Relatório de Gestão
10 DE NOVEMBRO DE 2013 A 10 DE FEVEREIRO DE 2014
VOLUME II - ANEXOS
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
Anexo I
Protocolo para
Cirurgia Segura
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
PROTOCOLO PARA CIRURGIA
SEGURA*
Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz
09/07/2013
PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA
1. Finalidade
A finalidade deste protocolo é determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a
ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento
da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto,
por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização
Mundial da Saúde - OMS1.
2. Justificativa
O volume anual de cirurgias de grande porte foi estimado entre 187 e 281 milhões, a partir
de dados de 56 países, o que representa, aproximadamente, uma cirurgia para cada 25 pessoas
por ano2. Nas últimas décadas, as técnicas cirúrgicas foram bastante aperfeiçoadas, aumentando
as oportunidades de tratamento de patologias complexas. No entanto, esses avanços também
aumentaram, de modo expressivo, o potencial de ocorrência de erros que podem resultar em
dano para o paciente e levar à incapacidade ou à morte 3.
Revisão sistemática realizada em 2008 sobre a ocorrência de eventos adversos em pacientes
internados revelou que 01 (um) em cada 150 (cento e cinquenta) pacientes hospitalizados morre
em consequência de um incidente. O mesmo estudo revelou que quase dois terços dos eventos
adversos ocorridos em ambiente hospitalar foram associados ao cuidado cirúrgico4. As taxas de
eventos adversos em cirurgia geral variam, segundo diferentes estudos e métodos de avaliação,
entre 2% e 30%5.
Os problemas associados à segurança cirúrgica são bem conhecidos nos países
desenvolvidos, porem menos estudados nos países em desenvolvimento. Há relatos
internacionais de recorrentes e persistentes ocorrências de cirurgias em locais errados, em
órgãos vitais como pulmões e cérebro, além de pacientes que tiveram o rim, a glândula adrenal,
a mama ou outro órgão sadio removido. A atenção que tais eventos invariavelmente atraem na
mídia abala a confiança do público nos sistemas de saúde e nos profissionais de saúde.
Estima-se que as cirurgias em local errado e no paciente errado ocorram em cerca de 01 em
cada 50.000 a 100.000 procedimentos nos Estados Unidos (EUA), equivalendo a 1.500 a 2.500
eventos adversos deste tipo por ano6,7. Uma análise de eventos sentinelas relatados pela Joint
Commission (JC), dos EUA, entre 1995 e 2006, apontou que 13% dos eventos adversos
relatados devia-se a cirurgias em sítios errados8.
A literatura corrobora com a suposição de que a cirurgia em local errado é mais comum em
certas especialidades, particularmente em cirurgias ortopédicas. Em um estudo com 1.050
cirurgiões de mão, 21% relataram ter realizado pelo menos uma cirurgia em local errado em
suas carreiras9. Uma análise dos acionamentos de seguros para erro médico que ocorreram após
cirurgias ortopédicas demostraram que 68% derivaram de cirurgias em locais errados 10.
Existem evidências de que a Lista de Verificação de Cirurgia Segura reduz
complicações e salva vidas. Estudo realizado em oito países encontrou uma redução de 11%
para 7% da ocorrência de complicações em pacientes cirúrgicos e uma diminuição de
mortalidade de 1,5% para 0,8% com a adoção da lista de Verificação. Um estudo holandês
mostra uma queda nas complicações entre pacientes cirúrgicos de 15,4% para 10,6% e da
mortalidade de 1,5% para 0,8%.
A Lista de Verificação foi aprovada por 25 países, que declararam ter mobilizado
recursos para sua implementação e, em novembro de 2010, 1.788 hospitais no mundo haviam
relatado o seu uso11. Nos últimos quatro anos, com o apoio da Agency for Healthcare Research
and Quality (AHRQ), dos EUA, um grupo de especialistas das áreas de qualidade do cuidado e
segurança do paciente, conduziu uma abrangente e rigorosa revisão sistemática sobre a
evidência científica do que denominaram de Estratégias para a Segurança do Paciente (Patient
Safety Strategies - PSSs). O estudo indicou a implementação de 22 estratégias com evidências
suficientemente robustas para melhorar a segurança, considerando entre as estratégias, a
implementação da Lista de Verificação de Cirurgia Segura como fortemente recomendada12.
3. Abrangência
O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em todos os locais dos
estabelecimentos de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer
diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano ou em introdução de equipamentos
endoscópios, dentro ou fora de centro cirúrgico, por qualquer profissional de saúde.
4. Definições
4.1. Lista de Verificação: lista formal utilizada para identificar, comparar e verificar um
grupo de itens/procedimentos 13.
4.2. Demarcação de Lateralidade: demarcação de local ou locais a ser operados. Esta
demarcação é particularmente importante em casos de lateralidade (distinção entre
direita e esquerda), estruturas múltiplas (p.ex. dedos das mãos e dos pés, costelas) e
níveis múltiplos (p.ex. coluna vertebral).
4.3. Condutor da Lista de Verificação: profissional de saúde (médico ou profissional da
enfermagem), que esteja participando da cirurgia e seja o responsável por conduzir a
aplicação da lista de verificação, de acordo com diretrizes da instituição de saúde.
4.4. Segurança Anestésica: conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa à
redução da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do equipamento
anestésico, da checagem dos medicamentos e do risco anestésico do paciente antes da
realização de cada cirurgia. Este procedimento deve seguir as orientações contidas no
Manual para Cirurgia Segura da OMS, traduzido pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - ANVISA.
4.5. Equipe cirúrgica: equipe composta por cirurgiões, anestesiologistas, profissionais de
enfermagem, técnicos e todos os profissionais envolvidos na cirurgia.
5. Intervenção
Muitos fatores concorrem para que um procedimento cirúrgico seja realizado de forma
segura: profissionais capacitados, ambiente, equipamentos e materiais adequados para a
realização do procedimento, conformidade com a legislação vigente, entre outros. Entretanto,
este protocolo trata especificamente da utilização sistemática da Lista de Verificação de
Cirurgia Segura como uma estratégia para reduzir o risco de incidentes cirúrgicos. Baseia-se na
Lista de Verificação de Cirurgia Segura e no Manual de Cirurgia Segura, desenvolvidos pela
OMS14
Todas as instruções contidas neste protocolo deverão ser adequadas à realidade de cada instituição, respeitando-se os
princípios de cirurgia segura.
A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases:
I - Antes da indução anestésica;
II - Antes da incisão cirúrgica; e
III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia.
Cada uma dessas fases corresponde a um momento específico do fluxo normal de um
procedimento cirúrgico. Para a utilização da Lista de Verificação, uma única pessoa deverá ser
responsável por conduzir a checagem dos itens. Em cada fase, o condutor da Lista de
Verificação deverá confirmar se a equipe completou suas tarefas antes de prosseguir para a
próxima etapa. Caso algum item checado não esteja em conformidade, a verificação deverá ser
interrompida e o paciente mantido na sala de cirurgia até a sua solução.
5.1. Antes da indução anestésica:
O condutor da Lista de Verificação deverá:
5.1.1. Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua
identificação tenha sido confirmada.
5.1.2. Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos.
5.1.3. Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia.
5.1.4. Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação
5.1.5. Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu
funcionamento.
5.1.6. Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda sanguínea do
paciente, dificuldades nas vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a
verificação completa de segurança anestésica foi concluída.
5.2. Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)
Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente antes da incisão cirúrgica para realizar
os seguintes passos:
5.2.1. A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e função.
5.2.2. A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio
cirúrgico correto.
5.2.3. A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a
cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia.
5.2.4. A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60
minutos da incisão cirúrgica.
5.2.5. A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários.
5.3. Antes do paciente sair da sala de cirurgia
A equipe deverá revisar em conjunto a cirurgia realizada por meio dos seguintes passos:
5.3.1. A conclusão da contagem de compressas e instrumentais.
5.3.2. A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida.
5.3.3. A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões
que necessitem ser solucionadas.
5.3.4. A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pósoperatória e da recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala
de cirurgia.
6. Procedimento operacional
6.1. Antes da indução anestésica
A etapa - antes da indução anestésica - requer a presença do anestesiologista e da equipe de
enfermagem.
Segue o detalhamento de cada um dos procedimentos desta etapa:
6.1.1. Confirmar a identificação do paciente, do sítio cirúrgico, do procedimento e do
consentimento informado.
O condutor da Lista de Verificação confirma verbalmente com o paciente sua identificação,
o tipo de procedimento planejado, o sítio cirúrgico e a assinatura do consentimento para cirurgia.
Quando a confirmação pelo paciente não for possível, como no caso de crianças ou pacientes
incapacitados, um tutor ou familiar poderá assumir esta função.
Os Termos de Consentimento Informados - cirúrgicos e anestésicos - devem ser assinados
pelo paciente ou seu representante legal, após os esclarecimentos feitos por médico membro da
equipe cirúrgica, antes do encaminhamento do paciente para o local de realização do
procedimento cirúrgico.
6.1.2. Demarcar o sítio cirúrgico
A identificação do sítio cirúrgico deverá ser realizada por médico membro da equipe
cirúrgica antes do encaminhamento do paciente para o local de realização do procedimento.
Sempre que possível, tal identificação deverá ser realizada com o paciente acordado e
consciente, que confirmará o local da intervenção. A instituição deverá ter processos definidos
por escrito para lidar com as exceções, como, por exemplo, recusa documentada do paciente, de
modo a garantir a segurança cirúrgica.
O condutor deverá confirmar se o cirurgião fez a demarcação do local da cirurgia no corpo
do paciente naqueles casos em que o procedimento cirúrgico envolve lateralidade, múltiplas
estruturas ou múltiplos níveis. Nestes casos, a demarcação deverá ser realizada no corpo do
paciente em local que indica a estrutura a ser operada com o uso de caneta dermográfica.
O símbolo a ser utilizado deverá ser padronizado pela instituição e deve permanecer visível
após preparo da pele e colocação de campos cirúrgicos. Devem-se evitar marcas ambíguas como
“x”, podendo ser utilizado, por exemplo, o sinal de alvo para este fim.
6.1.3. Verificar a segurança anestésica
O condutor completa a próxima etapa solicitando ao anestesiologista que confirme a
conclusão da verificação de segurança anestésica.
6.1.4. Verificar o funcionamento do monitor multiparamétrico
Antes da indução anestésica, o condutor confirma que um monitor multiparamétrico tenha sido
posicionado no paciente e que esteja funcionando corretamente.
6.1.5. Verificar alergias conhecidas
O condutor deverá perguntar ou confirmar se o paciente possui uma alergia conhecida,
mesmo se o condutor tenha conhecimento prévio a respeito da alergia. Em caso de alergia,
deverá confirmar se o anestesiologista tem conhecimento e se a alergia em questão representa
um risco para o paciente. Se algum membro da equipe cirúrgica tem conhecimento sobre uma
alergia que o anestesiologista desconheça, esta informação deverá ser comunicada.
6.1.6. Verificar a avaliação de vias aéreas e risco de aspiração
O condutor deverá confirmar verbalmente com o anestesiologista se este avaliou
objetivamente se o paciente possui uma via aérea difícil. O risco de aspiração também deverá
ser levado em consideração como parte da avaliação da via aérea.
6.1.7. Verificar a avaliação de risco de perda sanguínea
O condutor deverá perguntar ao anestesiologista se o paciente tem risco de perder mais de
meio litro de sangue (> 500 ml) ou mais de 7 ml/kg em crianças durante a cirurgia a fim de
assegurar o reconhecimento deste risco e garantir a preparação para essa eventualidade.
6.2. Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)
A Pausa Cirúrgica é uma pausa momentânea feita pela equipe imediatamente antes da
incisão cutânea a fim de confirmar que as várias verificações essenciais para a segurança
cirúrgica foram empreendidas e que envolveram toda equipe.
6.2.1. Identificar todos os membros da equipe
O condutor solicitará que cada pessoa na sala se apresente pelo nome e função. Nas
equipes cujos membros já estão familiarizados uns com os outros, o condutor pode apenas
confirmar que todos já tenham sido apresentados, mas quando ocorrer a presença de novos
membros ou funcionários que tenham se revezado dentro da sala cirúrgica desde o último
procedimento, estes devem se apresentar.
6.2.2. Confirmar verbalmente a identidade do paciente, o sítio cirúrgico e o
procedimento.
Imediatamente antes da incisão cirúrgica, é conduzida uma nova confirmação pela
equipe cirúrgica (cirurgião, anestesiologista e equipe de enfermagem) do nome do paciente, do
procedimento cirúrgico a ser realizado, do sítio cirúrgico e, quando necessário, do
posicionamento do paciente.
6.2.3. Verificar a previsão de eventos críticos
O condutor da Lista de Verificação conduz uma rápida discussão com o cirurgião,
anestesiologista e enfermagem a respeito de riscos graves e planejamentos operatórios.
6.2.4. Prever etapas críticas, possíveis eventos críticos, duração da cirurgia e perda
sanguínea
O cirurgião deverá informar à equipe quais são as etapas críticas e os possíveis eventos críticos
e a perda sanguínea prevista.
6.2.5. Revisar eventuais complicações anestésicas
O anestesiologista deverá revisar em voz alta o planejamento e as preocupações
específicas para ressuscitação cardiopulmonar. Deverá informar também a previsão do uso de
sangue, componentes e hemoderivados, além da presença de comorbidades e características do
paciente passíveis de complicação, como doença pulmonar ou cardíaca, arritmias, distúrbios
hemorrágicos, etc..
6.2.6. Confirmar verbalmente a revisão das condições de esterilização, equipamentos e
infraestrutura.
O instrumentador ou o técnico que disponibiliza o equipamento para a cirurgia deverá
confirmar verbalmente a realização da esterilização e sua confirmação por meio do indicador de
esterilização, demonstrando que a esterilização tenha sido bem sucedida. Além de verificar se as
condições dos equipamentos, bem como infraestrutura tenham sido avaliadas pela enfermagem.
6.2.7. Verificar a realização da profilaxia antimicrobiana
O condutor perguntará em voz alta se os antimicrobianos profiláticos foram
administrados durante os últimos 60 minutos antes da incisão da pele. O membro da equipe
responsável pela administração de antimicrobianos (geralmente o anestesiologista) deverá
realizar a confirmação verbal.
6.2.8. Verificar exames de imagem
O condutor deverá perguntar ao cirurgião se exames de imagem são necessários para a
cirurgia. Em caso afirmativo, o condutor deverá confirmar verbalmente que os exames
necessários para realização segura do procedimento cirúrgico estão na sala e expostos de
maneira adequada para uso durante a cirurgia.
6.3. Antes do paciente deixar a sala de cirurgia
6.3.1.
Confirmar o nome do procedimento
O condutor deverá confirmar com o cirurgião e a equipe exatamente qual procedimento foi
realizado.
6.3.2. Verificar a correta contagem de instrumentais, compressas e agulhas
O profissional de enfermagem ou o instrumentador deverá confirmar verbalmente a
conclusão das contagens finais de compressas e agulhas. Nos casos de cirurgia com
cavidade aberta, a conclusão da contagem de instrumental também deve ser confirmada.
6.3.3. Confirmar a identificação da amostra
O profissional de enfermagem deve confirmar a identificação/etiquetagem correta de
qualquer amostra patológica obtida durante o procedimento pela leitura em voz alta do
nome do paciente, descrição da amostra com indicação anatômica do local de origem da
amostra e quaisquer outras indicações orientadoras.
6.3.4. Documentar problemas com equipamentos
O condutor deve assegurar que os problemas com equipamentos que tenham ocorrido
durante a cirurgia sejam identificados, relatados e documentados pela equipe.
6.3.5. Rever as medidas para a recuperação pós-operatoria
O cirurgião, o anestesiologista e o profissional de enfermagem deverão revisar o plano
de recuperação pós-operatória, focando particularmente em questões anestésicas ou
cirúrgicas que possam interferir nesta recuperação.
7. Estratégias de monitoramento e indicadores
 Percentual de pacientes que recebeu antibioticoprofilaxia no momento adequado;
 Número de cirurgias em local errado;
 Número de cirurgias em paciente errado;
 Número de procedimentos errados;
 Taxa de mortalidade cirúrgica intrahospitalar ajustada ao risco; e
 Taxa de adesão à Lista de Verificação.
Referências Bibliográficas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
Shekelle PG, Pronovost PJ, Wachter RM, McDonald KM, Schoelles K, Dy SM, et al.
The Top Patient Safety Strategies That Can Be Encouraged for Adoption Now. Annals
of Internal Medicine. 2013;158(5_Part_2):365-8.
Ronsmans C, Graham WJ. Maternal mortality: who, when, where, and why. Lancet.
368. England2006. p. 1189-200.
Zegers M, de Bruijne MC, de Keizer B, Merten H, Groenewegen PP, van der Wal G,
et al. The incidence, root-causes, and outcomes of adverse events in surgical units:
implication for potential prevention strategies. Patient Saf Surg. 5. England2011. p. 13.
de Vries EN, Ramrattan MA, Smorenburg SM, Gouma DJ, Boermeester MA. The
incidence and nature of in-hospital adverse events: a systematic review. Qual Saf
Health Care. 17. England 2008. p. 216-23.
Rebasa P, Mora L, Vallverdu H, Luna A, Montmany S, Romaguera A, et al. [Adverse
events in general surgery. A prospective analysis of 13,950 consecutive patients]. Cir
Esp. 89. Spain: A 2011 AEC. Published by Elsevier Espana; 2011. p. 599-605.
Kwaan Mr Fau - Studdert DM, Studdert Dm Fau - Zinner MJ, Zinner Mj Fau Gawande AA, Gawande AA, Seiden Sc Fau - Barach P, Barach P, et al. Incidence,
patterns, and prevention of wrong-site surgery
Seiden SC, Barach P. Wrong-side/wrong-site, wrong-prcedure, and wrong-patient
adverse events: Are they preventable? Arch Surg. 141. United States2006. p. 931-9.
.Joint Commission. Sentinel event statistics. December 31,2006. Disponível em:
http://www.jointcommission.org/SentinelEvents/Statistics. [Acessado 5 Maio
2007]
Joint Commission. Sentinel events alert. 5th December 2001. Disponível em:
http://www.jointcommission.org/SentinelEvent/sentineleventalert/sea_24.html
[Acessado 3 Maio 2007]
.Healy JM. How hospital leaders implemented a safe surgery protocol in Australian
hospitals. Int J Qual Health Care. 24. England2012. p. 88-94.
Cowell HR. Wrong-site surgery. J Bone Joint Surg Am. 1998;80(4):463.
World Health Organization. Conceptual Framework for the International Classification
of Patient Safety- Final Technical Report 2009. WHO:Swizterland, 2009.
Administration FA. Section 12: Aircraft Checklist for 14 CFR Parts 121/135
iFOFSIMSF.
14. Organização Pan-Americana de Saúde, Ministério da Saúde, Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Manual Cirurgias Seguras Salvam Vidas. Brasília, 2010.
Anexo II
Protocolo de
Higienização das Mãos
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE
HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE*
Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz
09/07/2013
Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente.
HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
1. Finalidade
Instituir e promover a higiene das mãos nos serviços de saúde do país com o intuito de
prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança
do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos
pacientes.
2. Abrangência
Este protocolo deverá ser aplicado em todas os serviços de saúde, públicos ou privados, que
prestam cuidados à saúde, seja qual for o nível de complexidade, no ponto de assistência.
Entende-se por Ponto de Assistência, o local onde três elementos estejam presentes: o
paciente, o profissional de saúde e a assistência ou tratamento envolvendo o contato com o
paciente ou suas imediações (ambiente do paciente).
O protocolo deve ser aplicado em todos os Pontos de Assistência, tendo em vista a
necessidade de realização da higiene das mãos exatamente onde o atendimento ocorre. Para tal,
é necessário o fácil acesso a um produto de higienização das mãos, como por exemplo, a
preparação alcoólica. O Produto de higienização das mãos deverá estar tão próximo quanto
possível do profissional, ou seja, ao alcance das mãos no ponto de atenção ou local de
tratamento, sem a necessidade do profissional se deslocar do ambiente no qual se encontra o
paciente 1.
O produto mais comumente disponível é a preparação alcóolica para as mãos, que deve
estar em dispensadores fixados na parede, frascos fixados na cama / na mesa de cabeceira do
paciente, nos carrinhos de curativos / medicamentos levados para o ponto de assistência,
podendo também ser portado pelos profissionais em frascos individuais de bolso2.
Definição
“Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as mãos
para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que pacientes e
profissionais de saúde adquiram IRAS1. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – Anvisa3, o termo engloba a higiene simples, a higiene antisséptica, a fricção
antisséptica das mãos com preparação alcoólica, definidas a seguir, e a antissepsia cirúrgica das
mãos, que não será abordada neste protocolo.
2.1. Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum,
sob a forma líquida.
2.2. Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete
associado a agente antisséptico.
2.3. Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: aplicação de preparação
alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de
enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos.
3.3.1. Preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma líquida: preparação
contendo álcool, na concentração final entre 60% a 80% destinadas à aplicação nas
mãos para reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha
emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele.
3.3.2. Preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e
outras: preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com
atividade antibacteriana comprovada por testes de laboratório in vitro (teste de
suspensão) ou in vivo, destinadas a reduzir o número de micro-organismos.
Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento
da pele.
3. Intervenções
3.1. Momentos
As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com
o fluxo de cuidados assistenciais para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada
pelas mãos: “Meus cinco momentos para a higiene das mãos” 1.
A ação correta no momento certo é a garantia de cuidado seguro para os pacientes.
3.1.1. Antes de tocar o paciente
3.1.2. Antes de realizar procedimento limpo/asséptico
a) Antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do uso ou não
de luvas.
b) Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o
atendimento do mesmo paciente.
3.1.3. Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções
a) Após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas, pele não
íntegra ou curativo.
b) Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o
atendimento do mesmo paciente.
c) Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas
3.1.4. Após tocar o paciente
a) Antes e depois do contato com o paciente
b) Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas
3.1.5. Após tocar superfícies próximas ao paciente
a) Após contato com superfícies e objetos inanimados (incluindo equipamentos
para a saúde) nas proximidades do paciente
b) Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas
Figura 1. Meus cinco momentos para a higiene das mãos
Fonte:1,2.
3.2. Recomendações
As recomendações formuladas foram baseadas em evidências descritas nas várias seções
das diretrizes e consensos de especialistas, conforme mostra o Quadro 1 do Apêndice4,1 .
Recomendações para a higiene das mãos
As indicações para higiene das mãos contemplam 1 :
a)
Higienizar as mãos com sabonete líquido e água
i. Quando estiverem visivelmente sujas ou manchadas de sangue ou
outros fluidos corporais (IB) ou após uso do banheiro (II);
ii. Quando a exposição a potenciais patógenos formadores de esporos
for fortemente suspeita ou comprovada, inclusive surtos de C.
difficile. (IB);
iii. Em todas as outras situações, nas quais houver impossibilidade de
obter preparação alcoólica (IB).
b)
Higienizar as mãos com preparação alcoólica
i. Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas (IA) e antes e
depois de tocar o paciente e após remover luvas (IB);
ii. Antes do manuseio de medicação ou preparação de alimentos (IB);
Obs. Sabonete líquido e preparação alcoólica para a higiene das mãos não devem ser
utilizados concomitantemente (II).
5. Procedimentos Operacionais
5.1. Higienização simples: com sabonete líquido e água
5.1.1. Finalidade
Remover os micro-organismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como
o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à
proliferação de micro-organismos.
5.1.2. Duração do procedimento
A higienização simples das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.
5.1.3. Técnica
A técnica de higiene simples das mãos envolve os passos a seguir5 :
0 - Molhe as mãos com água;
1 - Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a
superfície das mãos;
2 - Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si;
3 - Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos
e vice-versa;
4 - Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais;
5 - Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os
dedos, com movimentos de vai-e-vem e vice-versa;
6 - Esfregue o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando-se de
movimento circular e vice-versa;
7 – Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda,
fazendo movimento circular e vice-versa;
8 – enxague bem as mãos com água;
9 – Seque as mãos com papel toalha descartável
10 – No caso de torneiras de fechamento manual, para fechar sempre utilize o papel toalha;
11 – Agora as suas mãos estão seguras.
5.2. Higienização antisséptica: antisséptico degermante e água
5.2.1. Finalidade
Promover a remoção de sujidades e da microbiota transitória, reduzindo a microbiota
residente das mãos, com auxílio de um antisséptico.
5.2.2. Duração do procedimento
A higienização antisséptica das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.
5.2.3. Técnica
A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples
das mãos, substituindo-se o sabonete líquido comum por um associado a antisséptico, como
antisséptico degermante 3 .
5.3. Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica
5.3.1. Finalidade
A utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e
outras (na concentração final mínima de 70%) ou sob a forma líquida (na concentração final
entre 60% a 80%) tem como finalidade reduzir a carga microbiana das mãos e pode substituir a
higienização com água e sabonete líquido quando as mãos não estiverem visivelmente sujas 6 .
A Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica não realiza remoção de sujidades.
5.3.2. Duração do procedimento
A fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica deve ter duração de no mínimo 20
a 30 segundos.
5.3.3. Técnica
Os seguintes passos devem ser seguidos durante a realização da técnica de fricção
antisséptica das mãos com preparação alcoólica 5 :
1 – Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcóolica em uma mão em forma de
concha para cobrir todas as superfícies das mãos.
2 – Friccione as palmas das mãos entre si;
3 - Friccione a palma de mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos
e vice-versa;
4 – Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados;
5 - Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os
dedos, com movimento vai-e-vem e vice-versa;
6 – Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de
movimento circular e vice-versa;
7 - Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda,
fazendo um movimento circular e vice-versa;
8 – Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras.
6. Estratégia multimodal
A melhora da prática de higienização das mãos, de forma bem sucedida e sustentada, é
alcançada por meio da implementação de estratégia multimodal, ou seja, um conjunto de ações
para transpor diferentes obstáculos e barreiras comportamentais.
A Estratégia Multimodal da Organização Mundial de Saúde - OMS para a Melhoria da
Higienização das Mãos1,2,7 ,foi proposta para traduzir, na prática, as recomendações sobre a
higiene das mãos e é acompanhada por uma ampla gama de ferramentas práticas e de
implementação prontas para serem aplicadas nos serviços de saúde.
Todas as ferramentas de higiene das mãos, direcionadas para gestores, profissionais de
saúde e profissionais que atuam no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e
qualidade estão disponíveis no Portal da Anvisa, em: http://bit.ly/wL0d6V.
Os componentes-chave da Estratégia Multimodal da OMS para a Melhoria da Higienização
das Mãos são descritos a seguir1 :
6.1. Mudança de sistema: assegurar que a infraestrutura necessária esteja disponível para
permitir a prática correta de higiene das mãos pelos profissionais de saúde. Isto inclui
algumas condições essenciais:

Acesso a sabonete líquido e papel toalha, bem como a um fornecimento contínuo e
seguro de água, de acordo com o disposto na Portaria GM/MS nº 2.914, de 12 de
dezembro de 2011;

Acesso imediato a preparações alcoólicas para a higiene das mãos no ponto de
assistência;

Pias no quantitativo de uma para cada dez leitos, preferencialmente com torneira de
acionamento automático em unidades não críticas e obrigatoriamente em unidades
críticas.
6.2. Educação e treinamento: fornecer capacitação regular a todos os profissionais de
saúde sobre a importância da higienização das mãos, com base na abordagem “Meus 5
Momentos para a Higiene das Mãos” e os procedimentos corretos de higiene das mãos.
6.3. Avaliação e retroalimentação: monitorar as práticas de higiene das mãos e a
infraestrutura, assim como a percepção e conhecimento sobre o tema entre os
profissionais da saúde retroalimentando estes resultados.
6.4. Lembretes no local de trabalho: alertar e lembrar os profissionais de saúde sobre a
importância da higienização das mãos e sobre as indicações e procedimentos
adequados para realizá-la.
6.5. Clima de segurança institucional: criar um ambiente que facilite a sensibilização dos
profissionais quanto à segurança do paciente e no qual o aprimoramento da
higieneização das mãos constitui prioridade máxima em todos os níveis, incluindo:

A participação ativa em nível institucional e individual;

A consciência da capacidade individual e institucional para mudar e aprimorar
(auto eficácia); e

Parcerias com pacientes, acompanhantes e com associações de pacientes.
7. Indicadores
Os seguintes indicadores de desempenho devem ser utilizados pela Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar (CCIH) para a mensuração da melhoria da adesão às práticas de higiene
das mãos4,1,8 :
7.1. Indicador obrigatório:
a) Consumo de preparação alcoólica para as mãos: monitoramento do volume de
preparação alcoólica para as mãos utilizado para cada 1.000 pacientes-dia.
b) Consumo de sabonete monitoramento do volume de sabonete líquido associado ou
não a antisséptico utilizado para cada 1.000 pacientes-dia.
7.2. Indicador recomendável:
c) Percentual (%) de adesão: número de ações de higiene das mãos realizados pelos
profissionais de saúde/número de oportunidades ocorridas para higiene das mãos,
multiplicado por 100.
Nota: o retorno da informação à direção do estabelecimento e aos profissionais pelo resultado
dos indicadores deverá ser providenciada pela CCIH.
8. Cuidados Especiais
8.1. Cuidado com o uso de luvas
O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das mãos, seu uso por profissionais
de saúde não deve ser adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito às indicações a
seguir1,8 :

Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos
corporais e contato com mucosas e pele não íntegra de todos os pacientes;

Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os micro-organismos das mãos do
profissional contaminarem o campo operatório (luvas cirúrgicas);

Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de micro-organismos de um
paciente para outro nas situações de precaução de contato;

Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente;

Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal
contaminado para outro, limpo;

Trocar de luvas quando estas estiverem danificadas;

Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones,
maçanetas, portas) quando estiver com luvas;

Higienizar as mãos antes e após o uso de luvas; e
8.2. Cuidados com a pele das mãos
8.2.1. Os seguintes aspectos devem ser levados em consideração para garantir o bom
estado da pele das mãos 9 :

a fricção das mãos com preparação alcoólica contendo um agente umectante agride
menos a pele do que a higiene com sabonete líquido e água;

as luvas entalcadas podem causar irritação quando utilizadas simultaneamente com
produtos alcoólicos;

o uso de cremes de proteção para as mãos ajudam a melhorar a condição da pele,
desde que sejam compatíveis com os produtos de higiene das mãos e as luvas
utilizadas.
8.2.2. Os seguintes comportamentos devem ser evitados 9 :

utilizar sabonete líquido e água, simultaneamente a produtos alcoólicos;

utilizar água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água;

calçar luvas com as mãos molhadas, levando a riscos de causar irritação;

higienizar as mãos além das indicações recomendadas;

usar luvas fora das recomendações.
8.2.3. Os seguintes princípios devem ser seguidos 3,8,9 :

Enxaguar abundantemente as mãos para remover resíduos de sabonete líquido e
sabonete antisséptico;

friccionar as mãos até a completa evaporação da preparação alcoólica;

secar cuidadosamente as mãos após lavar com sabonete líquido e água;

manter as unhas naturais, limpas e curtas;

não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes;

deixar punhos e dedos livres, sem a presença de adornos como relógios, pulseiras e
anéis, etc;

