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Associação dos Profissionais
Universitários da SABESP
Ano 8 - nº 70 - setembro 2010
Profissionais da Sabesp falam
sobre suas candidaturas
Na próxima eleição, que acontece no dia 3 de outubro, alguns profissionais da Sabesp serão candidatos a
Deputado Federal e Estadual. Para discutir seus planos de governo para a área de saneamento básico e meio
ambiente, o Rede entrevistou cada um deles, abordando, principalmente, as medidas e diretrizes que impactarão
no dia a dia da companhia, como a questão do Sabesprev e da valorização do colaborador. A seguir, confira as
entrevistas na íntegra e vote consciente.
Heitor Sertão (PSDB),
candidato a Deputado Estadual
O candidato Heitor Sertão, que foi colaborador da Sabesp por cerca de 30 anos, atuando
na Superintendência da Unidade de Negócios de Tratamento de Esgoto, além de ter sido
responsável pelas Divisões de Operação do Campo Limpo e da Capela do Socorro,
concede uma entrevista ao Rede sobre seus planos de governo e principais diretrizes para a
área de saneamento básico caso seja eleito Deputado Estadual pelo Partido da Social
Democracia Brasileira (PSDB). Heitor já foi subprefeito do Campo Limpo e ajudou a
implantar o programa “Qualidade na Gestão Pública” em 30 subprefeituras da Capital.
Seu número nas urnas é 45121. A seguir, acompanhe na íntegra a entrevista:
Rede - Candidato, se eleito, qual são suas propostas para a melhoria e ampliação dos serviços
de saneamento básico em São Paulo?
Heitor Sertão – Minha principal bandeira é a defesa do saneamento e do meio ambiente, com foco na
despoluição dos rios, córregos e mananciais da Região Metropolitana de São Paulo.
R - Nos últimos anos, a gestão da Sabesp foi marcada pela centralização das decisões e
afastamento do corpo técnico dos grandes temas da empresa. O senhor tem em sua plataforma
propostas para resgatar o processo de gestão participativa, com a valorização do colaborador da
SABESP?
HS – Em minha trajetória na Sabesp, sempre busquei defender a participação da comunidade nos destinos da
empresa, bem como a valorização dos profissionais da área de saneamento. Portanto, não mediremos esforços
para que a direção da empresa e o Governo respeitem e valorizes os colaboradores da companhia, que são os
mais qualificados da América Latina.
R - Outro grande problema que atinge os funcionários é a questão do plano previdenciário da
SABESPREV. Se eleito, quais são suas propostas para ajudar a enfrentar esta grave situação?
HS – Acompanhamos de perto o desenrolar dessa história e a angústia dos colaboradores em relação à
situação. Em nosso governo, nos esforçaremos para que a situação seja resolvida da melhor maneira possível.
Helifax Souza (PCdoB),
candidato a Deputado Estadual
O canditato Helifax Souza, que é colaborador da Sabesp desde 1978, diretor de
Base do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente
do Estado de São Paulo) e ex-conselheiro da Sabesprev, concede entrevista ao Rede
sobre suas diretrizes de governo para o Estado caso eleito Deputado Estadual pelo
Partido Comunista do Brasil (PCdoB), abordando principalmente suas propostas para
a área de saneamento básico. A seguir, leia a entrevista na íntegra:
Rede - Candidato, se eleito, qual são suas propostas para a melhoria e ampliação dos serviços
de saneamento básico em São Paulo?
Helifax Souza – Irei investir na contratação de mão-de-obra própria por meio de concurso público, na
valorização dos recursos humanos e farei com que a Sabesp se integre ao Plano Diretor dos Municípios,
visando a universalização dos serviços prestados.
R - Nos últimos anos, a gestão da Sabesp foi marcada pela centralização das decisões e
afastamento do corpo técnico dos grandes temas da empresa. O senhor tem em sua
plataforma propostas para resgatar o processo de gestão participativa, com a valorização do
colaborador da SABESP?
HS – Considero fundamental a participação dos funcionários na gestão da Sabesp. Em outras ocasiões, essa
gestão participativa já foi experimentada e o resultado foi bastante satisfatório, como no Programa de Perdas,
por exemplo. Creio que a contribuição das entidades representativas contribuirá para a evolução do setor de
Saneamento Ambiental e Meio Ambiente.
R - Outro grande problema que atinge os funcionários é a questão do plano previdenciário da
SABESPREV. Se eleito, quais são suas propostas para ajudar a enfrentar esta grave situação?
