FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO BÁSICO
CONEXÕES DE SABERES: DIÁLOGOS ENTRE A UFRB E OS TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE DO RECÔNCAVO E DO VALE
DO JEQUIRIÇÁ
“PESQUISA E FORMAÇÃO PARA MAPEAMENTO DA DIVERSIDADE MULTICULTURAL INSTITUCIONAL EM CONTRASTE
COM OS TERRITÓRIOS REGIONAIS”
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IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO OPERADORA
Nome da Instituição Operadora: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
CNPJ: 07.777.800/0001-62
Endereço: Campus Universitário Cruz das Almas, s/n. – Centro
Cidade: Cruz das Almas
UF BA CEP: 44380-000 Telefone: (75) 3621-2350 / (75) 3621-9095
Dirigente da Instituição: Prof. Dr. Paulo Gabriel Soledade Nacif
CPF:
Identidade: 1885695-02
E-mail [email protected]
Telefone (75) 3621-2350 / (75) 3621-9095
Pró-reitoria:
Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis – PROPAAE
Profa. Dra. Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus
CPF: 56812825549
Identidade: 269720693
E-mail [email protected]
Telefone (75) 36219624 / (75) 99694916
Número de estudantes-bolsistas: 50 estudantes
Valor Total do projeto: R$ 336.000,00
Taxa de estudantes de origem popular (proporção de estudantes de origem popular por total de estudantes matriculado
no ano anterior).
Ano
Total de estudantes
Total de estudantes de % de estudantes de origem popular
origem popular
2009
3.537
1.592
45%
* A UFRB adota o sistema de reserva de vagas, logo se estima que 45% dos seus estudantes ingressaram mediante a política de
reserva de vagas, dado que se associa às condições das populações de baixa renda presentes nesses Territórios do Recôncavo e
do Vale do Jequiriçá. (Pesquisa Institucional sobre o perfil dos discentes da UFRB está em fase de conclusão).
CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO.
2.1 Identificação do Coordenador Geral (Identificação de profissional com experiência em projetos de extensão e/ou pesquisa na
temática do programa, preferencialmente com titulação de doutorado. Deverá anexar o Currículo Lattes.)
Nome: Dra. Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus
Grau de Instrução: Doutorado
Telefone: (75) 36219624 e (75) 99694916
Área de Formação: Educação
e-mail [email protected]
2.2 Identificação do Sub-coordenador de Acompanhamento e Avaliação (Identificação de profissional com experiência em
acompanhamento e avaliação. Deverá anexar o Currículo Lattes.)
Nome: prof. Dr. Cláudio Orlando Costa do Nascimento
Grau de Instrução: Doutorado
Área de Formação: Educação
Telefone: (75) 36219624 / (75) 99781069
e-mail [email protected]
2.3 Identificação de Corpo técnico (Identificação de profissional que atuarão como colaboradores.)
Nome: Maria Aparecida Lima
e-mail [email protected]
Atribuição acompanhamento pedagógico
Nome: Djenane Brasil
e-mail [email protected]
Atribuição execução técnica
Nome: Regina Cavalcante
e-mail [email protected]
Atribuição acompanhamento financeiro
Nome: Georgina Gonçalves
e-mail [email protected]
Atribuição execução técnica
Obs.: A UFRB é multicampi, os Gestores da PROPAAE atuam como sub-coordenadores adjuntos em cada
Centro de Ensino (Cruz das Almas, Amargosa, Santo Antônio de Jesus e Cachoeira/ CCAAB, CETEC, CFP,
CCS e CAHL).
3. PROJETO PEDAGÓGICO:
(Descrever a proposta pedagógica respeitando os objetivos que norteiam o Projeto Conexões de Saberes, com definição de
metodologias e ações utilizadas no projeto)
Inspiração e proposta pedagógica:
O Projeto local da UFRB, em consonância com os referenciais nacionais do Programa Conexões de Saberes: diálogos entre a
universidade e as comunidades populares, busca dar continuidade, ampliar e fortalecer políticas e estratégias de ações afirmativas
de acesso e permanência de estudantes de origem popular no ensino superior, ao tempo em que consolida a concepção e a
intencionalidade político-pedagógica da extensão universitária. O foco do Projeto consiste no protagonismo juvenil, na condição do
‘estudante-ator-autor’ inserido em atividades acadêmicas de ensino/pesquisa/extensão voltadas à ampliação da relação entre a
universidade e as comunidades populares; entre os saberes, experiências e fazeres presentes nesses dois contextos
socioculturais.
O Projeto Pedagógico inspira-se no ‘Recôncavo, como berço da nação brasileira’, busca refletir sobre o significado formativo das
políticas afirmativas de acesso e permanência estudantil, em contraste com as possibilidades de desenvolvermos atividades
acadêmicas voltadas para a implementação da história, da cultura e das tradições regionais, como referenciais constitutivos do
cenário contemporâneo, na medida em que trata da vida vivida localmente, impregnada de saberes e experiências que se
caracterizam, fundamentalmente, pelo reconhecimento e valorização das formas de resistência e afirmação de raízes populares e
experiências coletivas.
O Projeto selecionará, conforme os critérios previstos, 50 estudantes nos cinco Centros da UFRB (CCAAB, CETEC, CAHL, CCS,
CFP), considerando como espaços-contextos de pesquisa e formação as experiências institucionais produzidas pelos docentes,
estudantes e técnicos da Universidade, em contraste com outras experiências e saberes multiculturais produzidos nas
organizações governamentais e sociais, presentes nos Territórios de Identidade do Recôncavo e Vale do Jequiriça.
