nota de
3 de março de 2014
IMPRENSA
Na sua palestra na primeira edição do Global Forum Spain,
celebrada hoje em Bilbau
GALÁN
ADVOGA
POR
UM
SISTEMA
ENERGÉTICO COMPETITIVO NA EUROPA PARA
IMPULSIONAR
O
SEU
RENASCIMENTO
INDUSTRIAL
Para o Presidente da IBERDROLA, a solução para o
problema energético, uma questão eminentemente
europeia, deve vir, como no caso do financeiro, da
própria Europa e significaria:
1. “Procurar caminhos para eliminar das tarifas
aqueles gastos não relacionados com o que custa
produzir e distribuir a energia"
2. “Buscar um equilíbrio entre a segurança de
abastecimento, a sustentabilidade ambiental e a
competitividade”
3. “Consolidar o funcionamento do mercado na Europa
e contar com um regulador energético europeu
único que promova um quadro estável, previsível e
harmônico, e garanta o cumprimento das normas
em todos os Estados-membro”
“Para conseguir que a Europa aumente a sua competitividade e
mantenha o lugar que lhe corresponde no mundo, é fundamental o
renascimento industrial do continente, processo no qual a energia é
um pilar básico”, assegurou hoje Ignacio Galán, Presidente da
IBERDROLA, no Global Forum Spain, celebrado em Bilbau, cujo
lema era Espanha: da Estabilidade ao Crescimento.
Portanto, "é indispensável consolidar na UE um quadro energético
sustentável, com mais Europa, mais mercado e mais estabilidade e
visibilidade a longo prazo”, continuou Galán, “o que ajudará a
melhorar a competitividade do continente durante os próximos 20
anos e permitirá a sua reindustrialização, tornando possíveis os
investimentos necessários no setor elétrico para garantir um
abastecimento de qualidade e respeitoso com o meio ambiente”.
Na sua apresentação durante a segunda sessão do Fórum antes
►
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mencionado, intitulada A Competitividade da Economia Europeia em um Mundo
Global, o Presidente da IBERDROLA deixou claro que "o problema energético,
que é muito parecido com o financeiro, é uma questão eminentemente europeia
e, como foi feito no segundo caso, a solução deve vir da própria Europa”.
Ignacio Galán explicou que hoje em dia "a conta de luz paga pelos consumidores
na Europa é muito mais cara do que nos Estados Unidos ou na maioria dos
nossos concorrentes e sócios comerciais" e que "a razão fundamental da
diferença é a inclusão na conta em muitos Estados-membro de conceitos que não
têm nenhuma relação com a geração de energia ou com a sua distribuição nas
redes elétricas", atividades que, por outro lado, "são muito competitivas na
Europa".
Nesse sentido, reiterou que "a conta de luz foi usada na Europa como uma
miscelânea de conceitos onde cabia qualquer coisa". Dessa forma, "os custos
alheios ao abastecimento, em função das políticas territoriais, ambientais,
sociais, industriais e fiscais, representam mais de 50% do preço da energia para
o consumidor de muitos países da União Europeia. No entanto, nos Estados
Unidos são inferiores a 10%".
Dada esta complicada situação, o Presidente da IBERDROLA advertiu que
"algumas das medidas que estão sendo adotadas na Europa estão agravando
ainda mais o problema, pois se limitam a reduzir as receitas até níveis
sufocantes para as atividades eficientes e empresas que têm a obrigação de
serviço, obrigando-as a realizar provisões milionárias pela deterioração do valor
dos seus ativos, provocando perdas nas suas contas de ganhos e perdas”.
A consequência disso é que "nos últimos dois anos, fecharam na Europa
instalações com uma capacidade de 50.000 MW - potência equivalente à de 50
usinas nucleares - fato este que pode pôr em perigo o abastecimento elétrico no
médio prazo". Nesse sentido, Galán indicou que segundo a Agência Internacional
de Energia (AIE), "a Europa precisa já, e com a previsão das próximas duas
décadas, investimentos no setor de mais de dois bilhões de euros, que requerem
grandes empresas com as dimensões suficientemente consideráveis para realizálos”.
Racionalidade e política energética comum
Galán defendeu que seja aplicada "racionalidade ao sistema, definindo uma
política energética comum".
Para o Presidente da IBERDROLA, a solução
significaria:
1. “Procurar caminhos para eliminar das tarifas aqueles gastos que não
estão relacionados com o que custa produzir e distribuir a energia,
compartilhando de forma mais equilibrada entre todos os setores os
custos ambientais que hoje recaem fundamentalmente sobre o setor
elétrico. Nesse cenário, operando conforme às normas de um mercado
eficiente, a energia deveria baixar de preço".
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2. “Buscar um equilíbrio entre os três pilares básicos da política
energética: a segurança de abastecimento, a sustentabilidade
ambiental e a competitividade”.
3. "Consolidar o funcionamento do mercado na Europa e, da mesma
forma que no setor financeiro, contar com um regulador energético
europeu único que promova um quadro estável, previsível e harmônico,
e que garanta o cumprimento das normas em todos os Estadosmembro”
Ignacio Galán declarou hoje que "nos últimos meses houve uma evolução
positiva na Europa e que podemos dizer que nos encontramos num ponto de
inflexão”. “Tanto a UE como alguns Estados-membro começaram a entender o
tamanho do problema e a dar-se conta de que é fundamental conseguir uma
conciliação de todos os objetivos de política energética, especialmente a
sustentabilidade e a competitividade”.
Por exemplo, citou "a eliminação nas tarifas daqueles conceitos que não estão
diretamente relacionados com o abastecimento” por parte do Governo britânico
ou, no âmbito da UE, “os novos objetivos vinculantes de redução de emissões
para 2030, mecanismos mais precisos do mercado de CO2 e diretrizes comuns
sobre o que se pode considerar ou não como ajudas de Estado”.
Efeito "motor" sobre a indústria
Galán defendeu de novo hoje que o setor elétrico “poderia ajudar a impulsionar o
crescimento através dos seus grandes investimentos e da sua capacidade para
criar emprego e promover a inovação, bem como desenvolvendo o seu papel de
"motor" sobre a indústria. Por isso poderia contribuir para a internacionalização
de muitas outras empresas europeias".
Como exemplo, explicou que “a IBERDROLA realizou recentemente compras de
1,7 bilhões de euros a mais de 100 empresas espanholas para levar os seus
produtos e serviços aos nossos mercados internacionais, promovendo assim a
saída de todas elas ao exterior”.
Finalmente, Ignacio Galán ressaltou que “graças ao esforço de empresários e
trabalhadores, e às importantíssimas reformas realizadas pelo governo espanhol
do Presidente Rajoy - tão necessárias para o país - bem como a decisão de não
solicitar o resgate econômico, houve uma mudança de tendência, no sentido
positivo, para a economia espanhola".
Após afirmar que a Espanha tem "um ativo importantíssimo, que é o seu povo,
trabalhador, lutador, honrado e que cresce perante as dificuldades", o Presidente
da IBERDROLA indicou que "este esforço coletivo deve continuar porque ainda
temos um desafio muito importante que deve ser o nosso objetivo prioritário:
seguir crescendo e criar emprego estável".
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