INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
RELATÓRIO DE ESTÁ GIO
BRUNO NET O DE CARVAL HO
RELATÓRIO PARA A INSERÇÃO NA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE ENGENHEIROS TÉCNICOS
DEZEMBRO/2010
Gesp.007.03
DSE
Ficha de Identificação
Nome: Bruno Neto de Carvalho
Morada: Rua D. Sancho I, nº 9
Localidade: 6300-548 Guarda
Telefone: 965307048
Nome da Instituição: DSE, Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda
Morada: Quinta da Torre- Parque industrial da Guarda- apartado 1039
Localidade: 6301-908 Guarda
Telefone/fax: 271221904/271227657
Data de início de estágio: 02/11/2009
Data de fim de estágio: 02/05/2010
Nome do Tutor na Instituição: José António Furtado Figueiredo Gomes
Grau académico: Mestre
Nome do orientador: Carlos Aquino Monteiro
Relatório de estágio
i
DSE
Resumo
O estágio era até pouco considerado como curricular fazendo parte do conteúdo programático
escolar sendo considerado como uma disciplina e avaliado como tal. Hoje em dia, com a
implantação do processo de Bolonha o estágio passou a ser considerado extra-curricular,
tendo como principal função, a inserção do recém-licenciado na ANET - Associação Nacional
de Engenheiros Técnicos.
Introdução
Muito para além da incorporação na ANET, o estágio tem como principal papel, a introdução
do estagiário no mundo do trabalho, fazendo sentir as dificuldades e responsabilidades mas
também, o espírito de camaradagem e de colaboração, que implica a vida profissional. Ao
longo do qual se deverá pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante o seu percurso
académico aplicando em muitas situações conceitos teóricos a casos práticos.
No final deverá ser elaborado um relatório que será entregue e avaliado por um júri
constituído por três de ex-professores do estagiário sendo um deles, o seu orientador de
estágio.
Este relatório tem como objectivo fundamental a descrição de todas as actividades do
estagiário desenvolvidas na empresa DSE, Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para
Edifícios Lda, no período compreendido entre 3 de Novembro de 2009 a 2 de Maio de 2010.
Neste relatório procura-se, de forma clara e objectiva, apresentar toda a informação utilizada e
as tarefas realizadas durante o período de estágio.
Este relatório encontra-se dividido em quatro capítulos, sendo estes:
Relatório de estágio
ii
DSE

Capítulo I – Local de estágio, no qual se pretende fazer uma descrição da empresa constando
assim com um breve historial da empresa, a constituição da sua direcção, as instalações e a
descrição dos seus diferentes departamentos.

Capítulo II – O estágio. Aqui serão apresentados os trabalhos realizados pelo estagiário ao
longo do seu estágio, fazendo principal referência a um deles para o método de execução. No
entanto, os resultados e conclusões de todos estes trabalhos serão apresentados para efeito de
comparação entre as diferentes situações

Capítulo III – Aplicação do RCCTE (Regulamento de comportamentos das características
térmicas dos edifícios Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril). Neste capítulo pretende-se
fazer uma pequena descrição deste regulamento, descrever a sua composição e métodos de
aplicação.

Capítulo IV – Conclusões. Neste último capítulo serão descritas as principais dificuldades
sentidas pelo estagiário, assim como algumas impressões finais sobre o estágio.
Relatório de estágio
iii
DSE
Agradecimentos
Quero agradecer a todos aqueles que de uma forma ou de outra me ajudaram a elaborar este
relatório; a todos eles o muito obrigado.
Os meus agradecimentos particulares vão em especial aos meus pais e avó, por todo o apoio,
amor e confiança que me têm prestado ao longo da vida.
À minha namorada por todo o apoio e ajuda que me tem prestado ao longo destes anos, pois
esteve sempre presente a dar-me força, para conseguir atingir os meus objectivos.
A todos os professores desta Instituição pelos conhecimentos transmitidos, em especial ao
Eng.º Furtado Gomes por me ter ajudado e orientado no decurso do estágio; assim como ao
Eng.º Carlos Aquino pela sua disponibilidade e orientação na elaboração do presente
documento.
A todos os amigos que conheci nesta cidade, e todos aqueles que apesar de longe de mim
sempre me apoiaram e suportaram nos meus momentos difíceis. Em especial ao Bruno, ao
Perdigão e ao Estefânio.
A todas as pessoas da A.R.L que me ajudaram e apoiaram ao longo deste estágio.
.
Relatório de estágio
iv
DSE
ÍNDICE
CAPITULO I - LOCAL DE ESTÁGIO
1
1.1 – Descrição da Organização
1
1.2 – Departamentos do Grupo – A.R.L.
3
CAPITULO II - O ESTÁGIO
7
2.1 – Actividades desenvolvidas
7
CAPITULO III – APLICAÇÃO DO RCCTE
10
3.1 – Introdução
10
3.2 - Disposições transitórias
14
3.2.1 – Condições interiores de referência
14
3.2.2 – Valores limites das necessidades nominais de aquecimento, de arrefecimento e de preparação de águas
quentes sanitárias:
15
3.2.3 – Conversão de energia útil para energia primária
3.3 – Metodologia de cálculo
17
18
3.3.1 – Espaços com requisitos de conforto térmico.
18
3.3.2 – Zonamento climático.
18
3.4 – Método de cálculo das necessidades de aquecimento
20
3.4.1 – Justificação da metodologia de cálculo
20
3.4.2 – Perdas de calor por condução através da envolvente.
21
3.4.3– Perdas de calor por zona correntes para o exterior.
21
3.4.4 – Perdas de calor de paredes ou pavimentos em contacto com o solo.
24
3.4.5 – Perdas de calor por condução através das pontes térmicas.
27
3.4.6 – Perdas de calor por renovação do ar.
39
3.4.7 – Ganhos térmicos úteis na estação de aquecimento.
43
3.4.8 – Ganhos térmicos brutos resultantes de fontes internas.
44
3.4.9 – Ganhos térmicos brutos através dos vãos envidraçados.
44
3.5 – Procedimento de cálculo das necessidades de arrefecimento
50
3.5.1 – Justificação do procedimento de cálculo
50
3.5.2 – Ganhos de calor pela envolvente opaca.
51
3.5.3 – Ganhos de calor por ventilação
52
3.5.4 – Ganhos de calor pelos envidraçados
52
3.5.5 – Ganhos interiores
56
3.6 – Métodos de cálculo das necessidades de energia para preparação de águas quentes
57
3.6.1 – Energia dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS (Qa)
57
3.6.2 – Eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS (ɳa)
59
3.6.3 – Contribuição de sistemas solares de preparação de AQS (Esolar)
60
3.6.4 – Contribuição de outros sistemas de preparação de AQS (Eren)
60
Relatório de estágio
v
DSE
3.7 – Inércia térmica interior It
3.7.1– Cálculo da inércia térmica
60
61
3.8 – Fichas para licenciamento
62
3.9 – Requisitos mínimos de qualidade térmica para a envolvente dos edifícios
62
3.9.1 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis
62
3.9.2 – Zonas não correntes da envolvente
63
3.9.3 – Factor solar máximo admissível
63
4 – Certificação energética
64
4.1 – Certificado Energético
64
4.2 – Classes de eficiência energética
65
CAPITULO IV – CONCLUSÃO
66
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
Relatório de estágio
vi
DSE
Índice de quadros:
Quadro 1 – Lista de alguns projectos das várias especialidades desenvolvidos pela DSE .................................... 5
Quadro 2 – Lista de alguns projectos da verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE,
desenvolvidos pela DSE ................................................................................................................................... 6
Quadro 3 – Valores de Rph ............................................................................................................................. 41
Quadro 4 – Ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento (qi) .................................. 44
Quadro 5 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de
aquecimento.................................................................................................................................................... 45
Quadro 6 – Factor de orientação que depende do octante para o qual o elemento da envolvente está orientado
(X). ................................................................................................................................................................. 45
Quadro 7– Fracção envidraçada (Fg) ............................................................................................................... 48
Quadro 8 – Factores solares g  ....................................................................................................................... 49
Quadro 9– Valores médios da temperatura do ar exterior e da intensidade da radiação solar para a estação
convencional de arrefecimento (Junho a Setembro) .......................................................................................... 51
Quadro 10 – Coeficiente de absorção da superfície exterior do elemento da envolvente opaca exterior (α) ........ 52
Quadro 11 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de
aquecimento ( Gsul) ........................................................................................................................................ 53
Quadro 12 – Fracção de correcção da selectividade angular (FW) .................................................................... 55
Quadro 13 – Factor solar de vãos com protecção solar 100% activada e vidro incolor corrente (g┴) ................. 56
Quadro 14 – Número convencional de ocupantes de referência de cada fracção autónoma ................................ 58
Quadro 15 – Número anual de dias de consumo de AQS ................................................................................. 58
Quadro 16 – Valores de referência para a eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS............... 59
Quadro 17 – Classes de Inércia ........................................................................................................................ 61
Quadro 18 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis ........................................................... 62
Quadro 19 – Factores solares máximos admissíveis ......................................................................................... 63
Relatório de estágio
vii
DSE
Índice de tabelas:
Tabela 1- Fórmulas para calcular Ni ............................................................................................................... 15
Tabela 2- Valores de Nv .................................................................................................................................. 15
Tabela 3– Eficiência nominal dos equipamentos .............................................................................................. 17
Tabela 4– Coeficiente τ ................................................................................................................................... 23
Tabela 5- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico............................. 25
Tabela 6- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral ............ 26
Tabela 7- Valores de Ψ em paredes em contacto com o terreno ........................................................................ 27
Tabela 8– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ai ....................................................................................... 28
Tabela 9 – Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ae ...................................................................................... 28
Tabela 10– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Ar ..................................................................................... 29
Tabela 11– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.1................................................................................... 29
Tabela 12– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Bi.2................................................................................... 30
Tabela 13– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.1 .................................................................................. 30
Tabela 14– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Be.2 .................................................................................. 31
Tabela 15– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.1................................................................................... 31
Tabela 16– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Br.2................................................................................... 32
Tabela 17– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Ci ........................................................................ 32
Tabela 18– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Ce ........................................................................ 32
Tabela 19– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para a situação Cr ........................................................................ 33
Tabela 20– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Di ...................................................................................... 34
Tabela 21– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação De ..................................................................................... 34
Tabela 22– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação Dr ..................................................................................... 35
Tabela 23– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para as situações Ei, Ee, Er ...................................................... 36
Tabela 24– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fi ....................................................................................... 36
Tabela 25– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fe ...................................................................................... 36
Tabela 26– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fr ....................................................................................... 36
Tabela 27– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Gi, Ge, Gr ....................................................................... 37
Tabela 28– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para as situações Hi, He, Hr ....................................................................... 38
Tabela 29- Valores do factor de sombreamento por elementos horizontais (F0)-Situação de Inverno ................. 46
Tabela 30- Valores do factor de sombreamento do horizonte (Fh)- situação de Inverno ..................................... 46
Tabela 31- Valores do factor de sombreamento por elementos verticais (Ff) - Situação de Inverno .................... 47
Tabela 32- Factor de sombreamento dos elementos horizontais (Fo) – situação de Verão.................................. 54
Tabela 33– Factor de sombreamento dos elementos verticais (Ff) – situação de verão ....................................... 55
Relatório de estágio
viii
DSE
Índice de figuras:
Figura 1 – Instalações do Grupo A.R.L .............................................................................................................. 1
Figura 2 – Organograma da empresa A.R.L ....................................................................................................... 2
Figura 3 – Zonamento Climático de Portugal ................................................................................................... 19
Figura 4 – Perdas para o solo pela envolvente em geral .................................................................................... 24
Figura 5 – Perdas de calor dos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico ........................ 25
Figura 6 – Perdas de calor de pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral ......... 26
Figura 7 – Perdas de calor de paredes em contacto com o terreno ..................................................................... 26
Figura 8 – Isolamento pelo interior .................................................................................................................. 28
Figura 9 – Isolamento pelo exterior.................................................................................................................. 28
Figura 10 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas .................................................. 29
Figura 11 –- Isolamento pelo interior ............................................................................................................... 29
Figura 12 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 30
Figura 13 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 30
Figura 14 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 30
Figura 15 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas .................................................. 31
Figura 16 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas .................................................. 31
Figura 17 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 32
Figura 18 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 32
Figura 19 – Isolamento repartido ou isolante na caixa de ar de paredes duplas .................................................. 33
Figura 20 – Isolamento pelo interior da parede de fachada e pelo exterior da cobertura ..................................... 33
Figura 21 – Isolamento contínuo pelo exterior ................................................................................................. 34
Figura 22 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar da parede de fachada e isolamento pelo exterior da
cobertura ......................................................................................................................................................... 34
Figura 23 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 35
Figura 24 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 35
Figura 25 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ................................................. 35
Figura 26 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 36
Figura 27 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 36
Figura 28 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar ............................................................................. 36
Figura 29 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 37
Figura 30 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 37
Figura 31 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ................................................. 37
Figura 32 – Isolamento pelo interior ................................................................................................................ 38
Figura 33 – Isolamento pelo exterior................................................................................................................ 38
Figura 34 – Isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar de paredes duplas ................................................. 38
Figura 35 – Gráfico para o calculo de Rph mecânico........................................................................................ 42
Figura 36 – Ângulo de horizonte (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado ............................... 46
Relatório de estágio
ix
DSE
Figura 37 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado situação de
inverno............................................................................................................................................................ 47
Figura 38 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado sitação de verão
....................................................................................................................................................................... 54
Figura 39 – Classes enegéticas......................................................................................................................... 65
Relatório de estágio
x
DSE
CAPÍTULO I - LOCAL DE ESTÁGIO
1.1 – Descrição da Organização
António Rodrigues Leão, fundou, com apenas 20 anos em 1957, a antecessora da actual
A.R.L. Construções S.A. Trinta anos mais tarde, adiciona à empresa o comércio de materiais
de construção e construção para venda.
Em 1987 surgiu a empresa António Rodrigues Leão, Lda, dedicada à construção civil e obras
públicas. Sentiu-se nesta altura a necessidade em separar as actividades: industrial e
comercial. Esta designação manteve-se até 2003, altura em que nasceram quatro firmas cisão
entre a actividade da construção e da promoção imobiliária, passando a sociedade por quotas
em sociedade anónima A.R.L. Construções S.A. e criação de sociedade anónima para a
actividade de promoção imobiliária A.R.L. Imobiliária S.A. e aquisição da empresa de
projecto e consultoria DSE, Lda.
Em 2007, deu início a construção das novas instalações na zona industrial da Guarda com a
constituição de escritórios, estaleiro, oficinas, etc, que terminaram no final do ano 2008,
dando lugar à sua inauguração. A sua sede funciona desde então, nessas novas instalações do
grupo A.R.L. A seguir apresenta-se como figura 1, uma fotografia das novas instalações,
tirada pelo estagiário.
Figura 1-Instalações do Grupo A.R.L
Relatório de estágio
1
DSE
A direcção do grupo A.R.L. é constituída por:
 António Rodrigues Leão – Presidente do Conselho de Administração da A.R.L.
Imobiliária S.A,
 Engenheiro Jorge Leão – Administrador – responsável pelos departamentos comercial
e de produção.
 Engenheiro Furtado Gomes – Administrador – responsável pelos departamentos de
avaliação/qualidade e administrativo.
Na figura 2, apresenta-se o organograma da empresa A.R.L.
Organograma da empresa A.R.L
Figura 2-Organograma da empresa
Relatório de estágio
2
DSE
1.2 – Departamentos do Grupo – A.R.L
O Grupo A.R.L é constituído pelos seguintes departamentos:
- A.R.L. Imobiliária S.A.
A A.R.L. Imobiliária S.A. aposta fortemente na satisfação dos seus clientes e,
consequentemente, em elevados padrões de qualidade nos projectos que desenvolve. Criada
há cerca de cinco anos, a A.R.L. Imobiliária S.A, nasceu com a especificidade de fazer
mesmo o papel de imobiliária, desenvolvendo tarefas de compra e venda de imóveis.
Assim, a A.R.L. Construções S.A. faz apenas contratos de empreitada, enquanto a A.R.L.
Imobiliária S.A. se dedica a vender e promover os seus próprios apartamentos, não estando no
projecto ter a componente de mediadora.
Até ao momento a A.R.L. Imobiliária S.A. investiu apenas na cidade da Guarda, mas está nos
seus horizontes partir para outras cidades vizinhas, especialmente para as capitais de distrito
como Castelo Branco e Viseu que são os pólos aglutinadores da população.
- A.R.L. Materiais de Construção
A A.R.L. Materiais de Construção S.A., é uma empresa com tradição e credibilidade na área
dos materiais de construção e decoração, coloca à disposição dos clientes um espaço criado a
pensar na qualidade dos acabamentos dos edifícios.
Relatório de estágio
3
DSE
- A.R.L. Construções
A A.R.L. Construções S.A., dedica-se à construção civil e obras públicas, com os trabalhos
mais relevantes na área da construção de edifícios.
Neste contexto, efectua uma selecção e formação rigorosa dos seus Recursos Humanos, uma
escolha ponderada dos seus fornecedores e dos materiais a aplicar em obra, sempre com o
objectivo de cumprir critérios de elevada qualidade de forma a garantir uma satisfação total
dos clientes.
Conscientes de que têm dimensão, capacidade, conhecimento e reconhecimento suficientes
para traçar o próprio caminho, não abdicando dos valores consolidados ao longo de décadas
de trabalho competente, como a ética, o rigor, a solidez, a responsabilidade social e ambiental,
mas também a aposta em termos de modernidade, ambição e força construtiva, assegurando
assim uma posição de liderança no competitivo sector da construção civil e obras públicas.
- D.S.E.
O gabinete DSE - Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para Edifícios Lda., foi
adquirido em 1996 e desde então tem desenvolvido a sua actividade em projectos, estudos de
engenharia, consultoria nas áreas de construção, acústica e higrotérmica, bem como na
avaliação imobiliária.
Fruto da evolução do mercado, a DSE Lda. tem vindo a posicionar-se de forma a prestar um
serviço mais alargado no domínio dos estudos e projectos de engenharia, contando com uma
equipa profissional e dinâmica assim como com a colaboração de técnicos externos à
empresa, a DSE tem vindo a elaborar projectos nas diversas especialidades da engenharia,
especializando-se nos últimos anos na certificação energética.
Relatório de estágio
4
DSE
Foi neste departamento do grupo A.R.L. que o estagiário foi desenvolvendo o seu estágio,
colocando-o por esta razão em destaque neste capítulo em relação aos outros departamentos
do grupo A.R.L.
Como referido anteriormente, a DSE tem vindo desde há muito, com o rigor e o
profissionalismo dos seus técnicos, a elaborar projectos nas diversas áreas da construção civil.
No seguinte quadro 1 apresentam-se alguns dos projectos elaborados pela DSE
Quadro 1 – lista de alguns dos projectos das várias especialidades, desenvolvidos pela DSE
DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Projecto de estbabilidade e betão armado - Muro de conteção de terras
Recup. e Ampliação de Imóvel para Comércio-Serviços e Habitação
Lar João Bravo
Adaptação da Casa Seixas a Edificio dos Paços do Concelho
Loteamento Castelões
Construção de Moradia
Reabilitação Estrutural da Garagem do Edifício dos Bombeiros Voluntários
Colégio Educativo do Mondego
Egiquímica
Concepção e Construção da ETAR na PLIE
Remodelação do Pavilhão Cruz & Areal
Especialidades Creche de Schoenstatt
Construção de um Armazém
Projecto de Segurança Contra Risco de Incêndio
Arranjo Urbanístico da Rua da Republica e da Rua Silva Gouveia
Pormenores Construtivos da Biblioteca Municipal de Celorico da Beira
Projecto de Segurança Contra Risco de Incêndio
Projecto de Redes de àguas e Esgotos
Projecto de Instalações Sanitária Públicas
Projecto de Especialidades de Armazém e Comércio
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Especialidades
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Arquitectura / Especialidades
Requalificação da EB1 de Arganil - Projecto Acústica
Construção de Parque Radical - Projecto Estabilidade
Recuperação do Antigo Quartel da GNR - Projecto de Especialidades
Ampliação de Edifício para Lar de Idosos - Projecto Especialidades
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto Especialidades
Reabilitação e Ampliação de Edifícios para Turismo Espaço Rural
Recuperação e Ampliação de Edifício
Remodelação de Apartamento
Edifício de Habitação
Construção do Centro de Actividades Ocupacionais - Telas Finais
Construção de Mediateca (Tipologia 1)
Construção de Mediateca (Tipologia 2)
Relatório de estágio
LOCAL
S. João da Pesqueira
Guarda
Arrifana-Guarda
Pinhel
Vila Nova Famalicão
Malta-Pinhel
S. João da Pesqueira
Porto da Carne
Guarda
Guarda - Gata
Ervosa - Trofa
Aveiro
Qt.ª da Torre - Parque Industrial - Guarda
Loteamento Sete Bicas - Alfarazes
Pinhel
Câmara Municipal de Celorico da Beira
Parque Infantil da Guarda
Av. Alexandre Herculano - Guarda
Praça Luis de Camões - Guarda
Viseu
Cadafaz - Celorico da Beira
Videmonte
Arganil
Belmonte
Penamacor
Torroselo
Gulifar - Guarda
Aldeia do Bispo - Sabugal
Malhada Sorda - Almeida
Lisboa
Oeiras
Fornos de Algodres
Angola
Angola
5
DSE
A certificação energética tem vindo a ocupar um lugar de elevada importância neste gabinete.
No quadro 2 apresentam-se alguns projectos de verificação da conformidade regulamentar
com o RCCTE elaborados pela D.S. E.
Quadro 2 – Lista de alguns dos projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE,
desenvolvidos pela DSE
DESCRIÇÃO DO PROJECTO
LOCAL
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Souto - Guarda
Construção de Edifício - Projecto RCCTE
Sabugal
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
João Antão - Guarda
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Melo - Gouveia
Construção de Edifício de Habitação Colectiva - Projecto RCCTE
Guarda
Reconstrução e Ampliação de Edifício - Projecto RCCTE
Guarda
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Manteigas
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Sobral Pichorro
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Manteigas
Reconstrução e Ampliação de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE
Toito - Guarda
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Guarda
Reconstrução e Ampliação de Edifício para Centro Náutico - Projecto RCCTE Barca D' Alva
Reconstrução e Alteração de uma Moradia - Projecto RCCTE
Pousade - Guarda
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Lameirinhas - Guarda
Construção de Edifício para Lar de Idosos - Projecto RCCTE
Freches - Trancoso
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Vila Soeiro - Fornos de Algodres
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Alfaiates - Sabugal
Ampliação de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Martim Pêga - Sabugal
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Manteigas
Alteração de Edifício - Projecto RCCTE
V. Cortez do Mondego - Guarda
Construção de um Edifício para Centro de Dia - Projecto RCCTE
Miuzela - Almeida
Alteração e Ampliação de Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Açores - Celorico da Beira
Ampliação e Alteração de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE
Guarda
Construção de um Quiosque - Projecto RCCTE
Guarda
Alteração de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE
Monteiros - Guarda
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Manteigas
Construção de uma Moradia Unifamiliar - Projecto RCCTE
Miuzela - Almeida
Construção de Moradia Multifamiliar - Projecto RCCTE
Manteigas
Construção de Armazém - Projecto RCCTE
Sabugal
Ampliação do Quartel dos Bombeiros Voluntários do Soito - Projecto RCCTE Soito
Reconstrução e Ampliação de Habitação Unifamiliar - Projecto RCCTE
Pinzio - Pinhel
Alteração e Ampliação de Edificio de Habitação - Projecto RCCTE
Rapa - Celorico da Beira
Alteração e Ampliação de Edificio - Projecto RCCTE
Trinta - Guarda
Construção de Edifício - Projecto RCCTE
Bairro da Luz - Guarda
Relatório de estágio
6
DSE
CAPÍTULO II - O ESTÁGIO
2.1 – Actividades desenvolvidas
Este estágio focou-se principalmente na área da certificação energética em particular na
elaboração de projectos de térmica.
Durante o estágio, foram desenvolvidas capacidades de interpretação de projectos das várias
especialidades, alargou o seu vocabulário a nível de termos técnicos, aprofundou os seus
conhecimentos na área dos materiais de construção (especialmente na suas características
como isolantes térmicos), e em softwares como o AutoCad, Design Review, Soltherm e
programas do Microsoft Office (Word e Excel),
Ao longo do estágio, foi realizado:
a) a preparação de dados para a realização de projectos de verificação da
conformidade regulamentar com o RCCTE, para construção de edifícios
unifamiliares, sociais e de serviços, destacando-se
o a identificação dos dados geográficos;
o a interpretação e medições do projecto de arquitectura;
o a interpretação e medições do projecto de estabilidade;
o a análise de espaços e elementos do edifício afectados pelo ganho e perda de
energia;
o a criação de possíveis soluções a adoptar;
o a realização dos cálculos necessários;
o a introdução em folhas de calculo, das soluções obtidas;
o a analise e interpretação dos resultado;
o a elaboração de desenhos de identificação e de pormenores;
o o ajustamento de uma memória descritiva tipo .
Relatório de estágio
7
DSE
b) a preparação de dados para a certificação energética de edifícios já existentes.
Isto é:
o a identificação e medições em obra dos elementos do edifício afectados pelo
ganho e perda de energia;
o a verificação dos matérias utilizados na envolvente;
o a verificação dos equipamentos de ventilação e de produção das AQS (águas
quente sanitárias),
o a
verificação
dos
elementos responsáveis
pelo
sombreamento
dos
envidraçados;
o a introdução em folhas de calculo elaboradas para edifícios existentes, dos
dados recolhidos em obra;
o a analise e interpretação dos resultados.
Sendo todos estes dados e resultados, rigorosamente analisados e corrigidos, pelo engenheiro
José António Furtado Gomes.
Como referido anteriormente, o estagiário preparou então dados para a elaboração de
projectos de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE, sendo este, ao todo
em número de 14 e identificados a seguir por ordem de processo. É de referir que a identidade
dos requerentes não será divulgada por questão de privacidade
 Ampliação de uma habitação unifamiliar – Vila Soeiro – Guarda
 Construção de edifício unifamiliar – Manteigas
 Construção de uma oficina social – Vila Cortez do Mondego – Guarda
 Construção de uma moradia unifamiliar - Açores – Celorico da Beira
 Reabilitação de uma moradia unifamiliar – São Vicente – Guarda
 Construção de uma moradia unifamiliar – Manteigas
 Ampliação de uma habitação unifamiliar – Muizela – Almeida
 Ampliação de uma habitação multifamiliar (dois T3) – Manteigas
 Construção de um edifício para comércio e habitação – Covilhã
 Ampliação de um quartel de bombeiros – Soito – Sabugal
 Reconstrução e ampliação de uma moradia unifamiliar – Pinzio – Pinhel
 Alteração e ampliação de edifício de habitação – Rapa – Celorico da Beira
Relatório de estágio
8
DSE
 Alteração de edifício para sede de associação juvenil – Trinta – Guarda
 Construção de um centro de convívio – Bairro da Luz – Guarda
A estes projectos acrescenta-se ainda a preparação de dados para emissão de certificados
energéticos relativamente a oito fracções localizadas no lote 2 da quinta das 7 bicas.
Face à impossibilidade de apresentar todos os projectos realizados ao longo deste estágio,
optou-se por fazer um resumo descritivo no capítulo III, das condições de aplicação do
RCCTE e dos diversos passos para a execução de um projecto de verificação da conformidade
regulamentar com o RCCTE. Como exemplo, será apresentado em ANEXO I deste relatório,
um projecto relativo à alteração e ampliação de um edifício de habitação e em ANEXO II o
seu respectivo certificado energético.
Relatório de estágio
9
DSE
CAPÍTULO III – APLICAÇÃO DO RCCTE
Regulamento das características e comportamento térmico
dos edifícios
3.1 – Introdução
O novo Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, RCCTE,
Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril, permite:

