Alimentação no primeiro ano de vida
Yanna Aires Gadelha de Mattos
Hospital - ALA B
07/05/2010
www.paulomargotto.com.br
IMPORTÂNCIA
 Impacto
na promoção à saúde e no
crescimento e desenvolvimento
adequados.
 Papel relevante na prevenção de doenças
crônicas na vida adulta, como obesidade,
diabetes e doenças cardiovasculares.
ALEITAMENTO MATERNO
ALEITAMENTO MATERNO
 LEITE
MATERNO:
Nutricionalmente completo;
Condições ideais de absorção de nutrientes;
Passa do seio à boca em tempo e
temperatura adequados;
Isento de germes, mesmo em precárias
condições de higiene;
 MAMÍFEROS: leites espécie - específicos.
ALEITAMENTO MATERNO
Dieta Materna
 Balanceada
e diversificada,pobre em
gorduras animais, produtos
industrializados e cafeína, sem excessos
de lácteos, doces e refrigerantes.
 Boa ingesta hídrica.
 Variação da dieta materna: importante no
aprendizado dos sabores pelo lactente, o
qual se inicia na vida intra-uterina.
COLOSTRO





Primeiros dias pós parto: 2 - 20 mL por mamada;
Características laxantes, favorecendo a eliminação de
mecônio;
Imunoglobulinas atapetam a mucosa intestinal,
impedindo aderência ou invasão de germes
patogênicos.
Evolução para leite maduro em 3 – 14 dias após o
nascimento (apojadura).
Alta densidade e pequeno volume; menos lactose,
gordura e vitaminas hidrossolúveis; mais proteínas,
vitaminas lipossolúveis e minerais como zinco e sódio.
COLOSTRO X LEITE MADURO
COLOSTRO
LEITE MADURO
DENSIDADE
1050
1030
ÁGUA (ml/100 ml)
87,2
87,3
PROTEÍNAS (g/100
ml)
2,7
1,1
GORDURA (g/100 ml) 2,9
3,8
LACTOSE (g/100 ml)
5,3
7,0
MINERAIS (g/100 ml)
0,4
0,2
CALORIAS (kcal/ 100
ml)
58
68
LM: PROTEÍNAS

Dentre os mamíferos, o leite humano é o de menor
concentração protéica: 0,8 a 0,9 g/100 ml, mas
perfeitamente adequada para o crescimento normal,
sem sobrecarregar os rins imaturos do bebê.
 Contém todos os aminoácidos essenciais em
concentrações balanceadas.
 Alfa-lactoalbumina: componente importante do sistema
enzimático da síntese de lactose, grande valor nutritivo.
 LV: alta concentração de caseína, com formação de
coágulo firme (difícil digestibilidade, esvaziamento
gástrico mais lento) e com alta afinidade pelo cálcio,
dificultando a absorção deste.
 LV: betalactoglobulina bovina pode sensibilizar lactentes
susceptíveis.
LM: PROTEÍNAS
Leite humano
Leite de vaca
Caseína
18%
82%
Proteínas do soro
82%
18%
(alfa-lactoalbumina, seroalbumina,
lactoferrina, ferritina, IgA secretória,
proteínas derivados das células).
Caseína
Alfalactoalbumina
Betalactoglobulina
Colostro
(g/100 ml)
Leite humano
maduro (g/100 ml)
Leite de vaca
(g/100 ml)
1,2
0,25
2,8
0,3
0,2
0,4
LM: FATORES PROTETORES

LACTOFERRINA: grande afinidade pelo ferro,
evita que as bactérias o utilizem. (colostro: 5-7
mg/ml, no leite maduro: 1 mg/ml); EGPR
(enterocyte-growth promoting role).
 LISOZIMA: ação antibacteriana contra grampositivos e enterobactérias.
 IMUNOGLOBULINAS: principalmente IgA
secretória, mas também IgA livre, IgG e IgM. A
IgA secretória é resistente à ação das
proteases, tem ação antiinfecciosa direta,
protegendo o intestino contra vírus e bactérias.
LM: GORDURAS

Componente mais variável do leite humano,
com flutuações circadianas e picos no fim da
manhã e começo da tarde; também varia com a
dieta materna.
 Alta concentração no leite final (não limitar a
duração das mamadas!)
 Secretada em glóbulos microscópicos, menores
que as gotículas de gordura do leite de vaca.
 Os triglicérides correspondem a 98% dos
lipídios dos glóbulos.
LM: GORDURAS