Considerando a diversidade das experiências dos Territórios, agregaremos um olhar especial para o desenvolvimento regional,
notadamente, para “As Feiras do Recôncavo e Jequiriçá como cenários de pesquisa e formação”, lugares nos quais circulam e se
integram não apenas mercadorias, mas especialmente, culturas, tradições, saberes, identidades e diferenças individuais e
coletivas, dentre outros referenciais.
O Projeto focalizará a multirreferencialidade local-regional, a Universidade, o Urbano e o Rural, contextos onde os jovens
universitários e os docentes, integrantes do Projeto, produzirão um inventário, catalogando e descrevendo as experiências
significativas identificadas, e, por conseguinte, estabelecendo as possibilidades de conectar saberes e construir formas de
inserção, participação e socialização através:
- das Rodas de Formação (Seminários Locais e Regional do Conexões de Saberes);
- do Encontro Nacional do Conexões de Saberes;
- do Colóquio da Diversidade;
- do Fórum Pró Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo;
3.1 Objetivos
Objetivo é contribuir para a permanência na universidade dos estudantes de baixa renda e grupos socialmente discriminados,
implementando atividades de extensão, ensino e pesquisa que visem a ampliar a formação dos referidos estudantes de forma
articulada com a comunidade de origem. A UFRB propõe-se a desenvolver o referido projeto no período de 12 (doze) meses,
destacando a importância desse Programa como mecanismo de inclusão e garantia de igualdade de oportunidades às populações
de baixa renda. O Programa Conexões de Saberes visa fortalecer o protagonismo de estudantes de origem popular em atividades
acadêmicas voltadas para a elaboração de diagnósticos, proposições e avaliação de políticas de ações afirmativas de acesso e
permanência nas universidades federais, assim como a sua inserção em atividades de ensino/pesquisa/extensão em suas
comunidades de origem, ampliando as relações entre a universidade e os moradores de espaços populares através da troca de
saberes e fazeres entre esses dois territórios socioculturais.Trata-se, portanto, de implementar políticas que contribuam para a
permanência, com sucesso, dos estudantes universitários de origem popular, tanto do ponto de vista das condições materiais
quanto do ponto de vista acadêmico, oferecendo orientação para a pesquisa e a extensão, estimulando a produção intelectual e a
reflexão sobre a vida universitária, de modo a fortalecer sua auto-estima e seus vínculos com as comunidades de origem.
Eixos e Objetivos Específicos
O Objetivo Geral expresso acima se desenvolve em três eixos estratégicos concomitantes:
i) Dar continuidade, ampliar e fortalecer proposições e estratégias coletivas de políticas, programas e ações afirmativas na UFRB,
no que concerne ao acesso e permanência de estudantes de origem popular, tendo como foco o protagonismo juvenil, o
desenvolvimento regional e a inclusão étnico-racial, a condição do ‘estudante-ator-autor’ inserido em atividades acadêmicas, de
ensino/pesquisa/extensão que contemplem a diversidade do Recôncavo e do Vale do Jequiriça, a relação de troca entre a
universidade e os Territórios; os saberes, experiências e fazeres presentes nesses dois contextos sócio-culturais.
ii) Político-institucional – Desenvolver em conjunto com a comunidade acadêmica e as dos Territórios do Recôncavo e Jequiriçá,
políticas institucionais e públicas, de caráter local e regional, visando ampliar a democratização do acesso e assegurar a
permanência de estudantes de origem popular no ensino superior, fortalecendo assim as parcerias entre a Universidade e os
Territórios de Identidade e o enraizamento das políticas afirmativas, da diversidade na agenda propositiva da UFRB e dos
Municípios que integram os Territórios;
iii) De formação acadêmica – Possibilitar ao jovem de origem popular maior condição de permanência na UFRB associado a
condição de viver plenamente a experiência universitária, notadamente, no que tange as atividades de formação, pesquisa,
extensão e ações afirmativas, conectando assim os conhecimentos produzidos na Universidade com as expressões de sabedorias
presentes nas experiências do cotidiano local, regional, objetivando uma atuação qualificada e comprometida com o
desenvolvimento da ciência e das suas comunidades de origem;
OBJETIVOS ESPECÌFICOS
a) Ampliar as alternativas de pesquisa cientifica, sobre a inserção de tecnologias e etno-métodos sócio-culturais, ao fortalecer
proposições e estratégias coletivas de políticas, programas e ações afirmativas da UFRB, no Recôncavo da Bahia, tendo como
foco o desenvolvimento regional, o protagonismo juvenil e a inclusão étnico-racial, associados na condição de ‘estudante-atorautor’.
b) Produzir e publicar resultados da pesquisa;
c) Implementar projeto de pesquisa-ação-formação, um inventário das organizações multiculturais locais, que possa contribuir com
a prática discente e docente nos Territórios de Identidade do Recôncavo e Jiquiriçá, e que possam possibilitem novas políticas e
práticas de publicação, formação, no que concerne, a resolução do CONAC-UFRB 01-2007 e as leis que tratam da obrigatoriedade
da educação das relações étnico-raciais.