contabilizar de forma mais realista os consumos energéticos admitindo que uma parte
significativa dos edifícios será dotada de equipamentos de aquecimento e de ar
condicionado;

fixar maiores exigências de qualidade da envolvente dos edifícios;

fixar as condições ambientais de referência considerando:
 temperatura interior;
 ventilação para renovação de ar e garantia de qualidade do ar;

ser actualizado periodicamente uma vez que os requisitos específicos podem ser
alterados, sempre que se considere oportuno, por portarias;

ser aplicado à fase de licenciamento de forma a garantir que os projectos que recebam
licença de construção satisfaçam integralmente os requisitos deste regulamento.
Assim:
 aumenta as penalizações (pecuniárias e profissionais);
 aumenta as exigências de formação profissional dos técnicos.
No contexto internacional é consensual a necessidade de melhorar a qualidade dos edifícios
(reduzir os seus consumos e a emissão de gases que contribuem para o efeito de estufa),
Relatório de estágio
10
DSE
assim, este regulamento está de acordo com os compromissos assumidos por Portugal quando
assinou o tratado de Quioto (redução das emissões de todos os sectores consumidores de
energia, incluindo o residencial).
Esta legislação obedece aos objectivos da União Europeia que publicou, em Janeiro de 2003,
a directiva 2002/91/CE relativa ao desempenho energético dos edifícios e que:

Impõe aos estados membros o estabelecimento e actualização periódica de
regulamentos para melhorar o comportamento térmico dos edifícios novos e
reabilitados;

Obriga a contabilizar as necessidades de energia para as águas quentes sanitárias com
o objectivo de favorecer a penetração de sistemas colectores solares ou alternativas
renováveis;

Exigências de conforto térmico (aquecimento e arrefecimento);

Exigências de ventilação (qualidade do ar interior);

Necessidades de água quente sanitária;

Minimizar as situações patológicas nos elementos de construção devidas à ocorrência
Sem dispêndio
excessivo de energia
de condensações superficiais e internas (durabilidade dos elementos de construção e
qualidade do ar).
Este regulamento aplica-se a:

novos edifícios de habitação;

novos edifícios de serviços sem sistemas de climatização centralizados;

cada fracção autónoma (cada uma das partes dotada de contador individual de energia,
separada do resto do edifício por uma barreira física contínua e cujo direito de
propriedade ou fruição seja transmissível autonomamente) e apenas aos espaços para
os quais se exige condições interiores de conforto;
Relatório de estágio
11
DSE

remodelações / alterações na envolvente ou nas instalações de água quente sanitária
(custo > 25% do valor do edifício);

às ampliações dos edifícios existentes, exclusivamente na nova área construída.
Não se aplica a:

edifícios ou fracções autónomas destinadas a serviços, a construir ou a renovar, que se
destinem a estar frequentemente abertos ao exterior e não sejam aquecidos nem
climatizados;

locais de culto;

edifícios para fins industriais, afectos ao processo de produção;

garagens;

armazéns;

oficinas;

edifícios agrícolas não residenciais;

intervenções de remodelação / recuperação / ampliação de edifícios classificados ou
em zonas históricas, sempre que se verifiquem incompatibilidades com este
regulamento.
Relatório de estágio
12
DSE
Competência para o licenciamento
Entidade ou técnico
acreditado pelo sistema
nacional de certificação de
energia de edifícios
declaração de conformidade regulamentar
do projecto
do edifício/fracção
Entidades licenciadoras – exigir a demonstração do cumprimento do RCCTE
licença de construção
licença de utilização
É necessário entregar à entidade licenciadora aquando da apresentação da demonstração do
cumprimento do Regulamento:
- Ficha de sumário de demonstração da conformidade regulamentar do edifício face ao
RCCTE (Ficha 1 do Anexo VIII, do RCCTE);
- Levantamento dimensional e descrição das soluções construtivas (Ficha 2 do Anexo VIII, do
RCCTE);
- Cálculo de Nic, Nvc, Nac e Ntc;
Onde:
Nic – necessidades nominais de aquecimento
Niv – necessidade nominais de arrefecimento
Nac – necessidade para a preparação de águas quentes sanitárias
Ntc – necessidades nominais anuais globais de energia primária
- Ficha de comprovação de Satisfação dos Requisitos Mínimos (Ficha 3 do Anexo
VIII, do RCCTE);
Relatório de estágio
13
DSE
- Pormenores construtivos de todas as situações de ponte térmica, nomeadamente:

Ligação Fachada / Pavimento térreo;

Ligação Fachada / Pavimento exterior ou sobre locais não aquecidos;

Ligação Fachada / Pavimento intermédio;

Ligação Fachada / Cobertura inclinada ou terraço;

Ligação Fachada / Varanda;

Ligação entre 2 Paredes Verticais;

Ligação Fachada / Caixa de Estore;

Ligação Fachada / Padieira / Ombreira / Peitoril
- Termo de responsabilidade do técnico responsável pelo projecto;
- Declaração de conformidade regulamentar emitida por técnico ou empresa acreditada.
Responsabilidade pelo projecto e pela execução
Responsabilidade pela demonstração de conformidade de projecto com o RCCTE e
pela execução da construção
Arquitecto (AO)
Engenheiro (OE)
Eng.Técnico (ANET)
3.2 – Disposições transitórias
Estas disposições estabelecem limite e condições de referencia para cumprir com o
regulamento e se ter o dito conforto térmico interior.
3.2.1 – Condições interiores de referência
- estação de Aquecimento: temperatura interior 20ºC;
- estação de Arrefecimento: temperatura interior 25ºC; Humidade relativa 50%;
- taxas para a renovação de ar 0,6 RPH;
- consumo de água quente sanitária em edifícios de habitação 40l/pessoa/dia (a 60ºC).
Relatório de estágio
14
DSE
3.2.2 – Valores limites das necessidades nominais de aquecimento, de
arrefecimento e de preparação de águas quentes sanitárias

as necessidades de aquecimento máximas Ni, dependem do graus dias – GD, retirado
do quadro III.1 do RCCTE, consoante o concelho onde se encontra o edifício e
factor de forma que deve ser calculado pela seguinte expressão:
=
∑
Na tabela 1 apresentam-se as expressões para o cálculo das necessidades de aquecimento
máximas dependendo do valor do factor de forma obtido.
Tabela 1- Fórmulas para calcular Ni
Ni
(KWh/m2.ano)

FF ≤ 0.5
4.5 + 0.0395 x GD
0.5 ≤ FF ≤ 1
4.5 + (0.021 + 0.037 x FF) x GD
1 < FF ≤ 1.5
[4.5 + (0.021 + 0.037 x FF) x GD] x (1.2 – 0.2 x FF)
FF > 1.5
4.05 + 0.06885 x GD
as necessidade de arrefecimento máximas - N , depende fundamentalmente da zona
climática em que se encontra o edifício e estão definidas na tabela 2
Tabela 2- Valores de Nv
Nv
(KWh/m2.ano)
Norte
16
Sul
22
Norte
18
Sul
32
Norte
26
Sul
32
Zona V1
Zona V2
Zona V3
Relatório de estágio
Açores
21
Madeira
23
15
DSE

as necessidades para a preparação de aguas quentes sanitárias máximas, devem ser
calculadas pela seguinte expressão:
,
=
×
×
(kwh/m² ano)
onde:
é o consumo médio diário de referência de AQS
é o número anual de dias de consumo de AQS

as necessidades nominais anuais globais de energia primária são obtidas pela
expressão:
= 0,1 ×
ɳ
×
+ 0,1 ×
×
ɳ
+
×
(kgep/m² ano)
onde:
é o factos de conversão energia útil para primária
η é a eficiência nominal dos equipamentos utilizados pelos sistemas de
aquecimento e arrefecimento.
Estas devem ser inferior ao limite máximo necessidades nominais anuais globais de
energia primária resultante da expressão:
≤
= 0,9 × (0,01
+ 0,01
+ 0,15
)
Quando o edifício não tiver previsto um sistema de aquecimento, de arrefecimento ambiente
ou de aquecimento de águas sanitárias, considera-se para o cálculo de Ntc que:
- Sistema de aquecimento será obtido por resistência eléctrica;
- Sistema de arrefecimento será uma máquina frigorífica com eficiência (COP) de 3;
- Sistema de produção de AQS será um termoacumulador eléctrico com 50mm de isolamento
térmico, em edifícios sem alimentação a gás, ou um esquentador a gás natural ou GPL,
quando estiver previsto o respectivo abastecimento.
Valores dos requisitos mínimos e de referência das propriedades térmicas da envolvente

Requisitos mínimos de qualidade (definidos nos nº 1 a 3 do Anexo IX, do RCCTE)

se t > 0,7 (ao elemento da envolvente interior aplicam-se os requisitos mínimos
relativos à envolvente exterior);

Requisitos mínimos de referência que dispensam da verificação detalhada do RCCTE
as moradias com Au≤Amv (definidos nos nº 4 do Anexo IX).
Relatório de estágio
16
DSE
3.2.3 – Conversão de energia útil para energia primária
Utilizar-se-ão os seguintes factores de conversão Fpu entre energia útil e energia primária:
- Electricidade: Fpu = 0,290 Kgep/kWh;
- Combustíveis sólidos, líquidos e gasosos: Fpu = 0,086 Kgep/kWh.
Estes valores deverão ser afectados pela eficiência nominal dos equipamentos utilizados pelos
sistemas de aquecimento e de arrefecimento,
e
, sob condições nominais de
funcionamento, podendo ser adoptados, à falta de dados mais precisos, os valores da tabela 3:
Tabela 3– Eficiência nominal dos equipamentos
Relatório de estágio
Resistência eléctrica
1,00
Caldeira a combustível gasoso
0,87
Caldeira a combustível líquido
0,80
Caldeira a combustível sólido
0,60
Bomba de calor (aquecimento)
4,00
Bomba de calor (arrefecimento)
3,00
Máquina frigorífica (ciclo de compressão)
3,00
Máquina frigorífica (ciclo de absorção)
0,80
17
DSE
3.3 – Metodologia de cálculo
3.3.1 – Espaços com requisitos de conforto térmico
Consideram-se todos os espaços úteis interiores dos edifícios sujeitos à aplicação nominal das
condições de referência.
Espaços aos quais não se aplicam as condições de referência e que não podem ser incluídos
nos cálculos de Nic, Nvc e Ntc ou seja espaços considerados não úteis (locais não aquecidos).
- Sótãos e caves não habitadas, acessíveis ou não;
- Circulações comuns (interiores ou exteriores);
- Varandas e marquises fechadas, estufas ou solários adjacentes aos espaços úteis;
- Garagens, armazéns, arrecadações e similares.
3.3.2 – Zonamento climático
O país esta dividido da seguinte forma:
Região Norte: Todas a zonas de
Portugal
continental
excepto
pertencentes a região Sul
as
-Região Sul: Sul do rio Tejo. Lisboa,
Verão: V1, V2: V3
Inverno: I1, I2, I3
Odivelas, Cascais, Amadora, Loures, V.
Franca de Xira, Azambuja, Cartaxo e
Santarém,
Na figura 3 seguinte, apresentam-se dois mapas do país divididos pelas zonas climáticas de inverno
e verão respectivamente.
Relatório de estágio
18
DSE
Figura 3- Zonamento Climático de Portugal
Os dados climáticos de referência de Inverno e de Verão são os seguintes:
Nº Graus Dias de Aquecimento (na base de 20ºC), GD (ºC.dias)
Inverno
Duração da estação de aquecimento, M (meses)
Energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a sul, Gsul
Temperatura exterior de projecto (ºC)
Verão
Amplitude térmica média diária do mês mais quente (ºC)
Valores médios da temperatura do ar exterior, ϴm (ºC)
Intensidade da radiação solar para cada orientação, Ir (kWh/m)
- Há alterações, em função da altitude das localidades, relativamente ao Zonamento do
território e aos dados climáticos de referência.
- Há um Zonamento climático específico para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Relatório de estágio
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DSE
- Nos concelhos de Pombal, Leiria e Alcobaça, as localidades situadas numa faixa litoral de
dez quilómetros de largura deverão ser incluídas na zona climática I1 e apresentam os
seguintes valores:
- GD: 1500 ºC.dia;
- Duração da estação de aquecimento: 6 meses.
- Nos concelhos de Pombal e Santiago do Cacém, as localidades situadas numa faixa litoral de
1quinze quilómetros de largura deverão ser incluídas na zona climática V1 e apresentam os
seguintes valores:
- Temperatura exterior de projecto: 31 ºC.dia;
- Amplitude térmica média diária do mês mais quente: 10ºC.
- No concelho de Alcácer do Sal, as localidades situadas numa faixa litoral de dez quilómetros
de largura deverão ser incluídas na zona climática V2 e apresentam os seguintes valores:
- Temperatura exterior de projecto: 33 ºC.dia;
- Amplitude térmica média diária do mês mais quente: 13ºC.
3.4 – Método de cálculo das necessidades de aquecimento
3.4.1 – Justificação da metodologia de cálculo
Relativamente ao valor de Nic:

Não representa consumos reais, pois os seus ocupantes podem impor condições
diferentes das de referência;

Constitui uma forma objectiva de comparar o comportamento térmico de
edifícios ou fracções autónomas;

