Lição 11
6 a 13 de setembro
Missão em terra pagã:
Daniel e companhia
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Ez 30–32
VERSO PARA MEMORIZAR: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com
o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se” (Dn 1:8).
LEITURAS DA SEMANA: Daniel 1–3, 6
Pensamento-chave: As histórias de Daniel e seus companheiros em Babilônia nos oferecem princípios sobre
fidelidade e missão que continuam sendo importantes, mesmo depois de vinte e seis séculos.
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o Seu propósito” (Rm 8:28).
Nas circunstâncias mais escuras, quando as coisas parecem estar totalmente erradas, podemos nos consolar com o
pensamento de que essas coisas cooperam para o bem. Não que todas as coisas sejam boas, mas que, com Deus,
elas podem cooperar para o bem. Não nos é garantido que será como queremos; e podemos nunca ver o bem que
finalmente virá. Mas a promessa permanece.
Nesta semana, vamos estudar como Deus transformou o mal em bem na experiência de quatro jovens judeus que,
mesmo não tendo culpa nenhuma, foram exilados para um país estrangeiro. No entanto, por causa de seu firme
compromisso, Deus pôde usá-los como testemunhas de Seus propósitos e Seu poder. Ao passar por várias provações,
como uma fornalha ardente e uma cova de leões, Deus não só mostrou Seu cuidado para com Daniel e seus amigos,
mas também demonstrou Seu poder diante de pagãos que só conheciam seus ídolos. Quem, se não Deus, conhece os
resultados eternos da fidelidade demonstrada por esses jovens hebreus?
Domingo
Um fundamento espiritual
Ano Bíblico: Ez 33–35
A maioria conhece a história básica de Daniel e seus amigos, que foram levados cativos por Nabucodonosor, rei de
Babilônia, cerca de seiscentos anos antes de Cristo. Por sua fidelidade, Deus usou esses jovens para promover Seus
planos e Sua missão em Babilônia, a nação mais poderosa do mundo naquele momento. Mas, em grande parte, as
histórias de Daniel, Hananias, Misael e Azarias são um tributo à fiel educação dada por seus pais.
As famílias judias não deviam considerar levianamente o dever de educar seus filhos. Grande parte desse processo
ocorria pela narração de histórias, uma parte importante da vida familiar. Os pais deviam contar e recontar as
histórias do cuidado de Deus sobre sua nação. As crianças deviam aprender como a guarda dos mandamentos de
Deus leva para a vida, enquanto a desconsideração para com eles leva à morte.
1. Que princípio espiritual ensina a Bíblia não só para os filhos mas para todos nós? Como a devoção
pessoal, diária, é um meio de aplicar esse princípio à nossa vida? Dt 6:6, 7; 4:9
Os pais de Daniel, Hananias, Misael e Azarias podem não ter imaginado o que aconteceria a seus filhos. Mas, pela
instrução religiosa fiel e diária, eles forneceram um firme fundamento espiritual para o resto da vida deles. Como é
importante que os pais busquem fazer o mesmo a seus filhos hoje! Ao mesmo tempo, o hábito de demorar-se em
Deus, a constante recapitulação dos milagres, da bondade e do amor de Deus podem ser um benefício tanto para os
pais como para os filhos. Até mesmo para os que não têm filhos ou aqueles cujos filhos já saíram de casa, como é
importante manter a realidade, a bondade e o poder de Deus diante de nós a toda hora! Afinal, como podemos
partilhar com os outros o que nós não experimentamos?
Segunda
Ano Bíblico: Ez 36–38
As primeiras provas
L ogo depois que os rapazes chegaram a Babilônia, ficou claro que Daniel, Hananias, Misael e Azarias enfrentariam
muitas tentações e influências negativas.
2. Qual foi o primeiro ataque potencial à fé dos jovens hebreus? Por que foi tão mortal? Dn 1:4
Eis uma grande verdade: É impossível impedir que o que lemos e aquilo a que somos expostos influenciem nossos
pensamentos. Talvez pela primeira vez na vida, esses jovens foram expostos a uma literatura que defendia valores e
crenças opostos aos que eles haviam aprendido. Na literatura babilônica, eles foram confrontados com astrologia,
falsos deuses e mitos de várias formas. A batalha pela mente deles e, conseqüentemente, pela sua salvação, havia
começado (veja Fp 4:8). E por seu corpo também, que, como a ciência moderna tem mostrado, está intimamente
ligado à nossa mente.
3. Que palavra-chave mostra por que Daniel e seus amigos não quiseram participar da comida do rei? Dn
1:8, 12-14
A palavra-chave é contaminar-se, que em hebraico significa poluir, sujar. Assim, para esses jovens, a questão não era
apenas a de viver de maneira saudável ou uma mera preferência. Era uma questão moral.
