Prof. Cezar Tchaikovski
Primeiros Socorros são as primeiras
providências (imediato) tomadas no local do
acidente.
É o atendimento inicial e temporário, até a
chegada de um socorro profissional.
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Objetivos:
Conhecer os principais aspectos do
comportamento e da conduta de um
Profissional de Educação Física que presta um
atendimento de primeiros socorros;
Conhecer os aspectos legais do socorro;
Conhecer as fases do socorro;
Saber avaliar, estabilizar, monitorar e
encaminhar a vítima ao socorro
especializado;
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Noções de Primeiros Socorros
◦ Atitudes a tomar em situações de
emergência
 facilitar o atendimento
 não agravar o estado da vítima
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- Artigo 5º e 196 Constituição;
- Artigo 135 do Código Penal Brasileiro;
- Resolução nº 218/97 do Conselho Nacional
de Saúde;
- Código de Ética dos Profissionais de
Educação Física
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Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: Da Saúde
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
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Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos,
o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
triplicada, se resulta a morte.
Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos
casos em que a pessoa não possui um treinamento
específico ou não se sente confiante para atuar, já
descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro. ( grifos
nossos)
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Resolução nº 218/97 Reconhece como
profissionais de saúde de nível superior as
seguintes categorias: assistentes sociais,
biólogos, profissionais de educação física,
enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas,
fonoaudiólogos, médicos, médicos
veterinários, nutricionistas, psicólogos e
terapeutas ocupacionais.
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URGÊNCIA - Situação onde não há risco à vida
EMERGÊNCIA - Situação onde há risco á vida
SOCORRO BÁSICO - São os procedimentos não
invasivos.
SOCORRO AVANÇADO- São os procedimentos
invasivos. Atendimento especializado e uso de
equipamentos.
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Primeiros Socorros
◦ Atendimento imediato a alguém ferido ou
doente com a finalidade de:
 Preservar a vida
 Prevenir danos maiores
◦ Após o primeiro atendimento a vítima deve
ser encaminhada para avaliaçao médica
 Tratamento – indicado e executado por
profissionais habilitados, em locais
adequados
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Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos
prestados a uma pessoa, fora do ambiente
hospitalar, cujo estado físico, psíquico e ou
emocional coloquem em perigo sua vida ou sua
saúde, com o objetivo de manter suas funções
vitais e evitar o agravamento de suas condições
(estabilização), até que receba assistência
médica especializada.
Prestador de socorro: Pessoa leiga, mas com o
mínimo de conhecimento capaz de prestar
atendimento à uma vítima até a chegada do
socorro especializado.
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Socorrista: Titulação utilizada dentro de
algumas instituições, sendo de caráter
funcional ou operacional, tais como: Corpo
de Bombeiros, Cruz Vermelha Brasileira,
Brigadas de Incêndio, etc.
Manutenção da Vida: Ações desenvolvidas
com o objetivo de garantir a vida da vítima,
sobrepondo à "qualidade de vida".
Qualidade de Vida: Ações desenvolvidas para
reduzir as seqüelas que possam surgir
durante e após o atendimento.
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Acidente: Fato do qual resultam pessoas
feridas e/ou mortas que necessitam de
atendimento.
Incidente: Fato ou evento desastroso do qual
não resultam pessoas mortas ou feridas, mas
que pode oferecer risco futuro.
Sinal: É a informação obtida a partir da
observação da vítima.
Sintoma: É informação a partir de uma relato
da vítima.
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A ressuscitação cardiopulmonar, reanimação
cardiopulmonar (RCP) ou ainda reanimação
cardiorrespiratória (RCR) é um conjunto de
manobras destinadas a garantir a oxigenação
dos órgãos quando a circulação do sangue de
uma pessoa para (parada cardiorrespiratória).
Nesta situação, se o sangue não é bombeado
para os órgãos vitais, como o cérebro e o
coração, esses órgãos acabam por entrar em
necrose, pondo em risco a vida da pessoa.
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afrouxe as roupas da vítima, principalmente
em volta do pescoço, peito e cintura;
verifique se há qualquer coisa ou objeto
obstruindo a boca ou garganta da vítima;
inicie a respiração de socorro tão logo tenha
a vítima sido colocada na posição correta.
Cada segundo é precioso.
