EDITORIAL
Fórum movimenta
ruas do Barro Preto
O funcionamento do Fórum Lafayette, na região Centro-Sul da capital, modificou a rotina do Barro
Preto. O prédio, inaugurado em 1980, é visitado diariamente por cerca de 12 mil pessoas, sem falar
nos 3,5 mil funcionários que trabalham no local. Os serviços forenses transformaram a região, atraindo
advogados e diversos outros profissionais e estabelecimentos que direta ou indiretamente têm algum
tipo de ligação com as atividades desempenhadas no âmbito judicial.
Páginas 4 e 5
Publicação da Secretaria do Tribunal
de Justiça do Estado de Minas Gerais
Marcelo Albert
BH - FEVEREIRO - 2013
ANO 19 - NÚMERO 179
EDITORIAL
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
Localizado no coração do Barro
Pre­to, bairro da região Centro-Sul de Belo
Ho­rizonte, o Fórum Lafayette (edifício
Go­vernador Milton Campos) vem trans­
for­
mando a história da região desde
1980, ano de inauguração do prédio.
Gra­ças a ele, uma grande variedade
de lojas, restaurantes, escritórios de
advo­cacia, estacionamentos, entre ou­
tros serviços, vêm se instalando no seu
entorno. Atualmente, cerca de 12 mil
pessoas circulam diariamente pelos cor­
re­dores do prédio, sem contar os 3,5 mil
fun­cionários que trabalham no local.
Além de conhecido polo de moda,
o bairro é considerado também polo
ju­dicial por abrigar, além do Fórum La­
fayette, o Fórum da Justiça do Tra­ba­
lho, representações da Ordem dos Ad­
vo­gados do Brasil (OAB/MG), prédios
do Ministério Público e da Defensoria
Pú­bli­ca.
Confira na reportagem de páginas
cen­trais a influência do Fórum Lafayette
no cenário da região, bem evidenciada
nas palavras do padre José Cândido,
pá­
roco da igreja de São Sebastião:
“Quando está funcionando, há vida, há
gen­te circulando. Se não há atividade
no fó­rum, o bairro fica morto”.
A edição traz também matérias so­
bre os encontros administrativos pre­vis­
tos para 2013 e a publicação das Gotas
da Língua Portuguesa, boletim eletrônico
que explicará diversos pontos da norma
padrão. Há também entrevista com o
funcionário terceirizado Hélio Joaquim
Mendes, que iniciou sua carreira no
TJ restaurando peças do Palácio da
Justiça. Na página de Turismo, conheça
as atrações da cidade de Araxá, famosa
por suas águas terapêuticas e por suas
figuras ilustres.
Boa leitura!
Participe
Interessados em divulgar notícias nas próximas edições do TJMG Informativo devem encaminhar
o material à Ascom pelo e-mail [email protected]
Alexandre Santiago
toma posse no TJMG
Em 11 de dezembro, o juiz Alexandre Quintino Santiago tomou posse
no cargo de desembargador do TJMG. A cerimônia, presidida pelo
desembargador Herculano Rodrigues, foi realizada no auditório da
Unidade Raja Gabaglia. Em seu discurso, o presidente do TJMG
lembrou que o novo desembargador faz parte da terceira geração
de magistrados e profissionais do direito da família Santiago.
Herculano Rodrigues discorreu sobre a trajetória do avô, do pai e
do tio de Alexandre Quintino Santiago, que também fizeram carreira
na magistratura. O novo desembargador é magistrado desde 1996
e atuou nas comarcas de Arcos, Iguatama, Bambuí, Almenara e
Ipatinga. O magistrado integra a 11ª Câmara Cível.
2
FEVEREIRO/2013
Expediente
Secretária Especial da Presidência:
Valéria Valle Vianna
Gerente de Imprensa:
Wilson Menezes
Coordenadora de Imprensa:
Letícia Li­ma
Editoras:
Francis Rose e Patrícia Melillo
Revisora:
Patricia Limongi
Design Gráfico:
Narla Prudêncio
Fotolito e Impressão:
Globalprint
Editora Gráfica Ltda.
