UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE ARTES E DESIGN
DEPARTAMENTO DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS
CURSO DE TEATRO - LICENCIATURA
História do Teatro IV
Grupo: Hélcio Fernandes
Professora: Marina de Oliveira
Jandira de Brito
Lídia Rosenhein
Maicon Barbosa
Tainara Urrutia
Biografia
de Robert
Wilson
 Robert Wilson, também conhecido como Bob
Wilson, nasceu em 4 de outubro de 1941, em Waco
, Texas.
Era autista e aos 16 anos teve uma instrutora
para ajudá-lo a desenvolver-se melhor.
 Foi educado na Universidade do Texas e
chegou a Nova York em 1963 para ingressar no
Brooklyn's Pratt Institute.
Licenciado pela Universidade de Oxford, na
Inglaterra, em Língua Inglesa, Arquitetura e
Design.
 Suas peças são conhecidas como experiências
inovadoras e de vanguarda, trabalhou também
como coreógrafo, iluminador e sonoplasta.
 É conhecido por seus trabalhos em colaboração
com Philip Glass em "Einstein on the Beach" assim
como com o poeta Allen Ginsberg e os músicos
Tom Waits e David Byrne.
Foi nomeado Comendador das Artes e Letras na
França em 2002.
Philip Glass e Bob Wilson (1976) Foto:
Robert Mapplethorpe
ENCENAÇÕES
“Os sonetos de Shakespeare”
"Quartet". foto Pascal Victor- div. ZeroHora
online
“Peer Gyant 1” de Ibsen
Encenações:
The King of Spain, 1969
The Life and Times of Sigmund Freud, 1969
Deafman Glance (com Raymond Andrews), 1971
KA MOUNTain and GUARDenia Terrace, 1972
The Life and Times of Joseph Stalin, 1973
A Letter from Queen Victoria, 1974
Einstein on the Beach (com Philip Glass), 1976
Death Destruction & Detroit, 1979
the CIVIL warS, 1984
Shakespeare's King Lear, 1985
Heiner Müller's Hamletmachine, 1986
Euripides' Alcestis, 1986-1987no American Repertory Theatre em Cambrid,
Massachusetts e em 1987 no Staatstheater em Stuttgart.
Death Destruction & Detroit II, 1987
Heiner Müller's Quartet, 1987
Louis Andriessen's De Materie, 1989
The Black Rider (com William S. Burroughs e Tom Waits), 1990
Richard Wagner's Parsifal, Hamburg, 1991
Alice 1992
Gertrude Stein's Doctor Faustus Lights the Lights, Hebbel Theatre (Berlin) 1992
Skin, Meat, Bone (com Alvin Lucier), 1994
Timerocker (com Lou Reed), 1997
O Corvo Branco, (com Philip Glass), Teatro Camões (Lisbon), 1998
Monsters of Grace (com Philip Glass), 1998
Lohengrin Metropolitan Opera, 1998
Bertolt Brecht 's The Flight across the Ocean Berliner Ensemble, 1998
The days before - Death Destruction & Detroit III, (with Ryuichi Sakamoto),
Lincoln Center 1999
Richard Wagner's Der Ring des Nibelungen, Zurich Opera
POEtry, (com Lou Reed), 2000
Hot Water (com Tzimon Barto), 2000
Persephone, 2001
Georg Büchner's Woyzeck (com Tom Waits), 2002
Richard Strauss's Die Frau ohne Schatten, Opéra National de Paris (Opéra
Bastille), 2002
samo Noguchi exhibition, 2003
I La Galigo, 2004
Jean de La Fontaine's The Fables, 2005
Ibsen's Peer Gynt, 2005 (em Norway)
Büchner's Leonce and Lena
VOOM Portraits, exhibition, 2007 at ACE Gallery em Los Angeles, CA
Brecht's The Threepenny Opera, Berliner Ensemble - Berlim, 2007
Rumi, Polish National Opera, 2008
Faust for the Polish National Opera, 2008
Sonnets (inspirados em Shakespeare's Sonnets com música de Rufus
Wainwright), com o Berliner Ensemble - Berlim (2009)
QUARTETT
Isabelle Huppert e Ariel Garcia Valdès.
Quartett é uma adaptação do
dramaturgo alemão Heiner Müller ao
romance epistolar de Choderlos de
Laclos, As relações perigosas.
Na remontagem do clássico Quartet,
tingem com cores fortes os elementos
humanos num cenário minimalista e
lúdico, de tons surreais em que tudo
coexiste/coabita no palco.
As coisas contracenam com os atoresobjetos tem forte simbolismo e
múltiplos significados, o divã mimetiza
uma pantera.
