PARA A ADORAÇÃO DE QUINTA-FEIRA SANTA
“Que todos sejam Um…”
(a Eucaristia, fonte e manifestação de comunhão)
:: Diante do altar-mor, em lugar bem visível pela Assembleia, colocar uma placa amarela, vertical.
:: Numa pequena mesa, na frente, colocar uma Bíblia de altar aberta entre duas velas acesas.
:: Ao longo da celebração, em cada um dos 4 momentos indicados por uma bola laranja (●), alguém vai
fixando nessa placa um recorte ou gomo castanho, formando um círculo na parte exterior, com a palavra
escrita em branco, até se obter o efeito final das quatro partes do pão. Os recortes ficam afastados
uns dos outros na parte recta, de modo a deixarem entre eles uma cruz aberta no amarelo do fundo.
I. RITO INICIAL
Admonição: A Eucaristia é um sacramento de Comunhão. Como tal, significa, realiza e
manifesta a nossa comunhão com Cristo, com a Igreja e com todos os seres humanos. Vamos
tomar consciência disso, e pedir que a sagrada Eucaristia seja, para todos os que a
recebemos, fonte e manifestação dessa comunhão. De pé, cantemos.
Cântico (Carlos Silva)
R/Eu estou sempre convosco
até ao fim dos tempos.
Eu estou sempre convosco.
1. Em Vós, Senhor, me refugio:
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça salvai-me,
prestai-me ouvidos e libertai-me.
2. Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio.
Meu Deus, salvai-me do pecador, /
do homem iníquo e violento.
3. Sois Vós, Senhor, a minha esp’rança,
A minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais, /
desde o seio materno sois o meu protector:
em Vós está sempre a minha esp’rança.
II. CELEBRAÇÃO DA PALAVRA
:: Alguém pega na Bíblia de altar, e dois acólitos vêm com velas acesas, ficando todos no centro voltados
para o povo. Todos se põem de pé.
Oremos (Presidente): Deus todo-poderoso e eterno, que por meio da Igreja nos destes a
conhecer a Boa-Nova da Salvação de Jesus Cristo: a todos os que hoje acolhemos o vosso
chamamento para esta celebração, ensinai-nos a escutar a vossa Palavra e a pô-la em prática,
através de um maior testemunho de comunhão e de partilha. Por mesmo Cristo, Senhor
nosso.
R/ Ámen.
:: A Bíblia e as velas voltam a ser colocadas em cima da mesa.
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A Eucaristia, fonte e manifestação de
COMUNHÃO COM CRISTO
● Alguém coloca a parte do círculo com a palavra CRISTO.
Admonição: «Ao pedido dos discípulos de Emaús para que ficasse “com” eles, Jesus
responde com um dom muito maior: através do sacramento da Eucaristia encontrou o modo
de permanecer “dentro” deles.
Receber a Eucaristia é entrar em comunhão profunda com Jesus. “Permanecei em Mim e Eu
permanecerei em vós” (Jo 15,4). Esta relação de íntima e recíproca “permanência” permitenos antecipar de algum modo o céu na terra. Não é porventura este o maior anseio do
homem? Não foi isso mesmo o que Deus se propôs, ao realizar na História o seu desígnio de
salvação?
Ele colocou no coração do homem a “fome” da sua Palavra (Am 8,11), uma fome que apenas
ficará saciada na plena união com Ele. A comunhão eucarística foi-nos dada para “nos
saciarmos” de Deus sobre esta terra, à espera da saciedade plena no céu.» (MND 19)
Leitor 1: Do Evangelho de São João: (15,1-8)
Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim
e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados
pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós.
Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo,
mas só per-manecendo na videira,
assim também acontecerá convosco,
se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós, os ramos.
Quem permanece em mim e Eu nele,
esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não per-manece em mim, é lançado fora,
como um ramo, e seca.
Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim
e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai:
em que deis muito fruto
e vos comporteis como meus discípulos.»
Palavra da Salvação.
R/ Glória a Vós, Senhor.
Cântico (Carlos Silva)
R/ Formamos um só Corpo em Cristo Jesus.
