OBSERVAÇÃO E REFLEXÃO DE ESCOLAS INCLUSIVAS NO DISTRITO FEDERAL
Ludmila Natasha Guimarães Cambui
Licencianda em Matemática
Universidade Católica de Brasília
Orientador: Profo Dr. Ailton Paulo de Oliveira Júnior
RESUMO
Através de visitas em algumas escolas inclusivas de Taguatinga, foram realizadas observações nas aulas de
matemática, com o objetivo de analisar como são ensinados os conteúdos nas aulas de matemática, os recursos
pedagógicos utilizados, o relacionamento entre o professor e os alunos e dos portadores de necessidades
especiais com os demais alunos, dentre outros aspectos relevantes à proposta da inclusão. Assim, foi possível
perceber a inclusão efetiva e que algumas escolas com muito trabalho põem em prática enquanto outras são
conhecidas como inclusivas, mas a realidade mostra o contrário.
Palavras-chave: escola inclusiva e ensino da matemática.
1. INTRODUÇÃO
Os direitos básicos de um cidadão, como o lazer, a educação e o trabalho nem sempre foram
uma realidade na vida das pessoas portadoras de deficiência. Entretanto, a discriminação
sempre esteve presente nas relações pessoais dessas pessoas, tanto em casa como na
sociedade em geral, levando-os a serem considerados incapacitados para freqüentar alguns
ambientes, como por exemplo, a escola.
Nesse contexto, na década de 60 ocorreu a abertura de diversos centros especializados no
atendimento das pessoas com algum tipo de deficiência. A segregação continuou até que a
integração das pessoas com necessidades especiais em classes comuns começou a se tornar
realidade. Mas esta integração necessitava de uma contrapartida do aluno com deficiência.
Logo, se este não conseguisse acompanhar o ritmo das classes comuns, teria que ser
encaminhado às classes especiais, desse modo a segregação ainda se mostrava presente.
A trajetória da educação especial teve seu percurso alterado na década de 90 com a inclusão
dos portadores de necessidades especiais no cotidiano das escolas regulares. Na inclusão
acontece o contrário da integração, pois a escola se prepara, tanto fisicamente como
pedagogicamente para receber estes alunos especiais. Este avanço a nosso ver, já estava
resguardado pela lei desde a Constituição Brasileira de 1988, pois garante a todas as pessoas a
mesma oportunidade de freqüentar uma escola. As pessoas com alguma deficiência poderão
ter atendimento educacional especializado, mas de preferência que este atendimento seja
realizado nas escolas regulares.
Atualmente as escolas estão em um período de transição, pois onde a integração ocorria, estão
se tornando inclusivas. Segundo Sassaki (1997) nem todas as pessoas deficientes necessitam
que a sociedade seja modificada, pois alguns estão aptos a se integrarem nela assim mesmo.
Mas outras pessoas com necessidades especiais não poderão participar plena e igualmente da
sociedade se esta não se tornar inclusiva.
A Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes aprovada na Assembléia Geral das Nações
Unidas em 1975 que influenciou a constituição de 1988, afirmou que “as pessoas deficientes
têm o direito inerente de respeito por sua dignidade humana. As pessoas deficientes, qualquer
que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos
fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito a
desfrutar de uma vida descente, tão normal e plena quanto possível”.
De maneira mais ampla, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 1, aborda o
tema deste modo: “todos os seres humanos nascem livres e são iguais em dignidade e
direitos”. Esta declaração afirma ainda que “o esforço rumo a uma sociedade inclusiva para
todos é a essência do desenvolvimento sustentável”.
De acordo com a Declaração de Salamanca (1994) o desafio que confronta a escola inclusiva
é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de
bem sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagens
severas. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de
prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças: o estabelecimento de tais escolas é
um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades
acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva.
Em uma sala de aula de escola regular pode-se perceber a diversidade existente: cada aluno
tem o seu tempo para aprender, alguns aprendem mais rápido outros nem tanto, alguns são
mais participativos, outros mais retraídos, contudo todos têm um potencial a ser desenvolvido.
