Soares CB, Cordeiro L, Campos CMS. Pesquisa‐ação emancipatória: uma proposta metodológica essencial para a enfermagem. In: Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem, 17, 2013 jun 3‐5. Anais. Natal: Associação Brasileira de Enfermagem – Seção Rio Grande do Norte, 2013 [disponível online] Resumo A pesquisa‐ação constitui metodologia de investigação com tradição em diversas áreas do conhecimento, com origem atribuída às áreas de psicologia social e educação, e mais tarde ciências sociais, sendo adotada pela perspectiva crítica, mas também positivista e interpretativa. Argumenta‐se em primeiro lugar a respeito dos preceitos que fazem essa modalidade metodológica coerente com a epistemologia marxista, que fundamenta o campo da saúde coletiva e que tem como finalidade a construção de conhecimento para a transformação social do capitalismo na busca da igualdade social entre os homens. Adotando a expressão pesquisa‐ação emancipatória, argumenta‐se que essa modalidade metodológica é essencial para a enfermagem, mostrando‐se que, como toda prática social, a enfermagem tem motivação para mudanças, a partir das contradições da prática em saúde, para desenvolver práxis críticas/inovadoras, que articulem teoria e prática e respondam às necessidades de saúde dos diferentes grupos sociais. Em seguida, se propõem algumas etapas para a pesquisa‐ação emancipatória, que constitui uma metodologia capaz de enfrentar o desafio de produzir conhecimento de maneira participativa (pesquisador que modera o processo e participantes que discutem e tomam decisões) para o desenvolvimento de uma enfermagem crítica. Por fim argumenta‐se que mudanças nas práticas de trabalho da enfermagem embora de cunho local devem se conectar com projetos que visem mudanças mais gerais que exponham as raízes dos problemas de saúde e da profissão, mostrando suas interconexões com a estrutura e as dinâmicas sociais mais gerais, que encontram‐se na base das contradições diagnosticadas nos contextos locais/particulares. Palavras‐chave: pesquisa‐ação; metodologia; enfermagem; saúde coletiva Abstract Action research is a research methodology with tradition in several areas of knowledge. Its origin is attributed to the fields of social psychology and education, from which it was transported to the social sciences. It has being adopted by the critical perspective, as well as positivist and interpretive. We argue about the principles that make this type of methodology consistent with the Marxist (ou Dialectical and Historical Materialism) epistemology that underlies the field of collective health and aims to build knowledge for social transformation of capitalism in the pursuit of social equality. Adopting the expression emancipatory action research, it is proposed that this type of methodology is essential for nursing, showing that, like any social practice, nurses have motivation to change based on the contradictions of health practice, to develop critical/innovative praxis that articulates theory and practice and respond to the health needs of different social groups. Then, it proposes some steps for emancipatory action research, which is a methodology capable of facing the challenge of producing knowledge in a participatory manner (researcher who moderates the A171
process and participants which discuss and make decisions) for the development of a critical nursing. Finally it is argued that changes in the practice of nursing work although local should connect with projects aimed at more general changes that expose the roots of health and professional problems, showing their interconnections with more general structure and social dynamics of capitalist exploitation diagnosed on the basis of the contradictions in local/specific contexts.
