilda Paraíso
Pró-Reitor de Extensão
Dr. Antonio Neri
CENTRO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES
PARA O SETOR PÚBLICO - ISP
Diretor
Dr. Robert E. Verhine
Tiragem: 500 exemplares
EDITOR
Dra. Katia Siqueira de Freitas
EQUIPE DE PRODUÇÃO
Dra. Katia Siqueira de Freitas
Daelcio Ferreira Campos Mendonça
Helane Monteiro de Castro Lima
Léia Verônica de Jesus Barbosa
Mara Schwingel
Roberta Adorno Lima
NORMALIZAÇÃO
Sônia Chagas Vieira
REVISÃO
Regina Maria de Sousa Fernandes
PROGRAMA GESTÃO PARTICIPATIVA COM
LIDERANÇA EM EDUCAÇÃO - PGP/LIDERE
Diretor Internacional
Dr. Robert Girling
CAPA E PROJETO GRÁFICO
Helane Monteiro de Castro Lima
Coordenadora
Dra. Katia Siqueira de Freitas
DIAGRAMAÇÃO
Daelcio Ferreira Campos Mendonça
Vice-Coordenadora
Mara Schwingel
IMPRESSÃO
Gráfica e Editora Esperança
PGP/LIDERE em destaque: revista do Programa Gestão Participativa com Liderança em
Educação - PGP/LIDERE - v.1, n.1 (2001) Salvador: ISP/UFBA, 2001 Quadrimestral
ISSN 1676-0840
1.Educação - Periódicos. 2. Liderança - Periódicos. I Universidade Federal da
Bahia. Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público.
CDU 37(05)
CDD 370.5
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público - ISP
Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação - PGP/LIDERE
AV. Adhemar de Barros, Campus Universitário de Ondina, Pavilhão IV, Salvador - Bahia - Brasil
CEP: 40170-110 tel./fax: (71) 235-8290 ou 237-1018/1019 r.233. E-mail: [email protected]
Website: http://www.liderisp.ufba.br
2
Sumário
Editorial
Regina Maria de Sousa Fernandes
07
Variedades
Helena, Helena...
11
Aramis de Almada Ribeiro Costa
Acontece no PGP/LIDERE
Planejamento do PGP/LIDERE para 2003.
17
Maria Cleide de Sousa Mira
Histórico e desafios para a implementação do Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA).
19
Denise Abigail Brito Freitas Rocha
A importância de discutir a pluralidade cultural no contexto escolar.
26
Denise Abigail Brito Freitas Rocha
Estudo sobre o Plano do Governo Lula.
30
Maria Áurea Santos Ribeiro
Jornada Pedagógica das Escolas Públicas Municipais de
Salvador.
35
Denise Abigail Brito Freitas Rocha
III Seminário Internacional de Educação.
38
Maria Áurea Santos Ribeiro
Jornada Pedagógica da Escola Municipal Abrigo do
Salvador.
41
Denise Abigail Brito Freitas Rocha
Semana Pedagógica do Instituto Anísio Teixeira (IAT)
Cristiane Santos Brito
Escolas parceiras planejam atividades para o primeiro
bimestre do ano.
47
48
Noélia da Silva Souza Calmom
Semana Pedagógica da Escola Estadual Maria Anita.
51
Maria Áurea Santos Ribeiro
3
Visita à Escola Estadual Marcílio Dias
52
Roberta Adorno Lima
Inauguração do Centro de Educação Infantil Cid Passos.
53
Fernanda Santos Bastos
Roberta Adorno Lima
Oficina Liderança em Educação para escolas parceiras.
54
Fernanda Santos Bastos
Visitas às escolas do Projeto Escola Efetiva: a equipe
gestora liderando o sucesso (PEEF) no mês de março.
56
Cristiane Santos Brito
PGP/LIDERE realiza oficina na Escola Municipal Colina
do Mar.
57
Noélia da Silva Souza Calmom
Oficina Gestão Participativa e Proposta Pedagógica para
escolas municipais.
58
Cristiane Santos Brito
PGP/LIDERE oferece oficina de Relações Interpessoais
na Escola Estadual Batista Neves.
60
Noélia da Silva Souza Calmom
Palestra “Processo de inclusão de portadores do HIV no
contexto escolar”.
Cáritas Vanucci Batista Santos
61
Artigo
Gestão da Comunicação.
Doralice Marques de Araújo Cerqueira
Mara Schwingel
Literatura Comentada
64
71
Lindnoslen Guelnete Costa Pinna
Dicas de Sites
Regiane Lima Nascimento
Maria Áurea Santos Ribeiro
Gilka Santana do Espirito Santo
Dione Sá Leite Carvalho
Marli Raquel Dias Souza
Regina Maria de Sousa Fernandes
4
74
PGP/LIDERE Responde
78
Afinal, o que é Pedagogia de Projetos?
Regiane Lima Nascimento
Informativo
79
Gestão Educacional em Foco II - Ciclo de
palestras e oficinas continua em 2003.
Denise Abigail Britto Freitas Rocha
Entre em contato.
83
5
6
Editorial
O que se passa com a educação nacional? Resultados de pesquisas, dados estatísticos, registros burocráticos revelam que a
escola não ensina, que o aluno não aprende, que os professores
estão menos qualificados, que os índices de desempenho estão
entre os piores do mundo e têm como pares os países menos
desenvolvidos; que a escola continua cumprindo o seu papel histórico de selecionar, classificar, distinguir, hierarquizar; que a
escola ao longo dos anos esqueceu-se de discutir sobre o seu
lugar social. Em sendo a sociedade desigual, excludente e injusta terá como reflexo uma escola sua imagem e semelhança. A
educação por si não opera milagres. Esses só se tornam possíveis numa visão sistêmica do desenvolvimento. Efetiva gestão
pública e da sociedade civil poderão apontar para um projeto
educacional em que a escola participará da vida da comunidade
e a comunidade da vida da escola. Como compreender educação
e escola partes integrantes da cultura de um povo se a escola não
consegue sozinha a igualdade quando a sociedade é desigual.
Uma escola igualitária, eficaz vai depender do empenho de políticas-públicas fortalecido pelo da sociedade civil. "A escola não
consegue produzir sozinha a igualdade" diz a diretora da Faculdade de Educação da Unicamp, Agueda Bernardete Bittencourt.
Regina
Maria
de Sousa
Fernandes1
A Constituição de 1988 consagrou, entre seus princípios fundamentais a participação popular ou "gestão pública com direito à
dignidade da pessoa humana; o legislador constituinte, expressa
o princípio da soberania popular pelo qual todo o poder emana
do povo que o exerce através de seus representantes ou "diretamente", na forma estabelecida pela Constituição. É um propósito. E tem que ser descoberto pelas atuais ações jovens demonstrar que a democracia começa e se aprende na escola. Esse
exercício democrático logo se transmuta em uma espécie de
cidadania, por meio do diálogo, do questionamento, da participa1
Licenciada em Letras, UFBA, Bacharel em Direção Teatral, UFBA, Especialista em Pesquisa Educacional, USP. Bolsista PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 07-10, jan./abr. 2003
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ção. Nesse sentido, o Conselho de Representantes de Turmas (C.R.T.)
poderá, conforme nos esclarece essa publicação, iniciar ou transformar-se
também em um instrumento privilegiado de prática democrática e cidadã. É
nele que o aluno da educação infantil até os 14 anos aprenderá os princípios
democráticos e de participação política. A prática do C.R.T. e o seu pleno
funcionamento, ajudarão o aluno a desenvolver características tais como:
criatividade, automotivação, independência, responsabilidade,
respeito,habilidades sociais, políticas e sobretudo capacidade de liderar, de
compartilhar idéias com os outros e se beneficiar do pensamento deles. Destaque terão os valores e atitudes para manter a convivência e a solidariedade. Será a construção da cultura da paz. Haverá maior urgência, em enxergar o todo, numa clara oposição a correntes que pregam uma especialização
cada vez maior. Alfredo Bossi, vice-presidente do Instituto de Estudos Avançados da USP, alerta para não se correr o risco de ter "peritos em áreas
específicas e massas cada vez mais incapazes de entender o mundo que as
rodeia". Ele vê o aprendizado multidisciplinar e não compartimentado, bem
como uma maior flexibilidade de programas, horários e disciplinas e novas
escolhas de saberes; um modo de a escola responder pro-ativamente aos
imensos desafios a que está exposta ou a que a história a expõe; é a
pluralidade étnico-cultural desapontando e merecendo dos atores educacionais maior atenção."A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte".Oxalá, tenhamos, em futuro próximo, escolas em sintonia
com os avanços sociais, culturais e econômicos que formos capazes de gerar.
Em consonância com o que está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional - 9394/96 - o Programa do governo do presidente Lula faz ressalvas mais pertinentes e de forma mais enfática para que se chegue às determinações da Lei. Uma Escola do Tamanho do Brasil, assim denominado
esse Plano de Educação, garante um projeto que assegura a educação como
direito a três diretrizes gerais: democratização do acesso e garantia de permanência; a qualidade social da educação; implantação do regime de colaboração e democratização da gestão. Se assim acontecer ter-se-á uma educação, acima de tudo, como sendo sinônimo de cidadania, de autonomia, de
auto-estima.Para ganhar eficácia, a escola precisa ser confiada a professo-
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PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 07-10, jan./abr. 2003
res cada vez mais qualificados, com forte orientação para as práticas reflexivas e capacidade de inovação. Há uma concordância na valorização do
ciclo básico em termos de preparação e salário do professor, caso contrário
nenhum planejamento sobreviverá. Há que haver padrões salariais compatíveis com a amplitude da responsabilidade social do exercício do magistério e experimentos que busquem o desenvolvimento da capacidade do professor de ver, de maravilhar-se, de fazer perguntas e de pensar. Há que
reformar mentes e mentalidades para enfrentar os desafios do nosso tempo. É o que basta ser acrescentado ao desenvolvimento de um plano de
educação, fadado a ter sucesso. É preciso resgatar a importância do diálogo, da reflexão sobre a palavra e o conhecimento compartilhado; o sentido
do projeto de trabalho como uma história que se constrói e não se reproduz,
como alternativa para encarar de maneira crítica a finalidade de aprender e
o papel dos sujeitos pedagógicos nessa aventura. Na gestão onde não há
comunicação efetiva o diálogo inexiste, conseqüentemente e, também, a
aprendizagem. Supõe-se que, além disso, a habilidade de saber comunicar
e interpretar as relações do grupo proporcione aos alunos a oportunidade
de exercer maior controle e responsabilidade sobre a aprendizagem.
A falta de boa comunicação existe em todo o sistema educacional, impedindo-o, obstaculizando-o, barrando, via de regra, as reformas que visam
melhoria da qualidade da educação. Resultado disso é a grande dificuldade
que as escolas têm, em sua maioria, em absorver conceito de construções
coletivas que para fluir, a sua execução necessita de variadas estratégias de
comunicação entre a equipe gestora e as comunidades escolar e local. O
Brasil colhe, hoje, os frutos: ainda não fez reformas educacionais que ajudassem a garantir a sua inserção plena nas rotas que conduzem à democratização da cidadania. Países como a Coréia, Japão conseguiram vencer obstáculos, estruturando sistemas educacionais includentes e de qualidade, segundo depoimento da Unesco.
Vale ressaltar o desempenho do Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação (PGP/LIDERE) que, buscando fortalecer as instâncias
formais de participação das comunidades escolar e local e desenvolver outras formas de comunicação e interação escola x comunidade tem como o
mais recente parceiro a Financiadora de Estudos e Pesquisas (FINEP).
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 07-10, jan./abr. 2003
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Nesta revista, relata-se a experiência do Instituto Internacional de Planejamento Educacional (IIPE) que é um projeto de cooperação entre universidades. O IIPE iniciou a realização de um trabalho experimental teóricoprático, no qual destaca a importância do domínio das competências e habilidades da comunicação no contexto da educação e da sua gestão, contribuindo para agregar de forma positiva, sobretudo, o jovem estudante de
escola pública, afastando-o do convívio anti-social que alicia e oferece todas as condições a sua degradação.
Modernizar o ensino, segundo as exigências, principalmente, tecnológicas
do século XXI, é transformar as escolas em ponto de encontro para toda a
família; é a escola passar a ser uma espécie de templo de convivência, de
tolerância, do lazer educativo e da cidadania. Naturalmente, então, a cultura do voluntariado será ensinada como uma disciplina imprescindível à construção de um mundo mais digno e justo. A participação popular está ligada
à própria concepção de cidadania.
Havendo um competente projeto educacional que permita ao aluno deixar a
apatia e ir assumir-se como protagonista ativo na busca da sua própria
formação, boa parte de sua educação dependerá cada vez mais do seu próprio interesse aliado a sua capacidade de atualização. É iminente na gestão
democrática a boa comunicação para que aconteça a participação ativa das
comunidades escolar e local no processo educativo. É tudo o que deseja o
PGP/LIDERE.
"Somos todos anjos com uma asa só e só podemos voar quando abraçados
uns aos outros".
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PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 07-10, jan./abr. 2003
Variedades
Helena, Helena...
(texto disponível em www.secrel.com.br/jpoesia/poesia.html, utilizado pela
mestranda Luciene Souza Santos Cerqueira em oficinas de leitura)
Há muitos e muitos anos existia uma família muito feliz: o pai, a
mãe e Helena.
Um dia, uma desgraça se abateu sobre a casa da menina... a
mãe de Helena acabou falecendo. Mas, como não há dor que o
tempo não apague, o pai de Helena acabou se casando novamente.
A princípio, a madrasta era só mimos e dengos com a menina,
mas com o passar dos anos ela teve as suas próprias filhas e
passou a maltratar Helena, além de atribuir a ela todos os afazeres da casa.
Aramis
de Almada
Ribeiro
Costa1
Um dia, não tendo mais o que inventar, a madrasta resolveu
mandar Helena ao riacho para que ela pudesse lavar toda a roupa da casa. Disse à menina que lavasse tudo e que voltasse para
casa antes do meio-dia.
Helena ficou apreensiva! como poderia dar conta de tanta roupa
em tão pouco tempo? - pensou a menina.
Ela saiu triste naquela manhã e seguiu em direção ao riacho.
Quando Helena começou a lavar a roupa, percebeu que de dentro do riacho surgia uma luz muito forte e intensa... e de dentro
dessa luz, ela viu surgir um peixe...
1
Médico pediatra, Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública. Licenciado em Letras Vernáculas com
Inglês, Instituto de Letras da Universidade Católica do Salvador. Pós graduação em Administração
Hospitalar, Universidade São Camilo. Foi presidente da Sociedade Civil Hora da Criança e diretor
médico do Hospital Salvador (1977 a l983).
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 11-16, jan./abr. 2003
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Não um peixe como esses que nós estamos acostumados a ver. era um
peixe tumbador, um peixe que falava como nós.