Todos nós, que comungamos o mesmo Senhor,
formamos um só Corpo em Cristo Jesus!
(momento breve de silêncio)
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A Eucaristia, fonte e manifestação de
COMUNHÃO COM A IGREJA
● Alguém coloca a parte do círculo com a palavra IGREJA.
Admonição: «Esta intimidade especial, que se realiza na “comunhão” eucarística, não pode
ser adequadamente compreendida nem plenamente vivida fora da comunhão eclesial. A
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Igreja é o corpo de Cristo: caminha-se “com Cristo” na medida em que se está em relação
“com o seu corpo”. Cristo providencia a geração e fomento desta unidade com a efusão do
Espírito Santo. E Ele mesmo não cessa de promovê-la através da sua presença eucarística.
Com efeito, é precisamente o único Pão eucarístico que nos torna um só corpo. Afirma-o São
Paulo: “Uma vez que há um só pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo,
porque todos participamos do mesmo pão” (1 Cor 19,17). No mistério eucarístico, Jesus
edifica a Igreja como comunhão, segundo o modelo supremo evocado na oração sacerdotal:
“para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti, para que assim eles
estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste” (Jo 17,21).» (MND 20).
R/ Formamos um só Corpo em Cristo Jesus.
Todos nós, que comungamos o mesmo Senhor,
formamos um só Corpo em Cristo Jesus!
1. Há um só Corpo e um só Espírito.
Vós fostes chamados a uma só Esperança. R/
2. Há um só Senhor, uma só Fé, um só Baptismo;
um só Deus e Pai, que está acima de todos e em todos. R/
Admonição: «Fonte da unidade eclesial, a Eucaristia é também a sua máxima manifestação.
A Eucaristia é epifania de comunhão. Por isso, é que a Igreja põe condições para se poder
tomar parte de modo pleno na celebração eucarística. As várias limitações devem levar-nos a
tomar uma consciência cada vez maior de quão exigente seja a comunhão que Jesus nos
pede.
É comunhão hierárquica, fundada na consciência das diversas funções e ministérios,
continuamente reafirmada inclusive na Oração Eucarística através da menção do Papa e do
Bispo diocesano. É comunhão fraterna, cultivada com uma “espiritualidade de comunhão” que
nos leva a sentimentos de recíproca abertura, estima, compreensão e perdão.» (MND 21)
R/ Formamos um só Corpo em Cristo Jesus.
Todos nós, que comungamos o mesmo Senhor,
formamos um só Corpo em Cristo Jesus!
3. Esforçai-vos por viver a unidade do espírito
pelo vínculo da paz. R/
4. Vivendo a verdade na caridade,
cresçamos em tudo para Cristo. R/
Admonição: «Em cada Santa Missa, somos chamados a confrontar-nos com o ideal de
comunhão que o livro dos Actos dos Apóstolos esboça como modelo para a Igreja de sempre.
É a Igreja congregada ao redor dos Apóstolos, convocada pela Palavra de Deus, capaz de uma
partilha que inclui não só os bens espirituais, mas também os materiais.» (MND 23)
Ouçamos o testemunho da vida dos primeiros cristãos de Jerusalém, que escutavam a Palavra
e celebravam a Eucaristia:
Leitor 2: Leitura do Livro dos Actos dos Apóstolos:
(Act 2,42-47; 4,32.33)
Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos,
à união fraterna, à fracção do pão e às orações.
Perante os inumeráveis prodígios e milagres
realizados pelos Apóstolos,
o temor dominava todos os espíritos.
Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo emcomum. Vendiam terras e outros bens e
distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um.
Como se tivessem uma só alma,
frequentavam diariamente o templo,
partiam o pão em suas casas
e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a
simpatia de todo o povo.
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E o Senhor aumentava, todos os dias,
o número dos que tinham entrado no ca-minho da salvação.
A multidão dos que haviam abraçado a fé
tinha um só coração e uma só alma. […]
Com grande poder, os Apóstolos
davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus,
e uma grande graça operava em todos eles.»
Palavra do Senhor.
R/ Graças a Deus.
