e cientistas fundaram uma sociedade que tinha como finalidade o estudo e o conhecimento científico e seus métodos.O neopositivismo aplicado à psicologia resultou no behaviorismo.
O behaviorismo, ou psicologia do comportamento, tem como seu primeiro representante
Watson que, influenciado pelas pesquisas de Pavlov a respeito do reflexo condicionado, utilizou-as
em experimentos com animais.
Conforme Saviani (1985), a concepção tecnicista de educação tem seus fundamentos no
neobehaviorismo skinneriano que, juntamente com a “engenharia comportamental”, a “ergonomia”,
a “informática” e a “cibernética” formam a sua base de sustentação teórica.
Na tentativa de estabelecer uma periodização provisória, Saviani (1983), considera, no Brasil, o período de 1960 a 1968 como de crise da Pedagogia Nova e articulação da tendência tecnicista, predominando essa a partir de 1968, consubstanciada em termos oficiais na reformulação do
ensino superior nacional de pós-graduação e na reorganização do ensino, que passou a ser denominado 1º e 2º graus, assim como na utilização dos meios de comunicação de massa. Os meios
educacionais são invadidos pelas tecnologias de ensino.
A propósito, Cunha (1980), analisando as medidas contidas na reforma universitária em
1968 e na Lei de Diretrizes e Bases de 1971, afirma que a função concreta do modelo educacional
proposta nessas leis é no sentido de alimentar e reforçar as classes sociais e as relações de dominação, tendo, assim, a educação a função ideológica de dissimular os seus próprios mecanismos
discriminatórios e os da ordem econômica.
Para Saviani (1987), o significado político da Lei 5.540/68 é o mesmo da Lei 5.692/71, ou
seja, ajustar a educação à ruptura política, levada a efeito pela Revolução de 1964. Ruptura essa
que constituía uma exigência para a continuidade da ordem sócio-econômica. Segundo o autor,
a Lei 5.540/68 definiu-se pela aplicação da estratégia do “autoritarismo-desmobilizador” na instalação da “democracia-excludente”, sendo reforçada pela Lei 5.692/71, que se deu sob o signo da
estratégia política do “autoritarismo-triunfante” na consolidação da “democracia-excludente”.
Nessa concepção, a escola visa formar o trabalhador. Surge a importância do planejamento e avaliação da aprendizagem por objetivos operacionais ou comportamentais. O processo de
aprendizagem é fundado na psicologia Behaviorista, ou seja, Resposta; Reforço e Condicionamento operante.
A concepção analítica pretende que a tarefa da filosofia da educação é fazer a análise lógica
da linguagem educacional pelo método informal, onde o significado da palavra só se determina em
função do contexto onde é utilizada, sem relação com o contexto histórico, ou seja, é determinado
pelo emprego e uso que dela se faz simplesmente.
Na década de 70 emerge a tendência crítico-reprodutivista, que teve como mérito a denúncia da pedagogia tecnicista vigente, desacreditando na autonomia da educação face as relações
sociais, acentuando uma postura pessimista e imobilista nos meios educacionais.
2.5 CONCEPÇÃO DIALÉTICA
Salienta-se que a concepção dialética tem como inspiração filosófica as reflexões instauradas a partir do materialismo histórico dialético. Essa concepção considera que a tarefa da filosofia
da educação é explicitar os problemas educacionais relacionados ao contexto histórico em que
estão inseridos. Admite, como a concepção humanista moderna, que a realidade é dinâmica, cujas
leis objetivas devem ser conhecidas pelos homens. O papel da educação é colocar-se a serviço de
uma nova formação social imanente no seio de uma velha formação até então dominante.
Cumpre superar as limitações através da tendência dialética, compreendendo que o espaço
próprio da educação é a apropriação / desapropriação / reapropriação do saber. A classe dominante se apropria do saber, desapropriando-o da classe trabalhadora, que se esforça para reapropriar o saber. Daí a educação emergir como um instrumento de luta. Essa concepção visa formar o
cidadão compromissado com a transformação social.
O processo dialogal na construção do conhecimento, baseado numa prática coletiva e democrática são pontos centrais nessa teoria. O conhecimento parte do modo de ser existencial do
aluno, antes de ser reelaborado teoricamente.
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