Ascom TJMG:
Rua Goiás, 253 – Térreo – Centro,
Belo Horizonte/MG
CEP 30190-030
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Fax: (31) 3226-2715
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Ascom Fórum BH:
(31) 3330-2123
Tiragem:
3 mil exemplares
Portal TJMG:
www.tjmg.jus.br
Marcelo Albert
O Fórum e a história
do Barro Preto
Presidente:
Desembargador Herculano Rodrigues
1º Vice-Presidente:
Desembargador Almeida Melo
2º Vice-Presidente:
Desembargador José Antonino Baía Borges
3º Vice-Presidente:
Desembargador Manuel Saramago
Corregedor-Geral:
Desembargador Audebert Delage
Renata Caldeira
FORMAÇÃO
Nova publicação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi divulgada em evento que reuniu servidores, magistrados e o filólogo Evanildo Cavalcante Bechara (segundo à esquerda)
Ejef lança
boletim
com dicas
de língua
portuguesa
Manuela Ribeiro
Em crônica de A Descoberta do
Mun­do, a escritora Clarice Lispector,
nas­
cida na Ucrânia, testemunhou sua
pro­funda ligação afetiva com a língua
por­tuguesa – que ela declarava ser “um
desafio para quem escreve” – afirmando
que desejaria que o idioma chegasse
ao máximo em suas mãos. Segundo a
romancista, todos os que escrevem pos­
suem a mesma aspiração.
Motivados por um pensamento
se­melhante ao da escritora, os de­sem­
bargadores José Antonino Baía Bor­ges,
2º vice-presidente do TJMG e superinten­
dente da Escola Judicial De­sem­bargador
Edésio Fernandes (Ejef), e Tiago Pinto,
coordenador do Centro de Estudos Ju­
rídicos Juiz Ronaldo Cu­
nha Campos,
idealizaram o boletim ele­trô­nico Gotas
da Língua Portuguesa, cu­ja finalidade
é auxiliar magistrados e servidores na
produção de textos ju­rí­di­cos gramatical­
mente corretos à luz da norma padrão.
De acordo com o desembargador
Baía Borges, os textos produzidos pelo
TJMG devem pautar-se pelo cuidado na
redação. O 2º vice-presidente destaca
que “é importante criar um mecanismo
cons­tante de comunicação e orientação
so­
bre questões da língua portugue­
sa que atenda aos fins pedagógicos
da Ejef”.
Iniciativa
A iniciativa, uma realização da
Di­
retoria Executiva da Gestão de In­
for­
mação Documental (Dirged), foi
re­
gulamentada pelas Portarias 69 e
70/2012 da 2ª Vice-Presidência. Pa­ra a
elaboração do material a ser veiculado
quinzenalmente, foi convidado o pro­
fessor e juiz apo­sen­ta­do José João Ca­
lanzani, que, na ta­refa, recebe o apoio
da equipe de téc­nicos revisores da Ge­
rência de Ju­ris­prudência e Publicações
Técnicas (Gejur)/Coordenação de Publi­
cação e Divulgação de Informação Téc­
nica (Codit).
As edições das Gotas da Língua
Portuguesa serão disponibilizadas na
primeira e na terceira terça-feira de cada
mês no Portal TJMG. Em doses “facil­
mente assimiláveis”, como sintetiza o
professor Calanzani, o leitor receberá
dicas e esclarecimentos sobre diversos
temas, tendo acesso, além disso, a exer­
cícios para fixação do conteúdo.
José Calanzani esclarece que utili­
zou uma metáfora no nome da publica­
ção com propósito didático: “Trata-se de
ensinamentos repassados de forma su­
cinta, como a chuva que molha a terra e
aos poucos permite que ela dê frutos”. O
magistrado explica que, embora o TJMG
realize regularmente cursos de redação
de textos jurídicos e de língua portugue­
sa, a proposta, com o projeto, é que ope­
radores do direito em geral possam aos
poucos se familiarizar com o idioma pá­
trio, sanando dúvidas frequentes no seu
cotidiano de trabalho por meio de uma
ferramenta versátil, a internet.
O lançamento da publicação, em
7 de dezembro, contou com a palestra
“Adequação da linguagem no texto jurí­
dico”, do professor, filólogo e gramático
recifense Evanildo Cavalcante Bechara.
