PLANO DE MANEJO DE ESPÉCIES
INVASORAS EM ÁGUAS DE LASTRO
NO PORTO DE PARANAGUÁ, PARANÁ
(PROJETO ALARME)
.
Prof. Luciano F. Fernandes (Depto de Botânica - UFPR)
Prof. Rubens M. Lopes (IO-USP)
Prof. Luis Antonio Proença (UNIVALI)
Prof. Vasily Radachevski (CEM-UFPR)
Biól. Altervir Caron e Luis Mafra Jr. (UNIVALI)
Acad. Patrícia Lagos e Leticia Procopiak
Dra. Eliane B. Boldrini (TTPF-Antonina)
O PROBLEMA
O transporte de microrganismos, plantas e animais através de ÁGUA
DE LASTRO DE NAVIOS representa um vetor significativo de invasão
de espécies exóticas e nocivas.
Este fenômeno tem atingido proporções alarmantes à medida que os navios
tornaram-se mais numerosos, velozes e com maior volume de casco e carga,
necessitando de maior lastramento.
As espécies invasoras podem causar modificações profundas em diferentes
compartimentos do ecossistema, alterando as relações tróficas da cadeia
alimentar, competindo com espécies
nativas, ou introduzindo substâncias
tóxicas ou novas doenças, que afetam
os organismos residentes e as populações humanas (PESCA, CULTIVO,
SAÚDE).
Prejuízos econômicos significativos
Criação do Programa
GLOBALLAST/IMO
British Museum
Elas estão chegando... O problema na Baía de Paranaguá
• Floração de H. akashiwo e dinoflagelados em 2001, causando
mortandade de peixes e paralisação da pesca e da extração de
mariscos por 25 dias. Prejuízos de US$ 192.000,00 (auxílios à
pescadores, salário mínimo, e internações em hospitais)
• Presença de toxina DSP em moluscos comerciais em
Dezembro de 2002 e Fevereiro de 2003, com ocorrência
simultânea de Dinophysis acuminata e Prorocentrum minimum
• Tanques de lastro dos navios no Porto de Paranaguá contendo
vários organismos do fitoplâncton e zooplâncton (alguns
nocivos) e cólera em amostras coletadas pela ANVISA.
• Presença de cistos de dinoflagelados nocivos nos sedimentos
• Ocorrência de invertebrados exóticos (ascídeas, poliquetas,
crustàceos)
Gymnodinium catenatum
Pseudo-nitzschia spp.
Trichodesmium erythraeum
Heterosigma akashiwo
Florações de algas nocivas na baía de Paranaguá, PR
Thalassiosira mala
Alternativas para o manejo de água de lastro:
Ainda não há solução efetiva comprovada para o problema. Porém, o
risco pode ser minimizado através
da gestão da água de lastro.
Gestão água de lastro (+ preventivas)
a) não lastrar em áreas de risco (florações, patógenos); lastrar durante o
dia, evitando migração vertical de
URS
organismos á noite; águas rasas ou c/
alta concentração de sedimentos; áreas passíveis de ressuspensão de fundo (a
partir do hélice do navio, marés, etc.)
b) não liberação da água de lastro, quando não for essencial ao navio;
c) troca da água no oceano/BWE (métodos: seqüencial, transbordamento e diluição) associada à gestão de água de lastro no porto;(IMO,1997)
d) tratamento da água de lastro (métodos mecânico, físico ou químico) para remoção de
organismos: radiação, biocidas, filtração;
e) isolamento da água de lastro (tratamento em terra)
f) Sensores eletrônicos automáticos p/ bomba de lastro e volume de tanques (?)
Condição do mar adversa!
O navio só tem 05-08 dias para realizar a troca
Temperatura e Salinidade (consideradas biocidas) podem ser similares
Freqüentemente a troca não atinge 95%
O Projeto ALARME
OBJETIVOS
Elaborar um Plano de Gestão de Água de Lastro para o Porto de
Paranaguá, PR, e os Terminais Portuários da Ponta do Félix com
base em:
Diagnóstico do Plâncton nas
águas da baía de Paranaguá e
dos tanques de lastro dos
navios transitando no porto
(Taxonomia, Biogeografia do
fito-, zooplâncton e poliquetos,
revisão de literatura p/ exóticas)
Análise de Risco que cada navio
representa para o ecossistema ao redor dos
portos (presença de espécies invasoras e
nocivas, similaridade ambiental entre os
portos, origem e destino dos navios,
volume e freqüência de deslastre dos
navios, ETC...)
Financiamento e Parcerias
•
•
•
•
Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA/MMA (US$ 130.000,00)
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Universidade de São Paulo/IO - USP
• Parcerias e Apoios (ESSENCIAL AO PROJETO !!!)
