Grupo de Ecofisiologia e Melhoramento Florestal
PREVENÇÃO de ACIDENTES
E
PRIMEIROS SOCORROS
1
ÍNDECE
ACIDENTES E PRIMEIROS SOCORROS ............................................................................................... 3
1.1.ACIDENTES QUE PÕEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA DE INDIVÍDUOS. ................................... 3
1.2. ACIDENTES QUE PÕEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA DO EDIFÍCIO E/OU DE TODAS AS
PESSOAS NO LOCAL ...................................................................................................................... 5
2. EMERGÊNCIAS E PRIMEIROS SOCORROS .......................................................................... 6
2.1. EMERGÊNCIAS ................................................................................................................. 6
2.1.1. DERRAMES QUÍMICOS
6
2.1.2. BIOLÓGICOS
7
2.2. MATERIAIS COMBUSTÍVEIS ..................................................................................................... 7
2.2.1. GASES
2.2.2. POTENCIAIS PERIGOS ASSOCIADOS AOS GASES COMPRIMIDOS
9
10
2.3 ARMAZENAMENTO DE GASES COMPRIMIDOS........................................................................... 11
2.4 GASES LIQUEFEITOS ............................................................................................................ 14
RISCOS ASSOCIADOS À UTILIZAÇÃO DE FLUIDOS CRIOGÉNICOS
14
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA NO MANUSEAMENTO DE AZOTO LÍQUIDO A BAIXAM
TEMPERATURAS:
15
2.5. FOGO ................................................................................................................................. 15
2.5.1 PLANO DE EVACUAÇÃO
15
2.6. INCÊNDIOS .......................................................................................................................... 16
2.6.1.COMBATE A INCÊNDIOS
16
3. PRIMEIROS SOCORROS .............................................................................................................. 21
3.1.CONTAMINAÇÃO POR INALAÇÃO ............................................................................................ 21
3.2.CONTAMINAÇÃO POR CONTACTO: .......................................................................................... 21
3.3.CORPOS ESTRANHOS NOS OLHOS ......................................................................................... 22
3.4.QUEIMADURAS PELO CALOR.................................................................................................. 22
3.5. HEMORRAGIAS .................................................................................................................... 23
3.6. LACERAÇÕES ...................................................................................................................... 23
3.7.DESINFECÇÃO DE FERIDAS ................................................................................................... 24
4. FARMÁCIA ................................................................................................................................. 25
TELEFONES DE EMERGÊNCIA .......................................................................................................... 26
2
ACIDENTES E PRIMEIROS SOCORROS
Sendo o laboratório um local de risco controlado, o conhecimento e
cumprimento das normas de segurança podem não ser suficientes para evitar a
ocorrência de acidentes. Existem tratamentos de primeiros socorros a aplicar
em cada tipo de acidente, sendo, no entanto, essencial a máxima presença de
espírito e rapidez de actuação, pelo que as pessoas vitimadas ou quem esteja
presente devem imediatamente comunicar a ocorrência ao professor
responsável.
1.1. ACIDENTES QUE PÕEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA DE
INDIVÍDUOS.
Em caso de acidente deve-se, sempre que possível, não movimentar o
sinistrado até à presença dos serviços de emergência médica. Em alguns
casos, é necessário socorrer imediatamente o sinistrado enquanto se espera
pelos serviços de emergência. A Tabela 1 mostra alguns dos acidentes que
podem ocorrer e que, até determinado grau, podem ser assistidos
imediatamente.
Tabela 1. Tipo de acidentes que podem ocorrer e procedimentos a seguir
Tipo de Acidente
Golpes ligeiros
Procedimento
Fazer sangrar o golpe por alguns segundos.
Remover estilhaços (caso seja necessário) e lavar com
água corrente.
Desinfectar e proteger com um penso.
Lavar abundantemente a área afectada com água
corrente e sabão, o que facilita a remoção de produtos
químicos, usando o chuveiro de emergência (caso exista).
Remover o vestuário contaminado.
Salpicos e queimaduras
químicas superficiais
As queimaduras com ácidos ou com bromo devem ser
posteriormente lavadas com uma solução de carbonato de
sódio a 5%. As queimaduras com bases devem ser
lavadas com ácido acético a 5% existente nos primeiros
socorros de laboratório. Cobrir a área afectada com gaze
esterilizada sem apertar.
Consultar os serviços médicos ou levar directamente
às urgências médicas.
3
Usar água ou gelo (apenas se a queimadura for
superficial). Para queimaduras térmicas aplicar uma
pomada própria existente na caixa de primeiros socorros e
proteger com gaze esterilizada.
Queimaduras térmicas
ou com fogo
Salpicos de reagentes
químicos nos olhos
Inalação de substâncias
tóxicas
Para queimaduras com fogo é necessário abafar a
chama, eventualmente fazendo o sinistrado rolar no chão,
e usar chuveiro de emergência quando possível.
Consultar os serviços médicos ou levar directamente
às urgências médicas.
