UMA DAMA DA INSTRUÇÃO CRISTÃ RESSIGNIFICANDO CONFESSIONALIDADES: MEMÓRIAS E VIVÊNCIAS DE MADRE ODILA ARAÚJO NA CAMPINA GRANDE DOS ANOS 1930 Ramsés Nunes Universidade Federal da Paraíba - UFPB Resumo O estudo das práticas docentes e dos significados dados pelas educadoras religiosas às novas condições de instrução- na transição entre os séculos XIX e XX-- mais especificamente com a chamada laicização do currículo, realizada com a constituição de 1891, permanece uma esfera que nos parece ainda lacunar. A cristalização historiográfica que aponta o combate feito pela Igreja “ao perigo secularizante nas escolas” pode se tornar reducionista se não puder ser problematizado pela percepção de um possível hibridismo de propostas manifestadas no transcurso da adaptabilidade sugerida pelas práticas docentes confessionais. Principalmente aquelas encaminhadas pelas ordens religiosas femininas instaladas no transcurso para a República. Nosso estudo se baseia na possibilidade de captar e analisar as ressignificações postuladas pelas vivências e memórias de uma participe da condição de freira-educadora no Colégio Imaculada Conceição. Este ultimo, verdadeiro núcleo da congregação belga Dames D`Instruction Crétienne na Cidade de Campina Grande dos anos 1930. Dimensionando o relato oral da nonagenária educadora Madre Odila Araújo, como base de uma problematização que nos permita discutir as práticas docentes daquela congregação de instrução feminina, nosso artigo se dispõe a construir inquirições sobre a capacidade de adaptabilidade ou dicotomização das relações entre a confessionalidade e a laicidade na instrução dos anos 1930. Introdução Nossa pátria tão ampla e tão bela Que sorri do cruzeiro ao clarão Mais potente será, quando nela Estiver difundida a instrução 2. As construções historiográficas, que remetem à elaboração de olhares analíticos para o papel exercido pelas educadoras religiosas, sejam quais forem as congregações das quais façam parte ou temporalidade a que estão ligadas, são dispostas para o âmbito da atuação institucional das freiras, em detrimento das particularidades das mesmas se vistas como protagonistas e educadoras que possuem suas trajetórias delimitadas por vivências distintas. Mesmo num importante estudo sobre o papel das religiosas estrangeiras no Brasil – nas várias esferas de atuação – como o de Nunes (1997, p.123), é lançado um olhar fixo sobre a distinção do fenômeno da feminização do clero no Brasil, sem mensurar-se o protagonismo de determinadas educadoras no sentido de particularizar ações e métodos que as distinguirão no escopo geral da educação chamada confessional. Todo um arcabouço biográfico que pode elucidar algumas das condições de ensino, formação e práticas educativas encaminhadas pelas religiosas acaba minimizado pela diluição de suas práticas junto à determinada instituição da qual faz parte. De qualquer forma, um número significativo da produção dos principais grupos de pesquisa em História da Educação, tais como o HISTED-BR ou sociedades como a SBHE (Sociedade Brasileira de História da Educação) tem preferido se encaminhar no sentido de abordar as religiosas educadoras como agentes de modelos fixos, tradicionais e pertencentes, efetivamente, ao fenômeno da resistência católica ao mundo laico em curso, o que em parte é verificável na leitura da imprensa católica dos anos 1930. Uma via de interpretação que, todavia, não deve ser entendida como engessada pela materialização de signos congregacionais, homogeneizando individualidades e personalidades, haja vista a possibilidade de problematização de trajetórias biografadas também pelas descontinuidades no âmbito das normatizações. É observável um avanço das discussões perpetradas pelos pesquisadores de História da Educação de análises que problematizam a dimensão da cultura confessional, esta última cristalizada nos olhares sobre a esfera normativa das posturas e ações congregacionais, tributárias da cultura escolar (JULIA, 2001, p.11-17) a qual pertencem os colégios católicos. Avança-se pouco nas memórias das religiosas enquanto professoras envolvidas diariamente entre a afirmação do dogma e a condição de educadoras partícipes das disposições de ensino. Em parte, queremos acreditar, provavelmente por uma espécie de sigilo dogmático pertencente ao ethos do silêncio e à hierarquia eclesiástica, impedindo ou dificultando o acesso à pesquisa mais íntima das educadoras religiosas, em parte pela não percepção da possibilidade de identificação de significações particulares via biografia na trajetória de educadoras que juraram obedecer irrestritamente a normas de instrução prescritas pelo Vaticano. No caso específico da Paraíba, esses estudos para dentro do universo íntimo das educadoras