O começo da história: os núcleos povoadores e a
abertura de novos caminhos em busca de riquezas.
Os Sertões do Jacuhy
10
Quinto
Quinto: o
imposto mais
importante
cobrado pelos
portugueses: 20%
da produção
aurífera deveria
ser transferida
para a Coroa
portuguesa.
Finta
Finta: exigência
da Coroa de que
o ouro enviado
deveria pesar,
pelo menos, 100
arrobas anuais.
História remota de Minas
Gerais é, tradicionalmente, dividida
em duas fases: de 1693
a 1770; período do surgimento e
auge da atividade mineradora, e
uma segunda fase de 1770 a 1830,
do declínio da mineração e da busca de outras atividades econômicas.
No final do século XVII, o
achamento do ouro na região de
Caeté, Ouro Preto, Mariana, Sabará, São João Del Rey atraiu uma
imensidão de aventureiros vindos
de todas as capitanias brasileiras e
da Europa. Em 100 anos, a população mineira cresceu em torno de
1000%. No auge da exploração aurífera formou-se uma elite que,
usando a mão de obra escrava, enriquecia-se cada vez mais. Com a
cobrança rígida de impostos, como
o quinto e a finta, Portugal obtinha muito lucro.
Desde o início da exploração
aurífera a fome caminhava junto
com o fausto. Atraídos pelo ouro
vieram para a região das “minas
gerais” gente de toda espécie e lugar, formando uma sociedade mais
democrática e aberta à ascensão
social. A maioria da população,
porém, enfrentou fome, disputas,
violência e exclusão.
Padre Antonil, um estudioso
do Brasil colonial, atestou que os
mineiros morriam à míngua “com
uma espiga de milho na mão, sem
ter outro sustento” 1[1]. Os preços
de alimentos, tecidos, instrumentos agrícolas eram exorbitantes e
as Minas Gerais transformaram-se
no maior centro inflacionário da
colônia. Uma série infindável de ditos populares reflete a situação econômico-social de Minas no período de exploração do ouro, onde
uma minoria rica e faustuosa era
esmagada pelo peso do fiscalismo e
perseguida por uma política normalizadora e intervencionista:
“Por fora muita farofa, por
dentro molambo só”, “Pai rico, filho nobre, neto pobre”, “Serviço
de muita ganga, entra vestido e sai
[2]
de tanga” 2[2]
No final do século XVIII, o
ouro estava esgotado, a cobrança
de impostos cada vez mais severa e
os descontentamentos com a Metrópole levaram à organização de
movimentos como Emboabas, a Insurreição de Felipe dos Santos e a
Inconfidência Mineira. A região foi
ficando cada vez mais insegura.
Portugal, tentando evitar que as
idéias liberais que avançavam na
Europa iluminista criassem raízes
profundas no Brasil, reprimiu os
movimentos com rigor. A insegurança cresceu determinando a urgência de uma válvula de escape.
O mundo vivia o
século das luzes
Iluminismo
foi um intenso movimento intelectual
dos séculos
XVII e XVIII.
Os pensadores iluministas como J. Locke,
Voltaire, Rousseau e Montesquieu
produziram as idéias que converteram a sociedade tradicional de súditos em uma sociedade liberal de
cidadãos. Foram “as luzes” da liberdade, da racionalidade, da fé no
progresso intenso da humanidade
e do liberalismo econômico.
O Iluminismo mudou o mundo e a América. A partir de suas
idéias, a burguesia da Europa e da
América liderou movimentos liberais que mudaram completamente a sociedade. Depois das idéias
iluministas, o mundo nunca mais
foi o mesmo.
A Revolução Americana, que proclamou no 2º Congresso
de Filadélfia a Independência dos EUA em 1776, tinha inspiração
iluminista ao colocar em prática as idéias de Montesquieu, inaugurando a tripartição dos poderes. As Treze colônias americanas livres deram exemplo e uma onda de revoluções foram estabelecendo os países da América independente, no século XIX.
A Revolução Gloriosa
Gloriosa, na Inglaterra, pôs fim ao Absolutismo e instalou uma Monarquia Constitucional que dura até nossos
dias, na qual o rei reina, mas o Parlamento, representando a burguesia e o povo através do Primeiro Ministro, é que governa. As
idéias de J. Locke nortearam esse projeto burguês parlamentarista.