Lavar com soro fisiológico ou água de esguicho próprio
(frasco lavador), mantendo as pálpebras afastadas com a
ajuda de dois dedos para que o jacto de água seja
tangencial ao globo ocular. Consultar os serviços
médicos ou levar directamente às urgências médicas.
Afastar o acidentado do local contaminado, aliviando-lhe o
vestuário no pescoço e no peito. Se ocorrer inconsciência,
deitar o sinistrado de face virada para baixo, mantendo-o
aquecido e eventualmente tentar a reanimação boca a
boca (excepção para contaminação por venenos).
Transportar para o hospital.
Ingestão de reagentes
(sólidos, líquidos)
Bochechar com água, sem ingerir, se a contaminação for
apenas bucal. Caso tenha havido ingestão, beber água ou
leite em abundância e deslocar rapidamente para o
hospital.
Eléctrico
Desligar a corrente/quadro de electricidade antes de
socorrer o acidentado. Se não for possível, colocar
debaixo dos pés, material isolante e afaste a vítima da
fonte com um cabo de vassoura ou uma cadeira de
madeira. Não utilizar materiais metálicos ou húmidos.
Estado de choque
O estado de choque pode resultar de um acidente físico
ou de um distúrbio emocional e os sintomas podem ser
prostração, palidez, pele húmida e fria, debilidade,
tonturas, ansiedade ou problemas de visão. A vítima deve
ser colocada em posição horizontal com os pés num plano
ligeiramente superior ao mesmo tempo que se tenta
tranquilizar e diminuir a ansiedade. Deve ser deslocada
até ao hospital
4
1.2. ACIDENTES QUE PÕEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA DO EDIFÍCIO
E/OU DE TODAS AS PESSOAS NO LOCAL
No caso de ocorrer um acidente de proporções elevadas, que ponha em
risco a integridade das pessoas presentes e do edifício, como um incêndio, o
risco de uma explosão ou a libertação de gases tóxicos, o edifício deve ser
evacuado imediatamente. Na Tabela 2 apresentam-se os efeitos fisiológicos
provocados por gases tóxicos e as concentrações expressas em ppm a partir
das quais os efeitos tóxicos são produzidos.
Tabela 2. Efeitos fisiológicos de gases tóxicos em ppm
Gás
Efeito após
30-60 min
Mortal em 30
min
Imediatamente
Mortal
100
150
180
Ácido Clorídrico - HCl
1 000
1 300
1 300
Ácido fluorídrico – HF
50
250
--------
Ácido sulfídrico – H2S
300
600
1 000
Amoníaco – NH3
500
2 200
2 500
Cloro – Cl2
40
150
1 000
Dióxido de carbono –
3 500
---
6 000
Fosgénio – COCl2
25
30
50
Monóxido de carbono –
1 500
4 000
10 000
Vapores nitrosos – NO /
NO2
100
---
200
Ácido cianídrico - HCN
Fonte: Companhia de Bombeiros Sapadores de Lisboa
5
2. EMERGÊNCIAS E PRIMEIROS SOCORROS
Todos os trabalhadores de um laboratório estão sujeitos a pequenos acidentes
(feridas/lacerações e queimaduras), que devem ser tratados imediatamente. A
caixa de primeiros socorros, que deve existir no piso do laboratório para o
efeito, terá de estar identificada com uma cruz vermelha e o conhecimento da
sua localização é obrigatório.
2.1. EMERGÊNCIAS
Problemas mais comuns em laboratório:
2.1.1. DERRAMES QUÍMICOS
⇒ Todos os técnicos de laboratório devem conhecer os riscos
associados aos reagentes químicos com que trabalham e saber
quando é seguro limpar um derrame menor.
⇒ Para limpar pequenos derrames podem ser utilizadas toalhas de
papel, assumindo que o papel não reage com o material derramado, ou
material absorvente e/ou neutralizante (existem, no mercado, “kits” de
absorventes e/ou neutralizantes indicados para os vários tipos de
materiais derramáveis, p.e. Chemisorb , da Merck), colocando o
resíduo em recipiente apropriado para mais tarde ser descartado.
⇒ Quando o derrame tem contacto directo com o operador deve-se
proceder à lavagem da zona afectada, a baixa pressão durante 15 a 30
minutos. Se a zona afectada for os olhos, deve-se verificar se a pessoa
usa lentes de contacto e removê-las antes de proceder à lavagem.
Manter sempre os olhos bem abertos durante o procedimento.
⇒ Quando se trata de substâncias voláteis, mesmo que o derrame seja
pequeno, se o acidente ocorrer fora da “hotte” deve-se proceder à
evacuação imediata do laboratório ou do edifício, se necessário, fechá-lo
e chamar ajuda especializada. Pessoas directamente envolvidas no
acidente devem-se manter disponíveis no exterior do laboratório ou do
edifício para prestar assistência ao corpo de intervenção, a menos que
necessitem de assistência médica imediata.
6
2.1.2. BIOLÓGICOS
⇒ Quando se trata de um derrame de matéria não patogénica pode
proceder-se à desinfecção por reagentes químicos, como por exemplo,
hipoclorito.