Autor de diversas obras de referência,
Bechara, em sua exposição, recorreu à
Réplica, o parecer de Rui Barbosa sobre
o projeto do Código Civil de 1902, para
tratar de equívocos comuns na lingua­
gem jurídica. Na obra, o jurista baiano
expõe como se deve buscar a concisão,
empregando os termos apropriados e a
ordem de palavras mais conveniente e
evitando repetições supérfluas.
“As reflexões de Rui Barbosa mos­
tram a atualidade do tema e a importân­
cia de dar aos julgadores um instrumen­
tal que lhes permita buscar, em suas
decisões, a síntese e a clareza, evitando
contradições como as que ocorrem no
próprio Código Civil, em que coexistem,
por exemplo, duas formas verbais distin­
tas para uma mesma ação: protocolar e
protocolizar”, ressalta Baía Borges.
É importante
criar um
mecanismo constante
de comunicação e
orientação sobre
questões da língua
portuguesa que atenda
aos fins pedagógicos
da Ejef
FEVEREIRO/2013
03
Fotos: Marcelo Albert
PRIMEIRA INSTÂNCIA
Fórum de Belo
Horizonte
atrai público
variado para
a região
Além da prestação de serviços
à sociedade, o fórum serve de
inspiração para comerciantes
do bairro. Brincando com ex­
pressões e termos jurídicos,
restaurantes da região relacio­
nam o nome dos estabeleci­
mentos à Justiça, como uma
maneira de criar laços com o
público jurídico que frequenta o
Barro Preto. Tribunal das Delí­
cias, Meritíssimo e Soberano
são exemplos da criatividade de
alguns comerciantes que estão
presentes na região.
No trailer de Nadir Geralda e sua família, na rua Ouro Preto, são vendidos lanches variados que atendem ao gosto do público que frequenta o Fórum Lafayette e suas imediações
4
FEVEREIRO/2013
Henrique Knop e Maurício Gomes
Ocupando um quarteirão inteiro no coração do
Barro Preto, bairro da região Centro-Sul de Belo Ho­
rizonte, o Fórum Lafayette (edifício Governador Milton
Campos) é um dos protagonistas da história da região
desde 1980, ano de inauguração do prédio. É por conta
do fórum que muitos advogados, contadores, estacio­
namentos, restaurantes, lanchonetes, papelarias, lan
houses, vendedores ambulantes, entre outros, se insta­
laram na região. Quem visita o bairro não tem como não
observar o impacto e a influência dos serviços forenses
na rotina de quem passa pelo Barro Preto.
Reconhecido como polo da moda de Belo Hori­
zonte, o bairro pode ser considerado também um polo
judicial, uma vez que, além da Justiça estadual e dos
serviços que surgiram em seu entorno, a região abriga
ainda o fórum da Justiça do Trabalho e representações
da Ordem dos Advogados do Brasil/seção Minas Gerais
(OAB/MG). No bairro, há ainda setores do Ministério
Público e da Defensoria Pública.
Atualmente, cerca de 12 mil pessoas circulam pe­
los corredores dos quatro andares do Fórum Lafayette,
além dos 3,5 mil funcionários que trabalham no local. O
número de pessoas que visitam o prédio diariamente é
maior do que a população residente em diversos muni­
cípios do interior de Minas.
Pároco da igreja de São Sebastião há 18 anos,
o padre José Cândido confirma a influência do fórum
na região. “Muitos fiéis frequentam as missas antes ou
depois do expediente, o que aumenta o movimento da
igreja”, conta o religioso, afirmando que o horário das
missas durante a semana, às 7h e às 18h30, busca
também atender à comunidade forense. Para ele, o
funcionamento do fórum torna o bairro mais dinâmico.
“Quando está funcionando, há vida, há gente circulan­
do. Se não há atividade no fórum, o bairro fica morto.”
Pedro Mendes, cabeleireiro na região há mais de
30 anos, afirma que, com o passar do tempo, o público
do bairro sofreu alterações. De acordo com ele, os seus
clientes, que muitas vezes eram do ramo da moda, aos
poucos foram cedendo espaço para um outro público.