A Revolução FFrancesa
rancesa
rancesa, exemplo mais importante da decadência do absolutismo representou, no século XVIII, a efetivação das idéias iluministas. O rei
Luís XVI e sua esposa Maria
Antonieta foram guilhotinados, o
Terror alastrou-se pela França, a
Igreja perdeu grande parte de
suas terras, foi proclamada a
República, instituída a escola
gratuita para todos, decretado
o fim da escravidão nas colônias e o direito de voto universal. Jacobinos mais radicais e
Girondinos mais capitalistas lutaram para impor suas idéias que
eram fruto das leituras de Voltarie e Rousseau.
15
O que acontecia no
Brasil dessa época
s séculos XVII
e XVIII trouxeram o avanço excepcional do povoamento para o
interior do
Brasil. Isso aconteceu, primeiramente com o Bandeirantismo paulista de caça ao índio, que seria usado como escravo nas regiões do Sul
do país. Os paulistas, da Capitania
de São Vicente, estavam isolados do
centro comercial canavieiro que se
concentrou no nordeste desde as primeiras décadas do século XVI. Pro-
14
O Barroco
e o Rococó
Mineiros
No século XVIII, acompanhando a tendência artística européia surgiu um movimento artístico nas regiões da Bahia e de Minas Gerais
chamado Barroco brasileiro, mas
que traz nas suas características algumas influências também do Rococó. As
principais características
são as cores fortes, a teatralidade, uma profusão de curvas, de diagonais com jogos de luz
e texturas.
Dois artistas se
destacaram: Aleijadinho e Mestre Athaide.
curando uma atividade econômica
passaram a se dedicar ao bandeirantismo de apresamento do índio.
Assim, os bandeirantes paulistas foram rompendo a Linha de
Tordesilhas e aperfeiçoando-se na
tarefa de desbravar os sertões.
Quando os holandeses foram expulsos do Brasil em 1654 e Portugal
retomou a colônia Brasil (que até
1640 estava subordinada à Espanha), os reis passaram a incentivar
a busca do ouro.
Após quase meio século de
buscas constantes, o esforço dos
sertanistas foi recompensado em
1693, quando Antonio Rodrigues
Arzão encontrou ouro na região de
Caeté. Imediatamente, iniciou-se o
povoamento da região das serras
da Mantiqueira e do Espinhaço.
Nasciam as Minas Gerais e os paulistas julgavam-se donos da região,
até que aconteceram os movimentos revolucionários que separaram
a região de São Paulo em 1720.
De Minas Gerais o povoamento estendeu-se para o norte nos estados de Mato Grosso e Goiás, e para
o sul, com o domínio das pastagens
para criação de gado que seria vendido para as regiões mineradoras.
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
Aleijadinho: conhecido
mundialmente como o maior escultor e pintor do Brasil colônia.
Alguns traços distinguem as suas obras, como a face oval próxima
a modelos góticos,, o desenho amendoado dos olhos, os bigodes
que nascem diretamente das narinas, os cabelos encaracolados e
bem delineados, o queixo dividido em duas partes, o drapejamento geometrizado das vestes, a estrutura corporal robusta com músculos e veias salientes e, por fim, as expressões de poderoso efeito
emocional, mas contidas e espiritualizadas. Suas maiores obras
podem ser vistas em Ouro Preto na Igreja de São Francisco de
Assis, os profetas em Congonhas do Campo e outras obras em
Mariana.
Manoel da Costa Athaide
Athaide, entalhador e pintor, destaca-se
como um dos principais nomes da pintura rococó mineira do fim
do século XVIII. A exemplo dos artistas da época,
sua atividade como pintor abarca o exercício de
douramento e encarnação de imagens e elementos decorativos em talha, pinturas sobre painel,
mas fundamentalmente pintura decorativa de forros e tetos de igrejas. Suas principais obras são o
teto da Igreja São Francisco de Assis em Ouro
Preto, A última Ceia no Colégio do Caraça, e
outras obras em Bom Jesus dos Matozinhos e
Mariana.
formação de núcleos povoadores na
região do Sul de
Minas, distante da
região mineradora,
inclusive a conhecida como “Sertões
do Jacuhy”, foi impulsionada por estes problemas surgidos na região mineradora. Era necessário e urgente para a
elite e para Portugal encontrar uma
nova fonte de economia.
Integrante do movimento da
Inconfidência Mineira, o literato
Cláudio Manuel da Costa também
exercia o cargo de secretário do
governo e compunha com Alvarenga Peixoto, Padre Rolim, Alvarez Maciel e outros uma verdadeira oligarquia inserida na
estrutura de poder, mas descontente com a perda de privilégios e com o aumento de
impostos pela Coroa.
