BRASILEIROS QUE ESTAVAM NO NEPAL DURANTE O TREMOR
No momento em que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o Nepal neste sábado (25), muitos brasileiros estavam
no país. O tremor foi o mais violento dos últimos 80 anos no Nepal e deixou mais de 5 mil mortos. Alguns
brasileiros já fizeram contato com as famílias e estão em segurança, mas outros permanecem desaparecidos.
Um tremor secundário de 6,7, que ocorreu a 10 km de profundidade, também foi sentido no Everest, onde provocou
novas avalanches.
O Itamaraty afirmou que já recebeu informações sobre 183 brasileiros que estavam no Nepal durante o terremoto.
Nenhum deles sofreu ferimentos, segundo as informações mais recentes do governo federal. A Embaixada do
Brasil em Katmandu "segue mobilizada para prestar o apoio necessário aos cidadãos brasileiros que se encontram
no país", informou o ministério. Um centro de atendimento a brasileiros também foi estabelecido no aeroporto da
capital do Nepal.
Veja brasileiros que foram encontrados e os relatos de sobreviventes:
Adriana Faina é de Uberlândia
(Foto: Alessandra Faina/Divulgação)
Adriana Faina
A mineira de Uberlândia Adriana Faina, de 37 anos, está entre os turistas que não sabem quando voltarão ao Brasil.
Ela fez um vídeo minutos após o terremoto, que emocionou a família. Ela foi ao Nepal com um grupo de 19
pessoas para fazer trekking.
Amália Lucy antes de ir ao Nepal
(Foto: Amália Lucy Querino/Arquivo Pessoal)
Amália Lucy Querino
Após viver momentos de tensão, a médica mineira Amália Lucy Querino conseguiu sair do Nepal e está em Nova
Déli, na Índia. Ela e a amiga Caroline Machado tinham acabado de chegar a Katmandu quando ocorreu o
terremoto.
“É muito aterrorizante, principalmente para nós, brasileiros, que não sabemos exatamente o que é o terremoto,
porque não vivemos isso. Eu comparo a uma turbulência muito forte de avião, mas pior porque não havia
informação. Só havia rumores do que poderia estar acontecendo e isso dava mais medo ainda", disse ao G1.
Grupo de paranaenses viajou para fazer trilha a pé
no Nepal (Foto: Ana Wanke/Arquivo Pessoal)
Ana Wanke
A paranaense Ana Wanke, que coordena uma expedição no Nepal, disse que o grupo de 20 brasileiros sentiu os
tremores, mas está em segurança.
O grupo havia viajado para fazer uma trilha de 130 km até a cidade de Pokara, distante cerca de 200 quilômetros da
capital do país.
Antenor vive no Nepal há 8 anos
(Foto: Benedito Santos/Arquivo Pessoal)
Antenor Aparecido dos Santos
O missionário Antenor Aparecido dos Santos, de Mogi das Cruzes (SP), vive no Nepal há 8 anos. Por causa do
terremoto, está isolado em uma área de montanhas com um grupo de fiéis, mas passa bem e conseguiu entrar em
contato com a família.
Ele disse aos familiares que prefere ficar para ajudar as pessoas.
"Vou doar quase todas as minhas roupas para as pessoas, principalmente para os detentos de uma prisão que
desmoronou na capital", disse.
Aurélio Magalhães no Monte Everest
(Foto: Aurélio Magalhães / arquivo pessoal)
Aurélio Magalhães
Aurélio Magalhães, de Marília, interior de São Paulo, está em Katmandu e conseguiu mandar uma mensagem para
a família avisando que estava em segurança.
Beatriz El-Bainy
A moradora de Cabo Frio (RJ) Beatriz El-Bainy está no Nepal desde 25 de fevereiro em missões evangélicas. No
Facebook, ela relatou dificuldades de se comunicar com o Brasil, mas afirmou estar bem e ajudando como
socorrista. A jovem e outros quatro integrantes do grupo estão abrigados na embaixada brasileira. De acordo com a
mãe da jovem, Hellenice Marques El-Bainy, a missão de Beatriz tem témino previsto para novembro.
Camila Matiello Redins, de 32 anos (Foto: Camila
Matiello/ Arquivo Pessoal)
Camila Matiello Redins
A capixaba Camila Matiello Redins, de 32 anos, fez contato com a mãe e disse que está bem. Ela deveria sair do
Nepal no na quinta-feira (30) e seguir para Londres. No entanto, o governo nepalês adiantou o voo por conta dos
riscos de doenças.