Quanto maior for o seu valor, mais frio será o edifício no Inverno, ou mais
energia será necessário fornecer para o aquecer até uma temperatura
confortável.
Relatório de estágio
20
DSE
O método de cálculo está definido de acordo com a Env ISO 13790 e considera que todo o
edifício ou fracção autónoma será mantido permanentemente à mesma temperatura de
referência (20°).
Necessidades nominais de aquecimento Nic, resulta do quociente entre, o somatório das
perdas de calor por condução através da envolvente (Qt) com as perdas de calor resultantes
das renovações de ar (Qv), menos os ganhos úteis (Qqu) e a área da fracção autónoma, como
representado na seguinte expressão:
=
(
+
−
)
3.4.2 – Perdas de calor por condução através da envolvente
As perdas de calor pela envolvente resultam de todas as perdas através de elementos físicos
do edifício e são calculadas pela seguinte expressão:
Q =Q
+Q
+Q
+Q
onde:
Qext são as perdas por zonas correntes das paredes, envidraçados, coberturas, e
pavimentos em contacto com o exterior;
Qlna são as perdas por zonas das paredes, pavimentos e envidraçados em contacto com
locais não aquecidos;
Qpe são as perdas por paredes e pavimentos em contacto com solo;
Qpt são as perdas de calor pelas pontes térmicas.
3.4.3 – Perdas de calor por zona correntes para o exterior
A) Elementos em contacto com o exterior
Todos os elementos em contacto com o exterior terão perdas de calor calculadas da seguinte
forma:
Q
Relatório de estágio
= 0.024 × U × A × GD
21
DSE
onde:
A é a área do elemento em contacto com o exterior medida pelo interior do edifício.
GD é o número de graus dias retirado do quadro III.1 do RCCTE.
U é coeficiente de transmissão térmica de um elemento – representa a quantidade de
calor que atravessa perpendicularmente, um elemento de faces planas e paralelas, por
unidade de tempo e de superfície, quando sujeito a um gradiente de temperatura
unitário (°C) entre os ambientes que separa.
=
1
R
R é a resistência térmica de um material ou elemento construtivo.
R
=R +
e
+
λ
R+
R
+R
onde:
Rsi - resistência térmica superficial interior,
Rse - resistência térmica superficial exterior,
Rar - resistência térmica do espaço de ar, e espessura da camada de
elementos homogéneos
λ - Coeficiente de condutibilidade térmica (W/m°C), característica dos
materiais de construção que representa a quantidade de calor que
atravessa perpendicularmente um metro desse material, quando sujeito
a um gradiente de temperatura unitário (°C). Este valor pode ser
fornecido pelo fabricante ou retirado ITE- 50 do Laboratório Nacional
de Engenharia Civil.
Relatório de estágio
22
DSE
B) Perdas de calor por condução para locais não aquecidos
Q
= 0.024 × U × A × GD × τ (kwh)
São considerados locais não aquecidos armazéns, arrecadações, garagens, sótãos não
habitados, escadas e corredores de acesso etc.
O coeficiente τ é determinado através da tabela 4 para o qual se necessita saber o tipo de
local não aquecido de que se trata e do quociente entre Ai (área do elemento que separa o
espaço útil do espaço não útil) e Au (área do elemento que separa o espaço não útil do
ambiente exterior).
Tabela 4– Coeficiente τ
Ai – área do elemento que separa o espaço útil interior do espaço não útil;
Au – área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior.
Relatório de estágio
23
DSE
A envolvente de separação destes espaços com os espaços aquecidos deverá satisfazer
obrigatoriamente os requisitos mínimos definidos no Anexo IX (Umax e factor solar).
Os valores indicados aplicam-se a desvãos não habitados de coberturas inclinadas acessíveis ou não.
Se forem acessíveis estes podem ter, quer não ter, qualquer uso quer ser utilizados como arrecadações
os espaços técnicos. As características da ventilação baseiam-se nas definições que constam no Anexo
II.
Nota: sempre que τ > 0,7 ao elemento que separa o espaço útil do espaço não útil aplicam-se os
requisitos mínimos definidos no Anexo IX para os elementos exteriores (ver art. 16°)
3.4.4 – Perdas de calor de paredes ou pavimentos em contacto com o solo
As perdas de calor para o solo através de paredes ou do pavimento variam consoante certos
parâmetros, sendo estes a diferença de nível entre a face superior do pavimento e a cota do
terreno exterior podendo esta diferença ser positiva ou negativa. Outro factor que influencia
estas perdas, é a existência ou não de isolamento térmico no elemento de separação entre o
interior e o solo. No caso concreto de este elemento ser uma parede, o valor do coeficiente de
transmissão térmica desta mesma, será também um agente condicionador das ditas perdas. Na
figura 4 apresenta-se um esquema representativo das perdas para solo pela envolvente em
geral.
Figura 4 – Perdas para o solo pela envolvente em geral
Estas perdas são calculadas pela seguinte expressão:
Q
= 0.024 × L
× GD (kwh)
onde:
Relatório de estágio
24
DSE
Lpe – perdas unitárias de calor.
Lpe = ∑ Ψ × B (W/°C)
Ψ – Coeficiente de transmissão térmica linear (W/m.°C), retirado da tabela 5 para
pavimentos com isolamento térmico, a tabela 6 para pavimentos sem isolamento
térmico e da tabela 5 para parede em contacto com o terreno. Estes valores dependem,
para as paredes, do coeficiente de transmissão térmica e da diferença de cotas entre o
pavimento e o solo natural exterior. No caso dos pavimentos Ψ depende da existência
ou não de isolamento térmico e diferença de cotas entre o pavimento e o solo natural
exterior.
Bj – Desenvolvimento do elemento em contacto com p terreno medido pelo interior
A. Pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico
Na figura 5 encontram-se ilustradas as perdas efectuadas pelos pavimentos em contacto
com o terreno, e no seguinte quadro 5 os respectivos coeficientes das perdas.
Figura 5- Perdas de calor dos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico
Tabela 5- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno sem isolamento térmico
Relatório de estágio
z
(m)
< -6.00
Ψ
(W/m.ᵒC)
0
-6.00 a -1.25
0.50
-1.20 a 0
1.50
0.05 a 1.50
2.50
25
DSE
B. Pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico
perimetral
Figura 6 – Perdas de calor de pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral
Tabela 6- Valores de Ψ nos pavimentos em contacto com o terreno com isolamento térmico perimetral
z
(m)
- 1.20 a 0.00
0.05 a 1.50
Ψ (W/m.ᵒC)
Resistência térmica do isolante – R (m2.ᵒC/W)
0.30 < R < 0.5
R ≥ 0.5
1.40
1.20
2.00
1.80
C. Paredes em contacto com o terreno
Figura 7 – Perdas de calor de paredes em contacto com o terreno
Relatório de estágio
26
DSE
Tabela 7- Valores de Ψ em paredes em contacto com o terreno
Ψ (W/m.ᵒC)
z
(m)
Coeficiente de transmissão térmica da parede U (W/m2.ᵒC)
0.40
0.64
1.00
1.20
1.50
1.80
a
a
a
a
a
a
0.64
0.99
1.19
1.49
1.79
2.00
< - 6.00
1.55
1.90
2.25
2.45
2.65
2.75
-6.00 a -3.05
1.35
1.65
1.90
1.05
2.25
2.50
- 3.00 a -1.05
0.80
1.10
1.30
1.45
1.65
1.75
-1.00 a 0.00
0.30
0.40
0.50
0.60
0.70
0.80
3.4.5 – Perdas de calor por condução através das pontes térmicas
As perdas de calor através das pontes térmicas devem ser calculadas através da seguinte
expressão:
Qpt = 0,024 x Lpt x GD (kwh)
onde:
Lpt são as perdas lineares e unitárias de calor por °C de diferença de temperatura entre
os ambientes interior e exterior) através das pontes térmicas serão calculadas, em cada
momento pela seguinte fórmula:
∑ Ψj x Bj (w/°C)
Dependendo Ψ do tipo de ligação entre os elementos podendo ser estes:
A- Ligação da fachada com pavimentos térreos;
B- Ligação da fachada com pavimentos sobre locais não aquecidos ou exteriores;
C- Ligação da fachada com pavimentos intermédios;
D- Ligação da fachada com cobertura inclinada ou terraço;
E- Ligação da fachada com varanda;
F- Ligação entre duas paredes;
G- Ligação da fachada com caixa de estores;
H- Ligação da fachada com padieira, ombreira, ou peitoril.
Relatório de estágio
27
DSE
Sendo ainda cada tipo classificado por:
i - isolamento pelo interior.
e - isolamento pelo exterior.
r - isolamento repartido ou isolante na caixa-de-ar das paredes duplas.
Os valores de Ψ são obtidos através das tabelas apresentadas a seguir.
A. Ligação de fachada com pavimentos térreos
Tabela 8– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a
situação Ai
ep
z
(m)
(m)
0.15
0.20
≥ 0.25
0 a + 0.40
0.50
0.55
0.65
> + 0.40
0.65
0.75
0. 5
Figura 8 - Isolamento pelo interior
Tabela 9– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a
situação Ae
d
z
(m)
(m)
<0
de 0 a 0.60
> 0.60
0 a + 0.40
0.60
0.30
0.15
> + 0.40
0.80
0.45
0.25
Figura 9 - Isolamento pelo exterior
Relatório de estágio
28
DSE
Tabela 10– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a
situação Ar
ep
z
(m)
(m)
0.15
0.20
≥0.25
0 a + 0.40
0.45
0.50
0.60
> + 0.40
0.60
0.70
0.80
Figura 10- Isolamento repartido ou isolante na
caixa-de-ar de paredes duplas
Nota: Quando o pavimento térreo não tem isolamento térmico, os valores de Ψ das tabelas 6, 7 e 8 agravam-se
em 50%.
B. Ligação de fachada com pavimentos sobre locais não aquecidos ou
exteriores
Tabela 11– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação
Bi.1
ep
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.55
0.65
0.75
0.60
0.15m < em* < 0.30m
* Se não for em betão, a parede deve ter uma
espessura superior a 0.22 m.
Figura 11 - Isolamento pelo interior
Relatório de estágio
29
DSE
Tabela 12– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação
Bi.2
ep
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.20
0.25
0.30
0.35
0.15m < em* < 0.30m
* Se não for em betão, a parede deve ter uma
espessura superior a 0.22 m.
Figura 12 - Isolamento pelo interior
Tabela 13– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação
Be.1
em*
d
(m)
(m)
0<d=0.30
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.40
0.45
0.50
0.55
* Se não for de betão, a parede deve ter uma espessura
superior a 0.22 m.
Figura 2 - Isolamento pelo exterior
Figura 13 - Isolamento pelo exterior
Tabela 14– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação
Be.2
em*
d
(m)
0<d≤0.30
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.45
0.50
0.55
0.60
* Se não for de betão, a parede deve ter uma espessura
superior a 0.22 m.
Figura 14 - Isolamento pelo exterior
Relatório de estágio
30
DSE
Tabela 15– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a
situação Br.1
ep
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.60
0.65
0.70
0.80
Figura 15 - Isolamento repartido ou isolante na
caixa de ar de paredes duplas
Tabela 16– Valores de Ψ (W/m.ᵒC) para a situação
Br.2
ep
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.50
0.55
0.60
0.70
Figura 16 - Isolamento repartido ou isolante na
caixa-de-ar de paredes duplas
Relatório de estágio
31
DSE
C. Ligação de fachada com pavimentos intermédios
Tabela 17– Valores de Ψsup e Ψ (W/m.ᵒC) para a
situação Ci
ep
em*
(m)
Figura 17 - Isolamento pelo interior
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.15 a 0.22
0.35
0.40
0.45
0.55
0.22 a 0.30
0.30
0.35
0.40
0.50
≥0.30
0.25
0.30
0.35
0.45
* Se não for em betão, a parede deve ter uma
espessura superior a 0.22m.
Nota: Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf
Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf
Tabela 18– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para
a situação Ce
0.15m <em*<0.30m
Ψsup = Ψinf = 0.10
W/m.ᵒC
* Se não for em betão, a parede deve ter uma
espessura superior a 0.22m.
Figura 18 - Isolamento pelo exterior
Nota: Ψsup = Ψinf
Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf
Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf
Relatório de estágio
32
DSE
Tabela 19– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC) para
a situação Cr
ep
em*
m)
(m)
≥0.30
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.15
0.20
0.25
0.30
* Se não for em betão, a parede deve ter uma
espessura superior a 0.22m.
Figura 19 - Isolamento repartido ou isolante na
caixa-de-ar de paredes duplas
Nota: Ψsup = Ψinf
Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf
Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf
D. Ligação de fachada com cobertura inclinada ou terraço
Tabela 20– Valores de Ψ (W/m.ᵒC)
para a situação Di
ep
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0 3
5
0.65
0.75
0.85
0.90
Figura 20 - Isolamento pelo interior da parede de
fachada e pelo exterior da cobertura
0.15m < em*<0.30m
* Se não for em betão, a parede deve ter uma
espessura superior a 0.22m.
Relatório de estágio
33
DSE
Tabela 21– Valores de Ψ(W/m.ᵒC)
para a situação De
ep
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.35
0.45
0.50
0.55
0.15m < em*<0.30m
Figura 21 - Isolamento contínuo pelo exterior
* Se não for em betão, a parede deve ter uma
espessura superior a 0.22m.
Para isolamento não contínuo pelo exterior considerar os valores Ψ da tabela 22.
Tabela 22– Valores de Ψ (W/m.ᵒC)
para a situação Dr
ep
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.50
0.60
0.70
0.75
Figura 22 - Isolamento repartido ou isolante na
caixa-de-ar da parede de fachada e isolamento pelo
exterior da cobertura
Relatório de estágio
34
DSE
E. Ligação da fachada com varanda
Figura 23 - Isolamento pelo interior
Tabela 23– Valores de Ψsup e Ψinf (W/m.ᵒC)
para as situações Ei, Ee, Er
ep
em*
(m)
(m)
0.15
0.20
0.25
≥0.35
0.15 a 0.22
0.40
0.45
0.50
0.55
0.22 a 0.30
0.35
0.40
0.45
0.50
≥0.30
0.30
0.35
0.40
0.45
Figura 24 - Isolamento pelo exterior
*Se não for em betão, a parede deve ter uma
espessura superior a 0.22 m.
Figura 25 - Isolamento repartido ou isolante na
caixa-de-ar de paredes duplas
Nota: Para compartimentos contíguos de habitações distintas Ψ = Ψsup = Ψinf
Para compartimentos contíguos da mesma habitação Ψ = Ψsup + Ψinf
Relatório de estágio
35
DSE
F. Ligação entre duas paredes verticais
Tabela 24– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fi
em*
(m)
≤0.22
≥0.22
0.20
0.25
* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura
superior a 0.22m.
Figura 26 - Isolamento pelo interior
Tabela 25– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fe
em*
(m)
≤0.22
≥0.22
0.10
0.15
* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura
superior a 0.22m.
Figura 27 - Isolamento pelo exterior
Tabela 26– Valores de Ψ(W/m.ᵒC) para a situação Fr
em*
(m)
≥0.22
0.20
* Se não for em betão, a parede deve ter uma espessura
superior a 0.22m.
Figura 28 - Isolamento repartido ou isolante na
caixa-de-ar
Relatório de estágio
36
DSE
G. Ligação da fachada com caixa de estore
Tabela 27 – Valores de Ψ(W/m.ᵒC)
para as situações Gi, Ge, Gr
Figura 29 - Isolamento pelo interior
Situação
Ψ
Isolamento pelo interior
0 W/m.ᵒC
Isolamento pelo exterior
0 W/m.ᵒC
Isolamento repartido ou
isolante na caixa-de-ar de
paredes duplas
0 W/m.ᵒC
Nota: A resistência térmica de isolante da caixa de
estore R, deve ser maior ou igual a 0.5 m2ᵒC/W.
Figura 30 - Isolamento pelo exterior
No caso da caixa de estore apresentar uma
configuração diferente da apresentada considerar
Ψ=1W/mᵒC.
Figura 31 - Isolamento repartido ou isolante na caixade-ar de paredes duplas
Relatório de estágio
37
DSE
H. Ligação da fachada com, ombreira ou peitoril
Figura 32 - Isolamento pelo interior
Tabela 28– Valores de Ψ(W/m.ᵒC)
para as situações Hi, He, Hr
Situação
Figura33 - Isolamento pelo exterior
Ψ
Isolamento pelo interior
0 W/m.ᵒC
Isolamento pelo exterior
0 W/m.ᵒC
Isolamento repartido ou
isolante na caixa-de-ar de
paredes duplas
0 W/m.ᵒC
Nota: Se não houver contacto do isolante
térmico com a caixilharia considerar o valor de
Ψ=0.2W/mᵒC.
Em paredes duplas considera-se que há
continuidade do isolante térmico quando este for
complanar com a caixilharia.
Figura 34 - Isolamento pelo exterior
Relatório de estágio
38
DSE
3.4.6 – Perdas de calor por renovação do ar.
A necessidade de ventilar os espaços interiores de um edifício, está directamente associada ao
conforto higrotérmico dos seus ocupantes. Através do metabolismo dos ocupantes, as
actividades desenvolvidas, os equipamentos instalados, o ar interior, degrada-se na sua
qualidade. Esta pode ser manifestada por cheiros, irritações, alergias, saturação, humidades e
condensações etc. Esta necessidade de ventilar, para além do desconforto descrito, está na
origem de diversas patologias na envolvente interior dos edifícios, provocadas pelo ar
“saturado” interior, como bolores e fungos e a própria degradação dos materiais. As
renovações de ar implicam assim uma perda de calor do interior edifício ou fracção para o
exterior. A Energia necessária para compensar estas perdas durante toda a estação de
aquecimento é calculada pela seguinte expressão:
Q = 0.024 × (0.34 Rph × Ap × Pd) × GD(kwh)
onde:
Ap é a área da fracção autónoma
Pd é o pé direito médio ponderado
GD é o número de graus dias
Rph é o número de renovações horárias do ar interior (h-1)
Se o edifício dispuser de sistemas mecânicos de ventilação teremos de adicionar a energia
dispendida para compensar as perdas por renovação de ar, a energia dispendida pelos
ventiladores Ev, calculada pela seguinte expressão:
Ev = Pv x 24 x 0,03 M
onde:
Pv é soma das potências eléctricas de todos os ventiladores (W)
M é duração média da estação convencional de aquecimento (meses)
Relatório de estágio
39
DSE
Ventilação natural
O cálculo da taxa de renovação horária nominal Rph, baseia-se na hipótese de que o edifício
ou fracção possui características para garantirem um valor mínimo de Rph = 0,6h-1. Sempre
que o edifício esteja em conformidade com a norma NP 1037-1 consideramos Rph = 0,6 h-1.
Para os edifícios que não estejam em conformidade com a norma NP 1037-1 determinar-se-á
a sua classe de exposição recorrendo ao quadro 1 e tendo em consideração a:
1. Região na qual se encontra o edifício em estudo:
1.1. Região A - Todo o território nacional com excepção dos locais pertencentes a
região B
1.2. Região B - Regiões autónomas dos Açores e Madeira e as localidades situadas
numa faixa de 5 km de largura junto à costa e os locais de altitude superiores a
600m
2. Rugosidade do terreno:
2.1. Rugosidade I – Edifícios no interior de uma zona urbana
2.2. Rugosidade II – Edifícios situados na periferia de uma zona urbana ou numa
zona rural
2.3. Rugosidade III – Edifícios situados em zonas muito expostas
3. Altitude acima do solo (medida do solo até a meio da altura do envidraçado)
podendo ser assim:
3.1. Menor que 10m
3.2. De 10m a 18m
3.3. De 18 a 28m
3.4. Superior a 28m
Relatório de estágio
40
DSE
Uma vez determinada a classe de exposição do edifício, a classe de permeabilidade ao ar das
caixilharias e consoante a existência ou não de dispositivos de admissão na fachada e de caixa
de estore, retiramos do Quadro 3 o valor Rph.
Por exemplo, para uma moradia situada em plena cidade da Guarda, com dois pisos, a uma
altitude de 920m, com caixa de estore e caixilharia de classe 1, o valor de Rph será
determinado seguido os passos do quadro 3:
Quadro 3 – valores de Rph
 A este valor será acrescido 0,1 se a área de envidraçados do edifício em estudo for superior a 15 % da
sua área útil.
 No caso de todas portas do edifício estarem bem vedadas por aplicação de borrachas ou equivalente
em todo o seu perímetro, o valor retirado do Quadro IV.1 poderá ser diminuído de 0,05.
Relatório de estágio
41
DSE
Ventilação mecânica
A taxa de renovação horária é calculada com base no caudal de ventilação médio que será o
maior entre o caudal insuflado (Vins) e caudal extraído de edifício (Vev).
Mesmo em presença de ventilação mecânica, a ventilação natural continua a estar presente.
Para se desprezar a ventilação natural é necessário que a diferença entre o caudal insuflado e o
caudal extraído mecanicamente seja superior a:
 Edifícios com exposição 1
0,10h-1
 Edifícios com exposição 2
0,25h-1
 Edifícios com exposição 3 ou 4
0,50h-1
Se não for desprezável, o valor de Rph passa a ser calcula pela seguinte expressão:
ℎ=
+
A partir do gráfico representado na figura 30 e fazendo a intersecção entre a classe de
exposição e a taxa, obtida pelo quociente entre, a diferença do volume insuflado com o
volume extraído e o volume total da fracção (
)/ , retira-se o valor de
/ .
Figura 3 – Gráfico para o cálculo de Rph mecânico
Relatório de estágio
42
DSE
3.4.7 – Ganhos térmicos úteis na estação de aquecimento.
Os ganhos térmicos têm duas origens:
 associados a fontes internas de calor Qi
brutos
ganhos térmicos
Qg = Qi + Qs
 Associados ao aproveitamento da radiação solar Qs
Os ganhos térmicos úteis
=
×
onde:
η é o factor de utilização dos ganhos térmicos, definido em função da inércia térmica do
edifício, que a capacidade que os materiais possuem de armazenar calor, e do parâmetro ϒ
que é igual ao quociente entre os ganhos térmicos brutos e as necessidades brutas de
aquecimento, podendo ser obtido, consoante a situação pela seguintes expressões.
η=
η=
ϒ
ϒ
; se ϒ≠1
; se ϒ= 1
com: a = 1,8 para edifícios com inércia térmica fraca,
a = 2,6 para edifícios com inércia térmica média,
a = 4,2 para edifícios com inércia térmica forte,
e o parâmetro ϒ é obtido pela seguinte expressão : ϒ =
Relatório de estágio
43
DSE
3.4.8 – Ganhos térmicos brutos resultantes de fontes internas.
Estes ganhos incluem todas as fontes de calor situadas no espaço a aquecer, excluindo o
sistema de aquecimento:
 Metabolismo dos ocupantes.
 Calor dissipado nos equipamentos e nos dispositivos de iluminação, determinados pela
seguinte expressão.
×
×
× 0,720 (KWh)
Em que:
qi - ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento (W/m2), numa
base de 24 horas por dia, todos os dias do ano, e constam no quadro 4, a seguir identificado.
Quadro 4- Ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil de pavimento (qi)
3.4.9 – Ganhos térmicos brutos através dos vãos envidraçados
Estes ganhos térmicos associados ao aproveitamento da radiação solar podem ser
determinados a partir da seguinte expressão.
=
∑
×
onde:
Gsul - Valor médio mensal da energia solar média incidente numa superfície vertical
orientada a Sul retirado do seguinte quadro 5.
Relatório de estágio
44
DSE
Quadro 5 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de
aquecimento
Zona climática de inverno
I1
I2
I3
Energia solar média
incidente numa superfície
vertical orientada a Sul na
estação de aquecimento GSul
(kWh/m2.mês)
Continente
108
Açores
70
Madeira
100
Continente
93
Açores
50
Madeira
80
Continente
90
Açores
50
Madeira
80
X é o Factor de orientação que depende do octante para o qual o elemento da
envolvente está orientado e é dado pelo quadro 6.
Quadro 6 – Factor de orientação que depende do octante para o qual o elemento da envolvente está
orientado (X).
Asnj é a área efectiva colectora da radiação solar das superfícies n com a orientação j
Asnj = A x Fs x Fg x Fw x g 
onde: Fs é o factor de obstrução calculado pela seguinte expressão
Fs = Fh + Fo + Ff
Relatório de estágio
45
DSE
com: Fh – factor de sombreamento do horizonte, retirado da tabela 33 para a
estação de aquecimento (se não houver informação suficiente para a
determinação do ângulo de horizonte, pode-se admitir 45° para edifícios
em meios urbanos e 20° para edifícios isolados).
Tabela 29- Valores do factor de sombreamento do horizonte (Fh)- situação de Inverno
Figura 36 – Ângulo de horizonte (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado
Fo – factor de sombreamento dos elementos horizontais sobrepostos
aos envidraçados (palas, varandas, beirado do próprio edifício, etc),
retirado da tabela 34 para a estação de aquecimento.
Tabela 28- Valores do factor de sombreamento por elementos horizontais (F0)-Situação de Inverno
Relatório de estágio
46
DSE
Figura 37 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado situação
de inverno
Ff – factor de sombreamento dos elementos verticais adjacentes aos
envidraçados (muros de vedação, paredes do próprio edifícios), retirado
da tabela 35 para a estação de aquecimento.
Tabela 29- Valores do factor de sombreamento por elementos verticais (Ff) - Situação de Inverno
Deve-se sempre verificar que:
Relatório de estágio
× ℎ×
×
≥ 0,27 e
×
< 0,9
47
DSE
Fg - Fracção envidraçada, é o quociente entre a área de envidraçado e a área total do
vão, podendo ser determinada a partir do quadro 7 consoante a tipo de caixilharia e a
existência ou não de quadricula
Quadro 7– Fracção envidraçada (Fg)
Fw - Fracção de correcção da selectividade angular, traduz a redução dos ganhos pela
variação das propriedades do vidro com o ângulo de incidência da radiação solar
directa e toma geralmente o valor de 0,9, para a estação convencional de aquecimento
e para vidros correntes simples ou duplos.
g  - Factor solar dos vãos envidraçados, é a relação entre a energia solar transmitida
para o interior através do vão envidraçado em relação à radiação incidente na direcção
normal ao envidraçado. Salvo certas excepções caso se trate de um edifício destinado
a habitação, deve-se pelo menos considerar a existência de cortinas interiores muito
transparentes de cor clara, assumindo um valor de 0,7 para vidros simples incolor e de
0,63 para vidro duplo incolor. Para outras situações pode-se recorrer ao quadro 8.
Relatório de estágio
48
DSE
Quadro 8 – Factores solares
Relatório de estágio
g
49
DSE
3.5 – Procedimento de cálculo das necessidades de arrefecimento
3.5.1 – Justificação do procedimento de cálculo
As necessidades nominais de arrefecimento representam a energia útil que é necessário retirar
de uma fracção autónoma para a manter permanentemente a uma temperatura de referência,
durante a estação convencional de arrefecimento (Junho a Setembro).
Relativamente ao valor das necessidades nominais de arrefecimento Nvc:

não representa consumos reais, pois os ocupantes podem impor condições diferentes
das de referência;

constitui uma forma objectiva de comparar o comportamento térmico de edifícios ou
fracções autónomas;

