Inovações no Ensino
das Ciências e da Saúde:
Pesquisa e Desenvolvimento da
Ferramenta Constructore e
do Banco Virtual de Neurociência
Taís Rabetti Giannella
Orientadores
Roberto Lent
Miriam Struchiner
IBqM/UFRJ
Outubro/2007
Introdução

Potencialidades educativas das TICs

Integração das TICs no ensino universitário:
modalidades presencial, semi—presencial e a distância
(comunicação, interação e acesso a informação)
(demandas sociais e políticas educacionais)

Professor como agente fundamental de mudanças nos
processos educativos e na adoção de inovações
(cultura acadêmica e trabalho docente em questão)

Pesquisa e desenvolvimento de ferramentas e ambientes
para apoiar os professores no uso das TICs no ensino
(modelo educacional e experiências do LTC/NUTES)
Objetivos




Pesquisar e desenvolver uma Ferramenta de Autoria de Cursos na
Internet: Ferramenta Constructore
Pesquisar e desenvolver um banco de recursos educativos de
diferentes formatos (textos, imagens etc) na área de
neurociência: Banco Virtual de Neurociência (BvNeuro)
Validar as Ferramentas Constructore e BvNeuro junto a um grupo
de alunos de pós-graduação das áreas das ciências e da saúde,
analisando os materiais construídos;
Acompanhar e Analisar a experiência de um professor da área de
Neurociência ao integrar as Ferramentas Constructore e BvNeuro
na implementação de uma disciplina de graduação da UFRJ.
Estrutura da Tese
Parte 1: Revisão da Literatura
Capítulo 1: Contribuições da Teoria Crítica da Tecnologia
para a Pesquisa em Tecnologia Educacional
Capítulo 2: Tecnologias da Informação e da Comunicação
no Ensino de Ciências e da Saúde: aplicações no ensino da
Neurociência
Capítulo 3: Bancos Virtuais de Objetos de Aprendizagem e
Plataformas de autoria de cursos na Internet: conceitos e
aplicações
Parte 2: Metodologia
Capítulo 4: Metodologia: Pesquisa e desenvolvimento
das Ferramentas Constructore e BvNeuro
Estrutura da Tese
Parte 3: Resultados, Discussão e Conclusões
Capítulo 5: Banco Virtual de Neurociência e Ferramenta
Constructore
Capítulo 6: Resultados da etapa
Ferramentas Constructore e BvNeuro
de
validação
das
Capítulo 7: Resultados Obtidos com o Estudo Piloto: análise
da experiência de desenvolvimento e implementação de um
curso de Neurofisiologia com o uso das Ferramentas
Constructore e BvNeuro
Capítulo 8: Discussão
Capítulo 9: Conclusões
Metodologia
A Metodologia de Pesquisa Baseada em Design
(Design-Based Research Methodology)
Visão alternativa aos estudos tradicionais do campo da educação (experimentais e quasi
experimentais)
Características fundamentais (Wang & Hannafin, 2005):
(1) pragmática, na medida em que integra teoria-prática, assumindo a relevância do papel da
teoria para fundamentar e melhorar a prática e vice-versa;
(2) ancorada, já que a proposta de desenvolvimento de tecnologias de aprendizagem deve
estar fundamentada em pesquisas relevantes e os estudos devem ser realizados em
contextos reais de prática
(3) Interativa e flexível, uma vez que o processo desenvolve-se em ciclos entre pesquisa e
desenvolvimento com a participação de todos os atores
(4) integradora, utilizando vários métodos de pesquisa de acordo com as diferentes fases de
planejamento, desenvolvimento e implementação
(5) contextual, ao mesmo tempo que os resultados das pesquisas contribuem para informar e
aprimorar o projeto em desenvolvimento, possibilitam achados que transcendem o contexto
imediato do estudo
Pesquisa e desenvolvimento das
Ferramentas Constructore e BvNeuro:
Princípios Substantivos (Van den Akker, 1999)
Preocupação
Temática
Geração de ferramentas de fácil apropriação; analise das
potencialidades das TIC para o ensino de neurociência
(Mion & Angotti, 2000)
Teorias construtivistas do
conhecimento
Teorias
Norteadoras
(Edelson, 2002)
Estrutura de
Design
(Edelson, 2002)
Visão Crítica do
desenvolvimento e
apropriação das tecnologias
Definições para o
desenvolvimento do
Modelo, estrutura e
recursos das Ferramentas
Constructore e BvNeuro
Aprendizagem ativa e social;
aprendizagem significativa etc
Tecnologia não é um fim em si
mesma
Tecnologia é ambivalente e
contextualizada
acesso e organização da informação,
criação de atividades autenticas,
aprendizagem colaborativa e
acompanhamento dos alunos
Compartilhamento e reutilização de
recursos educativos
Pesquisa e desenvolvimento das
Ferramentas Constructore e BvNeuro:
Princípios Procedimentais (Van den Akker, 1999)
Estudos anteriores (Wilson, 2004; Bastos, 2005)
Etapas de
Pesquisa e
Desenvolvimento
Estudo Atual:
Validação do Protótipo da Constructore
Validação do Protótipo do BvNeuro
Estudo Piloto
Procedimentos
de Análise
Instrumentos: Questionários, Entrevista, Histórico
de Navegação e Estatísticas de uso dos ambientes
virtuais, materiais desenvolvidos com as
ferramentas
Construção de Modelo de Análise dos Materiais
desenvolvidos com a Constructore
Etapas e procedimentos (1):
Desenvolvimento e Validação do
Protótipo da Ferramenta Constructore
Desenvolvimento da Constructore: equipe LTC (pesquisadores TE,
programadores visuais, informatas) e professores;
Objetivo fundamental da validação: analisar a facilidade e
praticidade de utilização da Ferramenta Constructore e identificar as suas
diferentes possibilidades de uso em atividades educativas.