A princípio Helena sentiu muito medo, mas o tumbador lhe disse que não se
assustasse, que ele queria apenas ser seu amigo. Helena aceitou a amizade
do tumbador e, naquela manhã, eles passaram o tempo todo conversando:
primeiro sobre a morte da mãe, depois sobre o casamento do pai, os maustratos da madrasta e por fim, toda aquela roupa que deveria ser lavada em
tão pouco tempo.
Naquele instante, o tumbador foi até as profundezas do riacho e pediu aos
seus amigos peixinhos que lavassem toda a roupa da menina, e bem assim
foi feito, os peixinhos deixaram a roupa tão branquinha que jamais mão
humana nenhuma ousaria lavá-las daquela maneira.
Antes de ir embora, o tumbador disse a Helena que todas as vezes que ela
voltasse ao riacho e quisesse falar com ele, bastaria cantar uma canção que
diz mais ou menos assim:
"tumbador, tumbador vem cá"
e eu te responderei:
"Helena, Helena, tumba, tumbaratumbá"
Helena voltou para casa naquele dia feliz da vida, mas tratou logo de disfarçar para que a madrasta não percebesse nada.
Quando a madrasta viu a roupa que Helena havia lavado e que tinha cumprido a tarefa no prazo determinada, mal acreditou.
Só que na manhã seguinte, ao invés de pedir que Helena lavasse uma trouxa
de roupa, mandou que a menina lavasse duas.
Só que diferente do dia anterior, Helena partiu para o riacho feliz da vida,
certa de que iria encontrar o seu amigo tumbador.
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PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 11-16, jan./abr. 2003
Quando chegou à beira do riacho a menina cantou:
"tumbador, tumbador vem cá"
e o tumbador respondeu:
"Helena, Helena, tumba, tumbaratumbá"
Mais uma vez eles passaram a manhã juntos e ficaram ainda mais unidos. E
outra, o tumbador chamou novamente os seus amigos peixinhos e eles lavaram as duas trouxas de roupa trazidas por Helena.
Só que durante dias e dias, essa situação se repetiu, dessa forma, a madrasta
começou a ficar desconfiada e naquela manhã, ao invés de pedir a Helena
que fosse ao riacho lavar a roupa de costume, pediu à menina que lhe
trouxesse também um peixe.
Helena saiu para o riacho chorosa, triste da vida. Como iria ter coragem de
pedir ao seu amigo tumbador que sacrificasse um de seus amigos peixinhos?
naquela manhã Helena não cantou.
Mas, o tumbador já conhecia todos os horários da menina e, mesmo sem ter
sido chamado ele veio à tona.
- Por que choras, Helena? - perguntou o tumbador.
Helena contou-lhe o que a madrasta havia pedido e no mesmo instante o
tumbador foi até as profundezas do riacho e trouxe o peixe que a madrasta
havia pedido. Assim que entregou o peixe à menina, o tumbador fez com
que ela jurasse que jamais choraria novamente e Helena prometeu.
Só que durante dias e dias a madrasta pediu peixes de cores e formas
diferentes e todos Helena trouxe. Até um xaréu que nem é peixe de água
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 11-16, jan./abr. 2003
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doce a madrasta pediu e Helena a atendeu com a ajuda do seu amigo
tumbador.
Um dia, já bastante desconfiada, a madrasta resolveu seguir Helena e, naquela manhã, assim que a menina saiu para o riacho como de costume, a
madrasta a seguiu e escondeu-se atrás de uma árvore. Quando Helena chegou à beira do riacho, ela encheu seu coração de alegria e cantou para o seu
amigo tumbador:
"tumbador, tumbador vem cá"
e o tumbador respondeu:
"Helena, Helena, tumba, tumbaratumbá"
- Ah! Helena, é assim que fazes para lavar a roupa que mando e trazer os
peixes que peço? Deixe estar... - pensou a madrasta.
A madrasta voltou para casa e nada disse à Helena. Na manhã seguinte, ao
invés de pedir que Helena fosse ao riacho, mandou a menina ao mercado
comprar algumas coisas. E assim que Helena saiu, a madrasta foi até a
cozinha, abriu a gaveta, pegou uma faca enorme e partiu para o riacho.
Quando lá chegou foi a madrasta quem cantou:
"tumbador, tumbador vem cá"
e o tumbador pensando que era Helena respondeu:
"Helena, Helena, tumba, tumbaratumbá"
Nesse instante a madrasta cravou a faca no peito do tumbador até o fim e ele
saiu se esvaindo em sangue até as profundezas do riacho. Mas, ele não
morreu.
A madrasta voltou para casa e não falou com Helena o que havia acontecido. Na manhã seguinte, quando Helena voltou ao riacho, encheu seu coração de amor e cantou para o seu amigo tumbador:
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PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 11-16, jan./abr. 2003
"tumbador, tumbador vem cá"
mas nada aconteceu...
Foi aí então que Helena resolveu cantar um pouco mais alto:
"tumbador, tumbador vem cá"
E nada...
Foi aí que Helena teve uma idéia, resolveu pedir a ajuda de todos vocês.
vamos lá?
"tumbador, tumbador vem cá"
Mas nem com a ajuda de vocês o peixe tumbador ouviu.
Helena lembrou-se da promessa que havia feito ao seu amigo de jamais
chorar novamente e engoliu a sua dor.
Durante dias e dias, Helena voltou ao riacho sempre na esperança de reencontrar o seu amigo tumbador. E um dia, sem que ela mais esperasse, Helena viu surgir de dentro do riacho uma luz como aquela vista por ela a primeira vez que o seu amigo tumbador aparecerá.
Helena não se conteve, encheu o seu coração de amor e cantou:
"tumbador, tumbador vem cá"
e o tumbador com a voz fraquinha, respondeu:
"Helena, Helena, tumba, tumbaratumbá"
O tumbador contou a Helena o que havia acontecido e ela decidiu que não
voltaria mais para casa.
Ele convidou a menina para morar com ele em seu reino e no mesmo instante ela aceitou. Mas havia uma condição, Helena deveria montar em suas
costas, fechar os olhos e só abrir quando ele mandasse.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 11-16, jan./abr. 2003
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A menina bem assim o fez e juntos eles atravessaram rios, mares e foram
parar nas profundezas do oceano.
Quando lá chegaram, Helena desceu das costas do seu amigo tumbador e
ele lhe disse que ela já poderia abrir os olhos.
Helena mal acreditou no que via diante de si: um lindo castelo de cristal.
Ela ficou tão extasiada que mal reparou na operação que acontecia atrás
dela: o peixe tumbador estava virando homem.
Quando Helena olhou para trás assutou-se, mas o tumbador lhe disse:
- Calma Helena, sou eu, o seu amigo tumbador. Eu fui enfeitiçado por uma
fada má que passou pelo meu reino há muitos e muitos anos, e só o amor
verdadeiro de alguém de coração puro poderia quebrar o encanto. Você me
amou na forma de peixe tumbador e agora eu estou livre.
Helena e o tumbador se casaram, tiveram muitos filhos e dizem que até hoje,
antes de dormir, Helena canta uma canção para o seus filhos que diz mais
ou menos assim:
“lá, lá, iá, lá, lá, iá, lá, lá, iá
lá, iá, lá, lá, iá, lá, iá, lá, iá, lá, iá, lá, iá”
e foram felizes para sempre...
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PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 11-16, jan./abr. 2003
Acontece no PGP/LIDERE
Planejamento do PGP/LIDERE para 2003.
Resgatar temas importantes para as escolas e atualizá-los; continuar com a campanha de reaproveitamento de materiais (vidros, latas, garrafas de plástico, papelões) enfim, envolver a comunidade; estreitar as parcerias existentes e buscar outras em
prol das escolas, gestores, professores, alunos, disseminando o
conhecimento. Estas foram algumas das decisões tomadas pela
equipe do PGP/LIDERE para o ano de 2003.
Atentos às mudanças mundiais e às necessidades das escolas
baianas, os integrantes do PGP/LIDERE acreditam que os temas a serem abordados no primeiro semestre de 2003 deverão
enfatizar a cidadania e a melhoria do ser humano (ser social),
desde a educação básica; a conscientização sobre o direito e a
Maria
Cleide de
Sousa
Mira1
preservação da vida até as questões relativas à saúde e ao meio
ambiente. A pauta para o ano de 2003 promete: palestras e oficinas sobre reaproveitamento de materiais, sexualidade, higiene,
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), inclusão e a
alfabetização.
Para alvoroço de toda a equipe, algumas questões administrativas foram postas em discussão: relatórios, organização de materiais, comunicação interna, otimização de tempo, clima
organizacional, sistemática das visitas de acompanhamento às
escolas municipais e estaduais parceiras, melhoria no planejamento das atividades propostas às escolas, resgate de projetos
das comunidades escolares etc. Enfim, tudo que pode ser debatido e avaliado sobre o Programa foi aberto à discussão. Nestes
1
Pedagoga, UFBA. Estudante de Especialização em Planejamento Educacional, UNIVERSO. Bolsista
PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 17-18, jan./abr. 2003
17
momentos, a energia boa de toda a equipe, a motivação para mudar, melhorar, aprimorar e desenvolver, a força de vontade e a garra foram estimulantes. Ponto para a liderança do Programa, que em meio a tanta diversidade
(etnia, credo, cultura, formação...), agrega todos os valores em torno de um
objetivo comum.
18
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 17-18, jan./abr. 2003
Acontece no PGP/LIDERE
Histórico e desafios para a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação
(PGP/LIDERE), visando desenvolver novos caminhos para uma
gestão escolar democrática e participativa, realizou no dia 23 de
janeiro de 2003, na sala de aula do Centro de Estudos
Interdisciplinares para o Setor Público (ISP), uma palestra sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, proferida pela professora Isadora Browne Ribeiro. Esta foi a primeira palestra
realizada pelo Gestão Educacional em Foco II, programado para
acontecer durante todo o ano de 2003.
Inicialmente, a professora Isadora fez uma breve apresentação,
explicando que foi a partir do Curso de Especialização em Direitos Humanos na Universidade do Estado da Bahia (UNEB),
Denise
Abigail
Britto
Freitas
Rocha 1
que ela direcionou o seu foco para a área da criança, em particular, dos direitos da criança. Segundo a professora, a sua motivação em trabalhar a questão dos direitos da criança parte do
presuposto que: de todos os grupos que têm os seus direitos humanos violados, o grupo mais frágil é o grupo criança; a criança é, como o Estatuto diz: "um ser humano em desenvolvimento"
e, estando em desenvolvimento, ela tem uma fragilidade maior e
uma maior dificuldade de fazer valer os seus direitos dentro da
nossa cultura.
Na oportunidade, a professora falou da importância de estudar o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pois a cultura que
tem que ser desenvolvida é a de enxergar a criança como presen-
1
Pedagoga, UNEB. Mestranda em Educação, UFBA. Líder de Cursos e Oficinas do PGP/LIDERE.
E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 1919-25, jan./abr. 2003
19
te, superando a idéia da criança como projeto, como futuro, como alguém
que vai acabar de se formar, que vai ter direitos quando ela crescer, quando
ela ficar grande.
Após este relato, a professora fez um breve histórico de alguns períodos em
relação à criança antes do século XX. Citou, Phillippe Ariés, um dos clássicos da história da infância, relatando que até o século XII não existia, por
exemplo, praticamente nenhuma representação de criança, registros, pinturas, túmulos infantis.Ele constata que a infância nessa época era um período de transição, logo ultrapassado e cuja lembrança era logo perdida, a
infância não tinha importância. Esses conceitos, segundo a professora
são coisas que vão ficando no nosso subconsciente, nós
estamos falando do século XII, da era cristã, a nossa cultura
é uma cultura cristã. Por mais de milênios dentro da cultura
cristã, dentro da Europa cristã, dentro do cristianismo, a
criança é completamente ignorada; então, isso é uma coisa
que tem peso para gente se dar conta de como ainda é fácil,
hoje, diminuir o papel da criança.
Uma outra coisa para que ela chama atenção é a inexistência de sentimento,
da singularidade da vida infantil, não se tinha nenhum cuidado especial com
a criança, inclusive em termos de comportamento. Essa distinção de adulto
e criança é uma coisa que começa no século XVI, até chegar no fim do
século XIX, onde, realmente, passa a existir uma distinção. Assim,
[...] o sentimento de particularidade é um sentimento que só
começa no fim do século XVI, já no fim de 1500 para 1600,
onde começamos a encontrar uma distinção entre criança e
adulto; que criança é diferente; as brincadeiras de criança
são diferentes e têm certas coisas de adultos que não são
legais para criança; têm certas coisas de criança que depois
que a criança cresce já não têm mais cabimento.
20
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 19-25, jan./abr. 2003
A CRIANÇA ANTES DO SÉCULO XX
"As pessoas se divertem com a criança pequena
como um animalzinho, um macaquinho impudico."
Philippe Ariès
• Até o século XII "A infância era um período de transição, logo ultrapassado e
cuja lembrança era logo perdida." Philippe Ariès.
• Na Idade Média não havia o sentimento da particularidade infantil.
• Final do século XVI (1500) começa a se formar o sentimento da infância.
• Final do século XIX - efetiva separação entre o mundo infantil e o mundo
adulto.
Transparência apresentada pela professora Isadora Browne Ribeiro
Segundo a professora, essa evolução foi sendo gradativa, passou por um
processo histórico:
[...] sai da Idade Média, entra na Idade Moderna, entra no
Estado Nacional, passa pelo processo de desenvolvimento
da burguesia, a volta da vida nas cidades com o desenvolvimento do comércio, e da manufatura; tendo uma nova dinâmica de vida e dentro dessa dinâmica, a realidade vai se
modificando, o próprio avanço da ciência faz com que as
pessoas comecem a ter uma noção maior de anatomia, então
começamos, também, a identificar biologicamente as diferenças entre criança e adulto.
Se pegarmos a Idade Média até a Revolução Industrial, com uma linha do
tempo, veremos essas transformações acontecendo, inclusive com uma nova
discussão sobre o homem, sobre o teocentrismo, antropocentrismo, provocando todo um avanço cientifico, que passa a discutir, inclusive, a relação
do homem com Deus, com a religião.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 19-25, jan./abr. 2003
21
Neste momento em que a sociedade passa a se preocupar com este ser em
desenvolvimento, criam-se, após discussões e eventos, documentos e leis
que garantem os direitos da criança. Entre os documentos, foram promulgadas a Carta de 5 pontos, nos EUA em 1919, a Declaração de Genebra em
1924, a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, a Declaração Universal dos Direitos da Criança em 1979 e a Convenção das Nações
Unidas sobre os Direitos da Criança em 1979.
SÉCULO XX
1902 - primeiros congressos mundiais.
1919 - "Save the Children" e a Carta de 5 pontos.
1924 - Declaração de Genebra.
1948 - Declaração Universal dos Direitos Humanos.
1959 - Declaração Universal dos Direitos da Criança - AS CRIANÇAS TÊM
DIREITOS.
1979 - Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (os estados
respeitarão os direitos enunciados na presente Convenção).
Transparência apresentada pela professora Isadora Browne Ribeiro
No Brasil, destacam-se documentos como o Código de Menores, de 1927,
que visa o menor órfão não assistido, aquele que incomoda, que atrapalha.