Em 1764, Cláudio
Manuel da Costa acompanhou a primeira excursão do
governador Geral da Capitania de Minas Gerais, Luiz
Diogo Lobo da Silva, pelos
“Sertões do Jacuhy”. A
principal conseqüência
dessa primeira penetração
oficial do poder político
na nossa região foi a figuração dos
Sertões do
Jacuhy, terras
à margem esquerda do Rio
Grande, nos documentos
estatais.
Após o desenrolar do movimento da Inconfidência Mineira de
1789, liderado por Tiradentes e inspirado no iluminismo norte-americano, iniciaram-se as investigações
judiciais e uma caça aos maus pagadores de impostos e inimigos da
Coroa portuguesa: os Autos da
Devassa.
O ambiente inseguro das cidades mineradoras, principalmente em
Ouro Preto, a procura de outros veios
de ouro, de terras para plantio e de
formação de expedições de extermínio
dos quilombos que se formaram no sertão mineiro foram os propulsores do
avanço do povoamento para o interior,
na região dos “Sertões do Jacuhy”.
A Metrópole incentivou prontamente o movimento de expansão e
assim, a nossa região foi ficando habitada oficialmente, ou seja, o descendente europeu branco chegou.
“Sertões
do Jacuhy ”
A Associação dos Historiadores dos Sertões do Jacuhy reúne historiadores de várias cidades da região que, através
de reuniões periódicas em parceria com o laboratório de História da FESP, sob a liderança
do Prof. Antonio Teodoro Grilo, realizam estudos aprofundando o conhecimento da região denominada “Sertões do
Jacuhy”: “uma formação histórica regional complexa que
resultou de um movimento igualmente complexo de ocupação.”
Estes historiadores têm acumulado análises importantes sobre a nossa história regional.
11
Antes, o que havia aqui na região?
Rio Grande
inexplorado e
descrevendo
entre nossas
montanhas
suas curvas sinuosas, matas
virgens, mato grosso de um verde
escuro no qual sobressaíam em grande profusão, (...) o jequitibá, as perobas e o bálsamo, (...) o jacarandá2,
natureza belíssima e montanhas protegendo tamanhas belezas.
Havia índios caiapós
que
viviam
principalmenUma parte do Caminho
te
da
caça
e da pesca e
do Desemboque ainda pode
ser percebida, como nos enque chamavam o Rio
sinou o Prof. Antonio TeodoGrande de Jeticay. Tamro Grilo. Se imaginarmos
bém existiam vários quiuma linha em diagonal de
lombos que eram comunileste a oeste descendo do
dades de negros fugidos
cemitério, avançando pela
das áreas mineradoras.
árvore de Santa Bárbara
Na região das Minas,
em direção à Rua Cristiano
muitos escravos fugiam
Stockler, passando pela Prados trabalhos forçados da
ça da Matriz, descendo pela
mineração e outros alforRua Santo Antônio e subindo
pela Avenida da Penha na diriados embrenhavam-se
reção dos estados de Mato
nas matas, seguindo os
Grosso e Goiás.
rios e formando vários arraiais famosos como o do
12
“Zundú, o Dumbá, o da Ventania e o
da Canastra.” ·.
O neto de Bartolomeu Bueno
do Prado informou em uma petição
de 1800, para o governo de Minas
Gerais, que estavam “os negros fugitivos, aquilombados e acastelados
no vasto Sertão do Jacuí “3.
O governo tinha interesse em
acabar com os quilombolas e com os
índios para garantir a posse da terra.
Ainda havia os paulistas que queriam
dominar oficialmente a região à margem esquerda do Rio Grande. Foi por
isso que a primeira expedição oficial chegou por aqui em 1764.
Nesse tempo, os negros que resistiram e os brancos pobres e marginalizados iniciaram umas faisqueiras
no córrego Bonsucesso, que corta a
cidade a partir da Barrinha, porém o
ouro era muito pouco. Surgiram as
primeiras taperas e o primeiro comércio que sobrevivia dos aventureiros
das Minas Gerais que, através do Caminho do Desemboque, que passava
por aqui, pretendiam chegar até Goiás
para explorar outros veios de ouro.