Participantes: 12 alunos de pós-graduação inscritos na disciplina
Internet no Ensino Superior: recursos e aplicações (NUTES e IBqM) –
2005/02
Atividade de validação: Construção de um material e/ou atividade
educativa com a Constructore (período de duas semanas)
Instrumentos de análise: Questionário de apreciação (semi-aberto),
modelo de análise dos materiais desenvolvidos com a Constructore
Etapas e procedimentos (1):
Modelo de Análise dos Materiais
desenvolvidos com a Constructore
Categorias de análise
Indicadores
Abordagem Pedagógica
Abordagem Centrada no conteúdo/professor X
Abordagem Centrada na aprendizagem/ no aluno
(KEMBER & KWAN, 2000)
Estratégias de ensinoaprendizagem
Oferta de recursos de informação e de atividades de fixação do conteúdo X
Oferta de atividades que envolvem participação ativa do estudante:
Aprender explorando, Aprender fazendo, Ensino baseado em casos,
Aprendizagem incidental, Aprender refletindo (SCHANK & CLEARY, 1995
Modalidades de uso das TICs
Estágio de conceituação (tecnologias primárias), Estágio de construção
(tecnologias secundárias) e Estágio de diálogo (tecnologias terciárias)
(MAYES & FOWLER, 1999)
Papel das TICs no processo educativo: Acesso e organização da
informação, Atividades autênticas, Aprendizagem colaborativa e
Acompanhamento do aluno (SUGRUE, 2000)
A
a
a
a
a
a
a
a
a
a
Estágios do Ciclo de Aprendizagem com o Uso das TICs
Mayes & Fowler (1999)
Conceituação
(Tecnologias Primárias)
Estratégias de
ensinoaprendizagem
Construção
(Tecnologias Secundárias)
Abordagem
centrada na
aprendizagem
(Kember & Kwan,
2000)
Atividades que
enfocam transmissão e
fixação do conteúdo
Abordagem
centrada no
conteúdo
(Kember &
Kwan, 2000)
Diálogo
(Tecnologias Terciárias)
Estratégias de
ensinoaprendizagem
Estratégias de
ensinoaprendizagem
Atividades que
envolvem participação
ativa dos alunos
Aprender
refletindo
(Schank & Cleary,
1995)
(Schank & Cleary, 1995)
Aprender
explorando
Aprender
fazendo
Ensino
baseado
em casos
Aprendizagem
incidental
Papel das TICs no processo educativo
(Sugrue, 2000)
Acesso e organização da
informação
Atividades autênticas
Acompanhamento e avaliação do estudante
Aprendizagem colaborativa
Etapas e Procedimentos (2):
Desenvolvimento e Validação do Protótipo
do BvNeuro
Desenvolvimento do BvNeuro: equipe LTC e Laboratório de
Neuroplasticidade – objetos de aprendizagem desenvolvidos a partir dos
recursos do livro “Cem Bilhões de Neurônios” – imagens, gráficos/tabelas e
animações
Objetivo fundamental da validação: analisar a facilidade de
utilização do banco e de integração do BvNeuro com a Constructore
(exportação de recursos)
Participantes: 4 alunos de pós-graduação (IBCCF/UFRJ) com pesquisa
voltada para a área de neurociência 2006/01
Atividade de validação: Construção de um material e/ou atividade
educativa com a Constructore (foco na importação de objetos de
aprendizagem)
Instrumentos de análise: Questionário de apreciação do BvNeuro e
da Constructore
Etapas e Procedimentos (3):
Estudo Piloto
Objetivo: Acompanhar e Analisar todo o processo de desenvolvimento e
implementação de uma disciplina de graduação da Escola de Educação
Física (UFRJ), construída por um professor de neurociência com o uso
integrado das Ferramentas Constructore e BvNeuro
-Professor participante: Professor Adjunto do Instituto de Biofísica
(UFRJ);
-Curso implementado: Módulo de Neurofisiologia da disciplina
