Ensemble Bonne Corde
19 Outubro
16h00
Convento de S. Pedro de Alcântara
Diana Vinagre, direção
PROGRAMA
«Os baixos sumptuosos»
Música sacra da capela Patriarcal no limiar do séc. XIX
Fuga em dó menor para orgão solo - Leonardo Leo
Qui Tollis da Messa a Quatro Voci - Antonio de Pádua Puzzi
Responsórios de 5ª feira santa - Verso do 4.º Responsório - Ignácio António Ferreira de Lima
Sonata para violoncelo e baixo contínuo op.2 n.1 em fá maior - Jean-Pierre Duport
Qui sedes da Missa em Si bemol - António da Silva Gomes e Oliveira
Versos do 1.º tom para orgão solo - Frei José de Santa Rita Marques e Silva
Quoniam da Messa Obligatta a due Violoncelli, e due faggotti, organo e contrabasso - Marcos
Portugal
Sonata para Fagote e baixo op. 24 n.3 em fá maior - François Devienne
Quoniam - António de Pádua Puzzi
DADOS BIOGRÁFICOS
O Ensemble Bonne Corde é um agrupamento de Música Antiga, dedicado à Interpretação
Historicamente Informada com instrumentos originais, tendo como repertório alvo a literatura
para violoncelo solo do séc. XVIII, tanto de câmara como concertante, não esquecendo o
importante papel do violoncelo como instrumento de baixo contínuo.
O nome do grupo foi retirado do tratado de Martin Mersenne de 1636, Harmonia Universelle e
pretende ser uma alusão às cordas de tripa utilizadas nos instrumentos de corda até ao início
do séc. XX, quando estas foram substituídas pelas de aço. É também através da utilização de
cordas de tripa que o Ensemble Bonne Corde pretende recuperar e dar a conhecer repertório
esquecido dentro duma perspetiva historicamente informada, não tendo, no entanto, por
objetivo uma recriação ou um trabalho de arqueologia. Nunca vamos saber como esta música
soava, queremos apenas perceber o melhor possível os códigos musicais da época.
Fundado pela violoncelista Diana Vinagre, o Ensemble Bonne Corde continua um trabalho de
conjunto, iniciado entre jovens músicos de várias partes do mundo, que se foram cruzando nos
seus percursos formativos e profissionais, em locais tão prestigiados como o Real
Conservatório de Haia (Holanda) e a Orquestra Barroca da União Europeia. Todos os membros
do grupo colaboram regularmente com os mais prestigiados agrupamentos de Música Antiga
da Europa. Desde a sua fundação tem atuado em Portugal, Bélgica e Holanda, tendo já gravado
para a RDP-Antena 2. Na presente temporada apresentou-se em concerto no Festival de
Música Antiga de Loulé, no Theatro Circo de Braga e no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
NOTAS DE PROGRAMA
Aquando da sua criação em 1716, por D. João V, a capela da Patriarcal teve por modelo a
capela Pontifícia em Roma, na qual apenas existiam cantores e baixo contínuo e até à sua
dissolução, em 1834, a maior parte do repertório sacro escrito para esta formação não sofreu
alterações no orgânico. As obras com um efetivo orquestral mais alargado estavam reservadas
para as festividades mais importantes. Durante a segunda metade do séc. XVIII, e na sequência
das alterações estilísticas que se vinham processando, levando ao gradual afastamento dos
modelos formais e estéticos barrocos, houve uma necessidade natural de adaptar os meios
disponíveis ao tipo de escrita contemporânea e aos novos parâmetros que se instalavam. No
seguimento desta situação, vemos o aparecimento, a partir da década de 1770, dum
repertório em que os violoncelos e os fagotes se emancipam da linha do baixo e assumem um
papel melódico, quase sempre a duas vozes por instrumento e muitas vezes com caráter
eminentemente solístico. A parte do baixo passa a ser assegurada pelo contrabaixo e pelo
órgão, sendo também frequente a introdução de timbales ao conjunto. É importante sublinhar
que as características específicas deste repertório não se encontram com a consistência que
verificamos em Portugal em mais nenhum contexto europeu, sendo exceção alguns exemplos
esporádicos na música italiana. Encontramos para esta formação específica obras de
compositores ligados à Capela da Patriarcal como Marcos Portugal, Henrique Carlos Correia,
António da Silva Gomes e Oliveira, António Leal Moreira, António José Soares, José do Espírito
Santo Oliveira e Antonio Puzzi, assim como várias obras de autores anónimos. Neste programa
são apresentados excertos de obras de Marcos Portugal, António da Silva Gomes e Oliveira,
António de Pádua Puzzi e Ignácio Ferreira de Lima, cujas obras se encontram em manuscrito na
Biblioteca Nacional de Portugal, na Biblioteca da Ajuda e no Arquivo da Sé Patriarcal de Lisboa.