quanto maior for o seu valor, mais quente será a fracção no Verão ou mais energia
será necessário consumir para a arrefecer até uma temperatura confortável.
Na estação de arrefecimento, o cálculo preciso dos balanços energéticos, dada a natureza
altamente dinâmica dos fenómenos em causa, só é possível recorrendo a meios de simulação
dinâmica detalhada. Esta metodologia é exigida na aplicação do regulamento dos sistemas de
climatização (RSECE), mas a sua complexidade não se justifica para o RCCTE. Assim, o
RCCTE utiliza uma metodologia simplificada, validada a nível europeu e que produz
resultados adequados aos objectivos pretendidos. Esta metodologia é complementar à
utilizada na determinação dos ganhos úteis na estação de aquecimento. Assim as necessidades
nominais de arrefecimento serão obtidas através da seguinte expressão.
=
Relatório de estágio
×
(1 − )
50
DSE
Em que:
são os ganhos totais brutos da fracção autónoma determinados pelo
somatório entre a os ganhos de calor pela envolvente opaca (Q1), os ganhos pela ventilação
(Q2), os ganhos pelos envidraçados (Q3) e os ganhos interiores (Q4). Como representado pela
seguinte expressão
= 1+ 2+ 3+ 4
3.5.2 – Ganhos de calor pela envolvente opaca.
- Carga individual devido à envolvente por combinação da diferença de temperatura
interior e exterior e incidência de radiação solar. Integrando os ganhos instantâneos ao longo
dos quatro meses (122 dias) aos ganhos pela envolvente opaca exterior, temos:
= 2,928 ×
×
×(
−
)+
×
×
ℎ
Com:
(ϴm- ϴ i) - Temperatura média do ar na estação convencional de arrefecimento.
Ir - Intensidade média da radiação total incidente em cada orientação e que constam
no quadro 9.
Quadro 9 – Valores médios da temperatura do ar exterior e da intensidade da radiação solar para a
estação convencional de arrefecimento (Junho a Setembro)
Relatório de estágio
51
DSE
he é a condutância térmica superficial exterior do elemento da envolvente
exterior e que se admite tomar o valor de 25 W/m2.ºC.
α é o coeficiente de absorção da superfície exterior do elemento da envolvente
opaca exterior e que consta do quadro 10.
Quadro 10 – Coeficiente de absorção da superfície exterior do elemento da envolvente opaca exterior (α)
Côr da protecção
Clara
Média
Escura
α
0.4
0.5
0.8
Branco
Côr
Castanho
Creme
Vermelho Escuro
Verde escuro
Amarelo
Verde Claro
Azul vivo
Laranja
Azul Claro
Azul escuro
Vermelho claro
preto
3.5.3 – Ganhos de calor por ventilação
A metodologia para a determinação destes ganhos é igual à adoptada para a estação de
aquecimento. Mas, como a temperatura média exterior durante a estação de arrefecimento é
sempre inferior à temperatura interior de referência, a ventilação é, em média, uma perda,
pelo que será contabilizada na folha de cálculo FCV1.a.
3 = 2,928 × (0,34 ×
×
×
)
×(
)
3.5.4 – Ganhos de calor pelos envidraçados
Para a determinação destes ganhos adopta-se a mesma metodologia definida para a estação de
aquecimento. Assim,
=
∑
onde:
Relatório de estágio
52
DSE
Gsul é o valor médio mensal da energia solar média incidente numa superfície vertical
orientada a sul e é retirado do quadro 11.
Quadro 11 – Energia solar média mensal incidente numa superfície vertical orientada a sul na estação de
aquecimento
Zona climática de inverno
I1
I2
I3
.
Energia solar média
incidente numa superfície
vertical orientada a Sul na
estação de aquecimento GSul
(kWh/m2.mês)
Continente
108
Açores
70
Madeira
100
Continente
93
Açores
50
Madeira
80
Continente
90
Açores
50
Madeira
80
Asnj é a área efectiva colectora da radiação solar das superfícies n com orientação j,
calculada pela seguinte expressão.
Asnj = A x Fs x Fg x Fw x g 
onde:
A é a Área do envidraçado
Fs é o factor de obstrução, determinado através da seguinte expressão.
Fs = Fh + Fo + Ff
Fh é o factor de sombreamento do horizonte, considerado igual a 1 para a estação de
arrefecimento.
Relatório de estágio
53
DSE
Fo é o factor de sombreamento dos elementos horizontais sobrepostos aos
envidraçados (palas, varandas, beirado do próprio edifício, etc), retirado da tabela 36
para a estação de arrefecimento.
Tabela 30- Factor de sombreamento dos elementos horizontais (Fo) – situação de Verão
Figura 38 – Ângulo da pala horizontal (α ), medido a partir do ponto médio do vão envidraçado situação
de verão
Ff – factor de sombreamento dos elementos verticais adjacentes aos envidraçados
(muros de vedação, paredes do próprio edifícios), retirado da tabela 37 para a estação
de arrefecimento.
Relatório de estágio
54
DSE
Tabela 33– Factor de sombreamento dos elementos verticais (Ff) – situação de verão
Deve-se sempre verificar que:
× ℎ×
×
≥ 0,27
e
×
< 0,90
Fg - Fracção envidraçada, é o quociente entre a área de envidraçado e a área total do
vão, podendo ser determinada a partir do já referido quadro 5 da pagina 48, consoante
a tipo de caixilharia e a existência ou não de quadricula.
Fw - Fracção de correcção da selectividade angular, traduz a redução dos ganhos pela
variação das propriedades do vidro com o ângulo de incidência da radiação solar
directa e o seu valor e retirado do quadro 12.
Quadro 12 – Fracção de correcção da selectividade angular (FW)
g  - O factor solar do envidraçado deve ser calculado com os dispositivos de
sombreamento móveis activados a 70%, ou seja, o factor solar do vão envidraçado
será igual a 30% do factor solar do vidro mais 70% do factor solar do vão envidraçado
com a protecção solar activada e cujos valores constam do Quadro 13.
Relatório de estágio
55
DSE
Quadro 13 – Factor solar de vãos com protecção solar 100% activada e vidro incolor corrente (g┴)
Este Quadro considera o factor solar de vãos envidraçados dotados dos dispositivos de protecção solar mais
usuais e nos quais são utilizados vidros incolores correntes. Caso sejam aplicados vidros especiais, o factor
solar desses vãos deve ser obtido pelas equações seguintes:
 Vidro simples – g  =
g '  × g v
,
;
Vidro duplo – g  =
g '  × g v
,
3.5.5 – Ganhos interiores
A metodologia para a determinação destes ganhos é igual à adoptada para a estação de
aquecimento e consta da folha de cálculo V1.d, obtendo-se pela expressão seguinte.
Q = 2,928 x q x A
Relatório de estágio
56
DSE
3.6 – Métodos de cálculo das necessidades de energia para
preparação de águas quentes
As necessidades anuais de energia útil para preparação de águas quentes sanitárias (AQS) são
calculadas pela expressão:
=
ɳ −
−
Qa é a energia útil dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS;
ɳa é a eficiência de conversão desses sistemas de preparação de AQS;
Esolar é a contribuição de sistemas de colectores solares para aquecimento de AQS;
Eren é a contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis (solar, fotovoltaica,
biomassa, eólica, geotérmica, etc.) para preparação de AQS, bem como de quaisquer formas
de recuperação de calor de equipamentos ou fluidos residuais.
3.6.1 – Energia dispendida com sistemas convencionais de preparação de
AQS (Qa)
A determinação da energia dispendida com estes sistemas convencionais será obtida da
seguinte forma:
=
×
×∆ ×
MAQS - Consumo médio diário de referência de AQS (I)
Nos edifícios residenciais, este consumo será obtido pela expressão:
= 40
Relatório de estágio
× °
57
DSE
O número convencional de ocupantes de referência de cada fracção autónoma é definido no
quadro 14.
Quadro 14– Número convencional de ocupantes de referência de cada fracção autónoma
Nos edifícios de serviços, admite-se que são pequenos consumidores de AQS pelo que
MAQS=100 litros. Serão aceites outros valores desde que devidamente justificados.
∆T – aumento de temperatura necessário à preparação das AQS e toma o valor de referência
de 45°C (considera-se que a água da rede pública é disponibilizada a uma temperatura média
de 15°C e que deve ser aquecida à temperatura de 60°C);
nd – número anual de dias de consumo de AQS, depende do período convencional de
utilização e é indicado no quadro 15.
Quadro 15 - Número anual de dias de consumo de AQS
Relatório de estágio
58
DSE
3.6.2 – Eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS (ɳa)
Este valor será definido pelos fabricantes com base em ensaios normalizados, mas, na
ausência de informação mais precisa podem ser utilizados os valores de referência do quadro
16.
Quadro 1 - Valores de referência para a eficiência de conversão do sistema de preparação das AQS
-os valores devem ser diminuídos de 0,10, se as redes de distribuição de água quente internas à fracção
autónoma não forem isoladas com pelo menos 10mm de isolamento térmico (ou resistência térmica
equivalente da tubagem respectiva);
-para outros sistemas (ex.: sistemas centralizados comuns a várias fracções autónomas de um mesmo
edifício, recurso a redes urbanas de aquecimento, ...) a eficiência deve ser calculada e demonstrada
caso a caso pelo projectista;
-caso não esteja definido, em projecto, o sistema de preparação das AQS, considera-se que a fracção
autónoma vai dispor de um termoacumulador eléctrico com 5cm de isolamento térmico (ɳa = 0,90) em
edifícios sem alimentação de gás, ou um esquentador a gás (ɳa = 0,50) quando estiver previsto o
respectivo abastecimento.
Relatório de estágio
59
DSE
3.6.3 – Contribuição de sistemas solares de preparação de AQS (Esolar)
Este valor deverá ser calculado utilizando o programa SOLTERM do INETI. Considerando
parâmetros como o tipo de sistema a utilizar, a localização do edifício (cidade ou vila), a área
de colectores necessária tendo em atenção que o regulamento nos obriga a ter 1 m² de painéis
solar por cada habitante do edifício. Será ainda de ter em conta a inclinação dos painéis em
função do local onde serão instalados e o azimute ou seja o ângulo que os painéis deverão
fazer com o Sul. O rendimento deste sistema também será influenciado pelo rendimento do
sistema de apoio e pelas características de consumo.
3.6.4 – Contribuição de outros sistemas de preparação de AQS (Eren)
A contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis para preparação de AQS,
bem como de quaisquer formas de recuperação de calor de equipamentos ou fluidos residuais,
deverá ser calculada com base num método devidamente justificado, reconhecido e aceite pela
entidade licenciadora.
3.7 – Inércia térmica interior It
A inércia térmica de uma fracção autónoma é função da sua capacidade de armazenamento de
calor e depende da massa superficial útil de cada um dos elementos de construção. A massa
superficial útil, Msi, de cada elemento de construção depende:
 da localização do elemento no edifício;
 da constituição do elemento construtivo;
 da posição do isolamento térmico.
Pode-se considerar os seguintes casos:
Relatório de estágio
60
DSE
A) Elementos da envolvente exterior, elementos em contacto com outra fracção ou com
espaços não úteis não devem exceder o valor limite de 150 kg/m2 relativo a sua massa
superficial útil.
Para os elementos da envolvente da fracção em estudo que apresentem um
revestimento superficial interior com 0,14 m2.ºC/W < Rt < 0,5 m2.ºC/W, a massa
superficial útil Msi definida no quadro anterior deverá ser reduzida de 50% do valor
calculado.
B) Elementos em contacto com o solo não devem exceder o valor limite de 150 kg/m2
relativo a sua massa superficial útil.
C) Elementos interiores (Paredes e pavimentos) não devem exceder o valor limite de 300
kg/m2 relativo a sua massa superficial útil.
Para os elementos interiores que apresentem um revestimento superficial com Rt >
0,14 m2.ºC/W, numa ou em duas faces, a massa superficial útil, Msi, definida no
quadro anterior deverá ser multiplicada por 0,75 0u 0,50, respectivamente.
3.7.1– Cálculo da inércia térmica
A massa superficial útil por metro quadrado de área útil de pavimento, It, calcula-se da
seguinte forma:
It =
∑Msi × Si
Ap
× ri
Definem-se assim 3 classes de inércia identificadas no quadro 17.
Quadro 17– Classes de Inércia
Relatório de estágio
61
DSE
3.8 – Fichas para licenciamento
Para requerer a licença de construção e de utilização, deve ser preenchido para cada edifício
um conjunto de fichas que estão definidas no RCCTE.
 Licença de Construção – Fichas 1 a 3;
 Licença de Utilização – Ficha 4;
 Licença de Construção para Habitações Uni familiares abrangidas pelo art. 10º - Ficha
1 (pag.1) e Ficha 3.
3.9 – Requisitos mínimos de qualidade térmica para a envolvente
dos edifícios
3.9.1 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis
Nenhum elemento da envolvente de um edifício pode apresentar uma solução construtiva cujo
coeficiente de transmissão térmica em zona corrente, U, seja superior ao correspondente valor
apresentado no quadro 18.
Quadro 18 – Coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis
Relatório de estágio
62
DSE
3.9.2 – Zonas não correntes da envolvente
Todas as zona de qualquer elemento da envolvente opaca, incluindo zonas de ponte térmica
plana (pilares, vigas, caixas de estores,) terão que apresentar uma solução construtiva cujo
coeficiente de transmissão térmica (U), calculado de forma unidimensional na direcção
normal à envolvente, que obedeça às seguintes condições:

≤2×

≤
ℎ
ó
.
.
3.9.3 – Factor solar máximo admissível
Nenhum vão envidraçado da envolvente de qualquer edifício, com Atotal > 5% Ap e não
orientado a norte ( entre NE e NO), pode apresentar um factor solar correspondente ao vão
envidraçado com o respectivo dispositivo de protecção 100% activo que exceda os valores
apresentados no quadro 19.
Quadro 19– Factores solares máximos admissíveis
Nota: Após análise das diferentes características e condições relativas a cada projecto, os
dados obtidos serão introduzidos nas folhas de cálculo adaptadas para a verificação da
conformidade com o RCCTE.
Relatório de estágio
63
DSE
4 – Certificação energética
4.1 – Certificado Energético
A partir de 1 Janeiro de 2009, o CERTIFICADO ENERGÉCTICO passou a ser obrigatório
para efectuar contratos de promessa compra e venda e contratos de arrendamento de todas as
fracções de habitação.
O certificado é emitido por um perito qualificado no âmbito do SCE – Sistema de Certificação
de Edifícios, contém diversas informações tais como, a identificação do imóvel e do PQ –
Perito Qualificado, etiqueta de desempenho energético, validade do certificado, descrição
sucinta do imóvel, descrição das soluções adoptadas, valores de referência regulamentares
(para que os consumidores possam comparar e avaliar o desempenho energético do edifício),
resumo/síntese de eventuais medidas de melhoria propostas, entre outros campos que são
específicos do edifício considerado.
Os Peritos Qualificados são individualmente responsáveis pela condução do processo de
certificação dos edifícios, sendo os agentes que, no terreno, asseguram a operacionalidade do
SCE. Têm como principais responsabilidades:

Verificar da correcta aplicação dos regulamentos técnicos (RCCTE – Regulamento
das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, RCCTE, Decreto de Lei
nº 80/2006 de 4 de Abril, e do RSECE – Regulamento dos Sistemas Energético de
Climatização em Edifico Decreto de Lei nª 79/2006 de 4 de Abril);

Avaliar o desempenho energético e da qualidade do ar interior

Propor, quando aplicável, medidas de melhoria na sequência das avaliações de
desempenho que realizou;

Emitir e registar as declarações e/ou certificados que atestem a conformidade
regulamentar do edifício e o desempenho energético e da QAI do mesmo, juntamente
com eventuais medidas de melhoria propostas;