id) Mapear, descrever e registrar a diversidade, práticas e saberes existentes nos Territórios de Identidade do Recôncavo e
Jequiriçá, dando enfoque especial às Feiras Livres como expressão multicultural;
3.2 Justificativas
O projeto proposto encontra base orçamentária na Ação 8741, denominada “desenvolvimento de Projetos Educacionais para
Acesso e Permanência na Universidade de estudantes de baixa renda e grupos socialmente desfavorecidos”. Tem como objetivos
específicos:
ampliar a inserção dos estudantes universitários de origem popular em comunidades de baixa renda, através da promoção de
ações de educação, direitos humanos, arte e cultura, junto às escolas localizadas em espaços populares; contribuir para a
valorização da Educação Básica e da escola pública como espaço de formação intelectual e de universalização de direitos;
fortalecer a democratização do acesso na educação básica e contribuir para a permanência com qualidade nesse nível de ensino
de estudantes de origem popular; contribuir para a construção de relações identitárias entre a comunidade e a escola para uma
efetiva parceria entre esses dois territórios sociais; estimular estratégias de articulação entre os diferentes atores envolvidos nas
ações educativas implementadas nas escolas públicas de espaços populares.
O Programa Conexões de Saberes busca fortalecer o protagonismo de estudantes de origem popular em atividades acadêmicas
voltadas para a elaboração de diagnósticos, proposições e avaliação de políticas de ações afirmativas de acesso e permanência
nas universidades federais, assim como a sua inserção em atividades de ensino/pesquisa/extensão em suas comunidades de
origem, ampliando as relações entre a universidade e os moradores de espaços populares através da troca de saberes e fazeres
entre esses dois territórios socioculturais.Trata-se, portanto, de implementar políticas que contribuam para a permanência, com
sucesso, dos estudantes universitários de origem popular, tanto do ponto de vista das condições materiais quanto do ponto de vista
acadêmico, oferecendo orientação para a pesquisa e a extensão, estimulando a produção intelectual e a reflexão sobre a vida
universitária, de modo a fortalecer sua auto-estima e seus vínculos com as comunidades de origem. Tem como objetivos
específicos: ampliar a inserção dos estudantes universitários de origem popular em comunidades de baixa renda, através da
promoção de ações de educação, direitos humanos, arte e cultura, junto às escolas localizadas em espaços populares; fortalecer a
democratização do acesso na educação básica e contribuir para a permanência com qualidade nesse nível de ensino de
estudantes de origem popular; contribuir para a construção de relações identitárias entre a comunidade e a escola para uma efetiva
parceria entre esses dois territórios sociais; estimular estratégias de articulação entre os diferentes atores envolvidos nas ações
educativas implementadas nas escolas públicas de espaços populares.
Olhando o Recôncavo: sentidos geohistóricos e socioculturais
O presente projeto encadeia os seguintes sentidos: num primeiro momento, situaremos os contextos geográfico, histórico e
sociocultural que constituem e dão significados à nossa Universidade, os Territórios e as Comunidades de origem popular, de onde
advêm a maioria dos nossos estudantes, e no segundo momento, enfatizaremos as implicações da UFRB em relação ao
desenvolvimento regional, a inclusão social e a igualdade racial e, por fim, trabalharemos com as narrativas e experiências locais,
focalizando as políticas de sentidos sobre e as expressões de sabedoria produzidas nos Territórios de Identidade.
Chama-se Recôncavo um determinado espaço geohistórico formado por manguezais, baixios e tabuleiros que circundam a Baía de
Todos os Santos, no estado da Bahia, região Nordeste do Brasil. Tal denominação data do século XVI, período inicial da
colonização portuguesa na América baseado na produção do açúcar. Oficialmente as primeiras informações acerca da exportação
do açúcar produzido no Brasil datam de 1545, originalmente em engenhos do Espírito Santo. Entretanto, a indústria açucareira
teve maior desenvolvimento nas Capitanias da Baía de Todos os Santos e de Pernambuco.
Na terra de Todos os Santos, e já naquele tempo dos orixás, o cultivo da cana de açúcar efetivamente inaugurou a colonização do
entorno da baía. Após guerras para expulsão das populações nativas que viviam no entorno dos rios Paraguaçu e Jaguaripe, em
1559, os portugueses, apoiados pela ação missionária dos jesuítas, conseguiram adentrar e se estabelecer no território. Para
tanto, várias aldeias foram destruídas e queimadas, os nativos das terras foram massacrados, principalmente os tupinambás,
principal grupo sociolingüístico que ocupava a região.
E no solo de massapê antes repleto de aldeias foi plantada a cana-de-açúcar sendo construídos engenhos e igrejas católicas -
tudo isso engendrado em um primeiro momento pelos braços indígenas e em seguida pelos africanos escravizados trazidos da
Costa d’África nos porões dos navios que faziam o “infame comércio”, o tráfico negreiro.
Sabe-se por informações de alguns cronistas daquele período que no final do século XVI na Baía de Todos os Santos existiam
várias freguesias, igrejas, mosteiros religiosos e muitos engenhos efetivando a ocupação das margens do rio Paraguaçu em seu
trecho navegável, e de todo o lagamar do Iguape. Deste modo foi implantada a base da economia agro-exportadora do açúcar no
Recôncavo, principal responsável pelo poder e desenvolvimento desfrutado pela Cidade do Salvador, que se tornou a principal
cidade européia fora da Europa e também já naquele tempo o principal núcleo de africanos fora da África - decorrente do volume
de açúcar produzido no Recôncavo.