A partir de 1988, com o processo de transição democrática, a "Constituição
Cidadã", construída com uma grande participação popular, estabelece a diferença entre criança e adolescente, e aponta as prioridades para cada fase,
trazendo à tona a necessidade de proteção integral. Segundo a professora, o
ECA é o destrinchar do Art. 227 da Constituição Federal, pois é uma lei
que, em seus artigos traz direitos e trata do adolescente infrator e, simultaneamente, chama o adulto à responsabilidade. O Art. 227 diz que:
22
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 19-25, jan./abr. 2003
É dever da família e da sociedade e do Estado assegurar à
criança e ao adolescente, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Neste período, pessoas e entidades preocupadas, que trabalham com crianças, participaram da construção do ECA, que substituiu e revogou o Código de Menores. Segundo a professora, o ECA é o resultado de discussões de
entidades que trabalhavam com crianças, de pedagogos, de psicólogos, de
pessoas que tinham todo tipo de experiência, que analisaram e, inclusive,
decidiram que há uma distinção entre criança e adolescente, como duas etapas diferentes da vida e que merecem atenções específicas. Foi um processo
de construção muito bem elaborado, não foi uma coisa aleatória. Apesar de
considerarmos o ECA como uma lei de primeiro mundo,segundo a professora, ainda não é possível sua efetiva aplicação, pois não estamos no estágio aplicá-lo.
A professora chamou atenção que o ECA, em seus artigos de 01 até o 102,
trata dos direitos e do adolescente infrator, é uma marca que eu acho muito
séria, que ainda me incomoda muito, ou seja, apesar de você ter um documento que se dispõe a tratar de todas as crianças sem distinção, no fundo
oferece uma atenção maior à questão do adolescente em situações de infrações.
Diluir e implantar uma cultura de respeito e de ressocialização do adolescente, ainda não tem funcionado de maneira geral, segundo a professora,
pois
são apenas 12 anos da criação do Estatuto, vai fazer 13 agora, e 13 anos em cima de tudo aquilo que a gente viu antes,
de todo aquele desrespeito, de todo aquele desinteresse, de
toda aquela outra cultura, não vai mudar o comportamento
da noite para o dia; então, é preciso estarmos sempre discu-
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 19-25, jan./abr. 2003
23
tindo e rediscutindo, identificando até nessa coisa do cotidiano: a gente em casa, na família, com os filhos; essas coisas
assim pequenas, para a gente ir criando um outro caldo de
cultura no qual não caibam mais FEBENS. Na verdade, a
FEBEM é uma aberração. A relação que se estabelece ali
dentro, ainda, é Código do Menor mesmo.
A professora concluiu a palestra apontando os desafios atuais. Entre eles o
de tornar efetivo os direitos, pois, se for garantido o cumprimento da lei,
não será preciso se preocupar com a aplicação, nem com a garantia, pois eu
acredito que
nessa trajetória, nós também possamos contribuir para alterar essa cultura da repressão, do "não". Inclusive porque
essa cultura da repressão induz o viés disso. Para mim é
extremamente perverso. Nós estamos acostumados a pensar
em repressão como sinônimo de educação. Castigo educa.
A multa educa. Então a repressão aparece como se fosse
elemento educativo. Até isso nós precisamos desconstruir,
inclusive na sala de aula. O nosso desafio passa por aí, por
essa disposição de estarmos atentos, inclusive para darmos
conta das nossas atitudes, do que estamos dizendo automaticamente e do que nós devemos divulgar, então é trabalho
muito...
OS NOSSOS DESAFIOS
• Não - cultura da repressão
• Garantir os princípios estruturadores:
Interesse superior da criança.
Não discriminação.
Efetividade do direito.
Transparência apresentada pela professora Isadora Browne Ribeiro
24
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 19-25, jan./abr. 2003
REFERÊNCIAS:
Histórico e desafios para a implementação do Estatuto da Criança e do
Adolescente-ECA. Salvador: Isadora Browne Ribeiro, 2003. 17 transparências, color., 29,7 cm x 21 cm.
LUBISCO, Nidia M. L. ; VIEIRA, Sônia C. Manual de estilo acadêmico: monografias, dissertações e teses. Revisão e sugestões de Isnaia Veiga
Santana. Salvador: EDUFBA, 2002.
Universidade Federal da Bahia. Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação (PGP/LIDERE). Relatório de Atividade. Salvador, 23
de jan. 2003. 1 disquete, 3 1/2 pol.Word for Windows XP.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 19-25, jan./abr. 2003
25
Acontece no PGP/LIDERE
A importância de discutir a pluralidade cultural no
contexto escolar
A palestra sobre pluralidade cultural fez parte do Ciclo de Palestras e Oficinas Gestão Educacional em Foco II, e teve como
objetivo refletir sobre a importância da pluralidade cultural
no contexto escolar. Foi ministrada pelas professoras Maria
de Nazaré Mota Lima, Mestra em Educação/UFBA e Isabelle
Santos, Psicopedagoga/UFBA - ambas fazem parte do "Projeto Escola Plural: a diversidade está na sala" do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) e do Centro de Estudos Africanos (CEAFRO) no dia 27 de março de 2003, das 14h às
17h, na Sala de Aula do ISP/UFBA.
Durante a palestra a professora Nazaré Mota Lima contou
um pouco a história do CEAO/CEAFRO, e citou os blocos
afro como sendo os maiores beneficiados do projeto.
O CEAO funciona no Terreiro de Jesus, tem
uma biblioteca anexa, oferece cursos e é um
órgão da Universidade Federal da Bahia. Essa
sigla quer dizer: Centro de Estudos Afro-Orientais [...] é um órgão que existe há mais de
quarenta anos, aqui no estado da Bahia, na
estrutura organizacional da Universidade Federal, como um órgão de extensão, é um órgão
de extensão universitária. Um órgão de extensão vocês sabem: ele tem menos a preocupação de trabalhar com o ensino, com a graduação, digamos assim, em termos universitários,
e mais de trabalhar com essa relação à comunidade, fazer uma ponte entre o que a Universidade produz de conhecimento e as demandas
que a comunidade tem em relação a esses co1
Pedagoga, UNEB. Mestranda em Educação, UFBA. Líder de Cursos e Oficinas
do PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
26
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 26-29, jan./abr. 2003
Denise
Abigail
Britto
Freitas
Rocha1
nhecimentos que são produzidos pela Universidade [...]
nesse espírito de estar dialogando com a comunidade negra, no caso, em Salvador, é que o CEAO tem uma série
de programas, dentre eles o CEAFRO. O CEAFRO é o
"antigo" Projeto de Profissionalização para a Cidadania.
Esse projeto era desenvolvido dentro da Universidade, em
convênio com o CEFET (Centro de Federal de Estudos
Tecnológicos), era o convênio CEAO/CEFET.
A palestrante também falou do "Projeto Escola Plural: a diversidade
está na sala", que trabalha com a juventude dos bairros periféricos de
Salvador. Citou os blocos "Ilê Aiê" na Liberdade, "Malê de Balê" em
Itapuã, "Araketu" em Periperi, o "Olodum" no Centro Histórico e o
"Bagunçasso" no Uruguai como os principais parceiros do projeto. Os
alunos do projeto Escola Plural participam de diversos cursos de
capacitação e formação, dentre eles os cursos de Manutenção de Computadores, Eletrotécnica, Eletrônica etc.
Ressaltou que além desses cursos era desenvolvido o Curso de Desenvolvimento da Linguagem Oral e Escrita, que trabalhava também o desenvolvimento da linguagem matemática e a formação para a cidadania.
Segundo a professora, a formação para cidadania nesses últimos anos
possuía conceitos bastante genéricos, valiam para os jovens negros, mas
era necessário acrescentar, eles tinham que aprender que o racismo
existe e aprender como se livrar, como enfrentar, como lidar com as
situações de discriminação, de preconceito que eles enfrentam.
A professora Isabelle Santos falou sobre os conteúdos desenvolvidos
no planejamento de cada escola e enumerou as disciplinas que constam
no currículo da Escola Plural, entre elas Gênero e Geração; Sexualidade; Identidade e Cidadania; Resistência Negra; Realidade Social do
Negro; África; Construção e Reconstrução do Eu. As disciplinas têm
uma abordagem interdisciplinar e o material didático é criação do professor. Falou da importância dessas disciplinas no currículo para a consPGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 26-29, jan./abr. 2003
27
trução da cidadania. Lembrou que nós vivemos muitos anos sob o mito
da democracia racial, quando se dizia que o Brasil era um "caldeirão cultural", onde todas as raças viviam de forma harmônica. Segundo a professora,
hoje, em dois mil e três, a gente tem muitos respaldos
para dizer que as coisas têm outros caminhos; o próprio
fato de estarmos na rede municipal de educação, como
parceiros dessa rede, fazendo formação de professor, é o
governo que está assumindo que o racismo existe, que ele
é uma mazela, e que esse estado tem o compromisso de
desfazer e refazer uma escola plural completa, com todos
os conhecimentos que existem [...] de forma mais estrutural, a gente tem uma lei de 09 de janeiro 2003, no governo do nosso presidente Lula, que traz a introdução de
disciplina História da África no currículo oficial da rede
de ensino de todo o país. Isso tudo são condicionantes
que mostram o efeito da ação dos movimentos sociais querendo instalar o debate na sociedade, para que todas as
diferenças participem. Já está legitimado, socialmente,
que o racismo existe.
Ressaltou, ainda, que nós somos um país majoritariamente negro. Segundo os dados oficiais, nós, negros, somos a maioria. Se observarmos um país como a África do Sul, onde a gente teve por muito tempo
um regime de apartheid, de segregação racial, um regime onde negros
e brancos tinham uma participação diferenciada, mas que era uma
sociedade onde só 3% da população era branca. Durante muitos anos o
mito da democracia racial diluiu e naturalizou o mito da mestiçagem.
Não existem brancos, não existem índios, se misturou tudo e agora é o
povo brasileiro.
Segundo a professora Isabelle Santos, existe uma separação, não instituída como regime de apartheid, mas com várias outras formas de segregação. A luta dos movimentos negros impôs que a sociedade bra-
28
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 26-29, jan./abr. 2003
sileira reconhecesse, pois as análises feitas não explicam porque a
maioria da população pobre é negra. Não pode ser uma coincidência.
A professora Nazaré Mota Lima salientou que a formação para a cidadania deve ser desenvolvida a partir das situações de discriminação, de
preconceito que são enfrentadas pelos alunos, e de como enfrentá-las e
concluiu dizendo que:
[...] se a gente sair daqui, hoje, consciente de que o racismo existe, de que ele se reproduz na educação e que a
educação pode ser um meio de derrubá-lo, eu me dou por
satisfeita; ele está dentro da escola, da sala de aula, e,
nós, professores, sejamos racistas ou não, teremos uma
compreensão melhor, para lidar com a questão do racismo na educação.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 26-29, jan./abr. 2003
29
Acontece no PGP/LIDERE
Estudo sobre o Plano do Governo Lula
Em janeiro de 2003, durante o discurso do ministro da Educação
Cristovam Buarque, foi anunciado como desafio da sua administração, o "Brasil com mania de Educação."
A Equipe composta por Natacha D'Almeida Monteiro (bolsista),
Denise Abigail Freitas Rocha (líder de cursos e oficinas ) e
Cristiane Barbosa Farias (estagiária), após estudos, leituras e discussões sobre o Plano de Governo Lula para a educação, socializou para os demais integrantes do PGP/LIDERE os seus aspectos significativos.
Em consonância com o que está na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional 9394/96 o Plano de Governo Lula faz ressalvas pertinentes e enfatiza pontos preponderantes para que se
chegue às determinações da Lei.
Maria Áurea
Santos
Ribeiro1
Há uma análise dos pontos relevantes que nortearão a educação
para os próximos quatro anos de governo.
1.
2.
3.
4.
A democratização do acesso e garantia de permanência.
Qualidade social da Educação.
Regime de Colaboração e Gestão Democrática.
Educação Básica.
•
Educação Infantil.
•
Ensino Fundamental.
•
Ensino Médio.
•
Educação Profissional.
•
Educação de Jovens e Adultos.
•
Educação Especial.
•
Educação no Campo.
•
Educação Escolar Indígena.
1
Pedagoga, FEBA. Mestranda em Administração da Educação, UNIB. Bolsista do PGP/LIDERE. E-mail:
[email protected].
30
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 30-34, jan./abr. 2003
5.
6.
7.
Educação a Distância (EAD).
Educação Superior.
O financiamento público da educação no Brasil.
Democratizar o acesso e a garantia de permanência na escola.
A ampliação do tempo da educação básica no Brasil é necessária e possível
e dependerá da vontade política e ousadia em investir mais recursos.
Superar o acesso e permanência da escola significa dar ênfase à qualidade
do ensino, para que seja superada a dicotomia estabelecida entre qualidade
e quantidade, e enfatizar a qualidade é um fator fundamental para o resgate
de uma dívida social histórica.
Construção de um Sistema Nacional Articulado de Educação .
Promover um amplo debate nacional sobre a construção e implantação de
políticas de outras ações afirmativas na educação.
A qualidade social da educação está na oferta de educação escolar e
outras modalidades de formação para todos, com padrões de excelência e
com adequação aos interesses da maioria da população. O que denominamos de inclusão social, implica em uma organização curricular baseada na
interdisciplinaridade, participação e competência técnica-política
A valorização profissional consiste em estabelecer parâmetros mínimos
para a formação inicial e continuada ,o exercício da atividade em tempo
integral, o ingresso na carreira por concurso público, um salário digno,
progressão funcional baseada na titulação e na avaliação de desempenho e
as necessárias condições de trabalho com a retomada da auto-estima do
corpo docente.
De acordo com a Lei tem-se a possibilidade de aperfeiçoamento profissional contínuo, inclusive com licenciamento remunerado para esse fim, período reservado a estudos , planejamento e avaliação, incluído na carga de
trabalho.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 30-34, jan./abr. 2003
31
Dentro das quatro propostas estabelecidas pelo Programa destacam -se:
1.Incentivar a publicação de trabalhos, pesquisas e descrição de experiências pedagógicas bem sucedidas.
2. Incentivar a criação de centros de formação permanente e aperfeiçoamento dos profissionais de educação.
3. O piso salarial nacional e a progressão será fundamentada na
titulação, experiência e no desempenho aferidos pelos componentes
apontados pelo projeto político pedagógico.
O princípio da colaboração democrática é percebido e observado em todos
e para a Educação Básica serão necessárias se rever três aspectos importantes, a política de financiamento e recursos, a ação integrada à concepção
de qualidade e a ampliação do número de vagas.
A Educação Infantil deverá se deter na política de financiamento, ação
integrada da União, Estados e Municípios, promovendo a universalização
da educação infantil, criando mecanismos para que em todas as faculdades
de educação seja oferecida a habilitação em educação infantil.