Key‐words: action‐research, methodology, nursing, collective health Pesquisa‐ação: coerência com a vertente marxista de produção do conhecimento A pesquisa‐ação constitui metodologia de investigação com tradição em diversas áreas do conhecimento. A partir de propósitos iniciais de integrar pesquisa e reflexão crítica sobre a prática e rever a distância hierárquica pesquisador‐sujeito de pesquisa, sua origem está localizada historicamente nas áreas de psicologia social e educação, sendo transportada também para as ciências sociais (Masters, 1995). Atualmente, pode‐se encontrar nas mais importantes bases de dados inúmeras revistas científicas dedicadas a publicar resultados de pesquisa ação, como Action Research, Educational Action Research, Action Learning and Action Research, International Journal of Action Research, entre tantas. Há algumas décadas vem ganhando repercussão marcante na área da saúde e particularmente na enfermagem, com grupos de trabalho bem estabelecidos, como é o caso do Action Research Health Care Network no Reino Unido (Nichols, 1997). Exercício rápido em visita ao Scopus, base de dados multiprofissional, mostra que o uso da expressão action research prontamente localiza mais de 8.000 trabalhos científicos; já no Pubmed, fonte essencial de consulta científica na área da saúde, pode‐se localizar cerca de 2.300 trabalhos, com mais de 1/3 deles associados à enfermagem. Embora a origem da pesquisa‐ação esteja ligada ao paradigma crítico, conforme trazido por Kurt Lewin, juntamente com outros pesquisadores da escola de Frankfurt, da Europa para os Estados Unidos, ainda na primeira metade do século XX, foi sendo apropriada e desenvolvida também da perspectiva positivista e pragmática, para resolver problemas institucionais e re‐funcionalizar possíveis “desvios”. Já na América Latina, fez parte de movimento mais amplo da segunda metade do século XX, direcionado a dar voz aos oprimidos, tendo suas propostas ancoradas em princípios humanistas, como os idealistas e marxistas (Haguette, 1992). Paulo Freire talvez seja o nome mais lembrado desse movimento no mundo todo, com o texto clássico Pedagogia do Oprimido. Atualmente, a maior parte dos trabalhos brasileiros que utilizam a metodologia da pesquisa‐ação na área da saúde está ligada a referenciais fenomenológicos (Toledo, 2011). Para Barbosa e Giffin (2005), o comum nessa diversidade se refere ao pressuposto de que os processos reflexivos sobre o cotidiano, motivados pela pesquisa‐ação, podem instaurar ressignificações e consequentes transformações nas práticas sociais dos participantes. A172
Neste espaço argumenta‐se a respeito dos preceitos que fazem essa modalidade metodológica coerente com o materialismo histórico e dialético, vertente que fundamenta a investigação no campo da saúde coletiva e mostra proximidade com muitos dos encaminhamentos teórico‐metodológicos das vertentes que compõem o paradigma crítico, tendo nascido da mesma fonte, o marxismo. A epistemologia marxista, conforme traduzida pelas diretrizes do materialismo histórico e dialético, se configura em referencial teórico‐metodológico significativo no campo da saúde coletiva (Garcia, 1983; Salum, Queiroz, Soares, 1999; Soares et al, 2011; Viana, Soares, Campos, 2013). Essa abordagem crítica da ciência hegemônica é também propositiva articulando a produção do conhecimento científico a finalidades de transformações sociais mais amplas e propondo‐se a dialeticamente discutir as contradições dos fenômenos em estudo a partir de categorias de análise que procuram correlacionar a parte ao todo (Salum, Queiroz, Soares, 1999; Soares et al, 2011; Viana, Soares, Campos, 2013). Dessa forma, para os investigadores da saúde coletiva, o desafio encontra‐se no desenvolvimento de ferramentas que possam expor as relações entre os desfechos de saúde–doença e a totalidade social, desvendando as mediações que estão presentes nos processos de reprodução social. Em outras palavras, na vertente marxista de produção do conhecimento, o pesquisador toma a realidade como socialmente dependente dos estágios do processo de produção na sociedade, o que significa dizer que os fenômenos estudados pela saúde coletiva são analisados na sua relação com a estrutura e os modos de funcionamento da formação social vigente. Assim, como tivemos oportunidade de dizer em outro espaço: Produzir conhecimento nessa vertente significa não somente apreender a realidade de maneira descritiva e factual, mas analisá‐la criticamente a partir do contexto que a cerca e determina, pois os fenômenos em exame não poderão ser compreendidos, se focalizados