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coloque a vítima deitada de costas sobre
superfície dura;
coloque suas mãos sobrepostas na metade
inferior do esterno com os braços estendidos;
os dedos devem ficar abertos e não tocam a
parede do tórax;
faça a seguir uma pressão, com bastante vigor,
para que se abaixe o esterno, comprimindo o
coração de encontro à coluna vertebral;
descomprima em seguida.
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Inicie a manobra com duas respirações,
depois faça 30 compressões cardíacas e
repita as duas respirações, continuando até
que o ritmo cardíaco/respiratório se
restabeleça.
De 4 a 6 minutos já pode ocorrer dano
cerebral. Após 6 minutos o dano cerebral é
praticamente certo.
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É a perda de sangue devido ao rompimento
de um vaso sanguíneo (artérias, veias e
capilares).
Toda hemorragia deve ser controlada
imediatamente. A hemorragia abundante e
não controlada pode causar a morte em 3 a 5
minutos.
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Sangramento visível;
Nível de consciência variável decorrente da
perda sangüínea;
Palidez de pele e mucosa.
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Comprimir o local usando um pano limpo.
(quantidade excessiva de pano pode
mascarar o sangramento)
Manter a compressão até os cuidados
definitivos;
Se possível, elevar o membro que está
sangrando;
Não utilizar qualquer substância estranha
para coibir o sangramento;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
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Sangramento geralmente não visível;
Nível de consciência variável dependente da
intensidade e local do sangramento.
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Sangramento pela urina;
Sangramento pelo ouvido;
Fratura de fêmur;
Dor com rigidez abdominal;
Vômitos ou tosse com sangue;
Traumatismos ou ferimentos penetrantes no
crânio, tórax ou abdome.
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Manter a vítima aquecida e deitada,
acompanhando os sinais vitais e atuando
adequadamente nas intercorrências;
Agilizar o encaminhamento para o
atendimento hospitalar.
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OBS:
AMPUTAÇÃO PARCIAL:
Controlar o sangramento sem completar a
amputação.
AMPUTAÇÃO TOTAL:
Controlar o sangramento e envolver a parte
amputada em pano limpo a ser transportada
junto com a vítima.
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Sangramento nasal visível
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Colocar a vítima sentada, com a cabeça
ligeiramente voltada para trás, e apertar a(s)
narina (s) durante 5 minutos;
Caso a hemorragia não ceda, comprimir
externamente o lado da narina que está
sangrando e colocar um pano ou toalha fria
sobre o nariz. Se possível, usar um saco com
gelo;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
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luvas de látex;
filme plástico;
papel alumínio;
compressas de gaze;
pano limpo e grosso, dobrado;
a própria mão da vítima.
Evite tocar seus lábios, nariz ou olhos durante o
atendimento;
Ao final, lave cuidadosamente as mãos com água
quente e sabão ou agente anti-séptico, use escova
para as unhas.
Lave todos os itens que tiveram sangue da vítima.
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Asfixia:
Dificuldade ou parada respiratória, podendo
ser provocada por: choque elétrico,
afogamento, deficiência de oxigênio
atmosférico, Obstrução das Vias Aéreas por
Corpo Estranho (OVACE), etc. A falta de
oxigênio pode provocar seqüelas dentro de 3
a 5 minutos, caso não haja atendimento
conveniente.
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- Atitudes que caracterizem dificuldade na
respiração;
- Ausência de movimentos respiratórios;
- Inconsciência;
- Cianose (lábios, língua e unhas arroxeadas);
- Midríase (pupilas dilatadas);
- Respiração ruidosa;
- Fluxo aéreo diminuído ou ausente.
Encoraje ou estimule a vítima a tossir;
 Caso a vítima esteja consciente, aplique 5
manobras de Heimlich.
 Caso esteja inconsciente, aplique 2 insulflações
e observe sinais da passagem do ar (expansão
de tórax); caso não haja, intercale 5 Heimlich
com a inspeção das vias aéreas para observar a
expulsão do corpo estranho, e 2 insuflações,
percebendo a parada respiratória e notando
sinais da passagem do ar, mantenha 1
insuflação a cada 5 segundos
(12 ipm) até a retomada da respiração ou chegada do socorro
especializado.