Fisiologia da graduação de Educação Física (7 de março a 27 de abril);
-Público-alvo: alunos de duas turmas de licenciatura (n=115);
-Acompanhamento do processo de implementação: interação por email, realização de dois encontros, apresentação da Constructore para
os monitores da disciplina, suporte técnico com bolsistas de IC
Etapas e Procedimentos (3):
Estudo Piloto
-Análise do ambiente virtual desenvolvido com a Constructore:
modelo utilizado na validação
-Análise das percepções do professor sobre o uso das ferramentas
no ensino de neurociência: entrevista semi-estruturada
-Análise do perfil de utilização do ambiente virtual pelos alunos e
monitores: Histórico de Navegação e Estatísticas de uso do ambiente
virtual
-Análise das percepções de alunos e monitores sobre o processo de
ensino –aprendizagem com o apoio da Constructore: questionários
semi-abertos
Resultados (1)
Ferramentas Constructore e BvNeuro:
Estrutura, recursos e funcionalidades
D
s
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
Resultados:
Ferramentas Constructore e Bvneuro:
modelo conceitual e estrutura
D
s
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
Resultados:
Ferramentas Constructore e Bvneuro:
modelo conceitual e estrutura
D
s
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
Resultados:
Ferramentas Constructore e Bvneuro:
modelo conceitual e estrutura
D
s
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
Resultados:
Ferramentas Constructore e Bvneuro:
modelo conceitual e estrutura
D
s
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
Resultados:
Ferramentas Constructore e Bvneuro:
modelo conceitual e estrutura
D
s
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
Resultados:
Ferramentas Constructore e Bvneuro:
modelo conceitual e estrutura
D
s
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
Resultados:
Ferramentas Constructore e Bvneuro:
modelo conceitual e estrutura
D
s
d
d
d
d
d
d
d
d
d
d
Resultados:
Ferramentas Constructore e Bvneuro:
modelo conceitual e estrutura
Resultados (2)
Resultados Obtidos com a Validação das
Ferramentas Constructore e BvNeuro
Validação da Constructore:
análise do questionário de apreciação
Clareza e facilidade de uso:
•apresentação visual
•estrutura de funcionamento da ferramenta
•utilidade do manual de instruções
•existência de erros de navegação
“Rapidamente me
acostumei ao
layout que é bem
limpo, facilitando a
sua utilização.”(P7)
•preenchimento dos passos de criação
•organização dos recursos do Ambiente do Curso
•adição, edição e exclusão dos recursos no Ambiente do curso
•Funcionalidades e Integração dos três Ambientes
“No início, a integração não ficou muito clara, com freqüência eu me perdia nestes
ambientes ... porque algumas vezes você adiciona coisas no ambiente do curso,
outras só na criação, agora é que estou entendendo um pouco melhor” (P2)
Validação da Constructore:
análise do questionário de apreciação
Potencialidades pedagógicas:
•Liberdade para a construção
•Contribuição para as atividades de ensino dos participantes
•Pontos fortes e fracos
•Sugestões de melhoria da Constructore
“...De certa forma, acrescenta até mais que a
aula presencial, pois muitas vezes, em
nosso planejamento, não estão presentes
certos componentes que se apresentam no
ambiente Constructore”(P6)
“Pouca capacidade de
customização, principalmente
quanto a formatação” (P12)