O Ensino Fundamental será impulsionado pelo programa Bolsa-Escola
como parte integrante do Projeto Político Pedagógico, exigindo um acompanhamento sistemático da vida escolar do aluno.
No Ensino Médio deve estabelecer de imediato e em comunhão com os
Estados uma política de ampliação de vagas, com a ocupação dos espaços
construídos e a construção de novas escolas, a qualificação dos profissionais da educação, e um a estratégia pedagógica para o nível médio noturno.
No Ensino Profissional faz-se necessário que no período de 2003 a 2006
desenvolvam-se ações para colocar a formação profissional como maneira
da superação da exclusão educacional e implementar políticas públicas nacional na elevação e formação dos 65 milhões de trabalhadores jovens e
adultos, em especial os desempregados e portadores de deficiências. E
32
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 30-34, jan./abr. 2003
também envolver e articular as redes públicas e privadas existentes, incluindo o Sistema S.
Educação de Jovens e Adultos de acordo com a LDB vem dando ênfase
nos exames supletivos visto como inconsistente como mecanismo de solução do problema, e descaracteriza a educação presencial, contribuindo assim para o processo de desescolarização, empobrecendo a formação. A
proposta é implantar o programa Mova Brasil para erradicar o analfabetismo absoluto de jovens e adultos no prazo de quatro anos.
Para a Educação Especial é de fundamental importância a formação de
equipes profissionais (com professor especializado, pedagogo,
psicopedagogo, terapeuta fisioterapeuta, fonoaudiólogo), constituindo redes de apoio às escolas.
Educação no campo será formulada em regime de colaboração entre União,
Estados e Municípios que dêem conta das demandas qualitativas e quantitativas de nove anos de escolarização na preservação dos alunos em escolas
no campo.
A Educação escolar indígena deve abranger a elaboração de currículos e
programa; o ensino bilíngüe; a elaboração de materiais didático-pedagógicos, bilíngües ou não, para o uso nas escolas instaladas em suas comunidades.
Educação a Distância não deverá ser implantada em programas isolados,
precisa interagir com outras ações existentes.
Ensino Superior deverá ampliar todas as vagas e matrículas principalmente
a rede pública, levando em consideração as taxas compatíveis com o estabelecido no PNE. Envolver as universidades nos programas de ampliação
de emprego e renda, e no apoio à difusão tecnológica às pequenas e médias
empresas. Observando o Programa do Governo Lula vale salientar que é
na educação superior que está concentrado o maior número de propostas.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 30-34, jan./abr. 2003
33
O financiamento público da educação no Brasil está em reexaminar os
vetos da gestão anterior ao PNE para que o percentual de gastos públicos
em educação relacionado ao PIB seja elevado para o mínimo de 7% no
período de dez anos.
"A educação em todos os níveis é um direito social, básico e universal."
LDB 9394/96.
.
34
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 30-34, jan./abr. 2003
Acontece no PGP/LIDERE
Jornada Pedagógica das Escolas Públicas Municipais
de Salvador
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Salvador
(SMEC), antecedendo o começo do ano letivo, realizou de 03/
02/03 a 07/02/03 a Jornada Pedagógica 2003. A abertura do
evento foi realizada no Auditório do Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico de Salvador (CAPS), situado na Pituba. Estavam presentes o Prefeito de Salvador, Dr. Antônio Imbassahy, a
Secretária de Educação do Município de Salvador, Prof.ª Dirlene
Mendonça, diretores, vice-diretores, professores e coordenadores pedagógicos das Escolas Municipais de Salvador, técnicos
da SMEC, representantes das Cordenadorias Regionais de Ensino (CREs) e parceiros da SMEC que assistiram à palestra
sobre Gestão da Informação, proferida pelo conceituado educador Dr. Eugênio Mussak.
Denise
Abigail
Britto
Freitas
Rocha 1
A prof.ª Dirlene Mendonça fez a abertura do evento, lembrando
que este é o sétimo ano letivo da administração do prefeito Antônio Imbassahy e dizendo:
[...] é um ano novo, não é mais um ano, é um
novo ano para a educação da nossa cidade, e
este ano nós vamos ter como foco na rede municipal de Salvador a Gestão Escola, iniciando com
a palestra do Dr. Eugênio Mussak, conferencista de conceito internacional, biólogo, médico e
professor desde 1971; é co-fundador da Universidade do Paraná, ex-diretor de escola, atualmente, é professor do Mestrado em Administração da USP e colunista das seguintes revistas: Superinteressante, Você S/A e Vencer; consultor sobre assuntos educacionais no Brasil e
no exterior; colaborador do PROMA (uma ONG
ambientalista da Ilha de Itaparica) [...]
1
Pedagoga, UNEB. Mestranda em Educação, UFBA. Líder de Cursos e Oficinas do PGP/LIDERE.
E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p.35-37, jan./abr. 2003
35
Em 2003, o foco principal das ações da SMEC será Gestão Escolar e a
implementação da sistemática de monitoramento, considerando que os desafios da escola exigem da equipe dirigente, liderança com competência
cognitiva, técnica e interpessoal para planejar, decidir e coordenar uma gestão eficaz, estratégica e participativa.
A professora Dirlene Mendonça lembrou também que: "Nós estamos iniciando o ano letivo efetivamente com a presença dos alunos no dia 10/02/03,
e vamos neste ano executar o Projeto Criança Pequena, de zero aos seis
anos, pois é uma dívida que o município tem com esse segmento". Segundo
a Secretária de Educação, devemos buscar, juntos, na inovação e na
criatividade formas de progredir, ampliar campos de ação e conquistar nosso espaço no cenário educacional brasileiro.
Em seguida, o prefeito Antônio Imbassahy fez a abertura oficial do evento,
saudando a todos e demonstrando satisfação em iniciar a semana falando de
educação. Segundo o prefeito Antônio Imbassahy: "(...) o fundamental para
educação é uma boa gestão, e a rede municipal está funcionando em sistema
de rede, preocupado cada vez mais com a autonomia, prêmios e incentivos à
criatividade de cada unidade escolar, e com qualidade". Ressaltou a importância das parcerias, e em colocar Salvador no cenário brasileiro, pois a
discriminação social só se reduz através de uma educação de boa qualidade.
Após a abertura oficial foi iniciada a palestra do Dr. Eugênio Mussak que
refletiu a respeito da educação e da gestão, pois, segundo o palestrante: "a
crise da educação passa muito pela crise da gestão", considerando que se
nós resolvemos os problemas da gestão, estaremos, ao mesmo tempo, resolvendo o problema da educação. Falou sobre o fenômeno da educação: "como
o ser humano se comporta diante do fenômeno da educação e, também, da
questão da gestão da educação".
Durante a palestra comentou, também, sobre a questão da aprendizagem, e
segundo Dr. Mussak: "as crianças aprendem, naturalmente, e o professor é
um mero facilitador". Citou alguns princípios da aprendizagem como: a)
toda criança pode aprender; b) os limites pessoais são preconcebidos; c) a
36
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 35-37, jan./abr. 2003
aprendizagem depende da percepção, do significado e do elo afetivo; ressaltou, ainda, que todas as potencialidades do ser humano podem ser desenvolvidas.
O Dr. Mussak conclui sua palestra dizendo aos educadores e educadoras que:
[...] ai daqueles e daquelas que pararam com sua capacidade
de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar[...] [...] quando nós paramos de nos reinventar, nós
estamos indo contra a nossa própria essência[...] [...]ai daqueles e daquelas que em lugar de visitar de vez em quando
o amanhã, o futuro, em profundo engajamento com o hoje,
com o aqui e o agora, se atrevem ao passado de exploração[...] [...] isso é Paulo Freire"; além de incentivar os
educadores e educadoras dizendo que "todos devem valorizar e se orgulhar da profissão que exercem.
REFERÊNCIAS:
LUBISCO, Nidia M. L. ; VIEIRA, Sônia C. Manual de estilo acadêmico:
monografias, dissertações e teses. Revisão e sugestões de Isnaia Veiga
Santana. Salvador: EDUFBA, 2002.
Universidade Federal da Bahia. Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação. Relatório de Atividade. Salvador, 07 fev. 2002. 1
disquete, 3 1/2 pol. Word for Windows XP.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 35-37, jan./abr. 2003
37
Acontece no PGP/LIDERE
III Seminário Internacional de Educação1
Nas últimas décadas do século XX, percebeu-se um esforço a
favor da transformação do saber, e hoje em dia, pode-se observar um (re)pensar da prática pedagógica dentro da sala de aula,
e esta busca ocorre em conseqüência do crescimento quantitativo e qualitativo de volume de informações sobre trabalho nas
escolas por meio de Projetos e Desenvolvimento das Competências e buscando outras formas de Organização do Trabalho Escolar.
Diante de temas tão divulgados no meio acadêmico, foi possível
a organização de um seminário de porte internacional, permitindo aos educadores de diversas partes do mundo e, principalmente, os brasileiros, participarem na discussão e disseminação
da Pedagogia de Projetos, observando e considerando aspectos
significativos dentro do contexto de ensino e da educação.
Maria
Áurea
Santos
Ribeiro2
O III Seminário Internacional de Educação contou com a presença de aproximadamente 950 profissionais de educação permitiu a reflexão e a observação das várias formas de repensar a
escola: uma delas é (re)ver o modo de pensar o mundo, a sociedade e as instituições.
A presença de especialistas em educação, a exemplo de Philippe
Perrenoud e Monica Thurler, professores da Universidade de
Genebra, Vasco Moretto Doutor Mestre do Distrito Federal,
Celso Vasconcelos e Celso Antunes de São Paulo e Ana
Bergmann, do Paraná, permitiu desenvolver um enfoque detalhado e preciso quanto às mudanças ocorridas no cenário mundial da educação.
1
Seminário Internacional de Educação realizado no período de 4 e 5 de fevereiro de 2003 no Centro
de Convencões da Bahia.
2
Pedagoga, FEBA. Mestranda em Administração da Educação, UNIB. Bolsista do PGP/LIDERE. E-mail:
[email protected].
38
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p.38-40, jan./abr. 2003
Durante o Seminário Monica Thurler abordou o tema: Projeto do Estabelecimento de Ensino como fonte de Desenvolvimento Profissional dando ênfase ao âmbito das novas políticas de gestão e propondo aos sistemas de
ensino estimularem as escolas a colocar no papel o"seu" projeto.
Philippe Perrenoud enfatizou a necessidade de aprender a mobilizar de forma correta e simultânea diversos recursos: conhecimentos, capacidades,
informações, regras e valores, sendo a competência fruto de experiência
reflexiva de uma prática na tomada de decisões e resoluções de problemas.
Buscar uma outra Forma de Organização do Trabalho Escolar, destacando
os novos ‘espaços/tempo’ de formação foi outro aspecto abordado por
Philippe Perrenoud, e salientou ainda que a organização do trabalho está
em mutação nos sistemas de ensino e para que haja uma evolução é necessário desenvolver a gestão coletiva e solidária desses novos ‘espaços/tempo’,
evitando que cada um se feche o mais rápido possível em sua classe com
seus alunos.
Dando continuidade ao tema, Ana Bergmann ressaltou os Projetos de Trabalhos no dia-a-dia da escola e a necessidade dela se empenhar para proporcionar aquisições significativas, e que a finalidade de trabalhar com projetos é
promover nos alunos a compreensão dos fenômenos e problemas da realidade em que vivem.
O conferencista Celso Vasconcelos descreveu o Projeto como Espaço de
Produção de Sentido e de Mudança, explicando que a própria ciência pode
ser entendida como projeto: "Acima do sujeito, além do objeto imediato", a
ciência moderna fundamenta-se no próprio projeto; salientou os três elementos básicos no processo que conduz à ação humana: a necessidade, o
objetivo e o plano de ação.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 38-40, jan./abr. 2003
39
Vasco Moretto destacou a importância do "Projeto Pedagógico da Escola"
e que é na Proposta Pedagógica (PP) que se define o tipo de cidadão que
se quer ajudar a formar; e para isso, são explicitados os fundamentos éticos-políticos da escola e os fundamentos didáticos- pedagógicos que são
estabelecidos pela relação entre professor e aluno, com vistas ao processo
da construção do conhecimento pelo aluno.
O professor Celso Antunes declamou o tema As Competências são "ferramentas” imprescindíveis ao desempenho docente, mas não são as únicas
"ferramentas” necessárias, explicando que a competência invadiu o mundo
do trabalho e que a competência profissional é importante, mas não é tudo.
Devemos repensar as nossas práticas com trabalho por projetos e favorecer à criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares.
40
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 38-40, jan./abr. 2003
Acontece no PGP/LIDERE
A Jornada Pedagógica da Escola Municipal Abrigo do
Salvador - 2003
O Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação
(PGP/LIDERE), representado por Denise Abigail Britto Freitas
Rocha, acompanhou a Jornada Pedagógica da Escola Municipal
Abrigo do Salvador (04 a 07/02/03), com o objetivo de fortalecer
o vínculo entre a escola parceira e o Projeto Escola Efetiva: a
equipe gestora liderando o sucesso (PEEF).
A Jornada Pedagógica foi bem organizada. Todos os professores
presentes receberam o material em pastas que continham a pauta da jornada, os textos que seriam trabalhados, canetas, caderno, além, do material elaborado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC). Os professores participaram efetivamente das atividades, reservando espaços para reflexão sobre
temas relacionados à avaliação, às relações interpessoais, à escola reflexiva, dentre outros, com a intenção de contribuir para
Denise
Abigail
Britto
Freitas
Rocha 1
melhoria da qualidade do ensino e das relações pessoais.
No primeiro dia, 04/02/03, terça-feira, no turno matutino, foi
sugerida a seguinte agenda:
IIIIIIIVV-
Oração de São Francisco.
Mensagem: Música "Tente outra vez" (Raul Seixas).
Abertura: Diretora e Vice-diretora.
Estudo do Texto: "A Escola Reflexiva"de Isabel
Alarcão.
Avaliação do dia.
1
Pedagoga, UNEB. Mestranda em Educação, UFBA. Líder de Cursos e Oficinas do PGP/LIDERE.
E-mail [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 41-46, jan./abr. 2003
41
A vice-diretora Josilma Nascimento Barbosa iniciou os trabalhos pedindo
que todos fizessem a Oração de São Francisco e, ao mesmo tempo, agradeceu pela presença e compromisso dos professores com a escola (estavam presentes 14 professores). Após a oração foi tocada a música "Tente
Outra Vez" de Raul Seixas e alguns professores comentaram sobre a letra
da música.
Em seguida, a diretora Maria Lúcia Oliveira Bahia deu alguns informes
sobre a reunião ocorrida no dia anterior com a Secretária Municipal de
Educação, Prof.ª Dirlene Mendonça, e informou que vai haver um
monitoramento em todas as escolas municipais. Em relação à preparação da
merenda escolar ela solicitou o apoio de todos, além de mais participação
dos professores (da comunidade escolar como um todo) nas questões administrativas, financeiras e pedagógicas da escola, pois gostaria que todos
trabalhassem mais unidos.