 - Para lactentes conscientes, aplique 5 compressões do
tórax intercalado de 5 tapotagens (como no desenho) e
inspeção das vias aéreas;
 - Para lactentes inconsciente, aplique duas insulflações
(somente o ar que se encontra nas bochechas) e observe
sinais da passagem do ar (expansão de tórax). Caso não
haja, intercale 5 Heimlich (como no desenho) com a
inspeção das vias aéreas para observar a expulsão do corpo
estranho, e 2 insuflações, se perceber a parada respiratória
e notar sinais da passagem do ar, mantenha 1 insuflação a
cada 3 segundos (20 ipm) até a retomada da respiração ou
chegada do socorro especializado.
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Os acidentes na água são, muitas vezes, até
mais perigosos para o resgate que os incêndios.
Aqui, há sempre o risco para quem presta
socorro à vítima.
Se você não é um salva-vidas profissional ou
não domina bem a natação, procure uma
maneira segura de resgatar a vítima. É possível
permanecer fora da água, estendendo a mão
para a vítima, ou oferecendo-lhe um pedaço de
galho, uma corda, uma bóia ou um remo. Tudo
isso pode ser a única opção para trazer a vítima
até a margem e salvá-la.
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Agitação,
Dificuldade respiratória,
Inconsciência,
Parada respiratória,
Parada cardíaca.
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Afogamento: Morte em até 24 horas após acidente
por submersão em meio líquido.
Quase-afogamento: Episódio de suficiente
gravidade após submersão que exige atenção
médica a vítima que pode evoluir com alguma
morbi-mortalidade.
Afogamento secundário:Morte decorrente de
complicações ou acidente por submersão.
Síndrome da submersão: Morte súbita,
provavelmente mediada pelo vago, devido à parada
cardíaca após contato com água gelada.
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Ao carregar a vítima, mantenha sempre sua
cabeça mais baixa que o corpo;
Deite-a sobre um cobertor ou algo parecido;
Verifique sua respiração e o pulso;
Esteja preparado para a reanimação, em caso
de parada cardíaca e/ou respiratória;
Não deixe a vítima com a roupa molhada.
Proteja-acontra a queda de temperatura.
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A morte por afogamento ocorre, geralmente, pelo
espasmo da garganta, que impede a respiração, e não
pelo enchimento dos pulmões de água, como se pensa.
Apenas uma pequena quantidade de água penetra nos
pulmões. A água que sai em grande quantidade do
paciente afogado vem do estômago, e você precisa
permitir que saia naturalmente.
Não tente forçar a água para fora do estômago. Você
pode provocar a aspiração do conteúdo gástrico para os
pulmões.
Independente do estado da vítima, mesmo que pareça
recuperada, leve-a para um hospital. O mínimo de água
que entra nos pulmões pode causar irritação com
inflamação das vias respiratórias.
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O TRAUMA É A DOENÇA QUE MAIS MATA
ENTRE 05 E 40 ANOS!
CLASSIFICAÇÃO:
FERIMENTOS
ENTORSES
LUXAÇÕES
FRATURAS
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PERFURANTES
- mecanismo de ação: ocorre por pressão.
- características: geralmente apresenta orifício
pequeno, o que dificulta a anti-sepsia e a
avaliação da extensão da lesão.
Agentes causadores: a grande maioria é de
objetos pontiagudos como pregos, tachinhas,
furadores de gelo, etc, que podem ser
encontrados fixados no local da lesão, porém,
não obrigatoriamente necessitam possuir
pontas. No entanto não podem apresentar
lâminas.
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CORTANTE
- mecanismo de ação: ocorre por
deslizamento.
- características: apresenta bordos regulares,
o que em princípio facilita a cicatrização e a
sutura. Podem possuir profundidade e
extensão variáveis.
- agentes causadores: qualquer objeto que
apresente lâmina, como faca, navalha, caco
de vidro, etc...
pode apresentar-se como: “hematomas” /
“equimoses” ou escoriações”
- mecanismo de ação: ocorrem por trauma.
- características: nos casos dos “hematomas”
e das “equimoses”, são os ferimentos que não
rompem a integridade da pele. Quando
ocorre a ruptura da pele são chamadas de
“escoriações”. Os hematomas e as equimoses
são identificados por manchas arroxeadas,
sendo que as “equimoses” são mais difusas e
os “hematomas” mais

Considera-se que todas as manchas azuladas
e / ou arroxeadas no corpo são denominadas
equimoses, mas onde puder haver coleta de
sangue, será classificado como “hematoma”.