A ação dramática oscila entre um salão
durante a época da Revolução
Francesa e um Bunker após a 3ª
Guerra Mundial, onde os personagens
desdobram-se em quatro ou mais,
trocando de identidade e sexo numa
brincadeira sem avisos, com sugestões
cênicas de forte cunho surrealista.
O elenco contou com a atriz francesa
Isabelle Huppert.
SONETOS DE SHAKESPEARE
Traduzidos na linguagem altamente visual de Robert Wilson, os sonetos de
Shakespeare se tornam uma fonte de dramas – poéticos e prosaicos.
Musicados por Rufus Wainwright, os poemas adquirem algo de pop.
Encenar Shakespeare, não o
dramático e sim o lírico: esse foi o
intento
do
diretor
norteamericano Bob Wilson em
Shakespeares Sonette (Sonetos
de Shakespeare). E para tal,
Wilson se associou ao compositor
e músico americano-canadense
Rufus Wainwright.
As
atrizes
fazem
papéis
masculinos e os atores os
femininos. Nessa inversão – a
rainha Elizabeth 1ª, em seu trono,
declamando um soneto com voz
grave e o próprio Shakespeare,
como jovem e ancião, em vozes
Shakespeare, ancião e jovem.
femininas – intensifica ainda
mais
o
tom
farsesco
do
espetáculo.
HAPPY DAYS
A italiana Adriana Asti interpreta Winnie em Happy Days
Happy Days é a última das grandes
peças escritas pelo dramaturgo
irlandês Samuel Beckett, coloca em
cena Winnie, uma senhora enterrada
até a cintura no primeiro ato e até o
pescoço no segundo.
A situação insólita e misteriosa é
típica do vocabulário não realista
que Beckett inscreveu na história do
teatro e que obriga o espectador a
aderir a um mundo que não existe
fora do palco.
Winnie é uma mulher que atravessa
seus dias repetindo os mesmos
rituais com os mesmos objetos.
A suntuosa iluminação de Bob Wilson joga a favor dessa ideia. Ao destacar
diversas manhãs e noites em cena, delimita o passar dos dias, enfatizando o tédio
e a futilidade da vida da protagonista.
Esse é o primeiro texto de Samuel Beckett que Bob Wilson monta, um encontro
memorável com os dois grandes revolucionários do teatro. O dramaturgo, traz no
currículo suas orquestrações de texto que combinam palavras, gestos e pausas
com extrema precisão, já o encenador se caracteriza pelas montagens
exuberantes, tem a defesa perfeita para os golpes verbais do oponente.
Críticas da peça “Happy Days” de Bob Wilson,
no 17º Porto Alegre em Cena.
Jornal Zero Hora – 11/09/2010
Dias nem tão felizes assim...
A imposição de uma estética de encenação, por melhor
que ela seja, a uma obra dramática, nem sempre
resulta num bom espetáculo. Às vezes pode resultar
num desastre. Que outros críticos, talvez por polidez,
diriam tratar de um equívoco. Não importa. Equívoco
ou desastre, este é o resultado da direção de Bob
Wilson da peça de Samuel Beckett, Happy Days.
Um espetáculo inerte, repetitivo, sem uma linha dramática ascendente que
sustente minimamente o interesse do espectador durante a uma hora e meia de
duração.
Em suma um espetáculo chato.
Nem mesmo a iluminação, que tem sido um dos mais requintados recursos
cênicos utilizados pelo diretor, não atinge o nível dos espetáculos anteriores.
Luis Paulo Vasconcelos – Ator e diretor
Bob Wilson no Brasil
A primeira vez que o encenador americano
esteve no Brasil foi em 1974 no 1º Festival
Internacional de Teatro de São Paulo.
Ele apresentou a peça “Time and Life of
Joseph Stalin” (A Vida e a Época de Joseph
Stalin) que tinha duração de 12 horas.
Em pleno regime militar, o nome do ditador
soviético teve de ser substituído por "Dave
Clark", porque a censura achou que ali tinha
coisa. O que havia de subversivo, contudo,
estava na encenação, que incluía atores
imóveis, e na relação anárquica com a
platéia - os espectadores tinham a liberdade
de, por exemplo, entrar e sair a qualquer
momento.
Estética Wilsiana
Criador de uma Linguagem cênica
Contra o realismo.
Os objetos de cena servem de alusão ao mundo real. (Ex. Peça Orlando)
"fazer arte é algo artificial. Estar num palco não é natural. É uma
mentira".
Lema de seu trabalho:
“Uma imagem vale mais que mil palavras“.