Cântico (frei Acílio Mendes)
Todos os crentes viviam unidos
– Uma só alma e um só coração –
com o poder de Jesus dando ao mundo
o testemunho da ressurreição.
– Uma só alma e um só coração.
Uma só alma e um só coração –
1. Na escuta da Palavra proclamamos
– Uma só alma e um só coração.
Em cada Eucaristia celebramos
– Uma só alma e um só coração.
(momento breve de silêncio)
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A Eucaristia, fonte e manifestação de
COMUNHÃO COM TODA A HUMANIDADE
● Alguém coloca a parte do círculo com a palavra HUMANIDADE.
Admonição: «A Eucaristia não é expressão de comunhão apenas na vida da Igreja; é
também projecto de solidariedade em prol da humanidade inteira. A Igreja renova
continuamente na celebração eucarística a sua consciência de ser “sinal e instrumento” não só
da íntima união com Deus mas também da unidade de todo o género humano. Cada Missa,
mesmo quando é celebrada sem assistência ou numa remota região da terra, possui sempre o
sinal da universalidade.
O cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de
paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida. A imagem lacerada do nosso
mundo, que começou o novo milénio com o espectro do terrorismo e a tragédia da guerra,
desafia ainda mais fortemente os cristãos a viverem a Eucaristia como uma grande escola
de paz, onde se formem homens e mulheres que, a vários níveis de responsabilidade na vida
social, cultural, política, se fazem tecedores de diálogo e de comunhão.» (MND 26)
Cântico (frei Acílio Mendes)
Todos os crentes viviam unidos
– Uma só alma e um só coração –
com o poder de Jesus dando ao mundo
o testemunho da ressurreição.
– Uma só alma e um só coração.
Uma só alma e um só coração –
2. Unidos na oração nós confessamos
– Uma só alma e um só coração.
Na vida em união testemunhamos
– Uma só alma e um só coração.
Admonição: Diz o Santo Padre na sua Carta para este Ano da Eucaristia: «Há ainda um ponto
para o qual queria chamar a atenção, porque sobre ele se joga em medida notável a
autenticidade da participação na Eucaristia, celebrada na comunidade: é o impulso que esta aí
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recebe para um compromisso real na edificação duma sociedade mais equitativa e
fraterna.
Na Eucaristia, o nosso Deus manifestou a forma extrema do amor, invertendo todos os
critérios de domínio que muitas vezes regem as relações humanas e afirmando de modo
radical o critério do serviço: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o
servo de todos» (Mc 9,35).
Não é por acaso que, no Evangelho de João, se encontra, não a narração da instituição
eucarística, mas a do «lava-pés» (Jo 13,1-20): inclinando-se a lavar os pés dos seus
discípulos, Jesus explica de forma inequívoca o sentido da Eucaristia.
São Paulo, por sua vez, reafirma vigorosamente que não é lícita uma celebração eucarística
onde não resplandeça a caridade testemunhada pela partilha concreta com os mais pobres (1
Cor 11,17-22.27-34).» Ouçamos esta palavra de São Paulo.
Leitor 3: Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.
(1 Cor 11,17-22. 27-34)
Irmãos, «não posso louvar-vos:
reunis-vos, não para vosso proveito, mas para vosso dano.
Em primeiro lugar, ouço dizer que,
quando vos reunis em assembleia,
há divisões entre vós, e em parte eu acredito.
É mesmo necessário que haja divisões entre vós,
para que se tornem conhecidos
aqueles que de entre vós resistem a esta provação.
Quando, pois, vos reunis, não é a ceia do Senhor que comeis,
pois cada um se apressa a tomar a sua própria ceia;
e enquanto um passa fome, outro fica embriagado.
Porventura não tendes casas para comer e beber?
Ou desprezais a Igreja de Deus
e quereis envergonhar aqueles que nada têm?
Que vos direi? Hei-de louvar-vos? Nisto, não vos louvo. […]
Assim, todo aquele que comer o pão
ou beber o cálice do Senhor indignamente
será réu do corpo e do sangue do Senhor.
Portanto, examine-se cada um a si próprio
e só então coma deste pão e beba deste vinho;
pois aquele que come e bebe,
sem distinguir o corpo do Senhor,
come e bebe a própria condenação.