religiosas que atuaram no estado são ainda mais reduzidos, principalmente na identificação de educadoras que tivessem o perfil de pertença tanto vinculado à condição de freira quanto à de professora ligada direta ou indiretamente aos discursos educacionais 3 . A historiografia local caminha atrelada às pesquisas desenvolvidas junto ao HISTED-BR GT Paraíba. Nosso artigo se lança exatamente sobre esse nicho lacunar, usando os subsídios de pesquisa da oralidade (ALBERTI, 2006, p.12), (MEYHI, 2007, p.23-24), (THOMPSON, 2002 p.56), (MONTENEGRO, 1994, 9-23), dentro da possibilidade de identificação e problematização de particularidades e consonâncias da instrução ministrada por uma religiosa, se comparada a de trajetória atrelada ao professorado laico. Para tanto, a série de entrevistas e pesquisas documentais realizadas junto a Consuelo de Araujo Pedrosa, religiosa que atuaria anos a fio no Colégio Imaculada Conceição, em Campina Grande-PB, servem de contraponto a partir do qual tecemos um olhar sobre suas vivências enquanto educadora, freira e partícipe do protagonismo feminino escolar na Paraíba. Tal fenômeno já fora identificado por Perrot (1997, p.181) sob a alcunha de intervenções formais e informais, pontuais ou habituais no transcurso das novas posturas femininas frente às relações de poder do final do século XIX e, no caso da Paraíba, primeiras décadas do século XX (MACHADO, 2006, p.43). A partir de uma percepção reflexiva de que a condição de freira, apegada a determinado dogma, não impediria a mesma de se adequar a certas demandas instrucionais, próprias dos anos 1930, entre elas a dos discursos que identificavam colégios e métodos pedagógicos das religiosas como também modernos, se comparados aos laicistas 4. Nesse ínterim, dispomo-nos a analisar a trajetória de uma religiosa como Odila Araújo Pereira, ligada tanto ao projeto de afirmação das disposições católicas de ensino (MANOEL, 1996, p.12), dentro da concepção de lugar social que observamos intacta dentro das suas convicções católicas (CERTEAU, 1996, p.12), quanto às demandas por uma educação que se manifestasse ligada às metodologias modernas, constituídas por um hibridismo de propostas de instrução: da tradição a modernas técnicas de instrução (CANCLINI, 1990, p.34-38). Les Dames de I`Instruction Cretienne: Projetos educacionais católicos no Nordeste do Brasil A congregação belga Dames de I`Instruction Crétienne, ou Damas da Instrução Cristã, fundada na cidade de Liége nos idos de 1830 pela religiosa Agathe Verhelle 5 (MESQUITA, 1996, p.70-120), desembarcaria em Pernambuco em 1894 (CÂMARA, 1996, p.34) atrelada a cada vez maior arregimentação, por parte dos bispos brasileiros, de ordens que se dispusessem a transferir esforços contrários ao avanço da instrução identificada como laica-secular (SCHWARTZMAN, 1990, p.40-67), (KULESZA, 2006, p.12). Esses esforços discursivos, diga-se, manifestados pela possibilidade de barrar a influência do positivismo e do respectivo evolucionismo, ou mesmo das simbologias não-confessionais que se atrelavam junto à instrução via estado. Dentro dessa perspectiva de embate e acomodação estratégica (KULESZA, 2006, p.13-15) da Igreja perante as condições de instrução católica que se manifestavam no trânsito entre o Oitocentos e as primeiras décadas do século XX, Nunes (1997, p.491) observa: Dessas iniciativas, a mais carregada de efeitos para as mulheres foi a criação de uma rede formidável de escolas católicas, sob a direção de religiosas estrangeiras. O século XIX presenciou ainda um desenvolvimento bastante rápido das escolas para meninas, que tiveram as religiosas como elementos fundamentais. No caso da congregação Damas da Instrução Cristã, a proposta de educação também estava atrelada à organização de um corpo de religiosas locais que se enquadrasse dentro dos preceitos de educadoras-e-religiosas. De Ponto Uchoa, espaço de fundação do primeiro colégio da congregação, se expandiria a proposta de instrução da congregação para o interior de Pernambuco e Paraíba, com a fundação dos colégios em Garanhuns, 1912 (Colégio Santa Sofia); Nazaré da Mata, 1922 (Colégio Santa Catarina); Timbaúba,1922(Colégio Santa Maria); Vitória de Santo Antão,1928 (Colégio Nossa Senhora da Graça); e Campina Grande, em 1931 (Colégio Imaculada Conceição). É precisamente no Colégio Imaculada Conceição, situado em Campina Grande, na principal produtora de algodão da Paraíba (GURJÃO, 1999, p.123), portanto, que atuará a educadora Consuelo Araújo Pereira 6. Esta, oriunda de uma família de latifundiários vinculados ao PRP (Partido Republicano de Pernambuco) de São Vicente Ferrer, Zona da Mata de Pernambuco. Depois da formatura, e ainda durante o percurso ginasial no Colégio Santa Cristina de Nazaré da