Relatório do Livro A criança que não queria falar
Resumo:
Este livro relata uma história verídica escrita por uma professora de ensino
especial. Em toda esta história transparece uma comovente relação entre
Torey Hayden, a professora, e Sheila, a aluna de apenas seis anos marcada
por um passado de abandono e rejeição, ferida pela própria vida, abusada e
desumanamente maltratada, que ao raptar um menino de quatro anos para
lhe atear fogo é encaminhada, enquanto aguarda uma vaga num hospital
psiquiátrico, para uma turma de crianças com necessidades educativas
especiais onde Torey lecciona, com o seu ajudante Anton.
Já a meio do ano, quando já todas estas crianças desta turma de ensino
especial tinham feito progressos e mudado o seu comportamento, Torey
recebe a notícia de que ia receber esta nova criança. Apenas sabia que esta
criança tinha incendiado um rapaz de 3 anos, pois lera a notícia num jornal.
Sheila, ficaria na sua aula só até existir uma vaga no hospital psiquiátrico,
que seria o local onde cumpriria pena deste crime. Torey apenas recebeu o
processo de Sheila no primeiro dia que ela foi para a sua aula, não tendo
tempo de se preparar para a sua chagada.
Sheila fora abandonada pela mãe em bebé e naquele momento morava com o
pai, que tinha problemas com álcool, num campo de emigrantes onde morava
também Anton. Na casa de Sheila não havia água canalizada nem
electricidade.
Ao ser inserida nesta turma, Sheila, revela ser uma criança problemática e
praticamente inabordável, cujos laços de relacionamento aparentemente se
afirmam como inexistentes. Sheila tinha conversas de índole sexual
impróprias para a sua idade. Tinha comportamentos perversos, chegava a
magoar os seus colegas e destruía tudo o que lhe davam para fazer. Um dia,
no intervalo, Sheila tirou todos os peixes do aquário e matou-os. As outras
crianças ficaram muito aterrorizadas, mas foi neste momento quando Torey
conseguiu acalmar Sheila, que começou a existir uma alteração de
comportamento.
Torey conseguiu que Sheila participasse na aula embora não fizesse
exercícios escritos. Sheila como em sua casa não tinha água não tomava
banho e cheirava muito mal, então Torey começou a dar banho a Sheila na
escola. Torey ganhou a confiança de Sheila e tornaram se muito unidas e
Sheila começou a fazer trabalhos escritos. Torey apercebeu-se que esta
criança era muito inteligente e fez vários testes de QI, onde nenhum foi
conclusivo mas Torey sabia se que era realmente muito alto. Do interior
desta criança imunda e severamente marcada é revelado um grande sentido
de coragem e força, aliados a uma inteligência descomunal subtraída a
partir de um amor sem condições por parte de Torey.
Sheila já tinha feito muitos progressos no seu comportamento e a nível
académico, e Torey já lhe tinha grande carinho, quando recebe a notícia que
existia uma vaga no hospital psiquiátrico. Torey com a ajuda do seu
namorado (que era advogado) reabre o processo para que Sheila não fosse
para o hospital e ganha o processo.
O tio de Sheila sai da prisão e vai morar para casa dela. Ela é abusada é
esfaqueada pelo tio na vagina e fica vários meses no hospital o pai não a vai
visitar uma única vez ao hospital.
Sheila volta á escola e a sua turma prepara uma festa para o dia da mãe, o
pai de Sheila vai ver, Torey repara que o pai estava feliz e talvez pela
primeira vez sentia algum orgulho da filha.
Depois o final do ano aproximou-se e foi muito difícil para Sheila encarar
que tinha de mudar de turma pois as turmas de educação especial iam
acabar e Torey ia sair da cidade. Torey conseguiu convencer Sheila que
seria bom mudar de turma que ela ia gostar da professora nova e levou-a
até a conhecer a nova professora.
Sheila sente-se muito com a partida da Torey e do namorado de Torey, pois
tinha um grande afecto por eles e via-os como segurança.
Opinião:
Este livro mostra-nos as consequências que uma primeira socialização
atribulada pode originar. Ao relatar os problemas desta criança que vive
num meio pouco favorável, sem apoio ou carinho por parte do pai e que tem
comportamentos pouco normais para a sua idade podemos observar como o
meio influencia os indivíduos. Sheila ao sentir o apoio que Torey lhe dá muda
o seu comportamento, vê Torey como um pilar importante. Sheila era uma
criança solitária, que tinha acções estranhas e não próprias para a sua
idade, algumas mesmo perversas mas ao ter o apoio, o carinha e a educação
de Torey ela muda e torna-se mais sociável e mais amável para quem a
rodeia. É importante que as crianças tenham carinho, apoio e educação pois
é na infância que se criam as bases, e uma criança que não tem estes três
elementos fundamentais para o seu crescimento fica perdida e faz coisas
para se auto-proteger pondo em perigo os outros. As crianças são muito
moldáveis, e necessitam de apoio para se moldarem ao “caminho certo” e não
se tornarem delinquentes e vivam aparte da sociedade.
Esta criança não nasceu já com estes problemas afectivos e mentais, estes
problemas foram lhe provocados pela vida, Sheila era como qualquer outra
criança e tinha as necessidades de qualquer criança, como essas
necessidades não foram satisfeitas Sheila agia de um modo agressiva e
estranho mostrando desvios comportamentais graves.
Aluna: Mariana Neves
Turma:12ºB
Professora: Luísa Condesso
2010/2011
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relatorio a criança que nao queria falar!