isoladamente, sem que se mostrem as conexões que apresentam com os demais fenômenos envolvidos. (...) Para captar a realidade utiliza‐se uma variedade de métodos quantitativos e qualitativos de coleta de dados, que, juntamente com os demais procedimentos, compõem a instância metodológica (Soares et al, 2011,p.1756). A pesquisa ação configura‐se como uma das metodologias coerentes com os pressupostos teóricos do marxismo. Pesquisa ação emancipatória e enfermagem como prática social Adotando a expressão pesquisa‐ação emancipatória (Tripp 1990, 2005; Ledwitt, 2007), argumenta‐se a seguir que essa modalidade metodológica é essencial para a enfermagem, mostrando‐se que, como toda prática social, a enfermagem tem motivação, a partir das contradições da prática em saúde, para desenvolver práxis críticas/inovadoras, que articulem teoria e prática e que respondam a necessidades de saúde dos diferentes grupos sociais. Historicamente, no contexto da dinamicidade da construção do conhecimento e a partir do projeto de buscar um estatuto científico da profissão, com a finalidade de A173
constituir‐se como prática autônoma, a enfermagem vem desenvolvendo conhecimentos específicos, as teorias de enfermagem. Essas teorias configuram‐se como métodos para organizar e sistematizar as práticas do cuidado, desenvolvidos no contexto histórico de questionamento da interpretação do processo saúde‐doença restrito a necessidades fisiológicas, encaminhados pela tradição positivista (Campos, Soares, 2013). Foi nesse contexto que a enfermagem foi agregando saberes dos paradigmas compreensivistas para desenvolver os métodos de organização do cuidado (teorias de enfermagem) sem, no entanto, abrir mão da centralidade teórica das concepções positivistas, que orientam as práticas de enfermagem sob a premissa dos conhecimentos da clínica anatomopatológica (Campos, Soares, 2013). De maneira geral, todos esses métodos foram desenvolvidos a partir do paradigma interpretacionista, principalmente a fenomenologia, o existencialismo e o holismo, que subsidiam a concepção multicausal do processo saúde‐doença (Campos, Soares, 2013: 273). A superação dessa perspectiva teórico‐prática na organização e sistematização do cuidado de enfermagem se faz por meio da compreensão teórica da concepção do processo saúde‐doença que explica que a origem das necessidades de saúde encontra‐
se nos processos de reprodução social e, coerentemente, por meio da adoção dessa concepção para a constituição de métodos para a organização e sistematização do cuidado. Portanto, a metodologia da pesquisa‐ação configura‐se como instrumento que possibilita o enfrentamento do desafio de desenvolver práxis críticas/criativas que respondam a necessidades de saúde dos diferentes grupos sociais. Etapas da pesquisa‐ação emancipatória Neste ensaio se propõem algumas etapas para o desenvolvimento da pesquisa‐
ação de caráter emancipatório, que a nosso ver constitui uma metodologia capaz de enfrentar o desafio de produzir conhecimento de maneira participativa para o desenvolvimento de uma enfermagem crítica. Dessa forma, e compreendendo que a pesquisa‐ação na vertente aqui proposta constituiu um processo educativo, se tomará as etapas propostas por Saviani (2005) para a educação histórico‐crítica, como norte para o processo a ser desenvolvido pela pesquisa‐ação neste referencial, buscando fazer o paralelo entre educador e pesquisador e entre educando e participante ou sujeito de pesquisa. Embora se constitua um processo, e os elementos de transformação aconteçam de maneira concomitante, para efeito didático Saviani (2005) propõe etapas. De forma que a primeira consiste no encontro entre professor e aluno, no caso entre pesquisador e sujeito de pesquisa. O encontro entre pesquisador e participantes do processo de pesquisa partiria nesse sentido da compreensão de que os envolvidos no processo de pesquisa‐ação têm compreensões diferentes sobre a realidade a ser compreendida (ou o objeto a ser exposto), sendo que nessa relação o pesquisador apresenta o que Saviani (2005) chama de “síntese precária”, referindo‐se ao educador, o resultado do que já acumulou na articulação entre teoria e prática. A compreensão do aluno, ou do sujeito de pesquisa por sua vez, seria de caráter sincrético, quase sempre decorrente de informações de senso‐comum e análises muito parciais a A174