aplicar regularmente um creme protetor para as mãos (uso individual).
Referências Bibliográficas
1.
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA.
Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do
Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2013.
2.
BRASIL.
AGÊNCIA
NACIONAL
DE
VIGILÂNCIA
SANITÁRIA
–
ANVISA.Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília, 2007. Disponível
em:<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm>. Acesso em: 21
mar. 2013.
3.
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. RDC
n°. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização
de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do
país e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010.
4.
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA.
Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Higienização das Mãos. Brasília, 2009.
5.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND REVENTION. Guideline for Hand
Hygiene in Health-Care Settings: recommendations of the Healthcare Infection Control
Practices Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene
Task Force. MMWR, v.51, n. RR-16, p.1-45, 2002.
6.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL
DE SAÚDE - OPAS/OMS; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
– MINISTÉRIO DA SAÚDE – ANVISA/MS. Manual para Observadores. Brasília,
DF, 2008a.
7.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL
DE SAÚDE - OPAS/OMS; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
– MINISTÉRIO DA SAÚDE – ANVISA/MS. Guia para Implantação. Um guia para
implantação da Estratégia Multimodal da OMS para a Melhoria da Higienização das
Mãos. Brasília, DF, 2008b.
8.
WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Hand Hygiene: Why, How and When.
SummaryBrochure on Hand Hygiene. World Alliance for Patient Safety, 2006. p. 1-4.
9.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health
Care. First Global Patient Safety Challenge. Clean Care is Safer Care Geneva: WHO
Press,
2009a.
270
p.
Disponível
em:
<http://www.who.int/gpsc/5may/background/5moments/en/>Acesso em: 20 mar. 2013.
10. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Hand hygiene technical reference manual: to
be used by health-care workers, trainers and observers of hand hygiene
practices.Geneva: WHO Press, 2009b. 31 p.
APÊNDICE I
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DAS
RECOMENDAÇÕES
Quadro 1 -Sistema de classificação das recomendações das Diretrizes.
Categoria
IA
Critérios
Fortemente recomendada para implementação e fortemente apoiada por estudos
experimentais, clínicos ou epidemiológicos bem elaborados
IB
Fortemente recomendada para implementação e apoiada por alguns estudos
experimentais, clínicos ou epidemiológicos e uma forte fundamentação teórica
IC
Necessária para a implementação, conforme estabelecido por regulamento ou
norma federal e/ou estadual
II
Sugerida para implementação e apoiada por estudos clínicos ou epidemiológicos
sugestivos ou uma fundamentação teórica ou o consenso de um painel de
especialistas
Fonte: 4,1.
Quadro 2 - Correspondência entre as indicações e as recomendações para higiene das
mãos 1 .
Os 5 Momentos
Recomendações
Diretrizes da Organização Mundial de Saúde - OMS sobre Higiene das
Mãos em Serviços de Saúde (WHO, 2009a)
1. Antes de tocar o
paciente
D.a) antes e após contato com o paciente (IB)
2. Antes de realizar
procedimento
limpo/asséptico
D.b) antes de manusear um dispositivo invasivo , independentemente do
uso ou não de luvas (IB)
D.d) ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o
atendimento do mesmo paciente (IB)
3. Após o risco de
exposição a fluidos
corporais
D.c) após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas,
pele não íntegra ou curativo (IA)
D.d) ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o
atendimento do mesmo paciente (IB))
D.f) após remover luvas esterilizadas (II) ou não esterilizadas (IB)
4. Após tocar o paciente
D.a) antes e após contato com o paciente (IB)
D.f) após remover luvas esterilizadas (II) ou não esterilizadas (IB)
5. Após tocar as
superfícies próximas ao
paciente
D.e) após contato com superfícies e objetos inanimados (incluindo
equipamentos para a saúde) nas imediações do paciente (IB)
D.f) após remover luvas esterilizadas (II) ou não esterilizadas (IB)
Fonte:1 .
Anexo III
Protocolo de
Identificação do
Paciente
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO
PACIENTE*
Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz
Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente.
PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
1. Finalidade
A finalidade deste protocolo é garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a
ocorrência de incidentes. O processo de identificação do paciente deve assegurar que o cuidado
seja prestado à pessoa para a qual se destina.
2. Justificativa
A identificação correta do paciente é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é
destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e
enganos que o possam lesar1.
Erros de identificação do paciente podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em
todas as fases do diagnóstico e do tratamento. Alguns fatores podem potencializar os riscos na
identificação do paciente como: estado de consciência do paciente, mudanças de leito, setor ou
profissional dentro da instituição e outras circunstâncias no ambiente.
Entre 2003 e 2005, The United Kingdom National Patient Safety Agency apresentou 236
incidentes relacionados a pulseiras com informações incorretas. A má identificação do paciente
foi citada em mais de 100 análises de causa raiz realizadas pelo The United States Department
of Veterans Affairs (VA) National Center for Patient Safety entre 2000 e 20031.
Anualmente, cerca de 850 pacientes nos Estados Unidos são transfundidos com sangue
destinados a outros pacientes e aproximadamente 3% desses pacientes evoluem para óbito. Em
cada 1.000 pacientes que recebem transfusões de sangue ou de hemocomponentes, um
indivíduo recebe a destinada a outra pessoa. Em dois terços dos casos, o motivo é a
identificação errada da bolsa3.
Muitas instituições fazem uso das pulseiras para identificar seus pacientes. Em pesquisa
relacionada à aceitabilidade dos pacientes com relação a esta prática, foi demonstrado que a
maior parte dos pacientes era favorável e que considerava importante a necessidade de
utilização de algum método de identificação pelos hospitais, principalmente após explicação
sobre as consequências de uma identificação incorreta4. Segundo os autores, cerca de 84% dos
pacientes consideravam que o hospital deveria utilizar as pulseiras e 90% afirmaram que
concordariam em utilizá-las4.
Estudos sobre o processo de identificação de pacientes com a utilização de pulseiras
demonstraram que existem altos níveis de consciência profissional da equipe e evidenciaram a
importância da tomada de decisão de aplicação do dispositivo no momento mais precoce
possível, especialmente em pacientes de emergência5. Ressaltaram a importância da
participação do paciente para minimizar o risco de dados errôneos e a preocupação com o uso
do dispositivo em algumas circunstâncias clínicas especiais, como transfusão de sangue e
administração de medicamentos5.
Consensos e relatórios de especialistas indicam reduções significativas na ocorrência de erros
após a implementação de processos de identificação do paciente2.
3. Abrangência
O protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde (por
exemplo, unidades de internação, ambulatório, salas de emergência, centro cirúrgico) em que
sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos.
4. Intervenção
O protocolo de identificação do paciente inclui as seguintes intervenções:
4.1. Identificar os pacientes
Para assegurar que todos os pacientes sejam corretamente identificados, é necessário usar pelo
menos dois identificadores em pulseira branca padronizada, colocada num membro do paciente
para que seja conferido antes do cuidado. As especificações da pulseira de identificação do
paciente estão descritas no Apêndice deste Protocolo.
O serviço de saúde escolhe o membro em função do paciente. Em geral, o local escolhido para o
adulto é o punho, mas, para recém-nascidos, a pulseira deve ser colocada preferencialmente no
tornozelo. Nos casos em que não haverá possibilidade do uso em adultos em membros
superiores, indicar o uso em membros inferiores.
4.2. Educar o paciente/ acompanhante/ familiar / cuidador
Para envolver o paciente/ acompanhante/familiar/cuidador no processo de identificação correta,
é necessário que sejam explicados os propósitos dos 2 identificadores da pulseira e que a
conferência da identificação seja obrigatória antes do cuidado.
4.3. Confirmar a identificação do paciente antes do cuidado
A confirmação da identificação do paciente será realizada antes do cuidado. Inclui a orientação
da administração de medicamentos, do sangue e de hemoderivados, da coleta de material para
exame, da entrega da dieta e da realização de procedimentos invasivos.
5. Procedimento operacional
5.1. Identificar o paciente
A identificação de todos os pacientes (internados, em regime de hospital dia, ou atendidos no
serviço de emergência ou no ambulatório) deve ser realizada em sua admissão no serviço
através de uma pulseira. Essa informação deve permanecer durante todo o tempo que paciente
estiver submetido ao cuidado.
A identificação do recém-nascido requer cuidados adicionais. A pulseira de identificação deve
conter minimamente a informação do nome da mãe e o número do prontuário do recém-nascido,
bem como outras informações padronizadas pelo serviço de saúde.
O serviço de saúde deve prever o que fazer caso a pulseira caia ou fique ilegível.
CASOS ESPECIAIS: O serviço de saúde deve definir como identificar pacientes que não
possam utilizar a pulseira, tais como grandes queimados, mutilados e politraumatizados.
5.1.1. Definições Institucionais
A instituição deve definir um membro preferencial para a colocação de pulseiras como
dispositivo de identificação.
Deverá ser promovido um rodízio dos membros, de acordo com as necessidades dos pacientes,
levando em consideração situações, tais como:
edemas,
amputações,
presença de dispositivos vasculares,
entre outros.
Utilizar no mínimo dois identificadores como:
nome completo do paciente,
nome completo da mãe do paciente,
data de nascimento do paciente
número de prontuário do paciente.
Nos casos em que a identidade do paciente não está disponível na admissão e quando não
houver a informação do nome completo, poderão ser utilizados o número do prontuário e as
características físicas mais relevantes do paciente, incluindo sexo e raça.
O serviço deve definir o que deve acontecer se a pulseira de identificação estiver danificada, ou
for removida ou se tornar ilegível.
O registro dos identificadores do paciente podem ser impressos de forma digital ou podem ser
manuscritos.
Independentemente do método adotado para produzir os identificadores, a informação deve:
Ser fácil de ler, mesmo se a pulseira de identificação for exposta à água, sabão e
detergentes, géis, sprays, produtos de limpeza a base de álcool, hemocomponentes e
outros líquidos corporais, e qualquer outro líquido ou preparação; e
Não se desgastar durante a permanência do paciente no hospital.
Para que essas exigências sejam atendidas, as etiquetas pré-impressas devem caber no espaço
disponível na pulseira de identificação.
Se as etiquetas forem muito grandes, elas podem envolver a pulseira e esconder a informação. A
impressão deve ser durável, impermeável, segura e inviolável.
A inserção de dados manuscritos na pulseira de identificação deve garantir a durabilidade da
informação, sendo necessário o uso de canetas especiais.
Os serviços de saúde devem desenvolver, implementar e revisar regularmente processos que
facilitem a correta identificação dos pacientes na passagem de caso entre as equipes de saúde, na
transferência e na alta do paciente.
5.1.2. Transferências de Pacientes
Quando for realizada transferência para outro serviço de saúde, um identificador adicional do
paciente pode ser o endereço, para refinar a exatidão da identificação, devido a não transferência
do número do prontuário entre os serviços de saúde. O mesmo deve ocorrer quando a
transferência for entre o serviço de ambulância e um serviço de saúde.
Quando o paciente for morador de rua, de instituição de longa permanência, desabrigado,
proveniente de catástrofes, de localidades na periferia e interior, onde não há número de casa ou
rua para ser referenciado, o serviço de saúde determinará o identificador adicional.
Quando a transferência for entre o serviço de ambulância e um serviço de saúde e nenhum dos
identificadores do paciente estiver disponível, o máximo possível de detalhes deve ser
registrado, como:
O local de onde a pessoa foi resgatada e o horário,
O número de registro do atendimento do serviço de ambulância,
A descrição física da pessoa.
Essas informações devem ser registradas em todos os documentos importantes e constar no
prontuário.
IMPORTANTE: O número do quarto/enfermaria/leito do paciente não pode ser usado como
um identificador, em função do risco de trocas no decorrer da estada do paciente no serviço.
5.2. Confirmar a identificação do paciente antes do cuidado
5.2.1. A confirmação da identificação do paciente será realizada antes de qualquer
cuidado que inclui:
A administração de medicamentos,
A administração do sangue,
A administração de hemoderivados,
A coleta de material para exame,
A entrega da dieta e;
A realização de procedimentos invasivos.
5.2.2. O profissional responsável pelo cuidado deverá perguntar o nome ao
paciente/familiar/acompanhante e conferir as informações contidas na pulseira do
paciente com o cuidado prescrito, ou com a rotulagem do material que será
utilizado.
5.2.3. A identificação do hemocomponente e dos hemoderivados deve seguir a
legislação específica.
5.2.4. A confirmação da informação contida na pulseira do recém-nascido e na pulseira
da mãe deve ocorrer em todo o momento que o recém-nascido for entregue à mãe
ou responsável legal (em caso de impossibilidade da mãe).
5.2.5. Caso a mãe não esteja internada, deverá ser solicitado documento que comprove o
nome da mãe e deverá ser realizada a confirmação com os dados existentes na
pulseira do recém-nascido.
5.2.6. Mesmo que o profissional de saúde conheça o paciente, deverá verificar os
detalhes de sua identificação para garantir que o paciente correto receba o cuidado
correto.
5.2.7. A verificação da identidade do paciente não deve ocorrer apenas no início de um
episódio de cuidado, mas deve continuar a cada intervenção realizada no paciente
ao longo de sua permanência no hospital, a fim de manter a sua segurança.
5.2.8. PEÇA ao paciente que declare (e, quando possível, soletre) seu nome completo e
data de nascimento.
5.2.9. SEMPRE verifique essas informações na pulseira de identificação do paciente,
que deve dizer exatamente o mesmo. Checar se a impressão ou registro encontrase legível.
5.2.10. Lembrar que deve constar o nome completo do paciente, sem abreviaturas
5.2.11. NUNCA pergunte ao paciente “você é o Sr. Silva?” porque o paciente pode não
compreender e concordar por engano.
5.2.12. NUNCA suponha que o paciente está no leito correto ou que a etiqueta com o
nome acima do leito está correta.
6.
Estratégias de monitoramento e indicadores
6.1. Notificação dos casos de identificação errada de pacientes
Todos os incidentes envolvendo identificação incorreta do paciente devem ser notificados de
acordo com a legislação vigente e investigados pelo serviço.
A implementação das recomendações geradas pelas investigações devem ser monitoradas pelo
próprio serviço de saúde.
6.2. Indicadores
Mecanismos de monitoramento e auditorias rotineiras devem ser realizadas nas instituições para
verificar o cumprimento deste protocolo e garantir a correta identificação de todos os pacientes
em todos os cuidados prestados.
Deve-se monitorar, minimamente, os seguintes indicadores:
6.2.1. Número de eventos adversos devido a falhas na identificação do paciente.
6.2.2. Proporção de pacientes com pulseiras padronizadas entre os pacientes atendidos
nas instituições de saúde.
APÊNDICE
ESPECIFICAÇÕES DA PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
I.
II.
Cor
a)
A pulseira usada para a identificação do paciente deve ser de cor branca.
b)
Pulseiras coloridas de alerta ou etiquetas não devem ser utilizadas como
identificadoras do paciente, devido ao aumento dos riscos de erros de
identificação.
Tamanho
As pulseiras de identificação do paciente devem se adequar ao perfil dos pacientes, sendo:
a)
Compridas o suficiente para serem utilizadas em pacientes obesos, pacientes com
linfedema e pacientes com acessos venosos e curativos;
b)
Pequenas o suficiente para serem confortáveis e seguras em recém-nascidos,
bebês e crianças.
Os ajustes necessários para a variedade de tamanhos e características de pacientes
podem ser conseguidos aumentando o comprimento máximo disponível para a pulseira de
identificação.
Se o comprimento adicional da pulseira de identificação tiver que ser cortado, a equipe
deve ser capaz de fazer isto com segurança, de preferência sem o uso de tesoura, pelo risco de
incidentes. As extremidades do corte não devem ser afiadas.
Alternativamente, as pulseiras de identificação podem ser feitas em tamanhos variados.
III.
Conforto
Os aspectos de conforto relacionados às pulseiras de identificação do paciente incluem:
•
Forma – não deve haver cantos, contorno ou bordas afiadas que possam irritar ou
friccionar a pele.
•
Bordas – o material utilizado nas bordas da pulseira deve ser macio e liso para
assegurar o conforto durante o uso prolongado. Isso inclui todas as bordas produzidas
ao cortar o tamanho da pulseira.
•
Fixadores – os fixadores não devem pressionar a pele.
•
Material – o material da pulseira de identificação deve ser flexível, liso,
impermeável, lavável e não-alergênico.
IV.
Facilidade de uso
As pulseiras de identificação do paciente devem ser:
a) Fáceis de limpar.
b) Impermeáveis e resistentes a líquidos (sabão, detergentes, géis, sprays, esfregas,
produtos de limpeza a base de álcool, sangue e outros líquidos corporais).
c) Projetadas de maneira que permitam que os pacientes as lavem.
d) Fáceis de utilizar por todos os profissionais que possam ter a responsabilidade pela
emissão, aplicação e verificação das pulseiras de identificação.
Os seguintes aspectos devem ser considerados para facilitar o uso das pulseiras:
a) Armazenamento;
b) Acesso ao local de armazenamento;
c) Preenchimento dos identificadores do paciente;
d) Mudança ou atualização de informação;
e) Leitura e verificação da informação;
f) Colocação no paciente (incluindo a seleção do tamanho correto ou o ajuste ao
comprimento correto);
g)
Fixação;
Remoção.
IMPORTANTE: A pulseira de identificação não deve agarrar na roupa, no equipamento ou nos
dispositivos, inclusive nos acessos venosos.
V.
Registro dos identificadores do paciente
Os serviços de saúde utilizarão diferentes métodos para gerar os identificadores do paciente
a serem incluídos na pulseira de identificação. Em alguns casos, podem ser impressos
diretamente do computador do serviço de saúde; em outros, eles podem ser manuscritos.
Independentemente do método adotado para produzir os identificadores, a informação deve
ser:
a) Fácil de ler;
b) Durável e não se desgastar durante toda a permanência do paciente no serviço de saúde,
considerando a sua substituição, sempre que recomendada;
Para que as exigências sejam atendidas:
a) As etiquetas pré-impressas devem caber no espaço disponível na pulseira de
identificação. Se as etiquetas forem muito grandes, elas podem envolver a pulseira e
esconder a informação.
b) A impressão deve ser durável, impermeável, segura e inviolável.
c) A inserção de dados manuscritos na pulseira de identificação deve garantir a
durabilidade da informação.
d) O espaço disponível para a inserção dos dados do paciente deve ser adequado para que
os identificadores do paciente sejam registrados de forma clara e inequívoca.
e) A mesma disposição, ordem e estilo da informação devem ser usados em todas as
pulseiras de identificação do paciente de uma mesma unidade de saúde a fim de garantir
a padronização. Isso facilita a leitura das pulseiras de identificação, evitando erros.
f) A data de nascimento deve ser registrada no formato curto como DD/MM/AAAA (por
exemplo, 07/06/2005).
g) Deve haver espaço suficiente para incluir nomes longos, nomes múltiplos e nomes
hifenizados.
h) Os identificadores devem ter um tamanho e estilo de fonte de fácil leitura, devendo ser
evitados o itálico, o estilo simulando o manuscrito e os tipos de fonte ornados. Uma
fonte comum deve ser utilizada com tamanho mínimo entre 12 e 14 pontos.
i) No caso de identificadores manuscritos, deve ser utilizada letra de forma e tamanho
adequado para a leitura.
j) Para a impressão dos identificadores do paciente, deve ser usada cor que seja
claramente legível em circunstâncias de iluminação reduzida (tais como enfermarias
durante a noite) e por aqueles com deficiência visual.
Referências Bibliográficas
CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO; JOINT COMMISSION
INTERNATIONAL. Padrões de Acreditação da Joint Commission Internacional
para Hospitais. 4ª ed. [editado por] Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e
Serviços de Saúde. Rio de Janeiro: CBA, 2011.
WORLD HEALTH ORGANIZATION, THE JOINT COMMISSION, JOINT
COMMISSION INTERNATIONAL. WHO Collaborating Centre for Patient Safety
Solutions. Aide Memoire. Patient Safety Solutions, vol1, solution 2, may 2007.
SCHULMEISTER, L. Patient misidentification in oncology care. Clin J Oncol Nurs.
2008 Jun; 12(3):495-8.
CLEOPAS, A; KOLLY,V; BOVIER, P.A.; GARNERIN,P.; T.V. Acceptability of
identification bracelets for hospital inpatients. Qual Saf Health Care, 2004. 13(5) Pgs.
344-8.
SMITH, AF., CASEY K, WILSON J; FISCHBACHER-SMITH D. Wristbands as aids
to reduce misidentification: an ethnographically guided task analysis. Int J Qual Health
Care. 2011 Oct;23(5):590-9.
SOUTH AUSTRALIA. DEPARTMENT FOR HEALTH AND AGEING. Policy
Guideline - Patient Identification Guideline, 2011.
WALES. NATIONAL HEALTH SERVICE. 1000 Lives Plus. Tools for improvement:
Reducing patient identification errors. 2012, 32p. www.1000livesplus.wales.nhs.uk
Anexo IV
Protocolo de Prescrição,
Uso e Administração de
Medicamentos
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS*
Protocolo coordenado pelo Ministério da Saúde e ANVISA em parceria com
FIOCRUZ e FHEMIG
PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
1. Finalidade
Promover práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de
saúde.
2. Justificativa
Em todo o mundo, os eventos adversos no processo de assistência à saúde
são frequentes1,2,3. Em resposta a esse preocupante quadro, a Organização Mundial
de Saúde – OMS lançou, em 2004, o programa Aliança Mundial para a Segurança
do Paciente, que conclama todos os países-membros a adotarem medidas para
assegurar a qualidade e segurança da assistência prestada nas unidades de saúde4.
Estudo realizado nos Estados Unidos da América revela que cada paciente
internado em hospital norte-americano está sujeito a um erro de medicação por dia,
sendo registrados anualmente, nessas instituições, no mínimo 400.000 eventos
adversos evitáveis relacionados a medicamentos1. Esses eventos adversos podem
verificar-se em todas as etapas da cadeia terapêutica e sua ocorrência aumenta
consideravelmente os custos do sistema de saúde2,5-7 .
Estima-se que os erros de medicação em hospitais provoquem mais de 7.000
mortes por ano nos Estados Unidos da América, acarretando importantes custos
tangíveis e intangíveis8. No Brasil ainda não estão disponíveis estatísticas de óbitos
relacionados a erros de medicação.
Diante da possibilidade de prevenção dos erros de medicação e do risco de
dano em função da sua ocorrência, torna-se relevante identificar a natureza e
determinantes dos erros, como forma de dirigir ações para a prevenção. As falhas
no processo de utilização de medicamentos são consideradas importantes fatores
contribuintes para a redução da segurança do paciente3,9.
Considerando-se a prevenção de erros, deve-se destacar o grupo de
medicamentos chamados de potencialmente perigosos ou de alta vigilância (highalert medications), que possuem maior potencial de provocar dano no paciente
quando existe erro na sua utilização. Erros envolvendo esses medicamentos têm
maior gravidade9,10,11, sendo necessária a adoção de protocolos específicos para
prevenção9-13. Em pesquisa que analisou eventos adversos relacionados a
medicamentos que ocorreram em hospital norte-americano de 1994 a 2000, foi
observado que mais da metade dos eventos preveníveis que provocam danos nos
pacientes envolvia anticoagulantes, opiáceos e insulinas11.
A incorporação de princípios para reduzir erros humanos minimizando os
lapsos de memória, promovendo acesso a informações sobre os medicamentos e
desenvolvendo padrões internos de treinamento reduz a probabilidade de falhas e
aumenta a chance de interceptá-las antes de resultar em prejuízo ao paciente.
Nesse sentido, devem-se incluir estratégias como a padronização de processos, o
uso de recursos de tecnologia da informação, educação permanente e,
principalmente, o acompanhamento das práticas profissionais em todas as etapas
do processo que envolve o medicamento14.
No Brasil, pesquisa bibliográfica realizada na base de dados PubMed em 10
de abril de 2013, utilizando os termos “medication errors” e “Brazil” encontrou 74
artigos publicados entre 1978 a 2012, sendo 66 deles em instituições hospitalares e
08 em estabelecimentos de saúde não hospitalares. Esses dados revelam a
necessidade de maior estímulo à pesquisa e publicação nacional nesse importante
campo de investigação como forma de conhecer a situação da segurança do uso de
medicamentos.
3. Abrangência (âmbito, ponto de cuidado, local de aplicação).
O protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de
medicamentos deverá ser aplicado em todos os estabelecimentos que prestam
cuidados à saúde, em todos os níveis de complexidade, em que medicamentos
sejam utilizados para profilaxia, exames diagnósticos, tratamento e medidas
paliativas.
4. Definições (vide Apêndice)
5. Práticas seguras para prescrição de medicamentos
As prescrições, quanto ao tipo, classificam-se como:
Urgência/emergência: quando indica a necessidade do início imediato de
tratamento. Geralmente possui dose única;
Pro re nata ou caso necessário: quando o tratamento prescrito deve ser
administrado de acordo com uma necessidade específica do paciente,
considerando-se o tempo mínimo entre as administrações e a dose máxima;
Baseada em protocolos: quando são preestabelecidas com critérios de início
do uso, decurso e conclusão, sendo muito comum em quimioterapia
antineoplásica;
Padrão: aquela que inicia um tratamento até que o prescritor o interrompa;
Padrão com data de fechamento: quando indica o início e fim do tratamento,
sendo amplamente usada para prescrição de antimicrobianos em meio
ambulatorial; e
Verbal: utilizada em situações de emergência, sendo escrita posteriormente,
em decorrência, possui elevado risco de erros e deverá ser restrita às
situações para as quais é prevista.
Quanto à origem, a prescrição pode ser: ambulatorial, hospitalar ou
proveniente de outro tipo de estabelecimento de saúde.
Os medicamentos prescritos podem ser: medicamentos fabricados pela
indústria (referência, similar e intercambiável), magistrais ou farmacopeicos.
5.1 Intervenções
5.1.1 Itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos
a) Identificação do paciente
A identificação do paciente na prescrição realizada em ambulatório deve
conter, no mínimo, as seguintes informações:
Nome completo do paciente;
endereço; e
data de nascimento.
A identificação do paciente na prescrição hospitalar deve ser realizada em
formulário institucional e conter, no mínimo, as seguintes informações:
nome do hospital;
nome completo do paciente;
número do prontuário ou registro do atendimento;
leito;
serviço;
enfermaria/apartamento; e
andar/ala.
Obs.: todos os itens da identificação do paciente nas prescrições, tanto
ambulatoriais quanto hospitalares, devem ser legíveis.
A identificação do paciente na prescrição deverá utilizar exclusivamente o
nome completo do paciente. A utilização do nome incompleto e do nome abreviado
deve ser excluída da prática cotidiana dos estabelecimentos de saúde.
Para os pacientes que são admitidos nas unidades de saúde sem
possibilidade de identificação (emergências e situações de catástrofes) devem-se
adotar códigos diferentes por paciente, acrescidos minimamente do número de
prontuário ou registro de atendimento. Nessa situação, algum dispositivo deve ser
utilizado, de forma que fique aderido ao corpo do paciente a codificação definida na
unidade para identificá-lo provisoriamente.
A utilização da abreviatura “NI” (não identificado) ou outra abreviatura para
todos os pacientes nessas condições deve ser abolida, em virtude do risco de erro
de medicação.
b) Identificação do prescritor na prescrição
A identificação do prescritor deverá ser realizada contendo o nome completo
e número de registro do conselho profissional e assinatura. Esse registro poderá ser
manuscrito ou com a utilização de carimbo contendo os elementos de identificação.
A identificação do prescritor deverá ser legível para conferir autenticidade à
prescrição.
c) Identificação da instituição na prescrição
Na prescrição ambulatorial e hospitalar deverá constar a identificação
completa do estabelecimento de saúde (nome, endereço completo e telefone), para
que o paciente possa manter contato com os profissionais de saúde para
esclarecimentos de dúvidas posteriores à consulta.
d) Identificação da data de prescrição
A data da prescrição é imprescindível para conferir validade à mesma. Em
meio ambulatorial, a validade da prescrição deve ser definida e registrada na própria
prescrição, pelo prescritor.
A data na prescrição é imprescindível para a dispensação e a administração
dos medicamentos, assegurando-se de que o que foi indicado está baseado na
avaliação médica do dia em que foi emitida a prescrição.
A supressão da data na prescrição está relacionada à ocorrência de vários
erros de medicação, entre eles a permanência da utilização de medicamentos por
tempo inadequado e a administração de medicamentos sem indicação para a
condição clínica atual do paciente.
e) Legibilidade
Problemas na legibilidade da prescrição podem comprometer a comunicação
entre prescritor e paciente e entre prescritor e demais profissionais de saúde, sendo
