STA. EDWIGES
Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIV * N. 286 * Outubro de 2014
55ª
Festa de
Santa Edwiges
Programe-se para participar conosco da Grande Festa de nossa Padroeira Santa Edwiges.
Programação Religiosa
1. Primeiro dia – O Cristão e a Riqueza
2. Segundo dia – Saber Sofrer
3. Terceiro dia – Sorrir Sempre
4. Quarto dia – Generosidade Cristã
5. Quinto dia – Saber Falar e Saber Calar
6. Sexto dia – Confiança em Deus
7. Sétimo dia – As pequenas coisas
8. Oitavo dia – Saber Lutar
9. Nono dia – O cuidado com a vida Espiritual
Pág. 17
Notícias
Celebração da Crisma
No dia 06 de setembro, aconteceu no Santuário Santa Edwiges, a celebração da Crisma. O presidente da celebração foi o
Bispo da região Ipiranga, Dom José Fortes Palau.
Pág. 09
Juventude
Dízimo
Identidade do
Jovem Josefino
Um pouco da
Cultural do Dízimo
O jovem josefino tem como centralidade os ensinamentos de Cristo,
seguindo as atitudes de São José
que viveu de maneira disponível e
total aos interesses de Jesus.
Pág. 10
Entenda sobre o Dízimo, e venha
ser Dizimista você também!
Pág. 20
edição
especial
02 calendário
editorial
Santa Edwiges,
rogai por nós!
Celebramos este mês uma santa que em
sua época fez história, e que continua fazendo
história de uma forma diferente nos dias atuais.
Santa Edwiges, a padroeira dos pobres e envidados e a padroeira do nosso Santuário.
Santa Edwiges nasceu em 1174 e morreu em
1243. Filha de nobres casou-se muito jovem com
Henrique, duque da Silésia. Foi mãe de vários
filhos. Sua característica foi uma fé profunda e
uma atenção e devoção particular aos pobres.
No Brasil surgiram vários altares e capelas em
homenagem a esta Santa. Pelo que consta, a
mais antiga capela dedicada exclusivamente a
Santa Edwiges foi àquela construída em 1923
na Estrada das Lágrimas, em São Paulo. Com o
crescimento do bairro, foi dedicada uma pequena igreja elevada à categoria de paróquia em
1960.
Com a vinda dos padres Oblatos de São José
em 1973, e graças ao entusiasmo e à grande devoção dos fiéis, iniciou-se em 1983 a construção
do Santuário.
A exemplo da Santa, as características principais deste centro de religiosidade popular são o
aprofundamento da fé e a atenção particular aos
pobres. (Fonte: Novena de Santa Edwiges)
Todos os anos no mês de outubro festejamos
de uma forma bem intensa o mês da nossa Padroeira, e é claro que este ano não poderia ser
diferente. Convido você, querido leitor, para que
participe da 55ª Festa de Santa Edwiges. Confira
nesta edição, a programação festiva e religiosa
na página 17.
Peçamos à Santa Edwiges que ilumine as pessoas que serão eleitas nessas eleições, para que
eles possam administrar o nosso Estado, colaborando para que as pessoas tenham uma forma
digna e justa de viver.
Fiquem com Deus!
Karina Oliveira
[email protected]
Paróquia Santuário Santa Edwiges
Arquidiocese de São Paulo
Região Episcopal Ipiranga
Congregação dos Oblatos de São José
Província Nossa Senhora do Rocio
Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ
santuariosantaedwiges.com.br
outubro de 2014
Pastoral dos Coroinhas (Encontro e venda de bolos)
Novena de Nossa Senhora Aparecida
Quermesse de Santa Edwiges
Salão São José Marello
Santuário
Santuário
10h
18h30
18h
7 Ter
Reunião Geral do Clero da Região Episcopal Ipiranga
Novena de Santa Edwiges
Sede da Região
Santuário
8h30 às 12h
19h30
8 Qua
Novena de Santa Edwiges
Santuário
19h30
9 Qui
Novena de Santa Edwiges
Santuário
19h30
10 Sex
Reunião do Presbitério do Setor Anchieta
CPS – Setor Anchieta
Novena de Santa Edwiges
Par. Santa Paulina
Par. Santa Paulina
Santuário
8h30 às 12h
20h às 21h30
11 Sab
Quermesse de Santa Edwiges
Infância Missionária (Realidade missionária)
Novena de Santa Edwiges
Salão Pe. Segundo
Santuário
14h30 às
15h30
16h
12 Dom
Quermesse de Santa Edwiges
Solenidade de Nossa Senhora Aparecida
Pastoral dos Coroinhas (Encontro)
Pastoral dos Coroinhas (Encontro de planejamento)
Novena de Santa Edwiges
Santuário e Comunidade
Salão São José Marello
Salão São José
Santuário
10h
18h
18h30
13 Seg
Novena de Santa Edwiges
Santuário
19h30
14 Ter
Novena de Santa Edwiges
Santuário
19h30
15 Qua
Novena de Santa Edwiges
Santuário
19h30
16 Qui
Dia de Santa Edwiges
Novena de Santa Edwiges
Santuário
19h30
18 Sab
Quermesse de Santa Edwiges
Infância Missionária (Compromisso missionário)
Comunidade Nossa Senhora Aparecida (CPC)
Pastoral do Batismo (Encontro de preparação)
Salão Pe. Segundo
Sede da Comunidade
Salão São José
14h30 às
15h30
15h
17h30 às
21h30
19 Dom
Quermesse de Santa Edwiges
Procissão de Santa Edwiges
Pastoral do Batismo (Celebração)
Santuário
Santuário
15h
16h
24 Sex
Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas)
Salão São José Marello
7h às 10h
25 Sab
Quermesse de Santa Edwiges
Conferência Vicentina (Entrega de cestas básicas)
Min. de Eucaristia da Região Episcopal Ipiranga (Reunião)
Infância Missionária (Vida de grupo)
Salão São José Marello
A definir
Salão Pe. Segundo
8h às 10h
8h30 às 12h
14h30 às
15h30
26 Dom
Quermesse Pastoral dos Coroinhas (Sessão de cinema)
SAV (Reunião)
Santuário
Átrio do Santuário
7h, 9h, 11, 15h
e 18h30
29 Qua
Terço dos Homens (Adoração ao Ssmo. Sacramento)
Santuário
20h
5 Dom
Responsável e Editora: Karina Oliveira
Projeto Gráfico: 142comunicacao.com.br
Fotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo Interno
Equipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz;
Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho
V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira
Site: www.santuariosantaedwiges.com.br
E-mail: [email protected]
Conclusão desta edição:02/10/2014
Impressão: Folha de Londrina.
Tiragem: 10.000 exemplares.
Distribuição gratuita
Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111
especial 03
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outubro de 2014
O ser humano e o caso com a morte
Continuação
acalmar o ímpeto voraz desta fera que
é nosso desejo.
não sou eu e nem o outro é o objetivo
ou o sentido que damos em viver.
A pedra filosofal
Neste sentido a melodia acalma
e nos desprende do musgo do diabo ou das tentações, assim, à luz do
discernimento de nossas ambições
encontramos na simplicidade algo
que nos leva á verdadeira chave da
confiança e da coragem. Porém, de
nada adianta mantermos a calma, a
confiança e a coragem se não prestamos a atenção em nosso egoísmo
pessoal, pois é fechando a porta para
esse sentimento que saberemos dar o
verdadeiro tom da melodia.
Harry neste jogo é beneficiado pelo
sacrifício de Weasley, pois saber qual
é objetivo final da nossa existência
nos torna seres diferentes e nos destaca entre a multidão. Cria-se assim o
herói, o santo e até mesmo os mitos.
Weasley sabia que o objetivo final só
seria alcançado com a continuidade
da vida de Harry. Porém, aceitar o
sacrifício de outros não é uma questão de orgulho, mas a responsabilidade de fazer com que o jogo da vida
continue. Por isso, quando a criança
ou o adolescente experimenta em seu
convívio a dolorosa ação da morte,
seja de parentes ou até mesmo de
pessoas próximas a eles o importante não é pintar um quadro sobre o
destino ou sobre a intenção de Deus.
Neste momento a ação positivista da
vida é a continuidade aonde viver é a
maior homenagem aquele que partiu
para outra existência.
É neste dilema entre vida e morte
que vivemos grande parte de nossa
existência. O que podemos fazer? A
vida nos desafia, a olhar nos olhos
do cão de três cabeças sem medo.
Porém para muitos este monstro se
apresenta como devorador ou como
diz o ditado, um bicho de sete cabeças, ou seja, existe muita dificuldade
em enfrentar este monstro. Do outro
lado da moeda algumas pessoas podem dizer que fazer isto é simples,
basta domá-lo ou conhecer sua fraqueza. Perante estas duas visões a
pergunta é: Há como enfrentar uma
coisa assim? Eu diria sim. Conforme
as palavras de Regret o guarda caças: “O fofo” (o cão de três cabeças)
tem uma fraqueza. “Basta tocar uma
melodia que ele pega no sono”.