respeito de suas experiências. Isso é assim porque dada a divisão social em classes, conforme o lugar que se ocupa na divisão técnica do trabalho (manual ou intelectual), se tem menor ou maior acesso à informação e a processos educativos de análise crítica da realidade, com maiores ou menores mecanismos de alienação‐desalienação (Viana, 2008). A problematização é proposta como segunda etapa e caracteriza‐se pelo levantamento dos principais problemas vivenciados na prática social que contextualiza o encontro, cabendo ao professor a apresentação de novos conhecimentos para o enfrentamento dos mesmos. Fazendo o paralelo com a pesquisa caberia ao pesquisador trazer para o encontro problematizador conhecimentos teóricos acumulados decorrentes de outras pesquisas. A partir da problematização é possível se dar iniciar à pesquisa‐ação propriamente dita, tendo como horizonte que esta se desenvolve como uma espiral, isto é, há um ciclo constante de planejamento, ação, monitoramento e avaliação ao longo do processo, visando solucionar os problemas encontrados na realidade (Tripp, 1990, 2005). O planejamento é uma importante etapa da pesquisa‐ação, uma vez que subsidia as outras etapas, quais sejam, ação, monitoramento e avaliação. Nesse sentido, há que se desenvolver estratégias de ação baseadas na compreensão de que a transformação social é motivada pela análise teórico‐racional. Assim, a pesquisa‐ação difere de outras práticas, que resultam de hábitos, instinto, opinião, ou ainda de conhecimento incompleto (Tripp, 1990) e alienado. Ao longo do processo, cabe ao pesquisador realizar a mediação entre os participantes e o conhecimento que se desenvolveu socialmente, disponibilizando as ferramentas para instrumentalizá‐los para a compreensão e efetivação de prática social emancipatória. A instrumentalização se configura como a terceira etapa da pedagogia histórico‐crítica de Saviani (2005) e permite que a quarta etapa, a cartarse, se processe, tratando‐se de expressar a nova elaboração a que se chegou, e demonstrando a incorporação dos instrumentos culturais transformados em elementos ativos de transformação social. Conforme descrita pelo autor, esta é a configuração da passagem da síncrese (visão caótica do todo), à síntese (Saviani, 2005). Tal construção é resultado da contínua observação e avaliação da realidade e das práticas sociais, sempre possíveis de serem explicadas pela análise teórica, servindo de referência para as próximas ações. Está posto, dessa forma, que as etapas do planejamento, ação e avaliação presentes na pesquisa‐ação constituem parte da ação analítico‐ reflexiva (Tripp, 1990). De acordo com os preceitos da pesquisa‐ação, a fim de que haja transformação das práticas sociais – última etapa da pedagogia histórico‐crítica ‐, é essencial a participação de grupos interessados na justiça social e em encaminhar práticas nessa direção. Assim, os valores individuais devem estar alinhados com os coletivos, bem como a ideologia e a visão de mundo do grupo. Barreiras nesse sentido fazem parte da problemática a ser enfrentada e também são contempladas na pesquisa‐ação por meio da compreensão da opinião ou postura individual (Tripp, 1990). A175
Em nossa prática em saúde coletiva, vimos desenvolvendo o instrumental das oficinas emancipatórias para atividades extensionistas e de pesquisa (Soares et al, 2009). Mais recentemente, buscamos agregar os conhecimentos da pesquisa‐ação à utilização desse instrumental (Cordeiro, Soares, Campos, 2013). Tratam‐se de encontros em que se problematiza a realidade mais próxima, como as dos territórios de abrangência das Unidades Básicas de Saúde, e o trabalho em saúde, que constituem práticas clínicas em sua maioria qualificadas como insuficientes, aligeiradas e que têm como foco os sintomas apresentados pelos sujeitos de cuidado. As necessidades de saúde dessas pessoas não são contempladas pelas práticas tradicionais, que não raramente não são avaliadas pelo próprio profissional, que lança mão da experiência prática em detrimento da reflexão e dos marcos teóricos. Nossa experiência tem mostrado que promover a reflexão sobre as formas de viver e trabalhar atravessadas pela estrutura capitalista, a partir das demandas e da realidade concreta vivenciada pelos sujeitos de cuidado e pelos trabalhadores, trazem compreensões potentes para a transformação de práticas sociais. Percebe‐se que o desenvolvimento de crítica desculpabiliza os sujeitos acerca de suas condições de saúde e das exigências cruéis, nunca cumpridas, do trabalho. A desalienação traz alívio de sentimentos como angústia, estresse, insegurança e impotência, permitindo que os sujeitos compreendam suas situações trabalho e vida como manifestações compartilhadas já que socialmente determinadas e passem a desenvolver práxis que incidam nos determinantes sociais e exigir a presença do Estado nos territórios