Análise do questionário de apreciação:
principais sugestões
Já implementadas
Escolha de layouts diferenciados;
Possibilidade de inserção de logotipo no curso
Em desenvolvimento
Melhoria da capacidade de inserção de arquivos
Flexibilização dos itens dos módulos –objetos, atividades
e formulários
Versão off-line para o desenvolvimento
Validação da Constructore:
análise dos materiais desenvolvidos
•12 cursos voltados para a área de ensino de ciências e da
saúde
-Dois cursos com enfoque na formação pedagógica
-Um curso com enfoque no ensino sobre o uso da
Internet como ferramenta de pesquisa
Cursos desenvolvidos com a Constructore
(C1) Astronomia observacional
(C2) Atividades físicas: conhecimentos básicos
(C3) Cultura de tecidos vegetais
(C4) Didática nas ciências biológicas
(C5) Doenças amiloidogênicas
(C6) Ferramentas em biologia molecular
(C7) Lançamento de projéteis
(C8) Levantamento bibliográfico online
(C9) O uso do ultra som terapêutico
(C10) Ordem Blattaria
(C11) Restauração ecológica de áreas degradadas
(C12) Sistema solar atual
A
a
a
a
a
a
a
a
a
a
Estágios do Ciclo de Aprendizagem com o Uso das TICs
Mayes & Fowler (1999)
Conceituação
(Tecnologias Primárias)
Atividades que
enfocam
transmissão e
fixação do conteúdo
Abordagem
centrada no
conteúdo
N=3 C3, C5, C8
Construção
(Tecnologias Secundárias)
Abordagem
centrada na
aprendizagem
N=9 C1, C2, C4, C6,
C7, C9, C10, C11, C12
Aprender
explorando
Diálogo
(Tecnologias Terciárias)
Atividades que
envolvem
participação ativa
dos alunos
Aprender
fazendo
(N=4)
N=9
C1, C2, C3, C4, C4, C6, C9,
C6, C8, C9, C11,C11
C12
Ensino
baseado em
casos
(N=5)
C1, C2, C7, C10,
C12
Atividades que
envolvem
comunicação e
colaboração
Aprendizagem
incidental
(N=2)
C6, C12
Papel das TICs no processo educativo
Acesso e organização da
informação
Todos (N=12)
Atividades autênticas
N=9 C1, C2, C4, C6, C7, C9, C10, C11, C12
Aprendizagem colaborativa
Fórum (n=8)
Email (n=3)
Análise
Análisedos
dosmateriais
materiaisdesenvolvidos
desenvolvidos
Aprender
AprenderExplorando
Explorando
Análise
Análisedos
dosmateriais
materiaisdesenvolvidos
desenvolvidos
Aprender
Explorando
Aprender
Fazendo
Análise
Análisedos
dosmateriais
materiaisdesenvolvidos
desenvolvidos
Aprender
Explorando
Ensino
Baseado
em Casos
Análise
Análisedos
dosmateriais
materiaisdesenvolvidos
desenvolvidos
Aprender Explorando
Aprendizagem
Colaborativa
Validação do BvNeuro:
análise do questionário de apreciação
•Clareza e facilidade de uso:
•apresentação visual
•estrutura de funcionamento do banco
“Todas as informações e
passos estavam bem
explicados” (P3)
•manual de instruções
•existência de erros de navegação
•processo de importação dos objetos de aprendizagem (integração entre
Constructore e BvNeuro)
•Busca dos objetos
“(…) você precisa de vários clicks para conseguir algo que poderia ser resolvido com um único click. (…)
Se você procura por uma foto de retina, é preciso digitar “retina”, vai aparecer uma lista de figuras e
você clica em alguma para abrir uma nova pagina como os dados dela, porém, você não sabe ainda se
essa foto preenche suas necessidades. Para ver a imagem é preciso clicar em download e abrir uma
nova janela” (P2)
Validação do BvNeuro:
análise do questionário de apreciação
Potencialidades pedagógicas:
Contribuição para as atividades de ensino dos participantes
Qualidade dos objetos de aprendizagem visualizados.