À exceção de Marcos Portugal (1762-1830), poucos são os dados biográficos conhecidos dos
restantes compositores incluídos no programa, estando ainda por fazer um estudo
aprofundado tanto da sua obra e vida. Marcos Portugal. António de Pádua Puzzi fazia parte
duma família importante de cantores estabelecidos em Lisboa na segunda metade do séc.
XVIII, sendo o seu pai, o baixo Taddeo Puzzi, um dos cantores mais proeminentes da capela da
Patriarcal. Em 1805, Antonio Puzzi é nomeado Mestre de Música da Real Capela de Mafra, pelo
Príncipe Regente D. João. António da Silva Gomes e Oliveira, foi organista da Capela Real da
Ajuda e, em 1787, passa a desempenhar também funções de compositor, apesar de não
sabermos onde se formou terá sido provavelmente aluno de David Perez (1711-1778). Marcos
Portugal foi seguramente o compositor mais famoso de entre os restantes compositores
portugueses do programa. Estudou no Seminário da Patriarcal e, depois de ter atingido algum
sucesso enquanto compositor principalmente de música dramática, foi para Nápoles em 1792,
onde o seu trabalho teve boa aceitação e regressou a Lisboa, em 1800. A sua música apresenta
a clara influência da música napolitana, assim como de resto grande parte do repertório
português contemporâneo. Em 1811, segue a família Real para o Brasil, onde acaba por passar
o resto da sua vida.
À semelhança do que acontecia em Portugal nos séculos XVIII e XIX, a música sacra era muitas
vezes intercalada com momentos de música instrumental, sendo até várias vezes referenciado
o festivo caráter contrastante da mesma com a solenidade da ocasião. Neste programa foram
incluídas obras de compositores que faziam parte do repertório que circulava em Lisboa na
época. A obra de Leonardo Leo (1694-1744) era uma presença constante no repertório
executado em Lisboa, sendo a música italiana a influência maior na produção e vida musical
portuguesas do séc. XVIII. Leo foi uma das figuras cimeiras da ópera napolitana, na primeira
parte do séc. XVIII, tendo sido professor de Niccolò Jomelli, que escreveu por encomenda de D.
José I para a corte de Lisboa. As obras de Jean-Pierre Duport (1741-1818) e de François
Devienne (1759-1803) são parte da crescente presença dos repertórios francês e austríaco que
se foram introduzindo na segunda parte do séc. XVIII no círculo musical português. Jean-Pierre
Duport, violoncelista francês de renome internacional, foi professor de João Baptista André
Avondano (fl.1800), o mais notável violoncelista português do séc. XVIII, responsável pela obra
mais consistente do repertório a solo para o instrumento de que temos conhecimento, um
conjunto de sonatas e duetos publicados em Paris e Lyon, na década de 1770. João Baptista
André esteve em Paris em 1769 e 1770, quando acompanha o seu professor para Londres a
fim de prosseguir os seus estudos, e era um dos membros da Real Câmara, que sabemos ter
tocado este repertório, sendo destacado frequentemente para este propósito específico. A
música de François Devienne era conhecida em Lisboa, tanto pelas suas obras para fagote,
como pelas para flauta, destacando-se o seu famoso método, feito para o Conservatório de
Paris aquando da sua formação, e onde Devienne foi professor. Presença assídua, tanto no
Concert Spirituel, como em várias orquestras da capital francesa, Devienne viu a sua obra
reconhecida em vida, e destacou-se tanto pela sua produção instrumental como pelas várias
óperas cómicas.
DIANA VINAGRE
Diretor Musical
Violoncelo
Após a conclusão dos seus estudos na Academia Nacional Superior de Orquestra em Lisboa, na
classe de Paulo Gaio Lima, o interesse que alimenta ao longo de vários anos pelas Práticas
Históricas de Interpretação levam-na à Holanda. Ingressa no Conservatório Real de Haia no
Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação, na classe de violoncelo
barroco de Jaap ter Linden. Nesta instituição conclui a licenciatura e seguidamente o
mestrado, com distinção. Desde que se dedica à prática do violoncelo histórico, colabora como
free lancer com vários agrupamentos: Orquestra do século XVIII, New Dutch Academy, B’Rock,
Orchestra of The Age of Enlightenment, Irish Baroque Orchestra, Holland Baroque Society, Al
Ayre ESpañol, Divino Sospiro, Forma Antiqua e Orquestra Barroca da Casa da Música. Toca
regularmente sob a direção de Enrico Onofri, Laurence Cummings, Mark Elder, Vladimir
Jurowsky, Simon Murphy, Bartold Kuijken, Christina Pluhar, Elizabeth Wallfisch, Alfredo
Bernardini, Rinaldo Alessandrini, Frans Bruggen, Lars Ulrik Mortensen, Alexis Kossenko, Chiara
Banchini.