As vilas que foram surgindo no Recôncavo resultavam da pujança dos engenhos que proporcionavam notável importância aos
seus proprietários, muitos dos quais possuíam títulos da nobreza e exerciam significativa influencia junto à corte. Para além da
riqueza senhorial, o Recôncavo foi também exemplo de negociação e resistência por parte dos africanos aqui escravizados. Há
inúmeros registros de acordos que permitiam aos escravizados o cultivo de pequenas roças, permitindo inclusive a comercialização
de seus produtos e, até mesmo, a permissão para a constituição de famílias. Ao mesmo tempo, sabe-se da existência de muitos
quilombos no entorno da Baía de Todos os Santos, que, do mesmo modo, foi cenário de muitas rebeliões escravas que muitas
vezes nasciam de articulações entre grupos residentes em Salvador e outros nos engenhos do Recôncavo.
Após mais de trezentos anos de intensa atividade econômica, oscilando entre momentos de quedas e crescimento do volume da
produção, o açúcar, sempre se mantendo como o principal produto de exportação baiano, inicia, por volta 1876, um longo período
de depressão. Constantes ataques de pragas e instabilidades climáticas provocam a perda de safras seguidas. Para compensar os
prejuízos a mão de obra escrava é vendida para a próspera lavoura cafeeira da região sudeste. Para agravar mais a situação, na
Europa alguns países passam a produzir o açúcar da beterraba diminuindo a dependência do produto importado. O governo
imperial tentou contornar a crise criando uma Escola Superior de Agricultura no Recôncavo, e construiu os engenhos gerais,
visando separar a atividade agrícola do fabrico do açúcar. Ambas as iniciativas fracassaram e, em 1888, com a abolição da
escravatura, os engenhos entraram definitivamente em decadência. Com arruinamento dos engenhos surgiram as usinas de
açúcar que acenaram com uma possível prosperidade social, econômica e tecnológica da região, mas não suportaram mais que
algumas décadas.
Nas ruínas dos velhos engenhos não há mais o barulho do trabalho nas moendas, os cânticos da fé cristã que ecoavam nas
capelas e muito menos o grito de dor dos escravizados ou os sons de suas vozes nas festas que organizavam ou somente
participavam. Dos tempos de glória do Recôncavo restam muitas ruínas das capelas, alguns poucos solares e igrejas reformadas
que insistem, neste início de século, em contar uma história lavrada em momentos áureos, tempos de riqueza de um passado
distante e imponente. Restou ao Recôncavo, após tanta riqueza proporcionada à Bahia, um presente de abandono e de
esquecimento que nem as ferrovias, as rodovias, os parques industriais ou mesmo a sempre atenta indústria do turismo querem se
lembrar. (trechos extraídos e adaptados da produção do Prof. Paulo de Jesus CAHL-UFRB, Sobre o Recôncavo da Bahia, Dialogo
entre a UFRB, as escolas de ensino médio e as comunidades populares do Recôncavo, 2008).
Nascimento da UFRB: compromisso com desenvolvimento regional e inclusão social
A UFRB nasceu do esforço do governo federal em interiorizar o ensino superior no Brasil. A interiorização visa democratizar o
ensino superior, público e de qualidade para as populações que historicamente ficaram alijadas do processo educativo
universitário. Alijados desse processo, as regiões interioranas do Brasil, em nosso caso específico do Recôncavo da Bahia,
quedaram-se sem desenvolvimento apesar de sua rica contribuição para a história do Estado e do Brasil. Assim a missão do
Desenvolvimento Regional vem amenizar essa injustiça histórica. Desenvolvimento Regional significa tanto desenvolvimento
econômico como cultural; significa tanto integração como inclusão social. Daí que as políticas afirmativas apresentam-se como
eixos estratégicos para o desenvolvimento regional, visto que atacam as desigualdades sociais e étnicas que se instauraram na
região do Recôncavo baiano. Desse modo, o diagnóstico sócio-econômico dos estudantes de origem popular e das comunidades
populares se constitui como uma importante ferramenta de combate a essa desigualdade, uma vez que possibilita um estudo sobre
as condições de vida e pobreza do público alvo, possibilitando detectar o nível de vulnerabilidade social1 de indivíduos, grupos e
comunidades. Assim, o mapeamento das condições econômicas, culturais, educacionais e de sociabilidade se apresenta como
uma iniciativa de pesquisa, ensino e extensão, além de fornecer subsídios para o desenvolvimento de ações com foco no combate
Vulnerabilidade Social é a combinação de fatores (econômicos, sociais, culturais, etc.) que produzem uma deterioração do nível de bem-estar
dos indivíduos, grupos ou comunidades, em conseqüência de sua exposição a determinados tipos de riscos. Os vulnerabilizados são
desasticidos de políticas públicas e proteção social básica ou especial.
1
à desigualdade social étnico-racial.
O Conexões de Saberes: dia´logos entre a UFRB e os Territórios de Identidade
Assim, o programa Conexões de Saberes vem ao encontro com os objetivos e metas da UFRB, especificamente da Pró-Reitoria de
Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis no intuito de promover o desenvolvimento regional por meio do protagonismo
estudantil, e fortalecer as comunidades através da interiorização do ensino.
O intuito do Projeto é ampliar as políticas de acesso e permanência dos jovens de origem popular na Universidade. A estratégia é
estreitar a relação da UFRB com os Territórios de Identidade do Recôncavo e Jiquiriçá, produzindo diálogos, desenvolvendo
estudos e ações de pesquisa e extensão, com forte cunho social e com potencial acadêmico elevado.