Membranas globulares: fosfolípides, esteróis (colesterol)
e proteínas.
 Ácidos graxos: 42% saturados, 57% insaturados.
 Ácidos graxos de cadeia longa: importantes para o
desenvolvimento e mielinização do cérebro.
 Entre as gorduras poliinsaturadas são particularmente
importantes os ácidos araquidônico e linoléico
(concentração 4 vezes maior no LH), por causa da
síntese das prostaglandinas. Estas, por sua vez, têm
importante atuação sobre a digestão e maturação das
células intestinais.
LM: GORDURAS
 35-50%
da ingestão energética do leite
materno é na forma de gordura;
 Lactente: imaturidade na secreção de
lipase pancreática e conjugação de sais
biliares.
 Presença de lipase no LM!
LM: HIDRATOS DE CARBONO

Lactose é o principal carboidrato do leite humano, onde
é encontrado em maior quantidade.
 A lactose parece ser um nutriente específico da infância,
pois a lactase só é encontrada em filhotes de
mamíferos.
 40% das necessidades energéticas, metabolizada em
glicose e galactose.
 Facilita a absorção de cálcio e ferro.
 Promove a colonização intestinal com Lactobacillus
bifidus, bactérias fermentativas que promovem um meio
ácido, inibindo o crescimento de bactérias patogênicas,
fungos e parasitas.
LM: HIDRATOS DE CARBONO
O
fator bífidus, carboidrato nitrogenado
encontrado no LH, estimula o crescimento
dos L. bifidus.
 Intolerância primária: rara!
 Mais comumente: intolerâncias
transitórias.
LM: VITAMINAS E SAIS
MINERAIS

Concentração variável com a dieta materna, quase
sempre adequada às necessidades dos bebês.
 Ingestão de vitaminas lipossolúveis oscila
marcadamente dada a variabilidade da concentração de
gorduras no leite humano e sua relação com a dieta
materna.
 A concentração de vitamina A é maior no leite humano
do que no de vaca, exceto em populações deficientes.
 Sua quantidade no colostro é o dobro da do leite
maduro.
 A deficiência de vitamina A no segundo ano de vida é
mais comum entre infantes desmamados precocemente
do que entre os que ainda mamam.
LM: VITAMINAS E SAIS
MINERAIS




No puerpério imediato a concentração de vitamina K é maior no
colostro e leite inicial do que no final, mas após duas semanas a
flora intestinal que fornece vitamina K está instalada nos bebês
amamentados.
A melhor via de ingestão de vitamina D não é o trato
gastrointestinal, por permitir absorção de quantidades tóxicas. A
pele, na presença de luz solar é adequada tanto para fabricar
potencialmente grandes quantidades de vitamina D quanto para
impedir a absorção de quantidades maiores do que a capacidade
de uso e armazenagem do organismo.
Recomenda-se a exposição direta da pele à luz solar a partir da
segunda semana de vida, sendo suficiente a quota semanal de 30
minutos com a criança usando apenas fraldas (seis a oito minutos
por dia, três vezes por semana) ou de duas horas/semana em
exposição parcial (17 minutos por dia), com exposição apenas da
face e das mãos da criança.
Variações nas vitaminas hidrossolúveis dependem da dieta da mãe,
mas as concentrações no leite das bem nutridas são geralmente
mais que suficientes.
LM: VITAMINAS E SAIS
MINERAIS




A concentração da maioria dos minerais no leite
materno, como cálcio, ferro, fósforo, magnésio, zinco,
potássio e flúor não é significantemente afetada pela
dieta materna.
A concentração de minerais é menor no leite materno do
que nos substitutos e melhor adaptada às necessidades
nutricionais e capacidades metabólicas dos bebês.
O cálcio é absorvido mais eficientemente devido à alta
relação cálcio:fósforo do leite humano (2:1).
Ferro: alta biodisponibilidade (LM: 70%, LV:30%).
OMS



Aleitamento materno exclusivo até os seis meses de
idade.
Introdução de alimentos complementares a partir dos 6
meses de vida, com estímulo à manutenção da
amamentação até dois anos ou mais.
O período de introdução da alimentação complementar
é uma fase de transição e de elevado risco para a
criança, tanto pela possibilidade de inadequações
quantitativas e qualitativas, quanto pela chance de
contaminação no preparo e armazenamento,
favorecendo a ocorrência de doença diarréica,
desnutrição e anemia carencial ferropriva.
OMS

Crescimento deficitário com LME nos primeiros 6
meses: avaliar primeiro a técnica de amamentação
antes de recomendar a introdução de alimentos
complementares. Em caso de má técnica, com o não
esvaziamento completo das mamas, levando à
diminuição da produção de leite, a conduta de escolha é
orientar e apoiar a mãe para que o bebê aumente a
ingestão do leite materno e não introduzir a alimentação
complementar desnecessariamente.