Mata, a adolescente se vincularia à Congregação Damas, a qual está ligada até o presente. No transcurso para a vida de professora adotou a Paraíba como estado no qual teria as primeiras e mais fecundas vivências enquanto educadora. De Consuelo de Araújo Pereira a Madre Odila - adotando a Paraíba para instruir Dentro das propostas de expansão de missionárias pelas instituições fundadas entre a Paraíba e Pernambuco, a congregação Damas desenvolvia a prática de encaminhar jovens noviças para a docência como norma institucional. Desde a formação dos primeiros grupos de religiosas locais, segundo Mesquita (1996, p.39), já nos primeiros anos de congregação essa prática se constituiu presente como forma de encaminhar o que as religiosas da ordem consideravam missão fundamental: a instrução católica. Dessa perspectiva é a arregimentação da jovem Consuelo Araújo Pereira da condição de aluna do curso comercial em Nazaré da Mata, interna durante três anos, para professora de primeiras letras em Campina Grande. Segundo a própria Consuelo A. Pereira: [...] Deixei de ser estudante em 34, aí entrei nas Damas como noviça. Fui estudar no Ponto Uchoa. Fui depois pra Timbaúba. O colégio fechou e fui para Campina Grande. Lá fui chefe de corredor no internato, enfermeira e professora. Gostava de ser professora [...] Acho que minhas alunas também gostavam de mim [...] (CONSUELO A.PEREIRA, 01/04/2008, Grifos nossos). É dessa fala que se depreendem as articulações normativas institucionais da Congregação, na permissão para que jovens noviças que tinham tomado contato de direto com as normas e preceitos da congregação, via internato, tomassem parte nas instâncias educativas, fossem técnicas, fossem docentes. Uma prática que, parece-nos, servia de teste vocacional e cumprimento de uma espécie de ritual de passagem à condição de freira-educadora e de votos perpétuos. Dentro da formação da religiosa Damas estavam prescritos a conduta e o ethos da educadora religiosa: Não comecei logo em Campina como professora...né? Também tinha tarefas das missões, da congregação [...] Aí, tomava conta do corredor no internato. Fui depois dar aula. O que aprendi no curso em Nazaré da Mata [...] coloquei na prática em Campina Grande. Era noviça, tinha que ir [...] era minha missão. Também gostava de ensinar [...] (CONSUELO A.PEREIRA, 02/04/2008, Grifos nossos). Toda uma preocupação cimentada na condição da instrução como missão evidentemente se manifestava presente na introdução das noviças como docentes, embora no caso das Damas Cristãs perpassasse a dinâmica do contato direto com o alunado já desde essa espécie de formação prática, comum às que se submetiam àquela condição de aspirante a religiosa e educadora pela congregação belga. [...] A gente aprendia a ensinar nas classes de ensino de criancinhas, jardim da infância [...] minha formação foi [...] assim muito prática. A congregação também fazia encontros. Mandava agente pra palestras em Ponto Uchoa [...]. Em Campina Grande foi assim aprendi a ser professora dando aula no jardim (CONSUELO A.PEREIRA, 02/01/2009, Grifos nossos). No que diz respeito a Campina Grande, a presença de missionárias noviças da congregação nos faz entender que existia uma preocupação institucional com o comprometimento das religiosas na fixação ou sedimentação do Ratio Studiorum (método jesuítico estimulado na esfera eclesiástica), o que não quer dizer que jovens professoras como Consuelo Araújo Pereira não se dispusessem a tentar outros métodos que julgavam convenientes para suas aulas. Nas falas da noviça Consuelo Araújo Pereira: [...] tive contato com crianças [...] como professora em 1934, quando era noviça. Dava aulas no jardim. Eram meninas e meninos. Fui a primeira professora a levar teatro e brincadeiras para as aulas. Fazia os dramas todos. [...] Não tinha feito meus votos perpétuos. Era novinha viu? Gostava de aulas, de coisas diferentes né? Não gostava de decorar números, fórmulas, preferia contar estórias [...] (CONSUELO A.PEREIRA, 02/01/2009, Grifos nossos). Já ordenada com o nome de Irmã Odila Araújo (1936), manteve-se em Campina Grande como religiosa e professora do Colégio Imaculada Conceição, na interventoria de Gratuliano de Brito e no Estado Novo (FERREIRA, 1992, p.12), numa relação de dedicação à sala de aula prescrita então, definitivamente, sobre a condição de religiosa e educadora. Espaço esse que dividiu (como regra da congregação), entretanto, com outras tarefas. À época esteve sobre as ordens de Irmã Dominique Vianne, citada por Catão (2001, p.10) como uma das fundadoras do Colégio Imaculada Conceição em Campina Grande em 1931. O Colégio Imaculada Conceição exerceria – junto às elites campinenses – forte influência a partir de sua fundação e nas