dossier de imprensa
O SENHOR BABADOOK
“Lá s e vai a sua noite de sono t ranquilo...”
T I M E O U T N O VA I O R Q U E
MOTELx
SUNDANCE
selecção oficial
selecção oficial
O SENHOR
BABADOOK
U M F I L ME DE
J ENNI F ER K EN T
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O SENHOR BABADOOK
O SENHOR
BABADOOK
U M F I L ME DE
J ENNI F ER K EN T
SINOPSE CURTA
Uma mãe, atormentada pela morte violenta do marido, luta contra o medo noturno
que o filho tem por um monstro. Mas rapidamente descobre que uma presença sinistra
se esconde na sua casa.
SINOPSE LONGA
Seis anos depois da morte violenta do marido, Amelia (Essie Davis) sente-se perdida. Ela luta
para disciplinar o seu “descontrolado” filho de 6 anos, Samuel (Noah Wiseman), um filho
que acha impossível vir a amar. Os sonhos de Samuel são atormentados por um monstro
que, segundo acredita, acabará por matar os dois.
Quando um livro de histórias perturbador chamado “O Senhor Babadook” surge na
sua casa, Samuel convence-se de que Babadook é a criatura com que tem sonhado.
As suas alucinações tornam-se incontroláveis e torna-se mais imprevisível e violento. Amelia,
verdadeiramente assustada com o comportamento do filho, vê-se forçada a medicá-lo.
Mas, quando Amelia começa a vislumbrar uma presença sinistra à sua volta, percebe que
aquilo de que Samuel a tenta alertar pode ser real.
Da argumentista-realizadora em ascensão Jennifer Kent chega o assustador filme de terror
psicológico O SENHOR BABADOOK, que recebeu uma explosão de elogios, após a
sua estreia mundial em Sundance, em 2014. Com vestígios de clássicos contemporâneos
como A SEMENTE DO DIABO, O INQUILINO, O EXORCISTA, O GÉNIO DO MAL
e DEIXA-ME ENTRAR, o filme é um conto impecavelmente construído.
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O SENHOR BABADOOK
SOBRE A REALIZADORA
Jennifer Kent (argumentista/realizadora) graduou-se no NIDA (National Institute of Dramatic
Art) como atriz e tem trabalhado intensivamente em teatro, cinema e TV, na Austrália.
Em 2002, foi assistente em tarefas de realização em DOGVILLE, de Lars von Trier, com
Nicole Kidman.
Desde então, tem escrito e desenvolvido os seus projetos cinematográficos. A premiada
curta-metragem MONSTER passou em mais de quarenta festivais internacionais. Foi um dos
realizadores de TWO TWISTED, uma série de thrillers do género “Twilight Zone”, produzidos
por Bryan Brown para o Channel Nine Australia. Jennifer tem três longas-metragens em
desenvolvimento, incluindo GRACE (uma história de amor gótica e sombria passada na
Tasmânia, nos anos 1820), que ganhou o Prémio do Argumento para argumentos não
produzidos no Festival Cinéma des Antipodes, em França. O thriller psicológico O SENHOR
BABADOOK é a longa-metragem de estreia de Jennifer como argumentista/realizadora.
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O SENHOR BABADOOK
DECLARAÇÃO DA REALIZADORA
“Fascina-me o que acontece às pessoas quando reprimem os seus sentimentos, especialmente
os mais dolorosos. A repressão pode resultar, temporariamente, até mesmo por alguns anos,
mas a verdade acaba por aparecer.
Amelia, a personagem principal do filme, passa pela perda horrível e violenta
do marido, o amor da sua vida, num terrível acidente de viação. Isto acontece quando
se apressam para chegar ao hospital, com Amelia em trabalho de parto do primeiro filho de
ambos. O dia em que o marido morre é o dia do nascimento de Samuel. O filme começa
quase sete anos depois.
Amelia sente-se incapaz de amar o filho porque não conseguiu enfrentar a dor do que
aconteceu. Esta dor reprimida cria uma tal energia que a divide, a persegue e depois
a possui, acabando por levá-la a querer assassinar o filho de 6 anos. É nesta dúvida do amor
materno que se centra o terror. Como lidar com uma mãe, símbolo de amor e proteção
mais antigo e fiável, que se transforma numa força horrível de destruição homicida? Como
é que uma criança de seis anos ultrapassa isso?