Em 2007, foi selecionada para integrar a Orquestra Barroca da União Europeia, tendo-se
apresentado como solista em várias ocasiões. No ano letivo de 2006/2007, foi detentora da
bolsa de estudo para investigação de mestrado, Honnours Programme, concedida pelos
Conservatórios de Haia e de Amsterdão. Realizou várias gravações com o Divino Sospiro, Sete
Lágrimas, Wallfisch Band, Orquestra Barroca da União e Forma Antiqua.
Além da sua atividade como free lancer, é o primeiro violoncelo da orquestra barroca Divino
Sospiro.
Em 2009, funda o Ensemble Bonne Corde, especializado em repertório do séc. XVIII, tendo o
violoncelo como ponto de partida. Neste momento, Diana encontra-se a realizar um
doutoramento sobre o Violoncelo em Portugal no período c.1750-1834 no INET-FNL, sob
orientação do professor Rui Vieira Nery, sendo bolseira da FCT.
ANA QUINTANS
Solista
Licenciada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Ana
Quintans estudou Canto no Conservatório de Música de Lisboa e no Flanders Operastudio em
Gent (bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian). Iniciou, em 2005, a sua carreira
internacional com Les Arts Florissants e o Maestro William Christie, dedicando ainda hoje a
maioria do seu trabalho à música dos séculos XVII e XVIII. Nesse âmbito, canta Poppea, Drusilla
e Amore em "L'incoronazione di Poppea" de Monteverdi; Argie em "Les paladins" de Rameau;
Belinda e 2nd Witch em "Dido and Aeneas" e "The Fairy Queen" de Purcell; Musique em "Les
Plaisirs de Versailles" de Marc-Antoine Charpentier; "Spinalba" de F. A. Almeida; Lisetta em "Il
Mondo della Luna" de Avondano e Atalante em "Serse" de Handel. Gravou "Requiem" de
Fauré, com a Sinfonia Varsóvia e Michel Corboz; "Judicium Salomonis" de Charpentier com LAF
e William Christie; "As Sementes do fado", com os Músicos do Tejo e "Kleine Musik" com obras
de Schutz e Ivan Moody com o agrupamento Sete Lágrimas. Interpretou Ismene em
"Antígono" de Mazzoni no CCB; Clizia em "Teseo" de Handel no Théâtre des Champs-Elysées; e
"Vespro della Beata Vergine" de Monteverdi em Lyon, Lausanne e Genebra.
FERNANDO GUIMARÃES
Solista
Licenciado em Canto pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, na
classe de António Salgado, o tenor português Fernando Guimarães foi galardoado, em 2007,
com o Prémio Jovens Músicos da RDP e com o 2º Prémio no Concurso Nacional de Canto Luísa
Todi. Como vencedor do Concurso Internacional de Canto L'Orfeo, em Verona, cantou o papel
principal desta ópera de Monteverdi em Mântua (no 400º aniversário da sua estreia), Berlim e
Budapeste. Obteve, também, o 3º prémio no conceituado Concurso Internacional Pietro
Antonio Cesti, de ópera barroca, em Innsbruck. É convidado habitual de grupos como Cappella
Mediterranea e Clematis (Leonardo García Alarcón), L’Arpeggiata (Christina Pluhar), Pygmalion
(Raphäel Pichon), Les Muffatti (Peter Van Heyghen), Al Ayre Español (Eduardo López-Banzo) e
Orquestra Barroca de Sevilha (Enrico Onofri), entre outros, apresentando-se regularmente
como solista nas melhores salas e festivais europeus. Gravou para as editoras Virgin, Ricercar,
Ramée, Naxos e Ambronay Editions. Em Portugal, é presença assídua na Fundação Gulbenkian
e no Centro Cultural de Belém, trabalhando frequentemente com as principais orquestras do
país, bem como com os mais conceituados grupos de música antiga, nomeadamente Os
Músicos do Tejo, Divino Sospiro e Ludovice Ensemble. Fernando Guimarães apresentou-se,
recentemente, no papel titular de La Descente d’Orphée aux Enfers, de Marc-Antoine
Charpentier, com Les Arts Florissants, na Ópera de Versalhes e na Cité de la Musique. Outros
êxitos recentes incluem as suas estreias na Philharmonie de Berlim, com a Freiburger
Barockorchester, e no Queen Elizabeth Hall, em Londres, com um programa de música
francesa, na companhia do meio-soprano Sarah Connolly e da Orchestra of the Age of
Enlightenment; o papel principal de Teseo, na ópera Elena de Cavalli, no Festival d’Aix-enProvence; o papel titular de Nabucco, na estreia moderna desta oratória de Michelangelo
Falvetti; e Fenton em Falstaff de Verdi, sob a direção de Lawrence Foster, na Fundação
Gulbenkian.
