Carta de Acção
Melhorar a comunicação dentro do sector comunitário
O sector comunitário precisa de comunicar de forma eficaz tanto com os seus
próprios ‘eleitores’ como com outros intervenientes.
Passos Essenciais:
•
Representantes do sector comunitário. Por exemplo, um representante na
Autoridade Nacional de Coordenação do SIDA deve manter outros membros
do sector comunitário actualizados acerca das decisões a serem tomadas
para a alocação de recursos.
•
A organização dos representantes do sector comunitário. Por exemplo, eles
comprometem-se formalmente a dedicar uma percentagem do seu tempo
para os membros do seu pessoal levarem a cabo tarefas de comunicação e
alocam recursos para as tarefas de comunicação.
•
Líderes e coordenadores do sector comunitário. Por exemplo, uma rede de
ONG precisa de produzir, regularmente, boletins informativos, boletins electrónicos, etc., para informar os seus membros sobre quando é que eles vão
fazer contribuições para o Quadro de Acção para o HIV/SIDA.
•
Eleitorado do sector comunitário. Por exemplo, grupos de pessoas vivendo
com o HIV/SIDA precisam de comunicar as suas preocupações acerca do
desenvolvimento dos indicadores nacionais de monitoria aos representantes
do sector comunitário.
•
Secretariado dos órgãos ou processos nacionais de coordenação. Por
exemplo, o pessoal administrativo do Secretariado da Autoridade Nacional
do SIDA precisa de comunicar de forma clara com os representantes do
sector comunitário acerca das datas e agendas das reuniões.
•
Membros dos órgãos ou processos de coordenação e os demais grupos de
intervenientes (como os Grupos Temáticos Alargados das NU). Por exemplo,
membros da Autoridade Nacional do SIDA precisam de comunicar ao sector
comunitário sobre as oportunidades e desafios que aparecerão para os grupos comunitários.
O grupo de coordenação do sector comunitário ou um grupo de trabalho em comunicações e os representantes nos órgãos e processos nacionais de coordenação,
podem levar a efeito um conjunto de passos práticos para melhorar a comunicação, o
que inclui:
1.
Assegurar uma comunicação aberta, transparente e profissional: Isto envolve: (a)
ser aberto para partilhar informação livre e amplamente; (b) criar colaboração em
vez de competição; (c) manter confidencialidade e (d) tratar as pessoas com
respeito.
Carta de Acção 8 Coordenação com as comunidades
Aumentar e melhorar a comunicação por e para o sector comunitário requer acção de
uma cadeia de indivíduos e organizações. Isto inclui:
2.
Assegurar uma comunicação activa e multi-direccional: Membros do sector comunitário comunicam proactivamente com os seus representantes, em vez de simplesmente esperar receber informação.
3.
Alargar-se à toda a extensão do sector comunitário: Isto significa comunicar não
apenas com os líderes das ONG e com activistas, mas com uma vasta gama de
indivíduos e grupos do sector comunitário, incluindo os que estão geograficamente ou socialmente isolados21.
4.
Chegar a acordo sobre as funções e responsabilidades das comunicações: Isto
envolve (a) identificar que indivíduos e grupos são responsáveis por tarefas específicas de comunicação (por exemplo, distribuir as agendas das reuniões da
Autoridade Nacional de Coordenação do SIDA pelo sector comunitário); e (b) obrigar uns e outros a prestar contas caso as responsabilidades não sejam cumpridas
(por exemplo, se os boletins informativos forem tardiamente distribuídos).
5.
Usar linguagem apropriada, simples, exacta e respeitosa:
•
Carta de Acção 8 Coordenação com as comunidades
6.
Usar a língua local mais amplamente
falada ou produzir recursos em
várias línguas.
•
Não usar termos que sejam
incorrectos ou ofensivos.
•
Evitar gíria e traduzir termos e ideias
em informação que seja facilmente
acessível para os grupos
comunitários. [Vide Caixa 26].
Identificar meios apropriados e eficazes
de comunicação:
Caixa 26: 'Traduzir' a gíria ou
usar linguagem
apropriada
Termo
Tradução
Vítimas de SIDA
Pessoas vivendo
com ou afectadas
por SIDA
Prostitutas
Trabalhadoras do sexo
•
Comunicar com diferentes tipos de
Country Response
audiências através de uma combiand Information
nação de formas criativas e prátiSystem (CRIS)
cas, tais como boletins informativos,
websites, comunicados de imprensa
e boletins electrónicos: não disseminar toda a informação através de
e-mail se a maioria dos grupos do
sector comunitário não tiver computador.
•
Usar bancos de dados para facilitar a gestão do conhecimento e assegurar
que a informação possa ser disseminada de forma rápida e eficiente.
Uma forma de recolher, registar e partilhar informação sobre
o que está a ser feito
na resposta ao HIV
no país.
7.
Usar modelos acordados para reportar e comunicar, mantendo arquivos para
monitoria e avaliação e para desenvolvimento de capacidades. Por exemplo, os
representantes do sector comunitário na Autoridade Nacional de Coordenação do
SIDA podem usar um modelo (formato básico) para produzir relatórios em cada
reunião em que participam. [Vide Caixa 27]. Este relatório pode ser usado para
empreender consultas com o sector comunitário e ajudar a identificar necessidades
de capacitação dos representantes do sector comunitário e de outros sectores.
8.
Manter uma comunicação regular e contínua. Uma rede de ONG pode comprometer-se a actualizar os seus membros acerca dos órgãos e processos nacionais de
coordenação, pelo menos, quatro vezes por ano, e um representante do sector
comunitário pode comprometer-se a dar um informe depois de cada reunião da
Autoridade Nacional de Coordenação do SIDA.
21
Vide Carta de Acção
Caixa 27: Modelo para um relatório de uma reunião elaborado por um
representante do sector comunitário
Um relatório de uma reunião elaborado por um representante do sector comunitário (por exemplo,
na Autoridade Nacional de Coordenação do SIDA), para o seu eleitorado, deve incluir:
• Data, hora e local da reunião.
• Quem participou na reunião.
• Informações sobre antecedentes (por exemplo, sobre qualquer discussão havida entre o sector
comunitário antes da reunião e quaisquer posições que tenham sido acordadas).
• Resumo de cada item da agenda, incluindo:
• Como decorreu a discussão.
• As posições que os diferentes representantes tomaram.
• Como é que o representante do sector comunitário votou.
• As decisões que foram tomadas.
• Quaisquer pontos de acção acordados, incluindo para o representante do sector
comunitário.
• Lista de quaisquer outras questões importantes que tenham sido levantadas durante a reunião
e informação sobre se deverá haver qualquer seguimento, incluindo por parte do sector comunitário mais amplo.
• Lista, por ordem de importância e de urgência, dos pontos chave que o sector comunitário
deve discutir.
(Fonte: Adaptado de Challenging, Changing and Mobilizing: A Guide to PLHIV Involvement in Country Coordinating Mechanisms,
Rede Global de Pessoas Vivendo com HIV e Projecto POLICY, 2005)
A Rede Positiva do Distrito de Theni reúne-se para discussão, partilha e apoio, Índia
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• A data, hora e local da reunião seguinte.
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