“Acho que seria útil como fonte de
consulta tanto para alunos de cursos
regulares quanto de educação à
distância. Pode ser bem útil na
confecção de aulas ou de estudos
dirigidos.” (P.4)
“São bons, mas específicos demais. Por exemplo,
se você está falando da estrutura da retina é difícil
encontrar uma imagem só da estrutura da retina,
as imagens disponíveis mostram a estrutura da
retina mais a formação dos campos receptores
mais foto de fundo de olho, etc (…) Acredito que
imagens mais genéricas seriam mais bem
utilizadas.” (P2)
Resultados (3)
Resultados Obtidos com o Estudo Piloto
Estudo piloto:
análise do ambiente virtual de
Neurofisiologia
15 Módulos (Aulas)
394 Objetos de Aprendizagem
-279 imagens
-37 gráficos e tabelas
-31 animações
-25 vídeos
-20 slides
-2 estudos dirigidos
3 Formulários (relatórios de
prática)
A
a
a
a
a
a
a
a
a
a
Estágios do Ciclo de Aprendizagem com o Uso das TICs
Mayes & Fowler (1999)
Conceituação
(Tecnologias Primárias)
Atividades que
enfocam
embasamento
teórico fixação do
conteúdo
Aulas teóricas
expositivas
Aulas de correção dos
estudos dirigidos
Construção
(Tecnologias Secundárias)
Atividades que
envolvem
participação ativa
dos alunos
Aprender
explorando
Aprender
fazendo
Busca dos objetos Aulas práticas
de aprendizagem de laboratório
no AVA
Diálogo
(Tecnologias Terciárias)
Ferramentas de
Comunicação
Utilizadas com
objetivos
administrativos
Quadro de
Avisos
E-mail
Papel das TICs no processo educativo
Acesso e organização da informação: ambiente para apoiar e
reforçar o estudo dos conteúdos ensinados em sala de aula
Acompanhamento e avaliação dos alunos
Relatórios das aulas práticas
Estudo piloto: Percepções do professor
sobre o processo de integração das
ferramentas no ensino de neurofisiologia
Perfil Profissional: Professor Adjunto do IBCCF há 5 anos; sub-coordenador de
graduação do Programa de Neurobiologia, editor chefe da Revista eletrônica
Ciências e Cognição
Experiências com TICs no ensino: coleção de CDs com recursos audiovisuais,
professor conteudista de uma disciplina do CEDERJ, já conhecia outras
plataformas de autoria
Visão sobre relações ensino-pesquisa: Grande preocupação com falta de
investimento e valorização das atividades de ensino, especialmente na graduação
“Se eu me dedicar muito à graduação e à educação, não é que eu
vou sofrer retaliações, mas eu não vou ter a recompensa
necessária para fazer a pesquisa, então eu tenho que pesar bem a
dedicação à graduação”
Estudo piloto: Percepções do professor
sobre o processo de integração das
ferramentas no ensino de neurofisiologia
Potencialidades do BvNeuro: fácil utilização e integração com a Constructore;
integração dos recursos do banco com livro Cembi; não adicionou novos objetos
por falta de tempo
Potencialidades da Constructore: fácil utilização; principal objetivo de uso foi a
organização e oferta de recursos de informação (ambiente de apoio com fontes
confiáveis); facilidade no acompanhamento dos alunos pelo uso dos formulários de
atividades
Dificuldades e limitações: Adição de arquivos pesados; falta de acesso ao
servidor; dificuldade de gerência dos formulários de atividades
“Realmente, como disse desde o princípio, achei a ferramenta bem prática (mesmo
com as adaptações que vem surgindo)”
“Meu principal objetivo com a Constructore foi a oferta de recursos de diferentes
formatos (principalmente recursos audiovisuais) para facilitar a visualização do
funcionamento do sistema nervoso”
Estudo piloto: Percepções do professor
sobre o processo de integração das
ferramentas no ensino de neurofisiologia
Percepções sobre o uso da Constructore pelos alunos: falta de cultura com o
uso de TICs para o ensino; apostilas como fonte principal de informação
Percepções sobre o uso da Constructore pelos monitores: falta de uma
atividade concreta com a ferramenta – falta de envolvimento
Futuras aplicações: Continuidade da utilização do curso na graduação de
educação física e ampliação para outros cursos
“...Eu esperava um acesso maior, porém, eu estava com o pé atrás por ser a primeira
vez a ser instituído. Quando o professor coloca uma coisa nova, passa de um
semestre para o outro, o pessoal avisa o outro que tem que ler, tem aquela coisa de
uma turma falar para a outra que é importante senão vai perder. Então isso é uma
coisa que eu acho que vai ser cultivada com o tempo e acabar criando o hábito e com
certeza na próxima ou nas próximas turmas a adesão vai ser 100% (...)’.