Formada em Desenho Industrial, Camila estava de férias no Nepal desde o dia 16 de abril, realizando o sonho
antigo de conhecer o país.
"No momento do terremoto, eu estava fora da cidade, em um parque florestal, a mais ou menos 200 km. Eu estou
bem. Quando eu soube, eu pensei, via isso tão longe e aqui a última vez que aconteceu isso foi há 80 anos", contou
a jovem por telefone.
Brasileiros no Nepal (Foto: Reprodução/TV TEM)
Camile Guarino Porto
Moradora de São Roque (SP), a jovem de 28 anos faz trabalho voluntário em Katmandu, capital do Nepal e uma
das cidades mais afetadas pelo terremoto. Logo depois do tremor, ainda assustada, ela deu um depoimento nas
redes sociais sobre o medo que passou.
"Tudo treme. A casa parece que vai cair em cima de você. Você ouve as pessoas gritando. Você escuta o barulho
das coisas caindo. Eu só tenho que agradecer a Deus por não ter acontecido nada comigo", diz na gravação.
Carlos Santalena durante a viagem ao Nepal
(Foto: Arquivo Pessoal/ Carlos Santalena)
Carlos Santalena e José Eduardo Filho
Um grupo de oito turistas e dois guias de Campinas (SP), Carlos Santalena e José Eduardo Sartor Filho, estavam no
Nepal durante o terremoto. Todos estão bem, e os turistas já começaram a voltar do passeio.
Daniel é voluntário em um orfanato em Katmandu
(Foto: Arquivo pessoal)
Daniel Faria Ribeiro
A família de Daniel Faria Ribeiro, de 31 anos, ficou aliviada após receber notícias do paulista que trabalha como
voluntário num orfanato de Katmandu. O pai, Julio Cesar Ribeiro, que mora em Sorocaba (SP), conta que o filho
foi morar na Ásia em janeiro e, desde quinta-feira (23), não tinha feito contato. Agora, sabe-se que ele está bem.
Debora e as crianças no Nepal
(Foto: Arquivo pessoal )
Débora de Souza
A família de Débora de Souza, de 19 anos, contou os momentos de angústia vividos pela jovem durante o tremor
em Katmandu. Débora viajou para o Nepal no dia 25 de fevereiro deste ano com um grupo de quatro jovens da
igreja Batista Missionária da Lagoinha, para participar de um projeto social desenvolvido pela instituição.
“A casa onde funcionava o projeto social foi interditada e todo o grupo levado para um abrigo. Na noite de sábado
eles compraram algumas lonas e dormiram na rua mesmo” disse a mãe da garota, Maria de Lourdes.
Edgar viajou para Nepal no dia 25 de fevereiro
(Foto: Reprodução/Rede social)
Edgar Garcia
O seminarista Edgar Garcia, de 26 anos, também estava no Nepal e passou momentos de pânico durante o
terremoto. Ele já falou com a mãe por telefone e passa bem. A casa onde morava desabou.
Casal vive sob uma tenda no Nepal
(Foto: Julio Cesar Vertullo / Arquivo Pessoal)
Everson Gonçalves Santos
Everson Gonçalves Santos, de 45 anos, que vive com a esposa Daniela Moura Santos, de 39, e a filha Laura Santos,
de 6, em Katmandu. Segundo Julio Vertullo, que é pastor em uma igreja em Suzano e cunhado de Everson, "eles
[família] estão vivendo sob tendas na rua, pois ainda têm medo de entrar em casa. Eles entram, recolhem alguma
coisa e logo saem. Um arquiteto ficou de ir ao imóvel para fazer uma vistoria para saber se é seguro ficar lá".
O pastor diz que ele não tem planos de retornar ao Brasil, por enquanto. "Eles planejam uma saída para o
Camboja", explica. Vertullo diz ainda que os fieis da igreja em Suzano estão enviando ajuda à família. "Além da
dificuldade em torno da destruição no país, o preço das coisas, das mercadorias, subiu muito nos mercados.
Estamos enviado recursos financeiros para eles", explicou.