“Muitas pessoas estacionam perto do salão para ir ao
sanduíches de pernil. “A gente adora trabalhar nessa
fórum, e isso é bom. Acabo ganhando alguns clientes
região; consideramos o fórum o nosso ‘ganha-pão’, o
devido ao grande movimento de pessoas”, conta o ca­
sustento da família”, conta.
beleireiro, que tem entre os clientes desembargadores,
Nora de Nadir, Mílvia Marilan também trabalha
juízes, advogados e servidores do Judiciário.
no trailer e diz que a família chega ao local, de segun­
José Paulino Pires, lojista e presidente da Asso­
da a sexta-feira, sempre às 6h, permanecendo lá até
ciação Comercial do Barro Preto (Ascobap), que está
as 17h. De acordo com ela, cerca de 250 pessoas sa­
no bairro há 32 anos e há pouco mais de seis meses
boreiam diariamente um dos seus oito tipos de lanche.
à frente da associação, desta­
“Atendemos pessoas com vários
ca a mudança do cenário da
perfis. Entre os nossos clientes
região. Segundo ele, antes
estão cidadãos com pendências
Atualmente, cerca
as salas eram ocupadas por
judiciais, juízes, advogados, fun­
de 12 mil pessoas
confecções que só vendiam
cionários e pessoas que passam
no atacado. Com o passar
pelo bairro.”
circulam pelos
do tempo e com o fluxo de
Dono de uma lan house,
corredores dos quatro
pessoas que o fórum trouxe,
Rogério Almeida é outro profis­
andares do Fórum
contudo, as salas passaram a
sional que se beneficia com o
ser ocupadas por escritórios
movimento do fórum. Ele conta
Lafayette, além dos 3,5
de advocacia. O comércio de
que muitos advogados estão lon­
mil funcionários que
moda também precisou se
ge do escritório e, por isso, recor­
adequar ao público, oferecen­
rem ao seu estabelecimento para
trabalham no local
do também a venda a varejo.
a execução de vários serviços,
Com um trânsito diário
como xerox, transmissão de fax e
de 300 mil pessoas, o Barro
acesso à internet.
Preto se adaptou ao longo dos anos às necessidades
A proximidade com o fórum e com outros órgãos
que surgiam, diz Paulino. De acordo com dados da Câ­
públicos foi um atrativo para o advogado Roberto Luiz
mara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL­
Miranda no momento de definir a localização de seu
BH), o Barro Preto conta hoje com 3.955 empresas.
escritório. De acordo com o advogado, 80% de seus
Serviço importante e presente em grande quantidade
casos tramitam na Primeira Instância. Assim, por estar
na região, os estacionamentos chegam a 59. O setor
nas imediações, ele pode consultar as informações de
alimentício conta, atualmente, com 425 estabelecimen­
que precisa de maneira rápida, o que garante mais
tos, sendo um dos mais numerosos.
agilidade ao trabalho do escritório.
Morando no Barro Preto desde que passou no
concurso público, há 23 anos, a servidora do fórum
Serviços
Maria Goretti Linhares gosta do bairro e enumera a
Proprietária de um trailer de lanches na rua Ouro
grande quantidade de serviços disponíveis na região,
Preto, a família de Nadir Maria Geralda, 66 anos, tra­
como supermercados, escolas e lojas. Para ela, no
balha há oito anos no local, com o ritmo ditado pelo fó­
entanto, a maior vantagem está na proximidade com
rum. “Se tem expediente forense, temos trabalho; caso
o local de trabalho, o que poupa um bom tempo no
contrário, é dia de folga”, conta Nadir, enquanto serve
dia a dia.
Parte do público que circula pelo Barro Preto chega à região em busca dos serviços forenses
O cabeleireiro Pedro Mendes tem entre os seus clientes magistrados e servidores do Fórum
FEVEREIRO/2013
5
ENTREVISTA – Hélio Joaquim Mendes
Profissional atento aos detalhes
Lígia Tolentino
Renata Caldeira
Com um sorriso que não se desfaz mesmo di­an­te da lembrança dos momentos desafiadores de sua carreira, Hélio Joaquim Mendes, funcionário ter­ceirizado do Tribunal desde 1992,
atualmente lo­tado no gabinete da Presidência, conta ao TJMG
Informativo sobre o dia a dia de seu trabalho e explica como
ajuda na realização dos principais eventos institucionais. Responsável por toda a infraestrutura de seminários, posses, encontros e solenidades, Hélio chega antes de tudo começar e só sai
quando o evento é finalizado. Em sua entrevista, ele fala sobre
o seu comprometimento para que todos os eventos sejam um
sucesso. “Meu pai me ensinou que eu não sou obrigado a marcar nada com ninguém. Mas, se eu marcar, tenho que cumprir.”