É importante lembrar que as curvas de crescimento da
NCHS são predominantemente baseadas em crianças
alimentadas com leites industrializados e que o
crescimento de crianças amamentadas saudáveis, entre
os 3 e 9 meses de idade aproximadamente, é
freqüentemente inferior ao de crianças nãoamamentadas, sem que isso, no entanto, implique
qualquer desvantagem funcional.
OMS

A OMS recentemente coordenou um estudo
multicêntrico em países selecionados, inclusive no
Brasil, de acompanhamento do crescimento de crianças
em aleitamento materno exclusivo por no mínimo 4
meses e em aleitamento materno complementado até
pelo menos os 12 meses. Com os resultados desse
estudo, foi criada uma nova curva de crescimento para
crianças, recomendada pela OMS em substituição ao
padrão de referência do NCHS (final de 2007).

Introduzir os alimentos complementares tardiamente
também é desfavorável, porque o crescimento da
criança para ou se lentifica, e o risco de desnutrição e
de deficiência de micronutrientes aumenta.
ALEITAMENTO MATERNO


Conteúdo modificado com o evoluir da lactação, ao
longo do dia, dentro de uma mamada ou mesmo de
acordo com a idade gestacional do recém-nascido.
Proteção efetiva a curto e longo prazo. Com respeito às
doenças infecciosas, salienta-se o efeito protetor do AM
exclusivo, mantido até o sexto mês de vida, na proteção
contra otite média, assim como nas pneumonias e na
doença diarréica
Em relação às doenças crônicas, há efeito protetor
comprovado do AM contra doença de Chron, linfoma,
diabetes mellitus tipo 1 e algumas formas de alergia.
OS DEZ PASSOS PARA A
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
(MS/OPAS E SBP)










Passo 1. Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás
ou quaisquer outros alimentos;
Passo 2. A partir dos seis meses introduzir de forma lenta e gradual outros
alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais;
Passo 3. Após os seis meses dar alimentos complementares (cereais, tubérculos,
carnes, leguminosas, frutas, legumes) três vezes ao dia, se a criança receber leite
materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada;
Passo 4. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de
horários, respeitando-se sempre a vontade da criança;
Passo 5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida
com colher; começar com consistência pastosa (papas/ purês) e, gradativamente,
aumentar a consistência até chegar à alimentação da família;
Passo 6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada
é uma alimentação colorida;
Passo 7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições;
Passo 8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e
outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação;
Passo 9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu
armazenamento e conservação adequados;
Passo 10. Estimular a criança doente e convalescente a alimentar-se, oferecendo
sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos e respeitando sua aceitação
Alimentação complementar para
lactentes em aleitamento materno

Se o aleitamento materno não é possível deve-se usar,
preferencialmente, uma fórmula infantil de seguimento.

Deve ser pesquisada história familiar de alergia, antes
da introdução de novos alimentos.

Frutas devem ser oferecidas nesta idade,
preferencialmente, sob a forma de papas e sucos,
sempre em colheradas.

Nenhuma fruta é contra-indicada.

Sucos naturais devem ser usados, preferencialmente,
após as refeições principais e não em substituição
destas, em quantidade máxima de 240 ml/dia.
Alimentação complementar para
lactentes em aleitamento materno
CEREAL OU TUBÉRCULO: ARROZ, MILHO, BATATA, BATATA DOCE, INHAME,
CARÁ, MANDIOCA, CENOURA, NABO, BETERRABA, RABANETE.
+
HORTALIÇAS: ABÓBORA, ABOBRINHA, ACELGA, AIPO, ALCACHOFRA, ALFACE,
ALFAFA, ASPARGO, BERINJELA, BRÓCOLOS, CEBOLA, ALHO, ALHO PORÓ, CHICÓRIA,
CHUCHU, COUVE, COUVE-FLOR, ENDÍVIA, ESPINAFRE, JILÓ, PEPINO, MAXIXE
+
LEGUMINOSAS: FEIJÕES (PRETO, MULATINHO, MANTEIGA, CARIOCA), GRÃO-DEBICO, ERVILHA, SOJA, LENTILHA, FAVA.
+
PROTEÍNA ANIMAL: VACA, FRANGO, PORCO, PEIXE OU VÍSCERAS, EM ESPECIAL
O FÍGADO.
Alimentação complementar para
lactentes em aleitamento materno

Primeira papa, como refeição principal, deve ser
oferecida entre o sexto e sétimo mês, no horário
de almoço ou jantar, podendo ser utilizados os
mesmos alimentos da família, desde que
adequados, completando-se a refeição com a
amamentação, enquanto não houver boa
aceitação.