Reporter Clayton Conservani no Nepal
(Foto: Reprodução/Globonews)
Equipe da Globo
A equipe do "Planeta Extremo", da Globo, está na região atingida pelo terremoto. No grupo, estavam os repórteres
Carol Barcellos e Clayton Conservani. A equipe estava a caminho de Katmandu quando o tremor aconteceu e está
em segurança.
Thimoteo registrou estragos em Katmandu, capital
do Nepal (Foto: Fábio Thimoteo / Arquivo Pessoal)
Fabio Thimoteo
O paranaense Fabio Thimoteo, gerente de uma agência de Foz do Iguaçu (PR), estava em Katmandu na hora dos
tremores e registrou em vídeo o momento em que algumas crianças eram socorridas. Ele já saiu do Nepal e está no
Brasil.
Montanhista Fátima Williamson, do DF
(Foto: Reprodução/Facebook)
Fátima Williamson
A montanhista brasiliense Fátima Williamson escapou por pouco da avalanche ocorrida no Monte Everest no
último dia 25. Ela estava no acampamento base 2, a quase sete mil metros de altura, quando a avalanche atingiu o
pé da montanha, deixando ao menos 18 alpinistas mortos.
O marido de Fátima, Peter Williamson, disse ao G1 que ela voltou ao Nepal este ano para tentar novamente subir a
montanha, já que em abril do ano passado a missão foi abortada após uma avalanche matar os sherpas nepaleses.
"Ela conseguiu falar comigo primeiro, o que foi excelente. Ela me ligou cedo no sábado de manhã, então, antes que
eu visse qualquer coisa, já havia uma mensagem dela dizendo que ela estava em um ponto bem mais alto do que a
área atingida", relatou o marido.
Gustavo Junqueira chegou a Londres na terça
(Foto: Arquivo pessoal)
Gustavo Junqueira
O jornalista Gustavo Junqueira, de Ribeirão Preto, estava em uma loja no Templo dos Macacos, em Katmandu,
quando o terremoto começou. Ele foi um dos últimos a conseguir sair da loja, mas está bem. Nesta terça-feira (28),
ele chegou a Londres.
Segundo Junqueira, escapar ileso da tragédia despertou nele uma sensação de gratidão. “O sentimento é de
agradecimento às pessoas que tentaram nos ajudar, às pessoas que torceram e nos ajudaram. É uma lição de
solidariedade, de agradecimento, de tentativa de compreensão. Temos uma fragilidade muito grande, precisamos
saber lidar com ela.”
Ivam Ciríaco, no Nepal (Foto: Ivam Ciríaco)
Ivam Ciríaco
Após sobreviver ao terremoto, o músico brasileiro Ivam Ciríaco, de 29 anos, enfrenta agora o medo de falta de água
e comida. Segundo ele, os supermercados não abriram nesta segunda. Ivam diz que a situação "está muito tensa" e
"os tremores não param"
José Pasqualini mora na Ásia há três anos
(Foto: Reprodução/TV TEM)
José Pasqualini Menezes
O jovem, de 26 anos, saiu de Sorocaba há três para morar na Ásia. Ele estava no Nepal a passeio e, no momento do
tremor de sábado, fazia uma trilha no Himalaia. Somente na madrugada desta segunda-feira (27) ele conseguiu
fazer contato com a família, que mora em votorantim (SP), para avisar que está bem.
Mogiana e a família querem voltar do Nepal
(Foto: Renata Rubilar/arquivo pessoal)
Kelly, Marcelo e Pedro Bevilacqua
Uma família de Mogi das Cruzes está empenhada em conseguir recursos para trazer do Nepal um casal e seu filho
recém-nascido. Kelly Piñeiro Bevilacqua, de 42 anos, vive no país desde 2009 com o marido Marcelo.
Há 15 dias, ela deu à luz um menino, que ganhou o nome de Pedro. “Eles estão voltando por causa do Pedro, meu
sobrinho", conta a irmã de Kelly, a jornalista Renata Rubilar. Kelly e Pedro são missionários.
Missionária de Piracicaba no Nepal
(Foto: Reprodução/Facebook)
Loani Rossi
A piracicabana Loani Rossi, de 32 anos, está em Katmandu desde fevereiro como missionária de um projeto que
resgata crianças do comércio sexual. Apesar do terremoto, ela avisou que pretende ficar no Nepal para seguir
trabalhando.
Ela disse ao G1 por meio de rede social na internet que o trabalho humanitário "lhe dá vida", mas afirmou também
que as cenas do último sábado (25), dia do terremoto, não saem de sua cabeça. "Queria que tudo não passasse de
um pesadelo, mas na verdade é bem real".