Segundo Meneghetti (2004), estar em sala de aula é um exercício de entrega de si, das suas
coisas, dos seus valores. Entrega de si e para o outro, que pode oferecer tudo isso em troca ou
não, entrega para tantos outros e outras, com tantos eu’s dentro de si que a trama dessas
relações se potencializa infinitamente. Há tantas histórias de vida na sala de aula que estas
histórias não cabem em seus sujeitos. Há mais sujeitos, porque há inúmeras interpretações
dessas histórias... significados diferentes para elas. Dois ou três ou mais significados... e
porque há muitos sujeitos dentro de cada sujeito... Há, portanto diferenças.
A escola inclusiva deveria ser chamada de escola para todos, pois esta sim está aberta
totalmente para que qualquer pessoa possa ter uma educação digna sem ser necessário estudar
em uma “escola especial”. Uma escola que abriga as diferenças e se enriquece com elas, não
somente o lugar, mas as pessoas envolvidas nesse processo são transformadas, mesmo que no
início haja um pouco de ansiedade, medo diante do “novo”. Assim, com o objetivo de ter um
contato com a realidade atual das escolas inclusivas, foram realizadas visitas a algumas
escolas onde a inclusão está ocorrendo. Nestas visitas pôde-se verificar o andamento da
inclusão dos portadores de necessidades especiais (PNE) nas anteriormente chamadas escolas
regulares, levando em consideração as relações: do professor com o aluno, do aluno com
outro aluno; da forma como é transmitido o conteúdo nas aulas de matemática, os recursos
pedagógicos utilizados nas aulas, dentre outros aspectos considerados importantes.
A Escola Dr. Alfredo José Balbi, segundo seu site disponibilizado na internet, localizada em
Taubaté, São Paulo, é um exemplo de como a inclusão pode dar certo quando toda a escola
trabalha junta com um mesmo objetivo. Logo a “meta principal da escola no atendimento dos
alunos com necessidades especiais é assegurar condições para o acesso e permanência dos
mesmos através das seguintes ações à curto prazo:
a) flexibilidade do processo ensino-aprendizagem de modo a atender às diferenças
individuais;
b) adoção de currículos flexíveis e propostas curriculares diversificadas para atender a todos e
propiciar seu desenvolvimento em função de suas possibilidades e diferenças individuais;
c) auxílio aos educadores para a efetivação de sua tarefa através de estudos de documentos,
sugestões de leituras, dinâmicas organizadas pelos serviços de orientação educacional e
psicológica, troca de experiências entre os docentes e reuniões com equipe escolar; e
d) envolvimento de toda comunidade escolar no processo de inclusão através de reuniões com
equipe de apoio pedagógico”.
No site da Escola Dr. Alfredo José Balbi, também se encontra uma justificativa relevante
sobre as necessidades das pessoas portadoras de deficiências, “A expressão necessidades
educacionais especiais pode ser utilizada para referir-se a crianças e jovens cujas necessidades
decorrem de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender. Está associada,
portanto, a dificuldade de aprendizagem, não necessariamente vinculada a deficiência(s)”.
Desse modo as pessoas com algum tipo de deficiência podem ser chamadas de portadores de
necessidades especiais, como mencionado anteriormente, sem serem usados tratamentos
pejorativos como antigamente acontecia.
No município de Diadema, localizado na região metropolitana de São Paulo, tem-se outro
exemplo da inclusão sendo trabalhada. Neste município, o programa de inclusão foi
implantado em 1993 e atendia 43 crianças e no ano de 2000 já atendia 560 crianças, jovens e
adultos inseridos na escola regular. Segundo Laczynski e Spink (2000), o Centro de Atenção à
inclusão Social de Diadema, órgão coordenador do Programa, tem mostrado que o município,
com poucos recursos financeiros, mas com vontade política, é capaz de implantar um
programa de educação inclusiva para portadores de deficiência, abrangendo não só um
trabalho educativo, mas também projetos culturais, esportivos e na área da saúde. A inserção
social abrange, além do trabalho direto com os portadores de deficiência, a sensibilização da
sociedade em relação ao tratamento que deve ser dado a esse público.
A inclusão é um assunto que é bastante divulgado e estudado tanto nos meios de comunicação
como em trabalhos acadêmicos. Nos trabalhos de conclusão de curso de Licenciatura em
Matemática da Universidade Católica de Brasília, mostram a importância que esse tema tem
na comunidade acadêmica. Pereira (2005) propõe um jogo da memória que utiliza o programa
bilíngüe, associando o português a Libras e liga a representação gráfica, a partir das palavras
relacionadas, enquanto Araújo (2005) trata de como ocorre a inclusão dos Deficientes Visuais
e o ensino da matemática nessas classes.
