(
aperitivos
Feijoada para todos os gostos
A feijoada é uma das perfeitas traduções de receita de inverno:
com feijão e carne de porco, é encorpada e calórica para aquecer o
paladar. Na estação do frio, os restaurantes especializados ganham
mais visibilidade, como o paulistano Bolinha – a casa oferece, há
exatos 62 anos, suas cumbucas de barro recheadas de pé, rabo,
orelha e muito feijão preto em borbulhas, ao custo de R$ 70 e R$
82 (aos sábados, domingos e feriados).
Mas a procura pela feijoada não fica apenas na tradição: é
possível encontrar, pelo Brasil, diversas variações do clássico prato.
No carioca Espaço Brasa Leblon, a pedida é a feijoada vegetariana,
com feijão azuki, tofu e legumes. A receita integra o rodízio da
casa aos sábados, que custa R$ 63,90. Do Rio Grande do Sul, vem
Eu quero uma casa na vinícola
O sonho de ter uma casa no
campo, um clássico na voz
de Elis Regina, virou passado.
O desejo se ampliou para
a vinícola, e melhor: com
uma produção própria de
vinho. Isso será possível no
L’And, projeto imobiliário
em Montemor-o-Novo, no
Alentejo, Portugal. Realizado
pela Sousa Cunhal Turismo, em parceria com o grupo de hotéis e restaurantes Lágrimas,
o complexo terá 145 casas construídas em torno de um vale de 66 hectares com vinhas,
além de uma área central, com piscinas, spa, adega e restaurantes. É um investimento
de 44 milhões de euros. Cada proprietário terá uma parcela do vinhedo e poderá
criar seu próprio vinho com a ajuda do enólogo Paulo Laureano. Para ter esse sonho
realizado, que já chamou a atenção de alguns brasileiros, é preciso desembolsar 135 mil
euros para os apartamentos pequenos e até 759 mil para as casas. O complexo turístico
deve ser concluído em 2010. Mais informações no site www.l-and.com
a receita do La Hacienda, em Gramado (RS): a carne de charque
entra no prato preparado no forno a lenha. Para aqueles que
não comem carne de porco, Andréa Kaufmann, do judaico AK
Delicatessen, em São Paulo, adotou o choulent, receita de feijão
branco e carnes bovinas com coxa de pato confit, cevadinha,
kishke (embutido típico) e repolho roxo agridoce, por R$ 49.
Há ainda as versões “reduzidas” do prato. Uma delas é a
feijoada de rolo do carioca Espírito Santa Empório, enrolada e
frita em massa de arroz (R$ 18,50, quatro unidades). Outras são
as esferas de feijoada de Helena Rizzo, do paulistano Maní, de
forte influência espanhola: o caldo da feijoada entra no processo
invertido de esferificação e forma miniesferas, que são servidas
com azeite de pimentas, cubinhos de paio, laranja, farofa e couve.
O prato é um dos destaques do menu degustação da casa, de
nove pratos a R$ 161. “É um shot de feijoada”, simplifica a chef.
AK Delicatessen
rua Mato Grosso, 450 –
Higienópolis
(11) 3231-4497 – São Paulo – SP
Espírito Santa Empório
rua do Lavradio, 34 – Lapa
(11) 2509-5250
Rio de Janeiro – RJ
Bolinha
avenida Cidade Jardim, 53 –
Jardim Europa
(11) 3061-2010 – São Paulo – SP
La Hacienda
estrada Serra Grande, 4.200,
Várzea Grande
(54) 3295-3025 – Gramado – RS
Espaço Brasa Leblon
avenida Afrânio de Melo Franco,
131 – Leblon
(21) 2111-5700 – Rio de Janeiro – RJ
Maní
rua Joaquim Antunes, 210 –
Pinheiros
(11) 3085-4148 – São Paulo – SP
Cozinha bem refrigerada
Parece que a geladeira não é
mais suficiente numa cozinha.
É o que se conclui ao conhecer
a gaveta refrigerada da Kitchen
Aid, que armazena ingredientes,
latas e garrafas. Menor do que
uma geladeira, tem controle de
temperatura eletrônico, que permite
ser instalada próximo a fogões e assim
ter ingredientes “sempre à mão do
cozinheiro” – como se o percurso até
a geladeira fosse muito longo. O novo
eletrodoméstico custa R$ 15.750.
Gastronomia é comer olhando para o céu
Millôr Fernandes, escritor
Novos ingredientes para a Arca do Gosto
12
julho/2009
fotos divulgação
Celebridades versus o Nobu
foto Neide Rigo
A comissão nacional da Arca do Gosto, projeto de proteção a
ingredientes ameaçados de extinção do Slow Food, se reuniu
em meados de junho em Florianópolis (SC) para definir quais
serão os novos integrantes brasileiros da Arca. Foram avaliadas
as frutas licuri, cambuci, maracujá-da-caatinga (foto), pequi,
mangaba e butiá, o marisco berbigão, a ostra da Cananéia,
entre outros. A lista dos novos “protegidos” será encaminhada
à sede do Slow Food, na Itália, e, se aprovada, fará parte do
catálogo mundial da Arca do Gosto, que já conta com mais de
800 produtos. Os ingredientes da Arca entram em programas
especiais para tentar impedir o seu desaparecimento.
As atrizes Sienna Miller e Charlize Theron e o cantor Sting são algumas das
35 celebridades que brigam com o badalado restaurante Nobu, presente
em mais de dez países. O motivo: eles lideraram um abaixo-assinado contra
as receitas do atum bluefin, que corre risco de extinção, e está presente no
cardápio das casas. O movimento começou por Charles Clover, autor do
documentário The end of the line, que analisa os efeitos mundiais da crise
da pesca. Mas o restaurante do chef Nobu Matsuhisa não deu o braço
a torcer. Sua justificativa: “O consumo do bluefin é uma instituição cultural
no Japão e há uma enorme demanda por ele nos nossos restaurantes.”
O restaurante estuda usar o peixe de cativeiro vindo da Austrália.
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