Segurança Rodoviária
Escola E.B.2,3 da Correlhã Ficha de Leitura – 9.º Ano
Segurança Rodoviária
Tempo de reacção e tempo de travagem O intervalo de tempo que separa o instante em que o condutor detecta o
obstáculo, vendo-o ou ouvindo-o, por exemplo, e o instante em que decide
travar chama-se tempo de reacção. É o tempo que o condutor demora a
reagir. Varia de condutor para condutor. Pode ir dos 0,2 s a 2,0 s mas o tempo
de reacção médio é cerca de 0,7 s para um condutor com reflexos normais.
O tempo de travagem é o tempo que demora a travagem, isto é, o
tempo que demora até que o veículo pare, depois de começar a travar.
Depende da velocidade e da massa do veículo: quanto maior a velocidade e
a massa, maior é o tempo que o veículo demora a parar.
Distância de travagem e distância de segurança Para
um
condutor
de
reflexos
normais,
graficamente por:
v / m s-1
v
A1
A2
t
0,7
tempo
de
reacção
tempo de travagem
1
t/s
a
situação
traduz-se
Segurança Rodoviária
Repara que:
•
durante o tempo de reacção a velocidade do veículo mantém-se
constante, o que significa que o condutor deixa de acelerar antes de
começar a travar;
•
durante o tempo de reacção, o veículo percorre uma distância que se
pode calcular, como já foi referido em aulas anteriores, pela área A1 do
gráfico:
•
A1 = v μ 0,7;
durante o tempo de travagem a distância percorrida pode ser calculada
através da área A2 do gráfico – é a distância de travagem: A2 =
(t − 0,7 ) × v ;
2
•
para o mesmo condutor, tanto a distância de travagem como a distância
percorrida durante o tempo de reacção são tanto maiores, quanto maior
for a velocidade com que o veículo circula.
À soma da
distância percorrida durante o tempo de reacção do
condutor e da distância de travagem chama-se distância de segurança, ou
seja, é a distância que é necessário percorrer até ao veículo parar sem colidir
com o obstáculo. Note-se que também é tanto maior quanto maior for a
velocidade do veículo e o tempo de reacção do condutor.
O papel do cinto de segurança e do capacete Viu-se já que uma medida de precaução das colisões é manter a
distância de segurança.
Porém, há outras medidas adicionais de grande utilidade quando a
colisão é inevitável. Uma delas é a obrigatoriedade do uso do cinto de
segurança.
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Segurança Rodoviária
Como funciona?
Sabemos já que os passageiros de um veículo tendem a continuar o seu
movimento mesmo quando o veículo pára, por isso são projectados para frente.
Usando o cinto de segurança, devido à sua elasticidade, o tempo que
demora
a travagem, ou a colisão dos passageiros contra o veículo, é
aumentado, reduzindo a força de impacto. Por outro lado, a força que actua
durante a travagem ou colisão é exercida sobre a área do cinto de segurança
que, sendo maior, faz diminuir a pressão exercida sobre o corpo dos
passageiros.
Outra medida, ainda não obrigatória, complementar do cinto de
segurança é o airbag. Trata-se de um saco de nylon que é insuflado aquando a
colisão, originando uma espécie de almofada. A sua função é amortecer os
efeitos da colisão do mesmo modo que o cinto de segurança.
Para as motos a obrigatoriedade aponta para o uso do capacete. O seu
modo de funcionamento é semelhante aos anteriores. Como a área do
capacete é maior faz diminuir a pressão exercida sobre a cabeça durante a
queda ou colisão.
Por outro lado, o seu interior almofadado faz aumentar o tempo de
colisão, diminuindo, também, a força exercida durante o impacto.
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José António António Araújo Gonçalves
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Date: 2008.02.14 12:13:05 Z
Prof. José Gonçalves
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