Outro trabalho relevante, é o de Costa (2005), que retrata a inclusão nas escolas e seus
reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem em matemática de alunos com
deficiência mental no Distrito Federal, através de entrevistas com alunos, professores e
diretores. Apesar do trabalho ser mais focalizado nos alunos com deficiência mental, comenta
também sobre alunos com outras deficiências. Nas entrevistas, quando perguntados sobre a
opinião que tinham sobre a inclusão nas escolas, duas opiniões se destacaram apesar de
contrárias:
• “Não concordo, porque o aluno de ensino especial perde muito espaço, perde a
explicação do professor”;
• “A respeito da pergunta, sou favorável, sim, acredito na inclusão e acho que em pleno
século XXI não deveria mais existir escolas onde ficam só alunos especiais, o espaço
escolar sem dúvida nenhuma é o principal em relação a educação, e por que o aluno ter
que ficar separado do aluno de ensino regular”.
Analisando essas opiniões pode-se observar a necessidade da reflexão sobre os princípios da
inclusão social que são citados a seguir. A conscientização e os princípios inclusivos precisam
ser trabalhados dentro do ambiente escolar para que a inclusão seja eficiente em sua proposta.
2. O COTIDIANO DA NOVA ESCOLA
Os princípios básicos da inclusão social, segundo Veríssimo (2001):
•
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•
•
Aceitação das diferenças individuais;
Valorização de cada pessoa;
A convivência dentro da diversidade humana;
A aprendizagem através da cooperação.
Acreditamos que estes princípios devem estar presentes na educação inclusiva que de forma
gradual está se tornando realidade nas escolas de todo o Brasil, pois enriquecem as relações
dos cidadãos brasileiros. Concordamos com a Declaração de Salamanca (1994) quando expõe
que a não segregação abre espaço para que todos os alunos aprendam juntos, sempre que
possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter.
Na Escola Classe 6 de Taguatinga, uma das escola visitadas e observadas neste trabalho, para
conscientização de alunos, pais e funcionários, são afixadas frases pelos corredores e nessas
frases duas palavras se destacam pela importância que revelam sobre a escola inclusiva: Nova
Escola. Esta denominação mostra o que realmente é a escola inclusiva, pois está alicerçada
em novos valores e que deixa para traz a velha escola que ficou ultrapassada e que não tem
mais espaço na atualidade. Para Mantoan (2005), em uma entrevista à Revista Nova Escola,
na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina:
respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa.
Refletindo sobre a inclusão, Sassaki (1997) enfatiza que:
“Além disso, uma sociedade inclusiva vai bem além de garantir apenas espaços
adequados para todos. Ela fortalece as atitudes de aceitação das diferenças individuais
e de valorização da diversidade humana e enfatiza a importância do pertencer, da
convivência, da cooperação e da contribuição para todas as pessoas podem dar para
construírem vidas comunitárias mais justas, mais saudáveis e mais satisfatórias.”
Segundo Sato, Cardoso e Tolocka (2002) algumas atitudes devem ser tomadas para que a
inclusão acontece de forma efetiva nas escolas, sendo elas:
•
realizar ações que propiciem mudanças na sociedade, para que todas as pessoas
possam participar plenamente;
•
•
•
•
•
Apresentar oportunidades para que os alunos com necessidades especiais tenham um
convívio com os demais alunos, para o crescimento de todos os envolvidos
Eliminar a discriminação em relação aos alunos portadores de deficiências, revelando
a possibilidade da inclusão e a convivência harmoniosa entre todos;
Adaptar currículos, de modo a deixar os conteúdos mais significativos para as relações
de ensino-aprendizado;
Adaptações arquitetônicas, para que os ambientes escolares sejam acessíveis para
todas as pessoas;
Criar grupos multidisciplinares dentro da escola e promover a capacitação de todos os
funcionários.
O cotidiano de uma escola é bastante complexo. Cada dia letivo tem suas particularidades,
logo um dia jamais será igual ao outro. Assim, foram observadas as seguintes escolas de
Taguatinga: Centro de Ensino Fundamental 04, Escola Classe 06 e Centro Ensino Médio 06,
com o objetivo de saber como a inclusão está ocorrendo e quais as respostas dos envolvidos
nesse processo diário.