As “escoriações” são superficiais, sangram
pouco, porém apresentam-se extremamente
dolorosas.
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perda momentânea de contato das
superfícies articulares – podem apresentar 3
graus. Ocorrem apenas em articulações.
Os graus de classificação das entorses são
referentes à extensão da ruptura dos
ligamentos, sendo conferido o 1º grau para
nível microscópico, 2º grau para nível parcial
e 3º grau para ruptura total.
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perda definitiva de contato das superfícies
articulares. Ocorrem apenas em articulações.
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solução de continuidade óssea
· fechadas - ocorre apenas a lesão óssea,
sem rompimento da integridade da pele.
- Procedimentos nas fraturas fechadas: evitar
movimentação / checar pulsos distais (só em
membros) / estabilizar / imobilizar.
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· abertas (com ou sem exposição óssea) nesses casos, além da lesão óssea, ocorre
também a ruptura da pele, porém a espícula
óssea pode estar exteriorizada ou
simplesmente ter causado a abertura na pele
e retornado para o interior.

- Sempre que ocorrer uma fratura aberta, seja com
exposição ou não, a prioridade será a hemostasia.
- Procedimentos nas fraturas abertas sem exposição:
evitar movimentação / hemostasia / checar pulsos
distais (só em membros) / cobrir o ferimento /
estabilizar / imobilizar.
- Procedimentos nas fraturas abertas com exposição:
evitar movimentação / hemostasia / checar pulsos
distais (só em membros) / cobrir o osso exposto /
estabilizar / imobilizar.
Pulsos distais nos membros superiores: gradial e ulnar
Pulsos distais nos membros inferiores: pedioso e tibial
posterior

Cuidados básicos com os ferimentos abertos
¨ antes de qualquer atitude, proteja-se. Se a
ferida apresenta sangramento, pare a
hemorragia
¨ agora, lave o ferimento com água e sabão
neutro ou preferencialmente, soro fisiológico
¨ cubra a ferida com gaze esterilizada.
¨ não use pomadas, nem qualquer outro
produto que possa causar reação alérgica

APLICAÇÃO DE GELO
Em todos os casos de lesão aberta, a
antitetânica é obrigatório! Uso do gelo. Nas
lesões fechadas o gelo não pode ser usado
diretamente sobre a pele, nem em ferimentos
abertos, mucosas, globo ocular e genitália.
Deve ser aplicado no local da lesão fechada,
envolvido em saco plástico, por 20', com
intervalos de 20' também, sendo repetida a
aplicação por três vezes.
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A remoção da vítima, do local do acidente
para o hospital, é tarefa que requer da pessoa
prestadora de primeiros socorros o MÁXIMO
DE CUIDADO E CORRETO DESEMPENHO.
ANTES DA REMOÇÃO:
- TENTE controlar a hemorragia;
- INICIE a respiração de socorro;
- EXECUTE a massagem cardíaca externa;
- IMOBILIZE as fraturas;
- EVITE o estado de choque, se necessário.
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Para o transporte da vítima, podemos utilizar:
maca, ambulância, helicóptero ou RECURSOS
IMPROVISADOS (Meios de Fortuna):
- Ajuda de pessoas;
- Maca;
- Cadeira;
- Tábua;
- Cobertor;
- Porta ou outro material disponível.
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Vítima consciente e podendo andar:
- Remova a vítima apoiando-a em seus
ombros.
Vítima consciente não podendo andar:
- Transporte a vítima utilizando dos
recursos aqui demonstrados, em casos de:
◦ - Fratura, luxações e entorses de pé;
◦ - Contusão, distensão muscular e ferimentos dos
membros inferiores;
◦ - Picada de animais peçonhentos: cobra,
escorpião e outros.
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- EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo,
durante o transporte;
- PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS
IRREPARÁVEIS ao acidentado, movendo-o o MENOS
POSSÍVEL
- SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE
UM MÉDICO na remoção de acidentado grave;
- NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a
RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a COMPRESSÃO
CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado.
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Primeiros Socorros