geradora importante de erros de medicação, sobretudo, a troca de medicamentos
com nomes parecidos.
Quando a prescrição possui medicamentos potencialmente perigosos/alta
vigilância, os erros ocasionados pela legibilidade inapropriada podem ser graves, e
até fatais22,23.
Recomenda-se a utilização de prescrições digitadas e eletrônicas como forma
de melhorar a legibilidade das mesmas. Nesses casos, recomenda-se, para a
impressão, o uso de formulários sem pauta, para evitar erros de medicação
ocasionados pelo encontro das linhas com letras e números da prescrição.
O uso de impressão frente e verso para prescrição não é recomendado, pelo
elevado risco de omissão (não cumprimento integral da prescrição).
A utilização de prescrição pré-digitada é uma opção que pode diminuir alguns
tipos de erros de medicação9. A prescrição manual pode levar a elevado número de
erros9,13, ainda que parte delas possa ser legível.
A prescrição carbonada não é recomendada. Se o estabelecimento de saúde
não tiver alternativa à prescrição carbonada, deve-se verificar a legibilidade da
informação que consta na segunda via. Nesse caso, sugere-se a utilização do papel
já carbonado produzido em gráfica para assegurar a adequada legibilidade e
segurança da prescrição.
É preciso, ainda, atenção aos novos tipos de erros de prescrição, que podem
ser ocasionados devido à alteração na forma de prescrição (manuscrita, digitada,
pré-digitada e eletrônica).
f) Uso de abreviaturas
Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem o uso de
abreviaturas, pois seu uso aumenta a chance de erro de medicação23-25.
Caso seja indispensável em meio hospitalar, a instituição deve elaborar,
formalizar e divulgar uma lista de abreviaturas padronizadas, de modo a promover a
adequada comunicação entre os membros da equipe de saúde. Essa lista não deve
conter abreviatura de “unidades” (U) e “unidades internacionais” (UI), utilização de
fórmulas químicas (KCl, NaCl, KMnO4 e outras) e nomes abreviados de
medicamentos (HCTZ, RIP, PEN BEZ, MTX, SMZ-TMP e outros).
As abreviaturas “U” e “UI” significando “unidades” e “unidades internacionais”,
respectivamente, são consideradas as mais perigosas de todas, pois podem levar à
administração de doses 10 ou 100 vezes maior do que a prescrita 24-26. Desta
maneira, deve-se abolir o uso de abreviaturas “U” e “UI”, escrevendo a palavra
“unidade” por extenso no lugar de “U” ou “unidade internacional” no lugar de “UI”.
Caso exista padronização de abreviatura para via de administração, preferir o
uso de “EV” (para endovenosa) em vez de IV (intravenosa), em função do risco de
erro de interpretação do “IV” como “IM”, sobretudo quando associado a pouca
legibilidade da prescrição.
g) Denominação dos medicamentos
Os medicamentos devem ser prescritos utilizando-se a denominação comum
brasileira e em sua ausência a denominação comum internacional.
Quanto à
denominação de fitoterápicos, observar a determinação da Denominação Comum
Brasileira de Fitoterápicos ou, quando omisso, utilizar a denominação botânica
acrescida da parte da planta utilizada.
A utilização de códigos ou codinomes utilizados para medicamentos durante a
fase de ensaios clínicos não devem ser utilizados para nominar medicamentos
utilizados em estabelecimentos de saúde. Quando prescrito medicamento objeto de
ensaio clínico, este deve ser identificado como tal, a partir do emprego da expressão
“ensaio clínico”.
h) Prescrição de medicamentos com nomes semelhantes
Medicamentos cujos nomes são reconhecidamente semelhantes a outros de
uso corrente na instituição devem ser prescritos com destaque na escrita da parte do
nome que os diferencia6,25, e pode ser utilizada letra maiúscula ou negrita. Exemplos
de nomes semelhantes:
DOPAmina e DOBUtamina;
ClorproPAMIDA e ClorproMAZINA;
VimBLASTina e VinCRIStina.
Os membros da Comissão de Farmácia e Terapêutica e/ou do Núcleo de
Segurança do Paciente do estabelecimento de saúde deverão organizar lista de
medicamentos com nomes semelhantes e/ou embalagens parecidas selecionados
no estabelecimento de saúde e que possam ser fonte de erros, para divulgação
entre os profissionais da instituição.
i) Expressão de doses
O sistema métrico deverá ser adotado para expressar as doses desejadas. As
unidades de medidas não métricas (colher, ampola, frasco) devem ser eliminadas
das prescrições, quando utilizadas isoladamente para expressar a dose. A utilização
da forma farmacêutica (ampola, frasco, comprimido e outros) na prescrição deve ser
acompanhada de todas as informações necessárias para a dispensação e
administração segura.
A unidade de medida deve ser claramente indicada; e quando se tratar de
microgramas, este deve ser escrito por extenso.
Ao prescrever doses ou volumes com números fracionados (por exemplo:
2,5mL), observar nas duas vias da prescrição se a vírgula está bem posicionada e
clara, para evitar erro de dose, no qual a dose de “2,5 mL” seja interpretada como
“25 mL”. Não utilize “ponto” em substituição à vírgula, pois aumenta o risco de erro.
Para definir a concentração de um medicamento, o uso do zero antes da
vírgula ou ponto deve ser evitado, pois pode gerar confusão e erro de 10 vezes na
dose prescrita. Exemplo: recomenda-se prescrever "500mg" em vez de "0,5g", pois a
prescrição de “0,5g” pode ser confundida com "5g".
5.1.2 Indicação, cálculos de doses e quantidades dos medicamentos
a) Alergias
Deve-se registrar com destaque na prescrição as alergias relatadas pelo
paciente, familiares e/ou cuidadores.O registro do relato de alergia na prescrição
subsidia adequada análise farmacêutica das prescrições e os cuidados de
enfermagem, reduzindo, assim, a chance da dispensação e administração de
medicamento ao qual o paciente é alérgico.
Em hospitais que utilizam prontuários e prescrições eletrônicas, as alergias do
paciente devem ser registradas no sistema eletrônico e constar em todas as
prescrições emitidas para o paciente.
b) Informações importantes
O prescritor deverá registrar na prescrição qualquer informação que considere
relevante para que a assistência ao paciente seja segura e efetiva, considerando-se
os múltiplos atores no processo assistencial e a necessidade de informação
completa, clara e precisa.
É importante ressaltar que nas prescrições ambulatoriais, deverão ser
registradas todas as orientações sobre como utilizar o medicamento, bem como as
recomendações não farmacológicas devem constar também na prescrição.
c) Padronização de medicamentos
O estabelecimento de saúde deve ter uma lista de medicamentos
selecionados/padronizados considerando-se critérios de efetividade, segurança e
custo. A padronização deve ser homologada, publicada e divulgada a todos os
profissionais do estabelecimento de saúde.
Recomenda-se que o estabelecimento de saúde elabore uma relação de
medicamentos por especialidade, em consonância com a padronização da
instituição, de forma a permitir mais familiaridade do prescritor com indicação,
contraindicação, doses, reações adversas, entre outros aspectos relacionados aos
medicamentos27.
A prescrição de medicamentos que já estão selecionados e padronizados no
estabelecimento de saúde aumenta a segurança do uso, em virtude da maior
familiaridade dos prescritores, farmacêuticos e equipe de enfermagem com esses
medicamentos.
Outros benefícios da padronização de medicamentos ainda observados são
relacionados a racionalização do estoque, rastreabilidade e política de compras.
d) Doses
O cálculo das doses de medicamentos é fonte importante de erros graves e
este problema pode ser minimizado com a familiaridade do prescritor com o
medicamento e com a conferência do cálculo.
Recomenda-se que as doses prescritas sejam conferidas pelo prescritor antes
da assinatura da prescrição, tendo como referência o melhor nível de evidência
científica disponível.
Para medicamentos cujas doses são dependentes de peso, superfície
corporal e clearance de creatinina, recomenda-se que o prescritor anote tais
informações na prescrição, para facilitar a análise farmacêutica e a assistência de
enfermagem.
Preconiza-se que a farmácia disponibilize, em meio hospitalar, o maior
número possível de medicamentos prontos para uso (dose unitária) e que
dispensem a manipulação prévia à administração.
Deve-se implantar a dupla checagem (na farmácia e no momento do
recebimento
pela
enfermagem)
das
doses
prescritas
principalmente
para
medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância.
Nova dupla checagem deve ser feita pela enfermagem antes da
administração do medicamento. A dupla checagem é particularmente importante
para medicamentos prescritos em Pediatria, Oncologia e Unidades de Tratamento
Intensivo, principalmente no momento da administração.
A prescrição ambulatorial deverá trazer a quantidade total de unidades
farmacêuticas do medicamento prescrito, que deverá ser dispensada para o
tratamento proposto. As quantidades máximas de medicamentos prescritas devem
obedecer à legislação vigente.
5.1.3 Duração do tratamento
A prescrição deverá conter informação sobre a duração do tratamento,
procurando evitar, dessa maneira, que o(s) medicamento(s) possa(m) ser
consumido(s) continuamente sem indicação.
Quando ambulatorial, a prescrição de medicamentos de uso crônico deverá
indicar a duração do tratamento, pois é necessário estabelecer um prazo para que o
paciente seja reavaliado pelo médico.
A expressão "uso contínuo" ou “usar sem parar”, sem prazo para o paciente
ser reavaliado, não deve ser utilizada em prescrições ambulatoriais.
5.1.4 Utilização de expressões vagas
Expressões vagas como “usar como de costume”, “usar como habitual”,
“a critério médico”,“se necessário” (sem indicação de dose máxima, posologia e
condição de uso), “uso contínuo” e “não parar” devem ser abolidas das
prescrições.
Quando for preciso utilizar a expressão “se necessário”, deve-se
obrigatoriamente definir:
Dose;
posologia;
dose máxima diária deve estar claramente descrita; e
condição que determina o uso ou interrupção do uso do medicamento.
Exemplo: paracetamol comprimido de 500mg uso oral. Administrar 500mg de
6 em 6h, se temperatura igual ou acima de 37,5ºC. Dose máxima diária 2 gramas
(quatro comprimidos de 500mg).
5.1.5 Posologia, diluição, velocidade, tempo de infusão e via de administração
a) Posologia
Recomenda-se que a posologia desejada para o medicamento seja prescrita
observando-se as doses máximas preconizadas e a comodidade do paciente.
Dentro do possível, recomenda-se prescrever medicamentos com menor número de
doses diárias, para maior comodidade do paciente e menores riscos de erro de
administração. A utilização de um menor número de doses diárias, facilita a adesão
do paciente ao tratamento.
b) Diluição
Para medicamentos de uso endovenoso, intramuscular, subcutâneo e em
neuroeixo e plexos nervosos, a prescrição deverá conter informações sobre diluente
(tipo e volume), velocidade e tempo de infusão (para endovenosos).
A reconstituição e diluição dos medicamentos é etapa importante e que gera
impacto sobre a estabilidade e até mesmo sobre a efetividade do medicamento, pois
em alguns casos a incompatibilidade leva à diminuição ou à perda da ação
farmacológica do medicamento.
c) Velocidade de infusão
A velocidade de infusão está associada a reações adversas clássicas, tal
como a “síndrome do homem vermelho”, que ocorre com a infusão rápida de
vancomicina.
É indispensável, portanto, a definição da velocidade de infusão na prescrição,
considerando-se a melhor evidência científica disponível, assim como as
recomendações do fabricante do medicamento, evitando-se a ocorrência de eventos
adversos passíveis de prevenção.
d) Via de administração
A via de administração deve ser prescrita de forma clara, observando-se a via
de administração recomendada pelo fabricante, para o medicamento. O uso de
abreviaturas para expressar a via de administração deverá ser restrito somente às
padronizadas no estabelecimento de saúde.
5.1.6 Modificação da prescrição atual ou vigente
Em prescrições hospitalares, o prescritor deverá se certificar de que as
alterações na prescrição foram feitas de forma clara, legível e sem rasuras. O
prescritor deverá fazer as alterações na primeira e segunda via da prescrição.
A suspensão ou alteração na prescrição de um medicamento somente na via
disponível para a enfermagem pode:
Acarretar erro na dispensação; e
Aumentar o risco de erro de administração.
Em meio ambulatorial, nunca deve ser feita modificação ou rasura na mesma
receita. Caso seja necessária alguma alteração na terapêutica, nova receita deverá
ser emitida e a anterior suspensa.
5.1.7 Prescrições verbais
As
prescrições
verbais
devem
ser
restritas
às
situações
de
urgência/emergência, devendo ser imediatamente escritas no formulário da
prescrição após a administração do medicamento. A prescrição verbal deve ser
validada pelo prescritor assim que possível.
Quando a ordem verbal for absolutamente necessária, o prescritor deve falar
o nome, a dose e a via de administração do medicamento de forma clara. Quem
recebeu a ordem verbal deve repetir de volta o que foi dito e ser confirmado pelo
prescritor antes de administrar o medicamento.
5.1.8 Pontos de transição do paciente
Na admissão do paciente em unidades de saúde deverão ser relacionados
quais medicamentos o paciente estava usando antes da internação, objetivando-se
avaliar a necessidade da continuidade ou suspensão do uso dos mesmos
(conciliação medicamentosa).
Os pacientes devem ser orientados a não permanecerem com seus
medicamentos na unidade hospitalar, em virtude do risco de utilização de doses
duplicadas, quando administradas pela equipe de enfermagem e paralelamente por
cuidador (acompanhante) ou pelo próprio paciente e ainda pelo risco do uso de
medicamentos não indicados para a condição clínica atual do paciente.
No âmbito ambulatorial, chama-se de ponto crítico quando ocorre transição
do paciente entre os níveis de atenção (primário, secundário ou terciário), sendo
fundamental a realização dos encaminhamentos resolutivos entre as diferentes
unidades de saúde e que a atenção básica seja a coordenadora do cuidado do
usuário. Para tal, o prescritor deverá elaborar detalhado histórico farmacoterapêutico
do paciente, podendo contar com a colaboração do farmacêutico, que deverá fazer a
conciliação dos medicamentos.
Na transferência do paciente entre leitos, entre duas unidades de uma mesma
instituição hospitalar e entre instituições hospitalares distintas, as seguintes ações
devem ser realizadas:
Encaminhar resumo da internação e o prontuário atualizado e organizado
(transferência interna), bem como resumo de alta (em caso de transferência externa,
como forma de melhor orientar a nova equipe que prestará assistência ao paciente.
O prescritor deverá elaborar detalhado histórico do plano terapêutico
medicamentoso do paciente, podendo, para isso, contar com a participação do
farmacêutico.
Importante:
 Os pontos de transição dos pacientes no hospital, da admissão à alta, ou
mudança
de
local
de
internação,
são
considerados
críticos,
pois,
frequentemente, nessas mudanças, ocorre expressivo número de erros de
medicação, devido a informações incorretas ou incompletas sobre os
medicamentos utilizados pelos pacientes, ocasionando principalmente a
omissão ou duplicidade de dose.
 Nos pontos de transição, especialmente na alta hospitalar, o paciente deverá
receber uma prescrição contendo todos os medicamentos de que fará uso e
as recomendações necessárias à continuidade do tratamento, sendo
recomendável a participação do farmacêutico com orientações para o uso
seguro e racional dos medicamentos prescritos.
5.1.9 Prescrição segura de medicamentos potencialmente perigosos ou de
alta vigilância
As unidades de saúde deverão divulgar a sua lista de medicamentos
potencialmente perigosos ou de alta vigilância que constam na relação de
medicamentos selecionados na instituição, indicando as doses máximas desses
medicamentos, a forma de administração (reconstituição, diluição, tempo de infusão,
via de administração), a indicação e a dose usual.
O número de apresentações e concentrações disponíveis de medicamentos
potencialmente perigosos ou de alta vigilância, especialmente anticoagulantes,
opiáceos, insulina e eletrólitos concentrados (principalmente cloreto de potássio
injetável),deve ser limitado.
As doses dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância
deverão ser conferidas com dupla checagem na fase dos cálculos para prescrição
e análise farmacêutica da prescrição para dispensação.
Obs. Para o acesso à lista completa de medicamentos potencialmente perigosos ou
de alta vigilância de uso hospitalar e ambulatorial, recomenda-se o acesso no sítio
eletrônico e endereço eletrônico abaixo:
site: www.ismp-brasil.org
link: www.ismp-brasil.org/faq/medicamentos potencialmente perigosos.php
5.1.10 Suporte eletrônico para prescrição
Recomenda-se a utilização de programa informatizado para prescrição de
medicamentos com suporte clínico que forneça minimamente informações sobre:
Doses máximas para medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância
e/ou com índice terapêutico estreito;
Interações medicamentosas clinicamente significativas;
Alergias;
Apresentações e concentrações padronizadas disponíveis na instituição.
Importante:
 Prescrições pré-digitadas podem aumentar a segurança no uso de
medicamentos e devem ser adotadas quando possível.
 Utilizar para impressão formulário sem pauta, pois as linhas podem
encobrir pontos e vírgulas ou transformar “0” em “8”, aumentando,
assim, a possibilidade de erros.
 Quando se implantar novo sistema de prescrição na unidade de saúde
(prescrições
pré-digitadas,
eletrônicas
e
outras),
o
prescritor,
farmacêutico e enfermeiro devem acompanhar o processo de
prescrição para identificar e corrigir erros decorrentes do uso do novo
sistema.
5.1.11 Outras informações importantes para a prescrição segura
O prescritor deverá conhecer a história clinica e os medicamentos de que o
paciente faz uso e conciliá-los com a nova prescrição, procurando evitar
duplicidades, interações, doses inadequadas e outras discrepâncias, podendo nessa
etapa contar com o suporte do farmacêutico.
Para apoiar a decisão de prescrever, utilizar fontes de informação sobre
medicamentos atualizadas e baseadas nos melhores níveis de evidência científica.
Na prescrição para uso ambulatorial, quando necessário, deverá ser
registrado na prescrição o tempo que o paciente deverá permanecer em observação
no estabelecimento de saúde após a administração do medicamento.
Caso exista a suspeita de reações adversas a medicamentos ou a ocorrência
de erros ou eventos adversos no processo assistencial, estes devem ser notificados
ao Núcleo de Segurança do Paciente/Gerência de Riscos do estabelecimento de
saúde.
A compreensão das informações da prescrição e ações que possibilitem
esclarecimentos aos pacientes sobre riscos de medicação e medidas de prevenção
deve ser garantida por ações colaborativas entre prescritores, farmacêuticos e
enfermeiros.
As atividades clínicas dos farmacêuticos devem ser incentivadas, pois podem
diminuir os erros de prescrição e medicação em geral e têm embasamento em
evidência científica comprovada1,28.
5.2 Procedimento operacional padrão da prescrição por via de administração
Para o adequado cumprimento da prescrição, todas as informações deverão
estar claras e completas, em cada item prescrito.
Em prescrições eletrônicas, recomenda-se que o cadastro do medicamento
permita somente a prescrição das vias de administração descritas na literatura e
pelo fabricante, o que aumenta a segurança, impedindo administração por via
errada.
Recomenda-se que os medicamentos devam ser prescritos conforme
estrutura a seguir29:
ESTRUTURA DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS
USO ORAL
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose +
posologia + via de administração + orientações de uso
Exemplo: captopril 25mg comprimido. Administrar 50mg de 8/8h por via oral, 1h
antes ou 2h depois de alimentos.
USO TÓPICO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + via de
administração + posologia + orientações de uso
Exemplo: Permanganato de potássio 1:60.000 solução. Aplicar compressas em
membro inferior direito 3 vezes/dia, após o banho.
USO ENDOVENOSO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose +
diluente + volume + via de administração + velocidade de infusão + posologia
+ orientações de administração e uso
Exemplo: anfotericina B 50mg frasco-ampola. Reconstituir 50mg em 10mL de água
destilada e rediluir para 500mL de solução glicosada 5%. Uso endovenoso. infundir
35 gotas/min., 1 vez/dia. Administrar em 5 horas.
USO INTRAMUSCULAR
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose +
diluente + volume + via de administração + posologia + orientações de
administração e uso
Exemplo:
intramuscular com diluição: ceftriaxona 1g, frasco-ampola. Diluir 1g em 3,5 mL de
lidocaína 1%. Fazer a solução obtida, via intramuscular profunda (região glútea) de
12/12h;
intramuscular sem diluição: vitamina K (fitomenadiona) 10mg/mL, ampola. Fazer
1mL via intramuscular profunda (região glútea), 1x ao dia.
USO SUBCUTÂNEO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + volume
+ via de administração + posologia + orientações de administração e uso
Subcutâneo sem diluição: heparina sódica 5.000 unidades internacionais/0,25mL,
ampola. Fazer 0,25mL subcutânea de 12/12h.
USO INTRATECAL
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose +
diluente + volume + via de administração + posologia + orientações de
administração e uso
Uso Intratecal com diluição: citarabina 100mg, frasco-ampola. Diluir 100mg em 5mL
de solução fisiológica 0,9%. Infundir 1,5mL intratecal, 1x/dia. Diluir imediatamente
antes do uso. Não reaproveitar o restante da solução para uso intratecal.
USO INALATÓRIO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + via + dose
(medicamento e diluente) + posologia + orientação de uso.
Exemplo: bromidrato de fenoterol 5mg/mL, solução para inalação. Fazer aerosol
com 5 gotas diluídas em 3 mL de solução fisiológica 0,9% de 6/6h. Nebulizar e
inalar até esgotar toda a solução.
5.3 Monitoramento e indicadores para prescrição segura de medicamentos
O processo da prescrição deve estar padronizado e com o respectivo
procedimento operacional padrão escrito, atualizado, validado, divulgado e
disponível em local de fácil acesso;
As prescrições devem ser revisadas por farmacêutico antes de serem
dispensadas;
Os erros de prescrição devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do
Paciente.
5.3.1 Indicador
Nome do
indicador
Taxa de erros na prescrição de medicamentos.
Objetivo do
Monitorar a ocorrência de erros na atividade de prescrição
indicador
de medicamentos.
Fórmula do
nº medicamentos prescritos com erro x 100
indicador
nº total de medicamentos prescritos
Periodicidade
mínima de
Mensal
verificação
Explicação da
Nº de medicamentos prescritos com erro: são os
fórmula
medicamentos prescritos faltando dose, forma farmacêutica,
via de administração, posologia, tempo de infusão, diluente,
volume,
velocidade
de
infusão,
e
abreviaturas
contraindicadas.
N° total de medicamentos prescritos: são todos os
medicamentos prescritos em um determinado período de
tempo.
Fonte de
Prescrição (eletrônica, pré-digitada ou manual), protocolos
Informação
clínicos e diretrizes terapêuticas.
Coleta de dados
Elaborar planilha para registro do número total de erros de
prescrição e o número de medicamentos prescritos,
utilizando a classificação de erros de prescrição. Totalizar
os dados e aplicar a fórmula.
Observações
Em farmácias com sistemas informatizados, estespoderão
ser preparados para emitir relatório com as informações
necessárias para a aplicação da fórmula do indicador.
Responsável
Farmacêutico.
6. Práticas seguras para distribuição de medicamentos
Os sistemas de distribuição de medicamentos em hospitais podem ser
classificados em:
Coletivo;
Individualizado;
Misto;
Dose unitária;
Sistema automatizado.
O tipo de sistema de distribuição adotado tem relação direta com a frequência
de erros.
O sistema coletivo é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por
unidade de internação ou serviço, mediante solicitação da enfermagem para todos
os pacientes da unidade. Implica a formação de subestoques de medicamentos nas
unidades, os quais ficam sob responsabilidade da equipe de enfermagem. A
reposição é feita periodicamente, em nome da unidade, por meio de requisições
enviadas à farmácia.
IMPORTANTE: Esse sistema de distribuição de medicamentos é considerado
inseguro e DEVE ser abolido dos estabelecimentos de saúde.
O sistema individualizado é caracterizado pela distribuição dos medicamentos
por paciente, de acordo com a prescrição médica, geralmente para um período de
24 horas de tratamento. Esse sistema se mostra mais seguro que o sistema coletivo,
entretanto, menos seguro que o sistema por dose unitária.
O Sistema misto é caracterizado pela combinação dos sistemas coletivo e
individualizado coexistindo:
Sistema Individualizado – é utilizado nas unidades de internação, ocorrendo
de forma parcial ou integral, mediante prescrição,
Sistema Coletivo: é utilizado nos serviços de radiologia, endoscopia, urgência,
ambulatórios, entre outros, mediante requisição.
Importante: O Sistema misto mantém riscos elevados associados à
distribuição coletiva.
Recomenda-se aos estabelecimentos de saúde o sistema de dose unitária.
O sistema de distribuição por dose unitária consiste na distribuição dos
medicamentos com doses prontas para a administração de acordo com a prescrição
médica do paciente. A dose do medicamento é embalada, identificada e dispensada
pronta para ser administrada, sem necessidade de transferências, cálculos e
manipulação prévia por parte da enfermagem antes da administração ao paciente.
Nas unidades de internação são estocados apenas os medicamentos para
atendimento de emergências e as doses necessárias para suprir as 24 horas de
tratamento dos pacientes. Nesse sistema, os medicamentos também poderão ser
dispensados por horário de administração, reduzindo a quantidade e variedade de
medicamentos nas unidades de internação.
O sistema automatizado pode ser caracterizado por unidades de dispensação
eletrônica capazes de realizar o atendimento de 100% das prescrições médicas ou
conforme rotina da instituição como suporte ao sistema de dose unitária,
substituindo o estoque da unidade de internação para a dispensação das primeiras
doses, além dos medicamento controlados, de urgência e itens prescritos no regime
se necessário.
6.1 Intervenções
A farmácia tem, entre suas importantes funções, a dispensação dos
medicamentos e deve assegurar que os medicamentos estejam disponíveis para
administração ao paciente no tempo adequado, na dose correta, assegurando a
manutenção das características físicas, químicas e microbiológicas, contribuindo
para o uso seguro dos mesmos.
A farmácia deverá possuir estrutura organizada, bem como processos de
trabalho escritos e difundidos que promovam a prevenção, identificação e redução
de erros de prescrição e dispensação. A farmácia deve contar com recursos
humanos capacitados e em número suficiente para realizar a contento suas
atividades.
6.1.1 Itens de verificação para a distribuição segura de medicamentos
Para garantir maior segurança ao processo de dispensação e o adequado
fluxo de trabalho, o ambiente destinado à dispensação deve:
Ser reservado;
Contar com fluxo restrito de pessoas; e
Ser tranquilo, sem fonte de interrupção e distração (tais como
televisão, rádio e outras).
Os ambientes da farmácia onde são armazenados e dispensados os
medicamentos devem ser limpos, organizados, bem iluminados e com adequado
controle e registro de temperatura, umidade e controle de pragas.
A dispensação segura nos estabelecimentos de saúde deverá ser precedida
pelas seguintes atividades:
Seleção;
Padronização;
Aquisição;
Recebimento;
Armazenamento;
Fracionamento; e
Identificação segura dos medicamentos.
O
número
de
apresentações
e
concentrações
de
medicamentos
potencialmente perigosos ou de alta vigilância, padronizados na instituição, deve ser
restrito e suas doses máximas estabelecidas e divulgadas.
O estabelecimento de saúde deverá realizar ações de educação permanente,
de forma sistemática e registrada, para farmacêuticos e auxiliares de farmácia, com
foco na segurança do uso de medicamentos, envolvendo os processos de: seleção,
padronização, armazenamento, fracionamento, análise farmacêutica da prescrição e
dispensação dos medicamentos.
O estabelecimento de saúde deverá manter farmacêuticos e auxiliares de
farmácia
em
número
suficiente
para
permitir
a
dispensação
segura
de
medicamentos.
6.1.2 Estratégias para dispensação segura relacionadas ao armazenamento
O ambiente no qual é realizada a dispensação de medicamentos deve possuir
as condições adequadas (temperatura, iluminação, umidade, ruído) para o
armazenamento e dispensação segura de medicamentos.
a) Restricao de acesso
Medidas de restrição de acesso deverão ser estabelecidas, para o
armazenamento de produtos que possibilitam riscos elevados de troca (em virtude
de similaridade de nomes e apresentação), bem como os medicamentos
potencialmente perigosos/alta vigilância e aqueles com sons, grafias e embalagens
semelhantes.
b) Procedimento Operacional
A farmácia deve possuir procedimento operacional atualizado que contemple
a validação/conferência do armazenamento do produto certo, no local certo. Esse
procedimento deverá ser realizado de forma contínua e sistemática, com registro de
execução, propiciando segurança aos processos de armazenamento e dispensação
de medicamentos, sobretudo após devolução de medicamentos. O controle de
medicamentos sob controle especial deve seguir legislação específica.
O processo de dispensação de medicamentos deve possuir procedimento
operacional de padrão escrito, homologado, atualizado e de conhecimento de todos
os profissionais da farmácia.
c) Boas Práticas de Armazenamento
A farmácia deve seguir as Boas Práticas de Armazenamento de
Medicamentos e possuir padrões atualizados que definam regras para o
armazenamento, privilegiando a segurança do processo de dispensação. Pode-se
lançar mão de ordenamento alfabético e/ou por forma farmacêutica associado à
identificação, com etiquetas coloridas dos medicamentos com elevado risco de troca
e os potencialmente perigosos/alta vigilância.
LAMIvudina;
ZIDOvudina6,30.
d) Centrais de Abastecimento Farmacêutico (CAF) ambulatorial
É importante assegurar práticas adequadas para a distribuição dos
medicamentos das Centrais de Abastecimento Farmacêutico (CAF) para as
unidades de saúde a fim de evitar erros, seguindo as boas práticas de distribuição
de medicamentos.