Erro comum: baixa quantidade de gordura.
Alimentação complementar para lactentes
em aleitamento materno

Sal deve ser usado em pouquíssima
quantidade, assim como se devem evitar caldos
e condimentos industrializados.

Tempero leve, oferecer sem exageros.

A papa deve ser amassada, sem peneirar nem
liquefazer. Não se deve retirar a carne, assim
como os demais componentes.
Alimentação complementar para lactentes
em aleitamento materno

A introdução de carne vermelha é importante nessa fase,
visando não só o fornecimento de ferro heme de elevada
biodisponibidade, como de zinco.

O ferro e o zinco são essenciais para o sistema imune,
desenvolvimento neurocognitivo e crescimento pósnatal.

Recomenda-se que carne vermelha, frango ou peixe
sejam consumidos diariamente ou com a maior
freqüência possível.
Alimentação complementar para
lactentes em aleitamento materno
(Departamento de Gastroenterologia Pediátrica da
Sociedade de Pediatria do DF)

Mãe retornando ao trabalho: antecipar introdução de
sopinha e frutas para 4 meses, mantendo aleitamento
materno.

Esquema 2-2-2:
Leite materno
Fruta
Almoço
Fruta
Jantar
Leite materno
NÃO OFERECER
(Departamento de Gastroenterologia Pediátrica da
Sociedade de Pediatria do DF)

Água: aumenta o intervalo entre as mamadas e diminui
o volume do leite ingerido, diminuindo seu poder protetor
e calórico.
 Chás: flavanóides, fitatos, ácido fenólico, polifenóis,
taninos inibem absorção de ferro, não curam as cólicas.
 Açúcares: reduzem o apetite, não nutrem, competem
com as refeições, provocam cáries e cólicas.
 Trigo: pode favorecer o surgimento precoce da doença
celíaca em predispostos.
 Leite de vaca e derivados: alto poder alergizante, inibe
absorção de ferro, sobrecarga de solutos renais.
Alimentação complementar para lactentes
não amamentados ou precocemente
desmamados
(Departamento de Gastroenterologia Pediátrica da
Sociedade de Pediatria do DF)


Leite modificado adequado à idade.
Sete a oito refeições ao dia, com intervalos de 3
horas, no primeiro mês.
 Aumentar progressivamente os intervalos entre
as mamadas, com retirada das dietas noturnas
por volta do quarto ou quinto mês.
 Introduzir comida caseira a partir do quarto
mês.
 Sexto mês: duas refeições lácteas, duas frutas
e duas papinhas de sal.
Sullivan AS, Birch LL. Infant dietary experience
and acceptance
of solid foods. Pediatrics. 1994;93:271-7.
 Recomenda-se
introduzir os novos
alimentos gradualmente, um de cada vez,
a cada 3 a 7 dias. É muito comum a
criança rejeitar novos alimentos, não
devendo este fato ser interpretado como
uma aversão permanente da criança ao
alimento. Em média, a criança precisa ser
exposta a um novo alimento de oito a 10
vezes para que o aceite bem.
Alimentação complementar para lactentes
não amamentados ou precocemente
desmamados
(Departamento de Gastroenterologia Pediátrica da
Sociedade de Pediatria do DF)