O Projeto vai propiciar trocas mutuas sobre os saberes produzidos na Região. Possibilitará um diálogo da Universidade com os
mais velhos, seja com as Yalorixás e Babalorixás dos Terreiros de Candomblé, com os Mestres da Capoeira, com o Samba-deRoda, ou nas Casas de Farinha, no Artesanato Ètnico, nas Feiras dos Territórios do Recôncavo e do Vale do Jequiriçá, e
principalmente, com aqueles que detêm a memória local, os Griôs desses Territórios.
Com isso, além de contribuir significativamente na formação do estudante, de incentivar a criação de projetos de pesquisa e
extensão, estaremos estreitando a relação entre o saber acadêmico e o saber dos mestres populares da cultura, sem hierarquizálos, mas, pelo contrário, estabelecendo relações de respeito, reconhecimento e reciprocidade.
O desenvolvimento regional promulgado pela UFRB passa pelas ações de ensino, pesquisa e extensão. A ação protagonista dos
estudantes do Programa Conexão de Saberes realizará um mapeamento, um diagnóstico, um banco de dados para contribuir com
as ações em curso na Universidade.
Por fim, consideramos que a interiorização do ensino superior, o desenvolvimento regional, a política da diversidade e a promoção
da equidade racial serão efetivadas pelas ações protagonistas dos estudantes e professores associadas às experiências
territoriais. De outra sorte, o Recôncavo da Bahia, que já foi à principal referência econômica e política do Brasil Colonial e que
sofreu um processo histórico de invisibilização e desprestígio social, culminando no isolamento econômico-social da região, tem
agora, a partir da fundação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, uma oportunidade de valorizar o legado cultural e
civilizatório dessa região, contribuindo assim para o desenvolvimento do Recôncavo e a valorização dos saberes de sua gente. O
projeto justifica-se por essa combinação de fatores sociais, políticos e culturais e pela oportunidade de minorar as injustiças
estruturais que recaíram sobre o Recôncavo da Bahia, e justifica-se ainda pelo modo como o projeto é elaborado, dando ênfase ao
protagonismo estudantil e aos saberes populares.
3.3 Metodologia (Descrição da operacionalização do projeto, destacando a articulação entre as atividades de formação do
estudante, extensão universitária e pesquisa)
O Conexão de Saberes integra a Política de Permanência Qualificada da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e,
representa um fazer contínuo que alia os saberes e práticas acadêmicas com os saberes e fazeres das comunidades. Esta relação
dialógica se dá, principalmente, pelo enraizamento de práticas protagonistas de valorização e visibilidade de jovens de origem
popular para dentro e para fora da Universidade.
Estes diálogos interdependentes que se estabelecem entre estas distintas formas de saberes possibilitam a imersão na realidade
sócio-política e cultural das populações e organizações presentes nos territórios do Recôncavo e do Jequiriçá, como também, torna
visível as possibilidades existentes para a juventude local com relação as experiências, resistências e estratégias de afirmações
identitárias dos Territórios, que passam a ser lócus de aprendizagem e formação.
A construção e elaboração do projeto de pesquisa-ação-formação pelos professores e estudantes atores-autores envolvidos no
Programa os conduzirão para um inventário de cunho etnográfico, onde as descobertas serão realizadas conforme as vivências,
observações e diálogos produzidos nos campos da pesquisa, na própria Universidade e nas Organizações Locais, que produzem
suas tecnologias sociais, seus etno-métodos, suas histórias cotidianamente.
A metodologia deste Projeto tem seu embasamento nas teorias de pesquisa-ação que contemplam a complexidade, considerando
aspectos quantitativos e qualitativos da realidade pesquisada. Nesse sentido, o trabalho produzirá interconexões de sentidos:
históricos, antropológicos, sociais, culturais, educacionais, dentre outros.
As estratégias de ação, procedimentos e as proposições das fases da pesquisa não podem ser assumidos como trajetórias fixas,
fechadas, e sim como trilhas, que contemplem também os acontecimentos, que via de regra, ocorrem nos percursos e itinerâncias
de pesquisa.
A idéia é construir uma pesquisa-ação, que seja produzida de forma dialógica, mutualista junto aos sujeitos sócio-culturais; logo os
métodos/fases indicados podem sofrer mudanças mediante as necessidades de adaptações às realidades.
Assim, são estratégias metodológicas da Pesquisa:
- Levantamento e análise bibliográfica;
- Registros iconográficos, fotográficos e filmagens de alguns Municípios dos Territórios de Identidades e das Feiras;
- Levantamento de dados na internet;
- Trabalho de campo;
- Entrevistas;
- Questionários semi-estruturados;
- Grupos focais;
- Vivências,;
- Atividade de estudo do meio;
- Seminários Locais, Regional e Nacional;
Rodas de Formação como dispositivo metodológico:
São vivências constituídas e organizadas pelos professores e estudantes envolvidos no Programa. Elas promovem o debate de
temas escolhidos como importantes para a pesquisa-extensão-formação, desta forma, também se constituem em ferramentas
importantes para socialização e apresentação de seminários e produção diálogos formativos, solidários e mutualistas.
As Rodas de Formação compreendem ações metodológicas coletivas, participativas e assim possibilitam compreensões mais
complexas das realidades e fenômenos estudados, na medida em que as falas horizontalizadas possibilitam relações de
interdependências e complementaridades.