2.1. Observação do Processo Inclusivo no Centro de Ensino Fundamental 04 de
Taguatinga
O Centro de Ensino Fundamental 04 de Taguatinga foi a primeira escola visitada. Nesta
escola acontece a inclusão de alunos com deficiência auditiva (DA), sendo que um deles
apresenta deficiência mental leve. Os alunos são inclusos somente nas aulas de inglês, artes,
educação física e projetos, sendo que nas demais disciplinas (português, matemática, história,
geografia e ciências) eles são atendidos nas salas de recurso. As salas de recurso são as salas
onde os alunos com deficiência têm suporte de uma professora que está preparada para suprir
as dificuldades presentes nas matérias cursadas pelos alunos inclusos na escola.
Segundo Telma, a professora de matemática da sala de recurso, a inclusão tinha anteriormente
sido total, porém o rendimento estava baixo e para resolver este impasse, a cerca de dois anos
acontece à inclusão parcial, onde os alunos portadores de necessidades especiais estão semi
segregados, isto é, eles estão inclusos somente em algumas disciplinas, as citadas
anteriormente. Nas disciplinas que estão inclusos eles têm o suporte de uma professora,
entretanto alguns professores da disciplina se sentem desconfortáveis com a presença desta
professora e quando a aula é somente de passar exercício no quadro, dispensam-na e quando
acham que sua presença se faz necessária solicitam-na. Os alunos deficientes auditivos estão
em sala de aula no período vespertino e no matutino podem tirar dúvidas na sala de recursos
das matérias em que eles estão inclusos.
A formação dos professores que atendem os deficientes é um pouco precária, pois faltam
cursos de aperfeiçoamento de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e no decorrer das aulas
de matemática foi possível notar a dificuldade que a professora tem de ministrar as aulas por
não dominar a linguagem de sinais, o que dificulta o diálogo entre a professora e a turma.
Segundo a professora, outro fator que agrava essa situação é que durante o ano em que
começam a trabalhar com esse público, iniciam o curso de LIBRAS, entretanto o aprendizado
não ocorre somente fora de sala ou durante os cursos, mas ocorre também dentro de sala de
aula com os alunos, pois quando alguém conhece um sinal novo transmite para o que não
sabe.
Nas salas de recursos existem deficientes auditivos totais que não escutam som nenhum e os
deficientes auditivos parciais, que têm uma sensível perda da audição. Os alunos que se
comunicam normalmente e através de sinais são deficientes auditivos parciais e escutam com
um pouco de dificuldade, enquanto que os outros alunos, que são deficientes auditivos totais,
se comunicam exclusivamente através de sinais. Durante as aulas de matemática os alunos são
dispersos e conversam muito, sendo necessária a intervenção da professora para que estes
prestem atenção. A metodologia de ensino utilizada pela professora é baseada na transcrição
do conteúdo do livro para o quadro e em seguida ela tenta explicar falando e utilizando os
sinais quando os conhece, utilizando sinônimos ou trocando conhecimentos caso algum aluno
saiba o sinal referente àquela palavra. Nestes momentos existe um pouco de dificuldade de
comunicação devido à falta de preparo da professora. Na correção dos exercícios a professora
destina cada questão para um aluno e este faz no quadro, quando há alguma dificuldade a
professora intercede, auxiliando os alunos na solução dos exercícios.
2.2. Observação do Processo Inclusivo na Escola Classe 6 de Taguatinga
Na Escola Classe 6 de Taguatinga, são atendidos alunos com deficiência física, mental e
visual. Nesta escola se encontra a biblioteca Braille Dorina Nowill, onde se encontram
diversos livros em Braille que podem ser consultados pelos alunos da escola e visitantes, e
uma sala de recursos fornecendo materiais que utilizam o Braille como: impressoras,
máquinas de escrever, computador com o programa Braille Fácil, além do Soroban. Nesta sala
são adaptadas as provas de diversas escolas que tem deficientes visuais além de auxiliar
alunos no período contrário à aula. Segundo Cléia, uma das professoras da sala de recurso, os
professores são muito acomodados e não se interessam no aperfeiçoamento com cursos que a
Secretária de Educação oferece, além de dificultar o acesso às provas para serem adaptadas.
