Ministério da Cultura - Funarte, Petrobras, Governo do Rio de Janeiro - Secretaria de Cultura - Lei de Incentivo à Cultura,
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - Secretaria Municipal Cultura e Sesc Rio apresentam
Uma criação coletiva do THÉÂTRE DU SOLEIL
livremente inspirada num misterioso romance Os Náufragos do Jonathan, de Júlio Verne,
escrita em parceria com HÉLÈNE CIXOUS, a partir de uma ideia de ARIANE MNOUCHKINE
Direção ARIANE MNOUCHKINE . Música JEAN-JACQUES LEMÊTRE
8 a 19 de novembro
Em sua segunda turnê pela América do Sul1, o mítico THÉÂTRE DU SOLEIL, de Ariane
Mnouchkine, desembarca pela primeira vez no Rio de Janeiro no próximo dia 29 de outubro
para preparar a temporada carioca de seu mais recente espetáculo, Os Náufragos da Louca
Esperança (Les Naufragés du Fol Espoir2), que ocupa a HSBC Arena de 8 a 19 de novembro.
Para receber o espetáculo, o espaço interno da HSBC Arena foi reconfigurado. Seguindo os
padrões adotados pela companhia em todas as turnês, ergueu-se, nos limites da quadra
principal de esportes, uma estrutura de 10m de altura que reproduz o espaço cênico e o bar da
Cartoucherie de Vincennes – a antiga fábrica de munição do exército francês nos arredores
de Paris, que abriga a sede e o teatro da companhia.
A turnê sul-americana de Os Náufragos da Louca Esperança teve início em São Paulo (SESC
Belenzinho, 5 a 23 de outubro), e, depois de passar pelo Rio, segue para Porto Alegre (5 a 11
de dezembro, em apresentações fora da vigência, mas sob a chancela, do Porto Alegre em
Cena); e Santiago do Chile (3 a 22 de Janeiro).
Exceção feita, claro, à Comédie Française, o THÉÂTRE DU SOLEIL é a única companhia de teatro em
atividade há mais de 47 anos na França. Encarar a utopia de frente e restituí-la ao espectador das mais
variadas maneiras através de sua arte tem sido uma das marcas registradas da trupe liderada por
Ariane Mnouchkine desde a sua fundação em maio de 1964 como uma Sociedade Cooperativa
Operária de Produção – em outras palavras, uma empresa baseada na associação voluntária de
artistas e técnicos e gerida coletivamente.
Os Náufragos da Louca Esperança não foge à regra. Disposta a expulsar os miasmas políticos dos
últimos anos com os ventos generosos da ribalta, a principal artífice do THÉÂTRE DU SOLEIL encontrou no
romance póstumo de Júlio Verne (1825-1905) Os Náufragos do Jonathan – que relata a edificação no
Cabo Horn, ao extremo Sul do Chile, de uma pequena sociedade, pelos sobreviventes de um
naufrágio – um ponto de partida para reinventar na cena os ideais iluministas rousseaunianos que
impulsionaram a Revolução Francesa, e que, mais de dois séculos depois, moveriam os heróis da
Resistência a redigir a carta constitucional da V República, promulgada em 1958, no rastro da II Grande
Guerra.
Com 30 atores desdobrando-se em diversos papéis, trilha sonora original executada ao vivo pelo
músico e compositor Jean-Jacques Lemêtre (um dos mais antigos integrantes da companhia),
legendas e narração em português, e quatro horas de duração, o espetáculo, que estreou na França
em fevereiro de 2010, poderá ser apreciado pelo público do Rio com uma vivência que já se tornou
tradição na Cartoucherie. Por um custo adicional, o espectador pode saborear o menu degustação
1
A gira anterior, com Les Ephémères (Os Efêmeros), em 2007, passou por São Paulo, Porto Alegre e Buenos
Aires.