HS – O problema central do plano refere-se a um déficit que, em minha opinião, é de responsabilidade da
mantenedora, no caso da Sabesp. Penso que sua solução passa por vontade política de resolver. Acredito que
a empresa poderia apresentar uma proposta de médio e longo prazo para o pagamento do referido déficit.
José Boranga (PSDB),
candidato a Deputado Estadual
O candidato José Boranga, que por 33 anos trabalhou na Sabesp, tendo seu último cargo
na superintendência da companhia, concorre ao cargo de Deputado Estadual pelo Partido
da Social Democracia Brasileira (PSDB) e fala ao Rede sobre seus planos de governo para
a área de saneamento básico caso seja eleito. Na Sabesp, Boranga ajudou a implantar a
Tarifa Popular e contribuiu para o atendimento às comunidades rurais. Ele também foi
presidente da APU e presidente estadual da ABES (Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental), participando ativamente da aprovação da Lei Nacional do
Saneamento. Seu número nas urnas é 45198.
Rede - Candidato, se eleito, qual são suas propostas para a melhoria e ampliação dos serviços
de saneamento básico no Estado de São Paulo?
José Boranga - Reafirmarei o papel do Estado como formulador de Política Pública para o setor e o da
SABESP como empresa prestadora de serviços de saneamento nas áreas, onde tem responsabilidade total
ou parcial por esses serviços. Os municípios têm responsabilidade sobre os serviços de água, esgoto e
resíduo sólido. Nas áreas onde a Sabesp atua, é preciso ampliar ainda mais os investimentos em coleta
e tratamento de esgotos, retomando as discussões das Comissões de Gestão Regional, fazendo parcerias
com os municípios e iniciativa privada, visando universalizar o atendimento.
Nos outros municípios com população até 30 mil habitantes, temos que dar maior ênfase ao programa
Água Limpa, incluindo a questão da gestão eficiente com sistema tarifário que dê sustentação à
operação dos serviços.
Nos municípios maiores, a Secretaria de Governo tem que participar como apoiadora e incentivadora de
projetos que visem à universalização, construindo parcerias de cooperação técnica para avançar.
Na região Metropolitana de São Paulo, precisamos fazer um grande projeto integrador que transforme os
nossos rios em marco da cidade, com instalação de equipamentos urbanos voltados à coletividade, como
praças, museus, shoppings e academias.
Rede - Nos últimos anos, a gestão da Sabesp foi marcada pela centralização das decisões e
afastamento do corpo técnico dos grandes temas da empresa. O Sr. tem em sua plataforma,
propostas para resgatar o processo de gestão participativa, com a valorização do
colaborador da SABESP?
JB - Nós já fizemos isto uma vez e vamos fazer de novo. A próxima gestão da Sabesp estará voltada para
os projetos que nunca deixamos de defender e que transformaram nossa empresa. Vamos implantar um
programa de valorização profissional, com plano de cargos e salários adequados para uma empresa que
diputará mercado no exterior. Também vamos defender as diretrizes discutidas e aprovadas pela APU e
que tem concordância do Fórum das Entidades, como adotar critérios de competência para composição
da Diretoria, com o estabelecimento de pré-requisitos e remuneração adequada, e firmar com o Governo
do Estado um Compromisso de Gestão de quatro anos.
Rede - Outro grande problema que atinge os funcionários é a questão do plano previdenciário
da SABESPREV. Se eleito, quais são suas propostas para ajudar a enfrentar esta grave situação?
JB - O novo governo discutirá conosco e com o Fórum das Entidades como será o plano que substituirá o
atual, repactuando as bases e os avanços. Nesta discussão, vamos defender que o déficit previdenciário seja
pago pela empresa, o que é possível do ponto de vista técnico e jurídico.
Marzeni Pereira da Silva (PSOL),
candidato a Deputado Federal
O candidato Marzeni Pereira da Silva, que há 18 anos é colaborador da Sabesp,
atuando como tecnólogo da ETE São Miguel, fala ao Rede sobre suas propostas de
governo para a área de saneamento básico caso seja eleito Deputado Federal pelo
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Marzeni também faz parte da “Chapa 2”,
oposição alternativa ao sindicato, além de ter organizado a resistência contra a
demissão do pós-1988 na companhia. Seu número nas urnas é 5060. A seguir,
confira a entrevista:
Rede - Candidato, se eleito, qual são suas propostas para a melhoria e ampliação dos serviços de
saneamento básico no País?