3.4 População beneficiada
Caracterização dos estudantes:
Serão prioritários os estudantes oriundos de comunidades populares, de escolas públicas, de famílias com pais com baixa
escolaridade e renda mensal de até 02 (dois) salários mínimos (realidade regional). Também priorizaremos a participação dos
estudantes que ingressaram na UFRB mediante o sistema de reserva de vagas.
Metodologia de seleção dos estudantes:
1º etapa: Abertura de edital público com ampla divulgação com data prevista para inscrição dos candidatos, entrega de
documentação e preenchimento de questionário sócio-econômico;
2º etapa: Entrevistas sociais e análise documental para identificar perfil dos estudantes, com ênfase nas experiências
protagonistas, colaborativas e na capacidade de trabalho em grupo, dentre outros aspectos relevantes para execução das
atividades do programa;
3ª. Etapa: Divulgação dos resultados através de edital, efetivação do vinculo junto ao NAIE/Coordenação de Assuntos
Estudantis/PROPAAE.
3. 5, 3.6 e 3.7 Atividade de Formação ocorrerão integradas às Atividades de Estudos e Pesquisa e às Atividades de
Extensão conforme descrição abaixo (Pesquisa-Extensão-Formação)
3.5 Atividades de Formação do estudante (Descrição das atividades de formação acadêmica e sócia-política dos estudantes
contemplando as diretrizes do programas, segundo período, carga horária, objetivos,conteúdo e metodologia).
3.7 Atividades de estudos e Pesquisas (Descrição das atividades dos grupos de estudo e pesquisa, observando as seguintes
linhas de intervenção: a) valorização das ações afirmativas nas universidades; b) Saberes, práticas e demandas das
comunidades populares; e c) inclusão dos estudantes universitário de origem popular).
Atividade
Período
Carga
Horária
Maio 2010 20h\
Levantamento
bibliográfico
e até Julho semanais
estudos relativos à 2010
temática.
Elaboração
de Maio 2010 20h\
projeto de pesquisa até Julho semanais
e extensão
2010
Experiência piloto e
produção de dados
da pesquisa com
ação
formativaextensionista.
20h\
Agosto
2010 até semanais
dezembro
2010
Análise dos dados
20h\
Janeiro
2011 até semanais
Fevereiro
2011
Relatório Preliminar
para através de
ações de extensão
qualificar
a
produção.
Produção
do
relatório final e
Publicação
dos
resultados
Fevereiro
2011
Objetivo
Conteúdo
Compreensão do
tema e escolha
das
categorias,
noções
significativas para
o
estudopesquisaextensão
Contribuir com a
formação
do
estudante no que
tange a escrita de
um projeto de
pesquisa/extensão
Contribuir com a
formação
do
estudante no que
tange
ao
desenvolvimento
e produção de
dados .
Territórios
de Rodas de formação.
Identidade
do
Recôncavo e do
Vale do Jequiriçá.
Conexões de
saberes: diálogos
entre a UFRB e
os Territórios de
Identidae do
Recôncavo e do
Vale do Jequiriçá
Descrito
nas
estratégias
metodológicas da pesquisa (Vide
acima)
Contribuir com a
formação
do
estudante no que
concerne
a
análise
e
contrastes
dos
dados produzidos.
Pesquisa e
formação
implicadas na
construção de um
mapeamento que
expresse a
diversidade
multicultural
institucional em
contraste com os
territórios
regionais.
Rodas de Formação
Metodologia
Pesquisa.
20h\semanais Socialização dos idem
primeiros
resultados
e
qualificação
da
produção.
20h\
Contribuir com a Idem
Março
formação
do
2011 até semanais
estudante no que
abril 2011
tange
a
sistematização e
Metodologia
de Rodas de Formação
Rodas
de
Formação
Territórios de Identidade.
Rodas de Formação
nos
Ação de extensão: Abril 2011
Reunião
nos
Espaços
dos
Territórios
para
socializar
os
resultados
da
Pesquisa.
Seminários Locais, Em
Regional
e definição
Encontro Nacional
do Conexões
20h\
semanais
publicação
dos
resultados
encontrados.
Socializar
as
experiências.
Socializar
as
experiências
e
nortear
as
políticas públicas
e institucionais.
- Colóquio da
Diversidade;
- Fórum Pró
Igualdade Racial e
Inclusão Social do
Recôncavo;
Em
definição
das datas
e
da
concepção.
Formação
Instrumental para
as atividades de
pesquisa e
extensão.
. Durante Incluída nas Formação
Instrumental
todo
o 20h\
semanais
Projeto
Em definição.
Temas: Políticas Oficinas e aulas.
Afirmativas,
Diversidade,
Informática
e
Língua
Estrangeira.
3.6 Complementando Atividades de extensão universitária (Descrição das atividades de extensão universitária,
apresentando caracterização das comunidades a serem beneficiadas pelos projetos; e distribuição das atividades segundo
período, objetivo, conteúdo e metodologia proposto).
Comunidade selecionada:
A Comunidade Acadêmica da UFRB e os Territórios de Identidade do Recôncavo e do Vale do Jequiriçá (Bahia).
Caracterização:
Caracterização da UFRB:
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia inicia suas atividades multicampi (Centros CCAAB, CETEC, CFP, CCS, CAHL) em
2006, como resultado de uma luta histórica da sociedade civil baiana organizada. Desse modo, a UFRB assumiu o posicionamento
político de contribuir para a correção das distorções sócio-educacionais ainda vigentes no nosso País, implantando uma política
institucional de reserva de vagas2, e criando a pioneira Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis - PROPAAE.
