OI FUTURO APRESENTA DEBATE COM IAN BOGOST, PIONEIRO
DO NEWSGAMING, QUE UNE POLÍTICA E VIDEOGAMES
Professor do Georgia Tech participa de evento em debate com Arthur Protasio, da FGV.
Encontro acontece no dia 16 de novembro e tem entrada franca.
O professor Ian Bogost, do Georgia Institute of Technology, é um dos pioneiros do newsgames,
um modelo de jogo digital que se vale de acontecimentos reais para produzir e difundir
conceitos sociopolíticos na rede. Ele também é um dos pais do Videogame Criticism. No dia 16
de novembro, às 19h30, Bogost participa de mais uma edição do Oi Futuro Cabeça e debate o
assunto com o professor Arthur Protasio, do Centro de Tecnologia da Fundação Getúlio
Vargas. O tema do encontro será “Personagens, Estratégias Narrativas e Engajamento nos
Games”.
O projeto, idealizado pela Aeroplano Projetos, tem curadoria das professoras Heloisa Buarque
de Hollanda e Cristiane Costa, e tem levado todo mês ao Oi Futuro Flamengo estudiosos da
cibercultura para discutir os rumos da literatura frente ao crescimento das mídias digitais. A
entrada é franca, mediante a retirada de senha.
O termo newsgaming foi criado em 2003, pelo uruguaio Gonzalo Frasca, designer, fundador da
empresa Powerful Robot e autor do jogo “September 12th”, uma referência entre os
pesquisadores dessa nova forma de expressão nos meios digitais. O game trata do combate ao
terrorismo após o atentado às Torres Gêmeas, em 2001. Ele critica os bombardeios
americanos na guerra ao terror, mostrando como civis inocentes acabam virando alvos de
mísseis (clique no link para jogar: http://www.newsgaming.com/games/index12.htm).
Convidado do evento de novembro, o filósofo e designer Ian Bogost é fundador da Persuasive
Games, empresa pioneira no desenvolvimento de newsgames. Seus jogos tratam de assuntos
como a segurança nos aeroportos, a indústria do petróleo, as leis trabalhistas norteamericanas, entre outros temas. O jogo “Food Import Folly”, por exemplo, criado por ele em
2007, tem como pano de fundo a falta de inspeção sanitária nas fronteiras americanas, na
importação de comida. O jogador, que assume o papel de fiscal sanitário, deve proteger o país,
tendo poucos recursos à sua disposição.
Veja o link www.persuasivegames.com/games/game.aspx?game=nyt_food.
Um outro exemplo de newsgames é o jogo “Debt Ski”, criado por Bogost em 2009, que critica
a falta de educação financeira, numa sociedade americana endividada:
http://www.indebted.com/the-game/debtski/. Sua criação mais recente é o game “A Slow
Year” (http://vimeo.com/9592601), uma coleção de vídeo-poemas criadas para Atari, que
ganhou o Vanguard e o prêmio Virtuoso no Festival IndieCade - International Festival of
Independent Games, em 2010.
SOBRE O OI FUTURO CABEÇA: Desde junho, Oi Futuro Cabeça tem promovido um debate
sobre os rumos da literatura frente ao crescimento das mídias digitais. O projeto trouxe para o
Brasil outros grandes pensadores, como o filósofo Pierre Lévy, radicado no Canadá, e a
pesquisadora americana Janet Murray. "O Oi Futuro Cabeça tem produzido um diálogo entre
pensadores internacionais de ponta e criadores nacionais em busca de algumas respostas à
pergunta: até onde pode ir a literatura antes de se tornar uma nova arte, baseada num novo
suporte?", explica a curadora Cristiane Costa.
O fato é que ainda há poucas respostas para tantas dúvidas diante deste novo cenário. Para
onde vai a literatura? Estamos assistindo ao fim da lógica de leitura do livro impresso? A arte
de narrar está apontando em outras direções. Para onde? E a crítica, onde se coloca num
universo estruturalmente participativo? Essas e outras perguntas estão alimentando, ainda de
forma subliminar, as pautas sobre o possível futuro da literatura.
Para Heloisa Buarque de Hollanda, a História comprova que todas as vezes que uma nova
tecnologia surge, ela é sentida como uma ameaça para as mídias culturais anteriores. Foi assim
com a pintura quando surgiu a fotografia, com o teatro com o advento do cinema, com o
cinema com a popularização da televisão. “Agora, o livro é posto em questão. Decretará a
internet o seu fim? Como das outras vezes, o tempo se encarregará de desmentir esta
premissa?”, indaga.
O advento das novas mídias trouxe infinitas possibilidades e perspectivas de narrativa,
amplificou a expressão poética e vem transformando o papel do autor e, principalmente, do
leitor. Ao mesmo tempo em que a literatura impressa tenta encontrar um novo lugar, a web
vem se tornando um laboratório experimental de uma leitura expandida, que inclui desde as
fanfictions e games à realidade aumentada.