Compreende-se aqui que a melodia
é a forma que nos relacionamos com a
busca do poder, da fama e do dinheiro.
Em outras palavras é como nos relacionamos com a ambição humana.
Pois uma melodia bem tocada pode
O tom desta melodia nasce do sacrifício e do amor. É neste momento que
nos colocamos à prova, pois no jogo da
vida cada peça nos leva para um fim.
Assim como no xadrez de bruxo as peças devem ser movidas com sabedoria,
nem o medo e nem as preocupações do
dia a dia podem atrapalhar. É sob a luz
da existência e da verdade que chegamos a um ponto crucial onde temos que
perguntar para nós mesmos: Qual é o
valor de nossa vida e qual é o valor da
vida do outro? É aqui no limiar da morte que nos tornamos seres honrados ou
não. Pois no jogo da vida, o importante
Quando nos deparamos com a realidade da morte é que valorizamos
a vida ou a desprezamos. Compreender que os monstros deste mundo nascem da mente humana e que
eles estão, não fora, mais dentro de
nossos pensamentos. A necessidade
de confrontar o eu interior nos dá o
conhecimento que no fundo a pedra
filosofal está em nós mesmos e é por
isso que o toque da vida está em nossas mãos. Utilizar o dom que recebemos com sabedoria não é brincadeira, pois não vivemos em um mundo
de desenhos onde a queda ou pancada mais violenta só nos achatara um
pouco, mas continuamos vivos. Aqui
a coisa é real, para morrer basta estar
vivo. Acordar do sonho e ver que em
nossos pés está a doçura da vida, mas
também as frustrações que tornam
homens e mulheres melhores, pois
todo sentimento nos deixa um sinal
de que o trem da vida só espera quem
sabe olhar para as pessoas e para o
passado com o entusiasmo das novas
experiências que virão. Mas explicar
isto, é outra história, precisaríamos
de três réplicas para compreender
o que está entre a vida e a morte de
cada ser humano.
Pe. Paulo Sérgio - OSJ
Vigário Paroquial
04 osse
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outubro de 2014
PARCEIROS AMIGOS DO LAR SAGRADA FAMÍLIA
Com a ajuda de muitos parceiros e paroquianos, estamos conseguindo proporcionar cada vez mais, bem-estar e alegria
às idosas assistidas no Lar Sagrada Família. E, como gentileza gera gentileza,
desejamos que eles sejam conhecidos por
todos e recebam mais uma vez, nosso
“Muito obrigado!”.
Mensalmente contamos com a presença da empresa Embaquim Indústria e
Comércio – uma grande empresa de embalagens aqui do Ipiranga – que mobiliza
seus funcionários em campanhas internas
no intuito de arrecadar suprimentos para
a nossa instituição e depois, gentilmente, oferece às nossas idosas um saboroso
lanche da tarde. Além disso, as doações
em datas comemorativas como Páscoa e
Final de Ano nunca deixam de acontecer.
Desde o ano passado também passamos a fazer parte da Campanha do Dia
das Mães da OAB Ipiranga e recebemos
`
19 kits com produtos de higiene pessoal. Esse ano o Lar também participou da
Campanha do Agasalho e fomos contemplados com uma grande doação de roupas
e cobertores.
Outra empresa que está anualmente
presente no Lar é a SAP Brasil, empresa
de origem alemã, com forte presença no
Brasil, criadora de softwares de gestão de
empresas. Eles já nos ajudaram na pintura do Lar, com doações de móveis, aquecedores, mantas dentre outros.
Outro importante parceiro é a Extra
Farma Ipiranga Loja 3. Claro que o
desconto nas compras é bom, mas o que
nos faz sempre procurá-los é a qualidade
da equipe: prestativos, gentis, sorridentes
e, sobretudo: sempre disponíveis.
Luzia, nossa cabeleireira, também é
outra grande parceira! A cada dois meses, pelo menos, reserva uma manhã para
vir realizar o corte de cabelo de nossas
idosas aqui no Lar, deixando assim, seu
salão de cabeleireira fechado!
Sr. Francisco, o “DIOURO” pra maioria dos nossos vizinhos, é um dos nossos
“Anjos de Guarda”. Incansável em nos
ajudar seja para o que for e a hora que
for: descarrega o carro com os mantimentos, carrega o carro com doações, ajuda
a retirar entulhos, lixo, realiza pequenas
manutenções hidráulicas e até de marcenaria, faz cavalete para a guarda da nossa
vaga de carro na rua enfim... Com ele não
tem tempo ruim
Esse ano o Lar foi descoberto pelo Projeto Velho Amigo, uma associação sem
fins lucrativos que, desde 1999, contribui
para o melhor funcionamento de instituições de longa permanência. Tem como
objetivo promover uma nova perspectiva
de vida aos idosos através da realização
de eventos para resgatar sua dignidade e
auto-estima. E foi com o patrocínio deles
que pudemos proporcionar um momento
de resgate da auto-estima para algumas
idosas. A tarde do dia 25/08/2014 não
será esquecida por nós! Fomos para o Salão Jacques e Janine da Rua Augusta e
nossas idosas participaram do 12º Mutirão da Beleza! Que massagem e carinho
gostoso no ego!
E como não mencionar os paroquianos? Graças às doações constantes de leite, fraldas, luvas de látex (para manusear
as idosas), alimentos, roupas, cadeiras de
roda, bengalas e até medicamentos conseguimos fazer com que nada falte a elas.
A todos esses amigos, nosso MUITO
OBRIGADO! A frase é pequena, mas a
nossa gratidão não cabe em mil páginas
desse jornal
Carla Coelho
Coordenadora do Lar Sagrada Família
para refletir
Amigo secreto
Minha mãe apontou, soluçando: - A ge-la-de-dei-ra! Ela que-que-brou!
“O técnico avisou que, se ela enguiçasse de novo, já
era, disse meu pai.”
“Não faço questão de geladeira, minha irmã falou.
O que não dá é ficar sem computador.”
A turma reuniu-se na sala de aula. Martinha carregava um pacote enorme, cheio de laços. Suzana e
Antônio conversavam animados.
Mariana pediu para Juju começar a brincadeira.
Cada um devia explicar antes por que escolhera o presente para seu amigo secreto. Quando Juju terminou
de falar, um tênis, que mais parecia uma nave espacial, foi parar nas mãos de Felipe. Este contou por que
comprou o CD importado para o Luís. Que explicou
por que escolheu a bermuda de surfista para o Bruno. Bruno, a turma gritou:
- Agora é você! -Bruno pôs-se a falar:
- Bom, pessoal, é o seguinte: na primeira semana de
dezembro, já tarde da noite, lá em casa, ouvimos um
grito de filme de terror. Todo mundo saltou da cama:
- O que foi? O que foi? Aí, minha mãe disse: - Se a gente fosse esquimó,
jogava a caça sobre a neve, cobria com gravetos pros
lobos não roubarem e pronto. Mas, em pleno verão
brasileiro, geladeira é prioridade. Precisamos comprar uma nova imediatamente.
- E daí? Minha irmã perguntou. - E daí que o mesmo dinheiro não sai da mesma
carteira duas vezes. Disse meu pai.
- Então o computador dançou? Eu perguntei e meu
pai respondeu:
- O computador e outras coisinhas. Nossa geladeira
é dúplex, custa mais.
- E o presente do amigo secreto? Minha irmã lembrou mais que depressa.
- Bolem um presente criativo e que não custe nada,
falou meu pai. Foi aí que eu tive a ideia, continuou Bruno, abrindo
a mochila e tirando de lá um pequeno pacote. Espero
que meu amigo secreto goste. Ele é o Rafa. Aí, Rafa!
Vai lá! Gritou a turma. Rafa começou a abrir o pacote.
O silêncio era total. Não acredito que você guardou
esta foto, cara! Que idade a gente tinha? -Mostra!
Mostra! É a foto emoldurada de Bruno e de Rafa,
quando tinham 6 anos de idade, foi passando de mão
em mão. O maior sucesso.
- Puxa Bruno! Só faltou uma coisa disse Rafa.
- O quê?
- Um abraço, cara. Gosto de você! Bom fim de ano!
Moral da História
Esse pequeno conto lembra-me dos meus amigos
que cresceram comigo no norte do Paraná. Quantas
vezes nós brincamos de amigo secreto nos finais de
ano. O importante nem era os presente ou os cartões,
mas o simples gesto de estarmos juntos. A amizade
não se traduz em presentes magníficos ou coisas caras, mas ela obtém um significado esplêndido quando
olhamos a história em comum entre nós e isso não
tem preço. Porque o maior valor do ser amigo é saber
que deixamos uma marca de carinho no profundo dos
corações daqueles que passaram em nossas vidas.