Verificar ou realizar inspecções periódicas a caldeiras e a sistemas e equipamentos de
ar condicionado, nos termos do RSECE.
Relatório de estágio
64
DSE
Em anexo II apresenta-se um certificado energético relativo a uma moradia para a qual o
estagiário elaborou o projecto de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE
apresentado em anexo I.
4.2 – Classes de eficiência energética
Concretamente em relação à classificação do edifício, esta segue uma escala pré-definida de
7+2 classes (A+, A, B, B-, C, D, E, F e G), em que a classe A+ corresponde a um edifício
com melhor desempenho energético, e a classe G corresponde a um edifício de pior
desempenho energético. Na etiqueta de desempenho energético está graficamente
representado esse gradiente de classes, juntamente com a indicação, numa seta de cor preta,
da classe do edifício ou fracção em causa. Nos edifícios novos (com pedido de licença de
construção após entrada em vigor do SCE), as classes energéticas variam apenas entre as
classes A+ e B-. Os edifícios existentes poderão ter qualquer classe (de A a G), como
ilustrado na seguinte figura 39.
Figura 39 – Classes energéticas
Relatório de estágio
65
DSE
CAPÍTULO IV – CONCLUSÃO
O fosso entre a vida académica e profissional é realmente grande. Apesar de eu não ter
sentido muito as dificuldades de inserção e adaptação, elas existem e são acrescidas com o
sentimento de responsabilidade imposto no dia-a-dia.
Os conhecimentos adquiridos nas aulas, embora necessários, relevam-se muitas vezes
insuficientes para a resolução de novos problemas e situações pontuais. A dificuldade de
interpretação e análise de projectos, o desconhecimento de certos termos técnicos, materiais e
práticas utilizadas, resultaram muitas vezes num verdadeiro trabalho de investigação.
A maior dificuldade foi sem dúvida a transposição da experiência vivida ao longo deste
estágio para o papel. Ou seja, a elaboração deste relatório.
Contudo com empenho, dedicação e interesse, essas dificuldades transformam-se num hábito
quotidiano e tornam-se benéficas para o nosso enriquecimento profissional.
Os objectivos previstos com este estágio foram alcançados, ou seja o mundo do trabalho foi
sentido, vivido e assimilado com muito gosto por parte do estagiário.
Relatório de estágio
66
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
A NEXOS
BRUNO NET O DE CARVAL HO
RELATÓRIO PARA A INSERÇÃO NA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE ENGENHEIROS TÉCNICOS
DEZEMBRO/2010
Gesp.007.03
DSE
ANEXO I
Projecto de verificação da conformidade regulamentar com o RCCTE.
Regulamento das Características de Comportamento
Térmico dos Edifícios,
Decreto de Lei nº 80/2006 de 4 de Abril
PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MORADIA UNIFAMILIAR
ANEXO B
ÁREA DE PAVIMENTO/PÉ-DIREITO
CAVE 3
COMPARTIMENTOS
Escadas
Patamar
Corredor
I.S 1
Quarto
Quarto
I.S 2 (Privativa)
Quarto
Quarto
I.S 3 (Privativa)
Arrumos
Hall de entrada
I.S 4
Sala de Estar
Sala de Refeições
Cozinha
Totais:
CAVE 2
CAVE 1
R/Ch
Aréa
P.D.
Área x PD
Aréa
P.D.
Área x PD
Aréa
P.D.
Área x PD
Aréa
P.D.
Área x PD
3,00
8,60
4,00
2,00
12,00
17,20
8,75
3,15
3,00
3,00
26,25
9,45
7,65
3,00
22,95
7,50
2,60
19,50
9,50
7,00
21,50
26,00
5,45
19,25
30,60
6,10
5,40
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
28,50
21,00
64,50
78,00
16,35
57,75
91,80
18,30
16,20
15,10
4,40
25,35
38,90
25,40
2,60
2,60
2,60
2,60
2,60
39,26
11,44
65,91
101,14
66,04
11,60
Área total de pavimento:
Pé direito médio:
29,20
2
278,60 m
2,81 m
11,90
35,70
138,45
415,35
116,65
303,29
PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MORADIA UNIFAMILIAR
ANEXO D
CARACTERÍSTICAS DOS ENVIDRAÇADOS
ÁREA EFECTIVA DE ENVIDRAÇADOS ORIENTADA A SUL
DIMENSÕES
Ref
Orientação
Factor de
orientação
Altura
X
Comp. (m)
(m)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
N
N
N
N
E
E
S
S
W
W
E
E
E
E
S
S
W
W
0,27
0,27
0,27
0,27
0,56
0,56
1,00
1,00
0,56
0,56
0,56
0,56
0,56
0,56
1,00
1,00
0,56
0,56
0,50
0,50
1,00
1,00
1,50
0,80
3,00
3,00
0,80
1,00
1,50
1,50
0,80
1,50
2,00
2,00
1,50
0,80
Área (m2)
1,10
1,10
1,10
1,10
1,10
1,65
2,00
2,00
1,10
8,60
2,00
2,00
1,10
1,10
2,00
2,00
1,10
1,10
0,55
0,55
1,10
1,10
1,65
1,32
6,00
6,00
0,88
8,60
3,00
3,00
0,88
1,65
4,00
4,00
1,65
0,88
Total:
46,81
Fh
Fo
TOTAL:
Ff
Fh∙Fo∙Ff
X∙Fh∙Fo∙Ff
Fo∙Ff
Fs
> 0,05 Ap
m2
a
Inv
Ver
a
Inv
Ver
45
45
45
45
45
45
0
0
45
45
45
45
45
45
0
0
45
45
1,00
1,00
1,00
1,00
0,58
0,58
1,00
1,00
0,58
0,58
0,58
0,58
0,58
0,58
1,00
1,00
0,58
0,58
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
> 60
> 60
25
25
25
20
50
50
25
10
8
8
8
8
45,4
45,4
8
8
1,00
1,00
1,00
1,00
0,87
0,89
0,54
0,54
0,87
0,94
0,96
0,96
0,96
0,96
0,59
0,59
0,96
0,96
0,94
0,94
0,98
0,98
0,79
0,83
0,54
0,54
0,79
0,92
0,94
0,94
0,94
0,94
0,55
0,55
0,94
0,94
3,30
20,00
11,50
12,01
46,81 m2
b
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
50
30
20
15
0
0
0
0
30
40
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
20
40
Inv
Ver
Inv
Ver
Inv
Ver
Inv
Ver
Inv
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
1,00
0,88
0,88
0,88
0,88
1,00
1,00
0,94
0,93
1,00
1,00
1,00
1,00
0,50
0,52
0,54
0,54
0,50
0,55
0,56
0,56
0,56
0,56
0,59
0,59
0,55
0,55
0,94
0,94
0,98
0,98
0,79
0,83
0,54
0,54
0,79
0,92
0,83
0,83
0,83
0,83
0,55
0,55
0,88
0,87
0,27
0,27
0,27
0,27
0,28
0,29
0,54
0,54
0,28
0,31
0,31
0,31
0,31
0,31
0,59
0,59
0,31
0,31
0,25
0,25
0,27
0,27
0,44
0,46
0,54
0,54
0,44
0,52
0,46
0,46
0,46
0,46
0,55
0,55
0,49
0,49
1,00
1,00
1,00
1,00
0,87
0,89
0,54
0,54
0,87
0,94
0,96
0,96
0,96
0,96
0,59
0,59
0,96
0,96
0,94
0,94
0,98
0,98
0,79
0,83
0,54
0,54
0,79
0,92
0,83
0,83
0,83
0,83
0,55
0,55
0,88
0,87
0,90
0,90
0,90
0,90
0,50
0,52
0,54
0,54
0,50
0,52
0,52
0,52
0,52
0,52
0,59
0,59
0,52
0,52
Fw
Ver
a)
a)
a)
a)
a)
a)
a)
a)
a)
a)
a)
FRACÇÃO
ENVIDRAÇADA
1,00
1,00
0,90
0,90
0,79
0,83
0,54
0,54
0,79
0,90
0,83
0,83
0,83
0,83
0,55
0,55
0,88
0,87
b)
b)
a)
a)
a)
Inv
Ver
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,80
0,80
0,80
0,80
0,85
0,85
0,75
0,75
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,75
0,75
0,85
0,85
Fg
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
(a) Limitação de Fo × Ff ≤ 0,9
(b) Limitação de X x Fh x Fo × Ff 0,27
N
S
E
W
FACTOR DE
SELECTIVIDADE
FACTOR DE OBSTRUÇÃO - Fs
ÁREAS EFECTIVAS POR ORIENTAÇÕES
2
2
Orientação Aquec. (m ) Arref. (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
TOTAL:
0,240
0,352
0,998
1,149
3,342
1,166
1,030
2,494
5,610
5,161
FACTORES
SOLARES
ÁREA EFECTIVA
g┴
Ae (m2)
Inv
Ver
Inv
Ver
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,50
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,50
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,22
0,040
0,040
0,080
0,080
0,138
0,115
0,967
0,967
0,074
0,735
0,262
0,262
0,077
0,144
0,704
0,704
0,144
0,077
0,063
0,063
0,113
0,113
0,158
0,133
0,347
0,347
0,085
2,138
0,302
0,302
0,088
0,166
0,236
0,236
0,177
0,094
Total:
5,610
5,161
m2
relatório_energético
-------------------------------------------------------------------------------SolTerm 5.0
Licenciado a D.S.E. Lda
()
Estimativa de desempenho de sistema solar térmico
-------------------------------------------------------------------------------Campo de colectores
-------------------------------------------------------------------------------Modelo de colector: Velux CLI S08 4000
Tipo: Plano
4 módulos (5,6 m²)
Inclinação 19° - Azimute 2°
Coeficientes de perdas térmicas: a1= 4,177 W/m²/K
a2= 0,004 W/m²/K²
Rendimento óptico: 79,7%
Modificador de ângulo: a
0°
5° 10° 15° 20° 25° 30° 35° 40°
1,00 1,00 1,00 1,00 0,99 0,99 0,98 0,97 0,96
a
45° 50° 55° 60° 65° 70° 75° 80° 85° 90°
0,95 0,93 0,91 0,87 0,83 0,76 0,64 0,40 0,00 0,00
-------------------------------------------------------------------------------Permutador
-------------------------------------------------------------------------------Interno ao depósito, tipo serpentina, com eficácia 55%
Caudal no grupo painel/permutador: 42,2 l/m² por hora (=0,07 l/s)
-------------------------------------------------------------------------------Depósito
-------------------------------------------------------------------------------Modelo: típico 300 l
Volume: 300 l
Área externa: 3,60 m²
Material: médio condutor de calor
Posição vertical
Deflectores interiores
Coeficiente de perdas térmicas: 2,74 W/K
Um conjunto depósito/permutador
-------------------------------------------------------------------------------Tubagens
-------------------------------------------------------------------------------Comprimento total: 30,0 m
Percurso no exterior: 5,4 m com protecção mecânica
Diâmetro interno: 25,0 mm
Espessura do tubo metálico: 3,0 mm
Espessura do isolamento: 33,0 mm
Condutividade térmica do metal: 380 W/m/K
Condutividade térmica do isolamento: 0,030 W/m/K
-------------------------------------------------------------------------------Página 1
relatório_energético
Carga térmica: segunda a sexta
-------------------------------------------------------------------------------RCCTE 5 ocupantes
Temperatura nominal de consumo: 60°C
(N.B. existem válvulas misturadoras)
Temperaturas de abastecimento ao depósito (°C):
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Dez
7
8
8
9
11
13
15
8
Perfis de consumo (l)
hora
Jan
Fev
Dez
01
Ago
Set
Out
Nov
15
14
11
9
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
02
03
04
05
06
07
08
09
10
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
13
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
14
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
18
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
19
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
200
200
200
200
200
200
200
200
200
200
200
40
11
12
40
40
15
16
17
40
40
20
21
22
23
24
diário
200
-------------------------------------------------------------------------------Página 2
relatório_energético
Carga térmica: fim-de-semana
-------------------------------------------------------------------------------RCCTE 5 ocupantes
Temperatura nominal de consumo: 60°C
(N.B. existem válvulas misturadoras)
Temperaturas de abastecimento ao depósito (°C):
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Dez
7
8
8
9
11
13
15
8
Perfis de consumo (l)
hora
Jan
Fev
Dez
01
Ago
Set
Out
Nov
15
14
11
9
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
02
03
04
05
06
07
08
09
10
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
13
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
14
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
18
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
19
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
200
200
200
200
200
200
200
200
200
200
200
40
11
12
40
40
15
16
17
40
40
20
21
22
23
24
diário
200
Página 3
relatório_energético
-------------------------------------------------------------------------------Localização, posição e envolvente do sistema
-------------------------------------------------------------------------------Concelho de Manteigas
Coordenadas nominais: 40,4°N, 7,5°W
TRY para RCCTE/STE e SOLTERM (fonte: INETI - versão 2004)
Obstruções do horizonte: 3°(por defeito)
Orientação do painel:
inclinação 19° - azimute 2°
-------------------------------------------------------------------------------Balanço energético mensal e anual
-------------------------------------------------------------------------------Rad.Horiz. Rad.Inclin. Desperdiçado Fornecido
Carga
Apoio
kWh/m²
kWh/m²
kWh
kWh
kWh
kWh
Janeiro
56
79
,
169
382
213
Fevereiro
74
95
,
183
339
156
Março
111
129
,
253
375
122
Abril
150
162
,
292
356
64
Maio
186
190
1,
302
353
52
Junho
198
197
3,
303
328
25
Julho
227
229
14,
320
324
4
Agosto
204
217
13,
319
324
5
Setembro
139
159
1,
293
321
28
Outubro
101
128
,
260
353
94
Novembro
65
90
,
188
356
167
Dezembro
53
76
,
158
375
217
---------------------------------------------------------------------Anual
1566
1752
32,
3039
4186
1147
Fracção solar:
72,6%
Rendimento global anual do sistema: 31%
colector]
Produtividade: 543 kWh/[m²
N.B. 'Fornecido' é designado 'E solar' nos Regulamentos Energéticos (DLs
78,79,80/06)
Página 4
FICHA Nº 1
REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE
COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS (RCCTE)
Demonstração da Conformidade Regulamentar para
Emissão de Licença ou Autorização de Construção
(Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 12º)
Câmara Municipal de
Manteigas
Edifício
Moradia unifamiliar
Localização
Nº de Fracções Autónomas
1
(ou corpos
1
)
Para cada Fracção Autónoma ou corpo, incluir:
Ficha 2 - Levantamento Dimensional
Ficha 3 - Comprovação de Satisfação dos Requisitos Mínimos
Fichas FCIV e FCV (Anexos IV e V do RCCTE)
Técnico Responsável:
Nome
Inscrito na:
Ordem dos Arquitectos, com o nº
Ordem dos Engenheiros, com o nº
os
Assoc. Nac. dos Eng. Técnicos, com o nº
Data
Guarda, …. de …………... de 20..
Anexos:
1. Declaração de reconhecimento de capacidade profissional para aplicação do RCCTE,
emitida pela Ordem dos Arquitectos, da Ordem dos Engenheiros ou da ANET.
2. Termo de responsabilidade do Técnico Responsável, nos termos do disposto na alínea e)
do nº 2 do artigo 12º do RCCTE.
3. Declaração de conformidade regulamentar subscrita por perito qualificado, no âmbito do
SCE, nos termos do disposto na alínea f) do nº 2 do artigo 12º do RCCTE.
(pag 1 de 2)
*
Se houver duas ou mais fracções autónomas (FA) exactamente iguais, é suficiente elaborar um único
conjunto de Fichas para cada grupo de FA iguais.
*
Em alternativa, pode ser submetida uma única Ficha 3, comum para todas as Fracções Autónomas de um
mesmo edifício, mesmo que haja mais do que uma FA distinta.
FICHA Nº 1 (cont.)
REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE
COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS (RCCTE)
Demonstração da Conformidade Regulamentar para
Emissão de Licença ou Autorização de Construção
(Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 12º)
I3
Zona Climática
Graus-dias:
3000
ºC·dia
Fracção
Autónoma
Nº
(m )
(RPH)
Moradia
278,60
0,95
Ap
2
Taxa
Ren.
V1
NORTE
Duração Aquec.
Nic
2
Ni
2
(kWh/m ·ano) (kWh/m ·ano)
122,68
124,14
Altitude
8
Nvc
2
Temp. Verão
Meses
Nv
2
Nac
2
(kWh/m ·ano)
(kWh/m ·ano)
(kWh/m ·ano)
2,40
16,00
5,82
(pag 2 de 2)
783
m
19 ºC
Na
2
(Quadro III.9)
Ntc
2
Nt
2
(kWh/m ·ano) (kgep/m ·ano) (kgep/m ·ano)
21,22
1,84
4,13
FICHA Nº 2
REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE
COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS
LEVANTAMENTO DIMENSIONAL
(Nos termos do artigo 12º, nº 2, alínea b))
(PARA UMA ÚNICA FRACÇÃO AUTÓNOMA)
(ou para um corpo de um edifício)
Edifício/FA Moradia unifamiliar
Área útil de pavimento:
278,6
m
2
Pé-Direito Médio (ponderado):
Elementos Correntes da Envolvente
A
2
(m )
PAREDES
Exteriores
Pe 1
Pe 2
Pi
Interiores
U
2
(W/m ºC)
62,90
9,40
72,30
0,44
0,76
126,47
14,30
27,40
0,37
0,36
1,45
Comp.
(m)
(W/m ºC)
PAVIMENTOS
0,05m < Z < 1,50m
Z < - 3,00m
9,65
3,65
1,8
0
PAREDES
-3,00m < Z < -1,05m
14,65
0,8
Pontes térmicas
PONTES TÉRMICAS
PLANAS
Ptpe 1
Ptpe 2
16,13
8,13
Total
192,43
m
Elementos em contacto com o Solo
PAVIMENTOS
Sobre exterior
Sobre área não-útil Lpi 1
Lpi 2
Total
2,81241924
0,62
0,72
Comp.
(m)
(W/m ºC)
9,65
60,58
0,45
0,30
25,20
0,65
Peitoril/padieira
44,68
33,74
23,70
25,70
0,50
0,35
0,00
0,20
LIGAÇÃO ENTRE
DUAS PAREDES
20,80
0,20
FACHADA COM PAVIMENTO:
Térreo
Intermédios
Sobre locais não aquec.
COBERTURAS
Terraço
Lce
Desvão
não-ventilado
Lci
ventilado
Inclinadas
Sobre área não-útil
Total
ou exteriores
21,30
0,47
FACHADA COM:
Cobertura
112,80
0,37
134,10
COEFICIENTE DE ABSORÇÃO PAREDE
COBERTURA
0,4
0,4
Varanda
Caixa de estores
FICHA Nº 2 (cont.)
REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE
COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS
LEVANTAMENTO DIMENSIONAL
(Nos termos do artigo 12º, nº 2, alínea b))
(PARA UMA ÚNICA FRACÇÃO AUTÓNOMA)
(ou para um corpo de um edifício)
2
PAREDES
ÁREAS (m ) POR ORIENTAÇÃO
(descrição sumária e valor U)
N
Paredes exteriores 1
Paredes exteriores 2
pontes térmicas planas1
pontes térmicas planas2(C.Estores)
portas
10,95
9,90
0,50
1,14
1,80
NE
51,36
E
SE
29,75
S
8,18
2,64
1,05
3,24
3,30
11,50
20,00
SW
W
34,41
4,40
6,40
1,11
VÃOS ENVIDRAÇADOS
(especificar incluindo o tipo de protecção
solar e valor Sv
envidraçados com estores
envidraçados sem estores
ENVIDRAÇADOS HORIZONTAIS:
0
m2
3,41
8,60
NW
FICHA Nº 3
REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE
COMPORTAMENTO TÉRMICO DE EDIFÍCIOS (RCCTE)
Demontração de Satisfação dos Requisitos Mínimos
para a Envolvente de Edifícios
(Nos termos da alínea d) do nº 2 do artigo 12º)
Edifício
Moradia unifamiliar
Fracção Autónoma
Moradia unifamiliar
Inércia térmica
FORTE
a) U máximo
Valores máximos regulamentares:
Fachadas exteriores
1,45
Coberturas exteriores
0,90
Paredes interiores
1,90
Pavimentos interiores
1,20
Coberturas interiores
0,90
Pontes térmicas
1,45
b) Factores Solares dos Envidraçados
Tipo de protecção solar
Tipo de protecção solar
Tipo de protecção solar
Tipo de protecção solar
Soluções adoptadas:
0,37/0,36
0,47
1,45
0,56/0,63
0,37
0,62/0,72
2
W/m ºC
2
W/m ºC
W/m2 ºC
W/m2 ºC
W/m2 ºC
W/m2 ºC
Valores máximos regulamentares:
Estores exteriores de réguas
0,56
Vidro colorido na massa sem protecção
0,56
2
W/m ºC
2
W/m ºC
W/m2 ºC
W/m2 ºC
W/m2 ºC
W/m2 ºC
Soluções adoptadas - Verão:
0,07
0,50
c) Pontes térmicas planas
Ptpe 1
Ptpe 2
Valores máximos regulamentares:
0,74 W/m2 ºC
2
0,74 W/m ºC
Soluções adoptadas:
0,62
0,72
W/m2 ºC
2
W/m ºC
Juntar pormenores construtivos definidores de todas as situações de potencial ponte térmica:
Caixas de estore (se existirem)
Ligações entre paredes e vigas
Ligações entre paredes e pilares
Ligações entre paredes e lajes de pavimento
Ligações entre paredes e lajes de cobertura
Paredes e pavimentos enterrados
Montagem de caixilharia
Técnico responsável:
Nome
Data
Assinatura
W/m2 ºC
W/m2 ºC
W/m2 ºC
2
W/m ºC
Folha de cálculo FC IV.1a
Perdas associadas à envolvente exterior
Paredes exteriores
Área
2
Pe 1
Pe 2
Porta exterior
Ptpe 1
Ptpe 2
U
U·A
2
(m )
(W/m ºC
(W/ºC)
126,47
14,30
1,8
16,13
8,13
0,37
0,36
3,50
0,62
0,72
46,79
5,15
6,30
10,00
5,85
0,00
0,00
0,00
74,10
TOTAL
Pavimentos exteriores
Coberturas exteriores
Lce
Área
U
U·A
(m 2)
(W/m 2ºC
(W/ºC)
TOTAL
0,00
0,00
0,00
0,00
Área
U
U·A
(m 2)
(W/m 2ºC
(W/ºC)
21,30
0,47
10,01
0,00
0,00
0,00
0,00
10,01
TOTAL
Paredes e Pavimentos
em contacto com o Solo
Pavimentos contacto com solo Z < -6,00m
Pavimentos contacto com solo 0,05m < Z < 1,50m
Paredes contacto com solo -3,00m < Z < -1,05m
Perímetro
Pontes Térmicas Lineares
Ligações entre:
Fachada com os Pavimentos térreos - A
Fachada com Pavimentos - B
Fachada com Pavimentos intermédios - C
Fachada com Cobertura inclinada ou Terraço - D
Fachada com Varanda - E
Duas Paredes verticais - F
Fachada com Caixa de estore - G
Fachada com Padieira, Ombreira ou Peitoril - H
Outras
Comp.
B(m)
(W/m ºC)
W/ºC)
9,65
18,3
14,65
1,80
0,00
0,80
TOTAL
17,37
0,00
11,72
29,09
(m)
(W/m ºC)
W/ºC)
9,65
25,20
60,58
44,68
33,74
20,80
23,70
25,70
0,45
0,65
0,30
0,50
0,35
0,20
0,00
0,20
TOTAL
4,34
16,38
18,17
22,34
11,81
4,16
0,00
5,14
0,00
82,35
TOTAL
195,55
(W/ºC)
Folha de cálculo FC IV.1b
Perdas associadas à envolvente interior
Paredes em contacto com espaços
não-úteis ou edifícios adjacentes
Pi - Garagem
Porta interior - Garagem
Pi - Arrumos
Porta interior - Arrumos
Pi - Lavandaria
Área
2
U·A·
U
2
(m )
(W/m ºC
(-)
(W/ºC)
12,65
1,76
3,90
1,76
10,85
1,45
2,00
1,45
2,00
1,45
0,8
0,8
0,7
0,7
0,7
14,67
2,82
3,96
2,46
11,01
0,00
0,00
34,93
TOTAL
Pavimentos sobre espaços não úteis
Lpi 1 - Arrumos
Lpi1 - Lavandaria
Lpi2
Coberturas interiores
(tectos sobre espaços não-úteis)
Lci
U·A·
Área
U
(m 2)
(W/m2ºC
(-)
(W/ºC)
56,40
6,50
9,40
0,44
0,44
0,76
0,7
0,7
0,8
TOTAL
17,37
2,00
5,72
25,09
U·A·
Área
U
(m 2)
(W/m2ºC
(-)
(W/ºC)
112,80
0,37
0,8
33,39
0,00
0,00
0,00
33,39
TOTAL
Vãos envidraçados em contacto
com espaços não-úteis
Pontes térmicas (apenas para paredes de
separação para espaços não-úteis com
0,7)
Ligação para garagem
Área
2
(m )
2
TOTAL
0,00
0,00
0,00
0,00
(W/ºC)
·
(-)
2,6
0,5
0,8
- Zonas comuns em edifícios com mais de uma Fracção Autónoma;
- Sótãos não-habitados.
(W/ºC)
(W/m ºC)
(W/ºC)
Incluir ogrigatóriamente os elementos que separam a Fracção Autónoma dos
seguintes espaços:
- Garagens, armazéns, lojas e espaços não-úteis similares;
(-)
Comp.
B (m)
Perdas pela envolvente interior
da Fracção Autónoma
- Edifícios anexos;
U·A·
U
(W/m ºC
TOTAL
0,00
0,94
0,00
0,00
0,94
TOTAL
94,34
Folha de cálculo FC IV.1c
Perdas associadas aos vãos envidaçados exteriores
Vãos envidraçados exteriores
Área
U
U·A
(m2)
(W/m2ºC
(W/ºC)
38,21
8,60
1,4
2,7
53,49
23,22
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Verticais:
Vãos com estores
Vãos sem estores
Horizontais:
TOTAL
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
76,71
Folha de cálculo FC IV.1d
Perdas associadas à renovação de ar
Área Útil de pavimento (Ap)
Pé-direito médio
Volume interior
(V)
278,6
x
2,8124192
=
(m2)
783,54
(m3)
(m)
VENTILAÇÃO NATURAL
(S ou N)
NÃO
(s/c 1, 2 ou 3)
SC
(S ou N)
SIM
(1, 2, 3 ou 4)
2
Aberturas auto-reguladas ?
(S ou N)
NÃO
Área de envidraçados > 15% Ap ?
(S ou N)
SIM
Portas exteriores bem vedadas ?
(S ou N)
SIM
Cumpre NP 1037-1 ?
se SIM:
RPH = 0,6
Se NÃO:
Classe da Caixilharia
Taxa de Renovação
Caixas de estore ?
Classe de exposição
nominal:
Rph =
0,95
Ver Quadro IV.1
VENTILAÇÃO MECÂNICA (excluir exaustor de cozinha)
Caudal de insuflação
3
Vins - (m /h)
0
Vf =
Caudal extraído
Diferença entre Vins e Vev
Infiltrações
Recuperador de Calor
Taxa de Renovação nominal
3
Vev - (m /h)
0
(m3/h)
0
(Vx)
0,000
(S ou N)
NÃO
(mínimo: 0,6)
Consumo de electricidade para os ventiladores
Volume
Taxa de Renovação nominal
TOTAL
/
0
V=
0,00
(volume int)
(RPH)
se SIM:
=
0
se NÃO:
=
0
0
[(Vf + Vx)/ V )] (1 - )
0
(Ev = Pv 24 0,03 M (kWh))
783,540
x
0,95
x
0,34
=
253,08
(W/ºC)
Folha de cálculo FC IV.1e
Ganhos úteis na estação de aquecimento (Inverno)
Ganhos Solares:
Orientação do
Tipo
vão
(simples ou
envidraçado
duplo)
Área
Factor de
orientação
Factor Solar
do vidro
A (m2)
X(-)
g (-)
Factor de
Obstrução
Fracção
Factor de
Área Efectiva
envidraçada Sel. Angular
Fs(-)
F g (-)
F w (-)
Ae (m 2)
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,65
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,040
0,040
0,080
0,080
0,138
0,115
0,967
0,967
0,074
0,735
0,262
0,262
0,077
0,144
0,704
0,704
0,144
0,077
Fh·F o·F f
N
N
N
N
E
E
S
S
W
W
E
E
E
E
S
S
W
W
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
Duplo
0,55
0,55
1,10
1,10
1,65
1,32
6,00
6,00
0,88
8,60
3,00
3,00
0,88
1,65
4,00
4,00
1,65
0,88
0,27
0,27
0,27
0,27
0,56
0,56
1,00
1,00
0,56
0,56
0,56
0,56
0,56
0,56
1,00
1,00
0,56
0,56
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,5
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,51
0,90
0,90
0,90
0,90
0,50
0,52
0,54
0,54
0,50
0,52
0,52
0,52
0,52
0,52
0,59
0,59
0,52
0,52
Área Efectiva Total equivalente na orientação SUL (m 2)
5,610
x
Radiação incidente num envidraçado a Sul (Gsul)
na Zona:
I3
2
(kWh/m ·mês) - do Quadro 8 (Anexo III)
Duração da Estação de Aquecimento
90
x
8
=
4039,2
(meses)
Ganhos Solares Brutos (kWh/ano)
Ganhos Internos:
Ganhos internos médios
(Quadro IV.3)
4
x
8
x
278,6
x
0,72
=
6418,9
Duração da Estação de Aquecimento
Área Útil de pavimento
Ganhos Internos Brutos
(W/m 2)
(meses)
(m 2)
(kWh/ano)
Ganhos Totais Úteis:
10458,1
44617,4
Ganhos Solares Brutos + Ganhos Internos
Nec. Brutas de Aquecimento (da FC IV.2)
Inércia do edifício:
FORTE
Factor de Utilização dos Ganhos Solares
0,234
(
Ganhos Solares Brutos + Ganhos Internos
Ganhos Totais Úteis
0,998
x
10458,1
=
(kWh/ano)
10440
Folha de cálculo FC IV.1f
Valor máximo das necessidades de aquecimento (Ni)
FACTOR DE FORMA
Das FC IV.1a e 1c: (Áreas)
Paredes Exteriores
Coberturas Exteriores
Pavimentos Exteriores
Envidraçados Exteriores
m
2
166,83
21,30
0,00
46,81
Da FC IV.1b: (Áreas equivalentes A ·
Paredes Interiores
Coberturas Interiores
Pavimentos Interiores
Envidraçados Interiores
23,09
90,24
51,55
0,00
Área Total:
399,82
/
783,54
=
0,510
Volume (da (FC IV.1d)
FF
Graus-Dia no Local (ºC dia)
3000
Ni = 4,5 + 0,0395 GD
Ni = 4,5 + (0,021 + 0,037 FF) GD
para FF 0,5
para 0,5 < FF
Ni = [4,5 + (0,021 + 0,037 FF) GD] (1,2 - 0,2 FF)
Ni = 4,05 + 0,06885 GD
para 1 < FF 1,5
para FF > 1,5
Nec. Nom. De Aquec. Máximas - Ni
(kWh/m2·ano)
124,14
1
Folha de cálculo FC IV.2
Cálculo do indicador (Nic)
(W/ºC)
Perdas térmicas associadas a:
Envolvente Exterior (da FC IV.1a)
195,55
Envolvente Interior (da FC IV.1b)
94,34
Vãos Envidraçados (da FC IV.1c)
76,71
Renovação de Ar (da FC IV.1d)
253,08
=
Coeficiente Global de Perdas
(W/ºC)
619,69
x
Graus-Dia no Local
(ºC·dia)
3000
x
0,024
=
Necessidades Brutas de Aquecimento
(kWh/ano)
44617
+
Energ. eléctr. necessária aos ventil.
(kWh/ano)
0
Ganhos Totais Úteis (da FC IV.1e)
(kWh/ano)
10440
=
Necessidades de Aquecimento
(kWh/ano)
34177
/
Área Útil de pavimento
(m2)
278,6
=
Nec. Nominais de Aquecimento - Nic
2
(kWh/m ·ano)
122,68
<
Nec. Nom. De Aquec. Máximas - Ni
2
(kWh/m ·ano)
124,14
Folha de cálculo FC V.1a
Perdas
Perdas associadas às paredes exteriores (U·A)
(FC IV.1a)
Perdas associadas aos pavimentos exteriores (U·A)
(FC IV.1a)
Perdas associadas às coberturas exteriores (U·A)
(FC IV.1a)
Perdas associadas aos envidraçados exteriores (U·A)
(FC IV.1c)
Perdas associadas à renovação de ar
(FC IV.1d)
Perdas específicas totais
(Q1a)
Temperatura interior de referência
Temperatura média do ar exterior na estação de arrefecimento (Quadro III.9)
Diferença de temperatura interior-exterior
Perdas específicas totais
(Q1a)
Perdas térmicas totais
(Q1b)
74,10
+
0,00
+
10,01
+
76,71
+
253,08
=
413,91
(W/ºC)
25
(ºC)
19
=
6
x
413,91
x
2,928
=
7271,53
(ºC)
(W/ºC)
(W/ºC)
(W/ºC)
(W/ºC)
(W/ºC)
(ºC)
(W/ºC)
(kWh)
Folha de cálculo FC V.1b
Perdas associadas a coberturas e envidraçados exteriores
Perdas associadas às coberturas exteriores
Coberturas exteriores
Área
U
U·A
(m2)
(W/m2ºC
(W/ºC)
Lce
0
0
0
0
21,3
0
0
0
0
0,47
0
0
0
0
TOTAL
10,01
0,00
0,00
0,00
0,00
10,01
Perdas associadas aos envidraçados exteriores
Envidraçados exteriores
Área
2
U
U·A
2
(m )
(W/m ºC
(W/ºC)
Vãos com estores
Vãos sem estores
0
0
0
0
0
0
38,21
8,6
0
0
0
0
0
0
1,4
2,7
0
0
0
0
0
0
53,49
23,22
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
TOTAL
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
76,71
Verticais:
Horizontais:
Nota - O valor de U das coberturas a usar nesta ficha corresponde à situação de Verão.
Folha de cálculo FC V.1e
Ganhos internos
Ganhos internos médios (W/m2) (Quadro IV.3)
Área útil de pavimento (m2)
Ganhos internos totais
4
x
278,6
x
2,928
=
3262,96
(kWh)
Folha de cálculo FC V.1f
Ganhos totais na estação de arrefecimento (Verão)
Ganhos solares pelos vãos envidraçados exteriores
(FC V.1d)
2043,54
(kWh)
Ganhos solares pela envolvente opaca exterior
(FC V.1c)
(kWh)
Ganhos internos
(FC V.1e)
520,24
+
3262,96
=
5826,74
Ganhos térmicos totais
(kWh)
(kWh)
Folha de cálculo FC V.1g
Valor das necessidades nominais de arrefecimento (Nvc)
Ganhos térmicos totais (FC V.1f)
Perdas térmicas totais (FC V.1a)
5826,74
/
7271,53
=
0,80
Inércia do edifício
FORTE
1
Factor de utilização dos ganhos solares,
Necessidades nominais de arrefecimento - Nvc
0,89
=
0,11
x
5826,74
=
667,64
+
0
=
667,64
/
278,6
=
2,40
Necessidades nominais de arref. máximas - Nv
16
Ganhos térmicos totais (FC V.1e)
Necessidades brutas de arrefecimento
Consumo dos ventiladores
(se houver, exaustor da cozinha excluído)
TOTAL
Área útil de pavimento (m2)
(kWh)
(kWh/ano)
(Ev = Pv 24 0,03 4 (kWh))
(kWh/ano)
(kWh/m2 ano)
(kWh/m2 ano)
Folha Anexa 1
CALCULO DAS NECESSIDADES DE ENERGIA PARA PREPARAÇÃO DE
ÁGUA QUENTE SANITÁRIA -
Nac
Consumo percapita de referência de AQS em edifícios de habitação a 60ºC
40
x
Nº de ocupantes (Quadro VI.1)
5
=
200
Consumo médio diário de referência de AQS - M AQS
(litros/dia)
(litros/dia)
x
4187
x
Aumento de temperatura necessário para preparar as AQS - DT
45
(ºC)
Número anual de dias de consumo de AQS - nd (Quadro VI.2)
x
365
(dias)
/
Energia útil dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS - Qa
Eficiência de conversão do sistema de preparação de AQS -
s
3600000
=
3820,64
(kWh/ano)
/
0,82
=
Energia total dispendida com sistemas convencionais de preparação de AQS
Contribuição de sistemas de colectores solares para o aquecimento de AQS - E solar
Contribuição de quaisquer outras formas de energias renováveis - E ren
4659,31
(kWh/ano)
3039
(kWh/ano)
0
(kWh/ano)
=
1620,31
/
Área útil do pavimento - Ap
278,60
(m2)
=
Necessidades de Energia para preparação de AQS - N ac
5,82
(kWh/m2 ano)
Limite máximo das necessidades de energia para preparação da AQS - N a
21,22
(kWh/m2 ano)
Folha Anexa 2
CALCULO DAS NECESSIDADESNOMINAIS ANUAIS GLOBAIS DE
Ntc
ENERGIA PRIMÁRIA -
Necessidades Nominais de Aquecimento - N ic
Eficiência de conversão do sistema de aquecimento -
i
Factor de conversão Fpu entre energia útil e energia primária
Necessidades Nominais de Arrefecimento - N vc
Eficiência de conversão do sistema de arrefecimento -
i
Factor de conversão Fpu entre energia útil e energia primária
Necessidades de Energia para preparação de AQS - Nac
Factor de conversão Fpu entre energia útil e energia primária
0,1
x
122,68
/
0,8
x
0,086
+
0,1
x
2,40
/
3
x
0,29
+
5,82
x
0,086
=
2
(kWh/m ano)
(kgep/kWh)
(kWh/m2 ano)
(kgep/kWh)
(kWh/m2 ano)
(kgep/kWh)
Cálculo das necessidades nominais anuais globais de energia primária - Ntc
1,84
(kgep/m2 ano)
Limite máximo das necessidades anuais globais de energia primária - Nt
4,13
(kgep/m2 ano)
PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MORADIA UNIFAMILIAR
ANEXO E
DETERMINAÇÃO DA INÉRCIA TÉRMICA DO EDIFÍCIO
(kg/m )
(m )
Factor de
correcção
r
150
150
138
118
126,47
14,30
16,13
8,13
1
1
1
1
18970,5
2145
2225,94
959,34
108
27,40
1
2959,2
0
0
0
13
150
112,80
21,30
1
1
1466,4
3195
0
0
Lajes de pavimento
Lpi 1
Lpi 2
146
150
62,90
9,40
1
1
9183,4
1410
0
0
Paredes enterradas
Pent
138
89,13
1
12299,94
0
0
0
Pavimentos enterrados
Lpt
150
20,60
1
3090
0
0
0
Pavimentos interiores
Pavimento intermédio corrente
Pavimento intermédio escadas
300
300
124,00
15,00
1
1
37200
4500
0
0
Paredes interiores
Paredes divisórias
176
162,8
1
28652,8
0
0
0
Elemento de construção
(Descrição do elemento)
Paredes da envolvente externa
Pe 1
Pe 2
Ptpe 1
Ptpe 2
Paredes da envolvente interior
Pi
Massa
superficial total
2
(kg/m )
Mint
2
Msi
(kg/m )
Si
2
2
Msi·Si·r
Obs.
(kg)
Lajes de tecto
Lci
Lce
Total da massa superfícial útil (kg):
128258
/
Área útil do pavimento Ap:
278,6
(m 2)
(Indicar Ap na Folha prep.)
=
Massa superficial útil por m2 de área de pavimento It :
Classe de Inércia Térmica:
460
FORTE
2
(kg/m )
(Ver Quadro VII.6)
DSE
PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE
MORADIA UNIFAMILIAR
PROJECTOS DE ENGENHARIA
PROJECTO DE VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE
REGULAMENTAR COM O RCCTE
Projecto nº P………………..
MANTEIGAS
DATA
DSE
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DA VERIFICAÇÃO
DO REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE
COMPORTAMENTO TÉRMICO DOS EDIFÍCIOS
………………………………………………………………………………………, morador
na Rua…………………………….., freguesia ……………., concelho ……………..,
portador do B.I. …………….. arquivo de identificação da ………………, com o nº de
contribuinte …………….., portador da cédula profissional nº………….. , declara
para efeitos do nº 1 do artigo 10º do Decreto-lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na
redacção que lhe foi conferida pela Lei nº 60/2007 de 4 de Setembro e ao serviço
da empresa D.S.E. - Desenvolvimento de Soluções de Engenharia para
Edifícios Lda, que o projecto de verificação da conformidade regulamentar com o
Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios,
de que é autor, relativo à obra de construção de uma moradia unifamiliar,
localizada na rua …………………………………………………….em Manteigas, cujo
licenciamento foi requerido pelo Sr. …………………………….., observa as normas
legais e regulamentares aplicáveis, designadamente o Decreto-Lei nº 80/2006 de 4
de Abril, que aprova o Regulamento das Características de Comportamento
Térmico dos Edifícios.
Guarda, …….. de ……………… de 20..
O técnico responsável,
………………………………..
(engenheiro civil)
DSE
PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE
MORADIA UNIFAMILIAR
MANTEIGAS
DATA
Projecto nº P………………..
MEMÓRIA DESCRITIVA
DSE
MEMÓRIA DESCRITIVA
1. INTRODUÇÃO
2. LOCALIZAÇÃO
3. DESCRIÇÃO GERAL DO EDIFÍCIO
4. IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS NÃO ÚTEIS
5. ÁREA UTIL DE PAVIMENTO E PÉ DIREITO MÉDIO
6. EQUIPAMENTO DE CLIMATIZAÇÃO
7. VENTILAÇÃO
8. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE SANITÁRIA (AQS)
9. CARACTERIZAÇÃO DA ENVOLVENTE OPACA
9.1. ENVOLVENTE EXTERIOR
9.2. ENVOLVENTE INTERIOR
9.3. PORMENORES DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS
10. PONTES TÉRMICAS LINEARES
10.1. ELEMENTOS EM CONTACTO COM O SOLO
10.2. PONTES TÉRMICAS LINEARES EXTERIORES
10.3. PONTES TÉRMICAS LINEARES INTERIORES
11. ENVIDRAÇADOS
11.1.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS
11.2.
FACTORES SOLARES
12. PORTAS
13. DEFINIÇÃO GEOMÉTRICA E CÁLCULO DA INÉRCIA TÉRMICA
14. VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS MÍNIMOS
14.1. COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO TÉRMICA SUPERFICIAIS DA ENVOLVENTE OPACA
14.2. FACTORES SOLARES DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS
15. VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
15.1. GANHOS INTERNOS
15.2. FACTORES DE UTILIZAÇÃO DOS GANHOS SOLARES E INTERNOS
15.3. VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS ENERGÉTICOS
15.4. PREENCHIMENTO DAS FOLHAS DE CÁLCULO
16. CLASSE ENERGÉTICA E CONCLUSÕES
DSE
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
1. INTRODUÇÃO
A presente memória refere-se ao Projecto de Comportamento Térmico de um edifício
destinado a habitação unifamiliar, localizado no, concelho da Manteigas.
Na elaboração do presente projecto foi cumprida a legislação em vigor, nomeadamente o
RCCTE – Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios –
Decreto-Lei nº 80/2006 de 4 de Abril.
O processo de verificação que será aplicado consiste em demonstrar através dos
procedimentos de cálculo padronizados, que o edifício em análise, cumpre as limitações
impostas às necessidades nominais de energia útil para aquecimento, arrefecimento,
produção de água quente sanitária ou correspondentes necessidades nominais globais de
energia primária.
Paralelamente, para além dos limites anteriores, será também efectuada a verificação dos
requisitos mínimos de qualidade térmica dos edifícios relativos aos coeficientes de
transmissão térmica superficiais máximos da envolvente opaca e aos factores solares dos
vãos envidraçados horizontais e verticais.
No presente processo de verificação da conformidade regulamentar serão numa primeira
fase definidos os parâmetros climáticos do local de implantação do edifício, uma descrição
sumária do mesmo, uma caracterização das condições de ventilação interior do edifício e
do sistema considerado para a produção de água quente e climatização do edifício. Serão
ainda definidos os parâmetros térmicos e geométricos necessários à aplicação do RCCTE
e a caracterização da envolvente exterior e interior do edifício (zonas opacas e envidraçados).
Numa segunda fase será verificado o cumprimento dos requisitos mínimos de qualidade
térmica e dos restantes requisitos energéticos, destinados a limitar as necessidades
energéticas de aquecimento, arrefecimento e produção de águas quentes sanitárias, bem
como balizar as necessidades globais de energia primária do edifício em estudo.
No final será determinada a classe energética da fracção autónoma em análise e realçados
os aspectos considerados fundamentais para o cumprimento das diversas disposições
regulamentares.
2. LOCALIZAÇÃO
O edifício em causa é constituído por uma única fracção autónoma, com quatro pisos,
localiza-se na periferia de uma zona urbana e está implantado a uma altitude de 783 m. Na
figura 1 apresenta-se a implantação do edifício, relação com os edifícios envolventes e a
respectiva orientação. A zona não se encontra abrangida por rede de gás canalizado.
Nos desenhos em anexo, com vista a uma correcta justificação dos valores apresentados,
apresentam-se ainda as plantas, alçados e cortes do edifício que será objecto da presente
verificação.
Na zona envolvente do edifício localizam-se a poente diversas construções com alturas
variáveis, das quais não existe um levantamento das respectivas cérceas. Por outro lado,
está prevista a construção de moradias unifamiliares nos lotes vizinhos situados a
Nascente e Poente. Por este motivo, com excepção da fachada Sul para a qual devido à
forte pendente do terreno não se prevê a existência de qualquer obstrução de Horizonte,
foram adoptados para as restantes orientações os factores de sombreamento do horizonte
propostos no ponto 4.3.3. do Anexo IV do RCCTE tendo em conta à existência de
informação mais detalhada relativamente aos possíveis obstáculos existentes na
DSE
envolvente (ângulo de horizonte de 45º atendendo ao facto do edifício se situar em zona urbana ou
20º para a situação de edifícios isolados).
Figura 1 – Implantação do edifício.
QUADRO I
CARACTERÍSTICAS DA LOCALIZAÇÃO
Opção
Morada
Código Postal
Localidade
Freguesia
Concelho
6260 Manteigas
Manteigas
Santa Maria
MANTEIGAS
Zona Norte/Sul
Norte
Tipo de edifício
Orientação fundamental
do edifício
Número de pisos
Tipologia da fracção
autónoma
Edifício unifamiliar
Tipo de localização
Altitude do local (m)
Coordenadas geodésicas
Zona abrangida por gás
canalizado
Dados
Observações
Definição de zona climática
(RCCTE - Anexo III)
NORTE - ESTE - SUL- OESTE
4
Habitação T4
Periferia de uma zona urbana
783
Latitude:
40,406569
Longitude: -7,531372
Não
Residencial
Rugosidade I
(RCCTE - Quadro IV.2)
Cota de implantação
Coordenadas em formato
decimal
DSE
De acordo com o RCCTE, nos quadros seguintes apresentam-se as zonas climáticas de
Inverno e Verão em que se insere o edifício para efeitos de verificação da conformidade
regulamentar.
QUADRO II
DADOS CLIMÁTICOS NO PERÍODO DE AQUECIMENTO
PARA O LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO
Zona climática
Necessidade de correcção
pela altitude
(z > 400m e z  600m)
Número de Graus-Dia
(ºC·dias)
Duração da estação de
aquecimento
I3
Quadro III.1
Não
Quadro III.2
3000
Quadro III.1
8
Quadro III.1
90
Quadro III.8
(meses)
Energia solar média
incidente numa superfície
vertical orientada a Sul
2
GSul (kWh/m ·mês)
QUADRO III
DADOS CLIMÁTICOS NO PERÍODO DE ARREFECIMENTO
PARA O LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO
V1
Zona climática
(Região Norte)
Quadro III.1
Necessidade de correcção pela
altitude
Não
Quadro III.3
Valores médios da temperatura do ar
exterior atm (Junho a Setembro)
19
Quadro III.9
200
300
420
430
380
430
420
300
730
Quadro III.9
(ºC)
Intensidade da radiação
solar para a estação
convencional de
arrefecimento
(Junho a Setembro)
2
Ir (kWh/m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Horiz.
DSE
3. DESCRIÇÃO GERAL DO EDIFÍCIO
O edifício objecto deste estudo destina-se a habitação unifamiliar de tipologia T4, situa-se
na periferia de uma zona urbana, não sendo abrangida por rede de gás natural e é formado
por um único corpo com quatro pisos.
Dado que o edifício se situa num terreno com elevada pendente, o alçado Norte encontrase enterrado em três dos seus pisos, enquanto que os alçados Este e Oeste apenas se
encontram parcialmente enterrados de acordo com a proposta de arranjos exteriores do
projecto de arquitectura.
O primeiro piso do edifício é ocupado integralmente com uma garagem e o segundo piso
com um grande espaço de arrumos e uma zona de tratamento de roupa. O terceiro e
quarto piso destinam-se fundamentalmente à habitação e foram apenas estes
considerados como zona habitável. O quarto piso está ao nível do Rés-do-Chão do
arruamento principal pelo que todo o edifício se desenvolve em semi-caves atendendo à
forte pendente do terreno de implantação do edifício.
A habitação é formada por um hall de entrada, sala de estar, sala de refeições e cozinha no
quarto piso (R/Chão) e por quatro quartos, três instalações sanitárias e um compartimento
de arrumos no terceiro piso (1º Cave).
Como espaços não úteis do edifício foram considerados a garagem do primeiro piso, a
lavandaria e o espaço de arrumos do segundo piso e o desvão de cobertura.
Este edifício possui como elementos de sombreamento, para além dos edifícios vizinhos já
existentes ou que se prevêem construir a médio prazo a poente e nascente, o beirado do
próprio edifício, varandas do alçado Sul e muros de contenção de terras adjacentes ao
edifício.
A estrutura do edifício é formada por lajes aligeiradas do tipo pré-esforçado, com blocos de
aligeiramento em betão leve, assentes em pilares e paredes resistentes em betão armado.
As alvenarias apenas desempenham funções de enchimento na definição dos diversos
compartimentos, apresentando os seus paramentos exteriores coincidentes com uma das
faces dos elementos estruturais. No edifício o isolamento térmico das paredes exteriores
consiste na colocação de um isolamento térmico na caixa de ar, enquanto que a correcção
das pontes térmicas planas (elementos estruturais) é realizada fundamentalmente pelo
interior com o revestimento dos elementos estruturais mediante a aplicação de placas de
poliestireno extrudido e um pano de alvenaria de tijolo cerâmico furado.
As coberturas do edifício são formadas por lajes aligeiradas semelhantes às dos pisos,
sobre as quais se aplicam os sistemas de isolamento térmico e camadas de revestimento,
tal como será mais adiante referido.
A solução adoptada para o pavimento térreo consiste basicamente num enrocamento
seguido de uma camada de massame de betão armado com uma espessura mínima de
0,10 m de espessura, prevendo-se a aplicação de um isolamento térmico perímetral
uma vez que afecta de forma significativa as zonas habitáveis. O pavimento será acabado
com uma camada de betão leve em enchimento e regularização para posterior aplicação
dos revestimentos previstos para a garagem.
A ventilação processa-se de forma natural e a inércia térmica do edifício é forte.
Como sistema de aquecimento e de produção de águas quentes sanitárias está prevista a
instalação de uma caldeira mural com exaustão natural alimentada a gasóleo.
DSE
4. IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS NÃO ÚTEIS
Tal como já foi referido, foram identificados no edifício em análise como espaços não úteis,
ou simplesmente não aquecidos nos termos do previsto no RCCTE, a garagem do primeiro
piso, a lavandaria e o espaço de arrumos do segundo piso e o desvão de cobertura.
A caracterização destes locais será importante na definição do parâmetro  que traduz a
redução das perdas térmicas para locais não aquecidos, o qual regulamentarmente
depende do tipo de espaço não útil e da relação entre a área do elementos de separação
entre o espaço útil e o espaço não útil em análise (Ai) e a área dos elementos da
envolvente exterior do espaço não útil (Au), tal como indicado na Tabela IV.1 do RCCTE. A
determinação destes coeficientes é fundamental na verificação dos requisitos mínimos dos
elementos da envolvente interior, uma vez que os elementos da envolvente que separam
espaços úteis de espaços não úteis com valores de  superiores a 0,7 deverão
apresentar coeficientes de transmissão térmica inferiores aos valores máximos declarados
para a envolvente exterior.
Apresenta-se no quadro IV a identificação dos valores que serviram de base à
determinação do parâmetro  de cada um dos espaços não úteis.
QUADRO IV
DETERMINAÇÃO DO PARAMETRO 
(Tabela IV.1 do RCCTE)
Ai
Au
(m2)
(m2)
DESVÃO ACESSÍVEL DA COBERTURA, NÃO VENTILADO
120,50
TRATAMENTO DE ROUPA
LOCAL
Ai/Au