Entre os seus projetos futuros incluem-se o seu regresso ao papel de Orfeo, numa nova
produção do Festival d’Ambronay desta ópera de Monteverdi (2013); a sua estreia nos EUA, no
papel titular de Il ritorno d’Ulisse in Patria, do mesmo compositor (com o Boston Baroque); e
presenças nos reputados festivais de Potsdam e Innsbruck, neste último como Alidoro, em
L’Orontea de Cesti.
JAMES BUSH
Solista
Violoncelo
Nascido em Christchurch, Nova Zelândia, James completou a sua licenciatura com Christopher
Bunting e Derek Simpson, graduando-se com distinção na Royal Academy of Music, em
Londres. Seguidamente continuou os seus estudos de mestrado com Timothy Eddym na State
University of New York, Stony Brook. Mais tarde estudou violoncelo barroco com Phoebe
Carrai e Markus Möllenbeckm na Escola Superior de Berlim.
Presentemente é o primeiro violoncelo da orquestra barroca Al Ayre Español e a Elbipolis
Barockorchester Hamburg. James colabora frequentemente com a Akademie für Alte Musik,
Berlin, é membro fundador do Quarteto Albada e é convidado regularmente para produções
com a Semper Opera, em Dresden, e o Palau de les Arts, em Valência.
EYAL STREETT
Solista
Fagote
Eyal Streett nasceu em Jerusalém, em 1978. Estudou fagote moderno com Richard Paley e
Mordechai Rechtman. Estudou fagote histórico com Donna Agrell, no Conservatório Real de
Haia graduando-se, em 2002, e com Alberto Grazzi, na Escola Civica de Milan, onde obteve o
seu diploma, em 2003. Recebeu uma bolsa de estudos do Fundo America-Israel Culture, entre
1994 e 2000.
Toca regularmente com os principais agrupamentos europeus de Música Antiga, como a
Freiburger Barockorchester, Les Talens Lyriques, Balthasar Neumann Ensemble e Zefiro. É
membro do grupo Rubato Appassionato e Nachtmusique. O seu repertório vai desde a música
solo para dulciana do séc. XVII até à música contemporânea.
JOSÉ GOMES
Solista
Fagote
José Rodrigues Gomes estudou “recorder”, em Portugal, com César Viana e Joana Amorim e
completou o seu diploma de bacharel em Musicologiab na Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Completou os seus estudos de bacharel de
“recorder” em 2007, sob a orientação de Peter van Heyghen e Daniël Brüggen e, de fagote
histórico, em 2009, sob a orientação de Donna Agrell e Wouter Verschuren, ambos no
Conservatório de Koninklijk (Royal Conservatory) em The Hague na Holanda. Em 2011,
completou o seu mestrado em fagote histórico no Conservatório van Amsterdam, na Holanda,
sob a orientação de Benny Aghassi.
José já colaborou com vários “ensembles” borrocos baseados na Holanda, como a Musica
Amphion, New Dutch Academy, Nieuwe Philharmonie Utrecht, Barocco Locco, Rabaskadol,
Luthers Bach Ensemble, The Music Party, Contrasto Armonico, The Northern Consort, P’Adam
kamerkoor, De Swaen ou Musica Poetica. Foi, ainda, em 2008, membro da European Union
Baroque Orchestra (EUBO) e é membro da orquestra barroca Divino Sospiro.
MIGUEL JALÔTO
Solista
Órgão
Bachelor of Music (2002) e Master of Music (2005), pelo Departamento de Música Antiga e
Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia (Países Baixos), sob a
orientação de Jacques Ogg. Frequentou masterclasses com Gustav Leonhardt, Olivier
Baumont, Ilton Wjuniski, Laurence Cummings e Ketil Haugsand. Estudou órgão barroco e
clavicórdio. Foi bolseiro do Centro Nacional de Cultura. É mestre em Música pela Universidade
de Aveiro (2006). É membro da Orquestra Barroca Divino Sospiro, desde 2005. Colabora
regularmente com a Orquestra Barroca da Casa da Música (Porto). Apresentou-se em vários
concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Áustria, Polónia, Bulgária e Japão.
