Livros Analisados
Triste Fim de Policarpo Quaresma
Preparação: Prof. Menalton Braff
Lima Barreto
NOTAS BIOGRÁFICAS
Nasceu no Rio de Janeiro em 1881.
De origem modesta e de cor mestiça, ficou órfão de mãe ainda bem novo.
Conseguiu estudar na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Seus estudos,
todavia, foram interrompidos para que ele ingressasse na carreira do
funcionalismo público, indo trabalhar na Diretoria do Expediente da
Secretaria da Guerra. Seu pai havia enlouquecido e fora internado.
Por essa ocasião pós-se a colaborar nos jornais, enviando artigos, e
iniciou sua obra literária de ficção.
Em 1914, internaram-no num hospício por dois meses: estava viciado em
álcool e a demência crescia nele. De volta às atividades, continuou
bebendo e desorientado como antes, tendo que se aposentar
precocemente em 1918.
No ano seguinte, candidatou-se a uma vaga na Academia Brasileira de
Letras, mas foi derrotado.
Internado novamente em hospício, acabou vindo a falecer em estado
deplorável no ano de 1922.
ATUAÇÃO LITERÁRIA
Ficcionista, produziu romances pré-modernistas independentes, ou seja,
obra desvinculada do grupo que promoveu a "Semana de Arte Moderna".
CONTEÚDO DE SUA FICÇÃO
Lima Barreto pode ser considerado como um herdeiro de Machado de
Assis, mas que se perdeu em uma vida desorientada e não soube
equilibrar-se no meio das novas tendências estéticas do início de nosso
século.
Destacou-se como romancista social, voltado para a sociedade do Rio.
Sua ideologia apresentou contradições: era sentimentalmente um
conservador, vindo como viera da pequena classe média de subúrbio; ao
mesmo tempo, detestava os que assumiram o poder no país em 1889 e
que formaram a República Velha.
Ele escolheu e analisou as realidades sociais de acordo com sua ideologia.
O que não significa afirmar que os fatos narrados na ficção de Lima
Barreto existiam apenas para exemplificar suas opiniões subjetivas. Ele foi
uma espécie de realista (objetivo, portanto) que selecionou situações
favoráveis a suas idéias.
Sua obra contrasta com a 'literatura sorriso' em voga no início do século
XX (Coelho Neto, por exemplo). Lima Barreto levou ao riso, mas falava
sério, criticando, de modo aberto, a realidade social brasileira. Ele aplicou
o método realista à nova situação do país que recebia reflexos da I Guerra
Mundial e passava pelas primeiras crises da República Velha. Os grandes
romancistas da década de 1930 retomaram a crítica social por ele
adotada.
FORMA LITERÁRIA DE SUA FICÇÃO
Pode-se falar numa duplicidade de planos nos romances de Lima Barreto:
o narrativo, em que conta as adversidades que o brasileiro encontra; o
crítico, em que seus pontos de vista vão sendo ilustrados e interpretados
de forma bastante polêmica..
Sua linguagem se aproxima do estilo de crônica, onde o cotidiano aparece
sem retórica (= oratória).
Afastou-se dos modismos acadêmicos da época, descontraindo-se,
'descendo o tom', permitindo que a verdade se despisse da máscara
literária dos artifícios de estilo. Essa maneira de escrever foi, logo depois,
totalmente assumida pelos modernistas.
O humor, característica fundamental de suas composições, é bem
brasileiro, atingindo situações de caricatura e até mesmo de chalaça (=
zombaria).
OBRA
Romances: Triste Fim de Policarpo Quaresma - Recordações do Escrivão
lsaías Caminha - Numa e Ninfa - Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá Clara dos Anjos.
Contos: Histórias e Sonhos.
ATIVIDADES
Leia atentamente o resuma e o comentário da obra "Triste fim de
Policarpo Quaresma", e seu autor a seguir:
Autor: Lima Barreto
PERSONAGENS PRINCIPAIS
Major Policarpo Quaresma - morador de uma rua afastada em São
Januário, Rio de Janeiro aos 18 anos fora julgado incapaz para o serviço
militar; frustrado, escolheu a carreira burocrática civil do Exército,
ocupando o cargo de subsecretário do Arsenal de Guerra.
Adelaide - irmã de Quaresma; mulher idosa, solteirona por convicção.