174,40
0,69
0,80
10,86
5,40
2,01
0,70
ARRUMOS
79,00
73,05
1,05
0,70
GARAGEM
9,35
78,44
0,12
0,80
5. ÁREA ÚTIL DE PAVIMENTO E PÉ DIREITO
5.1. ÁREA ÚTIL DE PAVIMENTO
A área útil de pavimento foi quantificada tendo em conta o limite interior de cada um dos
compartimentos e espaços interiores, tendo-se obtido os valores indicados no Anexo B,
onde se apresenta de forma detalhada as diversas áreas correspondentes a cada
compartimento ou espaço interior da fracção autónoma.
5.2. PÉ-DIREITO LIVRE
O pé-direito livre da fracção autónoma foi determinado tendo em conta os valores médios
registados para os diversos compartimentos e/ou pisos do edifício, tendo-se obtido os
valores indicados no Anexo B, onde se apresenta de forma detalhada os diversos pédireitos correspondentes a cada compartimento ou espaço interior da fracção autónoma.
DSE
6. EQUIPAMENTO DE CLIMATIZAÇÃO
O sistema de aquecimento previsto para o edifício encontra-se referenciado no quadro V.
QUADRO V
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SISTEMAS DE
AQUECIMENTO DA FRACÇÃO AUTÓNOMA
LOCAL
Habitação
TIPO DE EQUIPAMENTO
Grupo térmico para aquecimento ambiente e produção
de águas quentes sanitárias com acumulação (tipo Laia
GTF Confort), com uma potência térmica de  25 kW,
eficiência a 30% da carga nominal de 91,3%, alimentada
a gasóleo e interligada a diversos radiadores distribuídos
pelas várias divisões que compõem a fracção (sala de
estar, sala de refeições, quartos, cozinha, circulações e
instalações sanitárias) através de tubagens de cobre
isoladas com espuma elastomérica com 19 mm de
espessura, sendo o fluido de transporte água e controlo
processado através de válvulas termostáticas.
Eficiência i
0,913
Factor de conversão (FPUI)
0,086 kgep/kWh
Potência
 22,09 kW
Uma vez que não foram definidos, quer pelo promotor, quer pelo responsável do projecto
de arquitectura, quais os equipamentos de climatização a utilizar na situação de
arrefecimento, assumiu-se a solução referida no quadro seguinte (coincidente com o
equipamento previsto por defeito no nº 6 do artigo 15º do RCCTE).
QUADRO VI
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SISTEMAS DE
ARREFECIMENTO DAS FRACÇÕES AUTÓNOMAS
LOCAL
HABITAÇÃO
TIPO DE EQUIPAMENTO
Máquina Frigorífica
(bomba de calor)
Eficiência (COP) v
3
Factor de conversão (FPUI)
0,290 kgep/kWh
Potência
 25 Kw
DSE
7. VENTILAÇÃO
Para determinar o valor convencional do número de renovações horárias do ar interior
(Rph), será necessário caracterizar ou definir previamente diversos aspectos associados à
localização e características do edifício, em especial dos envidraçados, dispositivos a eles
associados e equipamentos mecânicos de extracção ou insuflação de ar.
A fracção autónoma em causa não está em conformidade com a NP 1037-1: Ventilação e
evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Parte 1:
Edifícios de habitação. Ventilação natural, já que o edifício não dispõe de dispositivos de
admissão de ar auto-reguláveis que garantam os caudais nominais aí especificados para
os compartimentos, considerando uma gama de pressões de 10 a 200 Pa, não está
prevista a colocação de dispositivos que garantam a passagem de ar dos compartimentos
principais para os compartimentos de serviço, e está previsto pelo promotor a instalação de
extractores mecânicos na cozinha e eventualmente nas instalações sanitárias, como forma
a garantir a renovação do ar interior no edifício por ventilação.
A ventilação é processada de forma natural, sem quaisquer dispositivos de admissão de ar
na fachada. Para a determinação das características da ventilação natural com vista à
determinação de eventuais caudais de infiltração, foram considerados os seguintes
parâmetros, tendo em conta as características efectivas do edifício e sua localização.
QUADRO VII
VENTILAÇÃO NATURAL
Características gerais da localização
Interior de uma zona urbana
Zona de localização
do edifício
B
Rugosidade aerodinâmica
do terreno
Altura dos envidraçados da fracção
autónoma acima do solo
Classe de exposição ao vento das fachadas (Quadro
IV.2)
Existência de aberturas auto-reguláveis
nas fachadas (admissão de ar):
Existência de caixas de estore que permitam a
infiltração de ar
Classificação da caixilharia relativamente à
permeabilidade ao ar das caixilharias de acordo com a
norma EN 12207
A área de envidraçados excede 15%
da área útil de pavimento
As portas exteriores do edifício ou para locais não úteis
estão bem vedadas por aplicação de borrachas (ou de
elementos equivalentes) em todo o perímetro?:
Renovações por hora (Rph):
II
< 10 m
Exp 2
Não
Sim
Classe 3
Sim (17,19%)
Sim
1,10 h-1
Atendendo a que os dispositivos de ventilação mecânica que eventualmente venham a ser
instalados no interior da habitação para favorecer a renovação do ar não possuem um
funcionamento permanente ou semi-permanente, os mesmos não foram considerados para
efeitos de ventilação mecânica. Por este motivo os parâmetros considerados para os
dispositivos de ventilação mecânica de extracção ou insuflação de ar foram os que
constam do quadro VIII.
DSE
QUADRO VIII
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Características
Habitação
Potência dos
ventiladores
0W
Caudal insuflado
0 m /h
Caudal extraído
0 m /h
V
783,54
3
3
-1
Vf/V
0h
Vx/V
0h
-1
8. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE SANITÁRIA (AQS)
Com vista à quantificação da energia útil dispendida com o sistema de preparação das
águas quentes sanitárias (A.Q.S.), foi considerado um consumo percapita de referência
para a água a 60ºC em edifício de habitação de 40 litros /dia pessoa (ver alínea c) do artigo
14º do RCCTE) e um aumento de 45 ºC para elevar a temperatura da água fria até aos
60ºC (temperatura a considerar das as A.Q.S.). O número de dias de consumo, uma vez
que se trata de uma habitação, foi considerado de 365 dias
No quadro seguinte apresentam-se as características básicas do sistema de preparação de
AQS a considerar para a fracção.
QUADRO IX
QUADRO RESUMO DO SISTEMA CONVENCIONAL
DE PREPARAÇÃO DE AQS
Situação
Sistema de preparação de AQS
Número de ocupantes da fracção
Características
Grupo térmico ventilado para aquecimento ambiente e
produção de águas quentes sanitárias com
acumulação (tipo Laia GTF Confort), com uma potência
térmica de 22,09 kW, eficiência a 30% da carga
nominal de 91,3%, alimentada a gasóleo Dispõe de
acumulação de água quente sanitária, em que o
aquecimento se processa através do recurso a um
permutador de calor em serpentina cónica, aliado a um
quadro de controlo electrónico com termóstato de regulação,
termómetro de controlo e sensor de caudal. As redes de
tubagem de distribuição de AQS são isoladas.
5
Sim
Rede bem isolada
(espessura de isolamento > 10mm)
Espuma elastómera à base de borracha
sintética com 13 mm de espessura
Eficiência do sistema de apoio
0,913
Factor de conversão (FPUA)
0,086
DSE
Como sistema complementar na preparação de AQS recorreu-se a um sistema solar cujas
características são apresentadas no quadro IX.
QUADRO IX
QUADRO RESUMO DOS SISTEMAS
SOLARES DE PREPARAÇÃO DE AQS
Características
Colectores solares
Sistema solar térmico individual de circulação forçada,
composto por 4 colectores solares planos do tipo
VELUX CLI S08 4000, perfazendo uma área total de 5,6
m2, instalado na cobertura inclinada com azimute 2º e
inclinação de 19º, não existindo obstruções assinaláveis
do horizonte. O depósito de acumulação possui 300
litros de capacidade com permutador de calor em
serpentina, localizado no interior da fracção e instalado
na posição vertical, construído em aço vitrificado e
possuindo isolamento térmico em espuma rígida de
poliuretano com espessura de pelo menos 50 mm. O
controlo do sistema é efectuado por um comando
diferencial ligado a sondas de temperatura NTC. Os
painéis têm certificação “Solar Keymark”, o instalador
dos mesmos é acreditado pela DGGE e existe contrato
de manutenção do sistema por um período mínimo de 6
anos.
Quantidade
4 MODÚLOS
Área efectiva
5,6 m² ( 5 habitantes convencionais )
Localização dos painéis
Cobertura inclinada orientada a Sul
Azimute
-2º
Inclinação
19º
Sombreamentos existentes
Sombreamento de horizonte dos colectores de 3º pelo
facto de não existirem obstruções relativamente ao local
onde está prevista a instalação dos colectores solares.
Esolar (Solterm)
3.039 kW
Eren (outras fontes renováveis)
n.a.
A instalação dos colectores não possui no caso concreto um grande impacto em termos
arquitectónicos e construtivos, aspecto que de certa forma poderá ser reforçado pelo facto
da área a aplicar de colectores ser quase marginal relativamente à área total da cobertura
do edifício e a sua colocação recair num local onde os mesmos não sejam facilmente
perceptíveis dos arruamentos vizinhos.
No Anexo C são apresentados os relatórios relativos à estimativa de desempenho do
sistema solar térmico a prever no edifício.
A configuração do sistema solar deverá ser efectuado de acordo com o esquema
apresentado na figura seguinte.
DSE
Figura 2 – Esquema geral do sistema solar de preparação de AQS
De referir que o valor da contribuição do sistema solar proposto apenas poderá ser
contabilizado para efeitos do RCCTE, se os sistemas ou equipamentos forem certificados
de acordo com as normas e legislação em vigor nomeadamente pela “Certif” ou “Solar
Keymark”, sejam instalados por instaladores acreditados pela Direcção Geral de Geologia
e Energia, e existir uma garantia de manutenção de pelo menos 6 anos.
Não foram consideradas para a fracção quaisquer outras fontes de energias renováveis
para preparação de AQS ou condicionamento ambiente.
9. CARACTERIZAÇÃO DA ENVOLVENTE OPACA
Em termos construtivos a envolvente opaca do edifício apresenta soluções com distintas
características, as quais se indicam no anexo à presente memória. Toda a envolvente
opaca do edifício apresenta cor clara.
9.1
ENVOLVENTE EXTERIOR
a) Paredes exteriores
As paredes exteriores Pe1 são do tipo duplo, com dois panos de alvenaria simples de tijolo
cerâmico furado com 15 e 11 cm de espessura cada uma delas, com resistências térmicas
de 0,39 e 0,27 m2ºC/W respectivamente. O espaço entre as duas paredes possui uma
largura de 0,10m e é preenchido parcialmente na espessura de 60 mm por placas de
poliestireno extrudido XPS, com um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC,
fixas ao pano interior. As faces da parede serão rebocadas com estuque tradicional na face
interior com uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57
W/mºC, assim como rebocadas com argamassa de cimento e areia pela face exterior com
uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC (ver ficha
1).
DSE
As paredes exteriores Pe2 são do tipo duplo, com dois panos de alvenaria simples de tijolo
cerâmico furado com 15 e 11 cm de espessura cada uma delas, com resistências térmicas
de 0,39 e 0,27 m2ºC/W respectivamente. O espaço entre as duas paredes possui uma
largura de 0,10m e é preenchido parcialmente na espessura de 60 mm por placas de
poliestireno extrudido XPS, com um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC,
fixas ao pano interior. As faces da parede serão rebocadas com estuque tradicional na face
interior com uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57
W/mºC, assim como rebocadas com argamassa de cimento e areia pela face exterior com
uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC. No
exterior será ainda aplicado um revestimento exterior em painéis fenólicos de forma a
constituir uma fachada com um espaço de ar fortemente ventilado entre o reboco e os
painéis (ver ficha 2).
As pontes térmicas planas resultam fundamentalmente da existência de elementos
estruturais (pilares e talões de vigas) e caixas de estores e tal como se encontra referenciado
nas fichas 3 e 4.
Correcção das pontes térmicas da parede exterior onde se situam os elementos estruturais
com uma espessura de 0,25m e um coeficiente de condutividade térmica de 2,00 W/mºC,
realizada mediante o revestimento desses elementos pela face interior com a execução de
uma parede de alvenaria de tijolo cerâmico furado com 0,07m de espessura e aplicação de
chapas de poliestireno extrudido com uma espessura de 40 mm entre o elemento estrutural
e a parede de alvenaria de tijolo, com um coeficiente de condutividade térmica de 0,037
W/mºC,. As faces da parede serão rebocadas com estuque tradicional na face interior com
uma espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC,
assim como rebocadas com argamassa de cimento e areia pela face exterior com uma
espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC (ver ficha 3).
Na ficha 4 apresenta-se a configuração da caixa de estore a incorporar no edifício, para as
quais se prevê recorrer a um modelo pré-fabricado em betão moldado, revestido pelo
interior da caixa com chapas de 40mm de poliestireno extrudido XPS, com um coeficiente
de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, fixadas mecanicamente ou coladas ao suporte
e revestido pela face interior do edifício com estuque tradicional, com uma espessura
média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC (ver ficha 4).
b) Pavimentos sobre o exterior
Não existem no edifício pavimentos sobre o exterior.
c) Coberturas exteriores
A cobertura exterior Lce é formada por uma laje estrutural aligeirada do tipo pré-esforçado,
com uma espessura média de 0,20m, blocos cerâmicos vazados, nervuras e camada de
compressão em betão armado, possuindo uma resistência térmica de 0,23 m2ºC/W. Sobre
a laje será aplicada uma camada de argamassa de regularização e de seguida placas de
poliestireno extrudido XPS, com 60 mm de espessura e um coeficiente de condutividade
térmica de 0,037 W/mºC, sobre as quais se deverá aplicar um filme de polietileno para
protecção do isolamento térmico. Como revestimentos será executada uma camada de
argamassa levemente armada com uma espessura média de 0,05m e um coeficiente de
condutividade térmica de 1,80 W/mºC sobre a qual será aplicado o revestimento final em
ladrilhos cerâmicos ou madeira (coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC). A
face inferior da laje será estucada com estuque tradicional, com uma espessura média de
15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC (ver ficha 5).
DSE
9.2. ENVOLVENTE INTERIOR
a) Paredes interiores
As paredes da envolvente interior da fracção autónoma situam-se na separação da
habitação com os locais não aquecidos, sendo formadas por um pano simples de alvenaria
de tijolo cerâmico furado, com espessura de 0,15m.
As faces da parede serão rebocadas com estuque tradicional na face interior com uma
espessura média de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 0,57 W/mºC, assim
como rebocadas com argamassa de cimento e areia pela face do local não aquecido com
uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC (ver ficha
6).
Na parede interior não se verifica a existência de pontes térmicas planas.
b) Pavimentos interiores
Os pavimentos interiores decorreram fundamentalmente da necessidade de isolar a zona
habitacional dos arrumos da segunda cave.
O pavimento interior Lpi1 é formado por uma laje estrutural aligeirada do tipo préesforçado, com 0,20m de espessura média, com blocos cerâmicos vazados, nervuras e
camada de compressão em betão armado, possuindo uma resistência térmica de 0,25
m2ºC/W. Sobre a laje será aplicada uma camada de argamassa de regularização e de
seguida placas de poliestireno extrudido XPS, com 40 mm de espessura e um coeficiente
de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, sobre as quais se deverá aplicar um filme de
polietileno para protecção do isolamento térmico. Como revestimentos será executada uma
camada de argamassa levemente armada com uma espessura média de 0,05m e um
coeficiente de condutividade térmica de 1,80 W/mºC sobre a qual será aplicado o
revestimento final em ladrilhos cerâmicos ou madeira (coeficiente de condutividade térmica
de 1,30 W/mºC). A face inferior da laje ser rebocada com argamassa de cimento e areia
pela face exterior com uma espessura de 15mm e coeficiente de condutividade térmica de
1,30 W/mºC (ver ficha 7).
No acesso à garagem verificou-se a necessidade de isolar a laje de escadas (situada sobre
local não aquecido – garagem), tendo-se recorrido a uma solução Lpi2 em tudo semelhante
à do pavimento em geral. Assim, as escadas de acesso à garagem serão em betão
armado, com um coeficiente de condutividade térmica de 2,00 W/mºC e espessura média
de 0,22m incluindo revestimentos superiores. A face inferior da laje de escadas será
revestida com painéis compostos formados por placas de gesso cartonado com uma
espessura aproximada de 15mm e um coeficiente de condutividade térmica de 0,25
W/mºC, com a interposição de placas de poliestireno extrudido, com 40 mm de espessura
e um coeficiente de condutividade térmica de 0,037 W/mºC, entre estes painéis e a laje de
betão armado (ver ficha 8).
c) Coberturas interiores
A cobertura interior Lci é formada por uma laje estrutural aligeirada do tipo pré-esforçado,
com uma espessura média de 0,20m, blocos cerâmicos vazados, nervuras e camada de
compressão em betão armado, possuindo uma resistência térmica de 0,23 m2ºC/W. Sobre
a laje será aplicada uma camada de argamassa de regularização e base do revestimento
final, com uma espessura média de 0,05m e um coeficiente de condutividade térmica de
1,80 W/mºC sobre a qual será aplicado o revestimento final em ladrilhos cerâmicos
(coeficiente de condutividade térmica de 1,30 W/mºC). Na face inferior da laje será aplicado
DSE
um tecto falso em placas laminadas de gesso cartonado com uma espessura aproximada
de 15mm e um coeficiente de condutividade térmica de 0,25 W/mºC, confinando um
espaço de ar com 0,20m de espessura. Sobre os painéis de gesso cartonado será aplicada
uma manta de lã mineral com 80mm de espessura e um coeficiente de condutividade
térmica de 0,04 W/mºC (ver ficha 9).
d) Envidraçados interiores
Não existem no edifício envidraçados interiores.
9.3. PORMENORES DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS
A fim de facilitar a análise das soluções construtivas, assim como dos valores de base
adoptados, apresentam-se fichas individuais de cada uma das soluções construtivas com
referência a características dimensionais e propriedades térmicas consideradas. No final
indica-se a resistência térmica global dos diversos elementos da envolvente e o respectivo
coeficiente de transmissão térmica, tendo em conta o sentido do fluxo (elementos
horizontais).
Para a determinação da inércia térmica do edifício, apresenta-se ainda uma coluna de
observações, quais as massas superficiais consideradas para as diversas camadas que
constituem cada elemento da envolvente.
Praticamente todos os valores de base considerados foram obtidos a partir da Informação
Técnica de Edifícios ITE 50, publicada pelo LNEC, de diversas outras referências
bibliográficas sobre esta matéria e de catálogos de fabricantes.
10. PONTES TÉRMICAS LINEARES
10.1. ELEMENTOS EM CONTACTO COM O SOLO
As paredes enterradas são do tipo duplo com pelo exterior 20 cm de betão armado, uma
caixa de ar de 80 mm de espessura ocupada por placas de poliestireno extrudido com 40
mm de espessura e um pano interior de tijolo cerâmico furado com 7cm de espessura. A
face interior da parede será estucada, rebocada ou revestida de acordo com indicações do
projecto de arquitectura (ver ficha 10).
Os pavimentos térreos decorram fundamentalmente da necessidade de isolar a zona
habitacional do terreno natural. O pavimento será formado uma camada enrocamentocom
uma espessura média de o,20 a o,25m, sobre a qual se aplica uma betonilha de
regularização e de seguida uma camada de betão armado com rede electrosoldada com
espessura de 0,10 m, seguida do assentamento de placas de poliestireno extrudido (XPS)
com30mm de espessura e sobre as quais se aplicará uma camada de betonilha levemente
armada com uma espessura média de 0,05m. Finalmente será aplicado o revestimento
final em ladrilhos cerâmicos (ver ficha 11).
No Quadro X são apresentados os valores adoptados para os coeficientes de transmissão
térmica linear  para elementos em contacto com o terreno em função da diferença de
nível entre a face superior do pavimento e a cota do terreno exterior.
DSE
QUADRO X
COEFICIENTES DE PERDAS LINEARES DE PAREDES E PAVIMENTOS
EM CONTACTO COM O SOLO
Descrição da configuração
Esquema adoptado
Coeficiente de transmissão
térmica linear ()
Ptl1
Parede em contacto com o
terreno sem isolamento
Cota do terreno em relação ao
pavimento: -3,00 < Z < -1,05 m
 = 0,80 W/mºC
Tabela IV.2.2 do RCCTE
Ptl2
Pavimento em contacto
com o terreno com
isolamento térmico
perimetral
 = 1,80 W/mºC
Tabela IV.2.1a do RCCTE
Cota do terreno em relação ao
pavimento: 0,05< Z <1,50
Ptl3
Pavimento em contacto
com o terreno sem
isolamento
 =0 W/mºC
Tabela IV.2.1a do RCCTE
Cota do terreno em relação ao
pavimento: Z < - 3,00 m
10.2. PONTES TÉRMICAS LINEARES EXTERIORES
Para atender à não unidireccionalidade dos fluxos de calor através dos elementos
superficiais referidos nos pontos anteriores, são quantificados no Quadro XI os valores dos
coeficientes de transmissão térmica linear  para as situações verificadas no edifício em
análise.
DSE
QUADRO XI
COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO TÉRMICA DAS PONTES TÉRMICAS LINEARES
Descrição da configuração
Esquema adoptado
Coeficiente de transmissão
térmica linear ()
 = 0,45 W/mºC
Ar
Tabela Ar. do RCCTE
Ligação da fachada com
pavimentos térreos
ep = 0,15m – Espessura da laje sobre
Isolamento da parede dupla
localizado na caixa de ar
Como isolamento térmico perimetral na
face inferior da laje sobre terreno
terreno com revestimentos
 = 0,65 W/mºC
Br
Tabela Br.1 do RCCTE
Ligação da fachada com
pavimentos sobre locais não
aquecidos ou exteriores
ep =0,20m – Espessura da laje com
Isolamento da parede dupla
localizado na caixa de ar
Isolamento térmico colocado
Na face superior da laje
Cr
revestimentos
 = 0,30W/mºC
Tabela Cr do RCCTE
Ligação da fachada com
pavimentos intermédios
Isolamento da parede dupla
localizado na caixa de ar
ep = 0,20m – Espessura da laje
em > 0,30m – Espessura da parede
 = 0,50W/mºC
Dr
Ligação da fachada com
cobertura inclinada ou
terraço
Isolamento da parede dupla
localizado na caixa de ar
Tabela Dr do RCCTE
ep = 0,20m – Espessura da laje
Isolamento térmico colocado
na face superior da laje
DSE
QUADRO XI (cont.)
COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO TÉRMICA DAS PONTES TÉRMICAS LINEARES
Descrição da configuração
Er
Ligação da fachada com
varanda
Isolamento da parede dupla
localizado na caixa de ar
Esquema adoptado
Coeficiente de transmissão
térmica linear ()
 = 0,35 W/mºC
Tabela Er do RCCTE
Parede com espessura ≥30 m
Pavimento com espessura =0,20m
Fr
 = 0,20 W/mºC
Ligação entre duas paredes
verticais
Isolamento da parede dupla
localizado na caixa de ar
Gr
Ligação da fachada com
caixa de estore
Hr
Ligação da fachada com
padieira, ombreira ou
peitoril
Isolamento da parede dupla
localizado na caixa de ar
Tabela Fr do RCCTE
Parede com espessura superior a 0,22 m
 =0 W/mºC
Resistência térmica do isolante a caixa
de estore superior a 0,5 m2ºC/W
 = 0 W/mºC ou
 = 0,2 W/mºC
(considera-se que apenas não existe
continuidade do isolamento térmico na
zona dos peitoris, soleiras e torsas)
DSE
10.3. PONTES TÉRMICAS LINEARES INTERIORES
Para atender à não unidireccionalidade dos fluxos de calor através dos elementos
superficiais referidos nos pontos anteriores, são também considerados os valores dos
coeficientes de transmissão térmica linear  para as situações verificadas no interior
edifício em análise, nomeadamente no que se refere à paredes interiores que confinam
com espaços não úteis em que  > 0,7 (garagem), tendo-se considerado no caso concreto
o valor  = 0,50.
11. ENVIDRAÇADOS
O edifício possui vãos envidraçados, os quais se encontram numerados e identificados nas
figuras 3 a 5, em função dos pisos em que se localizam.
N
W
E
S
8
7
6
9
10
5
Pe
4
2
1
3
Figura 3 – Planta identificativa dos vãos – Rés de chão
DSE
N
W
E
S
15
14
16
17
13
18
12
10
11
Figura 4 – Planta identificativa dos vãos – 1ª Cave
N
W
E
S
10
Figura 5 – Planta identificativa dos vãos – 2ª Cave
DSE
11.1.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS
No quadro seguinte apresentam-se as principais características dos envidraçados previstos
para o edifício, relativamente às quais se teve em linha de conta o tipo de vidro utilizado, o
tipo de caixilharia, a existência ou não de quadrícula nas superfícies envidraçadas, o tipo
de dispositivos de oclusão nocturna e a sua maior ou menor obstrução ao ar, bem como o
coeficiente de transmissão térmica adoptado para os envidraçados. Todos os dados
tiveram por base as indicações do projecto de arquitectura.
No Anexo D apresentam-se individualmente as características dimensionais dos diversos
vãos, respectivas orientações (factores de orientação) e factores de obstrução, bem como
o cálculo da área efectiva dos vãos. Os elementos em causa serviram de base para o
preenchimento das folhas de cálculo FC IV.1e e FC V.1d.
Para a definição da fracção envidraçada considerada para os envidraçados do edifício (Fg)
foram adoptados os valores constantes do Quadro IV.5 do RCCTE.
O factor de correcção dos ganhos solares devidos à variação das propriedades do vidro
com o ângulo de incidência da radiação solar directa (Fw) assume para os vidros duplos
coloridos o valor de 0,9 para o cálculo das necessidades nominais de aquecimento,
enquanto que para o período de arrefecimento, o factor de correcção Fw assume para vidro
duplo os valores do quadro V.3 do RCCTE a seguir indicados em função da orientação dos
envidraçados, o qual se reproduz de seguida.
QUADRO XIII
FACTOR DE CORRECÇÃO Fw DOS GANHOS SOLARES DEVIDOS À
VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO VIDRO COM O ÂNGULO DE
INCIDÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR DIRECTA
Orientação
N
NE/NW
E/W
SE/SW
S
Fw
0,80
0,85
0,85
0,85
0,75
DSE
QUADRO XII
QUADRO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS E
RESPECTIVAS PROTECÇÕES SOLARES
Identificação /
localização dos
vãos
VÃOS SEM
PROTECÇÃO
(VÃO 10)
VÃOS EM
GERAL DA
HABITAÇÃO
(VÃOS 1 a 9 e 11
a 18)
Características dos
vidros
Características da
caixilho
Tipo de
abertur
a da
caixilha
ria
Existência de
quadrícula nas
superfícies
envidraçadas
Fracção
envidraçada
Tipo de protecção solar
(tipo/posição/cor)
Tipo de
obstrução ao ar
Coeficiente de
transmissão térmica
Vidro duplo colorido na
massa
(6+16+5 mm)
Caixilharia simples
em PVC com rotura
térmica
Fixo e
oscilobatente
Não
0,65
Sem protecção interior
ou exterior
n.a.
Uw = 2,70 W/m ºC
Vidro duplo incolor com
vidro de baixa
emissividade (*)
(6+16+5 mm)
Caixilharia simples
em PVC com rotura
térmica
Fixo e
oscilobatente
0,65
Cortinas interiores muito
transparentes de cor
clara com estore exterior
em alumínio cor média
Baixa
permeabilidade
Uwdn = 1,40 W/m ºC
Não
2
(*) Foi considerado para efeito de simulação um vidro SGG Climaplus
6(16)5 formado por um vidro exterior SGG Planilux e um vidro
interior de baixa emissividade SGG Planitherm Futur N.
2
DSE
11.2.
FACTORES SOLARES
No Quadro XIV indicam-se os factores solares que serviram de base para o cálculo dos
ganhos solares do edifício, nomeadamente do vidro sem protecção solar e dos vãos com
vidro incolor corrente com a protecção solar activa a 100%.
QUADRO XIV
FACTORES SOLARES CONSIDERADOS
Tipo de envidraçado e protecção solar
Factor solar
Observações
Vidro duplo incolor de baixa emissividade sem protecção solar
(vidro 6 mm + caixa de ar 16mm + vidro 5 mm)
gv= 0,61 (*)
Dados do
fabricante
Vidro duplo incolor sem protecção solar
(vidro 6 mm + caixa de ar 16mm + vidro 5 mm)
gv= 0,75
Quadro IV.4
do RCCTE
Vidro duplo colorido na massa e incolor sem protecção solar
(vidro 6 mm + caixa de ar 16mm + vidro 5 mm)
gv= 0,50
Quadro IV.4
do RCCTE
Cortina interiores muito transparentes de cor clara em
envidraçado duplo de vidro incolor
g’=0,63
Persianas exteriores em réguas de alumínio de cor média em
envidraçado duplo de vidro incolor
g’=0,07
Quadro V.4 do
RCCTE
(*) Foi considerado para efeito de simulação um vidro SGG Climaplus
6(16)5 formado por um vidro exterior SGG Planilix e um vidro interior
de baixa emissividade SGG Planitherm Futur N.
Em conformidade com o disposto na secção 2.3 do Anexo V do RCCTE, no Quadro XV
apresentam-se no quadro XV os factores solares a considerar nos períodos de
aquecimento e arrefecimento, bem como o respectivo cálculo.
QUADRO XV
FACTORES SOLARES REGULAMENTARES
Locais
VÃOS EM
GERAL
(VÃOS 1 a 9 e
11 a 18)
VÃOS SEM
PROTECÇÃO
(VÃO 10)
Situação
Factor solar
0,07  0,61
 0,06
0,75
Protecções
solares 100%
activas
g 
Estação
convencional de
aquecimento
g  Inverno 
0,63  0,61
 0,51
0,75
Estação
convencional de
arrefecimento
g Verão  0,3  0,61  0,7  0,06  0,22
Protecções
solares 100%
activas
g   0,50
Estação
convencional de
aquecimento
g  Inverno  0,50
Estação
convencional de
arrefecimento
g Verão  0,50
Observações
Secção 4.3.2.
do Anexo IV
Secção 2.3 do
Anexo V
Tabela IV 4.1
Quadro V.4
Secção 4.3.2.
do Anexo IV
Secção 2.3 do
Anexo V
Tabela IV 4.1
Quadro V.4
DSE
Para as habitações admite-se que na estação de aquecimento os dispositivos de oclusão
estão totalmente abertos durante o período de Sol (maximização da captação solar)
considerando-se apenas a existência de uma cortina transparente de cor clara, pelo que
será este o único dispositivo de protecção solar a considerar para o cálculo do factor solar
destes envidraçados.
No período convencional de arrefecimento considerou-se que os dispositivos de
sombreamento estão activados a 70%, ou seja o factor solar será dado pela soma de 30%
do factor solar do vidro sem protecção, com 70% do factor solar com as protecções 100%
activadas.
12. PORTAS
A porta exterior de acesso à habitação é em madeira maciça , pelo que em termos térmicos
se atribuiu um coeficiente de transmissão térmico de U=3,5 W/m2ºC, sendo consideradas
na envolvente opaca exterior.
Idênticas considerações poderiam ser efectuadas para as portas interiores existentes na
separação da habitação com os locais não aquecidos referidos no ponto 4. Nestes casos a
porta é do tipo pré-fabricado, engradada, aligeirada, com folheado e sem qualquer tipo de
envidraçado, tendo-se considerado também neste caso um coeficiente de transmissão
térmica de 2,0 W/m2ºC.
13. DEFINIÇÃO GEOMÉTRICA E CÁLCULO DA INÉRCIA TÉRMICA
A inércia térmica interior do edifício traduz a capacidade do mesmo para armazenar calor,
dependendo fundamentalmente da massa de cada um dos elementos de construção em
contacto com o espaço útil da habitação, da localização da camada de isolamento térmico
e da eventual presença de revestimentos com uma resistência térmica (R) superior a 0,14
m2 ºC/W.
No Anexo E apresenta-se de forma sistemática a definição geométrica utilizada para a
determinação da massa superficial útil para a habitação em análise, bem como a
quantificação da inércia térmica interior.
14. VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS MÍNIMOS
14.1. COEFICIENTES DE TRANSMISSÃO TÉRMICA SUPERFICIAIS DA ENVOLVENTE OPACA
Nenhum dos elementos opacos da envolvente exterior ou interior (excluindo as portas não
envidraçadas exteriores e interiores), quer para zonas correntes quer para pontes térmicas
planas, tem um coeficiente de transmissão térmica superficial superior aos valores
máximos admissíveis listados no Quadro IX.1 do RCCTE.
No quadro XVII apresenta-se a verificação deste requisito para as diversas soluções
técnicas definidas para a envolvente, concluindo-se que todas elas possuem coeficientes
inferiores aos máximos admissíveis.
Como em termos regulamentares, nenhuma zona considerada não corrente da envolvente
opaca (pontes térmicas planas) poderá ter um coeficiente de transmissão térmica superior ao
valor máximo admissível definido pelo quadro IX.1 do RCCTE ou ao dobro do coeficiente
DSE
de transmissão dos elementos opacos homólogos vizinhos em zona corrente, apresenta-se
no quadro XVIII a verificação deste requisito.
QUADRO XVII
VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS MÍNIMOS DE QUALIDADE
TÉRMICA PARA A ENVOLVENTE DO EDIFÍCIO
Ref
Pe1
Coeficiente de
transmissão
térmica
Solução adoptada
Envolvente vertical opaca exterior
Valores máximos
regulamentares
2
Zona I3: U = 1,45 W/m ºC
2
Zona I3: U = 1,45 W/m ºC
2
Zona I3: U = 1,90 W/m ºC
U = 0,37 W/m ºC
2
(parede exterior corrente)
Pe2
Envolvente vertical opaca exterior
U = 0,36 W/m ºC
2
(parede exterior com painéis fenólicos)
Pi
Lce
Lpi1
Lpi2
Lci
Envolvente vertical opaca interior
U = 1,45 W/m ºC
2
(zona corrente)
2
Envolvente horizontal opaca exterior
U = 0,47 W/m ºC
(cobertura em terraço)
(fluxo ascendente)
Envolvente horizontal opaca interior
U = 0,58 W/m ºC
(pavimento sobre arrumos)
(fluxo descendente)
Envolvente horizontal opaca interior
U = 0,63 W/m ºC
(escadas para a garagem)
(fluxo descendente)
Envolvente horizontal opaca interior
U = 0,37 W/m ºC
(desvão da cobertura)
(fluxo ascendente)
2
Zona I3: U = 0,90 W/m ºC
2
2
Zona I3: U = 1,20 W/m ºC
2
2
Zona I3: U = 1,20 W/m ºC
2
2
Zona I3: U = 0,90 W/m ºC (*)
(*) Requisitos de envolvente exterior.
QUADRO XVIII
VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS PARA ZONAS NÃO CORRENTES DA ENVOLVENTE
Ref
Ptpe1
Solução adoptada
Envolv. vertical opaca exterior
Coeficiente de
transmissão
térmica
2
2
U = 0,62W/m ºC
(correcção de ponte térmica)
Ptpe2
14.2.
Envolv. vertical opaca exterior
(caixa de estores)
Valores máximos regulamentares
Zona I3: U = 1,45 W/m ºC
2
(2×Uzona corrente) = 2×0,37 = 0,74 W/m ºC
2
U = 0,72 W/m2ºC
Zona I3: U = 1,45 W/m ºC
2
(2×Uzona corrente) = 2×0,37 = 0,74 W/m ºC
FACTORES SOLARES DOS VÃOS ENVIDRAÇADOS
No Quadro XVIII efectua-se a comparação dos factores solares dos diversos tipos de
envidraçados com as protecções solares activadas a 100% com os valores máximos e de
referência indicadas no RCCTE de acordo com as indicações mencionadas.
DSE
Este requisito aplica-se a todos os vãos envidraçados com uma área total superior a 5% da
área útil de pavimento do espaço que servem, desde que não orientados entre noroeste e
nordeste.
QUADRO XVIII
VERIFICAÇÃO DOS FACTORES SOLARES MÁXIMOS
COM AS PROTECÇÕES ACTIVADAS A 100%
(PERÍODO CONVENCIONAL DE ARREFECIMENTO)
Compartimentos
Factor solar dos vãos
envidraçados
Factor solar máximo
admissível (*)
(Quadro IX.2 do RCCTE)
VÃOS EM GERAL
0,06
(VÃOS 1 a 9 e 11 a 18)
VÃOS SEM
PROTECÇÃO
(VÃO 10)
0,56
Zona Climática: V1
Inércia Forte
(Quadro IX.2 do RCCTE)
0,50
0,56
Zona Climática: V1
Inércia Forte
Valores de referência
0,25
Zona Climática: V1
(Quadro IX.4 do RCCTE)
0,25
Zona Climática: V1
(Quadro IX.4 do RCCTE)
(*) Aplicável a todos os envidraçados orientados entre NW e NE (orientação a Sul) com
Aenv> 5% Ap, onde Ap é a área de pavimento do compartimento que servem.
Os valores adoptados para o factor solar são inferiores ao factor solar máximo admissível
para a zona climática em que o edifício se insere (g = 0,56) segundo o RCCTE para a
Zona V1 e inércia térmica forte.
15. VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
15.1. GANHOS INTERNOS
Para a determinação dos ganhos de calor internos resultantes de fontes de calor internas
associadas à presença dos ocupantes e ao calor dissipado pelos equipamentos não
associados directamente ao aquecimento do edifício e dispositivos de iluminação, recorreuse aos valores regulamentares dos ganhos internos médios por unidade de área útil de
pavimento qi (W/m2). Para o edifício em causa, considerou-se o valor regulamentar qi = 4
W/m2, numa base de 24 horas por dia, todos os dias do ano para as habitações.
15.2. FACTOR DE UTILIZAÇÃO DOS GANHOS SOLARES E INTERNOS
Como nem todos os ganhos térmicos (solares e internos) são efectivamente aproveitados
para elevar a temperatura no interior do edifício durante o período de aquecimento ou
constituem uma fonte de energia calorífica que necessita de ser removida para o exterior
do edifício durante o período de arrefecimento, proceder-se-á em cada um dos casos à
determinação do factor de utilização dos ganhos solares , parâmetro que depende
fundamentalmente da capacidade de armazenamento de energia do edifício (Inércia
térmica) e da relação entre os ganhos totais brutos e as perdas térmicas totais, tal como se
indica na secção 4.4 do Anexo IV do RCCTE.
DSE
15.3. VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS ENERGÉTICOS
De acordo com o disposto no RCCTE, a verificação da conformidade regulamentar obriga a
que se verifique a satisfação simultânea de requisitos energéticos referentes às estações
de aquecimento, arrefecimento, preparação de águas quentes sanitárias e relativamente às
necessidades globais de energia primária, comparando os valores de cálculo das
necessidades de energia com os valores máximos indicados no artigo 15º do RCCTE .
Após o cálculo da fracção autónoma descrita anteriormente complementada com a
definição geométrica e caracterização de cada uma das fracções pertencentes ao edifício,
obtiveram-se os dados referidos na Ficha Nº 1 anexa para cada uma dessas fracções.
15.4. PREENCHIMENTO DAS FOLHAS DE CÁLCULO
Como o edifício não se encontra em nenhum dos casos indicados no ponto 9 do artigo 2º
do Decreto-Lei nº 80/2006 de 4 de Abril, será verificado o cumprimento dos requisitos
energéticos através do preenchimento das fichas 1 a 3 e das folhas de cálculo dos valores
das necessidades nominais de energia do edifício Nic, Nvc, Nac e Ntc.
16. CLASSE ENERGÉTICA E CONCLUSÕES
Atendendo aos valores obtidos para as necessidades globais anuais nominais específicas
de energia primária Ntc e Nt, obteve-se para o edifício em análise a Classe de Eficiência
Energética: A
A verificação relativa ao valor das necessidades nominais de energia útil para
aquecimento revelou-se como o factor mais decisivo na presente verificação da
conformidade regulamentar, obrigando a prever espessuras de isolamento térmico
da ordem dos 40 a 80 mm, de acordo com os pormenores do Anexo A.
Também foi prevista a instalação de vedantes de borracha ou equivalentes em todas
as portas exteriores.
Características dos vãos envidraçados previstos para o edifício e respectivas
protecções solares, de acordo com as características referidas na presente memória
(ponto 11), nomeadamente o recurso a vidros coloridos e de baixa emissividade..
Os envidraçados considerados para o edifício terão caixilhos em PVC, com uma
classificação 3 relativamente à permeabilidade ao ar das caixilharias de acordo com
a norma EN 12207, de forma a garantir-se um menor valor da taxa de renovação do ar
interior e minorar o efeito das perdas de calor pelos envidraçados.
O desvão da cobertura foi considerado como não ventilado em termos das perdas de
calor para locais não aquecidos.
Admitiu-se a continuidade do isolamento térmico situado nas ombreiras dos vãos
com a caixilharia de PVC, de acordo com desenho de pormenor em anexo.
Instalação de um sistema solar térmico para preparação das AQS com as
características referidas na presente memória (ponto 8).
O isolamento térmico da rede de água quente com espuma elastomérica com pelo
menos 13mm de espessura.
DSE
O tipo de equipamentos e instalações previstas para condicionamento do ambiente
interior com as características referidas na presente memória (ponto 6).
Estas medidas permitiram reduzir significativamente o valor das perdas de calor
durante o período convencional de aquecimento de forma a contrariar o peso
exageradamente negativo que as pontes térmicas lineares assumem no desempenho
energético do edifício.
Relativamente o período de arrefecimento o edifício não apresenta problemas de
verificação regulamentares significativos atendendo às protecções solares
consideradas.
Também as necessidades de água quente sanitária não apresentam qualquer
problema devido ao significativo contributo do sistema solar adoptado para
preparação das AQS.
Nas páginas seguintes apresentam-se as fichas resultantes do cálculo térmico, a análise
energética da contribuição dos sistemas solares, bem como as peças desenhadas com a
definição da envolvente considerada para o estudo térmico de cada uma das fracções
pertencentes ao edifício em causa e pormenores construtivos.
Guarda, ….. de …………. de 20..
O técnico responsável,
………………………………...
(engenheiro civil)
DSE
ANEXO A
CARACTERIZAÇÃO DA ENVOLVENTE
DSE
ENVOLVENTE EXTERIOR
FICHA 1
ELEMENTO VERTICAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE EXTERIOR
PAREDES EXTERIORES
Designação:
Pe1
2
Orientação
Área (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Total:
Ref.
Material
e
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
0,57
0,03
1
Estuque tradicional
0,015
2
Alvenaria de tijolo furado
0,11
3
Poliestireno extrudido (XPS)
0,06
4
Espaço de ar não ventilado
5
6
m
Referência
2
(kg/m )
18
ITE 50 (LNEC)
0,27
ITE 50 (LNEC)
140
1,62
ITE 50 (LNEC)
2
0,04
0,18
ITE 50 (LNEC)
Alvenaria de tijolo furado
0,15
0,39
ITE 50 (LNEC)
170
Reboco de areia e cimento
0,015
0,01
ITE 50 (LNEC)
28
0,13
DL 80/2006
0,04
DL 80/2006
0,037
1,30
Resistências superficiais
Interior (Rsi):
Exterior (Rse):
2
Parede exterior corrente.
M: 358
Mint: 158
2
R total (m ºC/W):
2,67
Msi (kg/m ):
U (W/m2 ºC):
0,37
ri :
150
1
DSE
ENVOLVENTE EXTERIOR
FICHA 2
ELEMENTO VERTICAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE EXTERIOR
PAREDES EXTERIORES
Designação:
Pe 2
2
Orientação
Área (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Total:
Ref.
Material
e
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
0,57
0,03
1
Estuque tradicional
0,015
2
Alvenaria de tijolo furado
0,11
3
Poliestireno extrudido (XPS)
0,06
4
Espaço de ar não ventilado
5
m
Referência
2
(kg/m )
18
ITE 50 (LNEC)
0,27
ITE 50 (LNEC)
140
1,62
ITE 50 (LNEC)
2
0,04
0,18
ITE 50 (LNEC)
Alvenaria de tijolo furado
0,15
0,39
ITE 50 (LNEC)
170
6
Reboco de areia e cimento
0,015
0,01
ITE 50 (LNEC)
28
7
Fachada ventilada
7
Painéis de resina fenólica
0,13
DL 80/2006
0,13
DL 80/2006
0,037
1,30
Resistências superficiais
Interior (Rsi):
Exterior (Rse):
2
M: 378
Mint: 158
2
R total (m ºC/W):
2,76
Msi (kg/m ):
U (W/m2 ºC):
0,36
ri :
Parede exterior revestida com painéis fenólicos.
150
1
DSE
ENVOLVENTE EXTERIOR
FICHA 3
ELEMENTO VERTICAL
PONTE TÉRMICA PLANA DA ENVOLVENTE EXTERIOR
PAREDES EXTERIORES
Designação:
Ptpe1
2
Orientação
Área (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Total:
Ref.
Material
E
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
0,57
0,03
1
Estuque tradicional
0,015
2
Alvenaria de tijolo furado
0,07
3
Poliestireno expandido (XPS)
0,04
4
Betão armado
5
Reboco de areia e cimento
m
Referência
2
(kg/m )
18
ITE 50 (LNEC)
0,19
ITE 50 (LNEC)
120
0,037
1,08
ITE 50 (LNEC)
1
0,25
2,00
0,12
ITE 50 (LNEC)
625
0,015
1,30
0,01
ITE 50 (LNEC)
28
0,13
DL 80/2006
0,04
DL 80/2006
Resistências superficiais
Interior (Rsi):
Exterior (Rse):
2
M: 792
Mint: 138
2
R total (m ºC/W):
1,60
Msi (kg/m ):
U (W/m2 ºC):
0,62
ri :
Ponte térmica plana na parede Pe – Zona com elementos estruturais.
138
1
DSE
ENVOLVENTE EXTERIOR
FICHA 4
ELEMENTO VERTICAL
PONTE TÉRMICA PLANA DA ENVOLVENTE EXTERIOR
PAREDES EXTERIORES
Designação:
Ptpe2
2
Orientação
Área (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Total:
Ref.
Material
e
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
m
Referência
2
(kg/m )
1
Estuque tradicional
0,015
0,57
0,03
18
2
Betão armado
0,04
2,00
0,02
ITE 50 (LNEC)
100
3
Poliestireno extrudido (XPS)
0,04
0,037
1,08
ITE 50 (LNEC)
1
0,13
DL 80/2006
M: 119
0,13
DL 80/2006
ITE 50 (LNEC)
Resistências superficiais
Interior (Rsi):
Exterior (Rse = Rsi):
2
Mint:118
2
R total (m ºC/W):
1,39
Msi (kg/m ):
U (W/m2 ºC):
0,72
ri :
Ponte térmica plana nas paredes Pe 1 e Pe2 – Caixa de estore.
118
1
DSE
ENVOLVENTE EXTERIOR
FICHA 5
ELEMENTO HORIZONTAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE EXTERIOR
Laje de cobertura exterior
Designação:
Lce
2
Orientação
3
4
Área (m )
N
5
NE
EXT
E
SE
S
SW
W
2
INT
1
NW
Total:
Ref.
Material
e
R