Por isso, há entre vós muitos débeis e enfermos
e muitos morrem.
Se nos examinássemos a nós mesmos,
não seríamos julgados;
mas, quando somos julgados pelo Senhor,
Ele corrige-nos, para não sermos condenados com o mundo.
Por isso, meus irmãos,
quando vos reunirdes para comer, esperai uns pelos outros.
Se algum tem fome, coma em casa,
a fim de não vos reunirdes para vossa condenação.»
Palavra do Senhor.
R/ Graças a Deus.
Cântico (frei Acílio Mendes)
Todos os crentes viviam unidos
– Uma só alma e um só coração –
com o poder de Jesus dando ao mundo
o testemunho da ressurreição.
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– Uma só alma e um só coração.
Uma só alma e um só coração –
3. Na partilha dos bens anunciamos
– Uma só alma e um só coração.
Socorrendo os irmãos realizamos
– Uma só alma e um só coração.
Admonição: Para pensarmos num compromisso durante tempo de silêncio que vai seguirse, ficam estas interpelações do Santo Padre:
«Por que não fazer deste Ano da Eucaristia um período em que as comunidades diocesanas e
paroquiais se comprometam de modo especial a ir, com solicitude fraterna, ao encontro de
alguma das muitas pobrezas do nosso mundo?
Penso no drama da fome que atormenta centenas de milhões de seres humanos, penso nas
doenças que flagelam os países em vias de desenvolvimento, na solidão dos idosos, nas
dificuldades dos desempregados, nas desgraças dos imigrantes. Trata-se de males que
afligem, embora em medida diversa, também as regiões mais opulentas. Não podemos iludirnos: do amor mútuo e, em particular, da solicitude por quem passa necessidade, seremos
reconhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo (Jo 13,35; Mt 25,31-46). Com base neste
critério, será comprovada a autenticidade das nossas celebrações eucarísticas.» (MND 28)
(tempo mais de silêncio mais demorado)
Proposta de Compromisso (pelo Presidente)
Se tendes preocupação pelos outros
e a situação clama ao céu,
não andeis com desculpas
dizendo que são muitos e não chega,
que é melhor mandá-los embora,
que não é tempo de vacas gordas...
Dai-lhes vós mesmos de comer!
Aqui só temos cinco pães e dois peixes!
São os primeiros do banquete.
E tu, que é que tens?
Esvazia o teu alforge
e, depressa, pergunta ao teu companheiro
se quer pôr também ele o que leva.
Proclamai em voz alta:
“Que se faça a mesa fraterna!
Que ninguém guarde o pão de hoje
para amanhã.
Desprendei-vos do que levais às costas.
Acolhei tudo o que chegar.
Levantai os olhos ao céu
e bendizei o Deus da vida
que tanto vela e providencia por vós.
Aqueles que nada tinham partiram.
E chegou para todos
e ainda sobrou para sonhar utopias.
Virão dias em que tereis de partilhar
não o fruto de um dia,
nem o conteúdo de uma mochila,
nem o que levais às costas,
nem as sobras da Primavera,
mas o melhor da vossa colheita
e mesmo a vossa própria vida.
Nós te damos graças, Senhor,
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por derrubares as nossas muralhas
e nos ensinares a partilhar
à luz da tua Palavra. (…..autor?.....)
(tempo de silêncio)
Cântico de Interiorização (frei Acílio)
R/ Eu estou à porta e chamo, diz o Senhor.
Se alguém ouvir a minha voz
e me abrir a porta,
entrarei em sua casa, cearei com ele
e ele comigo.
1. O Senhor é meu Pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.
2. Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e meu cálice transborda.
3. A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.
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A Eucaristia, fonte e manifestação de
UNIDADE
● Alguém coloca a parte do círculo, com fundo negro (asusência de comunhão) o com a palavra
UNIDADE escrita a branco.
Admonição: Na expressão de Santo Agostinho, a Eucaristia é “sinal de unidade e vínculo de
caridade”. Mas a Unidade ainda falta entre todos os que acreditam em Cristo. Rezemos a sua
oração ao Pai, na Última Ceia, para que todos sejam Um.