Após a abertura, a diretora pediu que o representante do PGP/LIDERE e
PEEF se apresentasse e esclarecesse para os professores que estiveram
ausentes na apresentação do Programa (sala de aula do ISP/UFBA), o
histórico, o conceito e os objetivos do PGP/LIDERE e PEEF (projeto do
qual eles serão parceiros). Realizadas as apresentações todos ficaram
muito entusiasmados, principalmente, com a possibilidade de publicar as
atividades desenvolvidas na escola em nossas revistas.
A diretora Maria Lúcia Oliveira Bahia mostrou-se bastante envolvida com
as ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola; a vice-diretora Josilma Nascimento Barbosa, que também é coordenadora do Plano de
Desenvolvimento da Escola (PDE), os professores e toda equipe escolar
mostraram-se animados com o início do ano letivo; agradeceram a presença
da representante do Projeto Escola Efetiva: a equipe gestora liderando o
sucesso (PEEF) e se comprometeram em participar das oficinas, realizadas
no Centro de Acompanhamento Pedagógico do Salvador (CAPS), além de
demonstrarem interesse em participar do Ciclo de Palestras e Oficinas Gestão Educacional em Foco II.
42
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 41-46, jan./abr. 2003
Ao retornarmos do lanche, fomos divididos em 03 grupos para fazer a leitura do texto "A escola reflexiva"; após a leitura e discussão nos grupos, um
membro de cada equipe, socializou os principais conceitos discutidos internamente.
Ao final, fizemos uma avaliação. Cada participante dizia uma palavra que
significasse como foi, na sua percepção, o desenvolvimento e a importância
do encontro para o seu crescimento profissional. A diretora sugeriu que a
escola fizesse uma festa de carnaval para receber os alunos no primeiro dia
de aula, e todos concordaram.
No segundo dia, 05/02/03, quarta-feira, no turno matutino, foi sugerida a
seguinte agenda:
I.
II.
III.
Mensagem: "O Vôo das gaivotas".
Estudo do texto: "Repensando o processo de avaliação".
Avaliação do dia.
Iniciamos os trabalhos com a solicitação de que cada professor (estavam
presentes 16 professores) fizesse um desenho para depois ser avaliado. Dois
desenhos foram avaliados e, em seguida, discutiram a questão da subjetividade. Após o desenho, foi feita a leitura da mensagem “O vôo das gaivotas”
e vários professores fizeram comentários sobre a mensagem.
Em seguida, houve o intervalo para o lanche. Depois retornamos à sala,
divididos em 03 grupos, para fazer a leitura do texto "Repensando o processo de avaliação". Após a leitura e discussão nos grupos foram socializados
os principais conceitos de cada etapa:
I. Avaliação diagnóstica.
II. Avaliação formativa.
III. Avaliação somativa.
IV. O que e como avaliar: Para que avaliar - O que avaliar Como avaliar - Quando avaliar.
V. Repensando a avaliação de acordo com os conteúdos: FactuaisConceituais - Procedimentais/Atitudinais.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p.41-46, jan./abr. 2003
43
Ao final, como no dia anterior, foi feita uma avaliação quando cada membro
dizia uma palavra que significasse como foi, na sua percepção, o desenvolvimento e a importância do encontro para o seu crescimento profissional.
No terceiro dia, 06/02/03, quinta-feira, no turno matutino, foi sugerida a
seguinte agenda:
I
II
III
Mensagem: Música "Metamorfose Ambulante" (Raul Seixas).
Elaboração do Plano de Avaliação Diagnóstica Inicial (período 10 a 21/02/03).
Avaliação do dia.
Os valores, a visão de futuro, a missão e os objetivos estratégicos da escola
estavam expostos na sala onde foi realizada a jornada pedagógica, e a vicediretora fez questão de relembrá-los para que todos se comprometessem
com a proposta, ressaltando que é a partir desses objetivos que são desenvolvidas as metas e as ações da escola.
Valores da Escola:
•
•
•
RESPEITO AO INDIVÍDUO: Respeitarmos os direitos, deveres, limitações de cada pessoa.
PARCERIA: Realizarmos um trabalho de parceria
integrando empresas e outros órgãos, visando a melhoria
da produtividade das atividades escolares.
CRIATIVIDADE: Buscarmos e incentivarmos a
criatividade e inovação individual em todos os seguimentos da Unidade Escolar..
Visão de Futuro:
•
44
“Sermos reconhecidos e valorizados em nossa comunidade, por oferecermos um ensino de qualidade com professores comprometidos, competentes e criativos.”
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 41-46, jan./abr. 2003
Missão da Escola:
•
“Oferecer ensino de qualidade, por meio de práticas pedagógicas que garantam o desenvolvimento das
potencialidades dos nossos alunos, formando cidadãos
próativos e transformadores da sociedade.”
Objetivos Estratégicos:
1.
2.
3.
Melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
Modernizar a gestão escolar.
Proporcionar maior integração entre a escola e a comunidade.
No quarto dia, 07/02/03, sexta-feira, no turno matutino, foi sugerida a seguinte agenda:
I.
II.
III.
IV.
V.
Mensagem: "Um presente".
Organização das classes.
Entrega dos diários de classe, listas dos alunos e livro didático.
Mensagem: "Procure ser assim mesmo".
Avaliação do ano letivo de 2002 e sugestões para o ano letivo
de 2003.
Os professores receberam um modelo de plano de ensino da SMEC para
elaborarem seus planos diários. As atividades sugeridas foram organizadas
de maneira mais objetiva porque os professores queriam arrumar a escola
para a festa de carnaval que iria recepcionar os alunos.
Em seguida, foi feito um intervalo para o lanche. Após o intervalo alguns
professores foram concluir seus planos de avaliação diagnóstica e organizar
suas classes, enquanto os outros começavam a decorar a escola. No final,
todos estavam participando, cortando papel crepom e colando no cordão
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 41-46, jan./abr. 2003
45
para enfeitar a escola; foram feitas máscaras de carnaval e muitas brincadeiras foram pensadas para recepção dos alunos.
Encerrando, foi feita uma avaliação. Os professores comentaram sobre o
ano de 2002 e deram sugestões para 2003. A diretora lembrou da importância de se chegar no horário para que os alunos não fiquem esperando, e
ressaltou a importância do comprometimento dos professores para que haja
uma boa convivência e um bom desenvolvimento do processo ensinoaprendizagem. Ressaltou que aguarda as visitas da equipe PGP/LIDERE,
e espera que o projeto possa contribuir para o desenvolvimento da escola,
deixando o espaço escolar aberto para que possamos desenvolver nossas
ações.
REFRÊNCIAS:
LUBISCO, Nidia M. L. ; VIEIRA, Sônia C. Manual de estilo acadêmico: monografias, dissertações e teses. Revisão e sugestões de Isnaia Veiga
Santana. Salvador: EDUFBA, 2002.
Universidade Federal da Bahia. Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação. Relatório de Atividade. Salvador, 10 fev. 2003. 1
disquete, 3 1/2 pol.Word for Windows XP.
46
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 41-46, jan./abr. 2003
Acontece no PGP/LIDERE
A Semana Pedagógica do Instituto Anísio Teixeira (IAT)
Nos dias 10 a 13 de fevereiro de 2003, as estagiárias Noélia da
Silva Souza Calmon e Cristiane Santos Brito, a voluntária Irany
Santos Paraense e a bolsista de Iniciação Científica (IC) Carmem
Luciana Cardoso Martins Santos do Programa Gestão
Participativa com Liderança em Educação (PGP/LIDERE)
acompanharam a Jornada Pedagógica do Colégio Estadual de
Aplicação Anísio Teixeira.
Ao abrir os trabalhos da manhã, a diretora deu as boas-vindas a
todos e falou da satisfação de receber o corpo docente para mais
um ano de lutas em prol da boa educação pública. Em seguida, a
estagiária Noélia da Silva Souza Calmon foi convidada pela diretora dessa escola, Salomé Maria Brito Pinto, para apresentar ao
corpo docente da escola o PGP/LIDERE. No mesmo dia, no
turno vespertino, houve a apresentação do Projeto Gestar, (Gestão da aprendizagem). Finalizando as atividades da tarde, foram
apresentados o Projeto Político Pedagógico e o Plano de Desenvolvimento da Escola para o ano letivo de 2003, visando resgatar
as idéias do educador Anísio Teixeira.
Cristiane
Santos
Brito1
No período de 12 e 13 de fevereiro, os trabalhos foram realizados no Instituto Anísio Teixeira (IAT), com todos os professores
da rede estadual de educação, constando palestras sobre o Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI), competências, habilidades etc.
Concluindo as atividades da Jornada Pedagógica o corpo docente
do Colégio Anísio Teixeira reuniu-se para dividir as séries, as
disciplinas e efetuar o planejamento da primeira semana
diagnóstica de aula.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária PGP/LIDERE E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 47, jan./abr. 2003
47
Acontece no PGP/LIDERE
Escolas parceiras planejam atividades para o primeiro bimestre do ano.
Nos dias 10 a 14 de fevereiro, as Escolas Estaduais realizaram a
Semana Pedagógica com o objetivo de estruturar as atividades
para o ano letivo de 2003.
O PGP/LIDERE acompanhou as unidades parceiras e pôde conferir os parâmetros desenvolvidos por elas.
No Colégio de Aplicação Anísio Teixeira, o tema da Semana
Pedagógica foi: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende
o que ensina” (Cora Coralina). Foi proferida uma palestra sobre
competências e habilidades, proferida pela professora aposentada, Aída Varela, que foi de grande relevância para o educador
comprometido com a educação.
Noélia
da Silva
Souza
Calmom1
A escola, buscando melhorar sua atuação pedagógica com alunos na fase da adolescência, solicitou do PGP/LIDERE, uma oficina sobre sexualidade que deverá ser realizada no primeiro
bimestre do ano. Vale a pena conferir.
A Escola Estadual Democrática de 1o grau Batista Neves
direcionou suas atividades para o desenvolvimento da leitura como
meio de despertar no aluno a criticidade e a participação mais
ativa na sociedade. Como parte das atividades bimestrais, o PGP/
LIDERE agendou com a escola uma oficina sobre Relações
Interpessoais para o dia 12 de abril, que terá como foco a melhoria
das relações entre os atores do processo educativo no cultivo das
relações interpessoais.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária do PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
48
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 48-50, jan./abr. 2003
As Escolas Municipais realizaram a Jornada Pedagógica nos dias 04 a
07 de fevereiro. Os trabalhos foram abertos com uma palestra, para as
equipes gestoras da rede, realizada no Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico (CAPS), ministrada pelo Dr. Eugênio Mussak, que fez uma bela
explanação sobre a gestão escolar e a aprendizagem do aluno. O evento
contou ainda com a presença do Exmº Prefeito Dr.Antônio Imbassahy e da
Secretária de Educação do Município Ilmª. Sra. Dirlene Mendonça.
A Escola Estadual Cleto Araponga, buscando oferecer a seus alunos uma
educação cada vez melhor, vem desenvolvendo estratégias de ação para com
o ensino-aprendizagem. Uma dessas estratégias é a nova classe de aceleração no turno noturno,que corresponde da 1ª. a 8ª. série do ensino fundamental.
A escola solicitou ao PGP/LIDERE ajuda para desenvolver com o alunado
oficinas com materiais recicláveis para despertá-lo na preservação do meio
ambiente, além de desenvolver a criatividade e oferecer oportunidade para
que ele possa contribuir com a renda familiar. O PGP/LIDERE realizará
ainda no primeiro bimestre, oficinas voltadas para o pedagógico como: oficina de leitura, conceitos sobre avaliação e seus impactos na prática pedagógica, Projeto Pedagógico (PP), entre outras. Vale a pena conferir.
A Escola Estadual Maria Anita passou por uma reforma em sua estrutura
física, ficando mais aprazível para receber o alunado no ano letivo de 2003.
Recebeu ainda, por meio de parcerias com ONGs, alguns
microcomputadores, o que tem contribuído bastante para o progresso dos
alunos. Parabéns.
A Escola Municipal Engenho Velho da Federação, com o objetivo de
oferecer um serviço educacional cada vez melhor, vem desenvolvendo atividades por projetos, que são diversificadas e abrangem vários aspectos educacionais.
No mês de fevereiro, a escola desenvolveu o Projeto “Carnaval da Paz” que
teve como objetivo associar o carnaval e a paz;
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 48-50, jan./abr. 2003
49
O Projeto “Aluno Consciente Integra com o Meio Ambiente” é voltado
para a conscientização da preservação do meio ambiente;
O Projeto “Coral” visa despertar no aluno o interesse pela arte e deverá ser
desenvolvido ao longo do ano. A escola já agendou com a Entursa uma
apresentação do coral na Semana Santa, no centro histórico de Salvador. A
escola solicitou do PGP/LIDERE oficinas sobre como transformar um grupo em uma equipe de sucesso e uma oficina sobre Xadrez para o primeiro
bimestre deste ano. Escola pra frente, aluno contente.
A Escola Municipal Fazenda Grande II tem procurado desenvolver parcerias com outras instituições e ONGs para fortalecer o processo educacional ali desenvolvido.
Entre os diversos parceiros, está o Projeto “Bem-Me-Quer” que direciona
suas atividades para conservação do patrimônio escolar. A escola planeja,
para o dia das mães em maio, a apresentação de um sarau com os alunos,
culminando assim as atividades realizadas no bimestre. Estão agendadas
para o mês de abril uma oficina sobre leitura e outra sobre gestão
participativa. Vamos aguardar.
50
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 48-50, jan./abr. 2003
Acontece no PGP/LIDERE
Semana Pedagógica da Escola Estadual Maria Anita
Nos dias 11,12 e 13 de fevereiro de 2003 a Escola Estadual Professora Maria Anita realizou a Semana Pedagógica com o objetivo de planejar as atividades do ano letivo de 2003, bem como
promover a reciclagem e integração do corpo docente.
Durante a semana foram realizadas diversas atividades
enriquecedoras e criativas como a leitura, a análise e reflexão
do texto “Gaiolas e Asas” de Rubem Alves pela gestora Heronita
Silva Passos; a dinâmica “Era Uma Vez” idealizada pela coordenadora pedagógica, envolvendo a participação ativa dos professores na formação de duplas e preenchimento das lacunas
pedidas e contextualização das respostas de acordo com a música “Era” do Titãs.
Maria
Áurea
Santos
Ribeiro1
Na etapa do planejamento, foram feitos estudos dos objetivos do
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série de acordo com os PCNs.
No último dia, houve a leitura do texto “Avaliação Mediadora:
uma postura de vida” de Jussara Holffmann, quando foram discutidos pelos professores aspectos da prática docente em relação à avaliação classificatória e mediadora.
O encerramento foi feito com uma música de Osvaldo
Montenegro.
1
Pedagoga, FEBA. Mestranda em Administração da Educação, UNIB. Bolsista do PGP/LIDERE. E-mail:
[email protected].