Pe. Paulo Sérgio - OSJ
Vigário Paroquial
especial 05
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outubro de 2014
“JUBILEU DE PRATA”
25 ANOS DE PRESENÇA DAS IRMÃS FRANCISCANAS ANGELINAS EM SÃO PAULO
28 de outubro de 1990 a 28 de outubro de 2015
Ir. Iolanda Gusmãn Bazan
Em 28 de outubro de 2015 nós Irmãs Franciscanas Angelinas estaremos
completando 25 anos de presença em
São Paulo. Aproveitamos deste espaço
do Jornal Santa Edwiges para proclamar, anunciar a todos as maravilhas que
Deus por meio de nossa Congregação,
vem difundindo as pessoas com quem
convivemos durante este jubileu.
Nós somos uma família franciscana,
que nasceu na Igreja por meio de nossa fundadora Madre Clara Ricci. Com
ela queremos agradecer a Deus o nosso
“Sumo Bem”, como dizia São Francisco de Assis o inspirador de nossa vida
franciscana, por todo o bem que já foi
realizado por meio das Irmãs Franciscanas Angelinas nestes quase 25 anos
de história. Venha participar da:
CELEBRAÇÃO EUCARISTICA
EM AÇÃO DE GRAÇAS,
DIA: 28/10/2014, TERÇA-FEIRA
HORÁRIO: 19h30min
LOCAL: PARÓQUIA SANTUÁRIO SANTA EDWIGES
Estaremos dando a abertura a celebração ao ano do jubileu de prata, 25 anos
de presença das Irmãs Franciscanas
Angelinas em São Paulo, queremos render graças a Deus, juntas as irmãs que fizeram parte desta missão, junto aos Amigos de Madre Clara adultos, adolescentes
e crianças, todas as famílias do Centro
Educacional São Francisco e os que já foram do Centro Educacional Madre Clara
onde exercemos nosso trabalho nesta comunidade de Heliópolis, a comunidade
do Santuário Santa Edwiges, na pessoa
do pároco Pe. Paulo, todos os Oblatos de
São José que fizeram parte desta história.
Aos Colaboradores, crianças e adolescentes e suas famílias das Obras Sociais
São Bonifácio, Parque Bristol. E a todos
os nossos amigos e benfeitores que colaboram com as nossas obras e missão.
Madre Clara Ricci
Fundadora das Irmãs Franciscanas Angelinas
Faremos um agradecimento todo
especial a nossa cara Ir. Yolanda Gusmãn Bazan, (in memória) fundadora
desta missão, que ela do céu possa
interceder por todas nós e juntos com
todos os que convivem conosco dizer: “O Senhor fez em mim maravilhas e santo é o seu nome”.
Ir. Silvania Perin
Franciscana Angelina
06 palavra do pároco-reitor
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outubro de 2014
As Padroeiras e a Alegria do dom da Fé
Caros Romeiros, Paroquianos e Devotos de Santa
Edwiges.
No mês da Padroeira de nosso Santuário, parece
que errei no título desta coluna. Parece ser uma desatenção, mas, é uma provocação para falar de duas
mulheres importantes da vida de nossa fé e do estudo que realizamos em nossa comunidade durante
este ano de 2014.
Abrimos o ano com o estudo do Documento Lumen Fidei (A Luz da Fé) do então Papa Francisco.
Fruto de um trabalho do Papa Bento XVI e do Papa
atual, que proclama por ocasião do final do Ano da
Fé, uma grande carta de estudo e motivação para a
vivência da fé, e que em breve também como um itinerário que Francisco oferece a Igreja, a Carta Apostólica Evangelho da Alegria. Esta foi estudada em
julho na Semana de Espiritualidade, onde também
nos deixamos tocar por um momento vivo de oração
e comunhão deste ser Igreja alegre à luz da fé.
O que inspira a comunhão na Igreja é olhar a Padroeira do Brasil, a Senhora de Aparecida, que olhando
para Maria, Rainha Senhora Nossa, a Mãe de Jesus, e
que vivendo a fé sendo fiel ao projeto, Deus a escolhe
através da Anunciação (Lc 1,26-38), e esta se põe a
disposição de sua fé e na vida de serviço a comunidade, vai à casa de Isabel, que também está grávida. Certamente dar uma ajuda a esta que em idade avançada
se faz mãe e ambas, em atitude de fé, entregam a Deus
suas preces por sua fidelidade. De Maria se faz ver,
deixa muito claro a certeza com o canto que, em sua
chegada a casa de Isabel, a felicidade da fé expressa
no canto Mariano (Lc 1,46-55). A felicidade interior,
a certeza e a fé fazem a pessoa ser livres e tirar de si
como tradução desta a expressão da realidade da vida.
A luz de Maria, outras grandes mulheres fazem
a história da vida de fé, aqui podemos contemplar Edwiges a nossa Padroeira. Conhecedora da
fé viveu com grande zelo, esta dando à sua casa o
testemunho e a formação, entregando-se a oração
contínua, a contemplação dos mistérios do Cristo,
um grande amor à cruz, um zelo muito grande pela
Eucaristia. Com esta podemos aprender que nossa
vida pode também se transformar a partir da entrega
total, da vivência em família, da fé, e zelo de nossos
valores, mesmo quando questionados ou atacados,
nós nos colocarmos como os zeladores da fé e da
doutrina que professamos.
Que Nossa Senhora Aparecida e Santa Edwiges, possam neste mês de suas festas serem as nossas grandes
consoladoras e intercessoras junto de Deus por nós.
Com a alegria de conhecer o evangelho, vivamos
a nossa fé e sejamos felizes.
Pe Paulo Siebeneichler – OSJ
Pároco-Reitor da P. S. Santa Edwiges
[email protected]
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outubro de 2014
Batismo 31 de agosto de 2014
batismo 07
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)
Ana Laianny Silva Gonçalves
Arthur Carvalho Bezerra
Daniel Soares dos Santos
Gabriel Liberato de Oliveira
José Ricardo Oliveira Leite
Kauã Oliveira de Paula
Maria Luiza Pretel Carvalho
Pedro Henrique Siqueira Sousa
Rafaella Souza Amarante
Sofia da Silva Goes
Sofia do Prado Oliveira
Meneses Produções Fotográficas
Tel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836
08 notícias
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outubro de 2013
Pastoral dos coroinhas recebe
consagração para o serviço ao altar
A pastoral dos coroinhas realizou
no mês de agosto (30), a Vestição e
Renovação das crianças e dos adolescentes, que exercem o serviço no
altar de nosso Santuário.
Tomando o exemplo do padroeiro
São Tarcísio, 19 crianças e adolescentes assumiram a responsabilidade de servir ao altar e a comunidade
por amor ao Cristo na Eucaristia.
Acolhidos na missa celebrada
pelo Padre Hilton Soares, os coroinhas se comprometeram em cumprir
este serviço com responsabilidade e
zelo por um ano.
Após a celebração, aconteceu um
jantar de comemoração entre os protagonistas, padrinhos e familiares
no salão São José Marello. Convidamos toda a comunidade
entre 7 e 13 anos para participar
do nosso grupo. Nossos encontros
acontecem todos os domingos após
a missa das nove.
Kaique Barion
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outubro de 2013
Celebração da Crisma
notícias 09
Fotos: HDF Produção
Aconteceu no dia 06 de setembro, no Santuário Santa Edwiges, a celebração da Crisma. O
nosso bispo Dom José Roberto
Fortes Palau, foi o presidente da
celebração e o concelebrante, Pe.
Paulo Siebeneichler. Cerca de 72
jovens receberam o Sacramento.
Agradecemos todos os catequistas que orientaram esses jovens
ao longo deste período de preparação, e que possamos pedir a
Deus, força e coragem para que
eles possam sempre testemunhar
sua fé, onde estiverem.
Liga Marelliana
A Juventude reunida num só lugar!
Num estalo que a inteligência deu, tive um O que cada um trouxe no mochilão da vida
look on do rosto de Jesus jovem presente se mostrava nos olhares; um landscape do
naquela juventude reunida num só lugar. que a juventude é, sendo. Sem mais. Que
“Onde dois ou mais estiverem reunidos em desvairo o nosso em acreditar no Reino de
meu nome, eu estarei no meio deles.”
Deus – disse alguém. E ele tinha razão.
A Liga Marelliana aconteceu nos dias 13 e
Aquele bando de desvairados que produ14 de setembro, que iniciou com a mensagem ziram e espalharam uma epidemia alarancentral: “Hoje é dia de celebrarmos a cami- jada. Quando percebi já não conseguimos
nhada da juventude Josefina.” Mas, o Padre mais nos conter. Viam-se jovens que perMiguel Piscopo impactou quando relevou o diam e corriam alegres comemorando com
essencial – é a Jesus Cristo, nosso mestre, que aqueles que os venceram. Elas com eles
seguimos! A gente tinha esquecido de men- rodopiavam na ponta dos pés falando da
cionar isso, até então... Só que não é isso que semente oblata. Outros trocavam beijinhos
quero enfatizar. Só fiz memória de algo sig- no rosto afetuosamente demonstrando a
nificativo que conota
unidade no eco do
“Vem que vai começar,
tudo o que intentavaberro do berrante muJuventude Josefina num só lugar.