2
m
Referência
2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
(kg/m )
1,30
0,01
ITE 50 (LNEC)
28
0,23
ITE 50 (LNEC)
250
ITE 50 (LNEC)
2
1
Argamassa de cimento e areia
0,015
2
Laje aligeirada betão armado
0,20
3
Poliestireno extrudido (XPS)
0,06
0,037
1,62
4
Argamassa de cimento e areia
0,05
1,80
0,03
ITE 50 (LNEC)
100
5
Ladrilho cerâmico
0,02
1,30
0,02
ITE 50 (LNEC)
46
Interior (Rsi):
0,17
DL 80/2006
M: 426
Exterior (Rse = Rsi):
0,04
DL 80/2006
Mint: 278
Resistências superficiais
R total (m2 ºC/W):
2,12
Msi (kg/m ):
U (W/m2 ºC):
0,47
ri :
Laje de cobertura em terraço (entrada e varanda Sul).
2
150
1
DSE
ENVOLVENTE INTERIOR
FICHA 6
ELEMENTO VERTICAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR
PAREDES INTERIORES
Designação:
Pi
2
Orientação
Área (m )
N
3
NE
1
E
2
SE
S
SW
LNA
W
INT
NW
Total:
Ref.
Material
e
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
0,57
0,03
1
Estuque tradicional
0,015
2
Alvenaria de tijolo furado
0,15
3
Reboco de areia e cimento
0,015
1,30
m
Referência
2
(kg/m )
18
ITE 50 (LNEC)
0,39
ITE 50 (LNEC)
170
0,01
ITE 50 (LNEC)
28
0,13
DL 80/2006
0,13
DL 80/2006
Resistências superficiais
Interior (Rsi):
Exterior (Rse = Rsi):
2
Parede interior corrente.
M: 216
Mint: 108
2
R total (m ºC/W):
0,69
Msi (kg/m ):
U (W/m2 ºC):
1,45
ri :
108
1
DSE
ENVOLVENTE INTERIOR
FICHA 7
ELEMENTO HORIZONTAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR
PAVIMENTOS INTERIORES
Designação:
Lpi1
2
Orientação
3
2
1
Área (m )
N
INT
NE
E
SE
S
SW
W
4
NW
LNA
5
Total:
Ref.
Material
e
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
m
Referência
2
(kg/m )
1
Ladrilho cerâmico
0,02
1,30
0,02
46
2
Argamassa de cimento e areia
0,05
1,80
0,03
ITE 50 (LNEC)
100
3
Poliestireno extrudido (XPS)
0,06
0,037
1,62
ITE 50 (LNEC)
2
4
Laje aligeirada betão armado
0,20
5
Argamassa de cimento e areia
0,015
ITE 50 (LNEC)
0,25
ITE 50 (LNEC)
250
0,01
ITE 50 (LNEC)
28
Interior (Rsi):
0,17
DL 80/2006
M: 426
Exterior (Rse = Rsi):
0,17
DL 80/2006
Mint:146
1,30
Resistências superficiais
Laje de pavimento sobre arrumos.
R total (m2 ºC/W):
2,27
Msi (kg/m ):
2
U (W/m2 ºC):
0,44
ri :
146
1
DSE
ENVOLVENTE INTERIOR
FICHA 8
ELEMENTO HORIZONTAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR
PAVIMENTOS INTERIORES
Designação:
Lpi2
2
Orientação
Área (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Total:
Ref.
e
Material
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
m
Referência
2
(kg/m )
1
Painéis de gesso cartonado
0,015
0,25
0,06
ITE 50 (LNEC)
13
2
Poliestireno extrudido (XPS)
0,03
0,037
0,81
ITE 50 (LNEC)
1
3
Laje de betão armado
0,22 (*)
2,00
0,11
ITE 50 (LNEC)
550
Interior (Rsi):
0,17
DL 80/2006
M: 564
Exterior (Rse = Rsi):
0,17
DL 80/2006
Mint: 550
Resistências superficiais
R total (m2 ºC/W):
1,32
Msi (kg/m ):
U (W/m2 ºC):
0,76
ri :
Laje de escadas no acesso à garagem.
(*) Espessura média incluindo revestimentos.
2
150
1
DSE
ENVOLVENTE INTERIOR
FICHA 9
ELEMENTO HORIZONTAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR
COBERTURA INTERIOR
Designação:
Lci
2
Orientação
Área (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Total:
Ref.
Material
e
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
1
Placas de gesso cartonado
0,015
0,25
0,06
2
Lã mineral
0,08
0,04
2,00
3
Espaço de ar
0,20
0,16
4
Laje aligeirada betão armado
0,20
5
Argamassa de cimento e areia
0,05
6
Ladrilho cerâmico
0,02
m
Referência
2
(kg/m )
13
ITE 50 (LNEC)
ITE 50 (LNEC)
5
0,23
Fabricante
250
1,80
0,03
ITE 50 (LNEC)
100
1,30
0,02
ITE 50 (LNEC)
46
0,10
DL 80/2006
0,10
DL 80/2006
Resistências superficiais
Interior (Rsi):
Exterior (Rse = Rsi):
2
M: 414
Mint: 13
2
R total (m ºC/W):
2,70
Msi (kg/m ):
13
U (W/m2 ºC):
0,37
ri :
1
Cobertura sob desvão de cobertura não habitável.
DSE
ENVOLVENTE EXTERIOR
FICHA 10
ELEMENTO HORIZONTAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR
Parede enterrada
Designação:
Pent
2
Orientação
Área (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Total:
Ref.
Material
e
R