de ação. A participação dos sujeitos, bem como a constante avaliação e reflexão são essenciais para o desenvolvimento de emancipação e da própria pesquisa‐ação. A finalidade do trabalho se configura como a politização dos sujeitos envolvidos, que passam a ter condições de desenvolver práxis criativas e emancipatórias. Pesquisa‐ação e transformação social radical Argumentos críticos em relação à pesquisa‐ação se dirigem à sua utilização pragmática, para resolução de problemas imediatos, o que na verdade pouco encaminha no sentido de mudanças mais gerais, sendo rapidamente incorporadas por objetivos práticos e interesses particulares, que muitas vezes se coadunam com as necessidades de reprodução da formação social. Muitas dessas pesquisas seguem a perspectiva positivista e através de teorias funcionalistas têm como finalidade que os trabalhadores de enfermagem se adaptem aos objetivos das instituições e passem a seguir as regras e os protocolos estabelecidos de cima para baixo, como num movimento de cooptação. Ainda na direção das críticas, Ledwith (2007), preocupada com as diferenças de poder na sociedade, observa que para que a pesquisa‐ação alcance seu potencial transformador, as ações provenientes dos processos de investigação não devem ficar focalizadas nas consequências das contradições, mas devem buscar estrategicamente trazer à tona o sistema que abriga as causas das injustiças sociais. O marxismo na vertente do materialismo histórico e dialético toma como sujeitos as classes sociais e como marco teórico a exploração, fornecendo nessa perspectiva categorias potentes para análise da formação social, como é o caso das A176
categorias gerais contradição e totalidade. Fornece também categorias de análise que compõem quadros teóricos específicos para explicar fenômenos particulares que estão sendo estudados pelo investigador, como processo de trabalho, necessidades, educação, valores e ideologia. Dessa forma, fenômenos da realidade concreta podem ser tornados objetos de pesquisa, mesmo recortados isoladamente ou pelo ângulo dos desfechos já instalados seja com relação ao processo saúde‐doença seja por referência às consequências no dia a dia dos processos de produção e da consequente divisão social e técnica do trabalho, se estivermos analisando fenômenos relacionados ao processo de produção em saúde e aos processos de trabalho em que a enfermagem participa. Advoga‐se que os processos de pesquisa‐ação, como processos educativos críticos promovam a contrainternalização (Mèszàros, 2005) de condutas, regras e protocolos que retroalimentam a educação para o capital; e que mudanças nas práticas de trabalho da enfermagem, embora de cunho local, se articulem a projetos estratégicos com vistas a mudanças mais gerais, que exponham as raízes dos problemas de saúde e do desgaste dos enfermeiros no trabalho, mostrando suas interconexões com a estrutura e as dinâmicas sociais mais gerais, que encontram‐se na raiz das contradições diagnosticadas nos contextos particulares. Referências Almeida AV, Trapé CA, Soares CB. Educação em saúde no trabalho de enfermagem. In: Soares CB; Campos CMS, organizadoras. Fundamentos de saúde coletiva e o cuidado de enfermagem. São Paulo: Manole; 2013. Campos CMS, Soares CB. Necessidades de saúde e o cuidado de enfermagem e de enfermagem em saúde coletiva. In: Soares CB; Campos CMS, organizadoras. Fundamentos de saúde coletiva e o cuidado de enfermagem. São Paulo: Manole; 2013. Barbosa RHS, Giffin K. Juventude, saúde e cidadania: uma pesquisa‐ação com jovens da maré. Cadernos saúde coletiva. 2005; 13 (3): 649 – 672. Cordeiro L, Soares CB, Campos CMS. Pesquisa ação na perspectiva da Saúde Coletiva: relato de experiência da formação de agentes comunitários da saúde para o do consumo prejudicial de drogas. Saúde e Transformação social. 2013; 4(2): 106‐116. Garcia JC. Medicina e sociedade: as correntes de pensamento no campo da saúde. In: Nunes ED, Donnangelo MCF, organizadores. Medicina social: aspectos históricos e teóricos. São Paulo: Global; 1983. Haguette TMF. Metodologias qualitativas na Sociologia. 3ed. Petrópolis: Vozes; 1992. Ledwith M. On being critical: uniting theory and practice through emancipatory action research. Educational Action Research. 2007;15(4):597‐611. Masters J. The history of Action Research. In: Hugues I, editor. Action Research Eletronic Reader, The University of Sydney, on‐line http://www.behs.cchs.usyd.edu.au/arow/Reader/masters.htm. Acessado em: 28/05/2013. Mészaros I. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005. A177
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