TJMG Informativo – Como você começou sua carreira no
TJMG?
Hélio Joaquim Mendes – Entrei no Tribunal em 1992. Na época,
ha­­via uma vaga de pintor, que ocupei durante quatro anos. Depois,
eles criaram uma equipe para trabalhar na conservação do Palácio
da Justiça. Então, fiz um curso e fiquei restaurando peças do
Pa­lá­cio.
E quando você começou a trabalhar com os eventos
institucionais?
Durante a gestão do desembargador Lúcio Urbano (1997/1999),
praticamente todos os eventos que aconteciam no Tribunal ocorriam
no Salão Nobre. Como eu trabalhava no Palácio, comecei a ajudar
nos eventos e, com o tempo, me dediquei totalmente a eles.
Quais são as suas atribuições nos eventos?
Eu cuido de toda a infraestrutura, como a montagem das mesas,
a colocação dos móveis e a escolha das toalhas, nos eventos da
Goiás, da Raja, do Fórum e dos Juizados.
Quais são os desafios do seu dia a dia?
Meu maior desafio é trabalhar com as posses de magistrados,
quando todos os desembargadores estão presentes. Preciso
estar atento a cada detalhe. O mais difícil nos eventos é lidar com
os imprevistos ou quando alguma coisa dá errado. É preciso ter
tranquilidade para resolver as situações, sem comprometer o
resultado final. É como eu sempre digo, o importante é como as
coisas começam. Se começar bem termina bem.
O que traz mais alegria a você no Tribunal?
A convivência com os amigos que fiz na equipe de conservação
do Museu da Memória do Judiciário Mineiro. Adoro estar com eles.
Somos como uma família, que compartilha histórias de vida e que
sente falta quando está longe.
6
FEVEREIRO/2013
Hélio Mendes diz que o maior desafio de seu trabalho é lidar com os imprevistos que surgem durante os eventos
Meu pai me
ensinou que eu não
sou obrigado a marcar
nada com ninguém.
Mas, se eu marcar,
tenho que cumprir
O que você gosta de fazer quando não está no trabalho?
Tenho três filhos e o que mais gosto de fazer é sair com
eles e estar por perto. Mesmo fora do Tribunal, não
consigo me desligar completamente do trabalho, porque
sei que pode surgir algum evento inesperado. É comum
que eu receba ligações até no fim de semana, quando, por
exemplo, uma chuva forte atinge alguma área específica
do Palácio da Justiça ou há algum acontecimento que
não estava previsto.
Arquivo TJMG
INSTITUCIONAL
Encontro
Administrativo
terá novo
formato
Durante os encontros regionais, servidores e magistrados podem compartilhar boas experiências, trocar ideias e expor suas dúvidas
Francis Rose
na e a troca de informações que con­
“Nesta administração, serão rea­
tri­­buam para a execução das estraté­
lizados Encontros Administrativos Re­
gionais com um formato diferente. Ha­
gias do Judiciário mineiro. Ao reunir
verá espaço para os magistrados e
ma­­­gistrados e servidores para discu­
os servidores apresentarem suas dú­
tir ques­tões e problemas do dia a dia,
vidas e su­
o TJMG acaba por incentivar
gestões. As
o com­pro­me­­­timento de todos
equipes da
com a realização dos obje­ Com esse
Secretaria
tivos institucionais. Duran­ formato, pretende-se
do Tribunal
te o en­­­­­contro, será reserva­
(das áre­
do tempo pa­ra que as entida­ construir um espaço
as de infor­
des representativas dos ma­­ democrático, com
mática, re­
gistrados e dos servidores se
ampla participação
cursos hu­
ma­­­ni­fes­­tem.