⇒ Materiais patogénicos devem ser trabalhados sob protecção de uma
câmara de segurança biológica, a qual protege o operador e em caso
de derrame apenas torna necessária a desinfecção da superfície com,
por exemplo, hipoclorito, e do ar, filtros e condutas, com agentes que
possam atingi-los, como por exemplo gás formaldeído. Quando o
derrame de patogénicos ocorre fora da câmara, deve-se proceder à
evacuação e fecho do laboratório, respirando o mínimo de aerossóis
possível. Qualquer material contaminado, como batas, luvas, calças,
sapatos, etc., deve ser removido e colocado em recipientes fechados
para posterior descontaminação. Quem estiver presente no laboratório
deve-se lavar muito bem e proceder a um exame médico.
2.2. MATERIAIS COMBUSTÍVEIS
Os materiais combustíveis podem existir nas três fases – sólida, líquida e
gasosa, tendo obviamente propriedades diferentes. Num laboratório, é fácil
encontrar exemplos para cada um dos tipos, sendo assim necessário saber
reconhecer o tipo de combustível e as propriedades associadas.
Os gases e vapores combustíveis mais conhecidos são o butano, o
propano, o acetileno, o hidrogénio, o éter etílico e vapores de gasolina.
Uma mistura de ar e um combustível gasoso só se torna inflamável quanto
está dentro de um determinado intervalo de concentração. Para o monóxido de
carbono o intervalo varia entre 12,5 e 74%, sendo o restante ar. Estes valores
são designados por limite mínimo e máximo de inflamável (ou explosão). O
intervalo entre estes valores é designado por zona inflamável. Apresentam-se,
na Tabela 3, alguns valores mínimos e máximos de explosão para alguns
combustíveis.
7
Tabela 3. Valores mínimos e máximos de inflamabilidade de combustíveis
Combustível
Limite Mínimo
Limite Máximo
Acetileno
Inflamável
1,5 %
Inflamável
82%
Acetona
2,5%
13%
Álcool etílico
3,5%
15%
Amoníaco
15%
28%
Benzeno
0,7%
8%
Butano
1,5%
8,5%
4%
75,6%
4,3%
45,5%
Metano
5%
15%
Propano
2,1%
9,5%
Hidrogénio
Gás sulfídrico
Fonte: Companhia de Bombeiros Sapadores
Tal como para os gases, a percentagem da mistura vapores e ar (oxigénio) tem
de estar dentro da zona inflamável para que se inicie um fogo. Para os líquidos
combustíveis existem três temperaturas que determinam o seu comportamento
relativamente à combustão, que são as seguintes: temperatura de inflamação;
temperatura de combustão e temperatura de ignição.
⇒ Temperatura de inflamação (Flash Point): é a temperatura mínima a que
uma substância liberta vapores combustíveis em quantidade suficiente
para formar com o ar e na presença de uma fonte de ignição uma
mistura inflamável, que se extingue logo que a fonte de ignição seja
retirada por insuficiência de vapores.
⇒ Temperatura de combustão (Fire Point): é a temperatura mínima a que
uma substância liberta vapores combustíveis em quantidade e rapidez
suficientes para formar com o ar e na presença de uma fonte de ignição
uma mistura inflamável, continuando a sua combustão mesmo depois de
retirada a fonte de ignição.
8
⇒ Temperatura de ignição (Ignition Point): é a temperatura mínima a que
uma substância liberta vapores combustíveis que, em mistura com o ar e
sem a presença de uma fonte de ignição, se inflamam.
Na Tabela 4, apresentam-se as temperaturas de inflamação, combustão e
ignição de vários líquidos combustíveis de uso comum, tanto em casa como
num laboratório.
Tabela 4. Temperaturas de inflamação, combustão e ignição de combustíveis
Combustível
Temperatura
Temperatura
Temperatura
Inflamação
Combustão
Ignição
- 40 º C
- 20 º C
277 º C
Fuel oil
66 ºC
93 º C
230 º C
Gasóleo
90 ºC
104 º C
330 º C
Álcool
13 ºC
----
370 º C
Butano
- 60 ºC
----
430 º C
Benzeno
- 12 ºC
----
538 º C
Éter dietílico
- 45 ºC
----
170 º C
Gasolina
Fonte: Companhia de Bombeiros Sapadores
2.2.1. GASES
Na maioria dos laboratórios é necessário trabalhar com gases comprimidos.
Estes são divididos em três grupos: gases liquefeitos, gases comprimidos (nãoliquefeitos) e gases dissolvidos.
G ASES LIQUEFEITOS : É um gás parcialmente líquido a 21ºC, à pressão de
carga da garrafa. São exemplos de gases comprimidos liquefeitos o propano e
o dióxido de carbono.
9
G ASES NÃO LIQUEFEITOS : É um gás que se encontra completamente no estado
gasoso a 21ºC, à pressão de carga da garrafa. Oxigénio, azoto, hélio, árgon e
hidrogénio são exemplos de gases comprimidos não liquefeitos.
G ASES DISSOLVIDOS : É um gás que se encontra dissolvido num solvente. O
único exemplo de uso comum é o acetileno. Este gás é geralmente dissolvido
em acetona dado que é instável na ausência de um solvente (é
espontaneamente combustível em contacto com o ar a pressões ligeiramente
superiores à pressão atmosférica à temperatura ambiente).