4. Que tipo de desculpas eles podiam ter dado a si mesmos para justificar receber o alimento?
Desde o início de sua chegada a Babilônia, os quatro jovens resolveram manter os princípios, não importando o que
custasse. Isso estabeleceu o padrão para o restante de sua vida em Babilônia, onde eles foram provados mais de uma
vez em virtude de sua fé. Pela sua fidelidade, eles deram um grande testemunho do Deus do Céu.
Uma tendência humana é desculpar-se pelas más escolhas ou comportamento errado. Em que áreas de sua vida você
racionaliza o que faz? Que passos você pode dar para lidar com essa tendência espiritualmente perigosa?
Terça
Ano Bíblico: Ez 39–41
Sem meio-termo
A história bíblica mostra claramente o envolvimento de Deus na vida dos babilônios – que interagiam com o rei
Nabucodonosor e, mais tarde, com o rei Ciro. Ele é descrito como Deus não só dos filhos de Israel mas de todas as
nações.
5. Que mensagem escreveu Isaías sobre a salvação dos que não se enquadravam no padrão geralmente
aceito para um israelita? Is 56:1-8
6. Que nomes receberam os cativos hebreus? Que razões seus captores tinham para fazer isso? Dn 1:6, 7
O significado dos nomes era importante para as famílias judias, e os filhos tinham seus nomes escolhidos
cuidadosamente. Os nomes Daniel (Deus é meu juiz), Hananias (Deus favoreceu), Misael (quem é o que Deus é), e
Azarias (Jeová ajudou) refletiam a elevada prioridade que os pais davam à vida espiritual dos filhos.
O chefe dos eunucos de Nabucodonosor, Aspenaz, deu aos quatro jovens judeus novos nomes babilônicos: Beltesazar,
Sadraque, Mesaque e Abednego – que eram homenagens principalmente aos deuses babilônicos.
Este foi o ponto mais próximo a que esses quatro homens chegaram da idolatria, nomes sobre os quais eles não
tinham escolha a não ser aceitar. Sob a bênção de Deus, eles logo assumiram posições preeminentes na corte e no
governo de Babilônia.
Depois de seu período de preparação, Aspenaz apresentou os quatro jovens ao rei. O rei falou com eles e “não foram
achados outros como” eles (Dn 1:19). “Em toda matéria de sabedoria e de inteligência sobre que o rei lhes fez
perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino” (v.
20).
Que tremendo testemunho sobre o que Deus pode fazer por meio de quatro jovens fiéis! Tirados da obscuridade de
Jerusalém e levados para a corte da pessoa mais poderosa do mundo, eles se colocaram à altura da ocasião e se
ergueram diante do rei como testemunhas do poder de Deus.
Por que era aceitável para os quatro jovens judeus receber nomes pagãos mas não era aceitável comer a comida
pagã? Como podemos traçar a linha em nossa vida entre o que são questões culturais, apenas, e o que são assuntos
morais ou religiosos? Esteja preparado para discutir sua resposta em classe.
Quarta
Ano Bíblico: Ez 42–44
Intérprete de sonhos
Daniel e seus companheiros chegaram aos níveis mais elevados da corte de Babilônia, o maior império no mundo
naquele tempo. Porém, como na maioria das cortes do poder, os perigos aguardavam.
7. Leia Daniel 2:1-13 e responda às seguintes perguntas:
a. Como os sábios tentaram enganar o rei?
b. Como o rei se certificou de que seus truques não teriam efeito?
c. Que palavras dos sábios revelaram a impossibilidade do que o rei perguntava? Por que essas palavras mais tarde
contribuíram para com o testemunho do poder de Deus?
Deus já havia concedido anteriormente a Daniel o dom de interpretar sonhos e visões (Dn 1:17), mas Daniel não seria
presunçoso a ponto de tomar isso como certo. Reuniu seus três amigos e pediu que eles orassem (Dn 2:18), pois,
evidentemente, sem a intervenção divina eles iriam encontrar o mesmo destino dos charlatães e impostores da corte
do rei.
8. Leia a oração de ação de graças de Daniel (Dn 2:20-23). Qual é a essência de sua oração? Que esperança
e encorajamento você pode tirar para si mesmo, qualquer que seja a situação em que esteja?
A maioria de nós conhece o restante da história (se não, leia o capítulo). Pense no que significou para o monarca do
maior império do mundo inclinar-se e adorar um estrangeiro cativo em sua corte (v. 46-48)! Obviamente, o rei estava
impressionado, não importando quanto mais precisasse aprender.
Então, por Daniel, Deus poupou a vida dos sábios em toda a Babilônia, levou um rei pagão a pelo menos o começo da
crença no Deus verdadeiro, e elevou Daniel e seus amigos a posições de autoridade, nas quais eles puderam ser
poderosas testemunhas Suas.
Quinta
Ano Bíblico: Ez 45–48
Duas provas de vida ou morte
Mais duas provas importantes deram a Daniel e seus três amigos a oportunidade de testemunhar do Deus verdadeiro
de maneira pública e influente.