Toda a movimentação de medicamentos deve ser realizada por um eficiente
sistema de controle de estoque, preferencialmente eletrônico, que garanta a
correta identificação do medicamento, lote, validade e quantidade, permitindo
a sua rastreabilidade;

Os
medicamentos devem
ser
corretamente
separados,
organizados,
identificados e realizada a dupla checagem, evitando-se erros;

Quando necessário manter estoques de medicamentos potencialmente
perigosos/alta vigilância, estes deverão ser corretamente identificados,
diferentemente dos demais;

O transporte deve ser feito de modo correto e seguro, observando-se
aspectos técnicos tais como aqueles necessários para o transporte de
termolábeis;

Durante o recebimento dos medicamentos na unidade de saúde, nova
conferência deve ser feita, considerando-se a identificação do medicamento,
lote, validade, quantidade e sua integridade física.
6.1.3 Estratégias para dispensação segura relacionadas à prescrição
Deve-se identificar os locais de armazenamento de medicamentos que
apresentam grafias e sons semelhantes, com etiquetas de alerta que proporcionem
a escrita de parte do nome do medicamento com letras maiúsculas e em negrito,
destacando-se a diferença entre nomes parecidos, como, por exemplo:
Com base nos dados da prescrição, devem ser registrados os cálculos
necessários ou à manipulação da formulação prescrita, verificando-se a aplicação
dos fatores de conversão, correção e equivalência, quando for o caso, sendo
checados e assinados pelo farmacêutico.
Recomenda-se, para auxilio ao farmacêutico no processo de análise da
prescrição, a utilização de programa informatizado com suporte terapêutico que
incorpore adequado conjunto de verificações automatizadas em prescrições, tais
como:
Triagem para duplicidade terapêutica;
Alergias;
Interações medicamentosas;
Intervalos de dose adequados;
Alerta para doses superiores às máximas;
Alertas para nomes semelhantes, entre outros.
Fontes de ruídos e distrações devem ser reduzidas (conversas) e eliminadas
(televisão, música, uso de telefones celulares e fixos) no momento da análise e
dispensação dos medicamentos e o ambiente de dispensação deve ser restrito a
essa atividade.
Preconiza-se adotar o uso de rótulos diferenciados, notas em sistema
informatizado e cartazes de alerta no local de armazenamento e dispensação de
medicamentos com elevada propensão a trocas.
Recomenda-se a implantação de sistemas seguros, organizados e eficazes
de dispensação para reduzir a ocorrência de erros, privilegiando a dispensação por
dose individualizada e unitária, com controle por código de barras ou equivalente
superior, de modo a assegurar a rastreabilidade do lote, fabricante e validade dos
medicamentos e produtos para a saúde.
Em farmácias ambulatoriais e hospitalares, as etapas de recebimento da
prescrição, separação e dispensação dos medicamentos ao paciente devem ser
realizadas com dupla conferência dos medicamentos em ambiente exclusivo para
essa finalidade.
Deve-se elaborar e disponibilizar procedimentos operacionais atualizados
para
a dispensação de
medicamentos, com
destaque
especial para
os
medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância.
A dispensação deve ser restringida por meio de ordem verbal exclusivamente
para situações de urgência e emergência, devendo a prescrição do medicamento
ser entregue na farmácia imediatamente após a normalização da situação que gerou
a ordem. Nesses casos, o profissional da farmácia que ouviu a ordem verbal deverá
repetir o que escutou para certificar-se da informação, procedendo à dispensação e
registrando sua ocorrência em formulário específico.
6.2 Procedimento operacional padrão para dispensação de medicamentos
Para dispensação segura de medicamentos deve-se seguir os seguintes
procedimentos:
O farmacêutico deve analisar as prescrições antes do início da separação dos
medicamentos, conferindo se todos os elementos de identificação da
instituição, do paciente, do prescritor e a data estão disponíveis.
Analisar os medicamentos prescritos, evitando que possíveis erros de
prescrição se tornem erros de dispensação;
Solucionar todas as dúvidas, porventura existentes, diretamente com o
prescritor, especialmente aquelas relacionadas à grafia médica, eliminando
interpretação ou dedução do que está escrito;
Analisar os medicamentos prescritos considerando-se os seguintes aspectos:
dose, forma farmacêutica, concentração, via de administração, posologia,
diluente, velocidade de infusão, tempo de infusão, indicação, contraindicação,
duplicidade
terapêutica,
interação
medicamento-medicamento
e
medicamento-alimento e possíveis alergias;
O auxiliar de farmácia não deverá separar simultaneamente prescrições
diferentes;
Manter a organização do ambiente de dispensação, assegurando-se
suficiente espaço e instrumentos de trabalho que permitam a manutenção dos
medicamentos devidamente separados por prescrição e por paciente, até a
sua dispensação, evitando-se que medicamentos prescritos e dispensados
para um paciente sejam entregues a outros. Para essa finalidade poderão ser
utilizados carros de medicação ou embalagens plásticas identificadas;
Realizar a conferência dos medicamentos separados para dispensação,
verificando se as informações disponíveis no rótulo dos medicamentos são
iguais às da prescrição.
Identificar os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância e
fazer meticulosa revisão da prescrição e dispensação deles;
Verificar se na prescrição existem medicamentos com nomes ou embalagens
semelhantes, dedicando especial atenção à conferência dos mesmos;
Realizar a conferência final da prescrição com o resultado da dispensação,
utilizando, sempre que possível, o auxílio de dispositivos eletrônicos, tais
como código de barras;
O farmacêutico deve revisar as prescrições de medicamentos potencialmente
perigosos ou de alta vigilância.
Para a dispensação ambulatorial, realizar orientação e aconselhamento do
paciente previamente à dispensação dos medicamentos, objetivando
identificar e interceptar erros. Ao dispensar medicamentos para o paciente,
conferir e identificá-los, especialmente aqueles de embalagem semelhante,
usando identificadores que possam diferenciá-los, como, por exemplo, cores
diferentes.
Realizar o registro escrito, em prontuário, das intervenções farmacêuticas
realizadas.
Deve existir restrição formal e registro da dispensação de medicamentos por
ordem verbal.
Os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância devem ser
identificados de forma diferenciada dos medicamentos em geral no
armazenamento e dispensação.
A dupla checagem dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta
vigilância dispensados deve ser feita na farmácia estabelecimento de saúde.
6.3 Monitoramento e indicadores para a dispensação segura
A farmácia deve registrar e notificar erros de dispensação ao Núcleo de
Segurança do Paciente.
6.3.1 Indicador
Nome do indicador
Taxa de erros na dispensação de medicamentos.
Monitorar a ocorrência de erros na atividade de
Objetivo do indicador
separação/dispensação de medicamentos para
atendimento ao paciente.
Fórmula do indicador
Periodicidade mínima
de verificação
nº medicamentos dispensados com erro x 100
nº total de medicamentos dispensados
Mensal
N° de medicamentos dispensados com erro de
omissão, concentração/forma farmacêutica erradas
ou medicamento errado. São erros de omissão
quando o medicamento é prescrito, mas nenhuma dose
(unidade) é dispensada ou o número de doses
dispensadas é menor que o prescrito. São erros de
concentração/forma
farmacêutica
quando
o
medicamento é dispensado em concentração diferente
Explicação da fórmula (maior ou menor) ou forma farmacêutica diferente
daquela prescrita.
O erro chamado
medicamento
errado ocorre quando prescrito um medicamento e
dispensado
outro,
podendo
estar
associado
a
medicamentos com nome ou pronúncia similares, sendo
possível a troca no momento da dispensação
N° total de medicamentos dispensados: todos
os medicamentos dispensados em determinado período
de tempo
Fonte de informação
Prescrição médica ou odontológica (eletrônica, transcrita
ou manual)
Elaborar planilha para registro do número total de
Coleta de dados
medicamentos
dispensados
e
dos
medicamentos
dispensados com erro de omissão, concentração,
forma farmacêutica e medicamento errado
Em farmácias com sistemas informatizados, este
Observações
poderão ser preparados para emitirem relatório com as
informações necessárias para a aplicação da fórmula do
indicador.
Responsável
Farmacêutico
7. Práticas seguras na administração de medicamentos
A administração de medicamentos é um processo multi e interdisciplinar, que
exige conhecimento técnico e prática. Para a administração segura, são necessários
conhecimentos
sobre
Farmacologia,
Anatomia,
Fisiologia,
Microbiologia
e
Bioquímica31.
A dimensão dos erros relacionados à administração de medicamentos foi
apresentada em estudo realizado em 2006 em quatro hospitais brasileiros, tendo
sido evidenciado que 1,7% dos medicamentos administrados foi diferente dos
medicamentos prescritos; 4,8% das doses administradas diferiam das prescritas;
1,5% dos medicamentos foi administrado em vias diferentes das prescritas;0,3% dos
pacientes recebeu medicamentos não autorizados ou não prescritos; quase 2,2%
dos medicamentos foram administrados uma hora antes do previsto e 7,4% mais de
uma hora depois do prescrito32.
A etapa de administração é a última barreira para evitar um erro de
medicação derivado dos processos de prescrição e dispensação, aumentando, com
isso, a responsabilidade do profissional que administra os medicamentos.
Um erro na administração de medicamento pode trazer graves consequências
aos pacientes, devendo-se observar:
A ação;
As interações; e
Os efeitos colaterais.
7.1 Intervenções
7.1.1 Itens de verificação para administração segura de medicamentos
A equipe de enfermagem tem seguido tradicionalmente os cinco certos na
administração de medicamentos e, mais recentemente, foram introduzidos mais dois
certos, configurando-se em “os sete certos na administração de medicamentos”:
I.
Paciente certo;
II.
Medicamento certo;
III.
Via certa;
IV.
Hora certa;
V.
Dose certa;
Foram incluídos:
VI.
Documentação certa (Registro certo); e
VII.
Razão.
Recente artigo identifica nove certos para administração de medicamentos:
paciente certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa, registro certo,
ação certa, forma certa e resposta certa33.
Os nove certos não garantem que os erros de administração não ocorrerão,
mas segui-los pode prevenir significativa parte desses eventos, melhorando a
segurança e a qualidade da assistência prestada ao paciente durante o processo de
administração de medicamentos.
I.
Paciente certo
Deve-se perguntar ao paciente seu nome completo antes de administrar o
medicamento e utilizar no mínimo dois identificadores para confirmar o paciente
correto.
Nessa etapa, é importante que o profissional faça perguntas abertas e que
necessitam de mais interação paciente-profissional, tal como:
“Por favor, diga-me o seu nome completo?”
Além disso, é importante verificar se esse paciente corresponde ao:
Nome identificado na pulseira;
Nome identificado no leito;
Nome identificado no prontuário.
Importante: caso o paciente apresente baixo nível de consciência,
impossibilitando-o de confirmar o nome completo, a equipe assistencial deverá
conferir o nome do paciente descrito na prescrição com a pulseira de identificação,
devendo, ainda, associar pelo menos mais dois identificadores diferentes34.
Outra estratégia que auxilia a evitar a administração de medicamentos ao
paciente errado, é existir norma interna do estabelecimento de saúde que evite,
dentro do possível, que dois pacientes com o mesmo nome fiquem internados
simultaneamente no mesmo quarto ou enfermaria.
II.
Medicamento certo
Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o que está prescrito.
O nome do medicamento deve ser confirmado com a prescrição antes de ser
administrado.
Conhecer o paciente e suas alergias. Conferir se ele não é alérgico ao
medicamento prescrito.
Identificar os pacientes alérgicos de forma diferenciada, com pulseira e aviso
em prontuário, alertando toda a equipe34.
Todos os fatos descritos pelo paciente/cuidador ou observado pela equipe,
sejam eles reações adversas, efeitos colaterais ou erros de medicação,
devem ser registrados em prontuário e, notificados.
Importante: alguns medicamentos são associações. Nesses casos, é necessário
conhecer a composição dos medicamentos para identificar se o paciente não é
alérgico a algum dos componentes do medicamento.
III.
Via certa
Identificar a via de administração prescrita.
Verificar se a via de administração prescrita é a via tecnicamente
recomendada para administrar determinado medicamento.
Lavar as mãos antes do preparo e administração do medicamento.
Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito e se a velocidade de
infusão foi estabelecida, analisando sua compatibilidade com a via de
administração e com o medicamento em caso de administração de por via
endovenosa.
Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos para a saúde
utilizados para sua administração (seringas, cateteres, sondas, equipos, e
outros).
Identificar no paciente qual a conexão correta para a via de administração
prescrita em caso de administração por sonda nasogástrica, nasoentérica
ou via parenteral.
Realizar a antissepsia do local da aplicação para administração de
medicamentos por via parenteral.
Esclarecer todas as dúvidas com a supervisão de enfermagem, prescritor
ou farmacêutico previamente à administração do medicamento.
Esclarecer as dúvidas de legibilidade da prescrição diretamente com o
prescritor.
Importante: Informações sobre compatibilidade de medicamentos e produtos para a
saúde utilizados na administração de medicamentos, deverão estar disponíveis em
manual ou em base de dados para consulta no local do preparo ou pode-se
consultar o farmacêutico.
IV.
Hora certa
Preparar o medicamento de modo a garantir que a sua administração seja
feita sempre no horário correto, para garantir adequada resposta
terapêutica.
Preparar o medicamento no horário oportuno e de acordo com as
recomendações do fabricante, assegurando-lhe estabilidade.
A antecipação ou o atraso da administração em relação ao horário
predefinido somente poderá ser feito com o consentimento do enfermeiro
e do prescritor.
V.
Dose certa
Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento.
Doses escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber atenção
redobrada, conferindo as dúvidas com o prescritor sobre a dose desejada,
pois podem redundar em doses 10 ou 100 vezes superiores à desejada.
Certificar-se de que a infusão programada é a prescrita para aquele
paciente.
Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso de dúvida
ou medidas imprecisas (colher de chá, colher de sopa, ampola), consultar
o prescritor e solicitar a prescrição de uma unidade de medida do sistema
métrico.
Conferir a velocidade de gotejamento, a programação e o funcionamento
das bombas de infusão contínua em caso de medicamentos de infusão
contínua.
Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e programação de
bomba para administração de medicamentos potencialmente perigosos ou
de alta vigilância.
Medicações de uso “se necessário” deverão, quando prescritas, ser
acompanhadas da dose, posologia e condição de uso.
Solicitar complementação do prescritor em caso de orientações vagas, tais
como “fazer se necessário”, “conforme ordem médica” ou “a critério
médico”, para possibilitar a administração.
Importante: Não deverão ser administrados medicamentos em casos de
prescrições vagas como: “fazer se necessário”, “conforme ordem médica” ou “a
critério médico”.
VI.
Registro certo da administração
Registrar na prescrição o horário da administração do medicamento.
Checar o horário da administração do medicamento a cada dose.
Registrar todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos, tais como
adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente e
eventos adversos.
VII.
Orientação correta
Esclarecer dúvidas sobre a razão da indicação do medicamento, sua
posologia ou outra informação antes de administrá-lo ao paciente junto ao
prescritor.
Orientar e instruir o paciente sobre qual medicamento está sendo
administrado (nome), justificativa da indicação, efeitos esperados e
aqueles que necessitam de acompanhamento e monitorização.
Garantir ao paciente o direito de conhecer o aspecto (cor e formato) dos
medicamentos que está recebendo, a frequência com que será ministrado,
bem como sua indicação, sendo esse conhecimento útil na prevenção de
erro de medicação.
VIII.
Forma certa
Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma farmacêutica
e via administração prescrita.
Checar se forma farmacêutica e a via de administração prescritas estão
apropriadas à condição clínica do paciente.
Sanar as dúvidas relativas à forma farmacêutica e a via de administração
prescrita junto ao enfermeiro, farmacêutico ou prescritor.
A farmácia deve disponibilizar o medicamento em dose unitária ou manual
de diluição, preparo e administração de medicamentos, caso seja
necessário realizar a trituração e suspensão do medicamento para
administração por sonda nasogástrica ou nasoentérica34.
IX.
Resposta certa
Observar cuidadosamente o paciente, para identificar, quando possível, se
o medicamento teve o efeito desejado.
Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os efeitos
diferentes (em intensidade e forma) do esperado para o medicamento.
Deve-se manter clara a comunicação com o paciente e/ou cuidador.
Considerar a observação e relato do paciente e/ou cuidador sobre os
efeitos dos medicamentos administrado, incluindo respostas diferentes do
padrão usual,
Registrar todos os parâmetros de monitorização adequados (sinais vitais,
glicemia capilar.).
7.1.2 Intervenções específicas
Instituir a prática de dupla checagem por dois profissionais, para os
cálculos de diluição e administração de medicamentos potencialmente
perigosos ou medicamentos de alta vigilância.
REMOVER do estoque das unidades de internação os eletrólitos
concentrados (especialmente cloreto de potássio injetável) e bloqueadores
neuromusculares.
Deverão
permanecer
nas
unidades
de
internação
APENAS
os
medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância que sejam
absolutamente necessários à assistência ao paciente.
7.2 Procedimento operacional padrão para administração de medicamentos35,36
Implementar a prática de verificação dos nove certos da terapia
medicamentosa.
Certificar-se de que as informações sobre o processo de medicação
estejam documentadas corretamente.
Somente administrar medicamento se as dúvidas forem esclarecidas.
Estabelecer protocolos institucionais de administração de medicamentos e
atualizá-los periodicamente.
Utilizar materiais e técnicas assépticas para administrar medicamentos por
via intravenosa e para outras vias que exijam esse tipo de técnica.
Registrar,
conforme
protocolo
da
instituição,
todas
as
ações
imediatamente após a administração do medicamento.
O enfermeiro deve supervisionar o preparo e a administração de
medicamentos realizados por técnicos e auxiliares de enfermagem.
Seguir o protocolo da instituição quanto ao preparo de pacientes para
exames ou jejum que possam interferir na administração do medicamento.
Em casos de preparo de pacientes para exames ou jejum, não administrar
nem adiar a administração de doses sem discutir conduta com o prescritor.
Registrar adequadamente a omissão de dose e comunicar ao enfermeiro.
Adequar os horários de administração dos medicamentos à rotina de uso
já estabelecida pelo paciente antes da internação, sempre que possível.
Evitar, dentro do possível, interações medicamento-medicamento e
medicamento-alimento quando realizar o aprazamento de medicamentos.
Discutir a prevenção das interações medicamentosas com a equipe
multiprofissional (médico, farmacêutico e nutricionista).
Seguir o protocolo institucional quanto à verificação das prescrições na
passagem de plantão.
Seguir o protocolo institucional quanto aos cuidados para que não haja a
administração de medicamentos suspensos pelo médico.
Padronizar o armazenamento adequado e a identificação completa e clara
de todos os medicamentos que estão sob a guarda da equipe de
enfermagem.
Monitorar
a
temperatura
da
geladeira
de
acondicionamento
de
medicamentos, observando-se o parâmetro mínimo e máximo de
temperatura diariamente, dirimindo dúvidas com o farmacêutico.
Organizar
local
adequado
para
o
preparo
de
medicamentos,
preferencialmente sem fontes de distração e que permita ao profissional
concentrar-se na atividade que está realizando.
A instituição deve disponibilizar e atualizar guias de prevenção de
incompatibilidades entre fármacos e soluções e guias de diluição de
medicamentos.
Solicitar revisão por um colega sempre que calcular doses para
medicamentos potencialmente perigosos ou medicamentos de alta
vigilância.
Fazer consultas ao farmacêutico e em fontes de informações atualizadas e
idôneas em caso de dúvidas sobre o nome do medicamento, posologia,
indicações,
contraindicações,
precauções
de
uso,
preparo
e
administração.
Utilizar instrumentos de medida padrão no preparo de medicamentos (ex:
seringas milimetradas) para medir doses com exatidão.
Seguir os sistemas de identificação do paciente e do leito ou sala de
medicação estabelecidos nos protocolos institucionais.
Padronizar equipamentos como bombas de infusão, limitando a variedade
de opções.
Seguir a prescrição de enfermagem para o uso de bombas de infusão
para administração segura de medicamentos.
levar ao local, no horário de administração de medicamentos, apenas o
que está prescrito a um único paciente, não fazendo uso de bandeja
contendo diversos medicamentos para diferentes pacientes.
Preparar o medicamento imediatamente antes da administração, a não ser
que haja recomendação especial do fabricante para procedimento
diferente.
Manter registro adequado dos frascos de medicamentos preparados que
serão armazenados (com data e horário da manipulação, concentração do
medicamento, nome do responsável pelo preparo e validade).
Administrar medicamento por ordem verbal somente em caso de
emergência, utilizando método de dupla checagem para administração
com registro por escrito da ordem verbal.
Registrar corretamente a administração do medicamento prescrito no
prontuário do paciente, certificando que foi administrado ao paciente e
evitando a duplicação da administração do medicamento por outro
profissional.
Informar ao paciente e à família sobre eventuais incidentes relacionados à
terapia medicamentosa, registrando-os em prontuário e notificando-os à
Gerência de Riscos e/ou ao Núcleo de Segurança do Paciente.
Comunicar ao paciente qual o medicamento está sendo administrado e
qual a sua ação no momento da administração.
Devolver à farmácia as sobras de medicamentos não administrados pois
estoques de medicamentos nas enfermarias são fonte importante de erros
de administração37.
7.3 Monitoramento e indicador para a administração segura de medicamento
Os eventos adversos relacionados à administração de medicamentos devem
ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente.
7.3.1Indicador
Nome do indicador
Taxa de erros na administração de medicamentos.
Monitorar a ocorrência de erros na atividade de
Objetivo do indicador
administração de medicamentos para atendimento ao
paciente.
Fórmula do indicador
nº medicamentos administrados com erro de omissão x 100
nº total de medicamentos administrados
Periodicidade mínima
de verificação
Mensal.
N°
de
medicamentos
prescritos
mas
não
administrados (erro de omissão): são os itens
Explicação da fórmula
prescritos mas não administrados (checados).
N° total de medicamentos administrados: todos os
medicamentos prescritos em um determinado período
de tempo.
Fonte de Informação
Registros de enfermagem na prescrição médica ou
odontológica (eletrônica, transcrita ou manual).
Elaborar planilha para registro do número total de
Coleta de dados
medicamentos
prescritos
mas
não
dividido pelo número total de medicamentos prescritos.
Totalizar os dados e aplicar a fórmula.
Responsável
administrados
Enfermeiro.
7.4 Estratégias de monitoramento e indicadores gerais para o uso seguro de
medicamentos
O processo de uso dos medicamentos (prescrição, dispensação e
administração) deve estar devidamente descrito em procedimentos
operacionais padrão, atualizados e divulgados para os profissionais do
estabelecimento de saúde.
O estabelecimento de saúde deve possuir rotina para transferência interna
e externa de pacientes e que contemple a segurança no processo de
utilização dos medicamentos na transição do paciente.
O estabelecimento de saúde deve proporcionar aos profissionais de
saúde, anualmente, educação permanente e treinamento em uso seguro
de medicamentos.
O estabelecimento de saúde deve possuir política de incentivo à melhoria
da segurança do uso de medicamentos, centrado no trabalho em equipe,
notificação e ambiente não punitivo.
Referências
1. Aspden P. et al. (ed.). Committee on identifying and preventing medication
errors.preventing medication errors. institute of medicine of the national
academies.Washington, DC: The National Academies Press, 2007; 544 p. (Quality
Chasm Series).
2. Landrigan CP. etal.Temporal trends in rates of patient harm resulting from medical
care. N Engl J Med, Boston.2010; 363(22):2124-34.
3. World Health Organization. WHO.Action on patient safety.High 5s.World alliance
for
patient
safety.Disponível
em:
http://www.who.int/patientsafety/implementation/solutions/high5s/en.
4. World Health Organization.WHO. World Alliance for Patient Safety: forward
programme
2006-2007.
Geneva.
Disponível
em:
http://www.who.
int/patientsafety/World Health.
5. Bates DW, Gawande AA. Error in medicine: what we have learned? Ann
InternMed, Philadelphia. 2000; 132(9):763-767.
6. Gerrett D, et al. Tallman lettering. Final report of the use of tallman lettering to
minimize selection errors of medicine names in computer prescribing and
dispensing systems. Loughborough University EnterprisesLtd., 2009. Disponível
em: www.connectingforhealth.nhs.uk/systemsandservices/eprescribing/ refdocs/.
7. Leape LL,etal.The nature of adverse events and negligence in hospitalized
patients: results of the Harvard Medical Practice Study II. N Engl J Med,Boston.
1991; 324(6):377-384.
8. Phillips DP,Christenfeld N, Glynn LM. Increase in US medication-error deaths
between 1983 and 1993.Lancet, London.1998; 351(9103):643-644.
9. Cohen MR. Medication errors.Washington, AmPharm Assoc. 2006; 680 p.
10. Federico F. Preventing harm from high-alert medications. Jt. Comm. J Qual
Patient Saf. 2007; 33(9):537-542.
11. Institute for Healthcare Improvement. How-to guide: prevent harm from high-alert
medications. Cambridge, MA: Institute for Health Care Improvement; 2012.
Disponível em: www.ihi.org.
12. Leape LL, Berwick DM, Bates DW. What practices will most improve safety?
JAMA. 2002; 288(4):501-507. DOI:10.1001/jama.288.4.501.
13. Rosa MB, et al.Errors in hospital prescriptions of high-alert medications. Rev
Saúde Pública, São Paulo.2009; 43(3):490-8.
14. Ferracini FT. Estrutura organizacional. In: Ferracini FT, Filho WM. Prática
farmacêutica no ambiente hospitalar: do planejamento à realização. São Paulo:
Atheneu, 2005.
15. World Health Organization. Estrutura conceitual da Classificação Internacional
sobre Segurança do Doente.Relatório Técnico Final. Direção Geral da Saúde.
2011;
142p.
Disponível
em:http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/70882/4/WHO_IER_PSP_2010.2_por.p
df.
16. Institute for Safe Medication Practices Canada. Canadian Medication Incident
Reportingand
Prevention
System.Definitions
of
Terms.Disponível
em:
www.ismpcanada.org/definitions.htm.
17. Dean B, Barber N, Schachter V. What is prescribing error? Qual Health Care,
Oxford. 2000; 9:232-237.
18. Committee of Experts on Management of Safety and Quality in Health Care:
Expert Group on Safe Medication Practices. Glossary of terms related to patient
and
medication
safety.
Disponível
em:
http://www.who.int/patientsafety/highlights/COE_patient_and_medication_safety_
gl.pdf >.
19. Cohen MR, et al. Preventing dispensing errors. In: Cohen MR. (ed.).
Medicationerrors.Washington, AmPharmAssoc. 2006; p. 205-232.
20. Beso A, Franklin BD, Barber N. The frequency and potential causes of
dispensing errors in a hospital pharmacy.Pharm World Sci. 2005; 27(3):182-90.
21. Taxis K, Barber N. Ethnographic study of incidence and severity of intravenous
drug erros. BMJ. 2003; 326(7391):684-7.
22. Cohen MR. Preventing prescribing errors.In: Cohen MR. (ed.).
Medicationerrors.Washington, Am Pharm Assoc. 2006; p. 175-203.
23. Néri EDR,et al.Erros de prescrição de medicamentos em um hospital brasileiro.
verAssoc Méd Bras. 2011; 57(3):306-314.
24. Abushaiqa ME, et al. Educational interventions to reduce use of unsafe
abbreviations. Am J Health Syst Pharm. 2007; 64(11):1170-1173.
25. Cohen MR, et al. Errors-Prone abbreviations and dose expressions.In: Cohen
MR. (ed.). Medication errors.Washington, AmPharmAssoc, 2006; p. 153-171.
26. Néri EDR. Determinação do perfil dos erros de prescrição de medicamentos em
em:
um
hospital
universitário.
2004.
Disponível
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/2064aa80474592999afade3fbc4c6735
/dissertacao_perfil_erros_prescri%25E7%25E3o_hospital.pdf?MOD=AJPERES.
27. Organização Mundial da Saúde. Programa de ação sobre medicamentos
essenciais. Guia para a boa prescriçãomédica.Porto Alegre, ArtMed, 1998.
28. Shekelle PG,et al.Making health care safer II: an updated critical analysis of the
evidence for patient safety practices. Comparative effectiveness review n. 211.
(prepared by the Southern California-RAND Evidence-based Practice Center under
Contract n. 290-2007-10062-I) AHRQ Publication n. 13-E001-EF. Rockville, MD:
Agency for Healthcare Research and Quality. March 2013. Disponível em:
www.ahrq.gov/research/findings/evidence-based-reports/ptsafetyuptp.html.
29. Néri EDR, Viana PR, Campos TA. (org). Dicas para uma boa prescrição
hospitalar.
2008.
Disponível
em:
http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/ 1261588761_49_0.pdf.
30. Institute for Safe Medication Practices. FDA and ISMP Lists of look-alike drug
names
with
recommended
tall
man
letters.2011.
Disponível
em:
www.ismp.org/tools/tallmanletters.pdf.
31. Telles Filho PCP, Cassiani SHB. Administração de medicamentos: aquisição de
conhecimentos e habilidades requeridas por um grupo de enfermeiros. Rev LatinoAm Enfermagem [serial on the Internet]. 2004; 12(3): 533-540. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010411692004000300012
&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692004000300012.
32. Miasso AI, Grou CR, Cassiani SHB, Silva AEBC, Fakih FT. Erros de medicação:
tipos, fatores causais e providências tomadas em quatro hospitais brasileiros. Rev
Esc Enferm, USP. 2006; 40(4): 524-532.
33. Malcolm E, Yisi L. The nine rights of medication administration: an overview. Br J
Nurs. 2010; 19:(5):300-05.
34. Cassiani SHB, Deus NN, Capucho HC. Administraciónsegura de medicamentos.
In: Cometto MC, Gómez PF, Dal-Sasso GTM, Grajales RAZ, Cassiani SHB,
Morales CF. (org.).Enfermería y seguridad de los pacientes. Washington,
OrganizaciónPanamericana de laSalud/Organización Mundial de laSalud. 1 ed. v.
1, 2011. p. 225-238.
35. Coren-SP/Rebraensp/SP. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São
Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Erros de
medicação: definições e estratégias de prevenção. São Paulo, 2011; p. 35.
36.Nascimento MMG; Rosa MB; Harada, MJCS. Prevenção de erros de
administração de medicamentos no sistema de saúde. Rev Meio de Cultura
Hospitalar. n 52, 2013.p18-22.
37. Cohen MR, et al.Preventing drug administration errors. In: Cohen MR. (ed.).
Medicationerrors.Washington, AmPharmAssoc, 2006; p. 235-274.
APÊNDICE
Para fins desse protocolo serão adotadas as seguintes definições:
4.1. Uso seguro de medicamentos: inexistência de injúria acidental ou evitável
durante o uso de medicamentos. A utilização segura engloba atividades de
prevenção e minimização dos danos provocados por eventos adversos que
resultam do processo de uso dos medicamentos15.
4.2. Erro de medicação: é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente,
possa levar ao uso inadequado de medicamento quando o medicamento se
encontra sob o controle de profissionais de saúde, de paciente ou do
consumidor, podendo ou não provocar dano ao paciente. Os erros de medicação
podem ser relacionados à prática profissional, produtos usados na área de
saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos,
embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração,
educação, monitoramento e uso de medicamentos15,16.
4.3. Erro de prescrição: erro de medicação que ocorre durante a prescrição de um
medicamento, em decorrência tanto de redação da prescrição, como do processo
de decisão terapêutica. O erro decisão terapêutica pode surgir de um desvio não
intencional de padrões de referência, como: conhecimento científico atual,
práticas normalmente reconhecidas, especificações técnicas dos medicamentos
e legislação sanitária17. Um erro de prescrição pode estar relacionado à seleção
do medicamento (considerando-se as indicações, as contraindicações, as
alergias, as características do paciente, as interações medicamentosas e outros
fatores), a dose, a concentração, o esquema terapêutico, a forma farmacêutica, a
via de administração, a duração do tratamento e orientações de utilização, assim
como pela ausência de prescrição de um medicamento necessário para tratar
uma doença já diagnosticada ou para impedir os incidentes com outros
medicamentos18.
4.4. Erros de dispensação: pode ser definido como um desvio na interpretação da
prescrição, cometido pela equipe da farmácia quando da realização da
dispensação de medicamentos para as unidades de internação ou na farmácia
ambulatorial1,19. Incluem também erros relacionados às normas e à legislação.
Podem ser classificados em: erros de conteúdo, erros de rotulagem e erros de
documentação20.
4.5. Erros de administração: erro decorrente de qualquer desvio no preparo e
administração de medicamentos de acordo com a prescrição médica, da não
observância das recomendações ou guias do hospital ou das instruções técnicas
do fabricante do produto. Considera-se, ainda, que não há erro se o
medicamento for administrado de forma correta, mesmo que a técnica utilizada
contrarie a prescrição médica ou os procedimentos do hospital21.
Anexo V
Protocolo de
Prevenção de
Quedas
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
PROTOCOLO PREVENÇÃO DE
QUEDAS*
Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz
Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente.
PROTOCOLO PREVENÇÃO DE QUEDAS
1. Finalidade
Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela
decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a
avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente
seguro, e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais.
2. Abrangência
As recomendações deste protocolo aplicam-se aos hospitais e incluem todos os
pacientes que recebem cuidado nestes estabelecimentos, abrangendo o período total de
permanência do paciente.
3. Justificativa
De modo geral, a hospitalização aumenta o risco de queda, pois os pacientes se
encontram em ambientes que não lhes são familiares, muitas vezes são portadores de
doenças que predispõem à queda (demência e osteoporose) e muitos dos procedimentos
terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, podem aumentar esse
risco.2
Estudos indicam que a taxa de queda de pacientes em hospitais de países desenvolvidos
variou entre 3 a 5 quedas por 1.000 pacientes-dia.1 Segundo os autores, as quedas não se
distribuem uniformemente nos hospitais, sendo mais frequentes nas unidades com
concentração de pacientes idosos, na neurologia e na reabilitação.
Estudo em hospital na Califórnia, EUA, destacou a presença de queda em pacientes
pediátricos. Essas foram mais comuns entre os meninos e decorreram principalmente de
pisos molhados, tropeços em equipamentos e em objetos deixados ao chão.3 A maior
parte dos eventos ocorreu na presença dos pais.4
Quedas de pacientes produzem danos em 30% a 50% dos casos, sendo que 6% a 44%
desses pacientes sofrem danos de natureza grave, como fraturas, hematomas subdurais e
sangramentos, que podem levar ao óbito.5 A queda pode gerar impacto negativo sobre a
mobilidade dos pacientes, além de ansiedade, depressão e medo de cair de novo, o que
acaba por aumentar o risco de nova queda.
Quedas de pacientes contribuem para aumentar o tempo de permanência hospitalar e os
custos assistenciais, gerar ansiedade na equipe de saúde, além de produzir repercussões
na credibilidade da instituição, além de repercussões de ordem legal6. Além disso,
podem interferir na continuidade do cuidado. Dentre os pacientes que sofreram queda,
há relatos de maior ocorrência em pacientes em transferência para ambientes de cuidado
de longa permanência7. Geralmente a queda de pacientes em hospitais está associada a
fatores vinculados tanto ao indivíduo como ao ambiente físico, entre os fatores
vinculados ao paciente destacam-se: idade avançada (principalmente idade acima de 85
anos), história recente de queda, redução da mobilidade, incontinência urinária, uso de
medicamentos e hipotensão postural.8
Com relação aos fatores ambientais e organizacionais, podem ser citados: pisos
desnivelados, objetos largados no chão, altura inadequada da cadeira, insuficiência e
inadequação dos recursos humanos.8
As intervenções com multicomponentes tendem a ser mais efetivas na prevenção de
quedas. Fazem parte dessas intervenções8:
Avaliação do risco de queda;
Identificação do paciente com risco com a sinalização à beira do leito ou
pulseira,
Agendamento dos cuidados de higiene pessoal;
Revisão periódica da medicação;
Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes,
Educação dos pacientes e dos profissionais,
Revisão da ocorrência de queda para identificação de suas possíveis causas.
Estudo realizado em hospital privado localizado na cidade de São Paulo apresentou
uma taxa de queda reduzida em 2008 - 1,45 por 1.000 pacientes-dia-, que estava
associada à implementação de um protocolo de gerenciamento de quedas.6
4. Definição
4.1 Queda: Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição
inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano.
Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o
deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. A queda pode
ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de rodas, poltronas,
cadeiras, cadeira higiênica, banheira, trocador de fraldas, bebê conforto, berço etc.),
incluindo vaso sanitário.9,10
5. Intervenções
5.1. Avaliação do risco de queda
A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão do paciente com
o emprego de uma escala adequada ao perfil de pacientes da instituição. Esta avaliação
deve ser repetida diariamente até a alta do paciente.
Na admissão deve-se também avaliar a presença de fatores que podem contribuir para o
agravamento do dano em caso de queda, especialmente risco aumentado de fratura e
sangramento. Osteoporose, fraturas anteriores, uso de anticoagulante e discrasias
sanguíneas são algumas das condições que podem agravar o dano decorrente de queda.5
5.1.1.
Fatores de risco para queda
a)
Demográfico: crianças < 5anos e idosos > 65 anos.
b)
Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade.
c)
Condições de saúde e presença de doenças crônicas:
acidente vascular cerebral prévio;
hipotensão postural;
tontura;
convulsão;
síncope;
dor intensa;
baixo índice de massa corpórea;
anemia;
insônia;
incontinência ou urgência miccional;
incontinência ou urgência para evacuação;
artrite;
osteoporose;
alterações metabólicas (como, por exemplo, hipoglicemia).
d)
Funcionalidade:
dificuldade no desenvolvimento das atividades da vida diária,
necessidade de dispositivo de auxílio à marcha;
fraqueza muscular e articulares;
amputação de membros inferiores; e
deformidades nos membros inferiores.
e)
Comprometimento sensorial:
visão;
audição; ou
tato.
f)
Equilíbrio corporal: marcha alterada.
g)
Uso de medicamentos:
Benzodiazepínicos;
Antiarrítmicos;
anti-histamínicos;
antipsicóticos;
antidepressivos;
digoxina;
diuréticos;
laxativos;
relaxantes musculares;
vasodilatadores;
hipoglicemiantes orais;
insulina; e
Polifarmácia (uso de 4 ou mais medicamentos).
h)
Obesidade severa.
i)
História prévia de queda.
5.1.2.
Paciente com alto risco de queda
a)
Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem
ajuda de terceiros, mas possui pelo menos um fator de risco.
b)
Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades,
com ou sem a presença de algum fator de risco. Anda com auxílio (de
pessoa ou de dispositivo) ou se locomove em cadeira de rodas.
c)
Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização
de exames ou transferência, com ou sem a presença de fatores risco.
5.1.3.
Paciente com baixo risco de queda
a)
Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda
de terceiros, com ou sem fatores de risco.
b)
Indivíduo independente e sem nenhum fator de risco.
As escalas de avaliação de risco de queda não são universais, sendo cada uma delas
específicas para determinado tipo de paciente, por exemplo adulto e pediátrico. Todas
as escalas apresentam vantagens, mas também limitações operacionais e metodológicas.
As utilizadas com maior frequência no Brasil e internacionalmente são: Morse12,13 e St
Thomas Risk Assessment Tool in the Falling Elderly (STRATIFY)14,15. Essas duas
escalas possuem semelhanças quanto à gradação dos fatores que predispõem à queda e
permitem, portanto, classificar o grau de risco que o paciente apresenta para cair,
possibilitando orientar as intervenções necessárias para evitar a ocorrência de queda.
Recentemente a escala Morse Fall Scale foi traduzida e adaptada para a língua
portuguesa*. Salientamos que tanto a Morse Fall Scale (versão traduzida ou original),
quanto as demais escalas existentes não são de acesso livre, sendo necessária
autorização dos autores para sua utilização.
Importante: Este protocolo não adota nenhuma escala em particular e teve como foco
intervenções de prevenção norteadas pelo risco de queda do paciente.
5.2. Ações preventivas
5.2.1.
Medidas Gerais
A unidade de saúde, orientada pelo seu Núcleo de Segurança do Paciente, deverá adotar
medidas gerais para a prevenção de quedas de todos os pacientes, independente do
risco. Essas medidas incluem a criação de um ambiente de cuidado seguro conforme
legislação vigente16, tais como: pisos antiderrapantes, mobiliário e iluminação
adequados, corredores livres de obstáculos (por exemplo, equipamentos, materiais e
entulhos), o uso de vestuário e calçados adequados e a movimentação segura dos
pacientes.4,5 Para os pacientes pediátricos, deve-se observar a adequação das
acomodações e do mobiliário à faixa etária.
A utilização de estratégias de educação dos pacientes e familiares deve incluir
orientações sobre o risco de queda e de dano por queda, e também sobre como prevenir
sua ocorrência. Essas ações devem ocorrer na admissão e durante a permanência do
paciente no hospital. A elaboração e a distribuição de material educativo devem ser
estimuladas.
*
Gustavo AS ,Bittencourt HR, Steinmetz QL, Farina VA . Morse Fall Scale : Tradução e Adaptação para
a Língua Portuguesa. Revista da Escola de Enfermagem da USP (Impresso), 2013. No prelo
5.2.2.
Medidas Específicas
A unidade de saúde, orientada pelo Núcleo de Segurança do Paciente, devem definir
o(s) profissional(ais) responsável(eis) por avaliar o risco de queda e definir as ações de
caráter preventivo para pacientes que apresentem tal risco. Medidas individualizadas
para prevenção de queda para cada paciente devem ser prescritas e implementadas.
Além disso, políticas e procedimentos devem ser estabelecidos e implementados pela
unidade para assegurar a comunicação efetiva entre profissionais e serviços sobre o
risco de queda e risco de dano da queda nas passagens de plantão, bem como sobre as
medidas de prevenção implantadas.
Deve-se fazer a reavaliação do risco dos pacientes em caso de transferência de setor,
mudança do quadro clínico, episódio de queda durante a internação ou na identificação
de outro fator de risco. Na presença ou no surgimento de risco de queda, este deve ser
comunicado aos pacientes e familiares e a toda equipe de cuidado. Por exemplo,
pacientes que começam a receber sedativos têm seu risco de queda aumentado.
No caso da ocorrência de queda, esta deve ser notificada e o paciente avaliado e
atendido imediatamente para mitigação/atenuação dos possíveis danos. A avaliação dos
casos de queda no setor em que ocorreu, permite a identificação dos fatores
contribuintes e serve como fonte de aprendizado para o redesenho de um processo de
cuidado mais seguro.
A tabela a seguir contém medidas específicas que devem ser utilizadas para prevenção
de queda conforme o fator de risco apresentado pelo paciente17,18.
Tabela 1 - Fatores de risco para queda e medidas relacionadas (Pacientes adultos
hospitalizados)
Fator de risco
Medidas
Idade
Medidas para reduzir o risco de queda de pacientes idosos estão
contempladas nos itens abaixo.
Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Histórico de Queda
Avaliar nível de confiança do paciente para deambulação.
Avaliar a independência e a autonomia para deambulação e a
necessidade de utilização de dispositivo de marcha do paciente (por
exemplo, andador, muleta e bengala).
Supervisão periódica para avaliação do conforto e segurança do
paciente. Verificar o uso de diuréticos, laxantes e/ou se o paciente
está em preparo de cólon para exames ou procedimento cirúrgico.
Necessidades
fisiológicas e higiene
pessoal
Manter o paciente confortável no que tange às eliminações,
realizando a troca frequente em caso de uso de fraldas ou
programando horários regulares para levá-lo ao banheiro.
Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito
acompanhado por profissional da equipe de cuidado, mesmo na
presença de acompanhante.
Realizar periodicamente revisão e ajuste da prescrição de
medicamentos que aumentam o risco de queda.
Medicamentos
Solicitar avaliação de farmacêutico quando houver dúvidas quanto ao
risco aumentado devido ao uso de medicamentos (doses, interações,
possíveis efeitos colaterais e quadro clínico do paciente).
Orientar o paciente e acompanhante sobre os efeitos colaterais e as
interações medicamentosas que podem apresentar ou potencializar
sintomas (por exemplo: vertigens, tonturas, sonolência, sudorese
excessiva, palidez cutânea, mal estar geral, alterações visuais,
alteração dos reflexos), que aumentam o risco de queda.
Orientar quanto ao dispositivo/equipamento e a sua necessidade de
uso.
Uso de Equipamentos/
Dispositivos
Avaliar o nível de dependência e autonomia após a instalação de
equipamentos, para planejamento da assistência relacionado à
mobilização deste paciente.
Alocar os equipamentos/dispositivos de maneira a facilitar a
movimentação do paciente no leito ou a sua saída
Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito
acompanhado por profissional da equipe de cuidado, mesmo na
presença de acompanhante.
Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Mobilidade/Equilíbrio
Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito
acompanhado por profissional da equipe de cuidado, mesmo na
presença de acompanhante.
Orientar o paciente e acompanhante para garantir a utilização de seus
óculos e/ou aparelho auditivo sempre que for sair da cama.
Avaliar a independência e a autonomia para deambulação e a
necessidade de utilização de dispositivo de marcha do paciente (por
exemplo, andador, muleta e bengala).
Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito
acompanhado por profissional da equipe de cuidado, mesmo na
presença de acompanhante.
Cognitivo
Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Condições Especiais
(hipoglicemia,
hipotensão postural,
cardiopatias
descompensadas, entre
outras condições
clínicas)
Em caso de hipotensão postural – Orientar o paciente a levantar-se
progressivamente (elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os
pés apoiados no chão por 5 minutos), antes de sair da cama com
ajuda de profissional da equipe de cuidado.
Considerar na avaliação clínica as condições em que o paciente
estiver em jejum por longo período (por exemplo, logo ao acordar ou
em pré e pós-operatório).
Adaptado de Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE (São Paulo). Protocolos, Guias e Manuais voltados
à Segurança do Paciente. 2012.
Tabela 2 - Fatores de risco para queda e medidas relacionadas (Pacientes pediátricos
hospitalizados)
Fator de
Risco
Medidas
Acomodação (adequar o leito para acomodação, conforme a idade e o estado
clínico)
≤ 36 meses (3 anos): devem ser acomodadas em berços, com grades
elevadas na altura máxima. Se os pais recusarem, estes devem assinar o
“Termo de recusa de tratamento”. A exceção seriam crianças sem
mobilidade. Estas poderão ser acomodadas em cama de acordo com a
avaliação do profissional responsável.
> 36 meses: devem ser acomodadas em cama com as grades elevadas.
Transporte (adequar o dispositivo de transporte, conforme a idade e o estado
clínico)
≤ 6 meses: devem ser transportadas no colo do responsável (ou
acompanhante e na ausência destes pelo profissional de enfermagem) e
este em cadeira de rodas.
Idade
> 6 meses ≤ 36 meses:
o
Em maca acompanhada do responsável (ou acompanhante e na
ausência destes pelo profissional de enfermagem) quando for
submetida a procedimentos com anestesia/sedação.
o
Em cadeira de rodas no colo do responsável (ou acompanhante e na
ausência destes pelo profissional de enfermagem).
> 36 meses: em maca ou em cadeira de rodas no colo do responsável (na
ausência deste pelo profissional de enfermagem), dependendo da
avaliação do profissional responsável.
Manter uma das grades elevadas do berço durante a troca (roupa/fralda)
da criança (não deixar a criança sozinha neste momento com uma das
grades abaixadas).
Orientar o responsável sobre a influência do diagnóstico no aumento do
risco de queda.
Avaliar periodicamente pacientes com diagnósticos associados ao
aumento do risco de queda.
Orientar responsável para que a criança somente levante do leito
acompanhada por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença
de acompanhante, de acordo com a idade e com as condições clínicas.
Avaliar se há condição de deambulação do paciente diariamente; registrar
e informar para o responsável se o mesmo está liberado ou não para
deambular.
A criança deve estar sempre acompanhada na deambulação (no quarto, no
banheiro e no corredor) pelo responsável (na ausência deste pelo
profissional de enfermagem).
Diagnóstico
Avaliar a necessidade de utilizar protetor de grades para fechar as
aberturas entre elas.
Orientar o responsável a levantar a criança do leito progressivamente
(elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão
por 5 a 10 minutos, antes de sair da cama), de acordo com a idade da
criança e/ou condições clínicas, avaliadas pelo profissional responsável.
Avaliar risco psicológico ou psiquiátrico sempre que necessário.
Fatores
Cognitivos
Orientar responsável sobre o risco de queda relacionado ao
“comportamento de risco” de acordo com a faixa etária da criança.
História
Pregressa/
Atividade
Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Cirurgia/
Sedação/
Anestesia
Não levantar do leito sozinho quando há história de queda pregressa com
dano grave.
Informar o paciente e/ou familiar/responsável sobre o risco de queda
relacionado ao efeito do sedativo e/ou anestésico.
Orientar o paciente e/ou familiar/responsável a levantar progressivamente
(elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão
por 5 a 10 minutos, antes de sair da cama.
Sair do leito acompanhado pela enfermagem.
Se o paciente estiver em cama, permanecer com as grades elevadas e
rodas travadas (pré-cirúrgico e pós operatório imediato).
O jejum por longo período deve ser levado em consideração, por
exemplo, logo ao acordar ou em pré e pós-operatório;
Atentar para as classes medicamentosas que alterem a mobilidade e
equilíbrio (de acordo com a avaliação clínica da enfermagem).
Realizar reconciliação medicamentosa, cuidadosa, na admissão.
Orientar paciente e/ou familiar/acompanhante quando houver mudança na
prescrição de medicamentos associados ao risco de queda.
Não levantar do leito sozinho.
Medicações
Orientar, na hora da medicação, o paciente e/ou familiar/acompanhante
quanto aos efeitos colaterais e interações medicamentosas, que podem
potencializar sintomas, tais como: vertigens, tonturas, sonolência,
hipotensão, hipoglicemia, alteração dos reflexos.
O profissional responsável pode solicitar a avaliação do farmacêutico
clínico quanto ao uso dos medicamentos e ao risco de queda.
Adaptado de Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE (São Paulo). Protocolos, Guias e Manuais voltados
à Segurança do Paciente. 2012.
6. Procedimentos Operacionais
6.1. Avaliar, no momento da admissão, o risco de queda do paciente (pacientes
internados, pacientes no serviço de emergência e pacientes externos);
6.2. Orientar pacientes e familiares sobre as medidas preventivas individuais, e
entregar material educativo específico quando disponível;
6.3. Implementar medidas específicas para a prevenção de queda conforme o(s)
risco(s) identificado(s) (Ver tabela 1 e 2);
6.4. Reavaliar o risco diariamente, e também sempre que houver transferências de
setor, mudança do quadro clínico, episódio de queda durante a internação;
ajustando as medidas preventivas implantadas;
6.5. Colocar sinalização visual para identificação de risco de queda, a fim de alertar
toda equipe de cuidado. Anotar no prontuário do paciente todos os
procedimentos realizados;
6.6. Prestar pronto atendimento ao paciente sempre que este solicitar ou necessitar;
6.7. Avaliar e tratar pacientes que sofreram queda e investigar o evento;
7. Estratégias de notificação de quedas e monitoramento de desempenho
A criação de um instrumento de notificação de quedas, avaliação de suas causas e
geração de informações para produção de indicadores para monitorar o desempenho é
uma oportunidade de aprendizagem para a organização, por meio da análise das
informações, feedback dos resultados para os profissionais e adoção de ações de
melhoria, se necessário.
7.1. Indicadores9,19
Proporção de pacientes com avaliação de risco de queda realizada na admissão.
Número de quedas com dano.
Número de quedas sem dano.
Índice de quedas [(nº de eventos / nº de paciente-dia)*1000]: este indicador pode
ser monitorado utilizando um diagrama de controle, visando não só construir a
série histórica do evento, como também auxiliar a estabelecer metas e
parâmetros de avaliação.
Referências Bibliográficas
1. Oliver D, Healey F, Haines TP. Preventing falls and fall-related injuries in hospitals.
Clin Geriatr Med 2010; 26(4):645-92.
2. Dykes PC, Carroll DL, Hurley A, Lipsitz S, Benoit A, Chang F, et al. Fall prevention in
acute care hospitals: a randomized trial. JAMA 2010; 304(17):1912-8
3. Cooper CL, Nolt JD. Development of an evidence-based pediatric fall prevention
program. J Nurs Care Qual 2007; 22(2):107-12.
4. Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE (São Paulo). Protocolos, Guias e Manuais
voltados à Segurança do Paciente. 2012.
5. Boushon B, Nielsen G, Quigley P, Rutherford P, Taylor J, Shannon D, Rita S. How-to
Guide: Reducing Patient Injuries from Falls. Cambridge, MA: Institute for Healthcare
Improvement; 2012. Disponível em:www.ihi.org. Acesso em: 04 abr. 2013.
6. Correa AD, Marques IAB, Martinez MC, Santesso PL, Leão ER, Chimentão DMN.
Implantação de um protocolo para gerenciamento de quedas em hospital: resultados de
quatro anos de seguimento. Rev Esc Enferm [periódico na internet]. 201246(1):67-74.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n1/v46n1a09.pdf [Acessado em
10/04/2013]
7. Dykes PC, Carroll DL, Hurley A, Lipsitz S, Benoit A, Chang F, et al. Fall prevention in
acute care hospitals: a randomized trial. JAMA 2010; 304(17):1912-8.
8. Miake-Lye IM, Hempel S, Ganz DA, Shekelle PG. Inpatient fall prevention programs
as a patient safety strategy: a systematic review. Ann Intern Med 2013; 158:390-6.
9. Sociedade Hospital Samaritano. Diretriz assistencial: prevenção, tratamento e
gerenciamento de quedas. São Paulo (S); 2013.
10. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Projeto Diretrizes.Queda em Idosos:
Prevenção. 2008.
11. Organização Mundial da Saúde - OMS (World Health Organization). Conceptual
Framework for the International Classification of Patient Safety- Final Technical Report
2009.
12. Morse JM, Morse RM, Tylko SJ. Development of a scale to identify the fall-prone
patient. Can J Aging 1989;8:366-7.
13. Agency for Healthcare Research and Quality-AHRQ. Preventing Falls in Hospitals: A
Toolkit for Improving Quality of Care. 3H: Morse Fall Scale for Identifying Fall Risk
Factors. Disponível em:
http://www.ahrq.gov/legacy/research/ltc/fallpxtoolkit/fallpxtool3h.htm [Acessado em
2/08/2013]
14. Oliver D, Britton M, Seed P, et al Development and evaluation of evidence based risk
assessment tool (STRATIFY) to predict which elderly inpatients will fall: case-control
and cohort studies. BMJ 1997;315(7115):1049-53
15. Agency for Healthcare Research and Qualty-AHRQ. Preventing Falls in Hospitals: A
Toolkit for Improving Quality of Care. 3G: STRATIFY Scale for Identifying Fall Risk
Factors Diponível em:
http://www.ahrq.gov/legacy/research/ltc/fallpxtoolkit/fallpxtool3g.htm [Acessado em
2/08/2013]
16. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n°. 50, de 21 de fevereiro
de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 mar. 2002.
17. Agency for Healthcare Research and Quality - AHRQ. Preventing In-Facility Falls.
Making Health Care Safer II: An Updated Critical Analysis of the Evidence for Patient
Safety Practices. March 2013 (19):178-200.
18. Shekelle PG, Pronovost PJ, Wachter RM, McDonald KM, Schoelles K, Dy SM, et al.
The Top Patient Safety Strategies That Can Be Encouraged for Adoption Now. Ann
Intern Med 2013; 158(5_Part_2):365-8.
19. Joint Commission International. Padrões de Acreditação da Joint Commission
International para Hospitais. 4 ed. 2011.
Anexo VI
Protocolo de Prevenção
de Úlceras por Pressão
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA
POR PRESSÃO*
Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz
09/07/2013
PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO
1. Finalidade
Promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pressão (UPP) e outras lesões da pele.
2. Justificativa
Uma das consequências mais comuns, resultante de longa permanência em hospitais, é o
aparecimento de alterações de pele. A incidência aumenta proporcionalmente à combinação de
fatores de riscos, dentre eles, idade avançada e restrição ao leito.
A manutenção da integridade da pele dos pacientes restritos ao leito tem por base o
conhecimento e a aplicação de medidas de cuidado relativamente simples. A maioria das
recomendações para avaliação da pele e as medidas preventivas podem ser utilizadas de maneira
universal, ou seja, tem validade tanto para a prevenção de úlcera por pressão (UPP) como para
quaisquer outras lesões da pele.
Diferentemente de boa parte das alterações de pele, a UPP tem sido alvo de grande
preocupação para os serviços de saúde, pois a sua ocorrência causa impacto tanto para os
pacientes e seus familiares, quanto para o próprio sistema de saúde, com o prolongamento de
internações, riscos de infecção e outros agravos evitáveis.
Segundo dados da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), EUA, a
prevalência de UPP em hospitais é de 15% e a incidência é de 7% ¹. No Reino Unido, casos
novos de UPP acometem entre 4% a 10% dos pacientes admitidos em hospital². No Brasil,
embora existam poucos trabalhos sobre incidência e prevalência de UPP, um estudo realizado
em um hospital geral universitário evidenciou uma incidência de 39,81%³ .
As taxas de incidência e prevalência na literatura apresentam variações que se devem às
características dos pacientes e ao nível de cuidado, diferenciando-se em cuidados de longa
permanência, cuidados agudos e atenção domiciliar:

Cuidados de longa permanência: as taxas de prevalência variam entre 2,3% a 28% e as taxas
de incidência entre 2,2 % a 23,9%.4

Cuidados agudos: as taxas de a prevalência estão em torno de 10 a 18% e de incidência
variam entre 0,4% a 38% 4.