Não oferecer mamadeira à criança que estiver dormindo
e evitar as mamadas de madrugada.
 Não abusar dos sucos.
 Oferecer água pura nos intervalos.
 Orientar sobre higiene alimentar.
 Não diluir excessivamente a papinha de sal (risco de
perda da densidade energética).
 Introduzir um novo alimento a cada 3 dias, observando
possíveis efeitos adversos.
 Insistir no uso de novos alimentos, variando o cardápio.
 Não oferecer leite de vaca integral antes de 24 meses
de vida.
Recomendação do Departamento de Nutrologia da SBP quanto à
suplementação de ferro
Situação
Recomendação
Lactentes nascidos a termo, AIG, em
aleitamento materno exclusivo até 6
meses de idade
Não indicado
Lactentes nascidos a termo, AIG, em
uso de fórmula infantil até 6 meses de
idade e a partir do sexto mês, se
houver ingestão mínima de 500 ml de
fórmula por dia
Não indicado
Lactentes nascidos a termo, AIG, a
partir da introdução de alimentos
complementares
1 mg/kg/dia de ferro elementar até 2
anos de idade ou 25 mg de ferro
elementar/semana até 18 meses de
idade.
Prematuros com mais de 1500 g e
RNBP, a partir do 30º dia de vida
2mg/kg/dia de ferro elementar durante
todo o primeiro ano de vida. Após este
período, 1 mg/kg/dia até 2 anos de
idade.
BIBLIOGRAFIA
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2.
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a review of current scientific knowledge.Geneva: World Health Organization,
WHO/NUT/98.1,1998.
PAHO/WHO. Guiding principles for complementary feeding of the breastfed child.
Division of Health Promotion and Protection. Food and Nutrition Program. Pan
American Health Organization/ World Health Organization. Washington/Geneva;
2003.
Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamento de Nutrologia. Manual de
orientação: alimentação do lactente, alimentação do pré-escolar, alimentação do
escolar, alimentação do adolescente, alimentação na escola/ Sociedade Brasileira
de Pediatria. Departamento de Nutrologia. - São Paulo: Sociedade Brasileira de
Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2006, 64 p.
Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, Departamento de Gastroenterologia
Pediátrica. Manual de Gastroenterologia Pediátrica. Brasília, 2002.
Brasil/Ministério da Saúde/OPS. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos.
Serie A. Normas e manuais técnicos no 107. Brasília, DF: Ministério da Saúde;
2002.
Monte CMG, Giugliani ERJ. Recomendações para alimentação complementar da
criança em aleitamento materno. J Pediatr (Rio J). 2004;80(5 Supl):S131-S141.
Sullivan AS, Birch LL. Infant dietary experience and acceptance of solid foods.
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American Academy of Pediatrics. Committee on Nutrition. Pediatric Nutrition
Handbook. USA: AAP, 5.ed, 2004. 1178 p.
Onis M, Garza C, Onyango AW, Martorell R. WHO Child Growth Standards. Acta
Paediatr 2006; 450: 7-101.
OBRIGADA!
Recomendações para prevenção da alergia alimentar
Adaptado de Zeiger, 200353
Parâmetro
AAP
ESPGAN
Comentário
Crianças com alto risco para
alergia
Sim:
Ambos os pais
ou
Pai ou Mãe e um Irmão
Sim:
Pais
ou
Irmão
AAP é mais rigorosa na classificação.
Este é o parâmetro principal, pois os
parâmetros seguintes só teriam
indicação se este for positivo. Pais com
história de alergia são aqueles com de
rinite alérgica, dermatite atópica, asma
e/ou alergia alimentar.
Dieta na gestante
Não recomenda, talvez
eliminação do amendoim
Não recomenda
Os estudos falham em demonstrar
benefícios, e existem potenciais
malefícios da dieta de restrição na
nutrição materna e do recém-nascido.
Como o amendoim não é um nutriente
essencial, ele poderia ser evitado
Aleitamento materno
exclusivo
Durante os 6 primeiros meses
Durante os 4 a 6 primeiros
meses
Estudos confirmam este benefício
Dieta materna durante a
lactação
Eliminar amendoim e nozes,
considerar a eliminação de ovos,
leite de vaca e peixe
Não é recomendado
Contraditório, necessário mais estudos
Suplementação de cálcio e
vitaminas durante a dieta
materna de restrição
Sim
Não é discutido este aspecto
Necessário para prevenir deficiências
nutricionais da dieta de restrição
Utilizar fórmulas de soja
Não
Não
A maioria dos estudos falha em mostrar
benefício do uso de fórmulas de soja na
prevenção primária
Fórmulas hipoalergênicas
para suplementação ou
complementação de crianças
de alto risco
Sim.
Utilizar preferencialmente as de
proteínas extensamente
hidrolisadas, se não for possível
utilizar as com proteínas
parcialmente hidrolisadas
Sim.
Usar fórmulas com
hipoalergenicidade
comprovada
Existem vários estudos que justificam o
uso de fórmulas de proteínas
extensivamente hidrolisadas nas
crianças de alto risco, no entanto, pelo
alto custo, pode-se utilizar as com
proteínas parcialmente hidrolisadas
Introdução de alimentos
sólidos
Iniciar pelo menos no 6º mês:
introduzir leite de vaca aos 12m,
ovo aos 24m, amendoim, nozes
e peixe aos 36m
Começar no mínimo aos 5m
de idade seguindo a
orientação de introdução para
crianças saudáveis
A ESPGHAN é menos restrita por se
basear em evidências disponíveis,
enquanto que a AAP baseia-se em
consensos
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Alimentação no primeiro a no de vida