manos, co­
Os encontros adminis­
municação,
trativos se­­rão coordenados
gestão da informação, finanças, ges­
pelos juízes auxiliares da Presidên­
tão de serviços, bens e patrimônio, en­
cia, com apoio da Secretaria Executiva
genharia) farão apresenta­ções a partir
de Planejamento e Qualidade na Ges­
tão Institucional (Seplag), da Secreta­
dos ques­tionamentos mais frequentes
que che­gam do interior, além de pres­
ria Especial da Presidência (Sespre) e
da Assessoria de Comunicação Institu­
tarem es­clarecimentos a outras dúvi­
das que forem levantadas no encon­
cional (Ascom).
tro”, explica o presidente Herculano
Rodrigues.
O magistrado lembra que o ob­
jetivo do Encontro Administrativo Re­
gional é facilitar a gestão adminis­
trativa, as rotinas de trabalho e, as­
sim, aprimorar os serviços presta­
dos ao cidadão. “Com esse forma­
to, pretende-se construir um espa­
ço democrático, com ampla partici­
pação, pautado no diálogo, no inter­
câmbio de conhecimentos e na bus­
ca de soluções compartilhadas. A in­
tegração da Primeira e da Segun­
da Instâncias é essencial para a me­
lhoria do Poder Judiciário”, afirma o
desembargador.
Todas as informações (portaria,
cronograma, programação, inscrições
e demais instruções) podem ser visu­
alizadas na Rede TJMG/Intranet, na
página específica dos Encontros Ad­
ministrativos Regionais.
Divulgação
Para garantir o alinhamento e a
in­­tegração entre a Primeira e a Segun­
da Instâncias, bem como promover a
dis­­cussão de temas ligados à rotina ju­
di­ciária, o presidente do TJMG, desem­
bar­
gador Joaquim Herculano Rodri­
gues, vai realizar diversos Encontros
Ad­­ministrativos Regionais neste ano.
Ipa­­tinga, no Vale do Aço, será a pri­mei­­
ra comarca a sediar o evento, que te­
rá formato diferenciado. O primeiro en­
contro será nos dias 22 e 23 de fe­ve­­­
reiro. Ainda no primeiro semestre, es­­
tão previstos encontros em Montes
Cla­ros, Poços de Caldas, Uberaba e
Teó­filo Otoni. A meta é promover reuni­
ões em outras cinco comarcas minei­
ras no segundo semestre e em mais
três comarcas em 2014. Até o final da
ges­tão, serão atendidos magistrados e
ser­vidores de todo o Estado.
Entre os objetivos do encontro
es­­tão a melhoria da comunicação in­ter­
CORREGEDORIA
Audebert Delage é eleito presidente
do Colégio de Corregedores
O corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador Audebert
Delage, foi eleito presidente do Colégio de Corregedores durante o 61º
Encontro dos Corregedores-Gerais da Justiça dos Estados e do Distrito
Federal (Encoge), realizado em novembro, em Gramado, no Rio Grande
do Sul. Com a posse, Belo Horizonte torna-se a sede administrativa do
Colégio de Corregedores-Gerais da Justiça dos Estados e do Distrito
Federal até o final de 2013.
FEVEREIRO/2013
07
Marcelo Albert
TURISMO
Terra de Dona Beja
é famosa por seus banhos medicinais
Ponto turístico que merece a visita, o Grande Hotel e as Termas foram construídos de 1938 a 1944, em estilo neoclássico, com colunas e arcos, além de jardins projetados por Burle Marx
Wilson Menezes
50 minutos e custa R$ 85, e o de pérola,
com águas radioativas ou sulfurosas bor­
bulhantes, que dura 20 minutos e custa a
partir de R$ 39. O acesso à piscina ema­
natória, com água a 37ºC, custa R$ 25
por pessoa. “A água radioativa é energé­
tica e estimula o metabolismo e a circula­
ção. A maior parte do público das termas
é composto por visitantes em busca de
relaxamento”, conta Joselaine Garcia Al­
varenga, gerente do local.