Ricardo Coração dos Outros - famoso compositor e cantador de modinhas,
tocador de violão nos subúrbios do Rio.
General Albernaz - militar burocrata, vizinho de Quaresma; gostava de
dar festas familiares de cunho nacionalista, principalmente para arranjar
casamento para as filhas. Seus convivas mais freqüentes: Almirante
Caldas, também frustrado ex-não-combatente, e Major Inocêncio
Bustamante, ex-combatente da Guerra do Paraguai.
Vicente Coleoni - imigrante italiano que, beneficiado por Quaresma, veio a
se tornar próspero quitandeiro.
Olga - filha de Coleoni, afilhada e grande amiga de Policarpo Quaresma;
moça evoluída e inteligente.
lsménia - filha do Gen. Albernaz; chegou a ficar noiva do dentista
Cavalcanti que, indo para o interior do Brasil, esqueceu a noiva.
ENREDO:
PRIMEIRA PARTE:
I - Há quase 30 anos, Policarpo Quaresma religiosamente voltava do
serviço e botava o pé na porta de sua casa às 16 horas e 30 minutos,
vivia só com a irmã e isolado como um monge, embora fosse cortês com
os vizinhos, possuía o hábito da leitura e tinha uma biblioteca em sua
casa: livros em vários idiomas, mas sua preferências eram os nacionais.
Ultimamente, porém, deixava a vizinhança alvoroçada porque passara a
aprender violão, a título de defender as tradições brasileiras da modinha.
Ele era, acima de tudo, um nacionalista. Andava se dedicando ao estudo
do tupi-guarani, o que lhe valeu na repartição o apelido de Ubirajara. Na
hora do cafezinho, dava aulas sobre o país para os colegas: geologia,
poética, mineralogia, história...
II - Depois de 30 anos de pesquisa, o Major achou que já era o momento
de realizar algo em prol das tradições populares nacionais. Aproveitandose dos conhecimentos de um velho poeta, estudioso de nosso folclore,
passou a participar das festas do Gen. Albernaz onde se faziam
manifestações de cunho folclórico. Aprofundando-se no estudo de nossas
tradições, estava começando a causar espanto. Ao receber a visita do
compadre Coleoni e da afilhada Olga, cumprimentou-a chorando e não
lhes apertou as mãos, sob a alegação de que assim faziam os
tupinambás.
III - Durante a festa de noivado de lsménia, Genelício, pretendente de
uma das outras filhas do general, chegou com a notícia de que Quaresma
estava doido: mandara ao ministro um requerimento em tupi!
IV - Na verdade, o nome do Major já ganhara manchetes de jornais e se
tornara pessoa ridícula porque propusera à Câmara tornar o tupi-guarani
a língua oficial do país. Em sua repartição, a inveja pela notoriedade do
colega fora do âmbito profissional levara os companheiros a dirigir-lhe
insinuações de que ele não conhecia a língua indígena. Ao ouvir uma
dessas insinuações, Quaresma, distraidamente, passou para o tupiguarani o requerimento que ele transcrevia. Ao chegar aos altos escalões,
o requerimento foi objeto de censura e retomou à repartição devidamente
repreendido. O chefe do escritório chamou o Major, irritou-se com ele e o
suspendeu do serviço até segunda ordem. Quaresma não sentiu ódio nem
revolta; era uma pessoa pura, sem ambições pessoais; teve, e em
profundidade, apenas o sentimento de solidão por se perceber um
diferente dos outros.
V - Quaresma foi internado no hospício carioca situado na Praia das
Saudades. Visitavam-no somente Ricardo Coração dos Outros, seu
professor de violão, Coleoni e Olga. Adelaide não tinha coragem de ir lá.
SEGUNDA PARTE:
I - Depois de 6 meses no manicômio, o Major voltou para casa, mas tinha
ficado muito taciturno, mais do que era habitualmente. Por sugestão de
Olga, vendeu a casa em S. Januário e comprou uma propriedade rural no
município de Curuzu, a 2 horas de trem do Rio. Lá, junto com Adelaide e o
velho Anastácio, ex-escravo, dedicou-se ao cultivo da terra, entusiasmado
com a oportunidade de demonstrar a fertilidade de nossa terra. Vivia
naquele ermo completamente alheio às questões políticas locais e
nacionais.