-se. O que partilho é
sicado com o sotaque
Cumprindo o que Marello diz:
a alegria da visibilide quem bebe um leiNossa meta é ser Feliz!”
dade juvenil presente
tE quentE e, estava do
no mundo.
outro lado do ginásio.
Eram muitos rostos, muitos olhares, vidas Enfim, um ginásio que explodia em divercom significado, vidas vividas. Já pensou sidade quando unido pelo Ideal, ou seja, na
que, aquele momento presente foi espera- adesão ao seguimento de Jesus.
do desde o início? Quantos sóis e luas se
“Esperançamos” que este momento tenha
prepararam para vivermos aquilo? Quantas ajudado a conhecer mais um cadinho do
vidas nos antecederam e deixaram esse mo- rosto de Jesus e marcar na mente e no comento pra gente? Faltavam dias e já sentía- ração esta experiência do carisma josefinomos saudades da preparação, porque Algo -marelliano. Vamos espalhar felicidade!
nos motivava – agora entendo melhor este Esta é a nossa missão!
aspecto da Espiritualidade do Pai Marello.
10 juventude
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outubro de 2014
Identidade do Jovem Josefino
A vivência de um jovem Josefino
O jovem josefino está inserido em nossas obras
sociais, escolas, faculdades e paróquias que recebe
de uma maneira direta ou indireta o legado espiritual e humano de São José Marello.
O jovem josefino tem como centralidade os ensinamentos de Cristo, seguindo as atitudes de São
José que viveu de maneira disponível e total aos
interesses de Jesus. O legado espiritual de São José
Marello leva o jovem josefino a viver uma espiritualidade focada nas seguintes atitudes:
1- O jovem Josefino deve viver "o mistério cristão como o viveu S. José" (C. 3) e o "serviço de
Deus na imitação de S. José" (L. 236).
2- Viver o tempo presente: não deixar para amanhã
o que podemos fazer hoje. Não adiar o nosso compromisso com a ação de Deus que manifesta diariamente.
3- Cuidar dos interesses de Jesus: São José foi
disponível e aberto para cuidar das necessidades de
Jesus e de Maria. Um jovem josefino busca em sua
realidade perceber os apelos de Deus, contribuindo
para a construção do Reino de Deus.
4- Ser extraordinário: São José Marello nos ensina que é necessário ser extraordinário nas coisas ordinárias, ou seja, precisamos fazer as coisas
simples do dia a dia.
Jovem Missionário
O jovem Josefino é um cristão acima de tudo
que tem dentro de si talentos e dons que está a
serviço das necessidades daqueles que estão a
sua volta. Ele vive através da missão o aspecto de cuidar dos interesses de Jesus.
Jovem ligado nos
sinais dos tempos
5- Acreditar na providência de Deus: O nosso
fundador deixou como legado espiritual aos seus
filhos a força da providência de Deus que age plenamente nos corações daqueles que confiam em
sua ação misericórdia para aqueles que estão ao
seu dispor e serviço.
6- Estar unido a Deus: Um jovem josefino aprende que é necessário antes de tudo estar unido a
Deus através da oração diária, da direção espiritual e de uma boa catequese.
7- Laboriosidade: O jovem aprende a desenvolver as próprias habilidades e capacidades e no segundo momento como servir o próximo com suas
potencialidades.
8- Responsabilidade: é uma virtude necessária
para desenvolver qualquer apelo de Deus e humano. Sem esta capacidade o jovem josefino não cresce e nem desenvolve a mente e o coração.
9- Silêncio: São José viveu plenamente no silêncio que significa ter a capacidade de escutar a
Deus e ao próximo.
10- Humanidade: Antes dos ideais espirituais é necessário educar os elementos mais comuns de um jovem
como afetividade, a cultura, as crises e as amizades.
É uma atitude necessária para realizar a vontade
de Deus e também cuidar dos interesses de Jesus. Um jovem josefino a exemplo do seu fundador desenvolve sua ação pastoral a partir dos
gritos da realidade juvenil
Jovem Protagonista
O jovem josefino deve ser protagonista não
apenas nas atividades e formações, mas principalmente no que diz respeito a sua vida. É
uma pessoa que busca formação e é critico aos
assuntos que estão a sua volta.
Jovem que vive em
comunidade
Dentro das obras, escolas, faculdades ou paróquias o jovem josefino vive em comunidade através dos grupos de base ou experiências
pastorais ou de movimento ligados aos Oblatos
de São José.
Jovem que tem um
projeto de vida
Jovem ligado nos
sinais dos tempos
O jovem josefino inserido numa comunidade
percebe também que é importante contribuir
com a Igreja Local (Diocese). Propõe projetos
ou atividades que visam contribuir com outros
grupos e movimentos juvenis.
O fato de ser protagonista requer do jovem
josefino um projeto de vida iluminado pelos
critérios cristãos, pelos apelos da realidade e
até mesmo o autoconhecimento. Por isso um
projeto de vida é indispensável.
Pe. Bennelson da Silva Barbosa
Vigário Paroquial Nsa. Sra. da Fátima
vocações 11
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outubro de 2014
A VOCAÇÃO DA JOVEM EDWIGES
Edwiges viveu em uma época em que a mulher
não tinha a oportunidade de fazer suas próprias
escolhas, contudo viveu plenamente à vocação
matrimonial. Com apenas doze anos Edwiges se
casara com Henrique, o Duque da Silésia.
Segundo consta, sua vida de casada foi seriamente comprometida com seu marido e com Deus. Seis
filhos nasceram desta união e os esposos levaram
uma vida permeada de práticas piedosas como o
Jejum e a oração diária, meios de glorificar a Deus.
A humildade fez dela ao mesmo tempo nobre duquesa com postura pobre. A generosidade e o espírito de caridade para com os menos favorecidos
foram marcas de sua personalidade.
Com a morte de seu marido e um dos filhos,
Edwiges encontra uma nova perspectiva para viver
sua vocação, não como consagrada, mas como leiga que ao mesmo tempo em que silenciosamente
levava uma vida contemplativa no mosteiro onde
sua filha era abadessa, não deixava o apostolado
social em servir os pobres e com sua fortuna também favorecer os mosteiros da região.
Edwiges via em cada pobre que encontrava a
imagem de Cristo estampada e a eles distribuía os
seus bens em abundância para o pagamento dos
pecados como ela mesma dizia. Buscava, desta
forma, conformar-se cada vez mais a sua vontade
com a vontade do Supremo criador.
A oração era muito presente na vida de Edwiges,
passava noites e mais noites de joelhos em profunda oração e contemplação. Durante as missas usava sempre um véu e diziam que comumente não
continha as lágrimas de emoção ao participar do
Santo Ofício de tanta a emoção.
Dentre tantas características da vida de Santa
Edwiges destacamos aqui o seu ensinamento sobre
o valor das pequenas coisas. Os santos acreditam
de fato que são de passos pequenos que percorreremos um grande caminho tudo há seu tempo.
Qualquer que seja a ação necessita-se de paciência, tempo e muita simplicidade, pois as coisas
de Deus são assim, não há porque se apressar ou
fazer tudo com muita correria ou com desejos de
muitas grandezas quando não damos conta nem do
necessário.
Pequenos momentos de cada dia, imbuídos de
sentido e carregados de muita boa vontade valem
por momentos de eternidade, pois ali está Deus
agindo. A vocação da jovem mãe e leiga Edwiges
passou por este processo. Sentia constantemente
que de pequenos atos Deus caminhava ao seu lado
e assim testemunha as maravilhas em sua vida.
ORAÇÃO DE UM JOVEM
VOCACIONADO
A paciência era outra virtude notável em nossa
Santa. Jamais foi vista irritada com alguém ou situação, chegou a perdoar o mordomo que lhe enganara ao apresentar um falso padre a fim de atender
a um pedido que lhe trouxesse um sacerdote. Sempre delicada para com todos que a procuravam,
atenta e serena, tinha o dom de acalmar aos mais
enfurecidos que dela se aproximavam.
Jesus estou aqui na tua presença para lhe
dizer que desejo do fundo do meu coração
descobrir em minha vida a Tua Santa
Vontade!
Sou jovem Senhor, tenho uma vida
pela frente, mas desejo vivê-la na Tua
presença, no Teu amor, na Tua graça.
Este era o perfil da vocacionada Edwiges! Atenta
à vontade de Deus e à realidade dos irmãos e irmãs
colocou sua vida, seu matrimônio, sua maternidade, sua bondade e generosidade como dons de total
entrega ao Criador.
Desejo ser feliz! Mas como? De que
modo? São tantos os caminhos, são tantas
as propostas que às vezes não sei aonde ir.
Jesus, o Senhor por mim deu a vida,
e todos os dias se dá a mim, a cada um
dos meus irmãos, na Eucaristia, na Bíblia
Sagrada.