R/ Que todos sejam um no teu amor,
ó Senhor! (frei Acílio) – Solista canta e Todos repetem.
Oração sacerdotal de Jesus (Jo 17,1-26)
:: O Presidente vai rezando a Oração de Jesus na última ceia, dividida nos seguintes grupos de
versículos e com um refrão após cada grupo:
Pai, chegou a hora! Manifesta a glória do teu Filho,
de modo que o Filho manifeste a tua glória,
segundo o poder que lhe deste sobre toda a Humanidade,
a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe entregaste.
Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
Tu enviaste.
Eu manifestei a tua glória na Terra,
levando a cabo a obra que me deste a realizar.
E agora Tu, ó Pai, manifesta a minha glória junto de ti,
aquela glória que Eu tinha junto de ti, antes de o mundo existir.
R/ Que todos sejam um no teu amor,
ó Senhor! – cantado
Dei-te a conhecer aos homens que, do meio do mundo, me deste.
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Eles eram teus e Tu mos entregaste e têm guardado a tua palavra. gora ficaram a saber que
tudo quanto me deste vem de ti,
pois as palavras que me transmitiste Eu lhas tenho transmitido.
Eles receberam-nas
e reconheceram verdadeiramente que Eu vim de ti,
e creram que Tu me enviaste.
É por eles que Eu rogo. Não rogo pelo mundo,
mas por aqueles que me confiaste, porque são teus.
Tudo o que é meu é teu e o que é teu é meu;
e neles se manifesta a minha glória.
Doravante já não estou no mundo, mas eles estão no mundo,
e Eu vou para ti.
Pai santo, Tu que a mim te deste, guarda-os em ti,
para serem um só, como Nós somos!
R/ Que todos sejam um no teu amor,
ó Senhor! – cantado
Enquanto estava com eles, Eu guardava-os em ti,
em ti que a mim te deste.
Guardei-os e nenhum deles se perdeu,
a não ser o homem da perdição,
cumprindo-se desse modo a Escritura.
Mas agora vou para ti e, ainda no mundo,
digo isto para que eles tenham em si a plenitude da minha alegria.
Entreguei-lhes a tua palavra, e o mundo odiou-os,
porque eles não são do mundo,
como também Eu não sou do mundo.
Não te peço que os retires do mundo,
mas que os livres do Maligno.
De facto, eles não são do mundo,
como também Eu não sou do mundo.
Faz que eles sejam teus inteiramente,
por meio da Verdade; a Verdade é a tua palavra.
R/ Que todos sejam um no teu amor,
ó Senhor! – cantado
Assim como Tu me enviaste ao mundo,
também Eu os enviei ao mundo, e por eles totalmente me entrego,
para que também eles fiquem a ser teus inteiramente,
por meio da Verdade.
Não rogo só por eles,
mas também por aqueles que hão-de crer em mim,
por meio da sua palavra, para que todos sejam um só,
como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti;
para que assim eles estejam em Nós
e o mundo creia que Tu me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu me deste,
de modo que sejam um, como Nós somos Um.
Eu neles e Tu em mim,
para que eles cheguem à perfeição da unidade
e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste
e que os amaste a eles como a mim.
R/ Que todos sejam um no teu amor,
ó Senhor!
Pai, quero que onde Eu estiver
estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste,
para que contemplem a minha glória, a glória que me deste,
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por me teres amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu,
mas Eu conheci-te e estes reconheceram que Tu me enviaste.
Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és
e continuarei a dar-te a conhecer,
a fim de que o amor que me tiveste esteja neles
e Eu esteja neles também.»
R/ Que todos sejam um no teu amor,
ó Senhor! – cantado
(tempo de silêncio)
Cântico final (Tantum ergo)
Ao divino Sacramento
inclinados adoremos,
pois do Antigo Testamento
a promessa recebemos,
e em perfeito cumprimento
já presente aqui a temos.
Por tão nova realidade
da divina Eucaristia
à Santíssima Trindade
demos graças cada dia,
arda a fé e a caridade
em pleníssima harmonia. Ámen.
Frei Lopes Morgado, OFMCap
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