Solista nos festivais de Île-de-France, Folle Journée (Nantes e Lisboa), Ambronay, Febrero Lirico
d'El Escorial e Varna Music Festival. Membro da Académie Baroque Européenne de Ambronay
em 2004, sob a direção de Christophe Rousset. Concertos com Lyra Baroque Orchestra
(Minnesota) e Real Escolania de San Lourenço d’El Escorial, Orquestra da Radiotelevisão
Norueguesa, Camerata Academica Salzburg, Orquestra de Camera da Sinfonica da Galiza,
Orquestra Metropolitana de Lisboa, entre outras. Tocou sob a direcção de Jaap ter Linden,
Elizabeth Wallfish, Ton Koopman, Roy Goodman, Christina Pluhar, Enrico Onofri, Rinaldo
Alessandrini, Chiara Banchini, Alfredo Bernardini, Christoph Coin, Jacques Ogg, Christophe
Rousset, Wim Becu, Laurence Cummings, Fabio Biondi e Antonio Florio, entre outros.
DUNCAN FOX
Solista
Contrabaixo
Duncan Fox começou os seus estudos musicais com o piano aos oito anos. Mais tarde estudou
o contrabaixo na Royal Academy of Music Junior School. Entre 1987 e 1991, frequentou o
Royal Northern College of Music, em Manchester, onde estudou o contrabaixo com Duncan
Mc. Tier, Piano com David Lloyd e Viola da Gamba com Richard Boothby. Durante este
período, trabalhou com diversas orquestras, tais como Manchester Camarata, The Goldberg
Ensemble e Opera North. Obteve o seu diploma (Bmus), em 1991, e no mesmo ano o prémio
Eugene Cruft, em contrabaixo. Em 1992, ingressou na Orquestra Sinfónica Portuguesa, onde
detém atualmente o lugar de coordenador de naipe adjunto. O seu interesse na interpretação
de música antiga com instrumentos da época tem sido desenvolvido com o estudo de
instrumentos de corda e de tecla, mas o seu foco de atenção é o violone, instrumento com
características do seu antepassado viola da gamba e do seu sucessor, o contrabaixo. Com este
instrumento, colabora com diversas orquestras e agrupamentos de câmara - Concerto
Atlântico, Capela Real, Segréis de Lisboa, Divino Sospiro e Concerto Campestre.
TEXTOS A SER CANTADOS
Antonio de Padua Puzzi
da Messa a Quatro Voci – 1793 (Arquivo da Sé Patriarcal de Lisboa - Ms. 178/7)
Qui Tollis- Solo Soprano
Qui tollis peccata mundi miserere nobis,
Qui tollis pecatta mundi suscipe deprecationem nostram.
Vós que tirais o pecado do mundo tende piedade de nós,
Vós que tirais o pecado do mundo acolhei a nossa súplica.
Ignácio António Ferreira de Lima (m. 1818)
Responsórios de 5.ª Feira Santa (BN- MM.94/1)
Verso do 4.º Responsório – Solo Tenor
Cumque injecissent manus in Jesum,
et tenuissent eum dixit ad eos:
Quando puseram as mãos em Jesus,
Agarrando-o, ele disse-lhes:
António da Silva Gomes e Oliveira
Da Missa em Sib – 1793 (P-Lf- 202-7)
Qui sedes – Solo tenor
Qui sedes ad dexteram Patris
Miserere nobis.
Vós que estais à direita do Pai
Tende piedade de nós.
Marcos Portugal (1762-1830)
Da Messa Obligatta a due Violoncelli, e due faggotti, organo e contrabasso – 1807 (Biblioteca
da Ajuda – 2893)
Quoniam – Soprano Solo
Quoniam tu solus sanctus
Quoniam tu solus Dominus
Tu solus Altissimus, Jesu Christe.
Só Vós sois o Santo
Só Vós, o Senhor
Só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo.
Antonio de Padua Puzzi
Da Messa a Quatro Voci - 1793
Quoniam – Duo Soprano e Tenor
Quoniam tu solus sanctus
Quoniam tu solus Dominus
Tu solus Altissimus, Jesu Christe
Só Vós sois o Santo
Só Vós, o Senhor
Só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo
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