A vida de intensa oração por ela cultivada e suas
práticas de piedade (por nós hoje até exageradas)
a tornaram cada vez mais próxima daquele a quem
tanto amou e quis torná-lo cada vez mais adorado.
Eu desejo Jesus te amar, te conhecer
mais para te seguir. Quero ser um jovem
cristão de verdade, comprometido, quero
conhecer mais a minha Igreja, participar
dela com amor e perseverança. Ser um
jovem cristão comprometida com o meu
Batismo, com meus irmãos e irmãs.
José Marello, apóstolo da Juventude Josefina,
quanto ao cumprir a vontade de Deus a partir dos
pequenos gestos diários dizia: “Façamos, momento por momento, a santa vontade de Deus,
sigamos fielmente as pistas de Jesus, aceitemos
todos os atos de virtude que se apresentam por
cumprir no nosso caminho com aquela serenidade de que é capaz o nosso coração e não nos
iludamos sobre o porvir, que não está em nosso
poder. Vale mais o mínimo ato de virtude praticado no estado presente, do que mil santos
desejos e generosos projetos de uma santidade
futura.” (12 de agosto de 1888).
Hoje a juventude busca constantemente estar conectada e ligada entre si. Com Edwiges aprendemos a nos conectar com Deus por meio da oração
e dos pequenos gestos de amor. Enviar mensagens
comunicar-se via celular, procurando o bem do outro sem se esquecer que o contato pessoal ainda é
uma forma privilegiada de manter-se ligados, são
modos de praticar o amor.
Edwiges descobriu sua vocação leiga e a viveu
intensamente com oração e práticas de amor em
favor do próximo, usou de seus bens para favorecer as vocações consagradas e alimentou seus dias
com a chama da fé e do amor a Cristo. E você? Já
descobriu sua vocação? Como pensa vivê-la?
Amém!
Centros Vocacionais dos
Oblatos de São José:
1 – Centro Juvenil Vocacional
Rua Darcírio Egger, nº. 568 - Shangri-lá CEP 86070 070 - Londrina-PR
Fone: (43) 3327 0123 email: [email protected]
2 - Juniorato Pe. Pedro Magnone
Rua Marechal Pimentel, 24,
CEP 04248-100, Sacomã, São Paulo- SP
Fone: (11)2272- 4475
3 – Casa Apostólica Nsa. Sra. da Guadalupe
Rua Amazonas, 1119 Caixa Postal 221,
CEP 19911- 722, Ourinhos- SP
Fone: (14) 3335-2230
Pe. Marcelo Ocanha - OSJ
Animador Vocacional
[email protected]
12 são josé
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outubro de 2014
O Matrimônio e a Paternidade de
São José Focado nos Teólogos
1º - Entre Maria
e José foi realizado um verdadeiro
matrimônio: Por ter
havido um laço jurídico decorrente deste
matrimônio, derivou-se consequentemente um conjunto de
bens entre Maria e
José, sendo que para
São José a sua paternidade em relação
a Jesus decorreu de
um conjunto de graças que não podem
ser consideradas independentes do seu
matrimônio a fim de
que ele desempenhasse a missão que Deus
lhe deu. Se negar o
caráter de verdadeiro
matrimônio então desaparece a união especialíssima de José
com Maria e com
Cristo, e, consequentemente, a sua missão
de pai de Jesus como
nos é apresentado pelos evangelhos, fica
desprovida de toda a
sua dignidade assim
como de seu relacionamento com Maria e
com o Menino Jesus.
Muitos teólogos em seus Tratados de teologia
levaram em consideração a presença de São José
como o colaborador na obra da redenção ao desempenhar sua missão de pai e educador de Jesus,
e como esposo de Maria. São tantos os aprofundamentos teológicos em suas reflexões que se torna
quase que impossível considerá-las todas em pequenas abordagens como fazemos nestas breves
considerações. Cientes das limitações próprias
destas linhas preparadas para o boletim “Santa
Edwiges” do nosso santuário, apenas bebericamos
alguns pontos destes grandes teólogos que ao construírem suas teologias cooperaram, embora muitas
vezes sem se darem conta, para a glória e a riqueza
da reflexão josefológica que hoje dispomos. Assim
sendo, para tais teólogos é verdadeiro afirmar que:
2º - São José tem
a paternidade sobre
Jesus também se
esta não é real e nem verdadeira no sentido
estrito da palavra: Santo Alberto ao comentar a passagem de Lucas (2,27) em que Maria
e José são chamados pais de Jesus, explica que
José é pai putativo e a beata Virgem Maria verdadeira Mãe de Deus; ela corporal e espiritualmente mãe, ele porém pai putativo. Segundo a
doutrina tradicional, somente a geração física
fundamenta a paternidade. Contudo, a São José
se dá uma paternidade especial mesmo porque
ele desempenhou para com Jesus as funções de
pai. Esclarece-se que para haver uma paternidade propriamente dita é necessário que o pai
produza de sua própria substância um ser semelhante a si em espécie e desta forma este torna-se pai mesmo que seja ilegítimo. Entretanto,
para que seja pai em sentido pleno este deve dar
além da participação física também a educação,
a proteção, o amor e a instrução, fato este que
José deu a Jesus.
3º - A especial paternidade de São José
pode ser entendida somente por meio do seu
matrimônio com Maria: Esta afirmação foi a
mais insistente entre os teólogos e tida como a
base para todas as graças e dignidade de São
José. Na verdade, esse é o primeiro princípio
da josefologia. Grandes teólogos como Santo
Ambrósio ou mesmo Santo Agostinho insistem
nessa verdade. Agostinho tem palavras claras
quando afirma que merecem ser chamados pais
de Cristo ambos ( Maria e José) e não apenas
a mãe, pois (José) é verdadeiro pai devido o
seu casamento com a mãe. Portanto, São José
é pai porque é esposo. Cristo pertence a São
José por ter nascido dentro desse matrimônio
e tudo o que advém depois do contrato matrimonial pertence totalmente a esse matrimônio.
Agostinho ensina que entre São José e Cristo havia um vínculo mais estreito do que o de
simplesmente ser o pai adotivo. Em base a isso
o próprio Santo Tomás dirá que se um pode ser
chamado filho de alguém porque recebe dele a
alimentação, com muito maior razão José pode
ser chamado pai de Jesus, mesmo não o sendo
segundo a carne, porque o alimentou e porque
era além do mais esposo da Mãe Virgem.
Os teólogos também dão uma explicação jurídico-teológica para a paternidade de São José quando afirma que ele pode ser chamado pai do Menino porque o corpo de Maria do qual ele nasceu
lhe pertence por direito do seu matrimônio, visto
que o seu matrimônio foi ordenado por Deus para
receber Jesus. Justino de Miechow expressou bem
esse conceito quando afirmou que com o matrimônio esposo e esposa são um e consequentemente
todos os bens tornam-se de certa maneira comuns;
o que está sob o domínio de um está igualmente sob o poder do outro.A Virgem foi verdadeira
Mãe de Cristo e não podia ser, portanto, que José
não fosse considerado como seu pai, pois seu título de esposo lhe dava o direito a todos os bens de
Maria. Este mesmo escritor conclui dizendo que
José não apenas tem o título de pai de Cristo, mas
também tem tudo o que é inerente a paternidade,
como o afeto, a solicitude e a autoridade de um
verdadeiro pai. Ainda na mesma linha o cardeal
Gotti dirá que nos evangelhos José é chamado pai
de Cristo porque sendo Cristo filho de sua esposa,
em virtude do contrato matrimonial, pode também
ser chamado, e é no sentido verdadeiro e teológico, filho de José.
Pe. José Antonio Bertolin, OSJ
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outubro de 2014
Santa Teresinha do Menino Jesus (de Lisieux)
01 de outubro
especiais os impediram e a mãe prometeu ao
Senhor que cumpriria seu papel de genitora
terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi, com entusiasmada
aceitação por parte de Teresinha desde a mais
tenra idade.
Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a
uma, consagrando-se a Deus até chegar sua
vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que
não quis nem esperar a idade correta. Aos
quinze anos, conseguiu permissão para entrar
no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida
especial e pessoalmente pelo papa Leão XIII.
Ela própria escreveu que, para servir a Jesus,
desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre,
apóstolo, evangelista, mártir... Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas
essas missões, depositou nele sua vida. Sua
obra não frutificou pela ação evangelizadora
ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações,
santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo
depois editada, perpetuando-se como livro de
cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos
teólogos, filósofos e pensadores do século XX.
A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa
Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face,
seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história
da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade. No lugar do medo do “Deus duro
e vingador”, ela coloca o amor puro e total a
Jesus como um fim em si mesmo para toda a
existência eterna. Um amor puro, infantil e
total, como deixaria registrado nos livros “Infância espiritual” e “História de uma alma”,
editados a partir de seus escritos. Sua vida foi
breve, mas plena de dedicação e entrega. Morreu virgem como Maria, a Mãe que venerava,
e jovem como o amor que vivenciava a Jesus,
pela pura ação do Espírito Santo.
