35ª OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA TERCEIRA FASE – NÍVEL 3 SOLUÇÕES PROBLEMA 1 Seja um círculo e A um ponto exterior a . As retas tangentes a que passam por A tocam em B e C. Seja M o ponto médio de AB. O segmento MC corta novamente em D e a reta AD corta novamente em E. Sendo AB = a e BC = b, calcular CE em função de a e b. SOLUÇÃO DE DANIEL LIMA BRAGA (FORTALEZA – CE) Seja F a interseção de AD e BC. Como BC é a reta polar de A em relação a , então A, D, F, E formam uma quadrupla harmônica. Daí, AC, CD, CF e CE formam um feixe harmônico, donde CA, CM, CB e CE formam um feixe harmônico. Como M é ponto médio de AB . Seja No . Seja isósceles, . De ). Como (pois . No externo: Agora, Daí: . Em (Caso AA, pois e , pelo ângulo . ). PROBLEMA 2 Arnaldo e Bernaldo fazem a seguinte brincadeira: dado um conjunto finito de inteiros positivos A fixado, que os dois conhecem, Arnaldo escolhe um número a pertencente a A, mas não conta a ninguém qual número escolheu. Em seguida, Bernaldo pode escolher um inteiro positivo b qualquer (b pode pertencer a A ou não). Então Arnaldo fala apenas o número de divisores inteiros positivos do produto ab. Mostre que Bernaldo pode escolher b de modo que consiga descobrir o número a escolhido por Arnaldo. SOLUÇÃO DE DANIEL LIMA BRAGA (FORTALEZA – CE) Sejam , , ..., todos os números primos que dividem algum elemento . Escreva , com , para todo de , onde . O número b que buscamos é da forma . Queremos um b de modo que ( ) ( ), para todo (aqui, ( ) é a quantidade de divisores de x). Isso faz com que Bernaldo descubra o inteiro a escolhido por Arnaldo. Dentre os números , suponha que há valores distintos (variando só o i e fixando j) e seja . Defina , , ..., como primos distintos 2 a 2 e MUITO GRANDES! (muito maiores que os e que n). Façamos o seguinte procedimento: Sejam , , ..., os valores distintos que há para ( ( ( ) ( ) . Faça: ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( { ) ( ) (Note que, do teorema chinês dos restos existe , ..., ) ) ( { , Faça o mesmo processo para definir primos , ..., ( , pois os )( ) ’s são maiores que ) , mas agora quem deve estar do lado ( ) serão os , na respectiva ordem. Vamos provar porque essa definição dos ’s satisfaz o problema. Veja porque tomei os ’s ( ) maiores que os ’s. Por exemplo, da nossa construção, ( ). Se , então como ( ) e ( ). Subtraindo, temos que , e como , então , absurdo. Veja que da nossa construção, há exatamente primos que dividem cada ( ), um de cada grupo ( ( ). Pelo que )( ) acabamos de ver, ( ) ( ) Eles tem o mesmo grupo de k divisores eles devem cumprir Portanto ( , ..., ) ( ) . e acabamos o problema PROBLEMA 3 Encontre todas as funções injetoras f dos reais não nulos nos reais não nulos tais que f x y f x f y f x y para todos x, y reais não nulos com x y 0. SOLUÇÃO DE DAVI LOPES ALVES DE MEDEIROS (FORTALEZA – CE) A condição inicial é equivalente a: ( Se em ( ) fizermos ( ( ) ) ( ) ( ) ( ) ( ) ) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ) ) ( ) ( ) ( ) em ( ), temos, de ( ): e ( ( ( ) ) Finalmente, fazendo ( ( ) ) ( ) em ( ), temos, de ( ): e ( ( ) , temos, de ( ): e ( ( ) ) ( Fazendo ( ) ( ) ( ) em ( ), temos, de ( ): e Fazendo ( ) . Se em ( ) fizermos ( Fazendo ) ( ) , obtemos: ( ) ) ( ) ( Agora, seja ( ) ( ( ) ) ) ( ) ( ) ( ) em ( ), temos que, de ( ), ( ), ( ) e ( ): e ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ) ( )( Igualando a expressão obtida com a de ( ), obtemos: ( ( ) ( ( ( )( ) (( ( )) ( ) )( ( ) ) ( ( )( )( ( )( )( )( ) )( ( ) ) ) ) ) ) ) Assim, temos três possibilidades: , ou . A segunda possibilidade não pode ocorrer, pois o discriminante da equação do segundo grau em é negativo e é um número real. A terceira possibilidade também não pode ocorrer, pois, resolvendo a equação