Também não trabalham com o Soroban, que é um recurso muito importante para a
matemática, onde são trabalhadas todas as operações numéricas. Somente na sala de recurso é
que os deficientes visuais têm contato com este recurso. O Soroban é o nome dado ao ábaco
japonês. Tipicamente, o ábaco é construído de vários tipos de madeira e vem em vários
tamanhos. O frame do ábaco tem uma série das hastes verticais em que um número de contas
de madeira é permitido deslizar livremente. Um feixe horizontal separa o frame em duas
seções, sabidas como a plataforma superior e a plataforma inferior. Este recurso sofre
algumas modificações para ser trabalhado com os deficientes visuais, pois as contas podem
ter texturas diferentes e o seu deslizamento não ser livre como o de um soroban convencional.
Estes alunos utilizam o soroban através do tato.
Foi observada uma turma de alfabetização, onde Bárbara, deficiente física, estava inclusa. O
relacionamento da turma com Bárbara é bastante descontraído, tanto que ela esta sempre
conversando com os colegas. A professora Vânia é bastante atenciosa com Bárbara e também
com toda a turma, porém não deixa que a autonomia dela seja anulada. Somente em algumas
situações a professora a auxilia em sua locomoção pela escola, devido à existência de
barreiras arquitetônicas: pisos mais inclinados e a diferença entre o piso do pátio e o piso da
sala de aula, são exemplos de barreiras encontradas pela aluna para sua livre circulação na
escola. As atividades desenvolvidas durante a aula foram planejadas para todos os alunos
participarem, sendo que em nenhum momento Bárbara foi excluída, até mesmo quando a
professora solicitou que os alunos deitassem no chão para que ela contasse uma estória, lá
estava Bárbara no chão deitada e não parava quieta. Durante o recreio da turma, Bárbara
passeou com suas inúmeras amigas que a ajudavam na locomoção. Um aluno de outra sala
ameaçou de bater nela e para resolver esse conflito a diretora chamou a mãe do garoto para
uma reunião. Antes da hora do lanche a prima de Bárbara trouxe lanche para ela, e com esse
fato mostra-nos a preocupação da família, tanto que na hora da saída dos alunos lá estava a
mãe de Bárbara para buscar a filha e conversando com a professora, demonstrando que existe
comunicação de ambas as partes e que a mãe participa da educação da sua filha.
A professora Vânia nos dias observados trabalhou a matemática através de colagens e palitos
de picolé. Na representação de quantidade, mais especificamente o número 7, os alunos
recortavam de revistas a quantidade de objetos, pessoas, dentre outras coisas pedida pela
professora, e também com auxílio da mesma, representavam a forma do número 7 com os
palitos de picolé além de formas que surgissem com os três palitos que cada aluno tinha. A
idéia de quantidade também foi trabalhada em grupo quando a professora entregava dois
palitos para cada membro do grupo e solicitava que eles representassem o número 7, desse
modo também eram trabalhadas as operações de soma e de subtração, além da importância de
se trabalhar em grupo.
Na escola há também uma turma de alfabetização que é exclusivamente de alunos com
deficiência mental, sendo que entre eles há um aluno com Síndrome de Down. Segundo a
professora Rosa, todos têm dificuldade de aprendizagem, sendo que em alguns dias avançam
mais e noutros o trabalho fica estagnado. No dia observado, os alunos estavam agitados,
alguns trocavam ofensas entre si e arrotavam achando graça, sendo necessário que a
professora chamasse a atenção deles, entretanto o comportamento não se alterava. Contudo a
professora relata que eles são bastante sociáveis, levando em consideração o início do ano
letivo. O aluno portador de Síndrome de Down tem problemas de relacionamento com as
meninas da classe, pois ele gosta de beijá-las nas mãos e no rosto gerando aversão, este
problema é tanto que na hora do recreio a professora fica com ele. A concentração deles é
mínima, tanto que após o intervalo, a turma foi levada para a sala de vídeo para assistir a um
desenho, porém eles ficaram dispersos, brincando e saindo continuamente da sala. Os pais são
bastante preocupados e buscam os alunos na hora da saída, reservando um tempo para
conversar com a professora. A professora desabafa que o que mais a aflige são os pais dos
alunos que a cobram muito pelo aprendizado de seus filhos e quando percebem que eles não
estão avançando ficam deprimidos. Às vezes a professora é um pouco agressiva com alunos
para que estes fiquem mais disciplinados.