Dona Beja
Araxá também é conhecida como a
terra de Dona Beja, apelido dado a Anna
Jacintha de São José. Dona Beja, boni­
ta e com forte personalidade, contestou
costumes do século 19 e foi marginaliza­
da pela sociedade local. Mãe solteira que
se relacionou com vários homens, Beja
adquiriu riqueza e prestígio, conquistan­
do também um papel significativo na po­
lítica local. Sua história inspirou roman­
ces, telenovela e samba-enredo. No Mu­
seu Dona Beja, o visitante pode conhecer
um pouco mais de sua trajetória, além de
ver peças originais e réplicas de móveis
e outros utensílios do século 19.
O Memorial de Araxá e a Fundação
Calmon Barreto são outros museus onde
o visitante pode conhecer um pouco mais
da história da região. Com a aquisição do
passaporte cultural, que custa R$ 6 (R$ 3
para estudantes e para a terceira idade),
o turista tem acesso a todos os museus
da cidade, que funcionam de segunda a
sábado, das 9h às 18h, e aos domingos,
das 9h às 13h.
Outro ponto turístico de Araxá é o
Parque do Cristo, onde há uma estátua
de 10m de altura e o mirante, que oferece
uma vista panorâmica da região. Quem
vai ficar mais tempo no município pode
visitar ainda o Teatro Municipal de Araxá
e o Horizonte Perdido, restaurante de co­
mida caseira onde está uma importante
rampa de voo livre.
Araxá ainda apresenta uma ri­
ca culinária, com destaque para doces,
compotas, cachaças e queijos. No arte­
sanato, destacam-se as peças feitas em
tear e os produtos à base de lama negra.
Chega-se a Araxá por avião, ôni­
bus ou carro. A principal rodovia de
acesso à cidade é a BR-262, que li­
ga Vitória a Corumbá, passando pela
ca­pi­tal mineira.
impresso
Cidade de nome indígena, que sig­­ a cidade ao Barreiro. No local, o turista
nifica lugar onde primeiro se avista o sol, pode alugar cavalos, charretes e bicicle­
Araxá possui um rico patrimônio na­tural tas. O complexo tem fama nacional pelo
com exuberantes serras, matas, pare­ poder medicinal de suas águas e lama.
dões de pedras e cachoeiras. O muni­
O imponente e majestoso prédio do
cípio integra o Circuito da Canastra, que Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá,
tem entre os seus grandes atrativos ra­ construído de 1938 a 1944, é um ponto
ras espécies de animais silvestres, a flo­ turístico que merece a visita. Em estilo
ra típica da região do
neoclássico, o hotel
cerrado e cavernas
teve os jardins pro­
exploráveis, o que o
jetados pelo paisa­
Araxá apresenta
torna ideal para pra­
gista Roberto Bur­
uma rica culinária,
ticantes de ecoturis­
le Marx. Qualquer
mo. O município é fa­
visitante, mesmo
com destaque para
moso ainda por suas
aquele que não es­
doces, compotas,
águas sulfurosas e
tiver hospedado no
radioativas – usadas
local, pode partici­
cachaças e queijos
em banhos variados,
par das visitas guia­
com efeitos terapêu­
das, que percorrem
ticos e calmantes – e por figuras ilustres, a área social e as termas. O passeio custa
como Dona Beja, que dá nome a diversos R$ 9 por pessoa (R$ 6 para estudantes e
estabelecimentos e atrações turísticas.
para a terceira idade) e acontece de se­
Na região da cidade conhecida co­ gunda a sexta-feira, às 11h e às 14h, e
mo Complexo do Barreiro, estão instala­ aos sábados, às 10h e às 14h.
dos dois hotéis – o Tauá Grande Hotel e
As termas também são abertas ao
Termas de Araxá e o Nacional Inn Previ­ público e funcionam diariamente, com
dência –, além de diversas atrações tu­ oferta de banhos, massagens e trata­
rísticas, como fontes, pista e trilhas para mentos estéticos. Entre os banhos mais
caminhadas e a estrada de pedra que liga procurados estão o de lama, que dura
8
FEVEREIRO/2013
Remetente: Assessoria de Comunicação Institucional - TJMG | Rua Goiás, 253 - Térreo - Centro - Belo Horizonte - MG - CEP 30190-030
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Fórum movimenta ruas do Barro Preto