Podemos dizer que a UFRB assume o Recôncavo como “território de aprendizagem” (Nacif, 2007)3, sintonizando-se com as
questões do seu espaço-tempo, buscando superar as antinomias, assumindo de forma ampla e em profundidade as representações
e significados da tradição e da contemporaneidade, do local e do global.
A UFRB, através do anúncio: ‘Recôncavo, berço da nação brasileira’ afirma seu posicionamento no que concerne à instituição de
políticas e práticas educacionais, de ensino, pesquisa, extensão e ações afirmativas implicadas com os referenciais históricos,
culturais e da tradição ‘baiana-brasileira’.4 Essa perspectiva dos modos de vida tradicional, e da expressão de experiências e
saberes estão postos em contraste com outras formas tidas como modernas e/ou pós-modernas.
No que tange às implicações e responsabilidades sócio-culturais, a UFRB através da PROPAAE, alicerça-se em temas relacionados
ao desenvolvimento regional; à contemporaneidade e diversidade; à afrodescendência, às políticas afirmativas e estudos étnicoraciais; às políticas de acesso, permanência e pós-permanência no Ensino Superior; à educação, história, cultura, gênero,
sexualidade e juventude que consubstanciam eixos norteadores que guardam relação com as políticas e práticas de educação,
conectadas com inclusão social e equidade, de modo a assegurar institucionalmente as políticas afirmativas e de inclusão social.
Isto evidencia um posicionamento político-ético-epistemológico-emancipatório, na medida em que educação, igualdade racial e
inclusão social são assumidos como referenciais constitutivos do pensar e agir como pautas político-pedagógicas da Universidade,
sobretudo, pela possibilidade de contribuir na superação de formas de convivência conservadoras, discriminatórias e excludentes,
visando assim, a inserção cidadã, cooperativa, propositiva e solidária dos diferentes sujeitos sócio-históricos, nos âmbitos cultural,
político e econômico da sociedade. ( extraído do texto produzido pelo prof,. Cláudio Orlando C. do Nascimento e profa. Rita Dias,
Anais do Fórum Pró-igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo, 2008).
Caracterização preliminar dos Territórios de identidade do Recôncavo e Vale do Jequiriçá:
TERRITÓRIO DO RECÔNCAVO – BAHIA, 2007
Cidades:
Nazaré, Varzedo, Saubara, Sapeaçu, Muritiba, São Félix, Cachoeira, São Filipe, Maragogipe, Santo Amaro, Castro Alves, Muniz
Ferreira, Cruz das Almas, Dom Macêdo Costa, Conceição do Almeida, Governador Mangabeira, Santo Antônio de Jesus, São
Francisco do Conde, Cabaceiras do Paraguassu, São Sebastião do Passe.
TERRITÓRIO DO VALE DO JEQUIRIÇÁ - BAHIA, 2007
Cidades:
Laje, Ubaíra, Itiruçu, Maracás, Irajuba, Mutuípe, Brejões, Iramaia, Milagres, Amargosa, Itaquara, Jequiriçá, Planaltino, Santa Inês,
Jaguaquara, Cravolândia, Nova Itarana, Elísio Medrado, Lajedo do Tabocal, Lafayete Coutinho, São Miguel das Matas
(Fonte: Coordenação Estadual dos Territórios - CET, 2007)
Os Territórios de Identidade do Recôncavo e do Vale do Jequiriçá, suas experiências organizacionais, suas feiras são espaços
que expressam um panorama da produção regional, tornado-se um relevante cenário das condições de vida localmente, de
produção cultural, de diversidade social, étnica, dentre outros aspectos. As Feiras são espaços de hibridização de conhecimentos,
de populações, de produtos, de produtores, de consumidores, de saberes, artes e culturas populares que se revelam nas suas
estratégias de sobrevivência, de geração e circulação de riquezas.
Inspirado nessa perspectiva afirmativa, no que tange às relações culturais e históricas dos africanos, dos indígenas e seus
descendentes, a produção existencial da diversidade nesses Territórios da Bahia, o Projeto possibilitará um estudo mais
aprofundado sobre essas características, em contraste com as características que norteiam construção do Projeto da UFRB.
- As atividades no campo, metodologia, duração e alunos envolvidos.
Atividades
Período
Descritas concomitantes com as
ações de pesquisa e formação.
Conforme a proposta de pesquisaação-formação essas ações são
interdependentes e complementares:
Mapear os Territórios de Identidade Maio
do Recôncavo e do Vale do Jequiriçá Junho
2010
Atividade de campo com a
participação de 50 estudantes:
Experiência piloto e produção de
dados da pesquisa com ação
formativa-extensionista..
Atividade de campo com a
participação de 50 estudantes:
Apresentação nos Territórios do
Relatório Preliminar para através de
ações de extensão qualificar a
produção
Atividade de campo com a
participação de 50 estudantes:
Ação de extensão: Reunião nos
Territórios para socializar os
resultados da Pesquisa e lançamento
da publicação.
TERRITÓRIO DO RECÔNCAVO –
Cidades:
Nazaré, Varzedo, Saubara, Sapeaçu,
Muritiba, São Félix, Cachoeira, São
Filipe, Maragogipe, Santo Amaro,
Castro Alves, Muniz Ferreira, Cruz
das Almas, Dom Macêdo Costa,
Conceição do Almeida, Governador
Mangabeira, Santo Antônio de Jesus,
São Francisco do Conde, Cabaceiras
do Paraguassu, São Sebastião do
Passe.
