II Encontro Nacional do “COMTIGO”
Nos dias 20 e 21 de outubro realizou-se o II Encontro Nacional do movimento juvenil
ligado ao Coração de Maria, o COMTIGO.
Decorreu no Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa, e reuniu cerca de cento e
trinta jovens das diversas obras e presenças das RSCM em Portugal.
Para além de proporcionar o convívio entre os jovens dos diversos núcleos locais, o
Encontro Nacional ofereceu dinâmicas e momentos de reflexão, oração e partilha, em
torno do tema escolhido para este ano: “(Re)conhecer-Te”. Esta e outras iniciativas do
COMTIGO procuram proporcionar aos jovens uma maior identificação com o carisma das
RSCM – “Para que todos tenham Vida” -, ajudando-os a descobrirem um sentido para a
vida, através da relação e transformação pessoal em Jesus Cristo.
Ecos de quem participou:
Penso que não deve ser fácil a um jovem admitir ou acreditar que alguém, muito menos jovem
que ele possa dizer: “ Encontro Nacional - Lisboa, Jovens ComTigo, (Re)conhecer-Te? Ah! Foi
espetacular!
Eu também estive lá: conheci, escutei, convivi, corri e partilhei. Fiz roda para, ao rodar com
outros, acolher quem quer que se deparasse diante de mim e pudemos falar sobre “espelho”,
“olhos”, “música”, apenas pretexto para algum conhecimento mútuo.
Não estive de olhos vendados mas experimentei a alegria de conduzir, com cuidado e ternura
quem não podia ver, mas via porque o “essencial é invisível aos olhos.”
Não fui à descoberta de “Sinais de Deus na Cidade” mas descobri-O no rosto alegre de cada
um e do grupo, de regresso ao ponto de partida.
Posso ainda testemunhar a abundante partilha do pão que mata a fome e o momento
celebrativo em que o verdadeiro Pão saciou a sede de comunhão entre todos! Bem como a
entrega daquele cajado para continuarem a caminhada.
Também é verdade que não dancei na discoteca mas andei por lá muito antes da “abertura da
pista.”
Pois é! Houve um I Encontro Nacional e foi BOM, e houve um II Encontro Nacional e foi
MUITO BOM!
Ir. Idalina Almeida rscm
«Quando passo o portão do colégio sinto que a vida se (re)conhece nova. Parto para Te
procurar, Senhor, e, momentaneamente, sei-me transformada numa repórter de Deus.
Questiono-me se será mais importante fazer-me acompanhar de uma pequena máquina
fotográfica, de um humilde caderno de notas ou se, porventura, me chegaria o olhar e o
coração para cumprir a minha missão.
(Re)Descubro um Deus em movimento, que troca de vestes ao longo do caminho, que percorre
a Petesga com uma bengala rasgada pela vida e que rodopia, em sonho extasiado, no Terreiro
do Paço, descalço, com olhos de menina. É difícil não encontra-Lo. Manifesta-se no pormenor
e na histeria da monumentalidade, no doce afecto, silencioso, e na miséria (a)berrante que se
senta e deita, com fome sofrida, às portas das igrejas. Não é ver Deus no bom e no mau, é vêLo, senti-Lo, nas pessoas. Na esperança escondida que detêm no olhar, na mão frágil e hirta de
dor que procura a minha consolação. Vou pôr-me a caminho, Senhor.
Fabuloso é sentirmos Deus, mesmo sem saber para onde nos levam, sem podermos enxergar
com o nosso olhar. Confiam-me os seus passos, guio-os paulatinamente, a eles que, com uma
venda nos olhos, (ainda) não me (re)conhecem. Rezamos juntos, em torno de uma Cruz. Talvez
eles, não vendo nada, vissem tudo. (Re)Descobriram um Deus que caminha também dentro
deles. “Ardia-lhes o coração.”
(Re)conheço Deus através e com o outro. É com cada um dos “ComTigos” que almoçam juntos
antes de partirem para uma caminhada, é com cada um dos “ComTigos” que dançam e cantam
para festejarem a Vida, é com cada um dos “ComTigos” que se (re)conhece a pouco e pouco,
que seguimos ComTigo, Senhor.
Cada vez mais, ComTigo, Senhor. “Aonde fores, aí estarei. Sem medo avançarei.”»
Patrícia Oliveira, Porto
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Ecos de quem participou: Penso que não deve ser fácil a