2.2.2. POTENCIAIS PERIGOS ASSOCIADOS AOS GASES COMPRIMIDOS
Pressão: A probabilidade de rotura de cilindros de gás é extremamente
pequena quando estes são manipulados correctamente. Estes podem, no
entanto, sofrer rotura devido a técnicas de enchimento impróprias, à corrosão
ou a um incêndio. Todos os gases comprimidos devem ser considerados
potencialmente perigosos devido à elevada pressão a que estão sujeitos.
Inflamação: São exemplo de gases inflamáveis hidrogénio, acetileno, metano.
Oxidantes: Os gases oxidantes são aqueles que provocam ou aceleram a
combustão de materiais inflamáveis. Exemplos de gases oxidantes são
oxigénio, óxido nitroso e cloro.
Asfixia: A asfixia é o principal perigo associado a gases inertes. Sendo
completamente inodoros e invisíveis é possível a ocorrência de uma fuga por
um intervalo de tempo alargado sem que seja detectada. Exemplos de gases
inertes de uso comum são o azoto e o árgon.
Corrosivos: Os gases corrosivos podem queimar metais e atacam
rapidamente a pele. Gases corrosivos, como o NH3, HCl ou HCN, podem
atacar roupa protectora contra fogo.
Toxicidade: A toxicidade dos gases varia entre a toxicidade extrema
(causando a morte ou danos graves após breve contacto) e a toxicidade ligeira
(causando irritação). Cianeto de hidrogénio e monóxido de carbono são
exemplos de gases tóxicos. Gases tóxicos, como o Cl2 ou NO, provocam
envenenamento mas os sintomas podem não ser imediatos, alguns gases
podem ser tóxicos e corrosivos em simultâneo.
A Tabela 5 mostra a classificação de alguns gases comprimidos de uso
industrial comum.
10
Tabela 5. Exemplos de gases comprimidos tóxicos e/ou corrosivos
Gás
Tóxico
Corrosivo
Gás
Tóxico
NH3
X
H2S
X
BCl3
X
CH3Br
X
BF3
X
CH3SH
X
CO
X
CH3NH2
CF2O
X
X
NO*
X
COS
X
X
ClNO
X
Cl2
x
x
PF5
C2N2
x
SiCl2
x
Corrosivo
X
X
X
x
SiF6
x
x
x
SiF4
x
x
(CH3)2NH
X
SO2
HBr
X
SO2F2
HCl
x
(CH3)3N
X
X
X
2.3 ARMAZENAMENTO DE GASES COMPRIMIDOS
O armazenamento dos gases é muito importante em termos de segurança e de
qualidade de trabalho. Os gases corrosivos não podem estar armazenados
mais de 6 meses pois podem atacar o cilindro e a válvula. O monóxido de
carbono não deve ser armazenado mais de 1 ano pois pode levar à formação
de carbonilos, o que resulta na degradação do cilindro.
11
Gases que podem polimerizar quando armazenados mais de 6 meses estão
identificado na Tabela 6. O óxido de etileno não deve ser armazenado mais de
3 meses num local não refrigerado.
Tabela 6. Exemplos de gases que polimerizam quando armazenados
Gases que polimerizam
1,3-butadieno
Óxido de etileno
Brometo de vinilo
Cloreto de vinilo
Fluoreto de vinilo
Deve existir um cuidado especial com os reguladores dos cilindros.
Este mecanismo é que regula a saída do gás sendo necessário estar garantida
a sua segurança. Os reguladores de alta pressão devem ser alvo de
manutenção, sendo preferível a substituição, a cada 5 anos. Cada regulador é
feito para utilização de um determinado gás. Nunca se deve utilizar um
regulador com um gás para o qual não está especificado, podendo ocorrer,
além de contaminações, fugas de gás.
R EGRAS
BÁSICAS DE SEGURANÇA PARA UTILIZAR E ARMAZENAR GASES
⇒ Ter o mínimo possível de cilindros no laboratório;
⇒ Os cilindros devem estar seguros a uma parede ou bancada com
correntes;
⇒ Retirar o selo da válvula apenas na altura da sua utilização;
12
⇒ Usar apenas os equipamentos aprovados pelo fornecedor.