Esta relação precária entre Amelia e Samuel é também onde reside a esperança do filme.
Apesar da presença do terror, O SENHOR BABADOOK é uma história de amor, de uma
mãe que passa pelo inferno para chegar ao filho. É uma viagem de pesadelo mas, como
Amelia, o público é recompensado pela sua dedicação.
Sinto-me muito inspirada pelos primeiros filmes de terror mudos. Visualmente, eram
lindos e cativantes, chegando em muitos casos a um nível poético. Este é o nosso ponto
de partida visual para O SENHOR BABADOOK: inspiramo-nos nestes arrojados mundos
visuais e encontramos a nossa abordagem distinta e moderna. Estes filmes foram fortemente
influenciados pelo Expressionismo Alemão, virando tudo do avesso - exteriorizando
emoções, refletindo-as no trabalho de design e de câmara. Este estilo cria uma linguagem
visual perfeita para o terror psicológico.
Tendo em conta o poder aterrorizante desta história, o empenho da nossa equipa num
mundo visual novo e cativante, e o potencial das representações nos papéis de mãe
e filho, tenho uma fé absoluta em que O SENHOR BABADOOK seja um filme visualmente
estimulante, poderosamente tocante e profundamente assustador. Tem elementos suficientes
do género para que se torne reconhecível a um público mais alargado, possuindo igualmente
originalidade, arrojo e profundidade suficientes que o tornam diferente de tudo o que
o público viu até hoje.”
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O SENHOR BABADOOK
REVISTA DE IMPRENSA
O SENHOR BABADOOK: ENTRE AS PÁGINAS DO CONTO, O TERROR
Le Monde – Sandrine Marques
O cinema de género continua a abrir as suas portas a belas contribuições femininas.
Chegou o momento da australiana Jennifer Kent se estrear nos filmes de terror com
O SENHOR BABADOOK, um conto bem elaborado sobre a ambivalência maternal.
Digamos de imediato, a realizadora não ambiciona romper as convenções. Pelo contrário,
acolhe-as plenamente para seguir o objetivo de todos os filmes de género: exumar a
repressão bem no coração dos seres e das sociedades. Aplicando esses códigos originais,
a realizadora dedica-se ao tabu da mãe malvada. Desde a impressionante cena de abertura,
reúne todos os ingredientes para que a loucura da sua heroína - uma mãe solteira que
enviuvou prematuramente - atinja proporções homéricas.
Rancor perseverante e inconfessado
Com uma criança incontrolável que a solicita até à exaustão, esta mulher vive uma falta de
amor pelo filho e um sentimento de culpa e ressentimento fortes, pois o nascimento dele
coincidiu com a morte acidental, no mesmo dia, do pai. O amor maternal confunde-se
com um rancor perseverante e inconfessado que define a entrada em jogo de contornos
de um forte conflito. Primeiro encasulado, é depois libertado em toda a sua violência.
A problemática inicial prende-se à escola psicanalítica. Mas, por mais teórica que seja,
não altera em nada a audácia com que a realizadora explora a complexidade da condição
materna, para libertar todo o seu veneno. Ela aborda assim um grande interdito, associado
ao instinto maternal, raramente tratado, perante uma forte imposição social.
Um livro de contos para crianças cristaliza os sentimentos considerados escandalosos.
Conforme a mãe o lê à noite ao filho, eles parecem ganhar vida. Visões de terror assustadoras
sucedem-se de página para página e profetizam a passagem ao ato assassino.
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O SENHOR BABADOOK
REVISTA DE IMPRENSa | CONTINUAÇÃO
Metade bicho-papão, metade espantalho
Aterrorizada, a mãe destrói o livro mas, a partir daquele momento, algo de malicioso se faz
sentir. Metade bicho-papão, metade espantalho, o Senhor Babadook penetra no seio do lar,
que infesta com a sua presença maléfica. Materialização e confirmação da culpa materna,
talvez um pai vingador, certamente uma pura manifestação fantasmagórica, catalisador da
loucura e da monstruosidade do casal disfuncional mãe-criança, Babadook é tudo isso.
Num gesto elegante e seguro, Jennifer Kent explora a sua visão de terror, aliando-se à
grande plasticidade de um filme visualmente impressionante.