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 51, jan./abr. 2003
51
Acontece no PGP/LIDERE
Visita à Escola Estadual Marcílio Dias
A equipe PGP/LIDERE realizou no dia 12 de fevereiro de 2003,
a primeira visita à Escola Estadual Marcílio Dias, sendo
recepcionada pelo diretor da instituição, Sr. Francisco Pedro do
Espírito Santo, objetivando estabelecer uma relação de parceria.
A escola fica localizada na Base Naval de Aratu, onde a comunidade local é carente e usa a pesca como meio único de sustento. A
maioria dos alunos reside em Ilha de Maré, ilha localizada nas
proximidades de Salvador.
Durante a visita, o diretor fez um relato sobre a história da escola, destacando a situação da instituição antes e durante sua administração iniciada em 2003.
A equipe PGP/LIDERE aproveitou a oportunidade para apresentar o trabalho desenvolvido pelo programa e o diretor mostrou-se
muito entusiasmado em estabelecer uma parceria com o PGP/
LIDERE no intuito de contribuir para melhoria de aspectos tão
carentes da comunidade escolar.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 52, jan./abr. 2003
52
Roberta
Adorno
Lima1
Acontece no PGP/LIDERE
Inauguração do Centro de Educação Infantil Cid Passos
No dia 12 de fevereiro de 2003 às 10h, foi inaugurado o Centro
de Educação Infantil Cid Passos. A equipe PGP/LIDERE, representada pelas estagiárias Roberta Adorno Lima e Fernanda
Santos Bastos, prestigiou a inauguração do Centro Educacional
que está localizado na Rua da Lagoa s/n, no bairro de Coutos,
Salvador/Bahia.
O evento contou com a presença das comunidades escolar e
local, banda de percussão mirim do Ara Ketu, representantes da
Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Salvador (SMEC),
dentre outros convidados e autoridades do cenário político nacional e baiano, destacando-se a presença do prefeito José Antônio Imbassahy da Silva e da secretária de educação do município, Dirlene Matos Mendonça.
Fernanda
Santos
Bastos 1
Roberta
Adorno
Lima2
O Centro de Educação Infantil Cid Passos terá como nível de
ensino a educação infantil destinando o atendimento às crianças
do subúrbio. A escola dispõe de uma boa estrutura física com
ampla área de lazer e refeitório.
A inauguração foi de fato uma verdadeira festa caracterizada
pelo entusiasmo e pela alegria contagiante de todos os que estavam presentes. Com certeza, a inauguração desta creche significa a concretização do compromisso do governo baiano com a
sociedade e a conquista da população do subúrbio que espera ter,
de alguma forma, as suas oportunidades educacionais ampliadas.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
2
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 53, jan./abr. 2003
53
Acontece no PGP/LIDERE
Oficina Liderança em Educação para escolas parceiras
O Projeto Escola Efetiva: a equipe gestora liderando o sucesso
promoveu no dia 20 de fevereiro de 2003 a oficina sobre Liderança
em Educação. O evento foi realizado no Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico de Salvador (CAPS/Pituba), no horário das
13h30 às 17h30, e contou com a presença da equipe PGP/LIDERE e das equipes gestoras das escolas parceiras do Projeto referido anteriormente.
A abertura da oficina foi realizada por Mara Schwingel, vicecoordenadora do PGP/LIDERE, dando boas-vindas aos presentes
e explicando a pauta da atividade. Todos os membros da equipe
PGP/LIDERE apresentaram-se aos participantes da oficina já
Fernanda
Santos
Bastos 1
que havia representantes das novas escolas participantes do Programa.
A oficina teve por objetivo socializar conceitos e práticas das
lideranças educacionais e sua aplicabilidade no cotidiano escolar.
Houve uma sensibilização na qual os participantes reuniram-se
em quartetos para contar piadas saudáveis entre si por três minutos. Em seguida, alguns desses quartetos apresentaram a piada
mais engraçada no palco. Foi um momento alegre e descontraído.
Dando prosseguimento à atividade, houve a socialização de alguns questionamentos sobre conceitos e práticas de lideranças
em educação.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
54
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 53-55, jan./abr. 2003
A professora Regina Maria de Sousa Fernandes fez a entrega da revista
“Aluno Criativo” aos presentes e salientou a importância de divulgação
desse trabalho para as escolas e principalmente para os estudantes que
dele participa.
Um outro momento da oficina foi a sensibilização com uma música, coordenada pelas estagiárias Cleonice da Silva Santos e Noélia da Silva Souza
Calmon.
A exposição co-participada sobre o tema da oficina “Liderança em Educação” foi coordenada pela bolsista Maria Cleide de Sousa Mira e a estagiária
Rosemy Soares Marques. Maria Cleide de Sousa Mira deu início, parabenizando os presentes pelas respostas do questionário, que saíram a contento. E, com o apoio de transparências, explicou o conceito de liderança, as
atribuições de um líder; os limites de uma liderança e a importância da ética
para o líder.
A estagiária, Rosemy Soares Marques, com o apoio das transparências,
enfatizou a importância da relação interpessoal para o trabalho de um líder,
o que é esperado e desejado; que tipo de apoio o líder tem e que tipo de apoio
ele oferece à equipe de trabalho. E mostrou através de um organograma os
valores e habilidades de uma liderança educacional.
A atividade foi finalizada com uma avaliação sobre os trabalhos da tarde
que, segundo os comentários, foram proveitosos e descontraídos.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 53-55, jan./abr. 2003
55
Acontece no PGP/LIDERE
Visitas às escolas do Projeto Escola Efetiva: a equipe
gestora liderando o sucesso (PEEF)
Durante o mês de março de 2003, estagiários, bolsistas e voluntários do PGP/LIDERE realizaram visitas às Escolas Parceiras
do Projeto Escola Efetiva: a equipe gestora liderando o sucesso
(PEEF), com o objetivo de esclarecer aos gestores as atividades
a serem desenvolvidas pelo Projeto durante o ano de 2003; preencher o formulário de caracterização da escola; convidar a comunidade escolar para participar da oficina "Gestão Participativa
e Liderança em Educação" que ocorrerá no dia 20/03/03 no auditório do Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico da Secretaria
Municipal de Educação e Cultura do Município do Salvador
(CAPS-Pituba); solicitar que as escolas levem o seu portifólio
para a próxima oficina a fim de socializar experiências e informações da unidade escolar; incentivar a criação do mural que
divulgue as atividades desenvolvidas pelo PEEF; saber se as equipes gestoras das escolas estão socializando as oficinas realizadas pelo Projeto e, principalmente, criar vínculos com a comunidade da escola visitada.
As equipes gestoras das escolas demonstraram um grande interesse pelo PEEF e aproveitaram o momento para tirar algumas
dúvidas como, por exemplo, a Escola Municipal Educador Paulo
Freire que solicitou um apoio para a elaboração do Projeto Pedagógico e a Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição que
pediu a Oficina Liderança em Educação para o corpo docente a
fim de reanimá-lo em sua prática pedagógica.
Nesse mês, as visitas foram muito proveitosas, afinal a equipe do
PEEF e as Escolas Parceiras têm, em comum, a grande vontade
de desenvolver uma educação de qualidade, por meio de alternativas que possam envolver toda comunidade escolar.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária PGP/LIDERE . E-mail: [email protected]
56
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 56, jan./abr. 2003
Cristiane
Santos
Brito1
Acontece no PGP/LIDERE
PGP/LIDERE realiza oficina na Escola Municipal
Colina do Mar
O Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação
(PGP/LIDERE), promoveu no dia 19 de março de 2003, na escola Municipal Colina do Mar a Oficina Vivenciando a Paz na
Escola, mediada pelas estagiárias Cleonice da Silva Santos, Gilka
Santana do Espirito Santo e Noélia da Silva Souza Calmon.
A oficina teve como objetivos: refletir sobre os fatores que contribuem para que o educando apresente comportamento
indesejado; analisar as situações de violência, refletindo sobre
possibilidades de superação e promover a cultura da paz nas comunidades escolar e local.
A oficina foi muito proveitosa, pois contou com a participação
ativa de pais e/ou responsáveis e profissionais da educação. Todos
puderam interagir com as atividades desenvolvidas, e tiveram a
oportunidade de socializar experiências, possibilitando a reflexão
sobre o desenvolvimento de uma cultura de paz na escola e na
família.
Noélia da
Silva
Souza
Calmon1
Os resultados alcançados desta atividade puderam ser constatados na avaliação realizada no final dos trabalhos que apontou
pontos positivos em relação às dinâmicas, às facilitadoras e aos
objetivos propostos, além de colher sugestões para serem discutidas em atividades futuras.
1
Pedagoga, UFBA, Bolsista PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 57, jan./abr. 2003
57
Acontece no PGP/LIDERE
Oficina Gestão Participativa e Proposta Pedagógica
para escolas municipais
Estabelecer relações entre a gestão participativa e a elaboração,
acompanhamento e avaliação da proposta pedagógica da escola
foi o objetivo da Oficina realizada no Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico de Salvador (CAPS-Pituba) no dia 10 de abril de
2003.
A tarde foi iniciada com a dinâmica “Saudação Criativa” coordenada por Natacha d'Almeida Monteiro e Gilka Santana do Espirito
Santo. Depois desse momento de descontração a professora Regina Maria Fernandes fez um resgate da Oficina “Gestão Democrática e Liderança em Educação”, propiciando uma reflexão
sobre a necessidade da equipe gestora estar articulada para atingir a qualidade da educação.
Continuando as atividades, equipes foram formadas para analisarem estudos de casos, elaborarem situações problemas, trocarem informações e após discussão socializar conclusões.
Após esse momento, iniciou-se a exposição co-participada sobre
Gestão Participativa e Proposta Pedagógica (PP), sendo mediadoras a estagiária Cristiane Santos Brito e a bolsista Lindnoslen
Guelnete Pinna que deram ênfase às etapas de construção do
PP, a visão, a missão e os eixos norteadores da escola.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA, Estagiária PGP/LIDERE, E-mail: [email protected]
58
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 58-59, jan./abr. 2003
Cristiane
Santos
Brito1
Finalizando as atividades da tarde, a professora Katia Siqueira de Freitas
parabenizou a Escola Cooperativa Senhor do Bonfim por mobilizar os pais
para comparecerem à escola nas reuniões e agradeceu à presença de todos.
A professora Mara Schwingel agradeceu a atenção de todos e pediu para
aplicar na escola o que aprenderam, acreditando na contribuição desta
experiência para a melhoria da qualidade da educação.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 58-59, jan./abr. 2003
59
Acontece no PGP/LIDERE
PGP/LIDERE oferece Oficina de Relações Interpessoais
na Escola Estadual Batista Neves
O PGP/LIDERE realizou em 12/04/03, a Oficina Relações
Interpessoais na Escola Estadual Democrática de 1º Grau Batista Neves. O público alvo era composto por servidores públicos e
o objetivo foi estimular o diálogo e facilitar as relações sociais no
ambiente de trabalho.
Os mediadores (José Reimundo Paim de Almeida, Maria Cleide
de Sousa Mira, Regina Maria de Sousa Fernandes e Sara Almeida
de Araujo Bastos) desenvolveram atividades diversificadas como:
dinâmica da valorização, cara-metade e salve-me com um abraço, quando se focalizou a importância da comunicação, do afeto
e da valorização entre os seres como base de todo e qualquer
relacionamento interpessoal.
A exposição co-participada foi realizada de forma interativa: os
participantes pontuaram o quanto é importante respeitar o outro
com base em suas diferenças, além de abordarem a importância
da comunicação eficaz na escola para o desenvolvimento de um
trabalho dinâmico e participativo.
Por fim, a equipe de mediadores procurou relacionar a importância de cada membro da escola no processo da disseminação do
conhecimento, dizendo que cada funcionário é integrante vivo e
participativo na formação sócio- educativa da criança. Dessa
forma, valorizando e incentivando a participação desses atores
(funcionários) dentro da comunidade escolar.
1
Pedagoga, UFBA, Bolsita PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
60
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 60, jan./abr. 2003
Noélia
da Silva
Souza
Calmon1
Acontece no PGP/LIDERE
Palestra “Processo de inclusão de portadores do HIV
no contexto escolar”
No dia 30 de abril de 2003, na sede do PGP/LIDERE aconteceu
a palestra sobre a inclusão de Portadores do HIV/AIDS; atividade integrante do Gestão Educacional em Foco II.
A palestra foi ministrada pela psicóloga do Grupo de Apoio aos
Portadores da AIDS(GAPA) Gladys Almeida, que desenvolve um
trabalho de assistência social no Grupo de Apoio a Portadores
da AIDS, há 15 anos, Juneide Souza, assistente social do GAPA
há 1 ano e seis meses e a advogada do grupo, Maia Gelma Amaral.
O GAPA atua no estado da Bahia, na capital e no interior. No ano
de 2003, deslocou a atenção para a região do baixo sul do Estado, devido ao grau elevado de portadores do HIV naquela região.
Cáritas
Vanucci
Batista
Santos1
A cada três anos o GAPA replaneja suas atividades por meio de
avaliações que faz para modificar, se necessário, sua metodologia
de trabalho. Atua com adolescentes que se tornam parceiros e
multiplicadores do programa, além de prestar assistência
psicosocial e jurídica aos portadores do HIV.
Este grupo desenvolve suas atividades com pessoas de todos os
níveis, gênero e opção sexual, com o intuito de assegurar-lhes os
seus direitos como cidadãos, independente da situação ou posição que ocupe na sociedade.
Segundo Gladys Almeida, o Brasil é um dos poucos países que
trabalham com o coquetel para combater o vírus da Aids gratuitamente, entretanto, existem remédios tão simples quanto o coquetel que ainda não estão disponibilizados para a população
portadora dessa imunodeficiência.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA, Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 61-63, jan./abr. 2003
61
A assistente social, Juneide Souza, explicou que o GAPA é um local onde o
portador da doença encontra apoio e suporte psicosocial, emocional e afetivo,
visando elevar a auto-estima dessas pessoas, dando suporte ao convívio
social livre de preconceitos interiores e promovendo um olhar mais compreensivo de quem convive com eles. Para ela, não pode existir nenhum tipo de
segregação de nenhuma espécie, com o portador do HIV, no âmbito escolar
e em qualquer outro local, pois os portadores do vírus possuem direitos e
deveres como qualquer outro ser humano.
Devido a uma série de constrangimentos foi possível criar uma lei que visa
preservar os direitos humanos das pessoas com o vírus onde, dentre outras
coisas, proíbe a realização do teste sorológico para ingresso de estudantes
em escolas, preservando assim o direito do sigilo sobre a doença.
A advogada Maia Gelma Amaral, disse que há um projeto de lei, tramitando
no congresso, acerca de um melhor esclarecimento sobre Aids na escola.
Dra Maia Gelma destacou que a criança portadora do HIV é tão normal
como qualquer outra nos aspectos emocionais. Sentimentos de culpa, vergonha e desorganização identidária, são sentimentos que se não trabalhados interiorizam na criança e, em geral, no portador do HIV, acelerando a
gravidade da doença. Assim, é preciso levar informações para a escola e
sensibilizar as pessoas para enfrentar os desafios. Convém salientar que o
portador do vírus HIV tem o direito de manter sua doença em sigilo, podendo resultar em processo judicial, se este for quebrado.