II - Quinota, uma das filhas do Gen. Albernaz, casou-se com Genelício,
um burocrata jovem, medíocre, mas conhecedor dos caminhos da fama,
que ia fazendo carreira no funcionalismo público na área da contabilidade.
III - Olga, recém-casada - não por amor, mas por imposição social - com
o Dr. Armando Borges, médico de fama, filho de um fazendeiro do
interior, que se casara, por causa da riqueza do sogro, foi passar uma
quinzena na propriedade de Quaresma. Ricardo também estava lá. O
Major continuava a cultivar o solo, sempre adepto de teorias
nacionalistas. (Por exemplo: "Terra brasileira não precisa de adubo".)
Estava prosperando: além de Anastácio, modesto e discreto, uma espécie
de agregado, contratara também o tagarela Felizardo.
A felicidade bucólica de Quaresma começava a ter sombras: o semanário
de Curuzu considerava-o um intruso, com intenções políticas sorrateiras e
dirigia-lhe referências irônicas.
IV - Um ano se passara desde que o Major se tornara agricultor. As
críticas a ele já não eram mais públicas. Suas maiores dificuldades eram
as saúvas e os atravessadores que ficavam com seus produtos no Rio: as
primeiras frustravam-lhe as safras; os últimos, os lucros. Quaresma
começava a compreender o desestímulo e a preguiça do homem da roça
que bebe muita cachaça e não quer produzir.
Por essa ocasião, tomou conhecimento da Revolta da Esquadra contra o
Governo do Marechal Floriano Peixoto. Quaresma passou um telegrama ao
Presidente da República, que ele conhecia: "Peço energia. Sigo já.
Quaresma".
V - A revolução havia começado; muita gente era convocada para
defender o Mal. Floriano. Os velhos militares e os outros figurões
apoiavam o governo visando a interesses pessoais. Mas o povo apoiava os
insurretos.
TERCEIRA PARTE
I - O Major Quaresma se apresentou ao Mal. Floriano como voluntário e
foi aceito: na patente de major recolheu-se a um quartel provisório sob o
comando do recém-nomeado Cel. Bustamante, conhecido do Quaresma
por ser freqüentador das festas da casa do Gen. Albernaz. Aliás, as festas
por lá haviam se acabado porque lsmênia enlouquecera, de uma loucura
mansa, depois que o noivo se fora.
O "Marechal de Ferro" possuía um legião de seguidores e admiradores que
se empenhavam em mantê-lo no poder.
Apesar de fraco de personalidade e de mau governante, permitia
atrocidades de seus assessores, o que lhe valeu a fama de forte. Para
custear a campanha contra os revoltosos, os próprios voluntários estavam
sendo obrigados a contribuir. Quaresma fez sua doação com a veneração
de um religioso.
II - A revolta estava em andamento. No Rio, alguns tiros serviam mais de
espetáculo para o público do que de luta armada: ninguém morria, os
combatentes ficavam mais na ociosidade.
Quaresma comandava um destacamento de 40 homens: havia adquirido
um farto material bibliográfico sobre artilharia, estudava-o bastante, mas
não sabia comandar um tiro de canhão. Quando o Mal. Floriano foi fazer
uma inspeção, Major Quaresma lhe perguntou se já lera o memorial que
lhe entregara propondo soluções para o problema rural brasileiro. O
Presidente chamou-o de visionário, deixando o nacionalista decepcionado
III - Completados 4 meses de revolta, as vantagens oficiais eram
problemáticas. A insurreição crescia e o Governo procurava reprimi-la com
violências e crimes. Vivia-se uma época de susto e terror. As prisões se
efetuavam arbitrariamente. Quaresma, desencantado com o Presidente,
andava acabrunhado, denotando, mudamente, certa desesperança.
Preocupado com a doença de lsmênia, levou o Dr. Armando Borges para
dela cuidar. Mas nada adiantou: a moça morreu, tendo antes feito à mãe
o pedido de ser enterrada com o vestido de noiva.
IV - Quaresma foi ferido numa batalha; ferimento, leve e convalescença
prolongada. Quando lhe foi dada alta, a rebelião já tinha sido sufocada.
Saldanha fora rendido na Baía de Guanabara.
Coube a Quaresma chefiar a prisão da Ilha das Enxadas, missão que o
contrariou muito. A essa altura, era um homem desiludido. Não vira
patriotismo entre os "defensores" do país. Desgostara-o, sobretudo, a
violência injusta contra os revoltosos, que estavam presos.