Estudo piloto:
Perfil de utilização do AVA pelos alunos
Turma A – Dos 66 alunos, 62
(94%) acessaram o AVA
Turma B – Dos 49 alunos, 42
(86%) acessaram o AVA
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
1
3 5 7
9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Dias do curso (início em 07/03/07 e fim em 27/04/07)
25
Número de alunos
Perfil de Acesso:
Número de alunos
50
20
15
10
5
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
Dias do curso (início em 07/03/07 e fim em 27/04/07)
Estudo piloto:
Perfil de utilização do AVA pelos alunos
Uso/Download dos Objetos de Aprendizagem
No potencial de
downloads
No de downloads
Relação Número real/
número potencial de
downloads (%)
Turma A
(n=62)
Turma B
(n=49)
Turma A
Turma B
Turma A
Turma B
Animações (total 31)
1922
1302
84
26
4,3%
1,9%
Gráficos/tabelas (total 37)
2294
1554
94
45
4,0%
2,8%
Imagens (total 279)
17294
11718
214
40
1,2%
0,34%
Slides (total 20)
1240
840
124
84
10,0%
10,0%
Textos (estudo dirigido) (total 2)
124
84
50
29
40,3%
34,5%
Vídeos (total 25)
1550
1050
17
17
1,0%
1,6%
Total
24424
16548
583
235
2,3%
1,4%
Objetos de aprendizagem
•19 alunos da Turma A (31%) e 13 alunos (31%) da Turma B baixaram apenas estudos dirigidos e/ou slides
•4 alunos da turma acessaram todos os tipos de objetos de aprendizagem; Na turma B, nenhum aluno acessou todos os
tipos
Estudo piloto:
Percepções dos alunos
Grau de Relevância dos recursos oferecidos no ambiente virtual para o aprendizado
Turma A (n=52) / Turma B (n=32)
Forma de uso do
ambiente virtual
muita relevância
média relevância
pouca relevância
nenhuma
relevância
TA
TB
TA
TB
TA
TB
TA
TB
TA
TB
Acesso e envio dos
relatórios das aulas
práticas
38 (73%)
22 (69%)
9 (17%)
6 (19%)
01 (2%)
4 (12%)
3 (6%)
0
1 (2%)
0
Acesso aos estudos
dirigidos
20 (38%)
16 (50%)
19 (37%)
7 (22%)
06 (11%)
2 (6%)
3 (6%)
7 (22%)
4 (8%)
0
Comunicação com o
professor
10 (19%)
14 (44%)
21 (40%)
5 (16%)
13 (25%)
4 (12%)
8(15%)
8 (25%)
0
1 (3%)
Acesso aos objetos
de aprendizagem
(animações, imagens,
textos etc)
11 (22%)
7 (22%)
12 (23%)
13 (41%)
20 (38%)
7 (22%)
8(15%)
4 (12%)
1 (2%)
1 (3%)
Não respondeu
Estudo piloto:
Percepções dos alunos
Na disciplina, o ambiente virtual foi utilizado principalmente para oferecer uma
diversidade de fontes de consulta e de tipos de representação do conteúdo (textos,
imagens, gráficos, tabelas, animações, vídeos etc..)
Para você, a forma como o ambiente virtual foi utilizado facilitou a visualização da
organização e do funcionamento do sistema nervoso?
Sim
não
NR
Turma A (n=52)
27 (52%)
24 (46%)
1 (2%)
Turma B (n=32)
20 (66%)
10 (31%)
2 (3%)
Total
47 (56%)
34 (40%)
3 (%)
“Ter animações faz com que possamos
visualizar melhor o que ocorre na
realidade” (A7 – Turma A)
“Ajudou no aprendizado, pois fica mais
fácil aprender em sala de aula e depois
utilizar os recursos visuais utilizados
pelo professor”. (A18 – Turma B)
“Os objetos de aprendizagem deveriam
ser disponibilizados de uma vez só,
fazer o download um por um é chato e
nem um pouco prático. Isso impediu que
toda a turma fizesse um melhor uso
dessa importante ferramenta” (P55 –
Turma A).
Estudo piloto:
Percepções dos alunos
Você gostaria que outras disciplinas também contassem com o apoio de um ambiente
virtual?
Sim
não
NR
Turma A (n=52)
45 (87%)
7 (13%)
0
Turma B (n=32)
24 (75%)
6 (19%)
2 (6%)
Total
69 (82%)
13 (15%)
2 (3%)
“E sempre bom contar com um site de
apoio, ainda mais se monitorado pelo
professor” (A7 – Turma A)
“Muitas pessoas saem prejudicadas por
não terem computador em casa” (A37 –
Turma A)
“Poderia haver um projeto para toda
UFRJ, alguns professores precisam se
“Pois existiram vários casos durante o
período que este sistema falhou” (A35 –
atualizar” (A8 - Turma B)
Turma B).
Discussão
Características pessoais e profissionais do professor que podem ter
favorecido o uso das Ferramentas Constructore e BvNeuro no ensino de
Neurociência
•Conhecimento de experiências similares: idéia formada sobre o que poderia construir
com as ferramentas (modelos de exemplo) (DER, 2004; WALLACE, 2004).
•Experiência prévia com uso de TICs no ensino: O professor definiu-se como “adepto
das tecnologias” – pré-disposição e facilidade para aprender as novas ferramentas
(BONGALOS et al., 2006; DABBAGH, 2003).