2
m
Referência
2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
0,57
0,04
ITE 50 (LNEC)
24
0,19
ITE 50 (LNEC)
120
1,08
ITE 50 (LNEC)
1
1
Estuque projectao
0,02
2
Alvenaria de tijolo furado
0,07
3
Poliestireno extrudido (XPS)
0,04
4
Espaço de ar não ventilado
0,04
5
Betão armado
0,20
0,037
(kg/m )
0,18
ITE 50 (LNEC)
0,10
ITE 50 (LNEC)
Interior (Rsi):
0,13
DL 80/2006
M:
Exterior (Rse):
-
DL 80/2006
Mint:
2,00
500
Resistências superficiais
Parede enterrada.
R total (m2 ºC/W):
1,72
Msi (kg/m ):
2
U (W/m2 ºC):
0,58
ri :
144
1
DSE
ENVOLVENTE EXTERIOR
FICHA 11
ELEMENTO HORIZONTAL
ZONA CORRENTE DA ENVOLVENTE INTERIOR
Pavimento enterrada
Designação:
Lpt
2
Orientação
Área (m )
N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Total:
Ref.
Material
e
R

2
(m)
W/m ºC
(m ºC/W)
m
Referência
2
(kg/m )
1
Ladrilho cerâmico
0,02
1,3
0,02
46
2
Betonilha
0,06
1,80
0,03
ITE 50 (LNEC)
120
3
Poliestireno exturdido (XPS)
0,04
0,037
1,08
ITE 50 (LNEC)
1
4
Betão armado
0,10
2,00
0,05
ITE 50 (LNEC)
250
5
Material de impermeabilização
0,006
0,23
0.03
ITE 50 (LNEC)
6
6
Betonilha de regularização
0,02
1,80
0,01
ITE 50 (LNEC)
40
7
Enrocamento (gravilha)
0,20
2,00
0,1
ITE 50 (LNEC)
0,17
DL 80/2006
-
DL 80/2006
ITE 50 (LNEC)
370
Resistências superficiais
Interior (Rsi):
Exterior (Rse):
2
Pavimento sobre terreno natural.
M: 833
Mint: 166
2
R total (m ºC/W):
1,49
Msi (kg/m ):
U (W/m2 ºC):
0,67
ri :
150
1
DSE
ANEXO B
ÁREAS DE PAVIMENTO
DSE
ANEXO C
RELATÓRIOS RELATIVOS À ESTIMATIVA DE
DESEMPENHO DOS SISTEMAS SOLARES
TÉRMICOS A PREVER NO EDIFÍCIO
DSE
ANEXO D
CARACTERÍSTICAS DOS ENVIDRAÇADOS
DSE
ANEXO E
DETERMINAÇÃO DA INÉRCIA TÉRMICA DO EDIFÍCIO
DSE
PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE
MORADIA UNIFAMILIAR
MANTEIGAS
DATA
Projecto nº P…………….
FOLHAS DE CÁLCULO
DSE
PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE
MORADIA UNIFAMILIAR
MANTEIGAS
DATA
Projecto nº P…………….
PEÇAS DESENHADAS
DSE
ANEXO II
Certificado Energético
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