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A INFLUÊNCIA POLÍTICA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB)
E O FIM DO ESTADO NOVO BRASILEIRO
Essa pesquisa investiga um período decisivo no processo histórico brasileiro entre 1937 e
1945, de ruptura com a República Velha e implantação do chamado Estado Novo. Nesse
período o mundo encontrava-se ebulição: emergência de potências industriais, dinâmicas
contraditórias de comércio, e um dos acontecimentos mais marcantes da história do ser humano
até os dias de hoje - a Segunda Guerra Mundial.
Especificamente, a pesquisa focaliza nos anos 1945 e 1946 a intersecção entre dois eventos
de grande expressão em nossa história: o recém inaugurado Estado Novo (1937) e o retorno da
Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Objetivo
A pesquisa em desenvolvimento busca levantar e reunir as diferentes análises disponíveis,
para avançar na compreensão da influência política que o retorno e a dissolução da FEB
tiveram na derrubada do Estado Novo em 1945 e na vida dos veteranos de guerra e na política
brasileira.
Metodologia
No decorrer desta pesquisa adotamos um caráter epistêmico que aproximem o quanto for
possível as competências de um historiador, e sua visão minuciosa dos fatos, quanto as de um
cientista social, e o estudo das relações entre estes fatos coletados. Para manter o foco em tal
caráter foi necessário o levantamento de variadas fontes bibliográficas, visitas a museus e
entrevistas com veteranos.
Resultados
Foi realizada a análise da bibliográfica referente às tensões entre as
Forças Armadas, a FEB, o Estado Novo, as relações econômicas
brasileiras da época e o mundo em guerra e a realização de uma
entrevista principal.
Discussão
A pesquisa levanta questões sobre uma possível intenção de um
golpe de estado que seria realizado pela FEB, com o apoio das nações
capitalistas e democráticas aliadas, no intuito de desmantelar o regime
totalitário de caráter fascista adotado por Vargas. Tais fatos apontam
igualmente para uma discussão sobre qual seria a postura de Vargas
diante da ameaça política que a FEB representava, se este governo era
consciente de algum plano de golpe e por este motivo desmobilizou a
Força Expedicionária antes do seu retorno.
Conclusão
Com base nas informações reunidas, principalmente na entrevista, fica evidente que Getúlio Vargas era capaz de
admitir, com toda sua perspicácia diplomática, diante a um praça ferido e mesmo que informalmente, de que ele no começo
da guerra estava inclinado ao alinhamento com as potências do Eixo Berlim-Roma. Além, as informações quanto a presença
de voluntários na FEB reforça a polêmica sobre qual seria a posição política desses voluntários, ou se ao menos existia um
seguimento ideológico-político característico do voluntariado.
Aluno: Rafael Henrique Colavite de Aguiar
Orientadora: Terezinha Ferrari
Colegiado de Ciências Sociais / FAFIL /CUFSA)
Programa de Iniciação Científica
Categoria: Voluntário
PIIC – CUFSA 2009
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Lívia Cotrim Colegiado de Ciências Sociais / FAFIL / CUFSA