Atenção Domiciliar: as taxas de prevalência variam entre 0% e 29% e as de incidência
variam entre 0% e 17%4.
Úlceras por pressão causam dano considerável aos pacientes, dificultando o processo de
recuperação funcional, frequentemente causando dor e levando ao desenvolvimento de
infecções graves, também têm sido associadas a internações prolongadas, sepse e mortalidade.
Apesar da maioria das úlceras por pressão ser evitável, estima-se que aproximadamente
600 mil pacientes em hospitais dos EUA evoluam a óbito a cada ano em decorrência de
complicações secundárias à UPP. O custo total estimado do tratamento de UPP nos EUA é de
11 bilhões de dólares por ano5.
3. Abrangência (Âmbito, Ponto de Assistência e Local de Aplicação)
As recomendações para a prevenção devem ser aplicadas a todos os indivíduos vulneráveis
em todos os grupos etários. As intervenções devem ser adotadas por todos os profissionais de
saúde envolvidos no cuidado de pacientes e de pessoas vulneráveis, que estejam em risco de
desenvolver úlceras por pressão e que se encontrem em ambiente hospitalar, em cuidados
continuados, em lares, independentemente de seu diagnóstico ou das necessidades de cuidados
de saúde 6.
4. Definição
Para fins desta Portaria, considera-se as seguintes definições:
4.1. Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente
sobre uma proeminência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão e
cisalhamento, causado pela fricção6,7. Outros fatores estão associados à UPP, mas seu
papel ainda não foi completamente esclarecido 6.
4.2. Cisalhamento: deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças
cortantes 8.
4.3. Estadiamento de UPP: classificação da UPP, que auxilia na descrição clínica da
profundidade observável de destruição tecidual5.
O Estadiamento de UPP encontra-se descrito no Apêndice I.
5. Intervenções
A maioria dos casos de UPP pode ser evitada por meio da identificação dos pacientes em
risco e da implantação de estratégias de prevenção confiáveis para todos os pacientes
identificados como de risco 5.
As seis etapas essenciais de uma estratégia de prevenção de UPP são 5:
ETAPA 1
5.1. Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes
A avaliação de admissão dos pacientes apresenta dois componentes:
5.1.1. A avaliação do risco de desenvolvimento de UPP e;
5.1.2. A avaliação da pele para detectar a existência de UPP ou lesões de pele já
instaladas.
A pronta identificação de pacientes em risco para o desenvolvimento de UPP, por meio
da utilização de ferramenta validada, permite a adoção imediata de medidas preventivas. A
avaliação de risco deve contemplar os seguintes fatores:
a) mobilidade;
b) incontinência;
c) déficit sensitivo e;
d) estado nutricional (incluindo desidratação).
Obs. A escala de Braden é a ferramenta mais amplamente utilizada dentre as várias
disponíveis. Em casos de pacientes pediátricos, deve-se utilizar uma ferramenta apropriada,
como por exemplo, a escala de Braden Q.
ETAPA 2
5.2. Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes
internados
A complexidade e a gravidade dos pacientes internados resultam na necessidade de
reavaliação diária do potencial e do risco de desenvolvimento de UPP. A reavaliação diária
permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção conforme as necessidades
do paciente. O grau de risco, conforme especificado em várias ferramentas, permite que os
profissionais implantem estratégias individualizadas para os pacientes.
5.2.1. Procedimento Operacional da Avaliação e Reavaliação de Risco (Etapas 1 e 2)
Recomendação: Use uma abordagem estruturada de avaliação de risco para identificar
indivíduos em risco de desenvolver UPP (Nível de Evidência C)6.
Todo paciente deverá ser avaliado sistematicamente na admissão. Essa avaliação deve
levar em consideração as fragilidades, vulnerabilidades e fatores de risco para o
desenvolvimento de alterações de pele. Devem ser utilizadas escalas preditivas, com elevado
grau de confiabilidade e especificidade.
A avaliação do risco para desenvolvimento de UPP deverá ser executada através da
Escala de Braden Q para crianças de 1 a 5 anos e Escala de Braden para pacientes com mais de
5 anos
As escalas de Braden e Braden Q caracterizarão o paciente sem risco, com risco baixo,
moderado, alto ou muito alto para desenvolver UPP. A classificação do risco dá-se de maneira
inversamente proporcional à pontuação, ou seja, quanto maior o número de pontos, menor é a
classificação de risco para a ocorrência dessa lesão.
As escalas preditivas são, entretanto, um parâmetro que deve ser utilizado em
associação à avaliação clínica do enfermeiro. Assim, qualquer que seja o escore alcançado na
escala, a avaliação clínica deverá ser soberana perante a existência de fatores de risco para UPP
e de comorbidades inerentes ao desenvolvimento desta lesão cutânea. Um plano de cuidados
específicos para prevenção de alterações cutâneas, portanto, deve ser implementado9 .
A avaliação e a prescrição de cuidados com a pele é uma atribuição do enfermeiro,
sendo que a participação da equipe multiprofissional na prevenção das alterações é fundamental
na contribuição para a prescrição e no planejamento dos cuidados com o paciente em risco.
Poderão ser necessários ajustes nutricionais, intervenções para auxiliar a mobilização ou
mobilidade dos pacientes, entre outras medidas.
ATENÇÃO: As etapas subsequentes (etapas 3 a 6), descritas a seguir, deverão ser
utilizadas em todos os pacientes classificados como de risco nas etapas de avaliação
anteriormente descritas (etapas 1 e 2).
As medidas preventivas para UPP descritas a seguir devem ser instituídas pelo
enfermeiro após a identificação dos fatores preditivos para o risco por meio de cuidados
essenciais com a pele para a manutenção da integridade cutânea.
ETAPA 3
5.3. Inspeção diária da pele
Pacientes que apresentam risco de desenvolvimento de UPP, de acordo com etapas 1 e
2, necessitam de inspeção diária de toda a superfície cutânea, da cabeça aos pés. Estes
pacientes, em geral hospitalizados, podem apresentar deterioração da integridade da pele em
questão de horas. Em virtude da rápida mudança de fatores de risco em pacientes agudamente
enfermos, a inspeção diária da pele é fundamental. Deve ser dada atenção especial a áreas de
alto risco para desenvolvimento de UPP.
A identificação das lesões da pele, como úlcera por pressão, deve ser feita de
acordo com a definição e classificação internacional10 .
5.3.1. Procedimento operacional da inspeção da pele (Etapa 3).
Recomendação: Examine a pele do paciente cuidadosamente para identificar a existência de
UPP (Nível de Evidência C) 6.
Durante a admissão ou a readmissão, examine a pele do paciente cuidadosamente para
identificar alterações da integridade cutânea e úlceras por pressão existentes. Para uma
apropriada inspeção da pele, deve-se ter especial atenção às áreas corporais de maior risco para
UPP, como as regiões anatômicas sacral, calcâneo, ísquio, trocanter, occipital, escapular,
maleolar e regiões corporais submetidas à pressão por dispositivos como a presença de cateteres,
tubos e drenos 9 .
A realização de diagnóstico diferencial para a distinção entre os tipos de lesões (úlcera
por pressão, úlcera arterial, úlcera venosa, úlcera neuropática e dermatites) melhora o
tratamento e gerenciamento do cuidado 9.
A inspeção da pele deve ocorrer em intervalos pré-definidos, cuja periodicidade é
proporcional ao risco identificado. É necessário o registro apropriado e pontual das alterações
encontradas.
Obs. Pode ser necessário o aumento da frequência da inspeção em razão da piora do estado
clínico do paciente (Nível de evidência B)6.
ETAPA 4
5.4. Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada
Pele úmida é mais vulnerável, propícia ao desenvolvimento de lesões cutâneas, e tende
a se romper mais facilmente. A pele deve ser limpa, sempre que apresentar sujidade e em
intervalos regulares. O processo de limpeza deve incluir a utilização cuidadosa de um agente de
limpeza suave que minimize a irritação e a secura da pele.
Deve-se tomar cuidado para minimizar a exposição cutânea à umidade decorrente de
incontinência, transpiração ou exsudato de feridas. Quando estas fontes de umidade não
puderem ser controladas, a utilização de fraldas e absorventes é recomendada, com o objetivo de
minimizar o contato da pele com a umidade. Agentes tópicos que atuam como barreiras contra a
umidade e hidratam a pele também podem ser utilizados.
O tratamento da pele ressecada com hidratantes tem se mostrado especialmente efetivo
na prevenção de UPP.
5.4.1. Procedimento Operacional das medidas preventivas para higiene, hidratação e
manejo da umidade da pele (Etapa 4).
a)
Higienização e Hidratação da pele

Limpe a pele sempre que estiver suja ou sempre que necessário. É
recomendada a utilização de água morna e sabão neutro para reduzir a
irritação e o ressecamento da pele 11.

Use hidratantes na pele seca e em áreas ressecadas, principalmente após
banho, pelo menos 1 vez ao dia (nível de evidência B). A pele seca
parece ser um fator de risco importante e independente no
desenvolvimento de úlceras por pressão6.

Durante a hidratação da pele, não massagear áreas de proeminências
ósseas ou áreas hiperemiadas. A aplicação de hidratante deve ser realizada
com movimentos suaves e circulares (nível de evidência B)

6.
A massagem está contra-indicada na presença de inflamação aguda e onde
existe a possibilidade de haver vasos sanguíneos danificados ou pele
frágil. A massagem não deverá ser recomendada como uma estratégia de
prevenção de úlceras por pressão (nível de evidência B)6,11.
b)
Manejo da umidade

Proteger a pele da exposição à umidade excessiva através do uso de
produtos de barreira, de forma a reduzir o risco de lesão por pressão. As
propriedades mecânicas do estrato córneo são alteradas pela presença de
umidade, assim como a sua função de regulação da temperatura (nível de
evidência C)6.

Controlar a umidade através da determinação da causa. Usar absorventes
ou fraldas)6.

Quando possível, oferecer um aparador (comadre ou papagaio) nos
horários de mudança de decúbito11.
Observação: Além da incontinência urinária e fecal, a equipe de enfermagem deve ter atenção a
outras fontes de umidade, como extravasamento de drenos sobre a pele, exsudato de feridas,
suor e extravasamento de linfa em pacientes com anasarca que são potencialmente irritantes
para a pele.
ETAPA 5
5.5. Otimização da nutrição e da hidratação
A avaliação de pacientes com possível risco de desenvolvimento de UPP deve incluir a
revisão de fatores nutricionais e de hidratação. Pacientes com déficit nutricional ou desidratação
podem apresentar perda de massa muscular e de peso, tornando os ossos mais salientes e a
deambulação mais difícil.
Edema e menor fluxo sanguíneo cutâneo geralmente acompanham os déficits
nutricionais e hídricos, resultando em lesões isquêmicas que contribuem para as lesões na pele.
Pacientes mal nutridos podem apresentar uma probabilidade duas vezes maior de lesões
cutâneas.
Líquidos, proteínas e ingesta calórica são importantes aspectos para a manutenção de
um estado nutricional adequado. Suplementos nutricionais podem ser necessários caso a ingesta
não seja suficiente. É recomendado que nutricionistas sejam consultados nos casos de pacientes
com desnutrição a fim de avaliar e propor intervenções mais apropriadas.
5.5.1. Procedimento operacional para Nutrição (Etapa 5)
a) Notificar todos os indivíduos em risco nutricional ou em risco para úlcera
por pressão ao nutricionista a fim de instituir as medidas nutricionais
específicas (avaliar a necessidade calórica, vitamínica, minerais e demais
nutrientes) para a prevenção de UPP.
b) Avaliar e comunicar o nutricionista e a equipe médica sobre a presença de
sinais clínicos de desnutrição ou que podem predispor alterações no
estado nutricional: edema, perda de peso, disfagia, inapetência,
desidratação, entre outros. Na vigência de baixa aceitação alimentar
(inferior a 60% das necessidades nutricionais num período de cinco a sete
dias), discutir com a equipe a possibilidade de sondagem6.
c) Avaliar junto ao nutricionista e à equipe médica a necessidade de oferecer
suplementos nutricionais, com alto teor protéico, além da dieta habitual, a
indivíduos em risco nutricional e de úlcera por pressão (nível de evidência
A).
d) O nutricionista deverá avaliar a necessidade de instituir as medidas
específicas nutricionais para a prevenção de UPP (vide Apêndice
específico para nutrição).
ETAPA 6
5.6. Minimizar a pressão
A redistribuição da pressão, especialmente sobre as proeminências ósseas, é a
preocupação principal. Pacientes com mobilidade limitada apresentam risco maior de
desenvolvimento de UPP. Todos os esforços devem ser feitos para redistribuir a pressão sobre a
pele, seja pelo reposicionamento a cada 02 (duas) horas ou pela utilização de superfícies de
redistribuição de pressão.
O objetivo do reposicionamento a cada 2 horas é redistribuir a pressão e,
consequentemente, manter a circulação nas áreas do corpo com risco de desenvolvimento de
UPP. A literatura não sugere a frequência com que se deve reposicionar o paciente, mas duas
horas em uma única posição é o máximo de tempo recomendado para pacientes com capacidade
circulatória normal.
O reposicionamento de pacientes de risco alterna ou alivia a pressão sobre áreas
suscetíveis, reduzindo o risco de desenvolvimento de úlcera por pressão. Travesseiros e coxins
são materiais facilmente disponíveis e que podem ser utilizados para auxiliar a redistribuição da
pressão. Quando utilizados de forma apropriada, podem expandir a superfície que suporta o
peso. Geralmente a pele de pacientes com risco para UPP rompe-se facilmente durante o
reposicionamento, portanto, deve-se tomar cuidado com a fricção durante este procedimento.
Superfícies de apoio específicas (como colchões, camas e almofadas) redistribuem a
pressão que o corpo do paciente exerce sobre a pele e os tecidos subcutâneos. Se a mobilidade
do paciente está comprometida e a pressão nesta interface não é redistribuída, a pressão pode
prejudicar a circulação, levando ao surgimento da úlcera.
Pacientes cirúrgicos submetidos à anestesia por período prolongado geralmente
apresentam risco aumentado de desenvolvimento de UPP, portanto, todos estes pacientes (no
momento pré, intra e pós-operatório) devem receber avaliação de risco da pele.
Os profissionais de saúde devem implantar estratégias de prevenção, como garantir o
reposicionamento do paciente e sua colocação em superfícies de redistribuição de pressão, para
todos aqueles com risco identificado.
5.6.1. Procedimento Operacional para Minimizar a Pressão (Etapa 6).
a)
Mudança de decúbito ou reposicionamento
i.
A mudança de decúbito deve ser executada para reduzir a duração e a
magnitude da pressão exercida sobre áreas vulneráveis do corpo (nível de
evidência A) 6.
ii.
A frequência da mudança de decúbito será influenciada por variáveis
relacionadas ao indivíduo (tolerância tecidual, nível de atividade e
mobilidade, condição clínica global, objetivo do tratamento, condição
individual da pele, dor (nível de evidência C) e pelas superfícies de
redistribuição de pressão em uso (nível de evidência A)6.
iii.
Avaliar a pele e o conforto individuais. Se o indivíduo não responde ao
regime de posicionamentos conforme o esperado, reconsiderar a
frequência e método dos posicionamentos (nível de evidência C)6.
iv.
A mudança de decúbito mantém o conforto, a dignidade e a capacitação
funcional do indivíduo (nível de evidência C)6.
v.
Reposicionar o paciente de tal forma que a pressão seja aliviada ou
redistribuída. Evitar sujeitar a pele à pressão ou forças de torção
(cisalhamento). Evitar posicionar o paciente diretamente sobre sondas,
drenos e sobre proeminências ósseas com hiperemia não reativa. O rubor
indica que o organismo ainda não se recuperou da carga anterior e exige
um intervalo maior entre cargas repetidas (nível de evidência C)6.
vi.
O reposicionamento deve ser feito usando 30º na posição de semi-Fowler
e uma inclinação de 30º para posições laterais (alternadamente lado
direito, dorsal e lado esquerdo), se o paciente tolerar estas posições e a sua
condição clínica permitir. Evitar posturas que aumentem a pressão, tais
como o Fowler acima dos 30º, a posição de deitado de lado a 90º, ou a
posição de semi-deitado (nível de evidência C)6,11.
vii.
Se o paciente estiver sentado na cama, evitar elevar a cabeceira em ângulo
superior a 30º, evitando a centralização e o aumento da pressão no sacro e
no cóccix (nível de evidência C)6.
viii.
Quando sentado, se os pés do paciente não chegam ao chão, coloque-os
sobre um banquinho ou apoio para os pés, o que impede que o paciente
deslize para fora da cadeira (nível de evidência C). A altura do apoio para
os pés deve ser escolhida de forma a fletir ligeiramente a bacia para
frente, posicionando as coxas numa inclinação ligeiramente inferior à
posição horizontal 6.
ix.
Deve-se restringir o tempo que o indivíduo passa sentado na cadeira sem
alívio de pressão (nível de evidência B). Quando um indivíduo está
sentado numa cadeira, o peso do corpo faz com que as tuberosidades
isquiáticas fiquem sujeitas a um aumento de pressão. Quanto menor a
área, maior a pressão que ela recebe. Consequentemente, sem alívio da
pressão, a UPP surgirá muito rapidamente6.
b)
Medidas preventivas para fricção e cisalhamento
i.
Elevar a cabeceira da cama até no máximo 30º e evitar pressão direta nos
trocanteres quando em posição lateral, limitando o tempo de cabeceira
elevada, pois o corpo do paciente tende a escorregar, ocasionando fricção
e cisalhamento (nível de evidência C)6,11.
ii.
A equipe de enfermagem deve usar forro móvel ou dispositivo mecânico
de elevação para mover pacientes acamados durante transferência e
mudança de decúbito. Sua utilização deve ser adequada para evitar o risco
de fricção ou forças de cisalhamento.
Deve-se verificar se nada foi
esquecido sob o corpo do paciente, para evitar dano tecidual (nível de
evidência C)6,11.
iii.
Utilizar quadro de avisos próximo ao leito para estimular o paciente a
movimentar-se na cama, quando necessário11.
iv.
Avaliar a necessidade do uso de materiais de curativos para proteger
proeminências ósseas, a fim de evitar o desenvolvimento de úlcera por
pressão por fricção11.
Observação: Apesar da evidência de redução de cisalhamento no posicionamento da cabeceira
até 30º, para os pacientes em ventilação mecânica e traqueostomizados com ventilação não
invasiva, é recomendado decúbito acima de 30º para a prevenção de Pneumonia Associada à
Ventilação – PAV.
c)
Materiais e equipamentos para redistribuição de pressão
i.

Uso de colchões e camas na prevenção de UPP
Utilizar colchões de espuma altamente específica em vez de colchões
hospitalares padrão, em todos os indivíduos de risco para desenvolver
UPP (nível de evidência A)6.

A seleção de uma superfície de apoio adequada deve levar em
consideração fatores como o nível individual de mobilidade na cama, o
conforto, a necessidade de controle do microclima, bem como o local e as
circunstâncias da prestação de cuidados6,8. Todos os pacientes
classificados como “em risco” deverão estar sob uma superfície de
redistribuição de pressão (nível de evidência C).

Não utilizar colchões ou sobreposições de colchões de células pequenas
de alternância de pressão com o diâmetro inferior a 10 cm (nível de
evidência C)6.

Use uma superfície de apoio ativo (sobreposição ou colchão) para os
pacientes com maior risco de desenvolvimento de úlceras por pressão,
quando o reposicionamento manual frequente não é possível (nível de
evidência B)6.

Sobreposições ativas de alternância de pressão e colchões de
redistribuição de pressão têm uma eficácia semelhante em termos de
incidência de úlceras por pressão (nível de evidência A)6.
ii.
Uso de superfícies de apoio para a prevenção de úlcera por pressão nos
calcâneos

Os calcâneos devem ser mantidos afastados da superfície da cama (livres
de pressão) (nível de evidência C)6.

Os dispositivos de prevenção de UPP nos calcâneos devem elevá-los de
tal forma que o peso da perna seja distribuído ao longo da sua parte
posterior, sem colocar pressão sobre o tendão de Aquiles. O joelho deve
ter ligeira flexão (nível de evidência C)6.

Utilizar uma almofada ou travesseiro abaixo das pernas (região dos
gêmeos) para elevar os calcâneos e mantê-los flutuantes (nível de
evidência B)6.
Observação: A hiperextensão do joelho pode causar obstrução da veia poplítea, que pode
predispor a uma Trombose Venosa Profunda – TVP6.
iii.
Uso de superfície de apoio para prevenir úlceras por pressão na posição
sentada

Utilizar um assento de redistribuição de pressão para os pacientes com
mobilidade reduzida e que apresentam risco de desenvolvimento de
úlceras por pressão quando estes estiverem sentados em uma cadeira
(nível de evidência B). Almofadas de ar e espuma redistribuem melhor a
pressão, já as almofadas de gel e de pele de carneiro causam maior
pressão6.
5.7. Medidas preventivas para úlcera por pressão conforme classificação de risco
Os fatores de risco identificados na fase de avaliação fornecem informações para o
desenvolvimento do plano de cuidados. Segue as recomendações das medidas preventivas
conforme a classificação do risco: 11,12
5.7.1. Risco baixo (15 a 18 pontos na escala de Braden).
 Cronograma de mudança de decúbito;
 Otimização da mobilização;
 Proteção do calcanhar;
 Manejo da umidade, nutrição, fricção e cisalhamento, bem como uso
de superfícies de redistribuição de pressão.
5.7.2.
Risco moderado (13 a 14 pontos na escala de Braden).

Continuar as intervenções do risco baixo;

Mudança de decúbito com posicionamento a 30°.
5.7.3. Risco alto (10 a 12 pontos na escala de Braden).

Continuar as intervenções do risco moderado;

Mudança de decúbito frequente;

Utilização de coxins de espuma para facilitar a lateralização a 30º.
5.7.4. Risco muito alto (≤ 9 pontos na escala de Braden).

Continuar as intervenções do risco alto;

Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de
ar, se possível;