•
•
•
•
•
Porto de Paranaguá e Terminais Portuários da Ponta do Félix
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
Marinha do Brasil – Diretoria de Portos e Costas
IBAMA e EMATER de Paranaguá IEAPM/MB em Arraial do Cabo/RJ
Programa GLOBALLAST e MMA/SQA (suporte técnico, capacitação e documentos)
Equipe de Trabalho
Dr. Luciano F. Fernandes (UFPR) – Fitoplâncton, coordenador
Dr. Rubens Mendes Lopes (USP) – Zooplâncton
Dr. Luis Antônio Proença (UNIVALI) – Cultivos e Toxinas de Algas
Dr. Vasily Radachewsky (USP) – Poliquetos
6 becários de Iniciação Científ. e 2 de Mestrado
Pessoal técnico dos TPPF, IBAMA e EMATER
Metodologia
de
Trabalho
1. Taxonomia e Ecologia do Plâncton
a. Baía de Paranaguá e ao redor dos portos
Coletas mensais (2002/2003) em 06 estações e em 03 profundidades
análises qualitativa (incluindo poliquetos ) e quantitativa do plâncton e cistos em
sedimento; cultivos de espécies e determinação de toxinas
Parâmetros ambientais: temperatura, salinidade, nutrientes, marés e correntes,
meteorologia, etc.
b. Água de Lastro
20 navios (1-2 tanques de lastro): fito-, zoo- e cistos (se possível)
Processo de Seleção de navios:
Áreas de risco, similaridade ambiental entre os portos, distintos países/latitudes
PS: na prática, resultou difícil selecionar os navios (movimentação de carga, autorização)
2. Dados de biogeografia e nocividade das espécies (incluindo bentos e necton)
3. Revisão de literatura do plâncton na Baía de Paranaguá e arredores
4. Dados de movimentação e de água de lastro dos navios em 02 anos (origem,
volume de lastro, freqüência de deslastro, etc.), com base em planilhas dos
portos e formulários de água de lastro dos navios
5. Programa de divulgação e educação ambiental sobre o tema
PS: “biota do porto”: outros organismos não foram incluídos devido á limitação de recursos ou não aprovação de
projetos
Área de Estudo
Área: 612 Km2 Prof. Média 4,0m
Marés: 2,4m semidiurnas
Tempo de Renovação = 4,0 dias
Correntes de maré e de deriva
muito fortes
Temp.: 19-29oC Sal.: (0)8-34 (27)
Vegetação: manguezais, restinga,
mata secundária, remanescentes
de Floresta Atlântica
Cidades: Paranaguá (300.000hab.)
Antonina (100.000hab.)
*
*
*
*
*
* * *
*
TP Ponta do Félix
.
Porto de Paranaguá
Contrapartidas das instituições envolvidas
Terminais Portuários da Ponta do Félix (Plano piloto de Gestão):
•Recursos para transporte (combustível e pedágio) e alimentação de 02 pesquisadores durante as visitas técnicas ao terminal
•Bolsa de R$ 500,00
•Logística e infra-estrutura necessária para viabilizar as coletas em 30 navios
•Informações detalhadas sobre a movimentação,
•características e documentos relacionados à
•gestão de água de lastro realizada pelos navios
UFPR – IO/USP – UNIVALI (FNMA)
•Material Permanente e Consumo necessário
ao Convênio (US$ 130.000,00, Proj. ALARME)
•Coletas e apoio técnico atualizado
•Preparação dos documentos mencionados
Rio Itiberê
Cais Portuário
Petrobrás/Catalini
FOSPAR
Canal do Anhaia
Material para coleta
Tanque de lastro mostrando rede de plâncton
(Foto: Stephan Gollash)
Coleta de sedimentos em tanque
Amostradores
de sedimentos
Resultados
Cistos de Gymnodinium catenatum
• Espécies registradas na Baìa de Paranaguá
300 esp diatomáceas, 180 dinos, 70 outros grupos, 40 tintininos, 190 zooplâncton, 36 poliquetos
Presença de espécies exóticas ou criptogênicas incluindo nocivas:
diatomáceas Chaetoceros spp, Coscinodiscus granii, C. wailesii, Odontella sinensis, Pseudo-nitzschia
multiseries, P. caliantha, P. caciantha e P. pungens, e Thalassiosira punctigera,
dinoflagelados Prorocentrum minimum, Dinophysis acuminata, D. rotundata, D. tripos, Gymnodinium
catenatum, Noctiluca scintilans, Alexandrium tamarense, Ceratium furca e Ceratium fusus
Cistos de G. catenatum, Scrippsiella spp., Protoceratium reticulatum, Gonyaulax spp, e Protoperidinium
spp (C.O. Vigo/IEO)
flagelados Chatonella globosa, Chatonella marina, Heterosigma akashiwo, Phaeocystis globosa,
Phaeocystis pouchetii
cianobactérias Trichodesmium erythraeum e Trichodesmium thiebaudii.