2
Nota do tradutor: “Fol espoir”, literalmente "louca esperança", refere-se ao termo propriamente dito, ao
nome do cabaré e ao navio em que transcorrem muitas das ações da peça. Dessa forma, na língua francesa, o
título Les Naufragés du Fol Espoir significa ao mesmo tempo Os Náufragos do Louca Esperança, em alusão ao
cabaré e ao navio, e Os Náufragos da Louca Esperança, uma construção poética que alude ao sentimento de
utopia, reunindo níveis múltiplos de compreensão. Essa sutileza é perdida na tradução, pois o português não
aceita o mesmo uso gramatical que garante o duplo sentido contido no título original.
especialmente criado para o evento pela Cabral Caminha Culinária Brasileira (confira o cardápio
completo na página 5) enquanto observa os camarins e testemunha a preparação dos atores para
entrar em cena. Os portões da HSBC Arena serão abertos duas horas antes de cada apresentação. Nos
primeiros 30 minutos, o público será acomodado em um lounge, com opção de consumir vinho,
refrigerantes, água, quiches e pastéis variados. Em seguida, terá acesso ao espaço de convivência
entre o bar e os camarins, onde será servido o menu degustação.
Colaboradora da companhia há 30 anos, Hélène Cixous, imprimiu à sua primeira adaptação teatral da
obra de Verne uma aura de lucidez e gravidade extraída do livro de memórias Mundo de Ontem –
Recordações de um Europeu, escrito no Brasil em 1941 por um Stefan Zweig prestes a cometer suicídio.
Nele, o autor austríaco se debruça sobre o período que antecede à eclosão da I Guerra Mundial,
quando , na aurora do século XX, “a tempestade de orgulho e confiança que se espraiava sobre a
Europa revelava-se, também, carregada de nuvens”.
As improvisações sobre esse primeiro tratamento do texto, levaram Ariane e sua trupe a criar o que se
chama de uma mise en abîme. Ou seja, uma história dentro da história, dentro da história, e assim
indefinidamente – como uma babuska, a tradicional bonequinha russa que se desdobra e se multiplica
numa sucessão vertiginosa de réplicas de si mesma.
As aventuras do navio e de seus passageiros, partindo de Cardiff em 1895 e indo soçobrar ao
longo da Terra do Fogo durante o inverno austral, são narradas através de um filme mudo,
rodado em 1914 por uma equipe ainda principiante, em um cabaré à margem do rio Marne,
transformado em estúdio amador.
As filmagens da alegoria do naufrágio acontecem, em ritmo frenético, durante as cinco
semanas de marcha para a guerra. E o público é convocado a alternar sua atenção entre três
planos narrativos: as recordações de um dos atores do filme, através da voz off de sua neta,
pontuando tanto as circunstâncias que envolvem o que se passa no set quanto o pano de fundo
político da Europa pré-guerra; a vida que pulsa no estúdio improvisado no cabaré à beira do
Marne; e as legendas da fita, que está sendo rodada da forma como seria apresentada nas salas
de exibição – com os atores mexendo os lábios sem emitir um som sequer, arregalando os
olhos, tremendo e agitando-se, exatamente como nos idos do cinematógrafo da belle époque.
Esse espetáculo sobre um mundo ao mesmo tempo sem rumo e em formação, esse espetáculo
do espetáculo, muda de foco ao sabor das intempéries humanas. Passamos de uma espécie de
panorâmica moral e política, com uma pregação inflamada nas geleiras austrais a propósito da
fraternidade reconsiderada por Marx, a um zoom sobre uma polia, uma iluminação, um
acessório, um detalhe, um quase nada que de repente assume proporções insondáveis.
Há gags, dramas, cenas de bravura, de erotismo, e, sobretudo, um sopro de recapitulação e
revolta, nesta encenação mágica que, à semelhança do que se lê na última legenda do filme,
lança sobre o teatro e a sétima arte “o clarão obstinado do farol”.