Teresinha nasceu em Alençon, na França,
em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o
nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como
suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias
Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto,
não venceu sua paciência com os desígnios do
Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897,
com vinte e quatro anos, depois de prometer
uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças
e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.
Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923
e canonizada em 1925 pelo papa Pio XI. Ela,
que durante toda a sua vida teve um grande
desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à
causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como “padroeira
especial de todos os missionários, homens e
mulheres, e das missões existentes em todo o
universo, tendo o mesmo título de são Francisco Xavier”. Esta “grande santa dos tempos
modernos” foi proclamada doutora da Igreja
pelo papa João Paulo II em 1997.
Fonte: http://www.paulinas.org.br
santo do mês 13
Mensagem especial
Eu sou assim
Para ela não fazia
sentido algum, saber que cada pessoa
tem uma história
oculta através de sua
aparência.
Nunca
olhava o outro com
olhos de ver. Sequer
percebia se feria alguém com seu jeito
de ser. Não tinha
controle sobre seus atos. Deixava-os à vontade, livres.
Comportava-se com certo exagero, com impulsividade,
o que trazia desconforto aos que estavam ao alcance do
seu olhar crítico, analítico. Externava seus pensamentos
sem respeitar o outro. O bom senso não fazia parte de sua
vida, maledicente que era e não sabia. Tudo que ela fazia
passava longe de sua percepção.
Não se dava conta de que onde existe o amor fraterno, a
possibilidade de ferir o outro passa ao longe. A perder de vista.
- Sempre acho graça em tudo.
Disse-me ela.
- Quando começo a rir, não paro e os que estão comigo, passam a achar graça também. Rio nos lugares mais
inusitados, onde a risada não é desejável. É só olhar para
alguém, ver alguma coisa engraçada, e pronto. Você já
reparou como sempre alguém tem alguma coisa estranha,
alguma coisa mal acabada? Então. Não devemos levar a
vida tão a sério. Rir se faz necessário. E daí, se coloco
apelido em alguém. É tão engraçado e faço isso de modo
tão natural, tão espontâneo. Todos sabem que eu sou assim e me aceitam como tal.
Em sua necessidade de chamar atenção, não entendia
que aquele que não pode ser grande diminui o outro.
Ela não se comunicava, dominava e dizia para si mesma que a culpa de tudo não era sua. Estava sempre a justificar seus atos. Afinal, sempre tinha sido assim e ponto.
Mas acontece que ela não se conhecia tão bem quanto os que também a observavam, e notavam seu humor
agressivo, com o qual discriminava, destacava os pontos
fracos, e tornava claro o que se queria escondido. Não
entendia as indiretas a ela direcionadas.
Precisava rever seus conflitos internos, sua necessidade
jocosa de excluir o outro, que julgava diferente dos demais, colocando-a em destaque. Mas não se dava conta
de tal, superior que se pensava.
Para vencer sua dificuldade de se aproximar das pessoas, colocava máscaras que a faziam ser o que queria e
pensava ter encontrado a solução para seu bem viver.
Só não percebia em si mesma, certo sofrimento interno,
que camuflava com seu jeito diferente de ser.
Ou não?
Heloisa P. de Paula dos Reis
[email protected]
14 osj
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outubro de 2014
CARTUXOS E APÓSTOLOS
Oração ou ação? Vida ativa ou vida
contemplativa? Marta ou Maria (Lc
10,38-42)? O Samaritano (Lc 10,2937) ou a Samaritana (Jo 4,1-42)?
Nazaré (Lc 2,51) ou o caminho para
Jerusalém (Lc 9,51)? O Cristo que
passa noites em oração (Mc 6,46-47)
ou o Cristo das multidões? (Mc 8,2).
O monge de clausura ou o missionário? São questionamentos que muitas
vezes são feitos, quase fossem duas
formas diferentes de viver a aventura cristã, quase fossem antitéticas,
opostas, gerando polêmicas e confusões. E olhe que há adeptos de uma
forma ou de outra também em nossos
dias! Assim há quem aposte tudo na
oração, como solução para o mundo,
e há quem diga que faltam ação e dinamismo na Igreja. Isto tudo ocorre
porque se lêem com muita pressa os
textos acima, apenas privilegiando um
aspecto ou o outro.
caminho de perfeição. Na verdade a
frase “cartuxos e apóstolos” não se
encontram nos escritos do Fundador,
mas, no livro ‘Brevi Memorie’, no
capítulo III, de Padre Cortona, primeiro sucessor do Marello. É ele que
testemunhou o que Fundador repe-
tidade e pode levar também nós hoje!
A PALAVRA DE DEUS
O mistério da Encarnação-Paixão,
Morte e Ressurreição é centro de toda
a Bíblia. Nele encontramos Jesus, to-
Ex 17,8-16 relata a grande vitória do
Povo sobre Amalec. Enquanto Josué
combatia Amalec numa batalha sangrenta, Moisés, Aarão e Hur subiam
no alto da colina. Diz o texto: “Enquanto Moisés tinha a mão levantada,
Israel vencia, mas logo que a abaixava, Amalec triunfava”.(v.11).Aarão
e Hur chegaram a sustentar as suas
mãos até o pôr do sol (v. 12), e assim
“Josué derrotou Amalec e seu povo a
fio de espada” (v. 13).Este texto foi
muitas vezes interpretado como a
força da oração, que vem em socorro
nas lutas do dia-a-dia nos ‘Amalec’
de nossa vida e história.
Nosso fundador não tinha esta confusão na cabeça, nem pensava minimamente em separar a fé da vida, e,
com certeza, nunca pensou que fosse
possível ser apóstolo sem oração, e
orar sem ser ao mesmo tempo apóstolo. Com a expressão “cartuxos em
casa e apóstolos fora de casa”, ele
fazia da oração e do apostolado uma
única realidade. Lembrava este seu
estilo de vida também S.João Paulo
II, no dia da canonização do Fundador (25\11\2001) apresentando-o fortemente atraído pela figura de S. José:
“de São José o atraiu fortemente o serviço escondido nutrido de
profunda interioridade. Este estilo ele soube infundir nos Oblatos de S. José, a Congregação
por ele fundada. A eles amava
repetir: Sejam extraordinários
nas coisas habituais e acrescentava: sejam cartuxos em casa e
apóstolos fora de casa”.
Marello ensinou aos nossos primeiros irmãos no Michelerio, com este
lema, a unir as duas realidades como
Neste texto a profunda experiência de
Deus funde-se com uma missão árdua
e grandiosa. Num primeiro momento:
a sarça que arde sem se consumir (v.
2),o chamado de Deus(v. 4), o pedido
de tirar as sandálias (v. 5), o Deus que
se revela(v. 6.14). Em seguida brota a
missão, que exige luta enfrentamento
de conflitos para vencer a aflição do
povo (v. 7), livrá-lo da escravidão (v.
8). Deus aqui é o protagonista, age em
primeira mão, envia Moisés (ver. 10),
mas lhe promete sua força e ajuda (v.
12). Sem esta força de Deus, sem esta
experiência profunda, Moisés não
conseguiria realizar a sua missão.
tia muitas vezes aos seus primeiros
fradinhos como fosse um refrão de
vida, querendo dizer com isso: ‘viver
em casa’ como monges cartuxos, ou
seja, homens de oração e vida interior
e como apóstolos e missionários na
missão, ‘fora de casa’. Sabemos que o
Fundador ficou encantado com a vida
monástica e desejou ele mesmo, repetidas vezes, se tornar mongetrapista.
Mas, Deus quis que seu desejo de ser
monge se realizasse ao longo de sua
peregrinação humana de forma diferente, conseguindo unir oração e ação
não só em sua vida, mas também, no
carisma de sua Congregação.Uma
síntese admirável que o levou à san-
talmente voltado para o Pai, para a
interioridade e ao mesmo tempo totalmente voltado para a missão, para
o serviço e libertação. Além disso,
Maria e José foram com certeza, os
maiores ícones da interioridade, da
contemplação e oração, e ao mesmo
tempo, do serviço missionário, apostolado e doação. Vejamos alguns textos do Antigo e Novo Testamento que
nos ajudam também, a perceber que
não há oposição entre interioridade e
missão. Eisos mais significativos.
Os Profetas. O profetismo trava
uma luta contra a religião legal e
exteriorem defesa de uma religião
do coração e de uma espiritualidade
profunda que une a vida toda, ou a
fé e a vida, diríamos hoje. Podemos
destacar o profeta Elias, que arde de
zelo pelo Senhor, cuida da pureza da
religião contra os profetas de Baal, e
que em seguida se nutre do pão misterioso e faz uma grandiosa experiência de Deus no monte Horeb (1
Rs 19); e também Isaias nos capítulos 5;6; 9;11; 57; 58;59;61; 66; Jr 1;
3;20; 31; 33; Ez 2;6;36; 37; Dn 3;9;
12;Os1-3;10-11; Jl 3; Am 1;5;6 e etc.
Antigo Testamento
Ex 3,1-15 é o conhecido texto da
Sarça ardente, da vocação de Moisés.