Manejo da dor.
6. Estratégias de monitoramento e indicadores
Sugerem-se 3 indicadores de processo (6.1 a 6.3) e um indicador de resultado (6.4) para a
prevenção da UPP
6.1. Percentual (%) de pacientes submetidos a avaliação de risco para UPP na admissão 5.
6.2. Percentual (%) de pacientes de risco recebendo cuidado preventivo apropriado para
UPP5.
6.3. Percentual (%) de pacientes recebendo avaliação diária para risco de UPP5.
6.4. Incidência de UPP.
Referências bibliográficas
1.
Moore Zena EH, Cowman Seamus. Risk assessment tools for the prevention of
pressure ulcers. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library,
Issue 3, 2009, Art.
2.
Benbow, M et all. Pressure ulcer risk assessment and prevention. Clinical Practice
Guidelines. Royal College of Nursing: April, 2001.
3.
Rogenski NMB, Santos VLCG. Estudo sobre a incidência de úlceras por pressão em
um hospital universitário.Rev Latino-am Enfermagem 2005 julho-agosto; 13(4):47480.
4.
Cuddigan, J., Ayello, E. A., & Sussman, C. (Eds.) (2001). Pressure ulcers in America:
Prevalence, incidence, and implications for the future. Reston, VA: National Pressure
Ulcer Advisory Panel. Evidence Level I: Systematic Review/Meta-Analysis apud
Preventing pressure ulcers and skin tears. In: Evidence-based geriatric nursing
protocols for best practice [online]. National Guideline Clearinghouse. December
2009. Disponível em:
5.
http://www.guideline.gov/summary/summary.aspx?ss=15&doc_id=12262&nbr=00634
6&string=pressure+AND+ulcer
6.
Institute
for
Healthcare
Improvement.
How-to-Guide:
Prevent
Pressure
Ulcers.Cambridge,MA: Institute for Healthcare Improvement; 2011. Disponível em
http://www.ihi.org .Acessado 26 Março 2013.
7.
.European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel.
Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC:
National Pressure Ulcer Advisory Panel;2009.
8.
WOCN Society Position Statement: Pressure Ulcer Staging, 2011. Acessado em
26/3/13
http://c.ymcdn.com/sites/www.wocn.org/resource/collection/E3050C1A-
FBF0-44ED-B28B-C41E24551CCC/Position_Statement__Pressure_Ulcer_Staging_(2011).pdf
9.
Rycroft-Malone, J and McInness, E(2000) Pressure ulcer risk assessment and
prevention.Technical Report.RCN:London
10. American Medical Directors Association. Pressure Ulcers in Long-Term Care Setting
Clinical Guideline. Columbia, MD: AMDA 2008.
11. National Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressure Ulcer Stages Revised by NPUAP
[on-line]; 2007. Disponívelem : http://www.npuap.org/pr2.htm
12. Preventing pressure ulcers and skin tears. In: Evidence-based geriatric nursing
protocols for best practice [online]. National Guideline Clearinghouse. December
2009. Disponível em:
http://www.guideline.gov/summary/summary.aspx?ss=15&doc_id=12262&nbr=00634
6&string=pressure+AND+ulcer
13. Virani, T et all. Risk Assessment and Prevention of Pressure Ulcers. RNAO, Toronto:
2005.
14. Ferreira, ABH. Novo Aurélio.1999. Editora Nova Fronteira
APENDICE I
Estadiamento de Ulceras Por Pressão – UPP
Estágio I: eritema não branqueável6
Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área localizada, normalmente
sobre uma proeminência óssea.
O estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros,
visto que nestes o branqueamento pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente
da pele ao redor. A área pode estar dolorida, endurecida, mole, mais quente ou mais fria
comparativamente ao tecido adjacente. Este estágio pode ser indicativo de pessoas “em
risco”.
Estágio II: perda parcial da espessura da pele 6
Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta como uma ferida
superficial (rasa) com leito vermelho – rosa sem esfacelo. Pode também se apresentar
como flictena fechada ou aberta, preenchida por líquido seroso ou sero-hemático.
Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou equimose (um
indicador de lesão profunda).
As características deste estágio não devem ser confundidas com fissuras de pele,
queimaduras por abrasão, dermatite associada à incontinência, maceração ou escoriações.
Estágio III: Perda total da espessura da pele6
Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido adiposo subcutâneo pode
ser visível, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar presente
algum tecido desvitalizado (fibrina úmida), mas este não oculta a profundidade da perda
tecidual. Pode incluir lesão cavitária e encapsulamento.
A profundidade de uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização
anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo
(adiposo) e uma úlcera de estágio III pode ser superficial.
Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante podem desenvolver-se
úlceras por pressão de estágio III extremamente profundas. O osso e o tendão não são
visíveis ou diretamente palpáveis.
Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos6
Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos ossos, tendões ou
músculos. Neste caso, o tecido desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem
estar presentes.
A profundidade de uma úlcera por pressão de estágio IV varia com a localização
anatômica. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas. A asa do nariz, orelhas, região
occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser
superficiais.
Uma úlcera de estágio IV pode atingir o músculo e/ou estruturas de suporte (i.e.
fáscia, tendão ou cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de
acontecer. Existe osso ou músculo visível ou diretamente palpável.
Outros estágios 6 :
Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda total da espessura da pele ou de tecidos –
profundidade indeterminada
Perda total da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da úlcera está
bloqueada pela presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou
castanho) e/ou escara (tecido necrótico amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da
ferida.
Até que seja removido tecido necrótico suficiente para expor a base da ferida, a
verdadeira profundidade não pode ser determinada; é no entanto uma úlcera de estágio
III ou IV.
Obs. Uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) nos
calcâneos, serve como penso biológico natural e não deve ser removida.
Suspeita de lesão nos tecidos profundos:
Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta e descorada ou
flictena preenchida com sangue, provocadas por danos no tecido mole subjacente pela
pressão e/ou forças de torção. A área pode estar rodeada por tecido mais doloroso, firme,
mole, úmido, quente ou frio comparativamente ao tecido adjacente.
A lesão dos tecidos profundos pode ser difícil de identificar em indivíduos com
tons de pele escuros. A evolução pode incluir uma flictena de espessura fina sobre o
leito de uma ferida escura.
A ferida pode evoluir adicionalmente ficando coberta por uma fina camada de
tecido necrótico (escara). A sua evolução pode ser rápida expondo outras camadas de
tecido adicionais mesmo com o tratamento adequado.
APENDICE II
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DAS
RECOMENDAÇÕES
As recomendações deste protocolo são graduadas com base no número de estudos, na
qualidade da pesquisa e na consistência de achados:
Tabela 1. Nível de Evidência para Estudos Individuais6
Nível
1
Grandes estudos aleatórios com resultados claros (e baixo risco de erro).
2
Pequenos estudos aleatórios com resultados incertos (e risco de erro de moderado a
3
alto).
Estudos não aleatórios com controles concorrentes ou contemporâneos.
4
Estudos não aleatórios com controles históricos.
5
Estudo de caso sem controle. Específicar número de sujeitos.
Tabela 2. Escala de força de evidência para cada recomendação6
Força da evidência
A recomendação tem por base uma evidência científica direta, proveniente de estudos
controlados, adequadamente desenhados e implementados, em úlceras por pressão em
A
humanos (ou em humanos em risco de úlcera por pressão), que fornecem resultados
estatísticos que sustentam de forma consistente a recomendação (são exigidos estudos de
nível 1).
A recomendação tem por base evidência científica direta de estudos clínicos,
B
adequadamente desenhados e implementados, em úlceras por pressão em humanos (ou em
humanos em risco de úlceras por pressão), que fornecem resultados estatísticos que
sustentam a recomendação de forma consistente (estudos de nível 2, 3, 4 e 5).
A recomendação tem por base uma evidência indireta (i.e.,estudos em sujeitos humanos
saudáveis, humanos com outro tipo de feridas crônicas, modelos animais) e/ou a opinião de
C
peritos.
Tabela 3: Classificação de Nível de evidência por cada recomendação6
Nível
I
Resultados geralmente consistentes na maioria dos múltiplos estudos aceitáveis.
II
Recomendação fundamentada em um único estudo aceitável, ou resultados fracos ou
inconsistentes em múltiplos estudos aceitáveis.
III
Evidências científicas limitadas, que não atingem todos os critérios de aceitabilidade
dos estudos, ou ausência de estudos de boa qualidade diretamente aplicáveis. Isto inclui
a opinião de especialistas.
Anexo VII
NHVE/HUGO
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
Avaliação Trimestral dos
Casos Notificados pelo Núcleo
Hospitalar de Epidemiologia
do HUGO
QUARTO TRIMESTRE 2013
1. ANÁLISE GERAL DOS ATENDIMENTOS REALIZADOS PELO NHVE
No quarto trimestre do ano de 2013, o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO)
atendeu 17.366 pacientes. Destes, 1.599 (ou 9,2%) foram notificados de acordo com o
Agravo ou Doença de Notificação Compulsória (DNC), que fazem parte da Lista de
Notificação Compulsória (LNC), constatados mediante busca ativa e passiva. A tabela e a
figura abaixo ilustram o quadro de atendimentos totais frente as notificações realizadas.
Tabela 01: Comparativo entre número de Atendimentos e número de Casos Notificados,
relacionados ao percentual de notificação, HUGO, Outubro a Dezembro, 2013.
ATENDIMENTOS x NOTIFICAÇÕES ATENDIMENTOS
Outubro
5767
Novembro
5842
Dezembro
5757
TOTAL
17366
NOTIFICAÇÕES
547
604
448
1599
% NOTIFICAÇÃO
9,50%
10,40%
7,80%
9,20%
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 01: Número de Atendimentos x Número de Casos Notificados mensalmente,
HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com o total de atendimentos e
notificações.
TOTAL DE ATENDIMENTOS
TOTAL DE NOTIFICAÇÕES
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 02: Número de Atendimentos x Número de Casos Notificados mensalmente,
HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com mês de notificação.
7000
6000
5000
4000
Outubro
Novembro
Dezembro
3000
2000
1000
0
Número de Atendimentos
Número de Casos Notificados
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 03: Comparativo entre o número de atendimentos realizados e o número de casos
notificados mensalmente, HUGO, Outubro a Dezembro de 2013.
7000
6000
5000
4000
NÚMERO DE ATENDIMENTOS
CASOS NOTIFICADOS
3000
2000
1000
0
Outubro
Novem bro
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
De zem bro
Tabela 02: Total de buscas realizadas pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013,
de acordo com o tipo de busca.
TIPO DE BUSCA
ATIVA
PASSIVA
TOTAL
Outubro
489
58
547
Novembro
481
123
604
Dezembro
391
57
448
TOTAL
1361
238
1599
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Tabela 03: Percentual das buscas ativas e passivas realizadas pelo NHVE/HUGO, Outubro
a Dezembro de 2013, de acordo com o tipo de busca.
TIPO DE BUSCA
Outubro
Novembro
Dezembro
MÉDIA MENSAL
BUSCA ATIVA
89,40%
74,00%
85,00%
82,80%
BUSCA PASSIVA
10,60%
26,00%
15,00%
17,20%
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 04: Comparativo percentual entre buscas ativas e passivas realizadas pelo
NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013.
1
0,9
0,8
0,7
0,6
BUSCA ATIVA
0,5
BUSCA PASSIVA
0,4
0,3
0,2
0,1
0
Outubro
Nove m bro
De zem bro
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
M ÉDIA M ENSAL
Como podemos perceber, houve um aumento no total e no percentual comparativo
do número de buscas passivas no mês de novembro com respectiva queda no percentual
de buscas ativas. Isso quer dizer que o NVEH HUGO manteve sua capacidade de buscas
ativas e aumentou o número de buscas passivas realizadas.
Vale ressaltar que no mês de novembro, o funcionário administrativo do NVEH foi
remanejado para outro setor, o que forçou o remanejamento temporário de uma técnica
de enfermagem para as funções administrativas, e talvez por isso o número de buscas
ativas não acompanhou a tendência de aumento do número de buscas passivas.
No mês de dezembro houve um decréscimo geral no número de notificações, que
nós associamos aos feriados de final de ano, onde não foram realizadas buscas nos dias
em que o NVEH não funcionou. Acreditamos que isso se reverta em números de buscas
passivas no mês de janeiro.
2. ANÁLISE GERAL DOS AGRAVOS NOTIFICADOS
Tabela 04: Número de agravos notificados pelo NVEH/HUGO, Outubro a Dezembro de
2013, de acordo com o tipo de agravo.
TIPO DE AGRAVO
AC. DE TRABALHO GRAVE
ANIMAIS PEÇONHENTOS
AARH
DENGUE
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
MENINGITES
SIFILIS ADQUIRIDA
VIOLÊNCIA
OBITO MIF
OUTROS AGRAVOS
TOTAL
Outubro
347
0
4
0
0
9
1
171
13
2
547
Novembro
389
0
0
0
1
6
0
198
9
1
604
Dezembro
286
0
1
1
2
8
0
138
12
0
448
TOTAL
1022
0
5
1
3
23
1
507
34
3
1599
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 05: Relação de agravos notificados da LNC, HUGO, Outubro a Dez de 2013.
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
OUTROS AGRAVOS
OBITO MIF
VIOLÊNCIA
SIFILIS ADQUIRIDA
MENINGITES
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
DENGUE
AARH
ANIMAIS PEÇONHENTOS
AC. DE TRABALHO GRAVE
Outubro
Novembro
Dezembro
Tabela 05: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Outubro de
2013.
Porcentagem de Casos Notificados de agravos da LNC, HUGO, outubro/2013
AC DE TRABALHO GRAVE
VIOLÊNCIA
MENINGITES
ÓBITO EM IDADE FÉRTIL
OUTTROS AGRAVOS
TOTAL
63,50%
31,00%
2,00%
2,50%
1,00%
100,00%
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 06: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Novembro de
2013.
0,8
0,64
0,6
0,31
MENINGITES
VIOLÊNCIA
AC DE TRABALHO GRAVE
0
0,02
0,03
0,01
OUTTROS AGRAVOS
0,2
ÓBITO EM IDADE FÉRTIL
0,4
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Como podemos perceber, mais uma vez, os acidentes de trabalho graves
encabeçam os casos notificados pelo NVEH/HUGO. Por isso nos dedicaremos a falar um
pouco mais sobre eles.
Os acidentes de trabalho são eventos que, em princípio, podem ser evitados com o
controle dos ambientes e das condições de trabalho. Desta forma, qualquer nível de
ocorrência deveria ser considerado como prioritário para a prevenção.
A prevenção de acidentes de trabalho e a melhoria dos índices de morbimortalidade
deveriam ser objetivos primordiais da promoção da saúde dos trabalhadores e devem
estar contemplados nas propostas de vigilância em saúde do trabalhador.
Tabela 06: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Novembro de
2013.
Porcentagem de Casos Notificados de agravos da LNC, HUGO, novembro/2013
AC DE TRABALHO GRAVE
VIOLÊNCIA
MENINGITES
ÓBITO EM IDADE FÉRTIL
OUTROS AGRAVOS
TOTAL
64,50%
33,00%
1,00%
1,00%
0,50%
100,00%
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 07: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Novembro de
2013.
0,65
0,7
0,6
0,5
0,33
0,4
0,3
0,2
0,01
0,1
0,01
0,01
OUTROS AGRAVOS
ÓBITO EM IDADE FÉRTIL
MENINGITES
VIOLÊNCIA
AC DE TRABALHO GRAVE
0
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Para a Previdência Social, Acidente de Trabalho é o “acidente que ocorre pelo
exercício do trabalho e a serviço da empresa (fora do local de trabalho), ou durante o
trajeto (residência/ trabalho/residência), provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho
permanente ou temporária” (Brasil, 1991).
Assim, incluem-se dentre os acidentes de trabalho aqueles ocorridos no trajeto de
ida ou volta do trabalho e o acidente mesmo fora do local de trabalho, quando o
trabalhador estiver a serviço (em viagem, por exemplo), sejam eles decorrentes de
acidentes de trânsito, atropelamento, colisões etc, ou agressões de terceiros, tentativas de
homicídio, homicídios, latrocínios ou roubo seguidos de lesão corporal.
Ainda, para fins de concessão de benefícios, a legislação previdenciária equipara as
doenças “profissionais” e “do trabalho” aos acidentes de trabalho, “típicos” e de “trajeto”.
Tabela 07: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Dezembro de
2013.
Porcentagem de Casos Notificados de agravos da LNC, HUGO, dezembro/2013
AC DE TRABALHO GRAVE
VIOLÊNCIA
ÓBITO EM IDADE FÉRTIL
MENINGITES
OUTROS AGRAVOS
TOTAL
64,00%
31,00%
3,00%
2,00%
0,00%
100,00%
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 08: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Novembro de
2013.
0,64
0,31
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
0
OUTROS AGRAVOS
0,02
MENINGITES
ÓBITO EM IDADE FÉRTIL
VIOLÊNCIA
0,03
AC DE TRABALHO GRAVE
0,8
0,6
0,4
0,2
0
Outra linha de investigação do NVEH diz respeito aos óbitos de mulheres em idade
fértil e maternos. Estes óbitos necessitam de uma investigação minuciosa, pois as
estatísticas de mortalidade constituem-se em valiosas fontes de informações, gerando
importantes parâmetros para medir o nível de saúde. Além de serem mais facilmente
obtidos, os dados de mortalidade são considerados como um dos principais indicadores de
saúde e condição socioeconômica, mesmo em países onde as estatísticas de morbidade
são bem organizadas e estão disponíveis.
No HUGO são investigados todos os óbitos de mulheres em idade fértil, sendo que
nesta investigação é observado se o óbito é ou não materno. Abaixo são apresentados os
óbitos investigados no trimestre em estudo.
Figura 09: Óbitos de mulheres em idade fértil investigados pelo NVEH/HUGO, Outubro a
Dezembro, 2013
Óbito de mulheres em idade fértil
14
13
12
12
9
10
8
6
4
2
0
Outubro
Novembro
Dezembro
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Em função da mudança no comportamento das mulheres, onde aumentou sua
participação no processo produtivo, e do desenvolvimento econômico e social do país,
ocorreram também mudanças nos seus hábitos e costumes, tornando este segmento cada
vez mais exposto a novos riscos de adoecer e morrer e tendendo a apresentar situação
semelhante à dos homens, que sempre foram mais suscetíveis às causas externas, por
exemplo. Considerando a necessidade de se conhecer o perfil da mortalidade, de forma a
auxiliar nas tomadas de decisão que visam oferecer saúde às mulheres no período
reprodutivo, o NVEH no ano de 2014 traçará o perfil de cada mulher em questão.
Figura 10: Análise da tendência dos principais tipos de agravos notificados pelo
NHVE/HUGO nos meses de Outubro a Dezembro de 2013.
0,7
0,6
0,5
0,4
AC DE TRABALHO GRAVE
0,3
VIOLÊNCIA
ÓBITO EM IDADE FÉRTIL
0,2
OUTROS AGRAVOS
0,1
DEZEMBRO
NOVEMBRO
OUTUBRO
0
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 11: Análise percentual dos principais tipos de agravos notificados pelo
NHVE/HUGO nos meses de Outubro a Dezembro de 2013.
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
Outubro
Novembro
Dezembro
0,2
0,1
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
OUTROS AGRAVOS
ÓBITO EM IDADE FÉRTIL
VIOLÊNCIA
AC DE TRABALHO GRAVE
0
3. ANÁLISE DOS ACIDENTES DE TRABALHO GRAVES
Para o Sistema Único de Saúde, os acidentes de trabalho são fenômenos
socialmente determinados, previsíveis e preveníveis, dadas as condições de trabalho
encontradas na maioria dos ambientes e processos de trabalho em nosso país. Ao
contrário de constituir obra do acaso como sugere a palavra acidente, os acidentes do
trabalho são fenômenos previsíveis, dado que os fatores capazes de desencadeá-los
encontram-se presentes na situação de trabalho (passíveis de identificação) muito tempo
antes de serem desencadeados. A eliminação/neutralização de tais fatores é capaz de
evitar/limitar a ocorrência de novos episódios semelhantes, ou seja, além de previsíveis,
os acidentes do trabalho são preveníveis.
Para fins de vigilância, os acidentes de trabalho devem ser considerados “eventos
sentinela”, cuja ocorrência deverá ensejar estudos epidemiológicos, de engenharia ou de
higiene e servir como sinal de advertência para a necessidade de substituição de
materiais, adoção de controles de engenharia, de medidas de proteção coletiva e pessoal,
atenção médica ou mudanças na organização do trabalho.
Figura 11: Análise das notificações de acidente de trabalho grave realizadas pelo
NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com o tipo de acidente.
140
120
100
80
60
OUTUBRO
40
NOVEM BRO
DEZEM BRO
20
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Outros
Pres t. Se rviço
M oto típico
M oto traje to
Indús tria
Cons t. Civil
Zona Rural
Com é rcio
0
A tipificação do acidente e a caracterização laboral constituem-se numa importante
tarefa no momento da investigação dos acidentes de trabalho grave, sendo que sem ela a
investigação se torna absolutamente inócua ou inefetiva.
Tabela 08: Total das notificações de acidente de trabalho grave realizadas pelo
NHVE/HUGO de acordo com a caracterização do acidente, Outubro a Dezembro de 2013.
TIPO DE ACIDENTE
Automóvel típico
Automóvel trajeto
Atropelamento
Comércio
Zona Rural
Const. Civil
Indústria
Animais peçonhentos
Moto Trajeto
Moto típico
Bicicleta
PAF
PAB
Prest. Serviço
Agressão física
Ataque de cão
Caminhão
Ônibus
TOTAL
OUTUBRO
DEZEMBRO
2
NOVEMBRO
TOTAL
1
9
5
13
12
44
40
0
118
10
5
6
9
69
1
0
4
0
347
9
7
27
14
64
31
0
126
17
9
4
1
69
3
0
7
0
389
6
9
18
14
37
12
0
107
15
6
3
1
49
2
0
5
0
286
2
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Tabela 09: Total geral dos principais tipos de acidentes de trabalho graves notificados
pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013.
TIPO DE ACIDENTE
Comércio
Zona Rural
Const. Civil
Indústria
Moto trajeto
Moto típico
Prest. Serviço
Outros
TOTAL
OUTUBRO
DEZEMBRO
13
NOVEMBRO
TOTAL
27
12
14
14
44
64
37
40
31
12
118
126
107
10
17
15
69
69
49
41
41
34
347
389
286
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
18
Tabela 09: Percentual dos principais tipos de acidentes de trabalho graves notificados
pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013.
OUTUBRO
TIPO DE ACIDENTE
Comércio
Zona Rural
Const. Civil
Indústria
Moto trajeto
Moto típico
Prest. Serviço
Outros
TOTAL
NOVEMBRO
PERCENTUAL
7,00%
3,50%
16,50%
8,00%
32,50%
8,00%
18,00%
6,50%
100,00%
4,00%
3,50%
13,00%
11,50%
34,00%
3,00%
20,00%
11,00%
100,00%
DEZEMBRO
6,00%
5,00%
13,00%
4,00%
37,50%
5,50%
17,00%
12,00%
100,00%
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Figura 12: Análise percentual dos principais tipos de acidentes de trabalho graves
notificados pelo NHVE/HUGO, Julho a Setembro de 2013.
0,4
0,35
0,3
0,25
0,2
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
0,15
0,1
0,05
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Outros
Prest. Serv iço
Moto típico
Moto trajeto
Indústria
Const. Civ il
Zona Rural
Comércio
0
Figura 13: Análise comparativa dos principais tipos de acidentes de trabalho graves
notificados pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013.
0,5
0,45
0,4
0,35
COM ÉRCIO
ZONA RURAL
0,3
CONST. CIVIL
0,25
INDÚSTRIA
0,2
AC. M OTO
PREST. SERVIÇO
0,15
OUTROS
0,1
0,05
0
OUTUBRO
NOVEM BRO
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
DEZEM BRO
4. ANÁLISE DOS CASOS DE VIOLÊNCIA NOTIFICADOS
No Brasil e no mundo, o impacto da morbimortalidade por causas externas
(violências e acidentes) constitui uma das maiores preocupações para chefes de Estado e
dirigentes do setor saúde. O incremento da mortalidade por violências e acidentes, assim
como do número de internações e de sequelas devido, principalmente, a homicídios,
acidentes de transporte terrestre e quedas têm contribuído significativamente para a
redução da expectativa de vida de adolescentes e jovens e da qualidade de vida da
população. O fenômeno das violências e acidentes pode ser considerado endêmico em
muitos países, entre os quais o Brasil, tornando-se um grave problema de saúde pública.
Na figura 14 estão apresentados os números gerais dos casos de violências
notificados e investigados pelo NHVE/HUGO, de acordo com o tipo de violência.
Figura 14: Número de casos de violência notificados pelo NHVE/HUGO de acordo com o
tipo de violência, Outubro a Dezembro de 2013.
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
OUTROS
TENT. AUTO EXTERMINIO
NEGLIGENCIA
ESPANCAMENTO
ATROPELAMENTO
ARMA DE FOGO
ARMA BRANCA
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Quando o tipo de violência representa menos que 5% do total de casos do mês
analisado, optamos por agrupá-los em uma única categoria dita como outros. Abaixo
apresentaremos cada tipo de violência notificado no formato de tabela. Isso porque, com
o intuito de facilitar a leitura, tipificamos os tipos de violência notificados pelo NHE/HUGO:
Tabela 10: Tipificação dos casos de violências notificadas pelo NHHE/HUGO no período
de Outubro a Dezembro, total e percentual.
OUTUBRO
TIPO DE VIOLÊCIA
ARMA BRANCA
ARMA DE FOGO
ATROPELAMENTO
ESPANCAMENTO
NEGLIGENCIA
TENT. AUTO EXTERMINIO
OUTROS
TOTAL
27
49
2
14
70
3
6
171
NOVEMBRO
TOTAL
24
60
1
22
79
11
1
198
DEZEMBRO
Out%
20
40
1
12
62
3
138
16,00
29,00
1,00
8,00
41,00
2,00
3,00
100,00
Nov%
PERCENTUAL
12,00
30,00
0,50
11,00
40,00
5,50
1,00
100,00
Dez%
15,00
29,00
1,00
9,00
44,50
1,50
0,00
100,00
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
A negligência pode ser detectada em todos os aspectos da relação entre os
homens, principalmente quando existe uma dependência de cuidados e de proteção de
uns em relação a outros. Ou seja, quando ocorre uma relação de dependência, na qual
necessidades específicas de uns só podem ser supridas por seus cuidadores. O sujeito da
negligência é aquele - a pessoa, a família, o Estado, a sociedade, as instituições – a quem
é atribuída a responsabilidade dos cuidados.
Nessas relações, uma atitude é considerada negligente quando não acidental e
quando expressa uma ação negativa ou uma ausência voluntária de exercício desses
cuidados pelos seus responsáveis, a qual tem repercussões graves na vida daquele que é
cuidado. A ausência de cuidados, que configura a negligência, é também caracterizada
pela dor ou pelo prejuízo que ela proporciona quando não supre necessidades
fundamentais do outro
Neste trimestre nos ativemos aos casos de negligência que foram notificados pelo
NVEH/HUGO e observamos que houve um aumento importante nos casos de negligência
relacionados ao trânsito. Neste indicador que chamamos de negligência no trânsito,
reunimos os casos de atropelamento, acidentes envolvendo menores, acidentes com
bicicletas e acidentes envolvendo idosos. No outro indicador reunimos os outros tipos de
negligência relacionados ao abandono ou ao descuido.
Desta forma construímos a tabela abaixo que demostra o quantitativo e o
percentual dos principais tipos de negligência.
Tabela 11: Tipos de negligência notificados pelo NVEH/HUGO, quantitativo e percentual,
Outubro a Dezembro de 2013.
TIPOS DE NEGLIGÊNCIA
NEGLIGENCIA (A BA NDONO)
NEGLIGENCIA (T RÂ NSIT O)
TOTAL
OUTUBRO
60
10
70
NOVEMBRO
TOTAL
46
33
79
DEZEMBRO
OUTUBRO
29
33
62
86,00%
14,00%
100,00%
NOVEMBRO DEZEMBRO
PERCENTUAL
58,00%
47,00%
42,00%
53,00%
100,00%
100,00%
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Para melhor observação do comportamento dos tipos de negligência
notificados, criamos o gráfico abaixo, que ilustra o comparativo entre os tipos de
negligência no último trimestre de 2013.
Figura 15: Análise comparativa dos casos de negligência notificados pelo NVEH/HUGO de
acordo com o tipo de negligência, Outubro a Dezembro de 2013.
1
0,9
0,8
0,7
0,6
NEG. ABANDONO/ OUTROS
NEG. TRÂNSITO
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
Como podemos observar, houve o claro aumento dos casos de negligência
relacionados ao trânsito. Não bastasse o grande número de casos de acidente de trabalho
relacionados a acidentes de trânsito, podemos observar que o simples ato de ir e vir,
direito garantido pela constituição, pode se tornar foco importante de violência.
O trânsito, tal como o conhecemos, surgiu de uma necessidade intrínseca do ser
humano de deslocar-se no espaço e de trocar mercadorias, atingindo, hoje, tal
complexidade e tal impacto da vida cotidiana que somos incapazes de imaginar o mundo
sem o automóvel. Como todo sistema complexo envolve custos e benefícios e,
atualmente, os custos vêm aumentando geometricamente, enquanto os benefícios
parecem já ter atingido um ponto de saturação.
Dada a condição de grave problema de saúde pública e toda sorte de impactos que
acarreta a morbimortalidade no trânsito, no País, vem sendo enfrentada por meio de
políticas públicas na forma de legislações, programas, projetos ou ações pontuais nas
diferentes esferas de governos, além de iniciativas que partem de organizações nãogovernamentais. Este conjunto de ações – tão diverso quanto a própria realidade brasileira
– é por demais vasto para se inventariar sua natureza e resultados em poucas linhas.
Cabe, no entanto, a menção a alguns marcos significativos, como o advento da nova lei de
trânsito brasileira, alguns programas na área de saúde e a legislação relacionada ao
consumo de bebidas alcoólicas associado à direção veicular.
Figura 15: Análise comparativa dos casos mais comuns de violência notificados pelo
NVEH/HUGO de acordo com o tipo de violência, Outubro a Dezembro de 2013.
50,00%
45,00%
40,00%
35,00%
ARMA BRANCA
ARMA DE FOGO
ESPANCAMENTO
NEGLIGÊNCIA
TENT. AUTO EXTERMINIO
OUTROS
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Dois fatos importantes nos chamaram a atenção neste último trimestre do ano de
2013: primeiro – o grande número de acidentes de trabalho relacionados ao uso de
motocicletas no trânsito. Segundo: o número de casos de violência relacionados ao
trânsito.
Ao contrário do que ocorre ao meio ambiente, o trânsito ainda não se transformou
propriamente em uma “questão”, ou seja, não adquiriu status de problema socializado, em
torno do qual as pessoas se mobilizam facilmente.
O comprometimento de setores de saúde nas questões do trânsito – assunto
historicamente relegado às áreas de transportes e segurança pública – demorou-se em se
manifestar de maneira mais presente. A importância da área de saúde, em função do
espaço que ocupa institucionalmente e de capacidade de “contagiar” outros setores e a
sociedade civil (26) empresta à discussão da segurança no trânsito uma força há muito
reclamada e – mais importante – enfatiza a essencialidade da vida, em contraste com a
racionalizações da questão tradicionalmente ocupada com a eficiência dos deslocamentos.
Contudo vale lembrar que, além da também reconhecida necessidade de recursos
financeiros e humanos em apoio às estruturas prevenção e/ou redução dos danos às
vítimas do trânsito, a busca de um trânsito mais seguro e equitativo implica, no mais das
vezes, em custos ou riscos políticos, os quais nem sempre se mostram atrativos aos
responsáveis pela gestão pública.
A partir de um entendimento da promoção da saúde como um mecanismo de
fortalecimento e implantação de uma política transversal, integrada e intersetorial, e com
base nas definições constitucionais e regulamentação do Sistema Único de Saúde é
necessário que a violência no trânsito seja pensada com um problema de saúde pública no
Brasil. Uma verdadeira epidemia de proporções alarmantes.
Documento elaborado e revisado por:
Enfermeiro Adriano Bortolini
Coordenador NVEH-HUGO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília:
Ministério da Saúde; 2006. 38p.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas.Manual dos comitês de mortalidade materna / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. – 3. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2007.104 p. –
(Série A. Normas e Manuais Técnicos)
3. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Viva: vigilância de
violências e acidentes, 2006 e 2007. Brasília; 2009.
4. Rede Interagencial de Informações para a Saúde – RIPSA: INDICADORES E DADOS
BÁSICOS PARA A SAÚDE – 2009 (IDB-2009) - TEMA DO ANO: SITUAÇÃO E
TENDÊNCIAS DA VIOLÊNCIA DO TRÂNSITO NO BRASIL.
5. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do trabalho.
Departamento de segurança e saúde no trabalho. GUIA DE ANÁLISE ACIDENTES
DE TRABALHO. Brasília, 2010
Anexo VIII
GEIH
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
Relatório Trimestral de
Atividades
NOV/13, DEZ/13 e JAN/14
GERÊNCIA DE EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA
HOSPITALAR (GEIH)
Conteúdo
1.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 3
2.
DADOS E INDICADORES ............................................................................................................................................. 4
2.1.
2.1.1.
Manutenções Corretivas (MCs) ................................................................................................................... 5
2.1.2.
Manutenções Preventivas (MPs) ................................................................................................................. 6
2.1.3.
Resumo Engenharia Clínica .......................................................................................................................... 7
2.2.
3.
ENGENHARIA CLÍNICA .......................................................................................................................................... 4
ENGENHARIA HOSPITALAR .................................................................................................................................. 8
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 10
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
Página 2
1. INTRODUÇÃO
A manutenção na área médico-hospitalar prima pela continuidade operacional: manter prontos, disponíveis e a
postos, para uso imediato, durante 24 horas por dia, todos os equipamentos, instalações e suprimentos do Hospital ou
qualquer outro Estabelecimento de Saúde. Estes ambientes não permitem falhas ou interrupções de abastecimento
ou suprimentos, que possam levar a desfechos graves e mesmo fatais.
Com isso em mente, o setor de Gerência de Equipamentos e Infraestrutura Hospitalar (GEIH) está atuando dentro
do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), buscando cada dia mais suprir as necessidades dos seus setores,
atendendo a todos com responsabilidade e comprometimento.
Para registrar a nossa atuação dentro do HUGO, apresentamos este relatório, que contém a relação das atividades
realizadas no trimestre: novembro/13, dezembro/13 e janeiro/14. Dentre estas atividades, temos atendimentos da
área clínica (equipamentos), entre manutenções corretivas, preventivas e instalações, e atendimentos da área
hospitalar (predial).
A partir destes atendimentos alguns indicadores foram levantados e serão detalhados nos tópicos a seguir,
consolidando os resultados obtidos e as ações tomadas pela equipe da GEIH.
Em complemento, foram descritas as atividades de melhoria executadas em vários ambientes do hospital.
Também foram descritos os serviços acompanhados por este setor.
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
Página 3
2. DADOS E INDICADORES
2.1.
ENGENHARIA CLÍNICA
Como parte integrante de nossas atividades, apresentamos o relatório consolidado da nossa atuação no setor de
Engenharia Clínica (equipamentos médicos) relativo ao trimestre de novembro/13, dezembro/13 e janeiro/14:
Tabela 1- Intervenções Técnicas Realizadas no trimestre (nov/13, dez/13 e jan/14).
Descrição das Intervenções Técnicas Realizadas
Tipo de Manutenção
Realização
Manutenção Corretiva
Manutenção/Inspeção Preventiva
Instalação
Interna
Externa
Interna
Externa
Interna
Total de Intervenções
NOV/2013
Mês
DEZ/2013
102
4
98
10
22
236
113
4
85
2
6
210
JAN/14
67
9
69
11
0
156
Atuação Engenharia Clínica
Novembro/13, Dezembro/13 e Janeiro/14
100%
90%
80%
70%
60%
46%
45%
50%
40%
56%
41%
51%
CORRETIVAS
49%
PREVENTIVAS
INSTALAÇÃO
30%
20%
10%
9%
3%
0%
nov/13
dez/13
jan/14
Como meta mensal de atendimentos preventivos, temos um índice de 30% dos atendimentos realizados no mês,
considerando atendimentos internos e externos. E para atendimentos corretivos realizados, temos a meta de no
máximo 60% em relação aos atendimentos diversos realizados por mês, considerando atendimentos internos e
externos.
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
Página 4
Analisando o gráfico da Qualidade das Manutenções, observa-se que o objetivo é caminhar com os atendimentos
corretivos e preventivos dentro da faixa de 30% a 60%. Concluindo que a partir do aumento da qualidade e quantidade
de atendimentos preventivos será reduzida a necessidade dos corretivos, resultando em um balanceamento positivo
para a unidade.
Observa-se que nos 3 últimos meses as manutenções corretivas e preventivas mantiveram-se balanceadas. Já as
instalações variam muito de acordo com a disponibilidade de equipamentos e necessidade dos setores, logo a
Engenharia Clínica executa este tipo de serviço de acordo com a demanda.
2.1.1. Manutenções Corretivas (MCs)
Durante o trimestre foram realizadas 299 ordens de serviço do tipo corretivas, o que corresponde a 49,7% de
todos os atendimentos realizados.
Como meta de atendimentos corretivos realizados, temos a meta de no máximo 60% em relação aos
atendimentos diversos realizados por mês, considerando atendimentos internos e externos. Por exemplo, se
realizarmos 100 atendimentos no mês, o máximo de atendimentos corretivos deve ser 60 deles, considerando que a
partir do aumento da qualidade e quantidade de atendimentos preventivos será reduzida a necessidade dos
corretivos. Como pode ser visto no gráfico a seguir, temos o histórico de manutenções corretivas realizadas nos
últimos 3 meses, com queda considerável na solicitação de serviços corretivos, ou seja, menor o índice de quebra de
equipamentos:
CORRETIVAS
% MCs
60%
nov/13
dez/13
jan/14
nov/13
45%
dez/13
56%
jan/14
49%
40%
20%
0%
CORRETIVAS
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
Página 5
2.1.2. Manutenções Preventivas (MPs)
Durante trimestre foram realizadas 275 ordens de serviço do tipo preventivas, o que corresponde a 45,7% de
todos os atendimentos realizados.
Como meta mensal de atendimentos preventivos, temos um índice de 30% dos atendimentos realizados no mês,
considerando atendimentos internos e externos. Por exemplo, se realizarmos 100 atendimentos no mês, pelo menos
30 deles devem ser preventivos, considerando que a partir destes, reduziremos a necessidade dos corretivos. Temos a
relação de atividades preventivas realizadas nos últimos 3 meses, pode-se observar o aumento de intervenções
preventivas, resultando em menos equipamentos parados para manutenções corretivas:
PREVENTIVAS
% MPs
60%
40%
20%
nov/13
dez/13
jan/14
nov/13
46%
dez/13
41%
jan/14
51%
0%
PREVENTIVAS
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
Página 6
2.1.3. Resumo Engenharia Clínica
O incentivo a manutenções preventivas tem resultado em menos tempo de parada dos equipamentos por defeito
e consequentemente na melhora assistencial dos setores do HUGO.
ATIVIDADES REALIZADAS NO TRIMESTRE
(NOVEMBRO/13, DEZEMBRO/13) E JANEIRO/14
CORRETIVAS INTERNAS
nov/13
CORRETIVAS EXTERNAS
43%
dez/13
jan/14
PREVENTIVA INTERNA
2%
54%
43%
PREVENTIVA EXTERNA
42%
2%
6%
4%
40%
44%
1%
7%
De acordo com as estatísticas observadas no gráfico do resumo de Atividades da Engenharia Clínica a proporção
de manutenções preventivas aumentou no decorrer dos meses e, consequentemente, pode se observar a redução da
proporção de manutenções corretivas nos últimos meses.
O incentivo a manutenções preventivas tem resultado em menos tempo de parada dos equipamentos por defeito
e consequentemente na melhora assistencial dos setores do HUGO.
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
Página 7
2.2.
ENGENHARIA HOSPITALAR
Como parte integrante de nossas atividades, apresentamos o relatório consolidado da nossa atuação no
setor de Engenharia Hospitalar (predial) relativo ao trimestre (nov/13, dez/13 e jan/14), onde foram atendidas
1743 ordens de serviço.
A tabela e o gráfico a seguir mostram o comparativo no trimestre:
Tabela 2 - Intervenções Técnicas da Engenharia Hospitalar (Predial) realizadas em Novembro/13, Dezembro/13 e Janeiro de 2014.
Descrição das
Intervenções Técnicas
Realizadas
Elétrica
Hidrossanitário
Infraestrutura
Total de Intervenções
TRIMESTRE
NOV/13
DEZ/13
JAN/14
165
145
319
629
155
150
316
621
97
137
259
493
Histórico Engenharia Hospitalar
Elétrica
319
Hidrossanitário
Infraestrutura
316
259
145
150
137
165
155
nov/13
dez/13
97
jan/14
Estas ordens foram de caráter corretivo, instalação e desinstalação.
Em todos os atendimentos realizados, o chamado é aberto pelo setor para efetuar substituição, reparo,
troca, instalação, disposição ou descarte de item defeituoso. A Engenharia Hospitalar envia então os técnicos
para a avaliação/execução deste serviço.
Identificamos também as atividades de melhoria executadas por este setor nos diversos ambientes do
HUGO, descrevendo as ações implantadas. Mostramos ainda os serviços de acompanhamento a empresas
terceirizadas que realizaram atividades nesta unidade, identificando o ambiente e a descrição do serviço
executado. Ambos os assuntos podem ser acompanhados nas tabelas a seguir:
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
Página 8
Tabela 3 – Atividades de Melhoria da Engenharia Hospitalar (Predial).
ENGENHARIA HOSPITALAR – ATIVIDADES DE MELHORIA INICIADAS/EXECUTADAS
Ambiente
Mês
Gerenciamento de
resíduos
NOV/13, DEZ/13
Gerenciamento de
resíduos
E JAN/14
Pátio – almoxarifado e
manutenção
Ação implantada
Limpeza, manutenção e reativação da Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE).
Coleta e destinação de resíduos de construção civil.
Descarte, separação e novo acondicionamento de materiais utilizados
em serviços de manutenção.
Tabela 4 – Atividades de Acompanhamento da Engenharia Hospitalar (Predial).
ENGENHARIA HOSPITALAR - SERVIÇOS DE ACOMPANHAMENTO
EMPRESA
Ambiente
Mês
Descrição
ELELMENTO
Todo o Hospital
Instalação de câmeras de monitoramento e
nobreaks.
META FRIO
Diretoria
Administrativa,
Faturamento, Nutrição
e Farmácia Satélite do
Centro Cirúrgico.
Instalação/manutenção
condicionado SPLIT.
LIFE
ELEVADORES
Elevadores - HUGO
JM
Estacionamento Social
HIPERGLASS
CENTRO OESTE
EXTINTORES
Todo o hospital
Sistema de combate a
incêndio
LFS
Escadas
TESLA
Todo o Hospital
NOV/13, DEZ/13
E JAN/14
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
de
aparelhos
de
ar
Atualização dos 4 elevadores, com revisão geral nos
quadros de comando, sistema de cabos, cabines e
painéis de acionamento.
Início do serviço de reforma do estacionamento
social, com a construção de muro de arrimo.
Reposição e manutenção de portas de blindex.
Reparo no sistema de proteção contra incêndio.
Readequação e pintura dos corrimãos, pintura dos
degraus e paredes.
Início dos serviços de instalação do sistema de
proteção de descargas atmosféricas (SPDA).
Página 9
3. CONCLUSÃO
Diante dos tópicos apresentados neste relatório, uma análise e avaliação quantitativa dos indicadores da
Engenharia Clínica foi realizada, concluindo que no trimestre (nov/13, dez/13 e jan/14) finalizamos 602
atendimentos, sendo 299 deles caracterizados como manutenções corretivas, 275 como preventivas e 28
instalações.
Já na Engenharia Hospitalar o número de atendimentos foi de 894 em infraestrutura, 432 em hidráulica e
417 em elétrica, durante todo o trimestre.
Com a demanda de um serviço especializado de notório saber das necessidades do Hospital de Urgências
de Goiânia com ênfase no Gerenciamento dos Recursos Físicos e Tecnológicos em Estabelecimentos de Saúde,
e ainda considerando as dezas tecnologias em saúde no cuidado dos usuários (pacientes). Estes passam a
demandar uma atenção especial dos gestores devido ao impacto nos custos hospitalares, aos riscos à
segurança de usuários, quer paciente ou equipe de saúde, e a vulnerabilidade da continuidade na assistência,
em conseqüência do elevado grau de dependência de equipamentos médico-hospitalares para realização de
procedimentos de diagnóstico, terapia e de emergência. A ANVISA publicou em janeiro de 2010 uma resolução
(RDC 02 - Resolução da Diretoria Colegiada), em complemento temos a ABNT NBR 15943 que tem enfoque no
Gerenciamento de Tecnologias em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, ou seja, passamos a contar com
uma ferramenta para exercer Boas Práticas para Gerenciamento em Serviços de Saúde.
A Athos Medical juntamente com o GERIR nesta implantação – pioneira no uso destas regulamentações –
direciona suas responsabilidades de acordo com as normas vigentes, com os princípios: RASTREABILIDADE,
QUALIDADE, EFICÁCIA, EFICIÊNCIA e SEGURANÇA para o PACIENTE.