Lucas Júnior
O missionário goiano Lucas Júnior, de 53 anos, que participa de projetos sociais na Ásia relatou o medo que teve
ao presenciar o terremoto que atingiu o Nepal. “Fomos para uma igreja que temos aqui e que fica no 3º andar. Logo
depois que iniciou o culto lá, a terra tremeu. Foi uma experiência terrível”, disse.
Lucas já mora na Ásia há 12 anos, ajudando crianças e adolescentes em situação de risco. Agora, com a tragédia,
ele explica que está ajudando os moradores que perderam suas casas, pertences e, muitas vezes, familiares. "Tem
chegado alguns recursos na nossa organização e isso tem suprido [as necessidades]", ressaltou.
Manuel Tenório manteve contato com a esposa no
último sábado, (Foto: Arquivo pessoal)
Manuel Tenório
O analista do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que estava desaparecido depois de um forte terremoto no
Nepal, no sábado (25), entrou em contato com a família nesta segunda-feira (27). De acordo com parentes, Manuel
Ursino Tenório de Azevedo Junior, de 52 anos, informou que conseguiu comprar passagem de retorno para o Brasil
e deve chegar até o final da semana.
Marcelo Gama
"Não tem estoque de comida e essa é a grande dificuldade". Esse é o relato do empresário capixaba Marcelo Gama,
que escapou ileso do terremoto, que deixou mortos e feridos no Nepal. Ele lembrou das dificuldades que viu o
povo nepalês enfrentar. "A população toda está sem comida, sem água, todas as lojas estão fechadas. Eles tem
costume de comprar comida todo dia, eles não estocam nada. Eles não usam geladeira, máquina de lavar, é um
povo muito pobre", explicou.
Marcelo Fernandes
O missionário baiano Marcelo Fernandes, que mora com a mulher e dois filhos em Katmandu, capital do Nepal,
disse que está vivendo de forma improvisada na garagem de casa após o terremoto de sábado (25). Parte da casa
dele foi destruída pelo tremor. A garagem é a única estrutura segura onde a família pode se abrigar.
Mariana Malaguti Uchôa está em local afetado por
terremoto (Foto: Reprodução/GloboNews)
Mariana Malaguti Uchôa
A brasileira Mariana Malaguti Uchôa, de 26 anos, está na região atingida pelo terremoto e conseguiu entrar em
contato com a família apenas no domingo (26) por e-mail. Ela estava na cidade de Pokhara no momento dos
tremores.
Hóspedes de hotel em Katmandu dormem na rua
(Foto: Mercedes Berlin/Divulgação)
Mercedes Berlin
A empresária do setor de turismo Mercedes Berlin, de Brasília, está no Nepal e disse que o terremoto causou
pânico e deixou um rastro de destruição na capital, Katmandu. No país há dois dias junto com a irmã e sócia,
Gabriela, ela disse que viu pessoas feridas nas ruas.
Danielle (à esquerda) e Monique estavam no
Nepal no terremoto (Foto: Reprodução/ Facebook)
Monique Corrêa Santos e Danielle Sulamita Pio
A fisioterapeuta carioca Monique Corrêa Santos estava em Katmandu com uma amiga, Danielle Sulamita Pio, no
momento do terremoto. A embaixada conseguiu falar com elas e tranquilizou a família no Brasil neste domingo.
Os familiares se emocionaram ao verem, nesta segunda-feira, entrevista das amigas no Jornal Nacional. "Foi como
se tirasse uma tonelada de cima de mim", disse o pai de Danielle, Marcos Pio. "Diria que eu renasci", acrescentou.
As famílias das cariocas preparam uma festa para receber as amigas no Aeroporto Internacional Antônio Carlos
Jobim (Galeão), na Ilha do Governardor, na tarde desta quarta-feira (29). Mãe de Danielle, Marinez Pio se disse
muito "orgulhosa", mas brincou que a filha está proibida de viajar de novo.
Produtor cultural maranhense Nelson Piquet
(Foto: Reprodução/TV Mirante)
Nelson Piquet
O produtor cultural maranhense Nelson Piquet viajava a passeio em Katmandu, no Nepal, quando ocorreu o
terremoto. Ele conseguiu deixar o país e está na Tailândia. Disse que está muito abalado. Piquet viaja na companhia
da ex-esposa e amiga Éricka Braga desde o dia 14 de abril. Os dois passaram 12 dias na Índia antes de chegar ao
Nepal, onde pretendiam ficar pelo menos uma semana.