Em seu trabalho com o ator, ele pede para o ator fazer um gesto,
seguidamente pede para fazer outro gesto diferente do anterior e assim
por diante, então vai enumerando esses movimentos que devem ser
repetidos pelo ator que os criou e pelos demais que compõe o elenco.
Criando um vocabulário espontâneo.
Depois dessa etapa é que Wilson insere sons em seu trabalho, pois
garante que todo trabalho deve partir do silêncio.
Estereotipado como Teatro do silêncio.
Baseia-se no teatro NÔ.
Uso de musicas
São compostas originalmente para peças de uso de Wilson, uma música
fora dos padrões tradicionais musicais usados em teatro (progressões
melódicas semi-hipnóticas ).
Trabalho do ator
"Se você sabe o que está fazendo, não faça. É necessário questionar o que
se está fazendo“.
O espaço do palco e o da plateia são diferentes e, por isso, considera
mais "honesto" o ator se movimentar de forma artificial no teatro.
Para Wilson, o artista só será completamente "livre" no palco, quando
seus movimentos se tornam mecânicos. "Quanto mais você repete o
trabalho, mais livre se é. Como andar de bicicleta. Quando se aprende,
você faz sem pensar", diz.
Faz uso de danças.
Ritmos.
Suas obras são de longuíssima duração. ( KA MOUNTain and
GUARDenia Terrace se estendia por sete dias)
Texto.
Os aspectos visuais e cênicos da montagem têm mais importância
do que o texto.
"Queimem as escolas de teatro que só ensinam a decorar textos!"
"Não precisamos decorar o que vemos e ouvimos. Ambos são
igualmente importantes".
Video Portraits
Brad Pitt
Jeane Moureau
Isabella Rosellini
Johnny Depp
A atriz Winona Ryder em retrato que integra a mostra .
A exposição Voom Portraits é composta por
vídeo-retratos em alta resolução de celebridades
como Isabella Rosselini e Johnny Depp, que
posaram quase imóveis para as câmeras da
Voom HD Network.
Trata-se de um encontro entre fotografia, filme,
literatura e som, uma linguagem de movimentos
mínimos, gestos coreografados e coordenação
precisa.
A obra poderosa de Wilson conta com fotografias
exóticas de Steve Buscemi, Brad Pitt, Jeane Moureau,
Robert Downey Jr, Dita Von Teese, Willem Dafoe,
Isabella Rossellini, Johnny Depp, Salma Hayek, Winona
Ryder (numa adaptação muito elogiada do famoso "Dias
Felizes”, de Samuel Beckett), entre outros. Os retratos
foram encomendados e produzidos em um trabalho de
colaboração entre Robert Wilson - um artista de
vanguarda no teatro e nas artes visuais - e a empresa
de televisão VOOM HD Networks, onde Wilson tem sido
artista
residente
desde
2004.
O escritor Gao Xingjian está na mostra.
OS PROCESSOS
CRIATIVOS DE ROBERT
WILSON.
Luis Roberto Galizia
A figura de Robert Wilson é um dos
pontos focais das pesquisas cênicas
atuais. O livro compõe, num quadro
preciso, os elementos que presidem, do
ponto
de
vista
estético,
os
procedimentos de Wilson, cada um dos
principais fatores artísticos integrantes
de suas peças e suas práticas de
encenação. Imagem e mídia, texto e
gesto, música e dança, desempenho e
arquitetura são considerados, em sua
interação e intersemantização, à luz de
alguns dos seus mais importantes
espetáculos.
FONTES
Disponível em http://www.fitbh.com.br/2010/espetaculo-detalhe.php?id=7 acesso em 28/11/2010
Disponível em http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/portoalegreemcena/19,0,2663975,BobWilson-o-puxador-de-tapetes.html acesso em 28/11/2010
Disponível em http://www.livrariaresposta.com.br/v2/produto.php?id=201023 acesso em
28/11/2010
Disponível em
http://www.dopropriobolso.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=220:bobwilson-volta-a-cena&catid=52:teatro&Itemid=54 acesso em 28/11/2010
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Wilson_(encenador) acesso em 28/11/2010
Disponível em
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=39519?KeepThis=true&TB_iframe=true&h
eight=550&width=850 acesso em 28/11/2010
Fotos disponíveis no Google Imagens.
Jornal Zero Hora do dia 11/09/2010
Folder da Mostra Cultural Santander 2010 – Robert Wilson Video Portraits.
GALIZIA, Luis Roberto.Os processos criativos de Robert Wilson. São Paulo: Perspectiva, 2004.
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Traduzidos na linguagem altamente visual de Robert Wilson