Padre Mário Guinzoni, OSJ
Congregação dos Oblatos de São José
especial 15
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outubro de 2014
Sadoc: Sacerdote do Antigo Testamento
O Sumo Sacerdote era uma figura importante no Povo da Aliança.
Um deles, Sadoc, será valorizado e lembrado.
Vamos entender um pouco tudo isso.
Boneco representado um Sacerdote de Jerusalém
Quando falamos de “sacerdotes” estamos nos referindo a uma função importante. Muitas religiões têm sacerdotes. Eles são pessoas dedicadas ao culto da divindade
e geralmente fazem a mediação entre o Deus de uma religião e seus fiéis. Por isso cada sacerdote deve ser compreendido a partir da religião da qual faz parte.
O Cristianismo tem Jesus Cristo como “o Sacerdote”.
Os homens que podem ser chamados “sacerdotes”, isto é,
que passaram pela “ordenação”, são “sacerdotes” na medida em que estão inseridos em Cristo, pois Ele é o único
Sacerdote do Novo Testamento. Devemos compreender
bem isto e não confundir quando, lendo os Evangelhos e
os Atos dos Apóstolos, vemos várias vezes os sacerdotes
sendo citados. Eles não têm nada a ver com os que hoje
podem ser chamados de Sacerdotes no Cristianismo.
O que aqui desejamos apresentar é uma figura pouco
conhecida e sua função. Trata-se de Sadoc, um sacerdote
que foi muito valorizado no Antigo Testamento. Mas antes de tudo é preciso falar de história e de funções.
1. Sumo Sacerdote. Nos tempos do Antigo Testamento, bem como no Novo Testamento, haviam os Sumos
Sacerdotes. Eles eram figuras importantes e exerciam um
papel decisivo na sociedade judaica.
O posto de Sumo Sacerdote era muito importante. Se
considerarmos que, antes do Exílio de Babilônia o centro
da vida social e religiosa era o culto nos vários templos,
em especial o Tempo de Jerusalém, então era necessário
que houvesse uma estrutura forte de cultos. E no culto o
Sacerdote era indispensável. Curiosamente isto não era
tão evidente ao longo da história. De fato, um pouco antes do início do Exílio, não havia nem comemoração da
páscoa em Judá, como se pode ler em 2 Reis 23,21. Se
a Páscoa havia sido deixada de lado, então as outras expressões de culto eram bem relaxadas. Mas os Sacerdotes
continuavam pois eram parte importante da sociedade e
o Sumo Sacerdote, embora não citado nestes textos aqui
indicados, devia ser uma figura de destaque. Junto com
o Rei, os Sacerdotes estavam em importante destaque.
Depois do retorno do Exílio, no ano 520 a.C., os Sumos Sacerdotes, líderes máximos no Povo da Aliança,
passaram a ter uma importância muito grande, pois eles
reuniram em si dois tipos de autoridade. Quem mandava
era a Pérsia e suas autoridades e não havia mais realeza
na Judeia. Mas a ideia de um rei e seu significado perduraram por séculos no Povo da Aliança. Esta ideia se concretizava, justamente, na figura do Sumo Sacerdote que,
aos poucos, foi reunindo em si a autoridade que seria de
um rei, junto à autoridade religiosa.
2. O Rei. Então temos de um lado a autoridade do
Sacerdote e de outro lado a autoridade do rei. Isto se
concentrou no Sumo Sacerdote que, aos poucos, foi adquirindo um poder que não havia sido previsto no Antigo Testamento. Poder religioso e poder político, juntos,
podem ser demais para uma única pessoa. Mas era assim
que as coisas funcionavam. O processo que levou a isto
foi complexo. Vejamos.
A realeza no Povo da Aliança nunca foi bem vista pelos Profetas. De fato os reis quase sempre foram reprovados pela ação e vida. Quando o Exílio começou, em
587 a.C., e todos os habitantes de Jerusalém e da Judeia
foram levados para a Babilônia, o último rei no poder,
Sedecias, foi deportado para Rebla. Lá ele viu seus filhos
serem mortos e depois seus olhos foram furados. Foi um
fim horrível: ele não teria descendentes ou sucessores e
nem veria o fim de seus dias, pois não enxergava mais.
Podemos ler isso em 2 Reis 25,7.
Mas o rei anterior, Joaquin, havia sido deportado para Babilônia em 597 a.C., antes de Sedecias assumir o poder. Joaquin estava no exílio. Aos poucos ele ganhando prestígio,
mesmo estando preso. No final da vida ele era reconhecido
como rei de Judá no Exílio (2 Reis 25,28–29). Isto alimentou a esperança de que a realeza poderia voltar um dia.
Quando os descendentes dos exilados retornaram para
a terra de seus ancestrais, em Judá, a partir do ano 320
a.C., veio com eles o desejo de reconstruir o Reino antigo de Davi. O Sumo Sacerdote começou a reunir as
expectativas de uma espécie de Salvador. Um Messias,
como eles irão chamar. Neste tempo os Sumos Sacerdotes eram figuras importantes e cheias de autoridade.
Houve muitas situações que transformaram este estado
de coisas ao longo do tempo. João Hircano, descendente
de um importante grupo chamado Asmoneu, assumiu o
posto de Sumo Sacerdote no ano de 134 a.C. e declarou-se também rei pouco tempo depois. Isto fez acontecer a
junção, não apenas simbólica, mas visível: Rei e Sacerdote em uma só pessoa. O Sumo Sacerdote não tinha um
poder apenas semelhante ao do Rei, mas ele era também
o Rei. Houve muitas mudanças, idas e vindas no poder,
guerras e disputas. No ano 37 a.C., Herodes, filho de An-
típater, assume com o título de Rei. Mas ele não tem
nada a ver com os Sacerdotes, a não ser o fato de que
eles o odiavam e ele odiava a todos, embora precisasse
de cada um deles para o seu poder.
3. As dinastias de Sumos-Sacerdotes. Nesta situação
toda existe ainda o problema das dinastias, as famílias dos
Sumos Sacerdotes. O Sacerdócio Judaico não era vocacional, mas hereditário, o que significa que a função era
passada de pai para filho. Nem sempre quem assumia era
uma pessoa adequada para a missão, como se pode imaginar. Para garantir as sucessões ao longo do tempo as genealogias eram muito valorizadas. Mas muitas delas eram
“ajeitadas” para que os sacerdotes ficassem no poder.
A primeira figura importante de Sumo Sacerdote foi
a de Aarão. Mas sua descendência logo foi deixada de
lado, inclusive porque com o tempo e os casamentos ficou difícil identificar a sucessão necessária para a legitimação do Sumo Sacerdote. O motivo principal, porém,
foi político. E neste ponto entra a figura de Sadoc.
4. Sadoc, o Sumo Sacerdote. Este Sadoc era um dos
Sacerdotes do tempo de Davi, como se lê em 2 Samuel
8,17 e 20,25. Ele estava próximo de Abiatar, outro Sacerdote. Parece que Sadoc prestou importantes serviços
a Davi, segundo 2 Samuel 15,24–29; 17,15; 19,12. Este
Sadoc apoiou a sucessão de Davi por seu filho Salomão,
contra as pretensões de outro filho de Davi, Adonias.
Abiatar (algumas vezes chamado Ebiatar) havia apoiado
Adonias. Com Salomão pode-se imaginar que não teve
espaço e foi eliminado do cenário. Sadoc, então, passou
a ser o Sacerdote mais importante de Jerusalém, como se
lê em 1 Reis 1,32–40.
Em 1 Crônicas 5,38 fica-se sabendo que Sadoc era descendente de Aarão, o que legítima sua autoridade. E é assim
que ele inaugura uma família sacerdotal de notável importância: a dos sadócitas. Em Ezequiel 40,46; 44,15 e 48,11
tem-se a informação de que a única família ou dinastia da
qual poderia sair o Sumo Sacerdote seria a de Sadoc.
Uma hipótese é que, originalmente, Sadoc era parte
do grupo de Davi, quando ainda estava em disputa com
Saul. Depois da vitória de Davi, Sadoc teria habitado em
Hebrom, com o rei. E com a unificação das tribos e a
ascensão de Davi como rei de todas elas, Sadoc pôde ter
sido o grande sacerdote de Jerusalém.
O caso é que, com o início do Exílio, em 587 a.C.,
tudo isso foi perdido. Quando houve o retorno, como já
citado atrás, em 520 a.C., as certezas na descendência de
Sadoc já haviam sido perdidas. Mas ficou a imagem de
uma figura de notável importância e força, junto ao Rei
Davi, ele também o grande Rei.
Sadoc de certa forma sobreviveu no nome do partido religioso-político dos Sacerdotes, nos tempos do Novo Testamento. Trata-se dos “saduceus”, que derivam seu nome
de Sadoc, embora não tenham qualquer ligação com ele.