A turma A de 4ª série tem dois alunos com necessidades especiais: um aluno tem baixa visão
e o outro tem deficiência mental. O aluno que tem baixa visão, mesmo usando óculos,
enxerga somente quando o seu material de estudo está ampliado, caso ocorra do aluno
receber, por exemplo, um bilhete com a letra reduzida ele usa uma régua especial que amplia
o texto e apesar de receber os materiais da aula ampliados, mesmo assim encosta os olhos
bem perto das folhas. O aluno que tem deficiência mental, segundo a professora Ivete, é
hiperativo deprimido, isto é, para que ele realize as tarefas é necessário que a professora lhe
dê mais atenção, pois ele se dispersa facilmente. A professora se preocupa em preparar
previamente o que será trabalhado em sala de aula, preocupada especialmente com o aluno
com baixa visão, fazendo pedido na sala de recurso por materiais adaptados para que o aluno
participe de todas as atividades. O relacionamento entre, a professora e os alunos, é bastante
cordial, sendo que todos os alunos têm o mesmo tratamento. O relacionamento entre os alunos
é bastante amigável, gerando conversas paralelas, exceto do aluno com baixa visão que
sempre está atento às tarefas. Até mesmo no intervalo ele fica um pouco isolado dos colegas,
conversando somente com um aluno de outra turma que tem deficiência visual.
A professora Ivete relata que os seus alunos que tem necessidades especiais não têm
dificuldades de aprendizado e que o único material adaptado que usa são as ampliações. Ela
também fala do aluno com baixa visão e seu interesse nas aulas e tarefas, achando curioso que
apesar de ele ler somente através de ampliações no momento de escrever a letra é bem
pequena. Na realização de tarefas no quadro, a professora escreve normalmente e, para que o
aluno com baixa visão realize a tarefa, um colega da classe senta-se ao seu lado e o ajuda.
2.3. Observação do Processo Inclusivo no Centro de Ensino Médio 6 de Taguatinga
O Centro de Ensino Médio 6 de Taguatinga é uma escola que atende alunos do 1º ao 3º ano
do Ensino Médio. Nesta escola, segundo Eugenia que trabalha na secretaria, em quase todas
as salas de aula há a presença de alunos com necessidades especiais. Os alunos inclusos têm
deficiência auditiva, sendo que alguns alunos também têm deficiência mental leve. Nas salas
em que os alunos com necessidades especiais estão presentes além de um professor regente
existe um mediador que interpreta toda a aula na linguagem de sinais para os DA
compreenderem o conteúdo abordado. Caso os PNE tenham dúvidas com relação às tarefas ou
trabalhos escolares, no período contrário a aula, eles podem freqüentar a sala de recursos para
serem auxiliados pelos professores deste local.
As observações ocorreram nas aulas de matemática da professora Lucineide, em turmas de 1º
e 3º ano, sendo que somente nas turmas de 3º ano existem alunos com necessidades especiais.
Na turma B do 3o ano há 4 alunos inclusos que sentam-se nas cadeiras da frente e são
acompanhados pela intérprete. Devido aos alunos terem prova na semana subseqüente, a
professora Lucineide fez uma revisão do conteúdo já trabalhado e enquanto ela explicava,
quase que simultaneamente, a intérprete transmitia o assunto aos DA. Quando eles tinham
alguma dúvida a intérprete perguntava para a professora da turma e depois esclarecia aos
alunos. O respeito pelas diferenças na escola é tanto, que alguns alunos que pretendem
transmitir um recado, o fazem em um cartaz para que os alunos que não podem ouvir, o
compreendam através da leitura.
O 3º ano C foi a outra turma em que 5 (cinco) DA estavam presentes. Nesta classe a
professora trabalhou um conteúdo novo. Para tanto ela copiava a matéria no quadro negro e
pedia para que os alunos fizessem uma leitura silenciosa, pois o que estava escrevendo estava
no livro didático, e caso algum aluno desejasse poderia copiar. No momento da explicação a
intérprete ouvia atenta para que depois da explicação quando a professora passasse o exercício
de fixação para a turma, com auxílio da professora explicaria com os sinais para os DA.