TERRITÓRIO DO VALE DO
JEQUIRIÇÁ -Cidades: Laje, Ubaíra,
Carga Horária
e Nas
20h\semanais
Objetivo
Delimitar
campo
Pesquisa.
Agosto a Incluídos nas Observar
Dezembro 20h\semanais campo
de 2010
pesquisa
produzir
dados.
Fev 2011
idem
Qualificar
relatório
Abril
2011
de idem
Conteúdo
o Geografia
e
da Gestão
dos
Territórios
de
identidade
de
o Metodologia
da pesquisa-açãoe formação
Metodologia
Reunião com os
Gestores
dos
referidos
Territórios.
Vivenciar
a
experiência de
forma
supervisionada.
o Interpretação dos Rodas
dados da pesquisa formação
de
Rodas
Formação
de
Socializar
e mapeamento que
expresse a
fazer
diversidade
devoluções
sobre
os multicultural
achados
e institucional em
produção da contraste com os
territórios
Pesquisa.
regionais.
Itiruçu, Maracás, Irajuba, Mutuípe,
Brejões, Iramaia, Milagres,
Amargosa, Itaquara, Jequiriçá,
Planaltino, Santa Inês, Jaguaquara,
Cravolândia, Nova Itarana, Elísio
Medrado, Lajedo do Tabocal,
Lafayete Coutinho, São Miguel das
Matas
(Fonte: Coordenação Estadual dos
Territórios - CET, 2007)
Caracterização dos Grupos:
- A Comunidade Acadêmica da UFRB (experiências docentes, discentes e dos servidores técnico- administrativos);
- As Organizações governamentais, não governamentais, movimentos sócio-culturais e indivíduos que trabalham nas feiras livres
nos municípios que integram os Territórios de Identidade do Recôncavo e do Vale do Jequiriçá (Bahia).
3.8 Parcerias (Identificação das instituições parceiras, definição das atividades e atribuições relativas a cada partícipe).
Instituição parceira
Atividades desenvolvidas
Atribuição
do Objetivo e metas
Quantitativo de
partícipe
alunos envolvidos
Colegiados dos Cursos Informar dados para a Ser colaborador do Contribuir na produção dos 5
da UFRB
pesquisa.
programa
dados da pesquisa
Grupos de Pesquisas da Informar dados para a Ser colaborador do Contribuir na produção dos 5
UFRB
pesquisa.
programa
dados da pesquisa
Territórios de Identidade Informar e produzir dados para Ser
colaborador Contribuir na produção dos 40
do Recôncavo e do Vale a pesquisa e contribuir na pedagógico
do dados da pesquisa e na
do Jequiriçá
formação da equipe.
programa
socialização dos resultados
3.9 Infra-estrutura de funcionamento do projeto (Identificação da área física: local, quantidade de salas, bibliotecas,
laboratórios, equipamentos e mobiliários disponíveis).
Salas:
- 1 Sala da Coordenação na PROPAAE, com carteiras, telefones e computadores disponíveis - Cruz das Almas
- 4 Salas nos Centros de Cachoeira (CAHL), Cruz das Almas ( CCAAB) e Amargosa (CFP) – Santo Antônio de Jesus. (CCS)
Biblioteca:
- Bibliotecas dos Centros CCAAB, CETEC, CCS, CFP e CAHL ;
- Cadernos da Coleção Caminhada;
- Cadernos da Coleção Grandes Temas;
- Cadernos Pedagógicos – produzidos pelo Programa na UFRB
- Dissertações e Teses de professores colaboradores do Programa.
Equipamentos:
- Filmadora Portátil
- Projetor Multimídia
- Câmara Digital
- Pen Drive
- Computadores na PROPAAE
3.10 Cronograma de execução (detalhamento da distribuição das atividades por mês durante a execução do curso)
Atividade
Mês
Mês
Mês
Mês
Mês
Mês
Mês
Mês
Mês
Mês
Mês
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Mês
12
Seleção dos Estudantes
Maio
Levantamento bibliográfico e Maio
estudos relativos à temática
Elaboração de projeto de Maio
pesquisa e extensão
Experiência piloto e produção
de dados da pesquisa com
ação formativa-extensionista.
Análise dos dados
Relatório Preliminar para
através de ações de
extensão
qualificar
a
produção
Produção do relatório final e
Publicação dos resultados
Ação de extensão: Reunião
nos Espaços dos Territórios
para socializar os resultados
da Pesquisa.
Seminários Locais, Regional
e Encontro Nacional do
Conexões
A definir
-Colóquio da Diversidade;
-Fórum Pró Igualdade Racial
e Inclusão Social do
Recôncavo;
Ação de extensão: Reunião
nos Espaços dos Territórios
para socializar os resultados
da Pesquisa.
Junho
Junho Julho
Junho
Julho
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Fev
Mar
Abril
Abril
Set
Julho
Out
Nov
Out
Jan
3.11 Demonstrativo financeiro
Categoria / Atividade
Conforme o Termo de Cooperação a ser firmado entre
FNDE e UFRB corresponde ao desenvolvimento de
projetos educacionais para acesso e permanência na
universidade de estudantes de baixa renda e grupos
socialmente discriminados.
% do total de Valor Unitário
recursos
100%
Quantidade
Valor Total
336.000,00
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FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO BÁSICO