Na medida que seu tempo permitir, leia em Daniel 3 a prova de fé que os três hebreus enfrentaram em Babilônia.
9. Qual foi o significado da resposta dos jovens hebreus ao rei? Dn 3:16-18. Veja também Mt 10:28
Leia Daniel 3:28-30 para ver como o rei ficou impressionado a respeito do que viu. Embora o rei ainda tivesse muito a
aprender, pela fidelidade desses jovens, um poderoso testemunho do Deus vivo se espalhou por todo o mundo pagão.
Novamente, tanto quanto seu tempo permitir, leia a história de Daniel na cova dos leões (Daniel 6), outra prova de fé,
mas agora em um novo reino.
10. Neste capítulo, que evidência você pode encontrar de que o rei já conhecia algo do poder do Deus de
Daniel?
11. Que tipo de testemunho Dario deu sobre o Deus de Daniel? Quanto de exatidão havia nesse
testemunho? O que este fato mostra sobre o que Deus pode revelar aos pagãos sobre Seu poder e
sabedoria sem a Palavra Escrita?
Imagine se nas duas histórias esses judeus tivessem cedido às exigências a fim de salvar a pele. Novamente, como
teria sido fácil nas duas situações racionalizar para facilitar as coisas. Mas eles permaneceram fiéis e, como resultado,
ajudaram a espalhar o conhecimento do Deus verdadeiro.
Em alguma ocasião no passado, você buscou a saída fácil e comprometeu o que sabia ser correto? Como você se
sentiu? Como você pode se fortalecer na fé a fim de que, quando chegar a próxima provação, você possa fazer o que
sabe ser correto?
Sexta
Ano Bíblico: Dn 1–3
Estudo adicional
Ellen G. White, Profetas e Reis, “Na Corte de Babilônia” p. 479-490, “O Sonho de Nabucodonosor”, p. 491-502, e “A
fornalha Ardente”, p. 503-513.
"Assim como Deus chamou Daniel para testemunhar por Ele em Babilônia, Ele nos chama para sermos testemunhas
Suas no mundo hoje. Tanto nos menores como nos maiores negócios da vida, Ele deseja que revelemos aos homens
os princípios do Seu reino. Muitos estão esperando que uma grande obra lhes seja confiada, ao mesmo tempo que
perdem diariamente oportunidades para revelar fidelidade a Deus. Diariamente, deixam de se desincumbir com
inteireza de coração dos pequenos deveres da vida. Enquanto esperam por alguma grande obra em que possam
exercitar talentos supostamente grandes, satisfazendo assim a ambiciosos anseios, seus dias passam” (Ellen G. White,
Profetas e Reis, p. 487, 488).
“A notícia de seu maravilhoso livramento [dos amigos de Daniel] fora levada a muitos países pelos representantes das
diferentes nações que tinham sido convidadas por Nabucodonosor para a dedicação [da estátua]. Mediante a
fidelidade de Seus filhos, Deus fora glorificado em toda a Terra” (Ibid. p. 512).
Perguntas para consideração
1. Comente com sua classe as respostas à pergunta no fim da lição de terça-feira.
2. Para cada história de Daniel na cova dos leões, existe uma história de João Batista. Como devemos entender esses
dois fins diferentes?
Resumo: O livro de Daniel descreve a experiência de quatro jovens que, diante de incríveis desafios à sua fé,
permaneceram fiéis ao princípio e a seu Deus. Sua fidelidade foi um testemunho dramático não só para o povo e os
governantes de Babilônia mas também aos povos das nações ao redor.
Respostas Sugestivas:
Pergunta 1. A Palavra de Deus deve estar em nosso coração e dela devemos falar aos nossos filhos.
Pergunta 2. A escolha para servir no palácio do rei e sua introdução à cultura dos caldeus.
Pergunta 3. Não quiseram “contaminar-se” com as iguarias do rei.
Pergunta 4. Estavam na terra de outros deuses, Deus os abandonara, não deveriam ofender a cultura dominante,
precisavam sobreviver.
Pergunta 5. Nem os estrangeiros, nem os portadores de qualquer deficiência e nem os que eram simplesmente
considerados “diferentes” seriam rejeitados pelo Senhor.
Pergunta 6. Receberam nomes que homenageavam os deuses babilônios.
Pergunta 7. a. Tinham uma interpretação decidida previamente a partir do sonho do rei. b. Não relatando o sonho. c.
“Não há mortal sobre a Terra que possa revelar o que o rei exige”.
Pergunta 8. Deus lhe revelara o que era impossível ao homem conhecer.
Pergunta 9. A fidelidade a Deus é superior à lealdade a qualquer potentado terrestre.
Pergunta 10. A declaração: “O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que Ele te livre”.
Pergunta 11. O Deus de Daniel é vivo e permanece para sempre... Seu domínio não tem fim.
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