OS PARTICIPANTES DESTA EDIÇÃO:
IAN BOGOST é videogame designer, crítico e pesquisador. Professor do Georgia Institute of
Technology e fundador da Persuasive Games, dedicada ao uso social e político dos games. É
autor de “Unit Operations: An Approach to Videogame Criticism”, “Persuasive Games: The
Expressive Power of Videogames” e “Newsgames: Journalism at Play”. É formado em Filosofia
e Literatura Comparada pela Universidade da Califórnia (UCLA). http://www.bogost.com/
ARTHUR PROTASIO é coordenador do CTS Game Studies, projeto de pesquisa e
desenvolvimento de jogos do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getulio Vargas
do Rio de Janeiro (CTS/FGV-RJ), e presidente da Associação Internacional de Desenvolvedores
de Jogos no Rio de Janeiro (IGDA RIO). Como escritor, pesquisador e produtor de narrativas e
jogos, graduado em Direito com Domínio Adicional em Mídias Digitais pela PUC-Rio, sua
atuação varia desde a publicação de artigos internacionais a palestras sobre a importância da
liberdade de expressão para o reconhecimento do jogo eletrônico como mídia cultural e
artística; organização e apresentação do coletivo de produção de jogos, Gamerama; e
episódios de seu videolog LudoBardo voltado para análise de narrativas nos jogos. Suas obras,
acadêmicas e ficcionais, estão disponíveis em www.vagrantbard.com.
SOBRE O Oi FUTURO:
O Oi Futuro tem a missão de democratizar o acesso ao conhecimento para acelerar e
promover o desenvolvimento humano. O principal foco das ações do instituto de
responsabilidade da Oi é a promoção de um futuro melhor para os brasileiros, reduzindo
distâncias geográficas e sociais. Os programas Oi Tonomundo, Oi Kabum! (escolas de arte e
tecnologia), NAVE e Oi Novos Brasis atendem 600 mil crianças e jovens, desenvolvendo
metodologias educacionais inovadoras, promovendo a inclusão digital e fornecendo conteúdo
pedagógico para a formação de professores e educadores da rede pública. O Oi Conecta, um
programa em parceria com o Governo Federal, leva banda larga a mais de 40 mil escolas
públicas, beneficiando milhões de alunos. Na área cultural, o Oi Futuro atua como gestor do
Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, mantém dois espaços culturais no Rio de
Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), além do Museu das Telecomunicações nas duas
cidades. O Oi Futuro apoia, ainda, projetos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte. A Oi foi
a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos sócio-educativos inseridos
na nova Lei. www.oifuturo.org.br
SERVIÇO:
Oi Futuro Cabeça - com Ian Bogost e Arthur Protasio
Tema: “Personagens, estratégias narrativas e engajamento nos games”
Dia: 16 de novembro, às 19h30
Local: Oi Futuro – Flamengo
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63. Tel: (21) 3131-3060
Entrada Franca (senhas distribuídas 30 minutos antes)
Casa sujeita a lotação
ENCONTROS: O primeiro encontro do Oi Futuro Cabeça, em maio de 2011, trouxe para o Brasil
a americana Nancy Baym, ex-presidente da Association of Internet Researchers e professora
da Universidade do Kansas para debater sobre “O fim da crítica e o auge dos fãs”. Em junho,
foi a vez de Scott Lindenbaum, um dos fundadores da revista digital Electric Literature,
saudada como uma revolução entre as revistas literárias nos Estados Unidos para falar sobre
“Novos espaços para a literatura”. No evento de julho, o alemão Daniel Gelder, vice-presidente
da Metaio, a principal empresa do mundo especializada em Realidade Aumentada, conversou
com o filósofo especializado em cibercultura Rogério da Costa sobre as mudanças de
concepção quando o muro que separa virtual e real desmorona.
Em agosto, o filósofo tunisiano Pierre Lévy falou sobre “o poder da palavra no universo da
cibercultura”, ao lado do cantor e compositor Gilberto Gil. Em setembro, foi a vez da
professora norte-americana Janet Murray e a curadora Cristiane Costa discutirem a
popularização de novas ferramentas e estratégias em games, que vêm revolucionando as
formas narrativas. Em outubro, o professor Robert Coover debateu com o poeta André Vallias
os novos gêneros literários produzidos no ambiente digital e apresentou o CAVE (Cave
Automatic Virtual Environment), um espaço de realidade virtual construído em três
dimensões, que amplia as possibilidades da escrita pelo uso da tecnologia.
O projeto se encerra no dia 7 de dezembro com o Labfest, espaço de troca e criação, que
reunirá a comunidade literária impressa e transmídia num evento inédito e urgente no campo
das letras.
PALAVRA assessoria em comunicação
(21) 3204-3124
Patricia Klingl
[email protected]
(21) 9811-8087
Informações sobre o Oi Futuro
Carla Meneghini
(21)31313077
(21)88348827
[email protected]
Renata Nepomuceno
(21)31313090
(21) 87723675
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