⇒ Utilizar materiais compatíveis com o gás;
⇒ Aquando da abertura de uma garrafa, o operador deve colocar-se fora
da trajectória de ejecção do nano redutor;
⇒ Nunca abrir completamente a válvula, meia volta é suficiente para um
fluxo normal, em caso de emergência uma válvula aberta é mais difícil
de fechar;
⇒ Ter sempre ventilação adequada quando existem gases inflamáveis;
⇒ Todas as fontes de ignição são afastadas de locais de trabalho com
gases;
⇒ Aparelhos eléctricos não utilizados são desligados da tomada;
⇒ A válvula de segurança e o regulador dos cilindros são fechados quando
não se utiliza o cilindro. O mesmo se aplica para as garrafas vazias;
⇒ Nunca usar óleo ou outras gorduras nas ligações ou equipamentos para
gases;
⇒ Usar um sistema eficaz de detecção de fugas;
⇒ Cilindros de acetileno são movidos sempre na vertical, com a
válvula para cima, ou têm de repousar durante 1 hora antes de os
utilizar;
⇒ O equipamento que utiliza acetileno não pode ter Cu, Ag e Hg pois
formam potenciais explosivos;
⇒ Devem existir sempre extintores de pó seco nas proximidades;
equipamento de queima (bico de Bünsen, absorção atómica, etc.) deve
ter reguladores de flashback;
⇒ Nunca usar um cilindro não identificado ou identificado apenas pela cor;
⇒ Nunca usar fita de PTFE, silicone ou outro material selante para um
sistema fechado – em caso de fuga mudar o regulador ou o cilindro;
⇒ Um cilindro nunca está vazio, tem gás à pressão atmosférica;
⇒ Deve consultar sempre a ficha de segurança do produto.
13
2.4 GASES LIQUEFEITOS
A manipulação de fluidos criogénicos (gases liquefeitos) tem associado alguns
riscos, em virtude de estes serem caracterizados por temperaturas
extremamente baixas e por uma elevada capacidade de expansão em volume
quando passam do estado líquido ao estado gasoso.
Os gases liquefeitos à pressão atmosférica estão a baixas temperaturas e em
estado de ebulição. Na tabela 7 apresentam-se algumas propriedades de
alguns dos fluidos criogénicos mais utilizados.
Tabela 7. Propriedades de fluidos criogénicos
Fluido
criogénico
Temperatura de ebulição
a
Volume de
expansão
1030 mbar (ºC)
para gás
-186
Tóxico
Inflamável
847 para 1
Não
Não
-196
696 para 1
Não
Não
Carbono
-78,5
553 para 1
Sim
Não
Hélio
-296
757 para 1
Não
Não
Hidrogénio
-253
851 para1
Não
Sim
Oxigénio
-183
860 para 1
Não
Não
Árgon
Azoto
Dióxido de
RISCOS ASSOCIADOS À UTILIZAÇÃO DE FLUIDOS CRIOGÉNICOS
Asfixia: Gases liquefeitos como o azoto e o hélio podem causar asfixia por
poderem substituir o oxigénio do ar. Os sintomas vão desde a diminuição dos
reflexos até à perda do conhecimento. A exposição a um ambiente em que a
concentração de oxigénio é inferior a 10% provoca em poucos minutos lesões
cerebrais irreversíveis, coma e morte. Por esta razão o local de trabalho com
estes fluidos deve ter boa ventilação.
Queimaduras: O contacto de fluidos criogénicos com a pele provoca
queimaduras. Durante qualquer manipulação é necessário usar luvas de
14
protecção adaptadas ao ambiente criogénico. As mãos não devem ser
submersas em caso nenhum no azoto líquido mesmo que se encontrem
protegidas Após contacto lavar imediatamente a área afectada com água
durante pelo menos 15 minutos e contacte um médico.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA NO MANUSEAMENTO DE AZOTO LÍQUIDO A
BAIXAM TEMPERATURAS:
⇒ Consulte a ficha de segurança (MSDS) do azoto líquido.
⇒ No manuseamento directo do azoto líquido utilize protecção pessoal
(roupas secas cobrindo todo o corpo, sapatos fechados, luvas, óculos).
⇒ Armazenar e utilizar em locais bem ventilados.
⇒ Não utilizar anéis, relógios ou outros ornamentos que permitam um
contacto mais prolongado do fluído criogénico com a pele.
⇒ Utilize unicamente material e contentores adequados para o azoto
líquido: aço inoxidável, cobre, bronze, alumínio, latão, dacron, teflon e
nylon.
Materiais tais como madeira, plásticos e borracha não são adequados.
⇒ Não colocar os contentores de azoto líquido perto de fontes de ignição
pois a exposição ao fogo pode provocar rotura e/ou explosão dos
recipientes.
⇒ Se o azoto líquido apresentar uma cor azulada é porque está
contaminado com oxigénio e deve ser substituído. O material
contaminado é perigoso e potencialmente explosivo.
2.5. FOGO
2.5.1 PLANO DE EVACUAÇÃO
Na ocorrência de um alarme generalizado, é obrigatória a evacuação do
edifício. A evacuação deverá ocorrer seguindo a sinalização presente no
edifício após a verificação dos seguintes pontos:
a) Todos os equipamentos eléctricos devem ser desligados e todas as garrafas
com gases inflamáveis devem ser fechadas. As experiências que estejam a
decorrer devem ser deixadas em segurança, isto é, desligando fontes de calor
e sistemas de vazio ou pressão.
15
b) Antes de sair do laboratório, gabinete ou sala a pessoa responsável pelo
espaço deve verificar que a evacuação foi completa e depois fechar todas as
portas sem, no entanto, as trancar.
c) Todos devem dirigir-se calmamente para as saídas do edifício utilizando as
escadas. Não se deve utilizar o elevador pois é provável um corte de energia.
d) Os docentes de aulas práticas devem indicar a saída aos alunos e são
responsáveis por deixar todas as experiências em segurança.
e) Não reentrar no edifício até que a Comissão de Segurança ou responsáveis
pelo edifício, diga que é seguro fazê-lo.