RDC 50 ANVISA;
RDC 02 ANVISA;
ABNT NBR 15943;
Boas Praticas de Aquisição de Equipamentos Médico-Hospitalar ;
Lei 8666;
Portaria nº 86, de 03 de abril de 2006 – INMETRO.
Atenciosamente,
Athos Medical
Gerência de Equipamentos e Infraestrutura Hospitalar (GEIH)
Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14
Página 10
Anexo IX
Trabalhos Científicos
Nutrição
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
RESUMO DOS TRABALHOS APRESENTADOS NO XX CONGRESSO
BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL
- VALIDADE DA ALTURA AFERIDA E ESTIMADA PARA AVALIAÇÃO DO
ESTADO
NUTRICIONAL
DE
PACIENTES
HOSPITALIZADOS:
CONCORDÂNCIA ENTRE MÉTODOS
LARISSA SILVA BARBOSA (Hospital de Urgências de Goiânia e Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); JULIANA SIPPERT (Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); SARA CADIGE DE FREITAS
LIMA (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); CINTIA
SANTOS TAKAHASHI (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC
GOIÁS))
Tipo: Poster
Área: Avaliação Nutricional
Resumo: Introdução: Para a realização da avaliação nutricional, faz-se
necessário a aferição de dados antropométricos, como peso e altura, de forma
prática, barata e confiável. Objetivo: Avaliar a concordância entre altura aferida
e estimada de pacientes internados em um hospital público de Goiás, segundo
diferentes métodos antropométricos. Material e Método: Estudo do tipo
transversal, realizado com pacientes com idade de 20 a 59 anos, de ambos os
sexos. Foram coletados dados demográficos e antropométricos. As análises
foram realizadas no programa STATA/SE. Realizou-se análise descritiva de
algumas variáveis de estudo. A concordância entre a altura estimada a partir de
outras variáveis antropométricas e a aferida foi realizada pela análise gráfica
proposta por Bland e Altman e por Lin. Resultados: De acordo com Índice de
Massa Corporal, a maioria dos pacientes apresentavam-se eutróficos.
Analisando a inclinação da reta de regressão, observou-se que a altura do
joelho apresentou tendência em superestimar os menores valores e subestimar
os maiores valores da altura aferida, com concordância satisfatória (CCC =
0,879). Melhores resultados foram observados para altura recumbente,
apresentando superestimativa de 0,01 metros em relação à altura aferida e a
maior concordância (CCC = 0,941). Já a envergadura do braço subestimou os
valores inferiores e superestimou os valores superiores em relação à altura
aferida, apresentando a maior diferença média (DM = 0,02 metros). Pior
concordância foi encontrada para semi-envergadura do braço (CCC = 0,717).
Conclusão: A altura recumbente destacou-se como a melhor forma de aferição
da altura, como substituto da altura real. A semi-envergadura do braço se
colocou
como
método
menos
confiável.
Palavras-Chave: Antropometria, Estatura, Técnica de estimativa
Agradecimentos: Aos pacientes do Hospital de Urgências de Goiânia, pela
participação voluntária.
- OFERTA NUTRICIONAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
PRESCRIÇÃO VERSUS ADMINISTRAÇÃO DE DIETAS ENTERAIS
LARISSA SILVA BARBOSA (Hospital de Urgências de Goiânia e Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); ALINE CRISTINE FERREIRA
FELIPE (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); GABRIELLA
MARIA SILVA (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS));
NATHÁLIA DE SOUSA MARTINS (Pontifícia Universidade Católica de Goiás
(PUC
GOIÁS))
Tipo: Poster
Área: Nutrição em Terapia Intensiva
Resumo: Introdução: A monitoração da oferta nutricional em Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) é importante para que as necessidades nutricionais do
paciente sejam atendidas, visto que pacientes internados normalmente se
encontram em estado hipercatabólico e frequentemente apresentam depleção
nutricional. Objetivo: Analisar se a dieta prescrita foi efetivamente consumida
por pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público de
Goiânia, Goiás. Material e Método: Estudo do tipo transversal, desenvolvido a
partir do estudo multicêntrico - Nutrition Day, cujos dados foram obtidos a partir
entrevista com aplicação de questionário padronizado sobre prescrição e
administração de dietas enterais. As análises foram realizadas no programa
STATA/SE versão 8.0. Realizou-se análise descritiva por meio de freqüência
absoluta e relativa. Aplicou-se Teste t pareado para comparação entre médias.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa de
Misericórdia de Pelotas e do Hospital de Urgências de Goiânia. Resultados:
Identificou-se 43 pacientes sob o uso de terapia nutricional enteral, sendo
72,09% do sexo masculino. A média do tempo de internação foi de 36,28±27,24
dias, sendo 24,39±55,83 dias em uso exclusivamente de dieta enteral. A
prescrição de calorias diárias foi de 1407,71±364,36 Kcal/dia e o administrado
1264,88±455,04 kcal/dia. Já a prescrição de proteínas foi de 52,72±17,02
g/dias e o administrado 47,55±20,14 g/dias. O volume planejado foi de
1101,32±266,23 ml/dia e o fornecido 947,76±361,98 ml/dia. Conclusão: A
administração de volume, calorias e proteínas foi menor que o prescrito para os
pacientes críticos em uso de terapia nutricional enteral, o que pode interferir na
melhora
do
seu
quadro
clínico.
Palavras-Chave: Unidade de Terapia Intensiva, Nutrição Enteral
Agradecimentos: Aos pacientes do Hospital de Urgências de Goiânia, pela
participação voluntária.
Anexo X
Comunicação
Social/HUGO
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
COMUNICAÇÃO SOCIAL
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES EXECUTADAS
Trimestre: novembro/2013 a janeiro/2014
INTRODUÇÃO
A atuação da AI na unidade de saúde desde fevereiro de 2013 se faz
importante, pois atende diariamente inúmeras demandas de veículos de
comunicação do Estado e do País. Além disso, os assessores (jornalistas) que
integram a equipe do AI do HUGO realizam a análise estratégica de todas as
reportagens clipadas que citam a unidade hospitalar na mídia; acompanham os
principais telejornais locais; projetam notícias de fatos e ou eventos positivos do
hospital nos veículos midiáticos; gerenciam crises de imagem; acompanham e
realizam a cobertura jornalística e fotográfica de eventos; acompanham e dão
suporte às equipes de agências de Publicidade e Propaganda na realização de
vídeos institucionais, entre outras atividades relacionadas à imprensa.
RESULTADOS
Para melhor compreensão os resultados das atividades desenvolvidas
serão apresentados, separadamente, por cada mês trabalhado:
NOVEMBRO 2013
1. Atendimento de rotina
1.1. Atendimento à imprensa: Foram atendidas em média vinte ligações diárias
de veículos de comunicação, solicitando informações acerca do estado de saúde
de pacientes internados no hospital e outros dados. Além disso, a AI presta
atendimento aos veículos de comunicação durante os fins de semana.
1.2. Monitoramento da imprensa: Análise do clipping eletrônico realizado pela
empresa On Line Clipping e elaboração de respostas do hospital, caso seja
necessário.
2. Notas
Total de notas respostas, oficiais, erratas, para facebooks ou de
informações enviadas para imprensa no mês de novembro: 34
Assuntos retratados:
As notas são relativas às visitas religiosas nas Unidades de Terapia Intensiva;
Processo Seletivo para o programa de Residência Médica; Informações sobre
estados de saúde dos pacientes Diomário Nogueira Marotinho, Marcus David dos
Santos, Ronislei Vitor Gomes, Márcio José Antônio Silva e Beatriz Pereira da
Costa Faria; Participação do superintendente Técnico do Instituto Gerir, Dr. José
Mário Meira Teles, em Congresso de Medicina Intensiva no Rio de Janeiro;
Programa de Residência Médica do HUGO; Palestra sobre a segurança do
paciente no ambiente hospitalar; Agradecimento do paciente Welington Jesus
Ribeiro que destacou o bom atendimento do HUGO; Resposta sobre reclamação
da carga horária dos fisioterapeutas que atuam no HUGO; Apresentação do
cantor Willian José para pacientes e colaboradores do HUGO; Visita do
presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO; Visita de vereador Rogério Cruz
(PRB) ao hospital; Palestra sobre a importância do marketing pessoal;
Apresentação da Orquestra de Violeiros; Palestra sobre o combate ao câncer de
próstata e Resposta sobre a falta de profissionais durante os plantões das
madrugadas.
3. Matérias
Total de matérias produzidas e publicadas nos sites da Secretaria de Estado
da Saúde, Gerir e redes sociais do HUGO e da Secretaria:
Assuntos retratados:
Os conteúdos dessas matérias retrataram:
Processo Seletivo para o programa de Residência Médica; Participação do
superintendente Técnico do Instituto Gerir, Dr. José Mário Meira Teles, em
Congresso de Medicina Intensiva no Rio de Janeiro; Programa de Residência
Médica do HUGO; Palestra sobre a segurança do paciente no ambiente
hospitalar; Agradecimento do paciente Welington Jesus Ribeiro que destacou o
bom atendimento do HUGO; Resposta sobre reclamação da carga horária dos
fisioterapeutas que atuam no HUGO; Apresentação do cantor Willian José para
pacientes e colaboradores do HUGO; Visita do presidente do Hospital Albert
Einstein ao HUGO; Visita de vereador Rogério Cruz (PRB) ao hospital; Palestra
sobre a importância do marketing pessoal; Apresentação da Orquestra de
Violeiros; Palestra sobre o combate ao câncer de próstata e Resposta sobre a
falta de profissionais durante os plantões das madrugadas.
4. Dados estatísticos
Total de dados estatísticos fornecidos e levantados para a imprensa,
revistas e agências de publicidade: 20
Reflexo dos números:
- Atendimentos prestados às vítimas de acidentes em rodovias nos anos de 2012
e 2013;
- Atendimentos prestados e números de óbitos registrados no Setor de Pronto
Atendimento nos anos de 2012 e 2013;
- Atendimentos prestados às vítimas de acidentes aquáticos e afogamentos nos
anos de 2012 e 2013;
- Atendimentos prestados durantes os finais de semana de 2013;
- Atendimentos prestados às vítimas de atropelamento durante os anos de 2011,
2012 e 2013;
- Atendimentos prestados às vítimas de acidentes com bicicletas durante os anos
de 2011, 2012 e 2013;
- Números de pacientes que aguardavam transferência para outros hospitais pela
Regulação do município em novembro de 2013;
- Atendimentos prestados e números de óbitos registrados em vítimas de
acidentes de motos nos anos de 2012 e 2013;
- Números de leitos, funcionários e atendimentos do HUGO antes e depois da
entrada do Instituto Gerir, que administra o hospital;
- Números de Enfermarias disponíveis na carceragem do hospital;
- Números de pacientes internados no hospital no dia 25 de novembro;
- Número de profissionais e colaboradores do HUGO;
- Número de atendimentos, internações e cirurgias realizadas no HUGO nos anos
de 2012 e 2013;
- Número de pacientes internados e profissionais que trabalham no HUGO;
- Números sobre as melhorias implantadas no hospital depois da entrada do
Instituto Gerir;
- Tipos de atendimentos prestados em pacientes que não são do perfil de
atendimento da unidade de saúde, durante o mês de novembro;
- Números de pacientes de outras cidades e estados atendidos no HUGO durante
o mês de novembro.
5. Total de sugestões de pautas positivas enviadas para imprensa: 13
Assuntos abordados nas sugestões de pautas:
- Participação do superintendente Técnico do Instituto Gerir, Dr. José Mário Meira
Teles, em Congresso de Medicina Intensiva no Rio de Janeiro;
- Visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO;
- Apresentação da Orquestra de Violeiros;
- Realização de palestra educativa contra o câncer de próstata em alusão ao
novembro azul;
- Apresentação da Orquestra Filarmônica de Goiás no HUGO;
- Balanço da visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO.
6. Total de coletivas de imprensa realizadas: nenhuma
7. Total de releases produzidos e enviados para a imprensa: 3
Assuntos abordados nos releases enviados para a imprensa:
- Visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO;
- Apresentação da Orquestra Filarmônica de Goiás no HUGO;
- Balanço da visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO.
8. Gerenciamento de crises
Assunto: Superlotação da unidade de saúde
9. Outras atividades desenvolvidas
9.1. Acompanhamento e auxílio durante as filmagens executadas pela equipe de
produção da agência Makro vídeo;
9.2. Elaboração de apresentação realizada durante a visita do presidente do
Hospital Albert Einstein ao HUGO;
9.3. Acompanhamento do jornalista do Diário do Diário da Manhã. O profissional
realizou uma visita técnica para conhecer as melhorias implantadas pelo Instituto
Gerir no HUGO.
9.4. Neste mês, cerca de 13 entrevistas foram agendadas e acompanhadas pela
AI.
DEZEMBRO
1. Atendimento de rotina
1.1. Atendimento à imprensa: Foram atendidas em média vinte e cinco ligações
diárias de veículos de comunicação, solicitando informações acerca do estado de
saúde de pacientes internados no hospital e outros dados. Além disso, a AI presta
atendimento aos veículos de comunicação durante os fins de semana.
1.2. Monitoramento da imprensa: Análise do clipping eletrônico realizado pela
On Line Clipping, avaliação do conteúdo veiculado e elaboração de respostas do
hospital, caso seja necessário.
2. Notas
Total de notas de respostas, oficiais, erratas, para facebooks ou de
informações enviadas para imprensa no mês de dezembro: 19
Assuntos retratados:
As notas são relativas ao artigo publicado no Jornal Diário da Manhã que criticou
o modelo de gestão das Organizações Sociais; Esclarecimento sobre o
encaminhamento e a regulação de pacientes que não são do perfil de
atendimento do HUGO; Apresentação da Orquestra Filarmônica de Goiás;
Processo seletivo para o Programa de Residência Médica do HUGO; Informações
sobre as vítimas de um acidente de ônibus em Petrolina de Goiás; Apresentação
do Coral dos Correios; Apresentação do Coral da Saneago; Apresentação do
Coral da Secretaria de Estado da Saúde; Apresentação da Orquestra dos
Violeiros; Apresentação da Liga do Riso da PUC/GO; Apresentação do Grupo
Senhoras do Cerrado; Estados de saúde dos pacientes Matuzalém Carlos de
Almeida; Creuza Queiroz, Raimundo Nonato; Informações sobre os tomógrafos
que estavam estragados; Resposta sobre reclamação do barulho de carros no
hospital e iluminação da fachada.
3. Matérias
Total de matérias produzidas e publicadas nos sites da Secretaria de Estado
da Saúde, Gerir e redes sociais do HUGO e da Secretaria: 14
Assuntos retratados:
Os
conteúdos
dessas
matérias
retrataram:
Apresentação
da
Orquestra
Filarmônica; Processo seletivo para o Programa de Residência Médica no HUGO;
Apresentação do Coral dos Correios; Apresentação do Coral da Saneago;
Apresentação do Coral da Secretaria de Saúde; Apresentação da Orquestra dos
Violeiros; Apresentação da Liga do Riso e Apresentação do Grupo Senhoras do
Cerrado.
4. Dados estatísticos
Total de dados estatísticos fornecidos e levantados para a imprensa,
revistas e agências de publicidade: 10
Reflexo dos números:
- Dados sobre a quantidade de atendimentos prestados às vítimas de acidentes
motociclísticos nos anos de 2012 e 2013;
- Dados sobre as melhorias implantadas pelo Gerir desde que assumiu o HUGO
para apresentação de superintendência da SES-GO;
- Dados sobre a quantidade de atendimentos prestados às vítimas de acidentes
automobilísticos e óbitos nos anos de 2012 e 2013;
- Dados sobre a quantidade de atendimentos prestados às vítimas de arma
branca e de fogo nos anos de 2012 e 2013;
- Dados sobre a quantidade de atendimentos prestados às vítimas de fogos de
artifícios nos anos de 2012 e 2013;
- Balanço dos atendimentos prestados durante o feriado de Natal.
5. Total de sugestões de pautas positivas enviadas para imprensa: 14
Assuntos abordados nas sugestões de pautas:
- Apresentação da Orquestra Filarmônica;
- Dia do Voluntário;
- Programação de final de ano no HUGO;
- Apresentação da Liga do Riso da PUC/GO;
- Decoração do HUGO no Natal;
- Dia da Beleza no HUGO;
- Balanço da quantidade de atendimentos prestados no HUGO durante o feriado
de Natal.
6. Total de coletivas de imprensa realizadas: nenhuma
7. Total de releases produzidos e enviados para a imprensa: 6
Assuntos abordados nos releases enviados para a imprensa:
- Apresentação da Orquestra Filarmônica;
- Dia do Voluntário;
- Programação de final de ano no HUGO;
- Apresentação da Liga do Riso da PUC/GO;
- Balanço da quantidade de atendimentos prestados no HUGO durante o feriado
de Natal.
8. Gerenciamento de crise
Assunto: Falta de funcionamento dos dois aparelhos de tomografia
9. Outras atividades desenvolvidas
9.1. Produção de fotos e matérias para o Informativo;
9.2. Acompanhamento e auxílio durante as filmagens executadas pela equipe de
produção da agência Terra Vista;
9.3. Levantamento de informações sobre a gestão do Instituto Gerir para balanço
feito pela SUNAS da SES-GO;
9.4. Cobertura fotográfica e jornalística de todos os eventos da programação de
final de ano;
9.5. Neste mês, cerca de 25 entrevistas foram agendadas e acompanhadas pela
AI.
JANEIRO
1. Atendimento de rotina
1.1. Atendimento à imprensa: Foram atendidas em média de vinte ligações
diárias de veículos de comunicação, solicitando informações acerca do estado de
saúde de pacientes internados no hospital e outros dados. Além disso, a AI presta
atendimento aos veículos de comunicação durante os fins de semana.
1.2. Monitoramento da imprensa: Análise do clipping eletrônico realizado pela
empresa On Line Clipping e elaboração de respostas do hospital, caso seja
necessário.
2. Notas
Total de notas de respostas, oficiais, erratas, para facebooks ou de
informações enviadas para imprensa no mês de janeiro: 14
Assuntos retratados:
As notas são relativas aos atendimentos médicos prestados aos pacientes Carlos
Alberto, Maria da Silva Bastos, Vanderlei Arcanjo, Rogéria Amorim Carvalho;
Seleção para o Programa de Residência Médica; Relato do agradecimento da
paciente Heloany Alves pelo bom atendimento oferecido na unidade de saúde;
Atendimento prestado às crianças vítimas de acidentes de moto; Agradecimento
da família da paciente Benedita Menezes que destacou o bom atendimento que a
mulher recebeu no HUGO e curso sobre a nova classificação dos pacientes que
são acometidos pela dengue.
3. Matérias
Total de matérias produzidas e publicadas nos sites da Secretaria de Estado
da Saúde, Gerir e redes sociais do HUGO e da Secretaria: 9
Assuntos retratados:
Os conteúdos dessas matérias retrataram: Processo seletivo para o Programa de
Residência Médica; Família da senhora Benedita Menezes agradeceu o
atendimento médico que a paciente recebeu no HUGO; Curso sobre a nova
classificação dos pacientes que são acometidos pela dengue; Retorno e
atendimento prestado ao paciente Eliandro Francisco de Lima e agradecimento
da paciente Heloany Alves que destacou o bom atendimento prestado pela
unidade de saúde.
4. Dados estatísticos
Total de dados estatísticos fornecidos e levantados para a imprensa: 14
Reflexo dos números:
- Atendimento prestado às vítimas de acidentes de moto nos anos de 2012 e
2013;
- Atendimento prestado às crianças vítimas de acidentes domésticos em 2013;
- Atendimentos prestados a idosos no ano de 2013;
- Atendimentos prestados às vítimas de afogamento em 2013;
- Números de atendimentos realizados no HUGO em 2012 e 2013;
- Atendimentos prestados pelo Serviço Social do HUGO;
- Atendimentos prestados às vítimas de arma de fogo em 2013;
- Atendimentos realizados durante o feriado de Réveillon;
- Faixa etária das vítimas de acidentes de trânsito nos anos de 2012 e 2013.
5. Total de sugestões de pautas positivas enviadas para imprensa: 15
Assuntos abordados nas sugestões de pautas:
- Balanço dos atendimentos prestados durante o feriado do Réveillon;
- Processo seletivo para o Programa de Residência Médica do HUGO;
- Aumento do número de acidentes com crianças durante o período das férias;
- Gravação da TV Globo da fachada do hospital para a nova novela das 21 horas,
Em Família;
- Serviço desenvolvido pelo Setor de Odontologia hospitalar do HUGO;
- Como funciona o Programa de Residência Médica do HUGO;
- Curso sobre a nova classificação dos pacientes que são acometidos pela
dengue.
6. Total de coletivas de imprensa realizadas: 0
Assuntos abordados durante a entrevista:
7. Total de releases produzidos e enviados para a imprensa: 6
Assuntos abordados nos releases enviados para a imprensa:
- Balanço dos atendimentos prestados durante o feriado do Réveillon;
- Processo seletivo para o Programa de Residência médica no HUGO;
- Aumento do número de acidentes com crianças durante as férias;
- Serviço desenvolvido pelo Setor de Odontologia hospitalar do HUGO;
- Balanço dos atendimentos prestados em 2013;
- Mudanças implantadas no hospital desde que o Instituto Gerir assumiu a
administração do HUGO.
8. Gerenciamento de crises
Assunto: Retorno do paciente para avaliação médica da ortopedia
9. Outras atividades desenvolvidas
9.1. Produção de matérias e fotos para o informativo do HUGO;
9.2. Produção de nota resposta para TV Serra Dourada que publicou em seu
twitter que um veículo havia sido furtado no HUGO.
9.3. Elaboração de respostas e fotos para publicação de material na revista
Healthcare.
9.4. Registro fotográfico de pacientes não identificados internados no HUGO e
envio de imagens e informações para os serviços de Utilidade Pública das
emissoras de TV local.
9.5. Neste mês, cerca de 8 entrevistas foram agendadas e acompanhadas pela
AI.
Conclusão
Desde fevereiro do ano passado, a equipe de jornalistas da Assessoria de
Imprensa busca atender com agilidade e profissionalismo os veículos de
comunicação locais e nacionais. Além disso, a AI monitora todas as notícias
relativas ao hospital que são veiculadas na imprensa, a fim de permitir que a
unidade de saúde se pronuncie oficialmente, principalmente nos casos que
envolvem denúncias de pacientes.
Outra atividade que tem gerado grandes resultados é a elaboração de
conteúdos para os facebooks do HUGO e da Secretaria o que tem permitido uma
interação maior entre os colaboradores que atuam no hospital e o público em
geral, que tem oportunidade de conhecer o funcionamento do HUGO e seus
projetos internos.
Além disso, o trabalho da AI é fundamental nos momentos de
gerenciamentos de crise junto aos veículos de comunicação que atuam como
formadores de opinião da sociedade.
A AI adotou uma postura pró-ativa com sugestões de pautas que
destacaram a atuação de profissionais do HUGO que fazem muita diferença na
vida de inúmeros pacientes internados na unidade de saúde.
O objetivo da AI é abastecer os veículos com essas sugestões de pautas
positivas para mostrar que o HUGO vive uma nova realidade com a administração
do Gerir que busca uma gestão humanizada e de excelência.
Anexo XI
DDRH
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES EXECUTADAS
Trimestre: novembro/2013 a janeiro/2014
INTRODUÇÃO
A Divisão de Desenvolvimento de Recursos Humanos têm como principal
missão a gestão de pessoas.
As ações desenvolvidas buscam o aperfeiçoamento das relações de trabalho e
o equilíbrio entre a força produtiva, criativa e satisfação humana, tanto do
profissional quanto do usuário.
Cabe ao DDRH/HUGO:
O estudo, planejamento, assessoria e implementação de ações estratégicas,
que auxiliam na realização de metas, que promovam o desenvolvimento
técnico/científico, relacional, qualidade de vida e humanização para os
profissionais e usuários.
A responsabilidade pelo apoio logístico, a Educação Permanente de todos os
serviços, incluindo a utilização de ferramentas de avaliação, divulgação dos
eventos no meios de comunicação do HUGO e registro de participação, além
de programar, junto as chefias, cronograma de Educação Permanente.
A responsabilidade, juntamente com o Departamento de RH, pelo recrutamento
e seleção dos profissionais contratados pelo GERIR.
A organização e administração do estágio probatório dos servidores da
Secretaria da Saúde do Estado de Goiás.
A Orientação aos profissionais, com conflitos, de ordem técnica ou de
relacionamento.
RESULTADOS
Segue as atividades realizadas pelo DDRH/HUGO no período de
Novembro/2013 a Janeiro/2014:
DAP – DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS
ATIVIDADES REALIZADAS
NÚMERO DE
CARGA
DIAS
Reuniões, cursos, capacitações
ALUNOS
HORÁRIA
NOVEMBRO/2013
1.
PÓS- GRADUAÇÃO –
20
32
7,14, 21 e 28/11/2013
GESTÃO HOSPITALAR
2.
CONTROLE DE PSICOATIVOS
6
20 e 21/11/2013
3.
CUIDADOS E
3
19, 20 e 21/11/2013
ADMINISTRAÇÃO DE
DROGAS VASOATIVAS
4.
CUIDADOS AOS PACIENTES
4
26 e 27/11/2013
PORTADORES DE TRAÇÕES E
FIXADORES
5.
LEGISLAÇÃO
8
13 e 27/11/2013
PREVIDÊNCIÁRIA
6.
APERFEIÇOAMENTO EM
29
6
25 e 26/11/2013
MARKETING PESSOAL E
ETIQUETA EMPRESARIAL
7.
NR32
3
26 e 27/11/2013
8.
SEGURANÇA DO PACIENTE:
30
2
12/11/2013
AS FERRAMENTEAS E
METODOLOGIAS PARA
GERENCIAMENTO DA
ASSISTÊNCIA SEGURA
9.
RESIDENCIA CIRURGIA
10
12
1,4,8,11,18,22, 25 e
GERAL
29/11/2013
10.
PGSS: SEGREGAÇÃO DE
44
6
11, 12 e 13/11/2013
RESÍDUOS SÓLIDOS DE
SAÚDE
11.
RESIDÊNCIA EM
4
8
6,13, 20 e 27/11/2013
CARDIOLOGIA
12.
XVIII CONGRESSO
BRASILEIRO DE MEDICINA
INTENSIVA
30
6 e 9/11/2013
13.
TRAUMA RAQUIMEDULAR
2
20/11/2013
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
COMISSÃO DE VERIFICAÇÃO
DE ÓBITOS
CIPA
RESIDÊNCIA
MULTIPROFISSIONAL
TOTAL
FACILITAÇÃO
NEUROMUSCULAR
PROPRIOCEPTIVA
PÓS-GRADUAÇÃO – GESTÃO
HOSPITALAR
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
DOS PONTOS MOTORES DA
MANOBRAS E POSTURAS
TERAPÊUTICAS
COMISSÃO DE VERIFICAÇÃO
DE ÓBITOS
GERENCIAMENTO DE RISCO
CIPA
SIATE
CUIDADOS ESPECÍFICOS DE
ENFERMAGEM COM
PACIENTES EM
PRECAUÇÕES
HIGIENE DE CENTRAL DE
HOTELARIA HOSPITALAR
RESIDÊNCIA CIRURGIA
GERAL
RESIDÊNCIA EM
CARDIOLOGIA
RESIDÊNCIA
MULTIPROFISSIONAL
TOTAL
CAPACITAÇÃO DENGUE E
INFLUENZA COM CHEFIAS
MORTE ENCEFÁLICA DO
EXAME INICIAL AOS
ESTUDOS
COMPLEMENTARES
ANÁLISE GRÁFICA EM
VENTILAÇÃO MECÂNICA
AS EMOÇÕES E O CÉREBRO
TOTAL
9
146
DEZEMBRO/2013
1
26/11/2013
1
8
27/11/2013
5 e 12/11/2013
132
2
11/12/2013
16
5 e 12/12/2013
4
05/12/2013
4
12/12/2013
1
17/12/2013
1
1
16
4
10/12/2013
18/12/2013
21 e 22/12/2013
17 e 18/12/2013
4
17 e 18/12/2013
10
12
4
6
2,6, 9, 13, 16, 20, 23, 27 e
30/12/2013
4, 11 e 18/12/2013
9
12
3, 10 e 17/12/2013
20
25
68
JANEIRO/2014
-
83
2
28/01/2014
2
27/01/2014
4
29/01/2014
1
9
CAPACITAÇÃO: APERFEIÇOAMENTO EM MARKETING PESSOAL E ETIQUETA EMPRESARIAL
DATA: 25 e 26/11/2013
SETOR RESPONSÁVEL: DDRH
FACILITADOR: ELIANE NASCIMENTO E MARCUS
FACILITADOR (A) – Eliane
Nascimento
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
26
BOM
3
REGULAR
-
RUIM
-
24
5
-
-
21
19
90
7
8
23
1
2
3
-
AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUIM
FACILITADOR (A) - Marcus
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
28
25
23
18
94
BOM
1
4
5
10
20
REGULAR
1
1
2
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUIM
RUÍM
-
CAPACITAÇÃO: II CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
DATA: 09 e 16/10/2013
13/11/2013.
SETOR RESPONSÁVEL: DDRH
FACILITADOR: MARIA LÚCIA NEVES RIBEIRO
AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO
DATA: 09/10/2013
FACILITADOR (A)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
22
23
21
16
82
BOM
4
3
4
8
19
REGULAR
1
2
3
RUÍM
-
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUÍM
DATA: 16/10/2103
FACILITADOR (A)
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
20
22
BOM
11
9
REGULAR
-
RUÍM
-
21
18
82
10
13
19
3
-
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUÍM
DATA: 13/11/2013
FACILITADOR (A)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
22
22
20
17
81
BOM
5
4
6
7
19
REGULAR
1
1
2
3
RUÍM
-
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUÍM
CAPACITAÇÃO: GERENCIAMENTO DE RISCO
DATA: 10/12/2013.
SETOR RESPONSÁVEL: DDRH
FACILITADOR: MARIA INÊS PINHEIRO COSTA
FACILITADOR (A)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
14
13
15
08
50
BOM
3
4
2
9
18
REGULAR
-
RUÍM
-
AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUÍM
CAPACITAÇÃO: PGRSS – SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE
DATA: 11/11/2013.
SETOR RESPONSÁVEL: PGRSS
FACILITADOR: MARÍLIA FERRAZ
FACILITADOR (A)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
5
4
4
2
15
BOM
2
3
3
4
12
REGULAR
1
1
RUÍM
-
AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUÍM
CAPACITAÇÃO: SAÚDE MASCULINA
DATA: 28/11/2013.
SETOR RESPONSÁVEL: DDRH
FACILITADOR: ADRIANO DE PAULA
AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO
FACILITADOR (A)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
9
9
8
6
32
BOM
1
1
2
4
8
REGULAR
-
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUÍM
RUÍM
-
CAPACITAÇÃO: SEGURANÇA DO PACIENTE
DATA: 12/11/2013.
SETOR RESPONSÁVEL: INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA
FACILITADOR: MARIA INÊS PINHEIRO COSTA
AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO
FACILITADOR (A)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RECURSOS AUDIOVISUAIS
CARGA HORÁRIA
TOTAL
ÓTIMO
6
5
6
3
20
BOM
3
4
3
5
15
REGULAR
-
RUÍM
-
ÓTIMO
BOM
REGULAR
RUÍM
CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades de educação em serviço oferecidas pela DDRH/HUGO têm
contribuído com assistência de qualidade, satisfação do cliente e resolutividade
do serviço.
Para execução das atividades de educação, a DDRH contou com o apoio e
parceria da residência multiprofissional.
Em conjunto com os setores do HUGO, em especial com o Departamento de
Ensino e Pesquisa, foi implantado “UM CIRCUITO DE PALESTRAS”, com
objetivo de atualizar e inovar conhecimento técnico científico. Está previsto
para maio de 2014 a “I MOSTRA CIENFTÍCA DO HUGO”, que poderá
contribuir com atendimento de qualidade do serviço de Urgência e Emergência
do HUGO, fortalecendo a identidade e torná-lo protagonista e produtor do
saber.
A DDRH/HUGO tem buscado parceiras para a implementação das ações de
educação, a fim de desenvolver habilidades e contribuir na aquisição de
conhecimento dos profissionais, e, por conseguinte, melhorar a qualidade da
atenção em saúde ofertada.
Anexo XII
Planilha de
Cumprimento de
Metas
INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE
Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Equipe Multidisciplinar
Equipe
Multidisciplinar
Nutrição
Janeiro
Meta
Realizado
Fevereiro
%
Meta
Realizado
Março
%
Meta
Realizado
Abril
%
Meta
Realizado
Maio
%
Meta
Junho
Realizado
%
Meta
Realizado
%
1600
40611
2538%
1600
32255
2016%
1600
40650
2541%
1600
37471
2342%
1600
37471
2342%
1600
65185
4074%
Psicologia
20000
20490
102%
20000
21612
108%
20000
23106
116%
20000
23358
117%
20000
25152
126%
20000
21837
109%
Fisioterapia
4000
4193
105%
4000
3396
85%
4000
4009
100%
4000
7136
178%
4000
6032
151%
4000
6742
169%
5000
12232
245%
5000
11614
232%
5000
11521
230%
5000
11839
237%
5000
14172
283%
5000
15938
319%
Serviço Social
Enfermagem
22000
42184
192%
22000
40624
185%
22000
44216
201%
22000
47232
215%
22000
45152
205%
22000
46648
212%
Odontologia
3600
651
18%
3600
916
25%
3600
633
18%
3600
1108
31%
3600
958
27%
3600
982
27%
900
721
80%
900
498
55%
900
535
59%
900
1038
115%
900
1270
141%
900
1141
127%
57100
121082
212%
57100
110915
194%
57100
124670
218%
57100
128144
224%
57100
130207
228%
57100
158473
278%
Meta
Realizado
Fonoaudiologia
TOTAL
Equipe
Multidisciplinar
Nutrição
Julho
Meta
Realizado
Agosto
%
Setembro
%
Meta
Realizado
Outubro
%
Meta
Realizado
Novembro
%
Meta
Realizado
Dezembro
%
Meta
Realizado
1600
38550
2409%
1600
34360
2148%
39809
39985
39287
40551
Psicologia
20000
21120
106%
20000
20280
101%
25505
24774
27906
24291
Fisioterapia
4000
7263
182%
4000
7448
186%
7331
6268
7008
6617
Serviço Social
5000
16744
335%