Segundo Sandra, intérprete do 3º ano C, os PNE têm o mesmo rendimento que os demais
alunos e às vezes até os superam. Somente quando o aluno tem perda auditiva e algum
problema neurológico a aprendizagem se torna lenta. Apesar de ter 4 anos de experiência
como intérprete de LIBRAS, sente um pouco de dificuldade em fazer a interpretação
simultânea da explicação dos professores. Considera o melhor caminho escutar e depois
explicar para os DA. Para esta professora, quanto maior a experiência, mais fácil se torna a
tarefa de interpretar, e em relação a alguns professores ela considera que ainda tem uma longa
jornada para se tornar uma “intérprete de verdade”. Como foi o caso da professora Telma do
Centro de Ensino Fundamental 4, somente após ter sido destinada para trabalhar com esse
público é que começou a fazer cursos por conta própria e outros cursos oferecidos pela
Secretaria de Educação.
Um fato ocorrido no 3o ano C mostra que os PNE aparentemente não são vítimas de
preconceito, pois uma aluna sem nenhuma necessidade especial pediu um espelho emprestado
para uma DA, que a emprestou com um sorriso no rosto e fazendo uma brincadeira. O
relacionamento das turmas com os PNE é um pouco difícil, pois os alunos não conseguem se
comunicar com eles. Durante o período de aula eles têm os olhos voltados para frente para
não perderem nenhum detalhe, somente em alguns momentos é que conversam com os
colegas dentro de seu grupo.
O relacionamento da professora Lucineide é o mesmo com todas as turmas. Sempre atenciosa
e preocupada com aprendizado de seus alunos, questionando-os em todo momento a respeito
de dúvidas existentes. Quando passa exercício, tem o cuidado de verificar se os alunos
desenvolveram as atividades propostas. Mesmo nas salas onde os PNE estão inclusos, não há
diferença no tratamento oferecido a cada aluno.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O governo, a escola, a sociedade e os professores, trabalhando unidos, podem e devem
melhorar a situação dos portadores de deficiências, para que estes sejam inseridos na
sociedade e desenvolvam seu papel de cidadãos brasileiros. Para tanto é necessário que haja
mais campanhas de conscientização levando a um dia ser possível o fim da discriminação dos
portadores de necessidades especiais.
O envolvimento da família é um fator relevante na inclusão desses alunos, para incentivá-los e
acompanhar o desenvolvimento no dia-a-dia. Somente na Escola Classe 6 pode-se perceber a
preocupação que os pais dos alunos inclusos tem e como mantém um diálogo constante com
os professores. No Centro de Ensino 4, a professora Telma em seu discurso mostra que
mantém contato com os pais dos alunos e que estes estão preocupados no desenvolvimento de
seus filhos.
Dentro das escolas, ainda existem muitos professores que não estão capacitados para trabalhar
dentro da proposta da nova escola, muitos estão acomodados e não estão se esforçando para
que a inclusão seja plena. O governo disponibiliza cursos e nem todos os professores se
propõe a fazê-los. As constantes atualizações e a capacitação são elementos importantes na
formação dos profissionais da educação não somente pela inclusão, mas por todos os jovens
que estão no processo de formação intelectual e necessitam de educadores dedicados, pois a
inclusão necessita de muito trabalho para que sua realização seja eficaz. Assim os alunos
serão realmente incluídos e não somente colocados em classes regulares e deixados de lado.
A metodologia e os recursos pedagógicos devem ser adaptados, com o objetivo da integração
desses alunos nas atividades escolares com os demais alunos. Nas observações houve o
contato com profissionais que estavam empenhados em desempenhar da melhor forma o
papel a eles destinados. Entretanto os recursos pedagógicos no ensino da matemática são
escassos e somente nas turmas de alfabetização são utilizados recursos pedagógicos diferentes
do tradicional: quadro e giz, como a representação de quantidade e a representação dos
números através de palitos de picolé, além do uso do Soroban na sala de recurso com os
alunos deficientes visuais da Escola Classe 6. Os livros didáticos adotados pela escola, são os
meios mais utilizados pelos professores, que o seguem rigorosamente em suas aulas. As aulas
de matemática são expositivas, sendo que em seguida são passadas as tarefas aos alunos para
a fixação dos conteúdos. Podemos supor que devido os professores terem se formado através
de aulas extremamente tradicionalistas, tenham dificuldades em tornar as aulas dinâmicas,
onde o aprendizado seja realmente significativo. A falta de cursos de atualização pode ser
outro motivo pelos quais as adaptações nas aulas, tão importantes principalmente nas escolas
inclusivas, estão ficando em segundo plano.