A advogada salientou, que os desafios da Aids são muitos, mas esses podem ser transformados numa oportunidade, numa possibilidade de recuperar a nossa sociedade em nós mesmos, em cada um de nós e em todos nós
no sentido da vida em dignidade, assim seremos capazes de lutar pela construção de uma sociedade democrática, justa e fraterna. Isso, para ela, é o
que se pensa e o que se espera.
62
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 61-63, jan./abr. 2003
A palestra foi transmitida com clareza, objetividade e possibilitou a todos os presentes uma maior reflexão sobre um assunto que tem despertado muita polêmica, e por isso, requer esclarecimentos não apenas para
o educador, que poderá enfrentar uma situação relacionada com a
temática abordada, mas para todos os que convivem com o mais belo
entre os seres humanos: a diversidade.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 61-63, jan./abr. 2003
63
Artigo
Gestão da Comunicação
Resumo: Relata-se uma experiência inicial do trabalho com o
Instituto Internacional de Planejamento Educacional - IIPEum projeto de cooperação entre universidades. Posteriormente,
fazemos um paralelo entre a comunicação na gestão escolar e a
nossa experiência como profissionais da área da educação e
membros do PGP/LIDERE.
Buscamos fortalecer as instâncias formais de participação das comunidades escolar e local e desenvolver outras formas de comunicação e
interação escola-comunidade.
Palavras-chave: Comunicação; Educação; Gestão da Educação.
Pesquisas recentes, como a desenvolvida pelo Instituto Internacional de Planejamento Educacional (IIPE, 2000-2002) revelam
que embora a comunicação, no atual contexto social, político e
econômico, seja considerada de vital importância para o desenvolvimento de um modelo de gestão condizente com as necessidades da sociedade contemporânea, de modo geral, os cursos de
formação para administradores e gestores educacionais, tanto
em nível de graduação, como de pós-graduação, não contemplam em seus currículos o desenvolvimento de habilidades e competências para a "comunicação" e apontam para a necessidade
de adequar o ensino da gestão e das políticas educativas às novas modalidades de organização e gestão dos sistemas educativos.
Doralice
Marques de
Araújo
Cerqueira1
Mara
Schwingel2
Neste sentido, o IIPE realizou um trabalho experimental de caráter teórico-prático, no qual destaca a importância do domínio
das competências e habilidades comunicacionais no contexto da
educação e da sua gestão. Além das reflexões empreendidas a
partir do referido trabalho, nas nossas experiências profissionais, participando dos processos gestor e pedagógico de escolas
1
2
Pedagoga e Mestre em Educação, UFBA. E-mail: [email protected]
Pedagoga, UFBA e Especialista em Educação Inclusiva, UNIVATES/RS. E-mail: [email protected]
64
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 64-70, jan./abr. 2003
públicas de Salvador-BA, através do Programa de Pesquisa e Extensão da
Universidade Federal da Bahia (UFBA) Programa Gestão Participativa
com Liderança em Educação (PGP/LIDERE), constatamos que as escolas, com as quais trabalhamos, apresentam dificuldades em efetivar uma
prática permeada pelos princípios da gestão democrático - participativa,
inclusive, a prevista no contexto legal, entre outros fatores, em grande medida, por ausência de uma comunicação aberta e eficiente entre todos os
segmentos das unidades escolares.
A falta de comprometimento com ações que favoreçam à melhoria da qualidade do ensino, a dificuldade dos líderes gestores em envolver a comunidade devem ser consideradas como um fator do século passado. Nesse
novo século, deseja-se que a comunicação no ambiente escolar passe a
fluir de forma significativa, através de transformações dentro das unidades
escolares, onde a equipe gestora e comunidade escolar dialoguem de forma
clara, objetiva e eticamente correta e respeitosa.
Entretanto, a falta de comunicação não se restringe apenas ao âmbito da
unidade escolar. Ela é muito mais abrangente: envolve todas as esferas e
níveis do sistema educativo, o que tem dificultado a legitimação das políticas e reformas voltadas para a melhoria da gestão da qualidade da educação.
Essas reformas sugerem a construção coletiva do Projeto Pedagógico da
Escola, a implementação de planejamento participativo, a solução de problemas, a tomada de decisão e desenvolvimento de lideranças, entre outras
ações. Contudo, isto não ocorrerá se a equipe gestora não for capaz de
planejar e executar diferentes e adequadas estratégias de comunicação, pois
todos os processos desenvolvidos no contexto da educação são eminentemente comunicacionais e nos dias atuais a comunicação é compreendida
como fator imprescindível para a eficácia da gestão em qualquer área de
atividade, o que na gestão da educação não pode ser diferente.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 64-70, jan./abr. 2003
65
No espaço escolar, o processo de comunicação deve ser desenvolvido de
forma eficiente e atingir todos os segmentos da escola, de forma eficaz. O
propósito da comunicação é promover o funcionamento interno da organização escolar, buscando integrar suas atividades-fim e suas atividades-meio,
criando um ambiente favorável para a concretização dos pilares básicos da
educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a ser. Desse modo é possível gerar uma cultura de participação na qual
estão presentes novos valores de tolerância e respeito às idéias e diversidades de enfoques.
Há, portanto, a necessidade de se romper com os modelos tradicionais de
gestão nos quais os processos ocorrem de forma centralizada. Com base na
Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB 9394/96), o gestor escolar não pode centralizar em si as
responsabilidades, tarefas e informações. Os sistemas educacionais, que têm
obtido resultados positivos, são aqueles que adotam uma sistemática horizontal de comunicação e promovem a participação ativa das comunidades
escolar e local na vida da escola.
Neste contexto, o conceito de comunicação não se confunde com mera informação. Comunicação é a transferência de significado de uma pessoa para
outra; envolve um emissor que transmite uma mensagem, e o receptor, que
a compreende. A informação está contida na comunicação, mas a comunicação só se efetiva de fato, quando ocorre o circuito do feedback, que é a
verificação do sucesso obtido na transferência da mensagem tal como originalmente pretendida. Ele (o feedback) procura determinar se o entendimento da mensagem ocorreu. Porque a comunicação só tem êxito quando o seu significado for entendido.
A comunicação é um processo, que deve ter uma mensagem clara e objetiva. Caracteriza-se como base central para o desenvolvimento dos processos
gestor e pedagógico da escola, pois visa a eficiência e a eficácia do seu
trabalho. A melhor forma de realização deste trabalho é incentivar a participação dos atores que fazem e vivem a escola nos diferentes processos de
decisão. Para tanto, é necessário que tanto os atores emissores, como os
66
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 64-70, jan./abr. 2003
receptores sejam proativos e compreendam as funções básicas da comunicação, quais sejam: a função expressiva que é aquela em que o emissor se
utiliza da comunicação para fazer uma saudação, desculpar-se, compartilhar vivências, efetuar negociações etc...; e a função utilitária que por sua
vez está subdividida em duas categorias complementares:
a) informativa que é utilizada quando se precisa fornecer ou pedir informações, trocar idéias, compartilhar sentimentos e opiniões etc...
b) persuasiva que é utilizada quando se deseja fazer um convite, negociar uma ação, recompensar esforços e tecer elogios etc...
Outro aspecto a considerar são os fatores situacionais e organizacionais que
podem influenciar a eficácia da comunicação, dentre os quais destacam-se
os apresentados por Maria Gil Estallo (1999), na versão preliminar do
Módulo Formação para a Comunicação na Gestão Educativa, do IIPE (2001).
São eles: o ambiente onde ocorre, a distância física entre o emissor e receptor, o meio utilizado, a condição social dos interlocutores, os níveis de entendimento e suas experiências anteriores, sua personalidade, suas motivações pessoais e profissionais, as palavras utilizadas/escolhidas, a maneira
de expressar-se, a diversidade e a quantidade de interlocutores reais e potenciais do processo de comunicação.
Para efetivação do processo de comunicação no interior da unidade escolar,
é preciso que o gestor tenha habilidade para selecionar, organizar, sistematizar e socializar as informações. Isto implica em prever tempo para o planejamento do processo da comunicação, ou seja, refletir a quem a informação interessa, como socializá-la e de que forma a comunidade poderá trabalhar esta informação.
O gestor escolar, juntamente com a equipe gestora, deve desenvolver habilidades e competências para utilizar adequadamente os instrumentos de comunicação, promovendo maior interação entre as comunidades escolar e
local. A princípio o processo de comunicação deve incidir sobre as relações
interpessoais entre os diversos segmentos internos da escola (professores,
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 64-70, jan./abr. 2003
67
alunos, funcionários, diretor, coordenador pedagógico). Estabelecido com
qualidade, o processo de comunicação entre a escola e a comunidade local,
vai tornar a gestão mais democrática e eficiente, gerando resultados pedagógicos e administrativos mais positivos.
Para a eficácia do processo comunicacional, além da comunicação
interpessoal, há de se considerar também, a importância da comunicação
subjetiva, pois as pessoas não se comunicam só oralmente ou por escrito,
mas através da forma como se vestem, como se comportam, como cumprimentam o outro, da forma como falam ao telefone, pela expressão corporal
e fisionômica, por saberem ouvir e serem ouvidos, pela forma de criticar e
dissipar conflitos.
Cada vez mais o mundo social e do trabalho necessita de sujeitos que saibam conviver e produzir coletivamente. Modalidades comunicacionais que
se assentam na interatividade têm a potencialidade de manter ativos conceitos como o de turma/grupo/equipe, essenciais para reduzir a ênfase
freqüentemente posta em atividades individuais, quando está em foco a gestão da comunicação.
CONCLUSÃO
Ao finalizarmos essa discussão, identificamos, em primeira instância, uma
confluência entre educação e comunicação, se considerarmos a experiência
histórica de países periféricos, nos quais a pobreza e a sujeição cultural
aparecem acentuadas pelas demarcações de um poder disciplinador.
Estamos falando propriamente da ideologia e de seus mecanismos, que
subjugam os sujeitos sociais e estamos falando de formas novas de resistência a essa imposição. Estamos falando da emergência de um novo campo epistemológico, uma nova área de conhecimento que busca seus
referenciais na discussão histórica e na identificação de novas formas de
agir. Elas se reportam à tarefa do novo intelectual que se descobre apto a
68
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 64-70, jan./abr. 2003
interferir no processo de elevação cultural e social das massas, não como
"tutor" das mesmas, mas como a consciência que multiplica a consciência
popular na revelação de como o poder se exerce e se constitui.
Reconhecemos, assim, que já existe um ponto de mutação na confluência
entre educação e comunicação, que inclui um senso agudo de responsabilidade social, de justiça e de altruísmo. Trata-se de um lugar que precisa ser
ocupado.
Abstract: This article relates the initial experiences of a cooperative project between
universities sponsored by IIPE The International Institute of Educational
PLanning. Our work compares our experiences in Brazil as part of the Program on
Participatory Management (PGP/LIDERE) where we have been involved building
stronger avenues of formal communication and participation both within the schools
and between the school and the local community.
Key words: Communication, Education, School management.
REFERÊNCIAS:
CARNEGIE, Dali & Associates, Inc. O líder em você: como fazer amigos, influenciar pessoas e ter sucesso em um mundo em mutação. 9.ed.
Rio de Janeiro: Record, 2000.
VANOYE, Francis. Uso da linguagem: problemas e técnicas na produção
oral e escrita. 10.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
RBPAE. Porto Alegre, v.17, n1, jan/jun 2001, p. 47/59.
POZNER, Pilar. Competências para la profisionalización de la gestión
educativa. Dez Módulos destinados a los responsables de los processos de
transformación educativa, Módulo 4 - Comunicación, Argentina, 2000.
ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas. (trad.
Cid Moreira). São Paulo: Saraiva, 2000.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 64-70, jan./abr. 2003
69
MÉNDEZ, Abril Ch. de; CASTILLO, Ernestina T. de; DONADO, Jorge D.
Formacion para la comunicación em la gestión educativa - IIPE (Módulo versão preliminar). Panamá, julho de 2001.
GERIR: Informativo do Programa Gestão Participativa com Liderança
em Educação - PGP/LIDERE. Salvador , v. 7, n.21, set./out. 2001, p.4850.
SITES CONSULTADOS:
http://www.bb.com.br/appbb/portal/bb/unv/ent/entrevistas Det.jsp? código=29, em 26/09/2001.
http://www.eca.usp.br/núcleos/nce/perfil_ismar.html, em 26/10/2002.
70
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 64-70, jan./abr. 2003
Literatura Comentada
BERLO, D. K. O processo da comunicação. 9 ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.
Trata da forma como as pessoas se comunicam. Compreende
essencialmente o campo de ação e o objetivo da comunicação,
os fatores que entram no processo comunicacional e o papel
da linguagem no comportamento humano. Examina o autor os
comportamentos e as relações entre quem fala e quem ouve,
entre o escritor e o leitor, entre o artista e a platéia e explora
a natureza complexa da comunicação. Identifica e descreve
os fatores que influenciam a comunicação e os seus resultados. Busca algum meio de tratar o processo que aumente a
compreensão e a afetividade, mas evite a distorção ou a simplificação excessiva.
BLANCHARD, K.; CAREW, D.; PARISI-CAREW, E. O gerente minuto organiza equipes de alto desempenho. 2 ed. Rio
de Janeiro: Record, 1993.
Lindnoslen
Guelnete
Costa
Pinna1
O símbolo do Gerente-Minuto (a indicação de um minuto no
mostrador de um relógio digital) destina-se a lembrar-nos de
reservar um minuto em nosso dia para estudar as fisionomias
das pessoas que dirigimos. E, também nos fazer compreender que elas são nossos recursos mais importantes.
Este livro reúne conselhos práticos de como incrementar a
produtividade de qualquer grupo de trabalho.
CARNEGIE, D. O líder em você. 9 ed. Rio de Janeiro: Record,
2000.
Este livro aponta para a necessidade da mudança, principalmente em um ambiente altamente competitivo. O mundo está
mudando e deixando de dar ênfase à administração da qualidade total para dar ênfase à liderança.
1
Bióloga, UFRPE. Bolsista do PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 71-73, jan./abr. 2003
71
CHANG, R. Construindo uma equipe de sucesso. São Paulo: Futura,
1999.
Construindo uma equipe de sucesso é um excelente manual para quem
quer direcionar sua equipe ao sucesso sem que haja confusões ou decepções no meio do caminho.
Escrito em uma linguagem bastante divertida e simples, ele apresenta os
cinco elementos: dirigir, trabalhar, avançar, atingir e revivar que, seguidos à risca, são capazes de levar qualquer equipe aos resultados almejados. Além disso, traz as quatro fases que devem ser percorridas pelas
equipes: "Em direção à missão", "Em busca da eficiência em equipe", "O
progresso baseado no trabalho em equipe" e "Atingindo o desempenho
máximo".