Pe. Mauro Negro - OSJ
Biblista PUC Assunção. São Paulo SP
[email protected]
16 especial
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outubro de 2014
Aniversário do Pe. Paulo Siebeneichler
No dia 05 de setembro o pároco e reitor do Santuário Santa Edwiges, Pe. Paulo Siebeneichler
completou 45 anos de vida. Para comemorar esta
data, foi celebrada uma Missa de Ação de Graças.Estavam presentes os padres,paroquianos e
integrantes de pastorais e movimentos do Santuário Santa Edwiges.
Após a celebração houve uma confraternização no Salão São José Marello, que contou com a
participação musical do Tecladista Reinaldo Bys
e os cantores Frank Aguiar e Alexandre Freitas.
Pe. Paulo, os funcionários e colaboradores do
Santuário Santa Edwiges, lhes desejam muitas
felicidades, muita saúde e muitos anos de vida. Que Deus possa guiar e iluminar o seu caminho, para que continue sua vocação e missão de
evangelizador.
santuariosantaedwiges.com.br
outubro de 2014
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parabéns aos dizimistas que fazem aniversário no mês de outubro
28/out Abigail Cristina C. Chaves Carmo
16/out Adorvaldo Mendes de Souza
08/out Adriana Consulim
27/out Aldemir Francisco Oliveira
15/out Aleite Ferreira dos Santos
13/out Alexandre José Cavalcante
05/out Ana Neves Pereira
05/out Ana Salustiana Bandeira
04/out Anair Meireles Soares
20/out Antonia CLaudeni C. de Alencar
03/out Antonia Claudia S. Soares
12/out Antonia Ecrizante V. Doura
10/out Antonia Edna G.Costa
05/out Antonia Elza de Oliveira
09/out Antonia Gercilene V. dos Santos
26/out Aparecida M. D. Gaspareto
12/out Aparecido José dos Santos
16/out Arlene Barbosa Alves
12/out Berinalva Batista dos Santos
06/out Carlos Antonio Aragão
05/out Conceição de Moura S. Silva
16/out Damião Pereira
08/out Dilene Pereira Ribeiro
02/out Dirce Benedita Timóteo
03/out Douglas Luis Arruda
04/out Edilson Vieira da Silva
16/out Edinar Cunha Afonso
15/out Elaudenice Alves Lopes
17/out Elba Aila Gomes
09/out Elza dos Santos Damsceno
13/out Emily Ferreira de Oliveira
03/out Fagna Silva Santana
01/out Francisca Chagas Alves
08/out Francileide Silva Marques
09/out Francisca Darticleia R.Santos
26/out Francisca Joseária Lima
05/out Francisco A. Ferreira
23/out Francisco Fábio Vieira Silva
05/out Francisco Gomes
17/out Gilberto Martins de Brito
20/out Gisely Queiroz da Silva
11/out Helena Alves de Melo
17/out Helena Fernandes de Souza
01/out Hélio Mendes Vale
07/out Heraldo José de Pita
03/out Ilda Alves Jesus
26/out Inácia Maria Rocha Silva
20/out Ione Pousada Ribeiro
21/out Iraldo Correia Araujo
22/out Irene Alves Cassiano Oliveira
04/out Isameire Terezinha G. Santos
11/out Ivanildo Constantino Lopes
12/out Janderci F.Lima Costa
25/out Jandira Bia
09/out Jaqueline Ueti
24/out Jeane Soares Pereira
30/out Joaldo Barreto Pinheiro Filho
27/out João Cotrin Ribeiro
23/out João Targino Primo
02/out Joelma Lacerda Nogueira
21/out Joscilene Araujo de Macedo
10/out José Antonio de Oliveira
28/out José Aparecido Vilela
15/out José Bispo de Almeida
30/out Josefa Alves Matos
09/out Josefina de Almeida Moura
26/out Josepha Zilinski Marinho
25/out Katia Marcelo de Souza
12/out Lais Aparecida S. de Freitas
22/out Laura de Araujo Monteiro
04/out Lizena C.Palmeira
30/out Lourdes Gobete dos Santos
27/out Luzia Ferreira do Nascimento
12/out Luzinete de Souza Lima
24/out Manoel Ferreira da Silva
07/out Marcos de Souza Cruz
23/out Margarete Uttembergue Alves
04/out Maria Alves de Melo
08/out Maria Andreia de Oliveira Campos
13/out Maria Benedita Merli
01/out Maria da Rocha Silva
11/out Maria de Fátima S.Bernardo
10/out Maria de Lourdes da Silva
09/out Maria do Socorro Rocha
13/out Maria dos Remédios S. Pinheiro
16/out Maria Lucicleide B. Costa
25/out Maria Maristela Silva Caetano
16/out Maria Marlene Guedes Belo
05/out Maria P. Socorro Silva
21/out Maria Regimar Machado Silva
28/out Maria Ribeiro de Oliveira
25/out Maria Tereza de Jesus
14/out Marta Lopes Leite
04/out Mônica Cristiane
26/out Noemia Oliveira Souza
15/out Renata Lima Ferreira
31/out Sergio dos Santos
17/out Silvanete Santos Dias
20/out Silvete Maria Pinheiro
03/out Tereza de Cássia C. dos Reis
31/out Thais de Moura Alves
08/out Valdeci Oliveira Cruz
16/out Walter B. de Oliveira
06/out Williane Priscila S. de Santana
29/out Wilson José de Oliveira
19/out Zélia Carneiro da Fonseca
DÍZIMOS, OFERTAS E COLETAS
Vamos esclarecer algumas dúvidas e perguntas
sobre DÍZIMOS / OFERTAS E COLETAS.
A palavra “dízimo” tem sua origem no latim e
deriva na palavra “decimus” que quer dizer a décima parte.
Vamos trabalhar a idéia de que dízimo não é
dar qualquer quantia em dinheiro. Tem que ser
um ato, gesto de MATURIDADE ESPIRITUAL, para ser considerado como contribuição
decimal. Não podemos confundir dízimo com
uma contribuição especial que damos ou fazemos quando a igreja necessita ou promovendo o
levantamento de fundos para construções, etc.
Dízimo não é coleta como aquela que damos
nas missas. Dízimo também não é oferta que damos por ocasião de algum pedido da comunidade. Dízimo é aquilo que se COLOCA Á PARTE
todos os meses e entrego á comunidade como
ato decidido em coração pela oração. É um ato
espontâneo e de ação de graças. É um reconhecimento de filho ao pai que me concedeu tanta
coisa no mês que passou. É um compromisso
com sua comunidade.
Podemos citar alguns textos importantes, no
Novo Testamento, são:
- Mateus 23,23
- Lucas 11,42
O QUE SÃO COLETAS?
Certamente são bem diferentes de dízimos. As
coletas são aquelas campanhas que fazemos por
ocasião de uma determinada situação na igreja,
na comunidade, enfim. Aqui podemos lembrar a
Campanha da Fraternidade; do dia das missões;
do Advento; afinal, por uma situação que a igreja ou a sociedade esteja vivenciando, como por
exemplo: enchentes, seca, terremoto, etc...
O que nos lembra o catecismo da igreja?
Vejamos §1351: ”desde os inícios, os cristãos
levam, com o pão e o vinho para a Eucaristia, seus dons para repartir com os que estão em
necessidade. Este costume da coleta, sempre
atual, inspira se no exemplo de Cristo que se
fez pobre para nos enriquecer: os que possuem
bens em abundância e o desejam, dão livremente o que lhes parece bem; e o que se recolhe
é entregue aquele que preside. Este socorre os
órfãos e viúvas e os, que por motivo de doença ou qualquer outra razão, se encontram em
necessidade, assim como os encarcerados e os
imigrantes; numa palavra, ele socorre todos os
necessitados.”
O QUE SÃO OFERTAS?
As ofertas, todavia, recordam aquele gesto que
fazemos durante a celebração da Santa Missa
(ofertório). Evoca a lembrança de se levar á mesa
do altar aquilo que os irmãos da comunidade trouxeram para celebrar.
O que nos diz o catecismo da igreja?
§ “1350;” A apresentação das ofertas (ofertório):
trazem-se então ao altar, por vezes em procissão,
o pão e vinho que serão oferecidos pelo sacerdote
em nome de cristo no Sacrifício Eucarístico e ali
se tornarão o Corpo e o Sangue de Cristo. Este é
o próprio gesto de Cristo na última ceia, “tomando
pão e um cálice”. Esta oblação, só a igreja oferece,
pura, ao criador, oferecendo-lhe com ação de garças o que provém de sua criação. A apresentação
das oferendas ao altar assume gesto de Melquisedec e entrega os dons do criador nas mãos de Cristo. É ele que, com seu sacrifício, leva á perfeição
todos os intentos humanos de oferecer sacrifícios”.
Enfim O AMOR é o que caracteriza fundamentalmente a contribuição decimal.
O DIZIMO É UM DESAFIO A FÉ.
Os textos acima foram extraídos dos livros: ”O
dízimo não acontece por acaso” e
“Espiritualidade do dízimo” do
Pe. Jerônimo Gasques
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