Marzeni Pereira da Silva – Entendo que todos os serviços de saneamento, como a proteção dos mananciais,
o tratamento e distribuição de água, a coleta e tratamento de esgoto e a coleta e destinação dos resíduos
sólidos, deve ser considerados como essenciais à saúde e à vida. O acesso a esses serviços é um direito de
todos. Para isso, faz-se necessário reduzir as tarifas de água e esgoto, garantindo que a população tenha
condições de pagar. Essa é uma maneira de coibir os lucros absurdos que as empresas vêm obtendo e
repassando aos acionistas. Também sugiro o repasse obrigatório de um percentual da receita da União e dos
Estados para garantir a universalização desses serviços. Outra proposta é a redução dos tributos que atingem
as empresas públicas de saneamento. Ainda pretendo coibir a terceirização dos serviços e a mão-de-obra não
qualificada. Além disso, ainda irei proibir a privatização dessas empresas e eliminar a consumação mínima.
R - Nos últimos anos, a gestão da Sabesp foi marcada pela centralização das decisões e
afastamento do corpo técnico dos grandes temas da empresa. O senhor tem em sua plataforma
propostas para resgatar o processo de gestão participativa, com a valorização do colaborador
da SABESP?
MPS – Trabalharei para tornar obrigatória a participação dos trabalhadores e consumidores na direção das
empresas. O controle do setor de Saneamento deve ser exercido por quem trabalha nele ou o utiliza, não por
quem lucra com ele. Hoje, a administração da Sabesp atende aos interesses do mercado, não aos da
população. Se essa concepção mudar, esta valorização acontecerá.
R - Outro grande problema que atinge os funcionários é a questão do plano previdenciário da
SABESPREV. Se eleito, quais são suas propostas para ajudar a enfrentar esta grave situação?
MPS - O plano previdenciário da Sabesprev foi administrado por pessoas de confiança da direção da
Sabesp e do Governo, com total poder de decisão e maioria no conselho deliberativo. O déficit do plano
previdenciário é de exclusiva responsabilidade de quem o geriu e é quem deve assumir a responsabilidade
pelo pagamento. Para se ter uma ideia, até hoje, os trabalhadores não sabem quanto ganham os diretores
da Sabesprev e se foi pago o aporte financeiro que a empresa assumiu no momento de criação do plano.
Além disso, a responsabilidade pela redução do quadro de funcionários e da folha de salários e,
conseqüente, da contribuição, é da empresa, não dos trabalhadores. Defendo que a empresa e o Governo
assumam o pagamento do déficit, pois os trabalhadores não tiveram responsabilidade em sua geração.
Sofia Conceição da Silva (PCdoB),
candidata a Deputada Estadual
A candidata Sofia Conceição da Silva, que por 34 anos foi colaboradora da Sabesp,
atuando como Técnica Bibliotecária, fala ao nosso informativo sobre seus planos e
propostas de governo que impactarão diretamente na área de saneamento básico do
Estado caso seja eleita Deputada Estadual pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Sofia é candidata pela primeira vez e seu número nas urnas é 65222. A seguir,
acompanhe a entrevista:
Rede - Candidata, se eleita, qual são suas propostas para a melhoria e ampliação dos serviços
de saneamento básico no Estado de São Paulo?
Sofia Conceição da Silva – Se eleita, vou propor que toda população tenha água e esgoto tratados,
condição mínima para garantir a saúde da população. Acredito que a Sabesp, não as empreiteiras, tenha
profissionais qualificados para atender a toda população, principalmente, a parcela mais carente.
R - Nos últimos anos, a gestão da Sabesp foi marcada pela centralização das decisões e
afastamento do corpo técnico dos grandes temas da empresa. A senhora tem em sua
plataforma propostas para resgatar o processo de gestão participativa, com a valorização
do colaborador da SABESP?
SCS - Nos últimos anos, a Sabesp terceirizou grande parte de seus serviços e com isso prejudicou, em
muito, a qualidade da água e da captação de esgoto.
Quanto mais desenvolvimento, maior é a necessidade de água tratada. Na região Metropolitana de
São Paulo, a carência é pior que a dos estados da Paraíba e Pernambuco, os mais áridos do Nordeste.
O colaborador da Sabesp só tem um desafio para sua valorização: atender, de forma mais racional
possível as necessidades de uma imensa população, diante de disponibilidades dramaticamente
limitadas.
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R - Outro grande problema que atinge os funcionários é a questão do plano previdenciário da
SABESPREV. Se eleita, quais são suas propostas para ajudar a enfrentar esta grave situação?
SCS - Não vejo como mudar o programa da Sabesprev, pois está repleto de vícios e erros. Farei um projeto
para que seja implantado um convênio médico no Estado para aposentados, pois são as pessoas que mais
necessitam do serviço.
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