Poliquetos Polydora cornuta Bosc e Polydora nuchalis Woodwick
Ascídias*(2 espécies exóticas) e Medusas (Phyllorhiza punctata)
Crustáceos: Charybdis helleri, Lithopennaeus wanamei
Cultivos estabelecidos p/ estudos de ecologia e determinação de
toxinas (Pseudo-nitzschia spp., G. catenatum, Heterosigma akashiwo e
C. wailesii)
Zooplâncton com 04 espécies exóticas
*: cedido por R.M. Rocha Zoologia/UFPR
Scrippsiella sp.
Pseudo-nitzschia spp.
Pseudo-nitzschia caliantha
Micr.Eletr.Transmissão
Foto: TL Zimmerman
Polydora cornuta
(poliqueta)
Charybdis helleri
Coscinodicus wailesii
D. acuminata
C. marina
Foto: Dra. Rosana Rocha-UFPR
Foto: Dra. Rosana Rocha-UFPR
Phyllorhiza punctata (medusa)
Foto: Dra. Rosana RochaUFPR
Symplegma rubra (ascídia)
Distaplia bermudensis (ascídia)
Diplosoma listerianum (ascídia)
Análises dos tanques de lastro dos navios
18 navios== 16 com plâncton
Exemplo: navio da África do Sul
• 60 espécies de diatomáceas (P. pungens, Chaetoceros spp. e outras nocivas)
• 25 dinoflagelados (D. acuminata, D. rotundata, Dinophysis spp., Karenia spp.)
• 30 espécies do zooplâncton
¿Os navios realizaram a Troca de Água de Lastro no Oceano ?
42% dos navios aparentemente não realizaram a troca, pois havia várias espécies do plâncton de
águas tipicamente costeiras, e nenhuma de águas oceânicas
Movimentação dos navios no Terminal:
60% vêm de áreas de risco (similaridade ambiental, espécies nocivas e invasoras)
20% áreas de baixo risco (zonas temperadas frias)
20% indeterminado
Os navios representam risco ambiental para o ecossistema da Baía de Paranaguá
e;
As espécies residentes na Baìa de Paranaguá representam risco para os portos
internacionais que comerciam com os terminais.
Movimento de água de lastro em Paranaguá, 2003
Conforme os
formulários de lastro:
•Poucos navios
deslastraram, e pequeno
volume de lastro a ser
despejado,
•Grande quantidade de
lastro a bordo, mas sem
troca ou despejo no
Porto
CONCLUSÃO:
Formulários BW são
ferramenta limitada
para a gestão
Deslastro no Porto
sim
não
TOTAL
Frequência
Percentual
374
18,19
1682
81,81
2056
100,00
Descarga lastro
Antonina
Paranaguá
TOTAL
Quantidade
4767
805085
809852
Percentual
0,59
99,41
100,00
Quantidade
613041
196811
809852
Percentual
75,70
24,30
100,00
Substituição
Sim
Não
TOTAL
Capacidade total dos tanques
12128
20943495
Água de lastro nos tanques
Lastro com potencial de despejo
Lastro declarado como despejado
Lastro despejado sem substituição
Lastro a bordo
5481
9391090
média
soma
Quantidade
Percentual
9391090
100
809852
8,62
196811
2,10
Número de visitas de
navios em 2003, no
Porto de Paranaguá, PR
Região/País
África - Golfo da Guiné
África - Sul
América Andina
América Central/Caribe
Argentina/Uruguai
•Número elevado de navios (>2000)
Ártico
•>50% Navios brasileiros (invasão 2ária)
Atlântico Nordeste
•Vários navios argentinos (portos com
Brasil - N/NE
água doce, e L. fortunei)
Brasil - S/SE
• Navios do Mediterrâneo e África
Chile
(similaridade ambiental elevada)
EUA/Canadá
•Tanqueiros e graneleiros compôem a Golfo Pérsico
maioria (maior quantidade de lastro) Mar Báltico
Mar do Norte
Tipos de navios
Frequência Percentual
Carga geral
189
9,29 Mar Negro
Container
653
32,09 Mediterrâneo
Frigorífico
111
5,45 Oceania
Gás
16
0,79
Graneleiro
698
34,30 Reino Unido/Mancha
Ro-ro
91
4,47 Sudeste Asiático
Tanque
277
13,61 ilegível/indeterminado
TOTAL
2035
100,00
TOTAL
No. navios %
70
24
2
6
281
2
56
107
1007
23
45
28
69
52
18
140
0
16
6
73
2025
3,46
1,19
0,10
0,30
13,88
0,10
2,77
5,28
49,73
1,14
2,22
1,38
3,41
2,57
0,89
6,91
0,00
0,79
0,30
3,60
100,00
/ Problemas Enfrentados /
Biota do Porto:
•não há monitoramento de parâmetros físicos e
químicos básicos na baía
ausência de estudos em identificação de espécies
nativas e exóticas, e registros históricos
Coletas nos tanques de lastro:
•sem metodologia padronizada, de aceitação internacional
•dificuldade de coleta adequada devido a problemas de idioma, acesso aos tanques
Dados de movimentação dos navios, água de lastro e da carga:
•planilhas não adaptadas às necessidades dos planos de gestão. Por exemplo, não há
dados básicos dos navios, como número IMO, quantidade de água de lastro, próximo
destino, último destino, país onde se localiza o porto, etc.