•Valorização de iniciativas voltadas para a melhoria da qualidade do ensino superior:
adesão e colaboração intensa com o projeto; papel de parceiro na pesquisa
(BLACKWOOD, 2001 )
“Exposição seletiva”
(Rogers, 2003)
tendência
Exposição a Informações,
práticas e tecnologias
compatíveis com seus valores e
visões
Discussão
Características das Ferramentas Constructore e BvNeuro percebidas
pelo professor como potencializadoras de suas atividades de ensino
(Rogers, 2003)
•Vantagem relativa: facilitar o acesso dos alunos aos materiais já utilizados; facilitar
entrega das atividades; aliar os recursos do BvNeuro ao uso do livro Cembi
•Compatibilidade: relação com práticas e valores do professor
•Simplicidade: facilidade de uso e papel do suporte técnico
•Flexibilidade de experimentação: possibilidade de testar e utilizar as ferramentas à
medida que percebe as suas potencialidades
Capacidade de projeção
(antecipação do uso)
(Rogers, 2003)
articulação
Conhecimentos prévios,
potencialidades
percebidas e
particularidadades do
contexto de aplicação
Discussão
Desafios do processo de construção dos ambientes virtuais de
aprendizagem e da realização dos cursos de Neurofisiologia para a
graduação de Educação Física
Implementação
Tecnologia em ação
Processo contínuo de aprendizagem
Desafios Técnicos
Desafios Pedagógicos
Discussão
Desafios técnicos do
Constructore e BvNeuro
processo
de
utilização
das
ferramentas
-Autonomia na construção do AVA – diminuição das barreiras iniciais de
construção, um dos principais fatores de insegurança e resistência (NGAI, 2007)
-Suporte contínuo e Parceria na solução
dos problemas técnicos
(WEST et al., 2007)
(...) Já comecei a construir as disciplinas, mas
tenho tido problemas em cadastrar usuários (...)
Se você der uma olhada na constructore, verá
que um dos cursos, o BMB204 - Fisiologia E1 Licenciatura - Turma A, já apresenta inclusive os
módulos, só faltando acrescentar as aulas e os
outros recursos disponíveis no banco de dados
(além de acrescentar outros). Entretanto, como o
outro curso apresenta os mesmos módulos,
preciso redigitar tudo o que fiz, ou tem alguma
maneira de copiar direto os módulos, pois são 15
módulos?” (e-mail enviado em: 24/01/2007)
Discussão
Desafios técnicos do
Constructore e BvNeuro
processo
de
utilização
das
ferramentas
Principais dificuldades:
-Necessidade de divisão dos objetos de aprendizagem (tempo e fragmentação
dos conteúdos)
-Instabilidade do acesso (problemas com o envio dos relatórios das aulas
práticas)
“Mas a gente resolve. Eu posso ter tido paciência e boa
vontade de resolver alguns problemas, mas se for
recorrente, a pessoa já desiste de usar o formulário, o que
é uma ferramenta interessante e boa.”
Discussão
Desafios pedagógicos do processo de utilização das ferramentas
Constructore e BvNeuro
•Surgem da articulação dos objetivos do professor, das possibilidades técnicas
oferecidas pelas ferramentas e das condições específicas dos contextos de aplicação
•Objetivos de uso – necessidades e problemas do ensino de neurofisiologia
Integração dos conhecimentos
Falta de base dos alunos
Escassez e custo dos recursos educativos
Confiabilidade das informações da Internet
Tornar a ciência acessível (fontes variadas e seguras de informação) (Linn, 2004)
Tornar a ciência visível (apoiar visualização, compreensão dos diferentes conceitos e
fenômenos) (Linn, 2004)
Discussão
•Contexto de aplicação:
Módulo curto (dois meses), duas aulas presenciais semanais, 3 aulas práticas, 2
provas
integração inicial sem alteração da estrutura e dinâmica anterior (DER, 2004): são
ferramentas de apoio, recurso adicional ao modelo presencial
O AVA se configura como mais um recurso que os alunos precisam agregar às
demais demandas e tarefas da disciplina
•Perfil de acesso das ferramentas pelos alunos: acesso e uso de recursos com foco
nas atividades de avaliação (período de entrega dos relatórios, acesso prioritário aos
estudos dirigidos e slides)
Discussão
•Possíveis motivos para a pequena relevância dos objetos de aprendizagem para o
aprendizado dos alunos:
1) Falta de praticidade no acesso aos objetos de aprendizagem (fragmentação)
2) Dificuldade de acesso à Constructore e de visualização de alguns objetos de aprendizagem
(dificuldade de acesso dos alunos, instabilidade da rede e falta dos programas necessários para
visualizar determinados recursos)
3) Dificuldade em estabelecer relações entre os objetos de aprendizagem disponíveis no ambiente e a
aprendizado de neurofisiologia
Necessidade de
mediação/orientação para
o uso dos recursos
Para mim não foi muito útil, já que acho muito
necessária a explicação do professor para cada
imagem (A 38 – Turma A).