2.6. INCÊNDIOS
Os fumos são, na maioria dos casos, o principal inimigo das pessoas durante o
desenvolvimento do incêndio. Expandem-se muito rapidamente, principalmente
das zonas baixas para andares superiores, dificultando a visibilidade e irritando
o sistema respiratório. O fogo, para além de calor e de fumos, produz vários
gases tóxicos, podendo provocar a morte muito antes da aproximação das
chamas. Não deve abrir as janelas quando há um incêndio.
Os principais gases libertados durante uma combustão são: o monóxido de
carbono que é menos denso que o ar, é muito tóxico (impede o transporte de
oxigénio pelo sangue) e combustível; o dióxido de carbono que é mais denso
que o ar, é asfixiante (provoca aceleração na respiração facilitando a absorção
de outros gases tóxicos); o ácido sulfídrico que afecta o sistema nervoso,
provocando tonturas e dores no aparelho respiratório; o dióxido de azoto que é
muito tóxico e provoca paralisação da garganta. Para além dos gases tóxicos já
referidos, outros são susceptíveis de aparecer conforme a composição química
do material combustível. Entre esses gases tóxicos destacam-se pela sua
toxicidade e probabilidade de surgirem os seguintes: ácido fluorídrico, ácido
cianídrico ou prússico, ácido clorídrico, amoníaco, anidrido sulfuroso, cloro,
vapores nitrosos.
2.6.1.COMBATE A INCÊNDIOS
A CTUAÇÃO EM
CASO DE PEQUENOS INCÊNDIOS
Ao descobrir um fogo, ligue imediatamente o alarme de incêndio, no caso de
o alarme não ter disparado automaticamente. Os alarmes manuais de incêndio
estão colocados junto dos elevadores.
16
Pequenos fogos podem ser apagados com os extintores existentes nas
entradas dos laboratórios ou perto dos elevadores, e/ou com mantas de
incêndio existentes à entrada dos laboratórios. Desde que não se coloque a si
nem aos outros em perigo, se o fogo for no laboratório, feche o gás na válvula
existente no tecto falso à porta dos laboratórios. Não utilize água.
Todo o pessoal dos laboratórios deve estar familiarizado com os locais onde
se encontram os alarmes de fogo e o equipamento para o combater.
O conhecimento do tipo de fogo na maior parte dos casos leva a uma extinção
apropriada. A Tabela 8 apresenta as diferentes classes de fogos.
Tabela 8. Classes de fogos
Classes de
Descrição
Exemplos de
Fogos
A
(fogos secos)
B
(fogos gordos)
C
matérias
Fogos de superfície e
profundidade.
Geralmente
dão origem a brasa.
Madeiras,
papel,
tecidos, carvão, lixo...
Fogos de superfície
líquidos
combustíveis
sólidos liquidificavam
Petróleo,
gasolina,
óleos, álcool, vernizes,
cera, plásticos, alcatrão,
parafina...
de
e
Fogos em garrafas de gás.
Propano,
butano,
acetileno, hidrogénio...
Envolvem
reacções
de
combustão
de
metais
alcalinos ou pirofosfóricos
Sódio,
alumínio,
magnésio, lítio, urânio...
(fogos de
gases)
D
(fogos de
metais)
Todos os laboratórios devem estar equipados com extintores de combate a
incêndios devidamente sinalizados, bem como mantas anti-fogo e recipientes
com areia. O extintor é um instrumento simples de manusear, portátil e eficiente.
A utilização de cada tipo de extintor depende do tipo de incêndio. Como descrito
17
na tabela 8, existem quatro classes de fogos – A, B, C e D – com características
diferentes, logo com formas de extinção diferentes, (tabela 9).
Tabela 9. Agente extintor a utilizar consoante a classe do fogo
Agente
A
B
C
D
Eficaz
Não Usar
Não Usar
Não Usar
Muito Eficaz
Não Usar
Não Usar
Não Usar
Eficaz
Muito Eficaz
Não Usar
Não Usar
Pouco eficaz
Eficaz
Eficaz
Não Usar
Não Usar
Não Usar
Não Usar
Eficaz
Extintor
Água em jacto
Água em
nevoeiro
Espuma
CO2
Pó Químico
Fonte: Bombeiros Sapadores
E QUIPAMENTO DE
COMBATE A INCÊNDIOS
Deve-se conhecer os vários tipos de extintores para uso correcto dos
mesmos, no entanto, estes apenas devem ser utilizados quando se tem certeza
que o fogo pode ser apagado com eles.