A partir do trabalho frustrado de
busca de ouro, surgiu um vilarejo e uma
capela erguida em louvor a Santo Antônio e situada na rua que hoje conserva
o mesmo nome. No entanto, não se
sabia ao certo se o vilarejo pertencia à
Província de São Paulo ou de Minas
Gerais, devido à divergências entre a
Igreja e o Estado. Para a Igreja, pertencíamos ao Bispado de São Paulo.
Mais e mais famílias foram chegando, principalmente após a Inconfidência Mineira: Freitas, Vieiras, Lopes, Carvalhos, Barbosas foram os
primeiros que adquiriram e/ou apossaram-se das terras da região. O primeiro registro de terra data de 22
de setembro de 1806.
A vida desses desbravadores não
era fácil. Chegavam trazendo a família e carregando toda a parafernália necessária para o desbravamento:
enxadas, foices, machados, tropas, escravos, etc. Faziam um traçado para
construir a casa, o rego d’água , o
monjolo, o paiol, o rancho, as senzalas, os currais, as cercas e iniciavam o serviço, que era muito pesado e demorado. O tempo foi passando, as fazendas foram desbravadas,
as famílias aumentando e o povoado
desenvolvendo-se.
200 anos
O livro “1808”, de Laurentino
Gomes, relata: “Encurralado
entre as duas maiores potências econômicas e militares da
época, D. João tinha pela frente duas alternativas amargas e
excludentes. A primeira era ceder às pressões de Napoleão e
aderir ao Bloqueio Continental.
A segunda, aceitar a oferta dos
aliados ingleses e embarcar
para o Brasil, levando junto a
família real, a maior parte da
nobreza, seus tesouros e todo o
aparato do Estado.”
D. João optou pela fuga e a
chegada da família real no Brasil, com suas histórias pitorescas, mudou definitivamente a
História do Brasil. Vários pesquisadores estão estudando e
revendo esta fase da nossa história para comemorar os 200
anos do fato.
A partir de 1808, com a vinda
da família real portuguesa e com o processo de independência, o Brasil transformou-se num estado livre, monárquico e interessado em oficializar as
terras ocupadas.
O Estado facilitou ainda mais para
quem quisesse embrenhar-se pelos sertões. Assim, a partir do início do século XIX, vieram da região de Candeias
mais famílias com sobrenomes de
Abreu e Lemos.
O povoado cresceu e mais fazendas foram formadas. A terra era
favorável à agricultura, havia a proximidade vantajosa com o Rio Grande
e com as províncias de São Paulo e
do Rio de Janeiro. Nessa época, os
fazendeiros perceberam a necessidade de demarcar suas terras para assegurar a posse. Vários conflitos se
desenrolaram: muita gente matou e
muita gente morreu porque não queria abandonar suas casas e terras.
Os habitantes do arraial também foram afetados, pois não havia
documentos oficiais que comprovassem a posse dos seus terrenos.
Os grandes fazendeiros, aproveitando-se da situação privilegiada,
foram demarcando com mais facilidade seus domínios. Quando começaram este movimento de demarcação perceberam que o arraial estava
justamente dentro de duas fazendas:
a Brandões, de Domingos de Souza Vieira, e a Bom Sucesso, de Joaquim Lopes da Silva. Como não havia um poder político constituído, os
dois fazendeiros conflitantes tiveram
como mediador João Pimenta de Abreu
para resolver a contenda.
Após várias conversas, oficializaram a doação do terreno, onde
era o arraial, para a formação do
patrimônio urbano e religioso.
O documento desse ato perdeu-se e, em 1854, várias testemunhas assumiram como verdadeira a
doação, oficializando o núcleo formador da cidade.
A capelinha de Santo Antônio
estava pequena e Domingos Barbosa Passos, o curador, resolveu construir uma capela maior que pudesse
ser curada, ou seja, ter um padre
permanentemente rezando missas e
batizando. A capela nova foi dedicada ao Senhor dos Passos, que se
tornou o padroeiro da cidade.
13
O Hino à Passos,
melodia composta
por José Negrinho e
letra de Francisco
Soares de Mello
canta esta fase da
nossa história:
O Patrimônio do Senhor Bom
Jesus dos Passos, assegurado através das doações dos fazendeiros,
deu importância política ao arraial,
que passou a existir legalmente com
a instalação de um Juizado de Paz
em 1831.
“Escondida entre
vales e montanhas”,
aos fecundos
abraços
do Rio Grande ,
tua prole multíplice
se expande,
sob as bênçãos
do Bom Jesus
dos Passos”4
Quer saber mais?