A matemática deve ser trabalhada tanto formalmente nas exposições no quadro-negro quanto
de forma lúdica, pois os conceitos tornam-se extremamente abstratos e levam os alunos a
terem dificuldades. Devem ser considerados recursos diferenciados para que o aprendizado da
matemática seja potencializado. A relevância no uso desses recursos é tanta que para auxiliar
o aprendizado desse grupo nas escolas regulares, a Secretaria de Educação Especial lançou
em 2002 um portal de técnicas adaptadas nas diversas áreas do ensino. Neste site os
professores que estão com dificuldade em realizar atividades adaptadas para as escolas
inclusivas poderão utilizar as sugestões propostas para eliminar os obstáculos encontrados e
repensar suas metodologias no intuito de integrar todos os alunos nas atividades
desenvolvidas na sala de aula. Assim poderão com base nas técnicas disponíveis no portal,
adaptar jogos, dinâmicas entre outras atividades, que enriquecerão os momentos de
aprendizagem.
Na escola, outro empecilho encontrado para a inclusão são as barreiras arquitetônicas, que
impedem os deficientes físicos de se locomoverem livremente sem ser necessário a ajuda de
terceiros, exemplo encontrado na Escola Classe 6 em que em diversos locais uma aluna
inclusa, que se locomove através de um cadeira de rodas, precisa ser auxiliada por seus
colegas ou professores.
A deficiência no sentido de uma limitação física, motora, visual adquirida ou genética não
leva necessariamente a uma limitação intelectual. Desta forma pessoas com idéias préconcebidas podem se surpreender com a capacidade desses indivíduos. Estes deficientes
precisam de um espaço para mostrar o que podem fazer quando estimulados positivamente.
Um exemplo desse fato foi que em muitas das classes observadas as professoras relataram que
em diversas situações os PNE superaram os demais alunos, na resolução de exercícios,
terminando antes dos demais alunos da classe.
Outro fato que se destacou nas visitas às escolas foi que o Centro de Ensino Fundamental 4,
uma escola dita inclusiva, ainda mantém atitudes segregadoras, tanto em relação aos
professores que não aceitam os mediadores em suas aulas como em relação aos alunos, que
estão em algumas disciplinas, citadas anteriormente, separados nas salas de recursos. Um
exemplo da inclusão de deficientes auditivos que está dando certo é o de outra escola bem
próxima desta, o Centro de Ensino Médio 6 , onde existem mediadores em todas as aulas.
Assim, há necessidade de uma reformulação no projeto pedagógico e na capacitação dos
professores no Centro de Ensino Fundamental 4.
A classe especial na Escola Classe 4 é um exemplo de quando a inclusão não é possível de
acontecer, pois não acontece um avanço no aprendizado dessas crianças apesar dos esforços
da professora. Se inclusos, haveria dificuldade desses alunos em acompanhar uma turma de
alfabetização. Entretanto esse é um caso especifico em que é melhor para esses alunos
trabalharem em uma classe especial.
A inclusão deve ser defendida e investida como nunca foi, pois estamos em uma era digital,
num mundo globalizado, em que a modernidade faz parte do cotidiano das pessoas. A
exclusão de qualquer indivíduo é um atraso tanto intelectual quanto um retrocesso no
desenvolvimento nacional e mundial.
Tolerância, respeito e solidariedade, são atitudes importantes na busca de uma sociedade mais
justa, onde um dia todas as pessoas realmente serão iguais perante a lei e poderão gozar de
uma vida livre e mais autônoma.
Durante um curso de licenciatura, os estudantes esperam desenvolver todas as competências
necessárias para ser um bom professor, entretanto descobrem que é necessário ter experiência
em sala de aula para se tornar realmente um bom professor. É muito importante para um
futuro professor, além das experiências adquiridas durante os estágios supervisionados na
graduação, que ele conheça a educação inclusiva e saiba que possivelmente irá trabalhar em
uma escola inclusiva. Assim, com o desejo de conhecer mais sobre a inclusão e de mostrar o
que está realmente ocorrendo nas escolas inclusivas, foi desenvolvida esta pesquisa que
poderá auxiliar os futuros profissionais da educação.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Observação e reflexão de escolas inclusivas no Distrito Federal