Pó químico – cartões e papéis
Neve carbónica (CO2) – equipamento e bancadas
O modo de utilização de ambos os extintores consiste:
a) Não inverter os extintores
b) Tirar as cavilhas de segurança
c) Apertar o gatilho e dirigir o jacto à base da chama
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As mantas são usadas para roupa, equipamento e líquidos a arder. A sua
utilização é a seguinte:
a) Para retirar a manta, puxe cada uma das pegas para baixo e para fora.
b) Cubra as chamas com a manta da melhor maneira possível. Desligue a
fonte do calor. Mantenha a manta aplicada até ao arrefecimento final.
c) Vestuário em chamas – se o vestuário estiver em chamas, force a vítima
a estender-se no solo e envolva-a com a manta (para as chamas não
irem para a cara). Peça assistência médica para aplicar o tratamento
contra o choque. A Tabela 10 mostra os diversos agentes extintores e o
modo de actuação.
Tabela 10. Agentes extintores e modo de actuação
Agente extintor
Modo de actuação
Dispersão
Físico
Água
Arrefecimento
Areais
Abafamento
Símbolo
CO2
Espuma
Abafamento
Pó Químico (Halon)
Inibição
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E VACUAÇÃO EM CASO
DE EMERGÊNCIA ( FOGO , FUGA DE GÁS OU OUTROS )
Ao serem disparados os alarmes de emergência deve fazer o seguinte, o
mais depressa possível, sem se colocar a si ou aos outros em perigo:
Assegurar-se que o equipamento laboratorial não ficará fora de controlo na
sua ausência;
No caso do fogo se dar na “hotte”, deve-se simplesmente fechar a janela de
protecção, o que para além de isolar o fogo do laboratório, reduz a
quantidade de oxigénio disponível para a combustão;
Deixar o laboratório/sala o mais depressa possível deixando as luzes
acesas;
Num caso de um alarme de incêndio, fechar as portas do seu laboratório se
for o último a sair;
No caso de um outro tipo de alarme de evacuação, deixar as portas
abertas;
Se houver muito calor devido às chamas, vá caminhando debaixo dos
"sprinklers" que existem nos corredores,
Não usar os elevadores do edifício. Não deve sair do seu percurso
normal ou demorar-se desnecessariamente para ir buscar bens pessoais.
Se demorar a sua saída não se deve colocar a si nem aos outros em perigo;
Sair do edifício pelas saídas indicadas no plano de evacuação afixado nos
laboratórios e espaços comuns;
Não voltar a entrar no edifício até que os alarmes tenham parado, ou que
lhe seja especificamente comunicado que já é seguro entrar.
A CTUAÇÃO EM
CASO DE UM QUADRO ELÉCTRICO ESTAR A ARDER
Se um aparelho/sistema eléctrico se incendiar não lhe toque. Desligar o
quadro do laboratório com o interruptor geral de electricidade de emergência
(botão existente para o efeito), localizado no exterior junto a entrada. Avisar os
serviços técnicos.
A CTUAÇÃO EM
CASO DE FUGA DE GÁS NO LABORATÓRIO
Fechar a torneira de gás na válvula existente para o efeito. Abrir janelas para
ventilação. Avisar os serviços técnicos.
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3. PRIMEIROS SOCORROS
3.1.CONTAMINAÇÃO POR INALAÇÃO
1- Evacuar a vítima para um lugar seguro.
2- Verificar se há odores anormais no hálito da vítima, se esta está a
respirar.
3- Desapertar a roupa na cintura e pescoço da vítima.
4- Manter arejado o local onde a vítima se encontra.
5- Contactar, se necessário, os serviços de emergência.
3.2.CONTAMINAÇÃO POR CONTACTO:
1. Se um reagente entrar nos olhos da vítima, procurar e remover
quaisquer lentes de contacto. Lavar abundantemente os olhos durante cerca de
15 minutos, assegurando-se que as pálpebras estão bem abertas e que o
reagente foi removido.
2. Não utilize pomada para olhos nem nenhum agente neutralizante.
3. Nunca se deve tentar remover um corpo estranho, por muito
pequeno e simples que pareça ser esta remoção; se ele não saiu só com a
lavagem com água corrente, que deve ser feita no sentido do canto interno
para o canto externo.
4. Se o reagente apenas entrou em contacto com a pele exposta da vítima,
como por exemplo as mãos, lavar abundantemente com água até que o
reagente saia.
5. Se o reagente entrou em contacto com a parte vestida do corpo,
remover a roupa contaminada o mais rapidamente possível, protegendo as
suas próprias mãos e corpo e ponha a vítima no duche de emergência. Se os
olhos não foram afectados proteja-os enquanto lavar as zonas contaminadas.
6. Se os olhos e partes do corpo forem expostos levar a vitima para o
duche de emergência e segurando-lhe a cabeça para cima e as pálpebras dos
olhos abertas lavar todo o corpo.
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3.3.CORPOS ESTRANHOS NOS OLHOS
Em caso de entrada de corpos estranhos nos olhos e estes não saírem só
com a lavagem Se um reagente entrar nos olhos da vítima, procurar e remover
quaisquer lentes de contacto. Lavar abundantemente os olhos durante cerca de
15 minutos, assegurando-se que as pálpebras estão bem abertas e que o
reagente foi removido.
Não utilize pomada para olhos nem nenhum agente neutralizante, com
água corrente, nunca tentar removê-los.