do segundo grau, obtemos ou . A primeira raiz não é possível, pois se fosse teríamos, de (3): ( ) ( ) Contradizendo o fato de ( ( ) ) ( ) ser injetora. A segunda raiz também é impossível, pois é teríamos: ( ) ( ) Novamente contradizendo a injeção de f. Segue, portanto, que ( ) Agora, seja ( ) ( )( ( Fazendo ( Fazendo )( ( ) )( ( ( )) ) ( )) )) ( )( (( )( (( ( ) ( ) )) ( ) ( ) ) )) ( ( )( ) ( ) ) ( ) )( ( ) ( ) ( )) )( (( )) ( ) ( ( ) ( ) )( ) Como é um número real, temos , donde (absurdo, pois ( ) , f não seria injetora) ou . Assim, temos que ( ) ( ) Fazendo , e se ( em ( ), temos que, de ( ): ( ( ) em ( ), temos que, de (4), (7) e (9): Finalmente, fazendo ( )( (( em ( ), temos que, de ( ) e ( ): e ( )) em ( ), temos que, de ( ) e ( ): e ( em ( ), temos que, de ( ): . Pondo ) ( ) )( ( ) Perceba que usando a relação ( ( ( )) ( ) ( ) ( ) ( ) ), pode-se provar por indução que: ) ( ) ( ) ( ) ( ) ) ( ( ) ( ) ) ( ) Das relações (11) e (12), fica fácil ver que ( ) para todo n inteiro não nulo. Agora, se n é um inteiro não nulo qualquer, temos que de (1), de (11), caso ou de (12), se : ( )( ( ) ( )) ( (A princípio, ( vimos que ( ( ( ) ) ) vale para todo ) ). Daí, se , onde ( ) ( )) ( ( ) ( ) Ainda na equação (1), fazendo ) ( ( )( ( ) ( ) ( )( a fórmula é valida, pois ( ( ) ))( ( ) ( ( ) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ( ( ( ) ou ) e do que foi visto antes: ( ( ) ) ( ) , com , ( ) a fórmula vale, pois ( )) e ) ( )) (( ) ( ) ) ( ) ( ) ( ) ) ( ) ( ) )) ( ) ( ( ) ) ( ) ( ) Note que, de ( ), temos que (( ) ) isso e (14) em (15), obtemos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ( ) (Mesmo quando ( ) ( )). ) ( ) ( )) , ( ( ) ( ) ( ) ( ( ) ( ) ) ) , obtemos: ) ( (( ( ( ) ( ) são inteiros não nulos, temos que, de ( e ( ) )( ( ) ( ( ) , mas mesmo quando Voltando à equação (1), se fizermos ( ( ) ( ) ) , temos que: )( )) ( ) ( ) ( ) ) ( ) ( ) ( ) ( ) . Usando ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ( ) e ) ( ) Observe ainda que f é estritamente decrescente em ( ). Com efeito, perceba que, de ( ) , temos que ( ) , para todo real positivo x. Daí, se são reais positivos quaisquer, então, usando (1) mais uma vez, e ( ): ( ) ( ) ( ( ) ) ( ) ( ) O que prova que f é estritamente decrescente em ( ( ) ( ) ). ( ) ( ) ( ) Para encontrar f nos irracionais, observe que se para cada , existe um único tal que: é um irracional positivo, então Agora, como f é estritamente decrescente, temos que: ( ) ( ) ( ( ) ) ( ) Como n pode crescer indefinidamente: ( ) ( ) ( ) ( ) Daí, tomando o limite em ( ), temos que ( ) , para todo irracional positivo. Dessa forma, concluímos que ( ) , para todo . Como ( ) ( ), para todo , temos que ( ) para todo x real negativo também. Portanto, ( ) , para todo . Falta apenas verificar se essa função de fato cumpre o enunciado. De fato: ( )( ( ) Que é valido desse que ( )) ( ) . Portanto, ( ) ( ) ( ) , para todo x no domínio é a solução PROBLEMA 4 Encontrar o maior valor de n para o qual existe uma sequência a0 , a1 , a2 ,..., an de algarismos não nulos (ou seja, ai 1, 2,3, 4,5,6,7,8,9 ) tal que, para todo k ,1 k n, o número de k k 1 k 2 dígitos ak 1ak 2 ...a0 ak 110 ak 210 ... a0 divide o número de k + 1 algarismos ak ak 1ak 2 ...a0 . SOLUÇÃO DE DAVI LOPES ALVES DE MEDEIROS (FORTALEZA – CE) Primeiro, provaremos que . Para tanto, suponha ( ( )( )( ) ) ( Daí, existe ( ( tal que ( e observe que: ) ) ). Observe ainda que: ( ⏟ Pois . Como são inteiros não negativos com ) ) , segue que e . , onde e , ) Escrevendo ( , da relação , ao analisarmos potências de 2 e de 5, vemos que e (a desigualdade ocorre pois não sabemos quantos fatores 2 e quantos fatores 5 o termo possui, mas temos uma cota mínima pois sabemos quantos fatores 2 e quantos fatos 5 tem ). Agora, analisaremos 3 casos: 1° Caso: Se 2° Caso: Se implica , então ( e ) termina em 0, um absurdo, já que , então ( ), e como , , então , o que não devemos considerar aqui). Daí, obtemos que: ( . Logo, . (Note que ) Se , teríamos que A terminaria em 0, o que já vimos ser um absurdo. Caso , teríamos que , onde é um algarismo ímpar (para que A não termine em 0 e tenhamos um absurdo) tal que tenha 5 algarismos (o que implica ). Temos, pois, 3 subcasos: Caso 2.1. , o que é um absurdo, pois Caso 2.2. , o que é um absurdo, pois Caso 2.2. , o que é um absurdo, pois 3° Caso: Se , então ( ), e como . . , ( Se que . , então . Daí, obtemos: ) , teríamos que A terminaria em 0, o que já vimos ser um absurdo. Caso , teríamos , onde é um algarismo ímpar (para que A não termine em 0 e tenhamos um absurdo) tal que subcasos: tenha 6 algarismos (o que implica ). Temos, pois, 2 Caso 3.1. , o que é um absurdo, pois A não possui algarismo 0. Caso 3.2. , o que é um absurdo, pois A não possui algarismo 0. Finalmente, caso , teríamos ( ) um número de 5 algarismos. Isso implica par ( , onde ou 4). Daí, é um número de 5 algarismos, nenhum deles nulos. È fácil ver que para cada um dos valores possíveis de a isso nunca ocorre. Dessa forma, segue que é ( , , ) . Um exemplo para uma sequência de algarismos não nulos para ( ). Observe que ela cumpre o enunciado, pois , e . Portanto, o valor máximo de é 4 PROBLEMA 5 Seja x um número irracional entre 0 e 1 e x 0, a1a2 a3 ... sua representação decimal. Para cada k 1, seja p k a quantidade de sequências distintas a j 1a j 2 ...a j k de k algarismos consecutivos na representação decimal de x. Prove que p k k 1 para todo k inteiro positivo. SOLUÇÃO DE DANIEL LIMA BRAGA (FORTALEZA – CE) . Lembre-se que se a partir de algum momento começar uma repetição periódica e infinita de agrupamentos de consecutivos x é racional e temos um absurdo. Faremos indução em k. (i) (ii) (iii) ( ) Caso Inicial ( ): Se ( ) , ABSURDO! Hipótese: Suponha que para algum , ( ) ) Passo Indutivo: Suponha que ( . Como cada sequência de k dígitos gera pelo menos uma sequência de ( ) dígitos a partir do seu começo, temos ( ) ( ) ( ) ( ). Veja que por serem em quantidades iguais, há uma bijeção entre os números de k algarismos que aparecem e os primeiros k dígitos dos números de ( ) algarismos que aparecem. ) ( ) Sejam ( ) ( ) ( ), ( ) ( ) ( ), ..., ( ( ) os ( ) ( ) ( ) números de k algarismos que ocorrem em x e ( ), ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ), ..., ( ) os números de ( ) algarismos podemos supor () () () () () ( ), sem perda de generalidade, () () pois se tivermos em algum momento e () ( ), então usamos no máximo k dos possíveis inícios para os números de ( ) algarismos Ainda há mais um número de ( ) com um dos possíveis inícios “que sobraram”, ABSURDO! Assim, olhe para o número x. Como temos essa bijeção entre os possíveis números de k algarismos e entre os possíveis números de ( ) algarismos, então ao olharmos para está definido. Olhando para está definido e assim por diante. Como as possibilidades são finitas, sabemos que há um número que ocorrerá duas vezes no número x e como vimos que x está unicamente determinado por k dígitos consecutivos essa dupla aparição de em determina uma dízima periódica. Logo, ABSURDO! Logo, ( ) e o resultado segue por indução PROBLEMA 6 O incírculo do triângulo ABC toca os lados BC, CA e AB nos pontos D, E e F respectivamente. Seja P o ponto de interseção das retas AD e BE. As reflexões de P em relação a EF, FD e DE são X, Y e Z, respectivamente. Prove que as retas AX, BY e CZ têm um ponto comum pertencente à reta IO, sendo I e O o incentro e o circuncentro do triângulo ABC. SOLUÇÃO DE DAVI LOPES ALVES DE MEDEIROS (FORTALEZA – CE) Denotemos , , , , , e . Sabemos que P é o ponto de concorrência entre AD, BE, CF, sendo