Brasileiro tranquilizou a família pela internet
(Foto: Reprodução/Facebook)
Nilton Duarte Lima
O gerente comercial Nilton Duarte Lima, de 38 anos, usou o Facebook para tranquilizar a família, que mora em
Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ele disse que sofreu escoriações, recebeu atendimento médico, mas não
precisou ser hospitalizado.
Casal gaúcho já está na Índia após tremor
(Foto: Arquivo pessoal)
Patrícia Marques e Fábio dos Santos
O casal gaúcho Patrícia Marques e Fábio dos Santos estava de férias no Nepal e postou um relato no Facebook
dizendo que conseguiu "escapar" com vida da capital Katmandu. Eles ficaram mais de um dia acampados em uma
área aberta do aeroporto da capital do país asiático. Na mensagem, Fábio também agradece por ter se "safado" das
consequências do tremor.
"Pessoal, finalmente conseguimos 'escapar' de Kathmandu, depois de 33 horas acampados na área aberta do
estacionamento do aeroporto e lutando para conseguir lugar em qualquer voo que saísse de lá. Agora, estamos num
hotel em Delhi. Para todo mundo que torceu pelo nosso retorno sãos e salvos, obrigado. As energias positivas de
vocês certamente ajudaram a gente a nos safar desta".
Rafael registrou trilhas feitas pelo Nepal
(Foto: Arquivo pessoal)
Rafael Freitas
O gaúcho Rafael Freitas lembra os momentos de terror dos últimos dias. "Tivemos duas noites de terror sem
conseguir dormir, correndo da casa em que estamos a cada pequeno tremor. Comida e água ficaram escassas e
tivemos que entrar na cidade destruída para achar alguma coisa para comer", contou. A mãe dele, Denise Ribeiro,
chegou a ficar sem notícias do filho após o tremor.
O montanhista Rosier Alexandre escalava o Everest
(Foto: Rosier Alexandre/Arquivo Pessoal)
Rosier Alexandre e Davi Saraiva
O montanhista cearense Rosier Alexandre foi resgatado por um helicóptero, na madrugada desta segunda-feira, no
monte Everest. Segundo informações da mulher dele, Danúbia Pereira, o filho do casal, Davi Saravia, também
estava no Nepal. "Uma mistura de terror, euforia e alegria. A noite foi possivelmente a pior da minha vida, eu não
conseguia comunicação com o Davi nem com minha família, não dormi um só minuto", dise Rosier.
O filho de Rosier, Davi Saraiva, estava na base do Everest no momento do tremor; e o pai, no campo 2 do monte
mais alto do munto, a 6,5 mil metros de altitude. Rosier Alexandre foi resgatado em um helicóptero na segundafeira (28), e as expedições foram canceladas pelo governo. "Sabendo da tragédia e eu preso sem poder fazer nada.
Eu fiquei arrasado. Cada voo com dois passageiros", diz. De acordo com o alpinista e montanhista Rosier
Alexandre, a avalanche destruiu as rotas de subida, o que impediu a continuidade das expedições.
Sérgio Sepúlveda voltou do Nepal no sábado
(Foto: Sérgio Sepúlveda/Arquivo pessoal)
Sérgio Sepúlveda
O baiano Sérgio Sepúlveda deixou o Nepal rumo ao Brasil no mesmo dia do terremoto, por causa de uma infecção
intestinal. Ele viajava com o amigo Manuel Tenório, que estava desaparecido e conseguiu fazer contato com a
família nesta segunda-feira (27).
A estilista Simone Nascimento fez o úlitmo contato
com a família em BH no sábado
(Foto: Arquivo pessoal/ Sylvia Nascimento)
Simone Nascimento
Após dias de ansiedade, sem contato com a filha Simone Nascimento, que está a passeio no Nepal, a comerciante
Sylvia Nascimento, moradora de Belo Horizonte, informou ao G1 que a filha mandou uma mensagem na
madrugada desta terça-feira (28). Sylvia disse que o contato foi feito pela internet, por meio do grupo de apoio que
atende as vítimas do terremoto na região. Segundo ela, a filha avisou que voltará ao Brasil assim que possível.
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