décadas de 1940 e 1950 (CATÃO, p.10-15). De forma elucidativa, para nossas inquirições sobre a docência confessional, podem ser percebidos aspectos enunciados nos depoimentos de Madre Odila no que se relacionam à maneira como religiosas das Damas podiam praticar suas respectivas disciplinas: pela pesquisa, ludicidade e afetividade. Marcadamente estavam presentes significações para o ensino confessional que não os de caráter unicamente opressivos nas práticas de Madre Odila. Sutis, porém importantes significações discursivas manifestadas no hibridismo (CANCLINI, 1990, p.134), entre o não abandono do rigor da instrução, ligada aos interesses católicos, e a tentativa de ajustamento às condições dos discursos modernos. Se levarmos em consideração que nas primeiras décadas do século XX a presença católica era demasiadamente rígida em termos de estrutura, convenções e práticas pedagógicas, ao mesmo tempo também não é surpreendente que educadoras formadas a partir dessas mesmas disposições eclesiásticas se prontificassem a outro formato ou mesmo proposta abrandada de instrução. Instrução muito mais afeita à conquista pela afetividade e até certo censo de criticidade. Evidentemente, dentro de preceitos não dicotômicos com as regras congregacionais. É o que transparece na fala de Madre Odila Araújo: [...] Também dei aula pra ensino fundamental [...] Dava aula de História. Era a que mais gostava. As alunas dizem que viajavam nas aulas [...] usava outras coisas [...] não ficava só falando [...] os trabalhos que passava eram assim...um dia pedi para minhas alunas identificar quem era os personagens que dava nome as ruas da cidade...elas fizeram trabalhos lindos e ficaram sabendo mais um pouco de quem eram...lembro que uma chegou até a perguntar por que não tinha índio...respondia que tinham sido mortos...sempre queria outras respostas. Resava depois da aula pelos índios [...] (CONSUELO A. PEREIRA,02/01/2009). Enfim, dentro dos olhares mais rígidos feitos pela percepção da imagem e do signo da freira como mãe zelosa da moral, representação de parte da historiografia anterior aos estudos baseados na cultura escolar, é sintomático para a tentativa de construção de novas visões sobre educadoras religiosas às vezes escaparmos da negação pela crítica da afetividade que também parecia existir nas relações escolares protagonizadas pelas professoras freiras, e nas que eram encaminhadas pelas individualidades e percepções de construção pedagógicas fruto das vivências íntimas. Muitas delas razoavelmente lúcidas e corajosas na seara do dogmatismo instrucional. É a fala da educadora religiosa Madre Odila Araújo, paraibana por adoção, que nos faz encaminhar dúvidas à tessitura de visões da tradição escolar católica como unicamente produtora de significados opressivos e destituídos de preocupação com as práticas de modernização da educação. Gostava de outras coisas como poesia, teatro, e revistas...trazia revistas pra sala de aula...como aquela [...] a Cruzeiro. Essa revista eu usava pra enfeitar as aulas com notícias que tavam relacionadas com o conteúdo. Não gostava só de datas nomes e fatos...acho que era isso que elas gostavam...Iniciei muito cedo em Campina Grande...também era enfermeira do colégio Santa Cristina. (CONSUELO A.PEREIRA, 02/01/2009) Ora, de qualquer forma, se quisermos captar signos expressivos da trajetória de Madre Odila Araújo Pereira como educadora paraibana é importante também visualizar marcas em sua postura como educadora do que chamamos de culturas instrucionais de confinamento 7 , esferas instrucionais que se desenvolveram no turbilhão de querelas e trajetórias múltiplas, manifestadas na construção de adaptabilidades e negações da modernidade instrucional que estava lentamente a caminhar na Paraíba do Norte e em outros estados. Considerações finais A importante trajetória de Madre Odila Araújo Pereira está em disponibilizar uma memória viva das práticas que se incidem sobre a imagem de uma educadora religiosa na Paraíba dos anos 30: uma professora que, a despeito de sua condição de religiosa, desapega-se da concretização – na sala de aula – da rigidez como única opção no ensino cristão comprometido. A partir do exposto, podemos entender sua postura como afirmativa de sua respectiva fé, suas práticas educativas também se percebem comprometidas com disposições pedagógicas que vinham a construir avanços, quiçá minimamente, em direção à ludicidade, reflexão e construção da educação como um ato tão só de doutrinação, mas de prazer e aprendizado significativo. Referências ALBERTI, Verena, Histórias dentro da História. In: PINSKY, Carla Bessanezi, (Org.), Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2006. 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