Os quilombos
Nossas árvores
Os negros africanos foram trazidos
para o Brasil provenientes principalmente de dois grupos os bantos
bantos, capturados
na África equatorial e tropical provenientes do Congo, Guiné e Angola, e os sudaneses
daneses, vindos da África ocidental,
Sudão e norte da Guiné.
Não aceitaram a situação deseumana que lhes foi imposta e, desde o
inicio do processo resistiram bravamente à escravização através de fugas isoladas, do suicídio, do aborto provocado
pelas mães, do banzo (nostalgia que fazia o negro cair em profunda depressão
levando à morte).
A mais eficiente e temida resistencia foram os quilombos que eram aldeamentos de negros que fugiam dos
A nossa região e suas madeiras nativas: a peroba o bálsamo e o jacarandá
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
16
latifúndios, passando a viver comunitariamente. O maior e mais duradouro foi
o quilombo dos Palmares, surgido em
1630 em Alagoas, estendendo-se
numa área de 27 mil quilômetros quadrados até Pernambuco. Desenvolveuse através do artesanato e do cultivo
do milho, feijão, mandioca, banana e
cana-de-açúcar, além do comércio com
aldeias vizinhas.
A fazenda
Livros:
ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e Minas, S.Paulo, 2ª ed.citado em Mello e Souza,
MELLO E SOUZA, Laura de, Desclassificados do ouro:
a pobreza mineira do século XVIII, RJ, Graal, 2ª ed,
1986.
NORONHA, Washington, História da cidade de Passos, do Senhor Bom Jesus dos Passos, vol. 1.
GRILO, Antonio Theodoro, História Social de Passos,
Editora São Paulo, 1990
Outros:
http://www.mgquilombo.com.br
Hino à Passos, melodia composta por José Negrinho
e letra de Francisco Soares de Mello
EXPEDIENTE
Especial editado pelo Jornal Folha da Manhã e Fundação de
Ensino Superior de Passos - FESP
JORNAL FOLHA DA MANHÃ
Carlos Antônio Alonso Parreira - Diretor Jornalístico
Maria das Graças Lemos - Diretora Comercial
FESP/UEMG
Profº Fábio Pimenta Esper Kallas - Presidente do Conselho
Curador
EDIÇÃO
EDIÇÃO:: Carlos Antônio Alonso Parreira/ Profª Selma Tomé
PESQUISA E REDAÇÃO: Profª Leila Suhadolnik
CONSUL
TORIA
CONSULT
ORIA:: Profº Antônio Theodoro Grilo
REVISÃO: Profº José dos Reis Santos
IMA
GENS E FO
TOGRAFIA
IMAGENS
FOT
OGRAFIA:: Profº Diego Vasconcelos
PROJET
O GRÁFICO/MONT
AGEM: Profª Heliza Faria
PROJETO
GRÁFICO/MONTA
Fascículo 01/10 - Abril de 2008
As casas das fazendas eram construídas perto de rios e um braço deste
rio sempre passava pela porta dos fundos
para ser usado na lida da casa, para lavar
as vasilhas, a roupa e facilitar a limpeza.
A água era aproveitada para fazer
funcionar um monjolo, engenhoca indispensável usada para triturar os grãos de
milho e fazer o fubá, socar o amendoim
para preparar pés-de-moleque e outras
delícias da culinária mineira.
O paiol era o local coberto onde
se estocava o milho depois da secagem.
O milho era estocado com a palha que
protegia os grãos. O milho era usado
para alimentar porco e galinhas e a sua
palha era usada para encher os famosos
“colchões de palha”, para ajudar a acender o fogo do fogão à lenha, e até para
fazer amarrilhos de uma pamonha ou de
um embornal.
Peroba
Peroba: É
uma árvore de
grande porte,
e no passado
foi muito procurada pela
qualidade da
madeira. Muitos fazendeiros tinham o
costume de
preservar uma
peroba adulta
no meio do
pasto para
aproveitamento futuro da
madeira, e isto contribuiu para a existência de exemplares muito antigos.
Peroba
Bálsamo:
Comum ao
Cerrado e na
região da Floresta Atlântica,
tem seu nome
devido ao
cheiro
peculiar nas
folhas
e frutos. Bastante rústico, tem floração amarelada que cobre toda a árvore, por volta de Junho a Julho.
Jacarandá:
Empregado na
marcenaria,
como o
nosso
palixandre. Variedade escuro, avermelhado e o
cabiúna, superior aos outros.
Download

suplemento 150 anos