•preenchimento incompleto ou errôneo de muitos dados nas planilhas do porto e nos
formulários de água de lastro
Aspectos legais:
•dificuldades em acessar o navio, devido ao número de autorizações necessárias, á
dificuldade em obtê-las, e demora no fornecimento de planilhas do movimento de
carga/descarga de navios.
Observações e Recomendações Iniciais
1. Há urgência na implementação de plano de gestão de lastro no porto de Paranaguá
2. Os navios devem ser selecionados para inspeção de acordo com sua origem, possibilidade de
descarga de lastro no porto e presença de espécies potencialmente nocivas, além das
possibilidades logísticas do Porto/Marinha, e do tempo de permanência do navio atracado
3. As planilhas de movimentação de navios e carga da Autoridade portuária devem ser adaptadas
para facilitar o processo de seleção de navios, e para incluir dados importantes para futuros
planos de gestão
4. Os formulários de água de lastro devem ser recolhidos e conferidos sempre, para facilitar
análises técnicas e científicas futuras.
5. É necessário maior envolvimento dos portos públicos e terminais privados em relação ao
assunto. Ainda há pouca consciência, especialmente quanto aos tomadores de decisão.
6. Apesar da Normam 20 (Cap. 4 Fiscalização) representar importante passo para enfrentar o
problema das invasões biológicas, outras medidas devem ser analisadas pela AM.
7. Navios provenientes de áreas de risco (China, Argentina e outros portos de água doce deveriam
ser obrigados a deslastrar no mar antes de entrar em portos brasileiros com água doce como o
Porto de Antonina, Rio Grande, Itajaí, etc.)
8. Conferência imediata do preenchimento correto dos formulários de água de lastro pelos navios,
e imediata comunicação de falhas aos comandantes, e à autoridade portuária (Normam 20)
9. A salinidade não é um indicador eficaz per si, mas deve ser analisada com outros indicadores
como microrganismos (costeiros X oceânicos ou marinhos X água doce, e BWRFs)
Atividades em Andamento
• Análise de Risco (Globallast): análises dos BWRF, movimentação de
navios 2002/2003 (origem e destino), dados das espécies (biogeografia,
nocividade)
• Reuniões com Instituições envolvidas p/ discussão sobre fatores que
afetam o Plano de Gestão: Porto de Pguá, TPPF, DPC/MB, IBAMA
• Educação Ambiental (ADEMADAN): folders, painéis permanentes,
produção de documentário (TV-UFPR, RPC/Globo), palestras em
escolas, na comunidade portuária e público em geral
• Divulgação do Proj. ALARME: imprensa, folder, página de Internet
(Instituto Hórus)
Início da elaboração do Plano de Manejo
Gymnodinium catenatum
Gestão “Piloto” da água de lastro
nos Terminais da Ponta do Félix
Elaborado para adquirir experiência com a rotina de operação
no Terminal e nos navios
PROCEDIMENTOS:
1. Apresentação do tema Água de Lastro e bioinvasão à Diretoria e
funcionários dos TPPF
2. Estruturação da logística para comunicaçào com navios, coleta dos
dados e de amostras nos tanques de lastro
3. Obtenção dos formulários e da planta do navio
4. Coleta de água de lastro em 10 navios mais freqüentes (Rússia,
Arábia Saudita, países do Mediterrâneo, Argentina)
5. Entrevista com comandantes, tripulação (água de lastro, bioinvasões,
convenção IMO)
• Posição das elipses/tubos
de sondagem dos tanques
• Formato dos tanques
• Volume dos tanques
• Condições de acesso
(com carga, diâmetro)
Perfil dos TPPF
.