Temos a opalescência do rosto materno que se transforma com as emoções contraditórias
(da doçura passa à raiva destrutiva), a opacidade nebulosa da criatura, um claro-escuro ao
sabor de um estado mental vacilante: a iluminação expressionista remete para uma forma
de primitivismo, herdada do cinema alemão e das invenções do grande mágico Méliès,
explicitamente citado no filme.
O projeto de Jennifer Kent revela toda a sua amplitude formal e discursiva: revitaliza o
filme de terror, devolvendo-o precisamente à sua fonte mágica. É isso que a realizadora
consegue e com grande equilíbrio.
“Uma primeira tentativa australiana que regressa às origens do cinema de terror. Esta primeira
longa-metragem da australiana Jennifer Kent revela uma desconhecida surpreendente e,
talvez mesmo, uma promessa de lufada de ar fresco na paisagem do terror. (...)”
Les Inrockuptibles
“Quem traz o livro de crianças chamado Senhor Babadook, carregado de ilustrações de
horrores dentados que espreitam à porta dos quartos, para a casa deles? A resposta é deixada
deliciosamente em aberto, neste filme de terror compassado e habilmente perturbador. (...)
Em questões puramente formais (das quais o género vive ou morre), Kent está à vontade.
Ela prefere composições puras e uma montagem descomplicada, transformando a banal
casa numa ameaça subtil e sombria. Um técnico de som excessivamente zeloso não o fará
dar saltos na cadeira e, quando o monstro aparece (uma criação arrojada de marionetas,
animação stop-motion e sons sugestivos), é possível que fique igualmente agarrado à
representação de rato-transformado-em-leoa de Davis, que se aproxima do território de
Cate Blanchett. É incerto o que Kent fará a seguir a tamanho primeiro filme, mas se o seu
objetivo é ajudar a encaminhar o terror para o domínio rigoroso e não-digital de artistas
sérios (uma tendência bem-recebida em THE CONJURING - A EVOCAÇÃO, no verão
passado), o seu trabalho já está feito.”
Time Out New York
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O SENHOR BABADOOK
REVISTA DE IMPRENSa | CONTINUAÇÃO
“Algo estranho paira nas sombras, mas o verdadeiro terror é mais profundo, neste conto
de terror psicológico bem conseguido e imaginativo da realizadora estreante Jennifer Kent.
(...) Como o elaborado livro pop-up de crianças que evoca o papão epónimo, O SENHOR
BABADOOK dá uma maravilhosa e trabalhada reviravolta a uma história tantas vezes
contada, a de uma mãe e de uma criança numa casa velha e escura onde as coisas colidem
(arranham, rosnam e pairam nas sombras) na noite. (...) Profundamente perturbante e
invulgarmente belo.”
Variety
“Às vezes, temos a oportunidade de fazer parte do primeiro público de um realizador
desconhecido quando este se estreia com uma obra-prima inquestionável. (...) Seria
injusto revelar demasiado quando apenas algumas centenas de pessoas viram O SENHOR
BABADOOK, mas basta dizer que Kent consegue uma inversão de papéis a meio do
filme com uma graciosidade quase invisível, ajudada em grande medida pelos seus atores
principais, e aborda os aspetos mais primários -- positivos e negativos -- da maternidade.”
Indiewire
“Jogando inteligentemente com o medo clássico de monstros à espreita debaixo da cama
e com o lado assustador de certos livros de crianças, O SENHOR BABADOOK é uma
distinta história de terror doméstica em que os traumas não resolvidos de uma mãe e de um
filho em conflito são exteriorizados por uma entidade malévola que ameaça consumi-los.
Conduzido por uma rasgada interpretação de Essie Davis, o primeiro filme da realizadoraargumentista australiana Jennifer Kent tem o ambiente artesanal de uma película pré-digital.
(...) As interpretações são sólidas, incluindo a do jovem Wiseman, uma criança emocional e
sobrenaturalmente articulada, vulnerável mas não totalmente impotente quando pressionada.
Mas é Davis que carrega diretamente o filme nos ombros. É difícil interpretar uma mãe
que se debate para amar o filho e manter o público do seu lado. Mas Amelia é uma figura
psicologicamente complexa enraizada em realidade emocional, até mesmo quando se
transforma no veículo para o terror ascendente.”
Hollywood Reporter
Austrália | 2014 | Cor | 94 min
Distribuído por Alambique | Informações em www.alambique.pt
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