V - Quaresma resolveu escrever uma carta ao Presidente censurando a
injustiça da condenação à morte, que presenciara, da turma do
Boqueirão. Por causa disso, foi considerado um traidor da pátria.
Prenderam-no na Ilha das Cobras, onde teve oportunidade de meditar
sobre a inutilidade de seu patriotismo e de sua vida. O país que existia
não era o que ele idealizara, mas um outro, feito de interesses egoístas e
de mesquinharias.
Ricardo tentou libertar o amigo, foi, contudo, ameaçado de morte pelo
Cel. Bustamante. Apelou, então, para Olga. Esta foi, em pessoa,
interceder pelo padrinho junto ao Marechal Floriano. Não o conseguiu: um
dos funcionários subalternos fê-la ver a inutilidade de ela rogar por um
bandido. Ela retornou para casa achando que o padrinho, tão puro, não
merecia viver entre aquela gente. Era preferível que ele morresse com
dignidade. Talvez por isso ou por acreditar numa mudança, ela caminhou
serenamente, abandonando o prédio do Governo.
COMENTÁRIOS (segundo as idéias de Carmem Lídia de Sousa Dias)
O livro foi escrito com muita rapidez (2 meses e meio): publicado em
folhetins do Jornal do Comércio, do Rio, entre 11 de agosto e 19 de
outubro de 1911. Ocupa-se dos aspectos relativos a fatos sócio-históricos
no tempo da presidência de Floriano Peixoto (1891-1894),
Lima Barreto, em plena maturidade, quis fazer uma obra de arte
conscientizadora, sem preocupação monetária. Ele nos coloca frente a um
real contraditório; somos sensibilizados de modos diversos: achamos
graça, sentimos pena, temos raiva em relação ao doce, bom e modesto
Policarpo Quaresma.
O tema central é o nacionalismo como valor a ser revisto. Há um
confronto de patriotismos: o ufanista e abstrato do Major, de um lado; de
outro, a realidade concreta do cotidiano nacional, cheio de vícios
gritantes, visíveis na distribuição do poder e da riqueza. A classe média
suburbana é frívola; o subproletariado se expande nos "caixotes
humanos"; a população rural passa por situação desanimadora.
O ufanismo pátrio de Policarpo Quaresma atravessa três fases: otimista,
culminando na conquista redentora: decepcionante, principalmente para a
classe média, pelas promessas inviáveis trazidas pela conquista; negativa,
visto que a massa inculta, urbana e rural, se marginaliza.
Os personagens também se dividem em três grupos, os raros
inconformados (Quaresma, Olga, Ricardo); a maioria, que se move em
pequenos universos de interesses particulares (Albernaz, Genelício,
Armando Borges, Floriano Peixoto); os disponíveis para os inconformados
(Coleoni, Adelaide). Aparece um personagem coletivo: os positivistas.
Alguns são verdadeiros, querem transformar a filosofia em ciências
exatas; outros são falsos, ajustam suas teorias aos esquemas opressores
do poder contribuindo para uma ordem na qual os inconformados devem
ser eliminados.
Outro elemento forte da obra é a tensão entre o protagonista e a
sociedade onde ele atua. Quaresma vai se tornando gradualmente mais
crítico. O ponto culminante de sua nova visão é atingido na carta enviada
à irmã assim que se feriu na batalha e na perplexidade que o invadiu
quando preso. "Como acabarei?", perguntava o Major e lamentava sua
vida perdida e inútil.
O caráter conscientizador da obra não lhe tira a poesia e o humor,
centralizado no quixotismo de Quaresma.
A linguagem é popular. A ironia permanente de Lima Barreto, todavia,
mostra que sua visão transcende a visão limitada do Major Quaresma. O
fracasso do protagonista não fecha o horizonte do autor. Olga, no final,
frustrada sua esperança de libertação no tempo em que estava, se tomou
de uma sensação profética: conseguiu intuir as imensas modificações que
a história trará. A afilhada sente que o sacrifício do padrinho ganha
significado e segue, serenamente ao encontro de Ricardo Coração dos
Outros (outros, isto é, os das classes populares).