Como não sabia a matéria, as animações eram
muito complexas e difíceis de entender (A12 –
Turma A).
Discussão
4) Dificuldade de incorporar um recurso novo às diversas atividades da graduação
Necessidade de buscar
estratégias e recursos de
rápida assimilação para
dar conta das avaliações
“Para um curso de educação física o conteúdo é
muito detalhado. Na prática não usaremos este
conteúdo. Acho que saber o geral é fundamental
para nossa área. Acho que seria interessante
rever o curso, levando isso em consideração”. (A
34 – Turma B).
5) Falta de hábito para utilizar as TICs como ferramenta de ensino e aprendizagem
Discussão
Relação entre a experiência de utilização das ferramentas no estudo piloto e as etapas do
modelo de difusão de inovações de Rogers (2003)
Conhecimento:
Características
pessoais e
profissionais que
favoreceram o uso
das ferramentas
Constructore e
BvNeuro no ensino
de neurociência
Persuasão e Decisão:
Atributos das
ferramentas
Constructore e Bvneuro
percebidas pelo
professor como
potencializadores de
suas atividades de
ensino
Implementação:
Desafios do processo de
construção dos ambientes
virtuais de aprendizagem e
da realização dos cursos de
Neurofisiologia para a
graduação de Educação
Física
Desafios técnicos:
Conhecimento de
ferramentas
similares
Experiência prévia
com TICs
Valorização de
iniciativas voltadas
para melhoria do
ensino
Vantagem relativa
Compatibilidade
Simplicidade:
Flexibilidade de
experimentação:
Desafios pedagógicos das
ferramentas aos cursos de
neurofisiologia:
Confirmação:
Futuras aplicações
das Ferramentas
Constructore e
BvNeuro pelo
professor/
desenvolvedor
Conclusões
1) a utilização de ferramentas como a Constructore e o BvNeuro é um processo que
demanda tempo do professor, seja para aprender a utilizá-las, como para orientar os
participantes de seus cursos.
2) a oportunidade de experimentar livremente os diferentes recursos é fundamental para
que o professor adquira competência técnica e possa refletir sobre as melhores formas de
integrar as ferramentas às suas atividades.
3) no processo de implementação de suas atividades educativas com o uso das ferramentas, o
professor passa por uma série de desafios técnicos e pedagógicos
4) a forma de utilização das ferramentas ao mesmo tempo em que reforça as práticas
educativas do professor, reflete as possibilidades pedagógicas que ele conhece e acredita
serem relevantes com o uso das TICs.
5) a experiência dos alunos com o ambiente virtual do curso voltou-se prioritariamente para
as atividades obrigatórias
6) Dentre as melhorias técnicas necessárias na Constructore, destaca-se a forma de
disponibilização dos objetos de aprendizagem, tornando possível a integração e o download
conjunto de determinados recursos de conteúdo.
Conclusões
7) Três principais desafios da Pesquisa baseada em Design foram observados no
desenvolvimento desta tese: a diversidade de papéis assumidos pelos pesquisadores, a
complexidade da realização de pesquisas em contextos reais e a flexibilidade de
reconstrução da pesquisa ao longo do processo de investigação.
8) O modelo de adoção e difusão de inovações de Rogers (2003) pode constituir-se em um
importante referencial para analisar o processo de planejamento, construção e implementação de
ambientes virtuais com o uso de plataformas de autoria.
9) A construção da relação de parceria com o professor e a criação de um espaço de diálogo
sobre os problemas e as necessidades de ensino na área de neurociência foi um importante
passo não apenas para adoção das ferramentas, mas, para a continuidade da experiência.
“Gostaria de agradecê-la pela apresentação e por ter "vendido" tão bem o seu
"peixe". Foi ótimo ter você divulgando comigo a importância da ferramenta (...)
Espero que as estatísticas e dados obtidos com a utilização da ferramenta
sejam úteis para você, assim como a ferramenta será útil para mim como uma
nova tecnologia de informação e comunicação na relação ensino-aprendizado”
Muito Obrigada
http://ltc.nutes.ufrj.br/constructore
http://ltc.nutes.ufrj.br/bvneuro
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Pesquisa e Desenvolvimento da Ferramenta