3.4.QUEIMADURAS PELO CALOR
1º Grau: Doloroso ou vermelho. Sem bolhas.
Aplicar água fria corrente até aliviar a dor e facilitar a cura.
Evitar reexposição, pois a pele magoada está mais susceptíveis os mais
danos do que a pele normal.
2º Grau: Severo e doloroso, mas sem danos imediatos de tecido. Bolhas ou
estrias. Inchaço. Envolve epiderme e derme.
Mergulhar a área afectada em água fria para abater a dor.
Aplicar panos limpos e frios na área afectada.
Secar com cuidado.
Não rebentar bolhas.
Se houver braços ou pernas envolvidos, mantê-los elevados em relação ao
tronco do corpo.
3º Grau: Queimaduras severas e profundas, prováveis danos de tecidos.
Sem dor, envolve espessamento completo da pele.
1- Não remover roupa queimada da zona afectada.
2- Cobrir a zona queimada com gaze estéril e panos limpos.
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3- Não mergulhar uma zona extensivamente queimada em água fria, pois
isto pode exacerbar o choque e causar infecção. Um pano frio pode ser usado
em áreas limitadas como a cara.
4- Se as mãos, pés ou pernas estiverem envolvidas, mantê-las elevadas em
relação ao tronco.
5- Queimaduras de 3º Grau devem receber tratamento médico e/ou
hospitalar.
Se a queimadura for extensa e houver roupa sobre o corpo, não a retire,
porque a pele pode aderir ao vestuário. Deite o doente para evitar respiração
ofegante, suores frios, arrepios e palidez. Não lhe dê bebidas. Contacte
imediatamente o 112.
Queimaduras por corrente eléctrica: Contacte o 112.
3.5. HEMORRAGIAS
1. O tratamento mais eficaz é aplicar pressão directamente na ferida, por
cima da qual foi colocada uma gaze estéril, ou se não houver disponível, um
lenço, colocando a palma da mão por cima da gaze e aplicando pressão.
2. Se a gaze ficar ensopada, não retire, coloque outra por cima da inicial.
Mantenha a pressão até conseguir uma ligadura para colocar por cima da gaze
e mantê-la no lugar.
3. Se a hemorragia persistir, deve-se aplicar pressão às artérias que
irrigam a zona afectada, de modo a parar a circulação de sangue nessa zona.
No entanto esta técnica não deve ser aplicada durante muito tempo, pois pode
causar outras complicações.
3.6. LACERAÇÕES
As lacerações são um dos tipos de ferida mais frequentes causadas por
acidentes envolvendo o manuseamento de lâminas, bisturis, tesouras, e outros
materiais cortantes como material de vidro e pipetas de Pasteur.
⇒ Ferida suja - Lave com água e sabão; retire o excesso de sabão com
água abundante ou use um desinfectante. Cubra com penso adequado.
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⇒ Ferida que sangra - Após a limpeza, coloque o penso e faça pressão
por 5-15 minutos, até parar a hemorragia.
⇒ Ferida profunda - Cubra com gaze ou compressa e dirija-se ao médico
para ser suturada (“cosida”).
3.7.DESINFECÇÃO DE FERIDAS
1. Limpeza com água e sabão ou desinfectante.
2. Lavagem com água abundante, para remover o excesso de sabão.
3. Desinfecção com anti-séptico, do centro para os bordos da ferida.
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4. FARMÁCIA
A farmácia a manter em cada laboratório deve responder às necessidades do
próprio local de trabalho.
Os produtos usuais numa farmácia de primeiros socorros são:
Álcool etílico 70%
Água oxigenada 10%
Algodão hidrófilo
Anti-séptico desinfectante (ex. Betadine)
Calmante queimaduras
Pomada anti-séptica
Pensos hemostáticos
Luvas látex descartáveis
Soro fisiológico
Fita adesiva de uso médico
Caixa de compressas grande
Gases esterilizadas
Pensos rápidos sortidos
Pinças
Tesoura
etc.
Deve haver um responsável pela farmácia do laboratório e verificar as
existências e os prazos de validade dos produtos que a formam.
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TELEFONES DE EMERGÊNCIA
Números de telefone a utilizar em caso de emergência
É importante saber a localização das pessoas e equipamentos necessários
quando um acidente de laboratório imponha a assistência especializada.
Serviço Nacional de Emergência (SOS) tel.: 112
INEM-centro de informação antivenenos tel.: 808 250 143
(em caso de intoxicação alimentar ou química. Este serviço
tem também uma unidade de queimaduras).
Hospital de S. Francisco Xavier
tel.: 21 043 10 00 Fax: 21 043 15 89
Morada: Estrada do Forte do Alto do Duque 1495-005 Lisboa
Cruz Vermelha Portuguesa tel.: 217714000 (Hospital)
Serviço Nacional de Bombeiros tel.: 213422222
Protecção Civil tel.: 214247100
Segurança do ISA:
Tel:213653139 ext. 3139 Tm: 935807020/2
PSP: tel.: 213619600
Fax: 213633290
Morada: largo do Calvário, n.º 7 1300-113 LISBOA
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