P também chamado de ponto de Gergonne do triângulo ABC. Em coordenadas vetoriais, podemos expressar P como: ( )( ( )( )⃗ ( ) ( ) ⃗⃗ ( ) ( )( )( )⃗ ) )( )( )( Para ver isso, basta observar que o sistema de pesos ( ( )( ) em P como centro de massa, uma vez que e . Ademais, temos que: ( )( ) ( ( )( )( ) ) ( ); ) )( )( ); , )( ( ( ( ) ( ) )( ) Sejam U, V, W os pés das perpendiculares relativos a D, E, F no triângulo DEF, respectivamente. Vamos calcular DU. Temos que , e , pelo fato de que os triângulos e serem isósceles. Também, temos , uma vez que BC é tangente ao incírculo em D. Dessa forma, temos que um cálculo trigonométrico rápido dá: ( ( ) ) ( ) ( ( ) ) ( ) Agora, é um fato bem conhecido que: ( √ )( ) ( √ ) Daí: ( )√ ( )( ) ( √ ) ( )( ) √ ( ) ( ) Agora, calculemos PX. Para tanto, vamos supor que temos um sistema vetorial na qual a origem dele seja o ponto A. Daí, temos que: ⃗⃗ ( ) ⃗ ⃗⃗ ( ) ⃗ ⃗ ( ) ⃗⃗ ⃗ ( ) ⃗⃗ ( )( (⏟ )( ) ( ) ⃗⃗ ( )( ) A área do triângulo PEF é dada por , onde lado, isso é metade do módulo do produto vetorial |⃗⃗⃗⃗⃗⃗ anti-horário). Daí, temos que: |⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ | |( ⃗⃗ ⃗⃗) (⃗ ⃗⃗)| )⃗ )( )( | ⃗⃗ ( ) é a altura relativa a P. Por outro ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ | (o sentido positivo dos ângulos é ⃗ ⃗⃗ ( ⃗⃗ ⃗ )| (( ( ) ) Como: ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ ( ⃗⃗ ( ( ⃗) ) ( ( [( ( ) [ ( ) ⃗ ) ⃗⃗ ( ) ⃗⃗ )( ( )( ( ( ) ) ( ) ) )⃗ )( ( ( ) ] )( ) ( ) ⃗ ) (( ( ) ( ) ] ⃗ Onde é um vetor unitário que tem a direção e o sentido de ⃗⃗ Temos que: |( ) [ ( ) ( ) ] | (( ) ⃗⃗) ⃗) )] ( ⃗⃗ ) [ ( ) ) ) ( )[ ( )[ ( ( ) ( )( ) )√ ( ( ( √ De ( ), ( ) e uando o fato de que ( ) ) ] ( ) ) , obtemos: ] ( ) ( ( ) ) )( ( ) ) Também: ( ( Queremos provar que ( ) ) ( )( ) . Para tanto, basta mostrarmos que: ) ( ( ) )( ( ) ( ( ) ) ) ( )( ) Isso é verdade se e somente se: ( ( ) ( )( ))( ( ) ( ) ) ( )( ) Ou, equivalente: ( ( ) ( ( )( )( ))( ( ) ( ) ( ) Para verificar isso façamos a substituição Ravi: , , , . Daí, a expressão a ser provada fica: ( ( ) )(( ( ( ) ) ( )( ) ) ) ( )) ( , , donde )( )( ) ( ) )( ) Que claramente é verdade. Portanto, e como (ambos são perpendiculares à reta FE), temos que A, X e U são colineares. Analogamente, B, Y e V são colineares bem como C, Z e W o são. Observação: Outra maneira de ver que A, X, U são colineares é a seguinte: seja S a interseção de AP e FE. Pela construção da quádrupla harmônica com régua, temos que A, S, P, D formam uma quádrupla harmônica. Como , temos que US é bissetriz de (Círculo de Apolônio), e assim o simétrico de P relativo a US, que é o ponto X, está sobre a reta AU. Agora, note que o quadrilátero DEUV é inscritível (pois ), e com isso . Portanto, . Analogamente, , . Logo, os triângulos ABC e UVW são triângulos semelhantes de lados paralelos. Isso significa que exista uma homotetia de centro G que leva o triângulo UVW no triângulo ABC, donde concorrem em G. No entanto, X está em AU, Y em BV e Z em CW. Daí, AX, BY e CZ concorrem em G. Falta apenas mostrar que , e são colineares. Seja N o circuncentro do triângulo UVW e H o ortocentro do triângulo DEF, que é o incentro de , seu triângulo órtico. Como N é o centro do círculo de Euler do triângulo DEF, I o circuncentro de DEF e H o ortocentro de DEF, temos que N é o ponto médio de HI. Em particular, os pontos H, N e I são colineares. A homotetia de centro G que leva o triângulo UVW no triângulo ABC leva o circuncentro de UVW no circuncentro de ABC. Logo, os pontos G, N e O são colineares. A mesma homotetia acima leva o incentro do triângulo UVW no incentro do triângulo ABC. Logo, os pontos G, H e I são colineares. Do que foi visto acima, concluímos que G, H, N, I e O são colineares. Em particular, G está na reta IO e o problema acabou