EXERCÍCIOS
Questões acerca do livro "Triste fim de Policarpo Quaresma" e seu autor:
Complete os espaços empregando a(s) palavra(s) sugerida(s) entre
parênteses:
1. Considerado herdeiro de M. de Assis, L. Barreto é um elo entre o
............., ............. contagiado pelas ............. estéticas. (realismo e o
Modernismo / Simbolismo e o Realismo / Romantismo e a Realismo)
(velhas tradições conquistas cientificistas / novas tendências)
2. À observação da realidade comportamental, ele acrescenta visão
............. de caráter político. (nativista / crítica / mitológica)
3. Trata-se de uma ficção eminentemente ............., precursora dos
romancistas ............. das décadas de 1930 e 1940. (lírica / épica / social)
(modernistas / neo-románticos
/ safi ricos)
4. Quanto ao humor, Lima Barreto não fica apenas na ironia, mas carrega
no sarcasmo bem ............, puxado a .............. no tocante às pessoas e
às situações. (europeu / universal / brasileiro) (caricatura / seriedade /
sublimação)
5. O perfil do Major Quaresma é o de alguém crédulo e generoso, mas
............. ; assim, cabe-lhe com justeza a denominação de .............
(ingênuo / analfabeto / mal-intencionado) ("Cristo carioca" / "D. Quixote
nacional" / "D. Pedro provinciano)
6. Percebe-se, porém, que o ar grotesco do protagonista esconde uma
visão ............. do mundo, vivida de modo não só brasileiro como também
............., reproduzindo a intimamente revoltada mundividência do
próprio autor. (alienada / entusiasmada / intolerante) (mineiro / carioca /
nordestino)
7. Quaresma, porém, não é uma personagem que apenas projeta as do
autor; ele também não se esgota na ............. e no ............. é uma
pessoa viva, as suas reações revelam o entusiasmo do homem simplório.
(situações absurdas / amarguras pessoais / esperanças) (obsessão
nacionalista / fixação fúnebre / realização individual) (fanatismo xenófobo
/ pessimismo patriótico / otimismo universalizante)
8. L. Barreto soube explorar os efeitos ............. do quixotismo de
Quaresma (ex.: pedir que o tupi fosse língua oficial; receber visitas como
se fosse um tupínambá); mas soube também pintar a ............. que
acompanha a boa fé desarmada (ex: a morte de lsmênia; a desilusão com
Floriano...). (poéticos / secundários / cômicos) (melancolia / alegria /
maldade)
9. A limitação e até mesmo a contradição da análise do autor (apesar das
idéias novas, manteve certo conservadorismo sentimental) deve-se à sua
origem de escritor ............. da classe média carioca, que não viveu a
chocante realidade captada, por exemplo, pelos excelentes romancistas
............. de nosso século. (retrógrado / suburbano / citadino)
(nordestinos / cariocas / mineiros)
10. A especial ............. de L. Barreto teve como alvo ............. sob o
domínio das oligarquias que assumiram o poder em 1889. (admiração /
revolta / indiferença) (a Monarquia / o poder civil / a República Velha)
11. O conteúdo da obra, embora colhido e elaborado pelo ponto de vista
afetivo e ............. do narrador, não parece, de modo algum, forçado a
ilustrar inclinações puramente ............. de L. Barreto. (tranqüilo /
polêmico / impessoal) (subjetivas / fictícias / objetivas)
12. Este livro é ............. de observação e de sentimento e contém
............. de linguagem, tornando sua expressividade literária "irregular".
(fraco / rico / falto) (desleixo / erudição / esmero)
13. A grandeza de L. Barreto reside em ter fixado a contradição entre
"um" ............. e "o" ............. sem reduzir o ............. ao símbolo imóvel
de um só comportamento. (amor / ódio / ideal) (amor / ódio / real)
(narrador / protagonista / leitor)
14. A constante psíquica e social do romance é ............. do protagonista
com a sociedade e com o governo. (a coerência / o desencontro / a
revolta)
GABARITO
1) Realismo e Modernismo - novas tendências.
2) crítica.
3) social - modernistas.
4) brasileiro - caricatura
5) ingênuo - "D. Quixote nacional'
6) intolerante - carioca
7) amarguras pessoais - obsessão nacionalista - fanatismo xenófobo
8) cômicos - melancolia
9) suburbano - nordestinas
10) revolta - a República Velha
11) polêmico - subjetivas
12) rico - desleixo
13) ideal - real - protagonista
14) o desencontro.
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