Segundo livro da série Crescimento e Desenvolvimento Pessoal e Profissional, Construindo uma equipe de sucesso é um livro instigante e
inovador, fundamental para líderes e membros de equipes que queiram
alcançar êxito em meio às grandes mudanças pelas quais o mundo está
passando.
HESSELBEIN, F & COHEN, P. M. De líder para líder. São Paulo: Futura,
1999.
Este livro contém artigos da Revista Leader to Leader, editada pela
Drucker Foundation e dá destaque à liderança esclarecida e à ação
comunitária como um caminho para o progresso econômico e social dos
países. As perspectivas instigantes sobre crescimento e desenvolvimento
pessoal, inovação, estratégia corporativa. Gerenciamento da era de informação entre outros, são assuntos pontuados na obra.
72
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p.71-73, jan./abr. 2003
LÜCK, H.; FREITAS, K. S.; GIRLING ,R.; KEITH, S. A escola participativa:
o trabalho do gestor escolar. 6ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
O livro apresenta, de maneira didática, orientações teóricas e práticas
sobre como gerir uma escola de modo participativo e melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
O'BRIEN, P. Como ser assertivo como gerente. Rio de Janeiro: Infobook,
1998.
Este é um manual valioso e útil para administrar reuniões com fortes
emoções e tensões. Trata também de como liderar a implementação de
oportunidades iguais e da prática da assertividade no ambiente de trabalho.
SOLER, R. Jogos cooperativos. São Paulo: Zamboni, 2002.
O objetivo da obra é comprometido com a criação de uma nova visão a
respeito do jogo, dentro de uma ética cooperativa. O jogo como ferramenta de desenvolvimento total do ser humano, desenvolvendo aspectos
físicos, psicológicos, afetivos e sociais. O educador ganha com este livro um aliado poderoso para delinear seu programa de trabalho dentro
de uma proposta pedagógica que prime pela melhoria de qualidade de
vida das pessoas.
VROOM, V. H. Gestão de pessoas, não de pessoal. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.
Quem já supervisionou pessoas sabe que motivar funcionários e avaliar
seu desempenho no trabalho pode ser frustrante e difícil. O livro destinase a ajudar gestores na realização dessas tarefas. Os artigos, a maioria
publicado na Havard Business Review, apresentam a produção intelectual dos principais acadêmicos e executivos sobre o que funciona e o que
não funciona na obtenção de um desempenho superior dos funcionários.
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 71-73, jan./abr. 2003
73
Dicas de sites
http://www.cdisp.org.br/pedagogico/projeto
Site elaborado pelo Núcleo de Informática Aplicada em Educação da Unicamp apresenta, dentre outras coisas, a definição de Pedagogia de Projetos e norteia o desenvolvimento
de projetos, especificando suas etapas, desde a concepção
até a conclusão.
É recomendado a todos que buscam um navegar prazeroso
e o deleite com textos muito bem elaborados.
Regiane
Lima
Nascimento1
http://www.educacional.com.br
O site é orientado para todos aqueles, que, independente de
serem educadores ou educandos, buscam ampliar seus conhecimentos acerca da atualidade. Disponibiliza enquetes,
notícias comentadas sobre temas atuais, e um vasto conjunto
de dicas para educadores desde a educação infantil ao ensino médio.
1
Estudante de Filosofia,FBB. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]
http://www.pnlbrasil.com.br/home.htm e
http://www.metas.com.br
Ambos os sites abordam temas dirigidos para o ensino e a educação sob o ponto de vista da Programação Neurolingüística
(PNL). Vale ressaltar os artigos “Usando a PNL na sala de
aula” e “Ensinando com a linguagem do cérebro”. Em cada site
há links para outras páginas de conteúdos interresantes. vale a
Maria
Áurea
Santos
Ribeiro1
pena consultar!
1
Pedagoga, FEBA. Mestranda em Administração da Educação, UNIB. Bolsista do PGP/LIDERE. E-mail:
[email protected].
74
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 75-77, jan./abr. 2003
Dicas de sites
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br
Estão disponíveis neste site informações sobre diversos assuntos voltados para a Administração Escolar, Filosofia da
Educação, História da Educação Brasileira, Legislação do Ensino, Psicopedagogia, dentre outros. Ótima ferramanta de pesquisa para professores, estudantes e interessados na área.
Gilka
Santana do
Espirito
Santos1
http://www.rits.org.br
Este site traz uma temática sobre o terceiro setor abordando a
divulgação e a troca de informações sobre diversos trabalhos
desenvolvidos nesta área de atuação.
1
Estudante de Administração, Fundação Visconde de Cairu. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail:
[email protected]
http://www.pedagogia.com
É um site super-interessante para profissionais da área de
educação e interessados no assunto. Nele é possível tirar algumas dúvidas em relação ao emprego correto da gramática,
bem como ler artigos que abordam temáticas educacionais,
Dione Sá
Leite
Carvalho1
como: avaliação educacional, informática educativa, provão,
e mais, o visitante poderá participar de cursos que envolvem
didática, informática e pedagogia de forma on-line sem sair
de casa ou ter gastos com inscrições.
1
Pedagoga, UFBA. Estagiária do PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 75-77, jan./abr. 2003
75
Dicas de sites
http://www.edutecnet.com.br
É um espaço virtual destinado a pessoas interessadas em educação através da tecnologia. Nele é possível ler diversos textos didáticos com conceitos básicos da área de tecnologia na
educação e educação à distância, história da Informática na
Dione
Sá
Leite
Carvalho1
Educação no Brasil e saber mais sobre a temática.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária do PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
http://www.canalkids.com.br
A criançada antenada na internet não pode perder a oportunidade de acessar esse divertido site. Traz vários links com
dicas de artes, cultura, cidadania, meio ambiente, saúde, viagem e tecnologia. Dá oportunidade ainda de entrar em contato e interagir com outros interessantes mandando mensagens. Acesse e pegue carona nesse divertido e animado site.
http://www.campanhaeducacao.org.br
Campanha Nacional pelo Direito à Educação. É hora de colocar a Educação Pública no centro da roda. Nesse site você
fica sabendo o que é, o que faz e quem participa da ciranda
pela Educação Pública de qualidade, direito de todos os cidadãos.
1
Estudante de Pedagogia, UFBA. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail: [email protected]
76
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p.75-77, jan./abr. 2003
Marli
Raquel
Dias
Souza1
Dicas de sites
http://www.uol.com.br/linguaportuguesa/
O professor Pasquale Cipro Neto nesse site traz com
ludicidade dicas e regras para se escrever bem. Sai do convencional ao criar jogos e um espaço próprio para apontar
erros gramaticais ou ortográficos.
http://www. rubemalves.com.br
Educador, psicólogo, escritor, psicanalista,professor emérito
da Unicampi é Rubem Alves também colunista da Folha de
São Paulo onde nos presenteia com crônicas, abordando sempre de forma intuitiva o papel do professor na sociedade.
Regina
Maria
de Sousa
Fernandes1
http://www2 uol.com.br/aprendiz
Responsável por esse site é o renomado jornalista Gilberto
Dimenstein. É o site sobre Educação mais visitado.
1
Licenciada em Letras, UFBA, Bacharel em Direção Teatral, UFBA, Especialista em Pesquisa Educacional, USP. Bolsista PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 75-77, jan./abr. 2003
77
PGP/LIDERE Responde
Afinal, o que é a Pedagogia de Projetos?
Professor Ildom Marques,
Feira Nova de Ibititá-BA.
(Por e-mail)
Em poucas palavras, a Pedagogia de Projetos é uma concepção filosófica baseada no trabalho com projetos. É uma
metodologia que enfatiza a participação do educador e do
educando no processo de ensino-aprendizagem; educador e
educando são co-responsáveis pela preparação, bem como,
pelo desdobramento de cada projeto.
É ainda "uma concepção filosófica que resulta da mudança
de postura em relação ao processo ensino-aprendizagem, aproximando os alunos, o máximo possível, do seu contexto social através do desenvolvimento do senso crítico, da pesquisa e
da resolução de problemas" (Fonte: Equipe PGP/LIDERE,
2003).
1
Estudante de Filosofia, FBB. Estagiária PGP/LIDERE. E-mail:[email protected]
78
PGP/LIDERE em destaque, Salvador, v.3, n.1, p. 78, jan./abr. 2003
Regiane
Lima
Nascimento1
Informativo
Gestão Educacional em Foco II - ciclo de palestras e
oficinas
Visando desenvolver novos caminhos para uma gestão escolar
democrática e participativa o Programa Gestão Participativa com
Liderança em Educação (PGP/LIDERE), programa de pesquisa
e extensão, sediado no Centro de Estudos Interdisciplinares para
o Setor Público-ISP, articulado com a Linha de Pesquisa Política
e Gestão em Educação da Faculdade de Educação da UFBA, e
financiado pela Fundação Ford - realizou, no primeiro semestre
de 2002, uma série de atividades que integraram o Ciclo de Palestras e Oficinas: Gestão Educacional em Foco. Esse ciclo
aprofundou estudos sobre Projeto Pedagógico (PP), o Plano de
Desenvolvimento da Escola (PDE), a Gestão Educacional e a Liderança em Educação.
Em face de uma avaliação positiva dessas atividades junto às
comunidades escolar e acadêmica o PGP/LIDERE dará continuidade, neste ano de 2003, ao Ciclo de Palestras e Oficinas: Gestão
Educacional em Foco II. Esse ciclo tem como objetivo aprofundar
estudos e avaliar, neste momento de grande importância da educação para construção de uma nova sociedade em nosso país,
alternativas para os caminhos da Educação no Brasil, de forma a
propor estratégias de como a universidade pode contribuir para a
concepção de políticas-públicas de inclusão e promoção de eqüidade, nas suas mais diversas possibilidades de organização social, na capacitação profissional dos gestores, professores, coordenadores pedagógicos, orientadores e estudantes de graduação
e pós-graduação, com iniciativas que poderão contribuir para o
enfrentamento da questão social no país.
Denise
Abigail
Britto
Freitas
Rocha 1
1
Pedagoga, UNEB. Mestranda em Educação, UFBA. Especialista em Metodologia do Ensino, Pesquisa
e Extensão em Educação, UNEB. Líder de Cursos e Oficinas PGP/LIDERE.
E-mail: [email protected]
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Durante o ciclo serão discutidos temas solicitados pelo nosso público-alvo,
que estão relacionados com a melhoria da qualidade do ensino público e
com a formação de novos educadores diante desta nova conjuntura que aponta
desafios para o crescimento sócioeducacional no país. Os temas abordados
nesse ciclo serão:
Palestra: Histórico e desafios para a implementação do Estatuto da Criança e do
Adolescente-ECA.
Data: 23/01/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrante: Prof.ª Isadora Browne Ribeiro - Especialista em Direitos Humanos/Ministério Público/UNEB - AATR.
Palestra: Pluralidade Cultural - Refletir sobre a importância de discutir a
Pluralidade Cultural no Contexto Escolar.
Data: 27/03/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrantes: Profª Maria de Nazaré Mota Lima - Mestra em Educação/UFBA e a
Psicopedagoga Isabelle Santos - CEAFRO
Oficina de encadernação
Data: 24/04/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Ministrantes: José Raimundo Paim de Almeida, graduando em Biblioteconomia - estagiário do PGP/LIDERE e a Profª Edeníldes Sousa Ribeiro.
Palestra: Portadores de HIV - Processos de inclusão de portadores do HIV no contexto escolar.
Data: 30/04/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrantes: Glayds Almeida, Psicóloga, Juneide Souza, Assistente Social e Maia Gelma
Amaral, Advogada - GAPA/BA.
Palestra: Educação Ambiental: educação como instrumento da gestão participativa o
meio ambiente.
Data: 29/05/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrantes: Prof. Avelar Luiz Bastos Mutim, Doutor em Educação/UFBA - Assessor do
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Gambá, Prof.ª Rita Silvana S. dos Santos, Mestranda em Engenharia Ambiental/UFSC Diretora do Instituto Autopoiesis Brasilis, Dr. João Régis da Silva Nascimento, Advogado, Pós-graduando em Gestão Pública/UNEB - Vice-Presidente da AATR-BA.
Palestra: ECA: Objetivos e importância do Estatuto da Criança e do Adolescente
no contexto escolar.
Data: 05/06/03
Horário: 13h às 17h
Local: Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico de Salvador/SMEC - CAPS/Pituba.
Palestrante: Dr.ª Isabel Maria Sampaio Oliveira - Doutora em Saúde Pública/ISC/UFBA,
Juíza da 2ª Vara da Infância e da Juventude e representante da ABMP.
Oficina: Reciclagem e reutilização de materiais descartáveis
Data: 12/06/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Ministrantes: Profª Estela Márcia Veloso, Especialista em Administração Universitária/
UFCE - Bolsista do PGP/LIDERE .
Palestra: Cooperação Escola/Universidade e Construção de Currículo
Data: 21/07/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrantes: Prof. José Gregorio Rodríguez, Professor do Departamento de Psicologia/
Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Nacional da Colômbia e Camilo Andrés
Patiño Garzon, graduando em Letras da Universidade Nacional da Colômbia.
Oficina: Contação de Histórias: conte outra vez....
Data: 24/07/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Ministrante: Profª Luciene Souza Santos Cerqueira, Mestranda em Educação/UFBA.
Palestra: A participação do aluno no processo de gestão democrática.
Data: 29/07/03
Horário: 13h às 15h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrante: Profª Ms. Adejaira Leite, Universidade Federal do Mato Grosso.
Palestra: O Programa Xané na validação da rede necessária que garanta o atendimento integral às crianças e aos adolescentes de 5ªà 8ª série, da Escola Aureolina
Eustácio Ribeiro.
Data: 29/07/03
Horário: 15h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrante: Prof. Ms. Agnaldo Garrido, Universidade de Cuiabá.
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Palestra: Gestão e Educação.
Data: 18/09/03
Horário: 13h às 15h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrante: Prof. Dr. Rogério de Andrade Córdova, Universidade de Brasília.
Oficina: Contação de Histórias II: conte outra vez....
Data: 25/09/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Ministrante: Profª Luciene Souza Santos Cerqueira, Mestranda em Educação/UFBA.
Palestra: Avaliação de desempenho
Data: 23/10/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP
Palestrante: Lys Vinhaes, coordenadora da Agência de Avaliação UFBA/ISP/FAPEX e Olívia
Maria Costa Silveira, coordenadora de logística da Agência de Avaliação UFBA/ISP/FAPEX.
Palestra: Indisciplina e ato infracional: compreendendo as diferenças.
Data: 20/11/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sede do Araketu
Palestrante: Dr.ª Isabel Maria Sampaio Oliveira - Doutora em Saúde Pública/ISC/UFBA,
Juíza da 2ª Vara da Infância e da Juventude e representante da ABMP.
Palestra: Políticas-Públicas e Cidadania.
Data: 27/11/03
Horário: 13h às 17h
Local: Sala de Aula do ISP/UFBA
Palestrante: Prof. Ms. José Cláudio Rocha, Presidente da AATR-BA e Mauricio Araújo
Azevedo, Pós-Graduando em Direitos Humanos.
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