Que cuidados devo ter com as meias?
• Certifique-se de que o topo das meias
não está enrolado ou virado para baixo
pois isso poderá apertar excessivamente
a perna nessa zona.
• Evite usar cremes, loções ou óleos pois
podem danificar as fibras elásticas que
mantêm as meias justas à pele.
• Certifique-se de que os enfermeiros
inspeccionam a pele das suas pernas
pelo menos uma vez por dia.
Possíveis problemas do uso de meias
• Poderá ter uma reacção alérgica ao
material de que são feitas as meias.
• Poderá desenvolver alguma
vermelhidão ou pressão sobre as áreas
mais próximas de ossos.
• Poderá sofrer alterações à circulação.
O que devo fazer depois da operação?
Deve começar a movimentar-se o mais
brevemente possível após a operação. Se
não conseguir mexer-se com facilidade,
exercite as pernas na cama rodando o
tornozelo, dobrando os joelhos e mexendo
o pé para cima e para baixo em intervalos
regulares ao longo do dia.
Existe o risco de vir a desenvolver um
coágulo sanguíneo nos dias ou semanas
seguintes à operação. Correrá este risco
até regressar ao seu grau de actividade
normal. Como talvez tenha de usar as meias
quando estiver em casa, não se esqueça de
seguir as dicas de segurança incluídas neste
folheto. Poderá ter de receber injecções
ou tomar comprimidos para reduzir o
risco de coágulo sanguíneo, que deverão ser
administrados conforme receitado pelo seu
médico.
Deverá evitar viagens de longa duração nas quatro
semanas seguintes à sua operação.
Como sei se tenho um coágulo?
Se experienciar algum dos sintomas que se
seguem nos dias ou semanas seguintes à
operação, contacte imediatamente o seu
enfermeiro ou médico:
• Dor ou inchaço na perna (não associados à
cirurgia);
• Aumento da temperatura ou descoloração da
pele da perna (não associados à cirurgia);
• Dormência ou formigueiro nos pés;
• Falta de ar;
• Dor no peito, costas ou costelas que se agrava
quando inspira mais profundamente;
• Tosse com sangue;
Informação adicional
Anticoagulation Europe:
Tel.: 020 82896875
(www.anticoagulationeurope.org)
Lifeblood, The Thrombosis Charity:
Tel.: 01406 381017
(www.thrombosis-charity.org.uk)
NHS Direct:
Tel.: 08454647
(www.nhsdirect.nhs.uk)
M Coombs/Jul14/review Jul16
Reduzir o risco
de coágulo
sanguíneo
e utilização
de meias
antiembólicas
Este folheto aborda o tratamento e os
cuidados que devem ser tidos pelos pacientes
em risco de desenvolver um coágulo
sanguíneo, não só durante o internamento
hospitalar, mas também depois de
regressarem a casa. Esta informação pretende
esclarecê-lo(a) acerca das opções de cuidados
e tratamento disponíveis. Não descreve os
coágulos sanguíneos, nem os exames ou
tratamentos aos mesmos.
O que é um coágulo sanguíneo e por que
razão corro esse risco?
Durante períodos de inactividade, o sangue
tende a concentrar-se nos membros inferiores
do corpo, geralmente na parte inferior da
perna. Isto faz com que o sangue circule mais
devagar pelo corpo, o que poderá despoletar
a formação de um coágulo sanguíneo
(também conhecido como trombo). Como
tal, os coágulos são mais comuns em pessoas
imobilizadas, mas também podem surgir em
pessoas que estão impedidas de se movimentar
tanto quanto costumam, por exemplo, em
viagem ou após uma operação, altura em que
as veias podem ter sido danificadas.
Podem desenvolver-se coágulos sanguíneos
no corpo em qualquer momento durante ou
após um período de inactividade. Quando
se forma um coágulo numa das veias mais
profundas da perna, coxa ou pélvis, trata-se
de uma trombose venosa profunda.
Apesar de o coágulo por si só não ser fatal,
pode soltar-se e ser transportado pela
corrente sanguínea para outra parte do corpo
onde pode vir a causar problemas. Quando tal
acontece, trata-se de um tromboembolismo
venoso.
Se o coágulo viajar até aos pulmões, trata-se de
um embolismo pulmonar, que pode ser fatal.
Mesmo que o coágulo sanguíneo não se solte,
pode causar lesões de longo prazo nas veias.
Factores de risco
Todos os pacientes com mobilidade reduzida
correm o risco de vir a desenvolver um coágulo
sanguíneo, mas alguns correm um risco ainda
mais significativo, sobretudo em contexto de
internamento hospitalar.
• Os factores de risco aumentam quando:
• O paciente tem cancro;
• O paciente ou a família do mesmo têm
antecedentes de formação de coágulos
sanguíneos;
• O paciente contraiu uma infecção grave;
• O paciente sofre de doença inflamatória
intestinal, doença de Crohn ou colite;
• O paciente sofre de problemas cardíacos ou
pulmonares há já vários anos;
• A paciente toma a pílula contraceptiva* ou faz
terapia de reposição hormonal;
• O paciente sofre de inflamação das veias
varicosas (flebite);
• O paciente tem excesso de peso (índice de
massa corporal superior a 30);
• O paciente é incapaz de se movimentar;
• O paciente fez uma viagem de mais de três
horas nas quatro semanas anteriores à cirurgia
(avião, comboio ou autocarro), ou fez uma
viagem muito longa nas quatro semanas
seguintes à operação;
• O paciente tem mais de 60 anos;
• O paciente tem um problema de saúde que
favorece a formação de coágulos sanguíneos;
*A paciente poderá ser aconselhada a interromper a pílula
antes da operação.
Como se reduz o risco de formação de coágulo?
• Durante a recuperação, ingira bastantes
fluídos e mantenha-se em movimento
(ou exercite as pernas).
• Utilize dispositivos que impedem que o
sangue se concentre nas veias.
• Tome medicamentos que reduzem o
risco de formação de coágulo sanguíneo.
Dispositivos que usamos neste hospital
Os dispositivos de compressão pneumática
são bombas automáticas para a barriga da
perna que favorecem a circulação sanguínea
na parte inferior das pernas (só são
utilizados em alguns pacientes, a maioria
dos pacientes recebe meias para calçar).
As meias de compressão são meias justas
especialmente concebidas para reduzir o
risco de formação de coágulos. As meias
apertam os pés e parte inferior da perna (e
das coxas, se tiver meias de perna inteira),
o que ajuda o sangue a circular mais
rapidamente pelo corpo. É importante usar
as meias o máximo de tempo possível.
Não deve usar as meias se sofrer de algum
dos seguintes problemas de saúde:
• Gangrena, dermatite ou enxerto cutâneo
recente;
• Doença arterial periférica ou
arteriosclerose;
• Edema pulmonar (excesso de fluído nos
pulmões provocado por falência cardíaca);
• Celulite infecciosa nos membros;
• Edema grave na perna;
• Deformação grave na perna;
• Neuropatia periférica;
• Se a perna exceder as dimensões
previstas nas instruções do produto;
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Reduzir o risco de coágulo sanguíneo e utilização de meias