5000
8219
164%
7260
6990
6641
12050
Enfermagem
22000
48464
220%
22000
53920
245%
49824
46136
46736
45328
Odontologia
3600
775
22%
3600
785
22%
1064
725
969
601
1360
151%
126372
221%
Fonoaudiologia
TOTAL
900
731
81%
900
57100
133647
234%
57100
1395
94800
132188
731
139%
94800
125609
800
132%
94800
129347
%
709
136%
94800
130147
137%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Equipe Multidisciplinar- Consolidado
Equipe
Multidisciplinar
Nutrição
Janeiro
Meta
Realizado
Janeiro-Fevereiro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Março
%
Meta
Janeiro-Abril
Realizado
%
Meta
Realizado
Janeiro-Maio
%
Meta
Janeiro-Junho
Realizado
%
Meta
Realizado
%
1600
40611
2538%
3200
72866
2277%
4800
113516
2365%
6400
150987
2359%
12900
188458
1461%
19400
253643
1307%
Psicologia
20000
20490
102%
40000
42102
105%
60000
65208
109%
80000
88566
111%
100000
113718
114%
120000
135555
113%
Fisioterapia
4000
4193
105%
8000
7589
95%
12000
11598
97%
16000
18734
117%
20000
24766
124%
24000
31508
131%
Serviço Social
5000
12232
245%
10000
23846
238%
15000
35367
236%
20000
47206
236%
25000
61378
246%
30000
77316
258%
Enfermagem
22000
42184
192%
44000
82808
188%
66000
127024
192%
88000
174256
198%
115000
219408
191%
142000
266056
187%
Odontologia
3600
651
18%
7200
1567
22%
10800
2200
20%
14400
3308
23%
18000
4266
24%
21600
5248
24%
900
721
80%
1800
1219
68%
2700
1754
65%
3600
2792
78%
4500
4062
90%
5400
5203
96%
57100
121082
212%
114200
231997
203%
171300
356667
208%
228400
484811
212%
292000
615018
211%
355600
773491
218%
Fonoaudiologia
TOTAL
Equipe
Multidisciplinar
Nutrição
Janeiro-Julho
Meta
Realizado
Janeiro-Agosto
%
Meta
Realizado
Janeiro-Setembro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Outubro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Novembro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Dezembro
%
Meta
Realizado
21000
292193
1391%
22600
326553
1445%
366362
406347
445634
486185
Psicologia
140000
156675
112%
160000
176955
111%
202460
227234
255140
279431
Fisioterapia
28000
38771
138%
32000
46219
144%
53550
59818
66826
73443
Serviço Social
35000
94060
269%
40000
102279
256%
109539
116529
123170
135220
Enfermagem
164000
314520
192%
186000
368440
198%
418264
464400
511136
556464
Odontologia
25200
6023
24%
28800
6808
24%
7872
8597
9566
10167
6300
5934
94%
7200
7294
101%
8689
9420
10220
10929
412700
907138
220%
469800
1033510
220%
Fonoaudiologia
TOTAL
564600
1165698
206%
659400
1292345
196%
754200
1421692
189%
849000
1551839
%
183%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Cirurgias
Cirurgias
Janeiro
Fevereiro
Meta
Realizado
90
32
36%
90
Cirurgia Geral
240
254
106%
Ortopedia/Traumatologia
600
580
Neurocirurgia
90
Cirurgia Vascular
Bucomaxilofacial
TOTAL
Cirurgias
Bucomaxilofacial
Meta Realizado
%
Meta Realizado
34%
90
240
296 123%
97%
600
495
36
40%
90
90
29
32%
1110
931
84%
Meta
Realizado
90
66
%
Meta
Maio
Realizado
%
Junho
Meta Realizado
%
Meta Realizado
44 49%
90
65
72%
90
240
313 130%
240
192 80%
240
224
93%
240
255 106%
83%
600
562
94%
600
549 92%
600
633 106%
600
746 124%
37
41%
90
39
43%
90
35 39%
90
40
44%
90
36
40%
90
30
33%
90
32
36%
90
28 31%
90
47
52%
90
39
43%
1110
889
80%
1110
982
88%
1110
848 76%
1110
1009
91%
1110
Meta Realizado
36
Setembro
%
Meta Realizado
Outubro
%
Meta Realizado
Novembro
%
Meta Realizado
66
Dezembro
%
Meta Realizado
90
81%
54
61
55
51
255
106%
240
247 103%
236
271
236
238
746
124%
600
685 114%
720
713
696
718
90
36
40%
90
37
41%
38
35
28
50
90
39
43%
90
54
60%
51
34
32
47
1110
1142
103%
1110
1096
99%
Ortopedia/Traumatologia
600
Neurocirurgia
Cirurgia Vascular
73
960
1099 114%
960
1114 116%
960
73%
1142 103%
73%
240
%
90
31
Agosto
%
Abril
40%
Julho
Cirurgia Geral Total
TOTAL
%
Março
1047 109%
960
%
1104 115%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Cirurgias - Consolidado
Cirurgias
Bucomaxilofacial
Janeiro
Meta Realizado
%
Meta Realizado
%
Janeiro-Abril
Meta Realizado
Ortopedia/Traumatologia
600
580
Neurocirurgia
90
36
40%
180
73
41%
270
112
41%
360
147
41%
450
187
42%
Cirurgia Vascular
90
29
32%
180
59
33%
270
91
34%
360
119
33%
450
166
37%
1110
931
84% 2220
1820
82% 3330
2802
84% 4440
3650
82% 5550
4659
Bucomaxilofacial
Meta
Realizado
90% 1800
Janeiro-Agosto
%
Meta
Realizado
99
360
960
1637
91% 2400
Janeiro-Setembro
%
Meta
Realizado
143
40%
Meta
208
46%
Meta Realizado
540
274
1534 107%
2186
2819
3565
99%
540
223
41%
540
205
38%
84% 6660
5801
87%
91% 3000
Realizado
94% 3600
Janeiro-Novembro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Dezembro
%
Meta
Realizado
340 54%
720
413 57%
467
528
583
638
Cirurgia Geral
1680
1534 91%
1920
1534 80%
1534
1534
1534
1534
Ortopedia/Traumatologia
4200
3565 85%
4800
3565 74%
3565
3565
3565
3565
630
223 35%
720
223 31%
223
223
223
223
630
205 33%
720
205 28%
7770
6056 78%
8880
6303 71%
Cirurgia Vascular
TOTAL
205
9840
6539 66% 10800
51%
1279 107% 1440
630
Neurocirurgia
%
1055 110% 1200
Janeiro-Outubro
%
450
%
480
1075
37%
863 120%
Meta Realizado
180
Janeiro-Julho
720
%
36%
Cirurgias
270
Meta Realizado
Janeiro-Junho
254 106%
97% 1200
35%
550 115%
%
Janeiro-Maio
240
32
63
Janeiro-Março
Cirurgia Geral
TOTAL
90
Janeiro-Fevereiro
205
6810 63% 11760
205
7046 60% 12720
%
205
7282 57%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção – Diagnóstico
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Diagnóstico
Meta
%
Meta
%
Meta
%
Meta
%
Meta
%
Meta
350
38000
892
31838
255%
84%
350
38000
902
30077
258%
79%
350
38000
906
30235
259%
80%
350
38000
908
32963
259%
87%
350
38000
864
34457
247%
91%
350
38000
890
32835
254%
86%
1200
100
705
106
59%
106%
1200
100
635
88
53%
88%
1200
100
714
102
60%
102%
1200
100
703
82
59%
82%
1200
100
727
82
61%
82%
1200
100
763
77
64%
77%
Broncoscopia
100
56
56%
100
62
62%
100
59
59%
100
54
54%
100
76
76%
100
72
72%
Ecocardiografia
120
23
19%
120
39
33%
120
38
32%
120
72
60%
120
60
50%
120
56
47%
Eletrocardiografia
Análises Clínicas
Agência Transfusional
Anatomia Patológica
Realizado
Realizado
Realizado
Realizado
Realizado
Realizado
%
Gastrostomia Endoscópica
40
8
20%
40
11
28%
40
14
35%
40
25
63%
40
27
68%
40
24
60%
Esofagogastroduodenoscopia
80
51
64%
80
30
38%
80
20
25%
80
30
38%
80
14
18%
80
11
14%
39990
33679
84%
39990
31844
80%
39990
32088
80%
39990
34837
87%
39990
36307
91%
39990
34728
87%
TOTAL
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Diagnóstico
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
350
903
258%
350
898
257%
907
864
892
876
38000
35463
93%
38000
38493
101%
36492
34222
35574
35860
1200
706
59%
1200
851
71%
869
814
981
765
Anatomia Patológica
100
86
86%
100
75
75%
80
94
101
95
Broncoscopia
100
68
68%
100
74
74%
54
59
56
39
Ecocardiografia
Eletrocardiografia
Análises Clínicas
Agência Transfusional
120
36
30%
120
63
53%
47
55
38
29
Gastrostomia Endoscópica
40
25
63%
40
23
58%
21
9
10
8
Esofagogastroduodenoscopia
80
19
24%
80
30
38%
26
24
20
6
39990
37306
93%
39990
40507
101%
TOTAL
30760
38496
125%
30760
36.141
117%
30760
37672
122%
30760
37678
122%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Diagnóstico - Consolidado
Diagnóstico
Eletrocardiografia
Janeiro
Realizado
Meta
%
Janeiro-Fevereiro
Meta
Realizado
%
Meta
Janeiro-Março
Realizado
%
Meta
Janeiro-Abril
Realizado
%
Meta
Janeiro-Maio
Realizado
%
Meta
Janeiro-Junho
Realizado
%
350
892
255%
700
1794
256%
1050
2700
257%
1400
3608
258%
1750
4472
256%
2100
5362
255%
38000
28944
76%
76000
61915
81%
114000
92150
81%
152000
125113
82%
190000
159570
84%
228000
192405
84%
1200
705
59%
2400
1340
56%
3600
2054
57%
4800
2757
57%
6000
3484
58%
7200
4247
59%
Anatomia Patológica
100
106
106%
200
194
97%
300
296
99%
400
378
95%
500
460
92%
600
537
90%
Broncoscopia
100
56
56%
200
118
59%
300
177
59%
400
231
58%
500
307
61%
600
379
63%
Ecocardiografia
120
23
19%
240
62
26%
360
100
28%
480
172
36%
600
232
39%
720
288
40%
Gastrostomia Endoscópica
40
8
20%
80
19
24%
120
33
28%
160
58
36%
200
85
43%
240
109
45%
Esofagogastro-duodenoscopia
80
51
64%
160
81
51%
240
101
42%
320
131
41%
400
145
36%
480
156
33%
39990
30785
77%
79980
65523
82%
119970
97611
81%
159960
132448
83%
199950
168755
84%
239940
203483
85%
%
Meta
Análises Clínicas
Agência Transfusional
TOTAL
Diagnóstico
Eletrocardiografia
Análises Clínicas
Meta
Janeiro-Julho
Realizado
Janeiro-Agosto
Realizado
%
Janeiro-Setembro
Meta
Realizado
%
Janeiro-Outubro
Meta
Realizado
%
Janeiro-Novembro
Meta
Realizado
%
Janeiro-Dezembro
Meta
Realizado
%
2450
6265
256%
2800
7163
256%
8070
8934
9826
10702
266000
227868
86%
304000
266361
88%
302853
337075
372649
408509
8400
4953
59%
9600
5804
60%
6673
7487
8468
9233
Anatomia Patológica
700
623
89%
800
698
87%
778
872
973
1068
Broncoscopia
700
447
64%
800
521
65%
575
634
690
729
Ecocardiografia
840
324
39%
960
387
40%
434
489
527
556
Gastrostomia Endoscópica
190
134
71%
200
157
79%
178
187
197
205
Esofagogastroduodenoscopia
500
175
35%
560
205
37%
231
255
275
281
279210
240789
86%
318960
281296
88%
Agência Transfusional
TOTAL
349720
319792
91%
380480
355933
94%
411240
393605 96%
442000
431283
98%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Leitos
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Leitos
Meta
Realizado
Observação/Suporte
1728
1589
Reanimação Trauma
6480
Internação - Clínica Médica
270
Internação - Clínica Cirúrgica
Meta
Realizado
92%
1728
993
6239
96%
6480
236
87%
270
342
515
151%
Traumatologia
621
663
UTI
149
9590
TOTAL
%
Meta
Realizado
57%
1728
1658
5400
83%
6480
270
100%
270
342
260
76%
107%
621
652
132
89%
149
9374
98%
9590
Julho
%
%
Meta
96%
1728
6742
104%
6480
268
99%
270
342
392
115%
105%
621
619
247
166%
149
7822
82%
9590
Agosto
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
63%
1728
1099
64%
60%
1728
6750
104%
6480
6750
104%
6480
6758
104%
60
22%
270
202
75%
270
208
77%
342
342
100%
342
399
117%
342
356
104%
100%
621
600
97%
621
605
97%
621
601
97%
263
177%
149
317
213%
149
321
215%
149
316
212%
9942
104%
9590
9109
95%
9590
9370
98%
9590
9338
97%
Setembro
1040
Outubro
1093
Novembro
Dezembro
Leitos
Meta
Realizado
Observação/Suporte
1728
1108
Reanimação Trauma
6480
6746
Internação - Clínica Médica
270
Internação - Clínica Cirúrgica
342
Traumatologia
UTI
TOTAL
%
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
64%
1728
864
50%
246
691
281%
246
737
300%
246
576
104%
6480
3375
52%
2160
2160
100%
2160
3273
152%
2160
203
75%
270
202
75%
100
135
135%
100
164
164%
346
101%
342
205
60%
171
171
100%
171
194
113%
621
600
97%
621
477
77%
310
321
104%
310
364
149
319
214%
149
154
103%
142
142
100%
142
9590
9322
97%
9590
5277
55%
3129
3620
116%
3129
%
Meta
Realizado
%
234%
246
540
220%
2076
96%
2160
1928
89%
100
116
116%
100
101
101%
171
147
86%
171
147
86%
117%
310
266
86%
310
266
86%
176
124%
142
131
92%
142
124
87%
4908
157%
3129
3.312
106%
3129
3106
99%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Leitos - Consolidado
Leitos
Janeiro
Meta
Realizado
Observação/Suporte
1728
811
Reanimação Trauma
6480
1758
Janeiro-Fevereiro
%
Meta
Realizado
3456
2582
27% 12960
11639
47%
Janeiro-Março
%
Meta
Realizado
75%
5184
4240
90% 19440
18381
Internação - Clínica Médica
270
155
57%
540
506
94%
810
Internação - Clínica Cirúrgica
342
515 151%
684
775 113%
Traumatologia
621
663 107%
1242
418 281%
298
UTI
149
TOTAL
9590
Leitos
4320
45% 19180
Janeiro-Julho
Meta
Realizado
Observação/Suporte
12096
8589
Reanimação Trauma
31320
Realizado
82%
6912
5280
95% 25920
25131
1026
1167 114%
1315 106%
1863
379 127%
447
Meta
Realizado
71% 13824
9453
45373 145% 33120
Meta
1080
17196
90% 28770
774
%
96%
Janeiro-Agosto
%
Janeiro-Abril
Realizado
76%
8640
6373
97% 27720
%
Meta
Realizado
74% 10368
7481
31881 115% 29520
%
72%
38627 131%
1036
87%
1300
1239
1368
1509 110%
1548
1908 123%
1728
2254 130%
1934 104%
2484
2534 102%
2814
3139 112%
3144
3739 119%
642 144%
596
959 161%
745
1280 172%
894
1599 179%
45617 107% 46954
54939 117%
Meta
Realizado
68% 14070
10144
48748 147% 35280
Meta
1190
94% 38360
Janeiro-Setembro
%
%
Janeiro-Junho
77%
27138
834
Janeiro-Maio
36247
94% 42657
Janeiro-Outubro
%
Meta
Realizado
72% 14316
10881
50908 144% 37440
Janeiro-Novembro
%
Meta
Realizado
76% 14562
11457
54181 145% 39600
%
95%
Janeiro-Dezembro
Meta
79% 14808
56257 142% 41760
Realizado
11997
%
81%
58185 139%
Internação - Clínica Médica
1410
1442 102%
1520
1644 108%
1620
1779 110%
1720
1943 113%
1820
2059 113%
1920
2160 113%
Internação - Clínica Cirúrgica
1908
2600 136%
2088
2805 134%
2259
2976 132%
2430
3170 130%
2601
3317 128%
2772
3464 125%
Traumatologia
3474
4339 125%
3804
4816 127%
4114
5137 125%
4424
5501 124%
4734
5767 122%
5044
6033 120%
UTI
1043
1918 184%
1192
2072 174%
1334
2214 166%
1476
2390 162%
1618
2521 156%
1760
2645 150%
81378 125% 68064
84484 124%
TOTAL
51251
64261 125% 55548
69538 125% 58677
73158 125% 61806
78066 126% 64935
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Atendimento Ambulatorial
Atendimento Ambulatorial
Janeiro
Meta
Urgências/Emergências
4500
Retorno dos casos internados
Clínicos e Cirúrgicos
TOTAL
Atendimento Ambulatorial
Realizado
Fevereiro
%
Meta
3577 79%
4500
2100
1696 81%
6600
5273 80%
Realizado
%
Meta
3874 86%
4500
2100
742 35%
6600
4616 70%
Julho
Meta
Realizado
Março
Meta
Realizado
%
Meta
4071 90%
4500
2100
991 47%
6600
5062 77%
Agosto
%
Realizado
Abril
Meta Realizado
%
Meta
3710 82%
4500
2100
1695 81%
6600
5405 82%
Setembro
%
Realizado
Maio
Meta Realizado
Urgências/Emergências
4500
3855 86%
4500
4346 97%
3500
4096 117% 3500
Retorno dos casos internados
Clínicos e Cirúrgicos
2100
1349 64%
2100
1648 78%
1500
1516 101% 1500
TOTAL
6600
5204 79%
6600
5994 91%
5000
5612 112% 5000
Meta
%
Realizado
%
3496 78%
3762 95%
2100
1484 71%
2100
1536 89%
6600
4980 75%
6600
5298 93%
Novembro
4622 132%
Meta Realizado
3500
62%
1500
5558 111%
5000
936
%
4500
Outubro
%
Realizado
Junho
Dezembro
%
Meta Realizado
4670 133% 3500
935
62% 1500
5605 112% 5000
%
4767 136%
781
52%
5548 111%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Atendimento Ambulatorial - Consolidado
Atendimento Ambulatorial
Janeiro
Meta
Realizado
Janeiro-Fevereiro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Março
%
Meta
Urgências/Emergências
Retorno dos casos internados
Clínicos e Cirúrgicos
4500
3577 79%
9000
7451 83% 13500
2100
1696 81%
4200
2438 58%
TOTAL
6600
5273 80% 13200
Atendimento Ambulatorial
Janeiro-Julho
Meta
Realizado
Meta
%
Meta
Realizado
Janeiro-Maio
%
Meta
Realizado
Janeiro-Junho
%
Meta
Realizado
%
11522 85%
18000
15232 85% 22500
18728 83%
27000
22490 83%
6300
3429 54%
8400
5124 61% 10500
6608 63%
12600
8144 65%
9889 75% 19800
14951 76%
26400
20356 77% 33000
25336 77%
39600
30634 77%
Janeiro-Agosto
%
Realizado
Janeiro-Abril
Realizado
Janeiro-Setembro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Outubro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Novembro
%
Meta
Realizado
Janeiro-Dezembro
%
Meta
Realizado
%
Urgências/Emergências
Retorno dos casos internados
Clínicos e Cirúrgicos
31500
26345 84% 36000
30691 85% 39500
34787 88%
43000
39409 92% 46500
44079 95%
50000
48846 98%
14700
9493 65% 16800
11141 66% 18300
12657 69%
19800
13593 69% 21300
14528 68%
22800
15309 67%
TOTAL
46200
35838 78% 52800
41832 79% 57800
47444 82%
62800
53002 84% 67800
58607 86%
72800
64155 88%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Desempenho Geral
Desempenho Geral
Equipe Multidisciplinar
Cirurgias
Diagnóstico
Leitos
Atendimento
Ambulatorial
Desempenho Geral
Equipe Multidisciplinar
Cirurgias
Diagnóstico
Leitos
Atendimento
Ambulatorial
Janeiro
Meta
Realizado
57260
121082
Fevereiro
%
Meta
211% 57260
1110
931
55130
33679
84%
9752
9374
96%
6600
5273
80%
57260
1110
Realizado
%
110915 194%
Meta
57260
Realizado
Abril
%
Meta
124670 218% 57260
%
Meta
128144 224% 57260
80%
1110
982
58%
55130
32088
9752
7822
80%
9752
9942 102%
9752
9109
93%
9752
9370
96%
6600
4616
70%
6600
5062
6600
5405
82%
6600
4980
75%
133647 233% 57260
1142 103%
Realizado
77%
Setembro
%
126372 221%
Meta
94800
1110
1096
99%
960
68% 55130
40507
73%
30760
Realizado
76%
1110
1009
63% 55130
36307
Outubro
%
Meta
132188 139% 94800
1099 114%
960
Realizado
Meta
130207 227% 57260
889
Meta
848
34837
%
31844
%
1110
58% 55130
Realizado
Junho
1110
Agosto
88%
Realizado
Maio
61% 55130
Julho
Meta
Realizado
Março
91%
1110
66% 55130
Meta
125609 132% 94800
1114 116%
960
Realizado
%
158473 277%
1142 103%
34728
63%
9752
9338
96%
6600
5298
80%
Novembro
%
Realizado
Dezembro
%
Meta
129347 136% 94800
1047 109%
Realizado
%
130147 137%
960
1104 115%
37672 122% 30760
37678 122%
55130
37306
9752
9322
96%
9752
5277
54%
3129
3620 116%
3129
4908 157%
3129
3.312 106%
3129
3106
6600
5204
79%
6600
5994
91%
5000
5612 112%
5000
5558 111%
5000
5605 112%
5000
5548 111%
38496 125% 30760
36141 117% 30760
99%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Desempenho Geral - Consolidado
Desempenho Geral
Equipe Multidisciplinar
Cirurgias
Diagnóstico
Leitos
Atendimento
Ambulatorial
Desempenho Geral
Equipe Multidisciplinar
Cirurgias
Diagnóstico
Leitos
Atendimento
Ambulatorial
Janeiro
Meta
Realizado
57100
121082
Janeiro-Fevereiro
%
Meta
212% 114200
Realizado
Janeiro-Março
%
Meta
231997 203% 171300
Realizado
%
Meta
356667 208% 228400
%
Meta
484811 212% 285500
Realizado
%
931
84%
2220
1820
3330
2802
4440
3650
84%
79980
65523
82% 119970
97611
81% 159960
132448
9590
9374
98%
19180
17196
90%
28770
27138
94%
38360
36247
94%
47950
45617
95%
6600
5273
80%
13200
9889
75%
19800
14951
76%
26400
20356
77%
33000
25336
77%
Meta
Realizado
%
Meta
227% 456800
Realizado
%
Meta
4659
168755
%
Meta
%
907138
7770
6943
279930
240789
67130
64277
96%
76720
69554
91%
86310
73174
85%
95900
78082
81%
46200
35838
78%
52800
41832
79%
59400
47444
80%
66000
53002
80%
8880
8039
86% 319920
281296
91%
1165698 227% 571000
Realizado
9990
9138
88% 359910
319792
91%
Meta
1291307 226% 665800
11100
10252
89% 399900
355933
84%
92%
Realizado
11299
89% 430660
%
773491 226%
6660
5801
87%
203483
85%
57540
54955
96%
39600
30634
77%
Janeiro-Dezembro
%
Meta
1420654 213% 760600
12060
Realizado
84% 239940
Janeiro-Novembro
399700
89%
1033510 226% 513900
Realizado
5550
83% 199950
Janeiro-Outubro
Meta
615018 215% 342600
33679
Janeiro-Setembro
82%
Janeiro-Junho
1110
Janeiro-Agosto
84%
Realizado
Janeiro-Maio
39990
Janeiro-Julho
82%
Janeiro-Abril
94%
Realizado
%
1550801 204%
13020
12403
95%
393605
91% 461420
431283
93%
99029
81394
82% 102158
84500
83%
71000
58607
83%
64155
84%
76000
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos
Indicadores Qualitativos
Janeiro
Fevereiro
Meta
Realizado
%
Meta
Março
Realizado
%
Abril
Meta
Realizado
%
Meta
Maio
Realizado
%
Junho
Meta
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Observação
12
22
55%
12
21
57%
12
23
52%
12
20
60%
12
19
63%
12
21
57%
Reanimação Trauma
1
1
100%
1
1,3
77%
1
1
100%
1
1
100%
1
1
100%
1
1
100%
Internação Clinica
3
4
75%
3
3
100%
3
3
100%
3
3
100%
3
4
75%
3
3
100%
Internação Cirúrgica
3
3
100%
3
4
75%
3
3
100%
3
3
100%
3
3
100%
3
3,3
91%
Traumatologia
3
3
100%
3
3,4
88%
3
3,2
94%
3
3,1
97%
3
3,2
94%
3
3,2
94%
UTI
8
9,3
86%
8
9
89%
8
8,9
90%
8
9
89%
8
9,4
85%
8
9,8
82%
Taxa de Ocupação Hospitalar
90%
110,39%
123%
90%
101,19%
112%
90%
108,30%
120%
90%
105,74%
117%
90%
105,06%
117%
90%
114,08%
127%
Taxa de Mortalidade Global
4,72%
3,47%
136%
4,72%
4,01%
118%
4,72%
3,54%
133%
4,72%
4,85%
97%
4,72%
3,25%
145%
4,72%
3,79%
125%
Média de
Permanência
Indicadores Qualitativos
Julho
Meta
12
Reanimação Trauma
Internação Clinica
Realizado
%
Setembro
Meta
Realizado
%
Meta
Outubro
Realizado
%
Meta
Novembro
Realizado
%
Meta
Realizado
22
55%
12
24
50%
84
30
280%
84
34
247%
84
1
1
100%
1
2
50%
3
3
100%
3
3
100%
3
3
3,4
88%
3
4
75%
8
6
133%
8
6
133%
8
Internação Cirúrgica
3
3
100%
3
5
60%
6
6
100%
6
6,4
94%
6
7
Traumatologia
3
3,1
97%
3
3,9
77%
6
5,8
103%
6
6,2
97%
6
UTI
8
9,9
81%
8
10,2
78%
11
11
100%
11
10,8
102%
11
Taxa de Ocupação Hospitalar
90%
142,46%
158%
90%
120,79% 134%
90%
106,30%
118%
90%
109%
121%
Taxa de Mortalidade Global
4,72%
4,26%
4,72%
3,66%
129%
4,72%
3,64%
130%
Média de
Permanência
Observação
Agosto
111% 4,72%
6,22%
76%
Dezembro
%
36 233%
Meta
Realizado
%
84
38
94%
3
3,4
88%
7 114%
8
8
100%
86%
6
7
86%
7
86%
6
7
86%
12
92%
11
12,3
89%
90%
119,69% 133%
90%
117,32%
130%
4,72%
4,10% 115%
4,72%
4,05%
117%
3,2
221%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO
Ano 2013 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos - Consolidado
Indicadores Qualitativos
Média de
Permanência
Janeiro
Realizado
Meta
Janeiro-Fevereiro
Meta Realizado
%
Meta
Janeiro-Março
Realizado
%
Meta
Janeiro-Abril
Realizado
%
Meta
Janeiro-Maio
Realizado
%
Meta
Janeiro-Junho
Realizado
%
Observação
12
22
55%
12
21,5
56%
12
22
55%
12
22
56%
12
21
57%
12
21
57%
Reanimação Trauma
1
1
100%
1
1,15
87%
1
1
91%
1
1
93%
1
1
94%
1
1
95%
Internação Clinica
3
4
75%
3
3,5
86%
3
3
90%
3
3
92%
3
3
88%
3
3
90%
Internação Cirúrgica
3
3
100%
3
3,5
86%
3
3
90%
3
3
92%
3
3
94%
3
3
93%
Traumatologia
3
3
100%
3
3,2
94%
3
3
94%
3
3
94%
3
3
94%
3
3
94%
UTI
8
9,3
86%
8
9,15
87%
8
9
88%
8
9
88%
8
9
88%
8
9
87%
90%
110,39%
123%
90%
105,79%
118%
90%
106,60% 118%
90%
106,40%
118%
90%
106,13%
118%
90%
3,47%
136%
3,74%
126%
3,97%
119%
3,82%
123%
Taxa de Ocupação Hospitalar
Taxa de Infecção Hospitalar
9,30%
Taxa de Mortalidade Global
4,72%
Indicadores Qualitativos
Média de
Permanência
%
Meta
9,30%
Janeiro-Julho
Realizado
%
4,72%
Meta
9,30%
Janeiro-Agosto
Realizado
%
4,72%
9,30%
3,67% 129%
Janeiro-Setembro
Meta Realizado
%
4,72%
9,30%
Janeiro-Outubro
Meta Realizado
%
4,72%
107,46% 119%
9,30%
Janeiro-Novembro
Meta
Realizado
%
4,72%
3,81% 124%
Janeiro-Dezembro
Meta Realizado
%
Observação
12
21
57%
12
22
56%
84
22,44 374%
84
23,60
356%
84
24,73
340%
84
25,83
325%
Reanimação Trauma
1
1
100%
1
1
86%
3
1,37 220%
3
1,53
196%
3
1,68
178%
3
1,83
164%
Internação Clinica
3
3
97%
3
3
88%
8
3,71 216%
8
3,94
203%
8
4,22
190%
8
4,53
176%
Internação Cirúrgica
3
3
94%
3
3
88%
6
3,70 162%
6
3,97
151%
6
4,25
141%
6
4,48
134%
Traumatologia
3
3
94%
3
3
92%
6
3,54 169%
6
3,81
157%
6
4,10
146%
6
4,34
138%
UTI
8
9
88%
8
9
85%
11
9,61 114%
11
9,73
113%
11
9,94
111%
11
10,13
109%
90%
112,46%
125%
90%
113,50%
126,11%
90%
113% 125%
90%
112%
125%
90%
113%
126%
90%
4,17%
113%
4,72%
4,12% 114%
4,72%
4%
112%
4,72%
4%
Taxa de Ocupação Hospitalar
Taxa de Infecção Hospitalar
9,30%
Taxa de Mortalidade Global
4,72%
9,30%
3,88%
122% 4,72%
113% 1,2597
0,00
113% 4,72%
4,1%
116%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Ano 2013 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos: Densidade de Incidência de IRAS*
Indicadores Qualitativos
Janeiro
Fevereiro
Meta Realizado % Meta Realizado %
Março
Meta
Realizado
Abril
%
Meta
Realizado
Maio
%
Meta
Realizado
Junho
%
Meta
Realizado
%
UTI I
UTI II
Densidade
de
Incidência
de IRAS
UTI III
UTI IV
Traumatologia
Clínica Cirúrgica
Clínica Médica
Indicadores Qualitativos
Densidade
de
Incidência
de IRAS
Julho
Agosto
Meta Realizado % Meta Realizado %
Setembro
Meta
Realizado
Outubro
%
Meta
Realizado
Novembro
%
Meta
Realizado
Dezembro
%
Meta
Realizado
%
UTI I
34,28%
36,80%
93% 34,28%
22,73% 151% 34,28%
49,35%
69% 34,28%
49,35%
69%
UTI II
26,32%
29,20%
90% 26,32%
29,21%
45,61%
58% 26,32%
45,61%
58%
UTI III
31,22%
26,70% 117% 31,22%
21,23% 147% 31,22%
29,13% 107% 31,22%
40,00%
78%
UTI IV
21,02%
33,80%
29,61%
34,01%
43,05%
49%
Traumatologia
5,43%
62% 21,02%
3,90% 139%
5,43%
90% 26,32%
71% 21,02%
3,00% 181%
5,43%
8,64%
Clínica Cirúrgica
8,64%
13,54%
64%
8,64%
9,83%
Clínica Médica
14,96%
35,02%
43% 14,96%
23,53%
88%
64% 14,96%
62% 21,02%
3,43% 158%
5,43%
3,77% 229%
8,64%
18,63%
46%
71% 14,96%
18,78%
80%
20,93%
*Conforme Portaria Nº 281/2013 - GAB/SES, que acrescentou metas para Densidade de Incidência de IrAS.
Os indicadores referentes ao mês de dezembro aguardam fechamento, devido às férias do membro responsável pelo mesmo.
2,45% 222%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Equipe Multidisciplinar
Equipe
Multidisciplinar
Janeiro
Meta
Realizado
Nutrição
68534
Psicologia
25974
Fisioterapia
6451
Serviço Social
10037
Enfermagem
41208
Odontologia
1020
Fonoaudiologia
TOTAL
Equipe
Multidisciplinar
Fevereiro
%
Meta
162%
94800
Março
Realizado
%
Meta
Abril
Realizado
%
Meta
Maio
Realizado
%
Meta
0%
94800
Junho
Realizado
%
Meta
0%
94800
Realizado
%
526
94800
153750
Julho
Meta
0 0%
94800
Agosto
Realizado
%
Meta
0%
94800
0
0%
94800
Setembro
Realizado
%
Meta
0
Outubro
Realizado
%
Meta
0
Novembro
Realizado
%
Meta
0%
94800
0
0%
Dezembro
Realizado
%
Meta
0%
94800
Realizado
%
Nutrição
Psicologia
Fisioterapia
Serviço Social
Enfermagem
Odontologia
Fonoaudiologia
TOTAL
94800
0
0 0%
94800
0
0%
94800
0
0
0
0%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Cirurgias
Cirurgias
Janeiro
Meta
Realizado
Bucomaxilofacial
234
Ortopedia/Traumatologia
705
Neurocirurgia
Meta
Realizado
%
Meta
0 0%
960
Abril
Realizado
%
Meta
0 0%
960
Realizado
Maio
%
Meta
0 0%
960
Junho
Realizado
%
Meta
0 0%
960
Realizado
%
35
Cirurgia Vascular
Cirurgias
%
Março
47
Cirurgia Geral
TOTAL
Fevereiro
37
960
1058
110%
960
Julho
Meta
Agosto
Realizado
%
Meta
Setembro
Realizado
%
Meta
0 0%
960
Outubro
Realizado
%
Meta
0 0%
960
Realizado
Novembro
%
Meta
0 0%
960
0 0%
Dezembro
Realizado
%
Meta
0 0%
960
Realizado
%
Bucomaxilofacial
Cirurgia Geral Total
Ortopedia/Traumatologia
Neurocirurgia
Cirurgia Vascular
TOTAL
960
0
0%
960
0 0%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Jan. 2014 - Monitoramento da Produção – Diagnóstico
Diagnóstico
Meta
Eletrocardiografia
Janeiro
Realizado
Fevereiro
Realizado
%
Meta
0%
30760
%
Meta
0%
30760
Março
Realizado
%
Meta
0%
30760
%
Meta
0%
30760
Abril
Realizado
%
Meta
0%
30760
%
Meta
0%
30760
Maio
Realizado
%
Meta
Junho
Realizado
%
36829
Agência Transfusional
933
Anatomia Patológica
85
Broncoscopia
44
Ecocardiografia
58
Gastrostomia Endoscópica
12
Esofagogastroduodenoscopia
Diagnóstico
Meta
340
Análises Clínicas
TOTAL
%
22
30760
38323
Meta
Julho
Realizado
125%
30760
%
Meta
0%
30760
0
Agosto
Realizado
0
Setembro
Realizado
0
Outubro
Realizado
0
Novembro
Realizado
0%
%
30760
Meta
0
Dezembro
Realizado
0%
%
Eletrocardiografia
Análises Clínicas
Agência Transfusional
Anatomia Patológica
Broncoscopia
Ecocardiografia
Gastrostomia Endoscópica
Esofagogastroduodenoscopia
TOTAL
30760
0
0
0
0
0
0%
30760
0
0%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Leitos
Leitos
Janeiro
Fevereiro
Meta Realizado
%
Meta
Março
Realizado
%
Meta
Abril
Realizado
%
Meta
Maio
Realizado
%
Meta
Junho
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Observação/Suporte
246
576 234%
246
0%
246
0%
246
0%
246
0%
246
0%
Reanimação Trauma
2160
2160 100%
2160
0%
2160
0%
2160
0%
2160
0%
2160
0%
Internação - Clínica Médica
100
101 101%
100
0%
100
0%
100
0%
100
0%
100
0%
Internação - Clínica Cirúrgica
171
147
86%
171
0%
171
0%
171
0%
171
0%
171
0%
Traumatologia
310
266
86%
310
0%
310
0%
310
0%
310
0%
310
0%
UTI
142
131
92%
142
0%
142
0%
142
0%
142
0%
142
0%
3381 108%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
TOTAL
3129
Leitos
Julho
Meta
Agosto
Realizado
%
Meta
Setembro
Realizado
%
Meta
Realizado
Outubro
%
Meta
Novembro
Realizado
%
Meta
Dezembro
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Observação/Suporte
246
0%
246
0%
246
0%
246
0%
246
0%
246
0%
Reanimação Trauma
2160
0%
2160
0%
2160
0%
2160
0%
2160
0%
2160
0%
Internação - Clínica Médica
100
0%
100
0%
100
0%
100
0%
100
0%
100
0%
Internação - Clínica Cirúrgica
171
0%
171
0%
171
0%
171
0%
171
0%
171
0%
Traumatologia
310
0%
310
0%
310
0%
310
0%
310
0%
310
0%
UTI
142
0%
142
0%
142
0%
142
0%
142
0%
142
0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
TOTAL
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Atendimento Ambulatorial
Atendimento Ambulatorial
Janeiro
Meta
Fevereiro
Realizado
%
Meta
Março
Realizado
%
Meta
Abril
Realizado
%
Meta
Maio
Realizado
%
Meta
Junho
Realizado
%
Meta
Realizado
%
Urgências/Emergências
3500
3574 102%
3500
0%
3500
0%
3500
0%
3500
0%
3500
0%
Retorno dos casos internados
Clínicos e Cirúrgicos
1500
1358
91%
1500
0%
1500
0%
1500
0%
1500
0%
1500
0%
TOTAL
5000
4932
99%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
Atendimento Ambulatorial
Julho
Meta
Agosto
Realizado
Setembro
Realizado
Outubro
Realizado
Novembro
Realizado
Dezembro
%
Meta
%
Meta
%
Meta
%
Meta
%
Meta
Urgências/Emergências
3500
0%
3500
0%
3500
0%
3500
0%
3500
Realizado
0%
3500
Realizado
0%
%
Retorno dos casos internados
Clínicos e Cirúrgicos
1500
0%
1500
0%
1500
0%
1500
0%
1500
0%
1500
0%
TOTAL
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Desempenho Geral
Desempenho Geral
Equipe Multidisciplinar
Cirurgias
Diagnóstico
Leitos
Atendimento
Ambulatorial
Desempenho Geral
Equipe Multidisciplinar
Cirurgias
Diagnóstico
Leitos
Atendimento
Ambulatorial
Janeiro
Meta
Fevereiro
Realizado
%
Meta
Março
Realizado
%
Meta
Abril
Realizado
%
Meta
Maio
Realizado
%
Meta
Junho
Realizado
%
Meta
Realizado
%
94800
153750
162%
94800
0 0%
94800
0 0%
94800
0 0%
94800
0 0%
94800
0 0%
960
1058
110%
960
0 0%
960
0 0%
960
0 0%
960
0 0%
960
0 0%
30760
38323
125%
30760
0 0%
30760
0 0%
30760
0 0%
30760
0 0%
30760
0 0%
3129
3381
108%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
5000
4932
99%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
Julho
Meta
Agosto
Realizado
%
Meta
Setembro
Realizado
%
Meta
Outubro
Realizado
%
Meta
Novembro
Realizado
%
Meta
Realizado
Dezembro
%
Meta
Realizado
%
94800
0 0%
57260
0 0%
94800
0 0%
94800
0 0%
94800
0 0%
94800
0 0%
960
0 0%
1110
0 0%
960
0 0%
960
0 0%
960
0 0%
960
0 0%
30760
0 0%
55130
0 0%
30760
0 0%
30760
0 0%
30760
0 0%
30760
0 0%
3129
0 0%
9752
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
3129
0 0%
5000
0 0%
6600
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
5000
0 0%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Jan. 2014 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos
Indicadores Qualitativos
Média de
Permanência
Janeiro
Meta
Fevereiro
Realizado
%
Meta
Março
%
Meta
Realizado
Abril
%
Meta
Realizado
Maio
%
Meta
Realizado
Junho
%
Meta
Realizado
Observação
84
36 233%
84
84
84
84
84
Reanimação Trauma
3
3 100%
3
3
3
3
3
Internação Clinica
8
8 100%
8
8
8
8
8
Internação Cirúrgica
6
7
86%
6
6
6
6
6
Traumatologia
6
7
86%
6
6
6
6
6
UTI
11
12
92%
11
11
11
11
11
Taxa de Ocupação Hospitalar
90%
95,22% 106%
90%
Taxa de Mortalidade Global
4,72%
3,57% 132%
4,72%
Indicadores Qualitativos
Média de
Permanência
Realizado
Julho
Meta
Realizado
0%
90%
Agosto
%
Meta
0%
4,72%
Realizado
90%
Setembro
%
Meta
0%
4,72%
Realizado
90%
Outubro
%
Meta
0%
4,72%
Realizado
90%
Meta
Realizado
Dezembro
%
Meta
Observação
84
84
84
84
84
84
Reanimação Trauma
3
3
3
3
3
3
Internação Clinica
8
8
8
8
8
8
Internação Cirúrgica
6
6
6
6
6
6
Traumatologia
6
6
6
6
6
6
UTI
11
11
11
11
11
11
Taxa de Ocupação Hospitalar
90%
Taxa de Mortalidade Global
4,72%
0%
90%
4,72%
0%
90%
4,72%
0%
90%
4,72%
0%
90%
4,72%
0%
4,72%
Novembro
%
%
0%
90%
4,72%
Realizado
%
0%
HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO
Jan. 2014 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos: Densidade de Incidência de IRAS*
Indicadores Qualitativos
Densidade
de
Incidência
de IRAS
UTI I
UTI II
UTI III
UTI IV
Traumatologia
Clínica Cirúrgica
Clínica Médica
Indicadores Qualitativos
Janeiro
Fevereiro
Meta Realizado
%
Meta Realizado
34,28%
45,07% 76%
26,32%
39,28% 67%
31,22%
28,44% 110%
21,02%
32,68% 64%
5,43%
5,12% 106%
8,64%
10,50% 82%
14,96%
11,06% 135%
Julho
Meta Realizado
%
Agosto
%
Meta Realizado
Meta
Março
Realizado
%
Setembro
%
Meta
Realizado
Meta
Abril
Realizado
Outubro
%
Meta
Realizado
Meta
Maio
Realizado
%
Meta
Novembro
%
UTI I
UTI II
Densidade
de
Incidência
de IRAS
%
UTI III
UTI IV
Traumatologia
Clínica Cirúrgica
Clínica Médica
*Conforme Portaria Nº 281/2013 - GAB/SES, que acrescentou metas para Densidade de Incidência de IrAS.
Meta
Realizado
Junho
Realizado
%
Dezembro
%
Meta
Realizado
%
Download

Relatório de Gestão 7 – Nov/2013 a Fev/2014