Texto editado a partir de excertos de material cedido pelo Théâtre du Soleil
e de resenha publicada em fev/2010 por Antoine Perraud
Edição e Assessoria de Imprensa
Angela de Almeida VERBO VIRTUAL 21 2222-6212
8848-6212
[email protected]
Direção ARIANE MNOUCHKINE . Música JEAN-JACQUES LEMÊTRE
Com
mesdemoiselles
EVE DOE-BRUCE . JULIANA CARNEIRO DA CUNHA . ASTRID GRANT . OLIVIA CORSINI . PAULA GIUSTI ALICE
MILLÉQUANT . DOMINIQUE JAMBERT . PAULINE POIGNAND . MARJOLAINE LARRANAGA Y AUSIN . ANA
AMELIA DOSSE . JUDIT JANCSO . ALINE BORSARI . FREDERIQUE VORUZ
E a voz de GABRIELA RABELO
messieurs
JEAN-JACQUES LEMETRE . MAURICE DUROZIER . DUCCIO BELLUGI-VANNUCCINI . SERGE NICOLAY
SEBASTIEN BROTTET-MICHEL . SYLVAIN JAILLOUX . ANDREAS SIMMA . SEEAR KOHI
ARMAND SARIBEKYAN . VIJAYAN PANIKKAVEETTIL . SAMIR ABDUL JABBAR SAED . VINCENT MANGADO
SEBASTIEN BONNEAU . MAIXENCE BAUDUIN . JEAN-SÉBASTIEN MERLE . SEIETSU ONOCHI
8 a 19 de novembro
(Av. Embaixador Abelardo Bueno, 3401 - Barra da Tijuca -  021 3035-5200)
Semana I: terça a sábado 20h . domingo 18h
Semana II: quarta a sábado 20h
Abertura dos portões: 2 horas antes de cada apresentação
Indicação etária – 12 anos
Duração: 4 horas . Intervalo de 15 minutos
Lotação: 600 lugares
Ingressos: R$ 80
Associados do Sesc-Rio pagam R$ 32 e clientes do Cartão Petrobras têm 50% de desconto
na compra de até 2 ingressos
Vendas antecipadas a partir de 18/out, 3ª a domingo, das 13h às 18h, nas seguintes unidades do Sesc Rio:
Espaço Sesc Rua Domingos Ferreira, 160  021 2547-0156
Teatro Sesc Ginástico Av. Graça Aranha, 187  021 2279-4027
Ingressos em domicílio: INGRESSO RÁPIDO 4003-1212
Venda online: www.sescrio.org.br
Realização
Metropolis Produções Culturais e Realejo Produções Culturais
Parcerias
SESC-SP, Festival Porto Alegre em Cena e Fundação Internacional Teatro a Mil (Santiago - Chile)
Suporte
Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, Instituto Francês, Prefeitura de Paris e Région Île de France
MENU DEGUSTAÇÃO
(Cabral Caminha Culinária Brasileira)
Bebidas
Vinho Miolo Reserva Chardonnay 2008 (1 taça)
Suco de maracujá com água de rosas ou um refrigerante (1 copo)
Água mineral sem gás (1 copo)
Porções degustação
Mini sacadura crocante
Patê com sálvia e geléia de amoras silvestres
Manteiga sem sal
Palmito pupunha em espaguete com micro legumes, queijo tipo Feta, castanha do Brasil e pesto de rúcula
Salada verde em Juliana, brotos diversos, sementes de romã e vinagrete de manga
Arrozes
Bacalhau com azeitonas gregas e nozes
Frango orgânico e ervilhas frescas ao curry
Shitake com shoyo, mel e crocante de parmesão
Sobremesas
Mousse de coco com calda de maracujá e amêndoas laminadas
Mini pavê de chocolate branco e preto com calda de morangos
_________________________________________________________
Preço: R$ 42
O valor dá direito a todas as bebidas e porções degustação, e à escolha de um arroz e uma sobremesa.
O consumo extra de qualquer um dos itens será cobrado à parte
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8 a 19 de novembro - Le Théâtre du Soleil