Acionistas: fundos de pensão (Previ
[43%],COPEL [20,4], Funbep/Itaú
[15,7], e outros.
Início Operação: Dez/1999
03 berços de atracação
Prof. Canal: 10 metros
(Fotos cedidas por TPPF)
Vista aérea do TPPF (Foto: CEM/UFPR, TPPF)
Investimento de US$ 80 milhões.
Geração de 1000 empregos diretos.
Produtos...
Carnes congeladas (frangos, bovinos
e suínos), siderúrgicos, agro-florestais
e granéis sólidos.
Movimentação em 2003 > 721.000 tm.
Exportação de carnes 7,5% do Brasil
e 30% do Paraná.
Geração de Divisas em 2003 > US$
260 milhões.
(Fotos cedidas por TPPF)
APRENDIZADO
• Programa de educação dos tripulantes dos navios
• Programa de educação da comunidade portuária, incluindo
os tomadores de decisão (entrevistas e folhetos sobre o
assunto)
• Programa de educação da população em Antonina.
• Estabelecer o Plano Piloto como uma rotina do Terminal, a
partir de decisão da Diretoria (maior aceitação pelos
funcionários)
• Seleção de navios “alvos”, para conciliar a capacidade de
execução do plano (origem, L. fortunei: as águas do
Terminal apresentam períodos com água salobra a doce,
especialmente no inverno
Mãos à obra…
a. dificuldade de acesso aos navios devido às inúmeras autorizações necessárias para a coleta;
b. impossibilidade de prever a hora exata de atracação de um navio, ainda que a data de sua
chegada pudesse ser prevista.
c. dificuldade de comunicação com a tripulação quando funcionários do porto estavam
encarregados de coletar nos navios. Em geral, os funcionários não dominam o Inglês, essencial
para viabilizar a conversação e procedimentos para a coleta.
d. tanques de lastro de diferentes formas e volumes, dificultando o acesso à água ou a todas
profundidades pelas redes de plâncton ou bombas de sucção de água.
e. espaço para o trabalho de amostragem restrito, atrasando os procedimentos;
f. alguns tanques de lastro mais indicados para as amostragens estavam inacessíveis, seja por
presença de carga sobre a abertura do tanque, ou pela movimentação de carga no momento da
coleta, o que impediu nosso acesso ao tanque;
g. alguns tanques não puderam ser abertos para coleta, pois os parafusos estavam enferrujados e
soldados às tampas de vedação dos tanques;
h. as instalações elétricas de alguns navios eram inadequadas ou incompatíveis com as
características elétricas da bomba de sucção, impedindo a coleta de água;
i. necessidade de treinamento dos funcionários do porto para habilitação àcoleta de água de
lastro, desde sua preprarçào, comunicação com o navio e tripulação até a coleta nos tanques,
gerando atrasos no programa amostral.
j. em alguns navios, os tanques disponíveis para coleta estavam em locais de difícil acesso e que
não permitiam coletas, pois não havia local para despejar a água filtrada ;
Mãos a obra…(cont.)
k. Em alguns navios os comandantes afirmaram que os tanques não apresentavam lastro,
ou quando o tanque era aberto, havia pouca água para coletar. Uma das justificativas,
no caso do TPPF era que o berço não possuía calado suficiente e, por isso, a água era
deslastrada antes da atracação do navio;
l. pouca consciência do pessoal do porto e da tripulação qunato à importância do tema
invasÃo biológica e à relevância de se coletar nos tanques de lastro;
m. não autorização por parte do comandante de alguns navios para realização de coletas
pela equipe do projeto ALARME;
n. falta de tempo disponível para amostragem devido à faina de carga do navio
extremamente longa;
o. dificuldade de acesso ao navio, devido ao peso do equipamento de coleta e à presença
de escadas estreitas e íngremes, em alguns casos;
p. cancelamento da coleta logo antes de adentrar ao navio, por parte do comandante ou do
porto, que reorientava seus horários de carga, etc..., gerando custos adicionais e,
principalmente, perda de oportunidade de coletar em navios de países com ambientes
similares ao do Porto, ou oriundos de águas com muitos invasores;
q. dificuldade de selecionar com alguma antecedência os navios a serem coletados,
especialmente qunado se desejava coletar em navios de distontos países e biorregiões
marinhas. Assim, sempre era necessário planejar um número maior de navios para
amostragem, bem como preparar toda a logística de coleta para esta eventualidade.
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plano de manejo de espécies invasoras em águas de lastro no